Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 6:16–24

1. Qual destas práticas — orar ou jejuar — é normalmente usada pelos cristãos como indicador de espiritualidade? Por quê?

2. Jesus inclui o jejum na sua advertência contra o uso de certas práticas como “obras de justiça” (6:1). Nesse sentido, qual deve ser a nossa atitude com relação ao jejum, de acordo com Jesus?

3. Os pagãos também jejuam. Como o nosso jejum deve ser diferente do jejum deles?

4. O ensino de Jesus sobre não acumular tesouros na terra é bem conhecido:
a. Como você definiria a palavra "acumular"?

b. Você está acumulando tesouros na terra?

c. O que significa a frase "onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração"?

d. Faça uma avaliação do seu próprio coração à luz desse ensino. Onde está o seu coração atualmente?
5. De acordo com Jesus, o que leva a “tremendas” trevas? Por quê? (Note que Jesus não diz que "a luz que está dentro de você se torna trevas" mas "são trevas". O que isso significa?)

6. Como você definiria a palavra "senhor"? Quais seriam alguns sinais de que alguma pessoa ou coisa já se converteu em seu senhor?

7. Com base nesses mesmos sinais, qual destes dois é seu senhor - Deus ou o dinheiro?

8. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O jejum

Parece que nestas últimas décadas, a prática de jejuar como uma disciplina espiritual está de moda novamente no meio cristão evangélico (e talvez merecidamente).

O jejum foi praticado pelo povo de Deus no Antigo Testamento (1 Sam. 7:6; Jer. 36:9; 1 Reis. 21:9, 12, 27; 2 Sam. 12:16) e até mesmo depois do exílio (Est . 4:1-3,15-17; Ne. 1:4; Dan. 9:3); aliás, era exigido como parte da Lei Mosaica (Levítico 16:29, 31; 23:27, 32; Núm. 29:7). Os crentes do Novo Testamento, incluindo os apóstolos, continuaram a praticá-lo como parte de sua vida eclesiástica (Atos 13:2,3; 14:23).

Mesmo assim, Jesus decide nos advertir contra o seu uso como uma "obra de justiça", seja para impressionar a Deus, a nós mesmos ou a outros.

Eu acho que a maioria dos cristãos não jejuaria para impressionar os outros. Mesmo assim, para nos proteger contra esse perigo, Jesus nos manda não mostrar aos outros nenhum sinal (muito menos dizer-lhes) de que estamos jejuando.

No entanto, o perigo de tentar impressionar a nós mesmos é muito real. Já encontrei muitos cristãos que praticam o jejum como se fosse uma coisa necessária para serem completos, como se a prática do jejum os aproximasse de Deus.

O perigo de tentar impressionar a Deus também é real, pois podemos tentar torcer o braço de Deus para que Ele se submeta aos nossos planos, à nossa vontade ou aos nossos desejos.

Ao refletirmos cuidadosamente sobre todos os exemplos e ensinos dados na Bíblia, descobriremos que na grande maioria deles o foco do jejum é o arrependimento. Na verdade, a abstinência de comida ou bebida, ou do nosso trabalho ou rotina é simplesmente uma forma em que podemos expressar uma tristeza genuína por nosso pecado.

No trecho sobre o Dia da Expiação, a Bíblia em chinês traduz lindamente a palavra "jejum" com a frase "uma amarga negação do coração". De acