Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 4:12–17

1. O papel de João Batista era preparar o caminho do Messias. Você lembra qual era a mensagem principal de João para o povo?

2. Por que ele se sentiu obrigado a denunciar o pecado de adultério de um governante estrangeiro? (O rei Herodes seduziu a esposa de seu irmão e mais tarde casou com ela, depois de ter se divorciado de sua própria esposa).

3. Qual foi o resultado de sua denúncia pública de Herodes? O que podemos aprender dessa ação?

4. Nesta curta passagem, Mateus destaca uma importante transição na história da salvação: o fim do ministério de João Batista (o último dos profetas, vide 11:13) e o início do ministério de Jesus. Você acha que o ministério de João de preparar o caminho para o Messias tinha sido eficaz?

5. De todos as regiões onde Jesus poderia ter iniciado o Seu ministério, ele escolheu a Galiléia. Considere as seguintes perguntas:
a. De acordo com Mateus, por que Jesus começou Seu ministério na Galiléia?

b. Com base nas informações abaixo, quais são alguns outros possíveis motivos para Jesus ter iniciado o Seu ministério na Galiléia?
Alguns dados sobre a Galiléia:
  • Era o distrito mais setentrional da Palestina.
  • Era um território pequeno, mas densamente povoado (De acordo com Josefo, havia 204 aldeias, cada uma das quais tinha uma população de pelo menos 15.000 habitantes - você pode fazer as contas).
  • Era a região mais fértil da Palestina
  • Era uma região que entre os séculos 8 a.C. e 2 a.C. estava em grande parte nas mãos dos gentios.
  • Era uma região cuja influência predominante era gentia.

6. Mateus usou o termo "proclamação" para descrever a pregação de Jesus, um termo usado para se referir à proclamação de um édito real. Por isso, Barclay é de opinião que, para ser proclamada assim, uma mensagem tinha que ser "verdadeira", "autorizada" e vinda "do Rei". Como essas três características se aplicam à mensagem de Jesus?

7. Qual era a Sua mensagem? O que ela poderia ter significado para os ouvintes galileus?

8. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Quem seria mais aberto ao Evangelho?

Quando buscamos compartilhar o evangelho com os nossos entes queridos e com outras pessoas que fazem parte da nossa esfera de influência, normalmente temos uma mentalidade predeterminada com respeito àqueles que pensamos que serão mais abertos à nossa mensagem e àqueles que pensamos que serão mais hostis.

Em geral, a nossa tendência é compartilhar o evangelho com aqueles que são "legais" e evitar aqueles que são mais mundanos ou que gostam de discutir. Mas ao longo dos meus anos de aprendizagem de como compartilhar o evangelho, tenho aprendido que o Espírito de Deus não opera assim.

Ainda me lembro de uma vez em que visitei o dono de um restaurante chinês numa pequena cidade. Ele parecia ser uma pessoa muito amigável; sabia quem eu era e qual era o propósito de minha visita. Eu também conhecia bem o irmão dele. Depois de várias visitas, nas quais eu pensava ter construído uma amizade rudimentar (conversamos sobre muitas coisas que tínhamos em comum, quase como se fôssemos velhos amigos), achava que já era hora de compartilhar o evangelho com ele. Mas assim que eu comecei a falar sobre o evangelho, ele ficou hostil. Aliás, ele começou a xingar a mim, a Deus e a sua família. Não só tive que interromper a nossa conversa; também fui obrigado a suspender as minhas visitas.

Por outro lado, nos primeiros anos, quando eu tinha muito menos confiança para compartilhar o evangelho, encontrei a dona de outro restaurante que também estava localizado numa pequena cidade. Ela também sabia quem eu era e qual era o propósito de minha visita, mas ao mesmo tempo deixou claro que ela era uma taoísta devota e que eu estaria perdendo o meu tempo compartilhando o evangelho com ela. Eu era ingênuo o suficiente para não desistir e lhe pedi que me concedesse 15 minutos para conversar com ela sobre o evangelho, porque era algo que eu amava muito e porque ela pelo menos devia saber do que se tratava. Eu estava sentado em seu restaurante bem decorado, cercado por todos os seus trabalhadores, sentindo-me bastante desanimado. Pensava que ela só estava me escutando por cortesia. No entanto, depois da minha exposição (que durou muito mais que 15 minutos), ao cumprir meu dever de perguntar-lhe o que ela pensava sobre evangelho e se ela queria crer em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, para minha grande surpresa, ela respondeu que sim, na frente de todos os seus funcionários, entregando a sua vida a Cristo naquele momento.

De fato, o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todos os que crêem (Rom. 1:16), e nosso dever é compartilhá-lo fielmente com todos aqueles que estão dispostos a ouvir, sem prejulgá-los com base em quem eles são.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 4:18–25

1. Este não é o primeiro encontro de Jesus com estes quatro jovens; leia João 1:35-42 para ter uma ideia do que já tinha acontecido antes de Jesus chamar eles.

2. Você consegue imaginar o que teria acontecido na vida de Pedro e André após o seu primeiro encontro com Jesus em João 1?

3. Por que desta vez eles responderam tão prontamente ao chamado de Jesus?

4. Quanto eles teriam entendido sobre o que significava ser pescadores de homens?

5. A frase “pescadores de homens” é uma analogia apropriada para descrever o chamado de Jesus para estes discípulos? Em que sentido?

6. De que coisas eles teriam que abrir mão a fim de seguir a Cristo? Qual delas teria sido a mais difícil de reninciar?

7. E você?

8. Em seguida, Mateus nos conta sobre os ministérios de Jesus, dizendo que foram muito eficazes e explicando que as notícias sobre Ele se espalharam rapidamente. O que Jesus fazia como parte de Seus ministérios? Por quê? Como podemos imitá-Lo enquanto buscamos ministrar ao nosso mundo hoje?

9. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Seguir a Cristo

Às vezes, pode ser mais fácil "converter" uma pessoa do que ajudá-la a "seguir" a Cristo.

Devido à perseguição, parece que os primeiros crentes, uma vez que decidiam crer em Cristo, se comprometiam a seguí-Lo até a morte. Eles expressavam esse compromiso através do ato público de batismo. Poucos seriam tolos o suficiente para fazer uma confissão pública de sua fé, tornando-se alvos de perseguição, a menos que realmente acreditassem que Jesus é o Filho de Deus que morreu e ressuscitou por nós.

Nesse sentido, o batismo se tornou um teste instantâneo e eficaz da autenticidade da fé do crente.

No entanto, as coisas não necessariamente funcionam assim hoje, especialmente em contextos onde ser cristão não resulta em nenhum sacrifício instantâneo, e em certos meios onde, ao contrário, ser cristão está de moda. Nesses casos, como podemos ter certeza de que a fé desses novos convertidos é genuína, ou seja, que não se trata de uma fé que é somente intelectual ou que só busca benefícios passageiros para esta vida?

Bem, em primeiro lugar, não cabe a nós julgar a fé dos outros. No entanto, devemos compartilhar o evangelho com responsabilidade, sem apresentá-lo como um simples evangelho de prosperidade, mas como um evangelho que exige uma entrega total a Cristo, um evangelho que faz dEle o nosso Salvador e Senhor. Depois, devemos reconhecer que a responsabilidade de responder é do ouvinte; e se o ouvinte decidir depositar a sua fé em Cristo, as provações virão na forma de prazeres ou dificuldades, como Jesus explicou na parábola do semeador (Mt 13:1-9). Essas provas revelarão a autenticidade de sua fé. Embora seja certo que alguns continuarão a se considerar crentes mesmo depois de terem reprovado nessas provações, devemos ser pacientes com eles; enquanto eles permanecerem no rebanho, continuarão a desfrutar (ter acesso á) do poder da Palavra Viva. Talvez algum dia eles se arrependam de forma genuína, especialmente se Deus permitir que enfrentem provações ainda mais severas na vida.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 5:1–12

Este trecho marca o início do famoso Sermão da Montanha, o qual começa com as Bem-aventuranças:

1. Como o mundo definiria a palavra "bem-aventurança"? Como você a definiria?

2. A primeira razão pela qual são chamados de bem-aventurados é que "deles é o reino dos céus":
a. Por que uma pessoa a quem pertence o reino é bem-aventurada?

b. É imprescindível que uma pessoa que deseja participar do reino de Deus seja "pobre de espírito"? Por que ou por que não?
3. A segunda razão pela qual são chamados de bem-aventurados é que eles "serão consolados":
a. Por que o luto normalmente é considerado uma perda em vez de uma bênção? Que tipo de perda provocaria a dor mais intensa?

b. É certo afirmar que todos os que choram serão obrigatoriamente consolados? Nesse caso, como é possível que alguém que chora não seja consolado? Com que base uma pessoa que chora estará disposta a receber consolação e, assim, ser abençoada?
4. A terceira razão pela qual são chamados de bem-aventurados é que "eles receberão a terra por herança":
a. O que significa a palavra "herdar"? O que ela não significa"?

b. Nesse sentido, quem herdará a terra, de acordo com Jesus? Por quê? (Você talvez deseje consultar o Salmo 37, cujo tema é "herdar a terra".)
5. A quarta razão pela qual são chamados de bem-aventurados é que eles "serão satisfeitos":
a. O que as pessoas procuram para preencher ou satisfazer sua fome interior?

b. Elas podem ser saciadas? Por que ou por que não?

c. Diante disso, o que significa ter “fome” e “sede” de justiça?

d. Como Jesus pode "garantir" que eles serão satisfeitos?
6. A quinta razão pela qual são chamados de bem-aventurados é que eles "obterão misericórdia":
a. O mundo gosta de ter misericórdia de quem?

b. De acordo com sua própria experiência, quão diferente é a base sobre a qual Deus decide ter misericórdia das pessoas, em comparação com a base sobra a qual o mundo o faz?

c. Você continua tendo misericórdia somente daqueles que (em sua opinião) o merecem?
7. A sexta razão pela qual são chamados de bem-aventurados é que eles "verão a Deus":
a. O que torna um coração impuro?

b. Como alguém pode ter um coração puro?

c. O que esta bem-aventurança específica nos ensina sobre o tempo que separamos diariamente para buscar a Deus?
8. A sétima razão pela qual são chamados de bem-aventurados é que eles "serão chamados filhos de Deus":
a. O que significa ser chamado "filho de Deus"?

b. Em que sentido aquele que é pacificador é parecido com Jesus, o Filho de Deus? Qual é essa "paz" que Jesus faz?

c. À luz disso, o que realmente significa ser um "pacificador"?
9. A oitava razão pela qual são chamados de bem-aventurados é que, mais uma vez, "deles é o Reino dos céus":
a. Por que alguém seria perseguido "por causa da justiça" (v.10)?

b. No v. 11, em vez de dizer “por causa da justiça” (v.10), Jesus diz “por causa de (alguém)” (v.11). Qual é a palavra que Ele usa no lugar de “justiça”? Ao fazer essa substituição, que mensagem Jesus queria transmitir ao seu público original sobre Sua identidade?
10. É óbvio que ninguém pode pôr em prática as bem-aventuranças pelas próprias forças; nesse sentido, o conjunto de oito bem-aventuranças não constitui uma lista de "condições" que devem ser cumpridas para pertencer ao reino de Deus. Portanto, que relação existe entre as bem-aventuranças e o reino de Deus?

11. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?


Reflexão meditativa
Uma ética incomparável

Ao longo dos últimos dois mil anos, o Sermão da Montanha de Jesus tem sido admirado por muitos homens e mulheres importantes. No entanto, Jesus pregou esse sermão somente para que fosse admirado? Ele o ensinou para que fosse considerado como o supremo padrão de ética?

Gandhi, o pai da Índia moderna, tinha um profundo respeito pelo Sermão da Montanha. Depois de passar um tempo lendo a Bíblia e frequentando uma igreja em busca da verdade, tanto no Reino Unido quanto na África do Sul, desenvolveu-se nele um profundo respeito pela pessoa de Jesus Cristo e Seus ensinamentos, especialmente o Sermão da Montanha.

No entanto, sua conclusão foi que o Cristianismo é somente uma das grandes religiões, e não a única religião verdadeira. Mas é claro que, apesar disso, a sua vida foi muito afetada pelo que leu sobre Jesus Cristo. Sua revolução não violenta refletiu sua compreensão do Sermão da Montanha.

No entanto, apesar de ser um grande homem que alguma vez chegou muito perto da Verdadeira Luz, diz-se que pouco antes de morrer ele confessou que ainda estava procurando a luz, mas ao redor dele só havia trevas.

De fato, o Sermão da Montanha estabelece uma ética suprema, mas não com o objetivo de ser observada. Ninguém consegue colocar em prática uma ética tão perfeita. Este conjunto revela, para além da letra da Lei de Moisés, a essência da perfeição de Deus, para que tenhamos sede dEle e o encontremos. E Sua vontade para nós que já O encontramos é que sejamos sal e luz, com vidas que manifestam uma ética que condiz com o nosso status como cidadãos do Reino dos céus, para que outros se sintam atraídos pelo nosso Pai Celestial, dando glória a ele.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 5:13–20

1. Ao lermos estas analogias que dizem que somos o sal e a luz do mundo, que relação podemos encontrar entre elas e as bem-aventuranças?

2. A que propriedades do sal Jesus se refere na primeira analogia? Em que sentido os cristãos cumprem a mesma função que o sal quando suas vidas manifestam as bem-aventuranças?

3. A que propriedades da luz Jesus se refere na segunda analogia? Em que sentido os cristãos cumprem a mesma função que a luz quando suas vidas manifestam as bem-aventuranças?

4. Diante disso, o que você acha que é a responsabilidade dos cristãos neste mundo secular?

Começando no versículo 17 e continuando até o versículo 48, Jesus fala sobre a Lei e a verdadeira justiça (ou seja, ter um relacionamento correto com Deus). Ele começa com os vv. 17-20:

5. Os versos 17-18 afirmam a vigência da lei.
a. Por que nenhuma alteração pode ser feita na lei?

b. Mas por que a lei precisa ser cumprida, e como Jesus a cumpriria?
6. Os versos 19-20 tratam da lei e a justiça.
Leia com atenção o versículo 19. Este versículo menciona dois tipos de pessoas (e a atitude de cada um com relação à lei): aqueles que violam a lei e aqueles que a cumprem.
a. Os fariseus e mestres da lei pensavam que faziam parte de qual categoria? Por quê?

b. De acordo com Jesus, eles poderiam entrar no Reino dos céus? Por que ou por que não?

c. Aqueles que violam a Lei e até mesmo ensinam os outros a fazerem o mesmo são como os fariseus (ou seja, não poderão entrar no Reino dos céus)? Por que ou por que não?
7. Diante disso, como é possível que alguém tenha uma justiça que é muito superior à dos fariseus e mestres da lei (vide Gálatas 3:9-11)?

8. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A Lei e eu

Ao longo dos anos, tenho tido o privilégio de acompanhar muitos cristãos, ajudando-os a refletir sobre sua paixão e missão na vida. Uma das ferramentas que usamos é formular uma declaração de missão pessoal. Ao fazer esa declaração, uma das questões que sempre consideramos é a identificação dos valores ou virtudes que nos são caros. Por isso, as declarações de missão pessoal resultantes geralmente refletem os valores ou virtudes do indivíduo. Muitas dessas declarações de missão pessoal incluem declarações semelhantes a esta: "Viverei de acordo com os Dez Mandamentos."

No entanto, ao ler essas ou semelhantes palavras em suas declarações, me pergunto se ainda não conseguimos entender corretamente qual é a função da lei.

Paulo diz claramente:
Assim, a Lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Agora, porém, tendo chegado a fé, já não estamos mais sob o controle do tutor" (NVI-PT). (Gálatas 3:24-25)
É verdade que a lei foi divinamente inspirada por Deus, mas seu propósito é nos levar à fé em Cristo. É por isso que Paulo nos lembra que a totalidade ou finalidade da lei é Cristo (Rom. 10: 4) e o objetivo do mandamento é o amor (I Tim. 1:5).

Em Cristo, o nosso novo tutor é o amor, e não a lei. A Lei do Antigo Testamento pode até nos dar lembretes específicos sobre qual é o padrão sagrado de Deus; mas apesar disso, não somos mais menores de idade (Gálatas 4:1), e agora o nosso tutor é a "lei" do amor a Deus e ao próximo (Mateus 22:37-40).

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 5:21–32

1. Jesus usa uma "fórmula" nos vv. 21-48 para destacar a futilidade observar a letra da Lei com o objetivo de obter a justiça. Você consegue identificar essa "fórmula" nos vv. 21, 27, 33, 38 e v. 43?

2. Qual é o erro que Jesus enfatiza ao usar esta “fórmula”? Esse erro é comum entre os cristãos de hoje, incluindo você?

3. Os vv. 21-26 tratam da raiva.
a. Consulte Êxodo 20. A qual dos mandamentos Jesus se refere?

b. O que é a letra desta Lei e o que é o espírito desta Lei?

c. Qual é o pecado que cometemos quando chamamos alguém de Raca (literalmente, idiota) ou tolo?

d. Quando uma pessoa oferecia um sacrifício (de expiação para o pecado) nos tempos do VT, o que ela buscava reparar? Mas neste trecho, Jesus mostra que para uma expiação eficaz precisa haver uma reparação em dois planos. Quais são?

e. Logo, no versículo 25, Jesus dá alguns conselhos muito práticos. Como o mesmo princípio se aplica ao nosso relacionamento com Deus, de acordo com o versículo 26?
4. Os vv. 27-32 tratam do adultério
a. Consulte Êxodo 20. A qual dos mandamentos Jesus se refere?

b. O que é a letra desta Lei e o que é o espírito desta Lei?

c. Jesus com frequência usava o exagero para enfatizar o Seu ponto principal. Qual é o Seu ponto principal nos vv. 29-30? Como você pode aplicá-lo em sua vida?

d. Os judeus da época de Jesus tinham desenvolvido uma prática (muito comum entre os homens) chamada "o divórcio por qualquer causa" Como Jesus corrigiu o erro desses judeus nesta área?

e. Se o divórcio só é permitido em casos de adultério, o marido que se divorcia de sua esposa a transforma em que (quer dizer, como ela é rotulada, até mesmo quando ela não cometeu adultério)?
5. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A raiva

O adultério é de fato um pecado grave que infelizmente está ficando cada vez mais comum entre os cristãos. A maioria das igrejas que crêem na Bíblia ainda a leva a sério e defende o que a Bíblia ensina sobre o adultério. Mas não se pode dizer o mesmo sobre o pecado da raiva!

A raiva é um pecado tão sério que Jesus teve que mencioná-la junto com o adultério no Sermão da Montanha. Ele até teve que mencioná-la antes do adultério e a equipara ao assassinato!

Sem dúvida, nenhum líder cristão que admita ser constantemente perseguido por pensamentos adúlteros será autorizado a continuar exercendo a sua posição de liderança. Contudo, tenho visto líderes cristãos iracundos que continuam servindo na igreja apesar de sua raiva. É como se o que Jesus disse no Sermão da Montanha não importasse.

Mas as Escrituras estão cheias de ensinamentos que nos alertam contra a raiva e consideram uma pessoa de temperamento explosivo não apta para a liderança cristã. Deixe-me citar alguns exemplos:
"O homem irado provoca brigas, e o de gênio violento comete muitos pecados". ( NVI-PT) (Provérbios 29:22)

pois a ira do homem não produz a justiça de Deus”. (NVI-PT) (Tiago 1:20)

"(O bispo) não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro". (NVI-PT) (I Tim 3:3)

Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensívelnão orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto". (NIV-PT) (Tito 1:7)
De todos os aspectos da semelhança de Cristo nos quais poderíamos pensar, Jesus mesmo só menciona dois na Bíblia:
"... aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração;" (NVI-PT) (Mateus 11:29)
Por que você acha que Ele mencionou somente esses dois?

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 5:33–48

1. Os vv. 33-37 tratam dos juramentos.
a. Leia Números 30:2 e identifique tanto a letra quanto o espírito desta lei.

b. Em geral, quais eram as intenções dos que juraravam, especialmente quando o faziam enquanto apontavam para o céu, a terra ou Jerusalém?

c. Por que, então, o próprio ato de jurar é algo que "vem do Maligno"?

d. O que isso nos ensina sobre nós, se para enfatizar aos outros que somos inocentes ou que nossas palavras ou ações são verdadeiras, precisamos fazer algo extraordinário?
2. Os vv. 38-42 tratam da verdadeira humildade.
a. Leia Êxodo 21:22-25. A quem vai dirigida esta lei? À vítima ou ao juiz?

b. Qual é o propósito desta lei - exigir o castigo ou impedir que o castigo seja excessivo?
Nos vv. 39-42, Jesus explica o espírito da lei:
c. Por que Jesus usou o exemplo de uma bofetada na face e não o corte de uma mão?

d. Por que Jesus usou o exemplo de um roubo e não de um sequestro dos filhos?

e. Quanto tempo você levaria para andar uma milha? Por que Jesus usou o exemplo de andar só uma milha, e não dez?
3. Como você descreveria uma pessoa que é capaz de suportar a dor de um ferimento físico suportável, a perda de alguma posse material ou a obrigação contra a sua própria vontade de fazer algo extra que está dentro de suas capacidades? Em todos esses exemplos, qual seria o aspecto mais difícil de superar - a dor, a perda, a inconveniência ou o orgulho próprio?

4. Os vv. 43-48 tratam de nossos inimigos.
a. Leia Levítico 19:18 e identifique tanto a letra quanto o espírito desta Lei, conforme já expresso na passagem.

b. Jesus dá várias razões que mostram que o amor que só se mostra ao próximo não é o tipo de amor que Deus aprova. O que você pode aprender de cada uma de Suas razões?
  1. Ser filhos de Deus
  2. Não ser melhor do que os publicanos e pagãos
  3. Ser perfeito como o nosso Pai celestial
c. O que você deve fazer diante destas razões?
5. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A verdadeira humildade

Nas bem-aventuranças, Jesus diz:
"Bem-aventurados os humildes,
pois eles receberão a terra por herança”. (NVI-PT)
Em essência, nada do que Jesus diz aqui é novo. Ele simplesmente repete o que já está escrito no Salmo 37. O tema que aparece ao longo deste salmo é o de “herdar” (73:9, 11, 18, 22 e 29).

Seu ensino é claro: nós, como o povo de Deus, recorremos a Deus, e somente a Deus, para a nossa provisão e o aumento das nossas riquezas. É esse o significado de herdar. Nada do que temos é nosso; tudo nos tem sido dado por Deus.

Como filhos de Deus e cidadãos do céu, devemos mostrar essa atitude para podermos ser luz e sal para o mundo. É claro que essa atitude não está de moda; pelo contrário, vai em contra do que a mente secular pensa. O mundo nos ensina que devemos ser agressivos para podermos progredir; se você quiser ser bem-sucedido, você deve ser implacável; e se você quiser ficar rico, você não pode "deixar os biscoitos na mesa".

Aliás, o objetivo das bem-aventuranças como um todo é “des-secularizar” a nossa mentalidade mundana. Mas talvez a parte mais difícil seja esta terceira bem-aventurança. Talvez seja por isso que Jesus, ciente da aparente impraticabilidade dessa abordagem, dá mais três exemplos: o de oferecer a outra face, o de deixar que se leve também a capa, e o de andar uma milha extra.

Esses três exemplos têm pelo menos duas coisas em comum:
1. Todos tratam de coisas suportáveis: Jesus não diz nada sobre cortar o braço, deixar que se leve os filhos ou a esposa, ou caminhar uma distância impossível.

2. Em cada exemplo, o maior obstáculo de todos para ser superado é o orgulho ou o ego!
Portanto, qualquer homem que é capaz de ignorar ou suportar a dor física, a perda de alguma posse material ou a inconveniência, além de fazer a coisa mais importante de todas, renunciar o seu próprio ego, é um homem verdadeiramente humilde! De fato, uma pessoa assim será quase invencível!

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 6:1–15

Para os judeus, a esmola, a oração e o jejum eram as três grandes obras fundamentais da vida religiosa. Eles pensavam que a prática dessas três "obras de justiça" os tornaria aceitáveis a Deus (6:1).

1. Os vv. 2-4 tratam da prática de dar esmolas.
a. De acordo com Jesus, com que finalidade (quer dizer, resultado esperado) eles davam esmolas em público?

b. Embora esse tipo de obra não receba nenhuma recompensa do Pai que está nos céus, Jesus diz que os que a praticam "já receberam sua plena recompensa". Que recompensa é essa que eles já receberam?

c. O que quer dizer a frase "que a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita"? Isso é possível? (Você já se deu conta de ter feito algo que era tão natural e habitual que você fez sem perceber o que estava fazendo?)
2. Os vv. 5-8 tratam da forma incorreta de orar.
a. Uma vez mais, de acordo com Jesus, com que finalidade (quer dizer, resultado esperado) eles oravam em público?

b. Embora esse tipo de oração não receba nenhuma recompensa do Pai que está nos céus, Jesus diz que os que a fazem "já receberam sua plena recompensa". Que recompensa é essa?

c. Os vv. 6-8 apresentam uma atitude apropriada de oração, a qual inclui os seguintes elementos:
  1. É feita a portas fechadas (o que isso significa?)
  2. É dirigida ao Pai invisível (qual é a importância disso?)
  3. Não deve ser como as orações dos pagãos (qual é o propósito dos pagãos ao proferirem orações cheias de palavras?)
  4. É feita com o reconhecimento de que o nosso Pai conhece as nossas necessidades. (Quão importante é esse entendimento na oração?)
  5. Quão importantes são estas verdades para a sua vida de oração?
3. Vv. 9-15 tratam da forma correta de orar.

Depois de ter explicado o que a oração não é, Jesus agora nos dá uma oração “modelo”. Reflitamos novamente sobre esta oração familiar e o significado do seu conteúdo:
a. O destinatário: A quem vai dirigida a nossa oração e onde está Ele?

b. O início: Por que devemos começar a nossa oração reconhecendo o Seu reino e a santidade de Seu nome em vez de começá-la com súplicas? Como você definiria a "adoração" neste contexto?

c. A súplica: Por que Jesus começaria com um pedido tão terrestre? Como isso afetaria o resto da oração?

d. A confissão: Quão importante é não só que a nossa oração inclua um momento de confissão, mas também o fato de que nosso perdão está ligado ao perdão que nós mostramos aos outros? Você tem levado isso a sério em seu tempo de confissão?

e. A súplica adicional: O foco aqui é o pecado e a tentação. Quão prática é esta oração na qual pedimos a Deus, "não nos deixes cair em tentação"? Orar assim não é um exemplo de “empurrar a responsabilidade” para Deus? Por que ou por que não?

f. Alguns manuscritos terminam com uma doxologia ("porque teu é o reino, o poder e a glória, para sempre"). Por que Jesus nos ensinou a encerrar a nossa oração com uma doxologia?

g. Quão diferente é esta oração das orações que os pagãos fazem aos seus deuses?
4. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Sobre a oração

Aprender a orar sempre tem sido o desejo sincero de todos os cristãos que buscam amar a Deus; mas ao mesmo tempo, é uma área na qual todos nos sentimos muito deficientes. Acho que isso não é algo novo; até mesmo os discípulos de Jesus se sentiram assim e pediram a Jesus que os ensinasse a orar. (Lucas 11:1)

No Sermão da Montanha, Mateus contrasta a oração que Jesus ensina com algumas das formas errôneas de orar que eram comuns na sua época, tanto entre os judeus quanto entre os pagãos. Ambos tinham um enfoque na oração que a contemplava em termos de "recompensa". Para alguns judeus, a oração era simplesmente uma "obra de justiça" (6:1), cuja finalidade era fazer com que eles se sentissem bem consigo mesmos com relação à "religião"; para os pagãos, a oração era uma ferramenta para forçar os seus deuses a satisfazerem os seus desejos.

Embora a maioria de nós não use as nossas orações como obras "externas" de justiça, com frequência as usamos para avaliar a nossa espiritualidade. Em certo sentido temos razão, uma vez que se amarmos ao Senhor, naturalmente teremos fome e sede de nos encontrar com Ele em oração. No entanto, cada vez mais medimos a nossa espiritualidade com base na duração das nossas orações, ou até mesmo com base em nossa capacidade de "ouvir" a voz de Deus em nossas orações.

O que a nossa oração significa é muito mais importante do que a sua duração. Alguns pagãos são capazes de passar horas em oração aos seus deuses, mas isso não passa de um reflexo de sua "disciplina", e não necessariamente implica a existência de um relacionamento amoroso.

Além disso, é somente de Deus a decisão de falar conosco mediante o nosso tempo de oração, ou em algum outro momento ou por algum outro meio.

É interessante observar que o discípulo em Lucas 11 pediu a Jesus que o ensinasse a orar somente depois de ver como Ele orava. Isso significa que ele queria orar como Jesus.

O foco de duas das orações de Jesus registradas na Bíblia (em João 17 e Mateus 26) é a glorificação do Pai mediante a Sua submissão. Isso me lembra certa observação que Henry Nouwen fez sobre a oração.

Nouwen comparou a oração com o método de um trapezista. Ele descobriu essa semelhança ao entrevistar um trapezista que deslumbava o público com a sua execução surpreendente. Nouwen ficou surpreso quando o trapezista deu todo o crédito ao irmão que sempre o agarrava no final de sua rotina de balanço. Ele acrescentou que a única coisa que ele precisava fazer era estender as mãos e confiar que seu irmão o agarraria; se ele tentasse agarrar o seu irmão por conta própria, poderia provocar um desastre.

Depois disso, Nouwen comparou a nossa oração ao ato de esvaziar as nossas mãos das coisas que gostamos de segurar (por exemplo, a nossa obstinação, as nossas preferências, nosso próprio cronograma e até mesmo a maneira que queremos que as coisas aconteçam). A oração, como as de Jesus, é um processo no qual nos submetemos, pelo qual aprendemos a abrir mão das coisas que impedem a nossa submissão total a Deus. Quando pudermos estender uma mão a Deus que realmente está vazia, Ele certamente nos agarrará. Os humanos podem nos falhar, mas Deus nunca nos falhará.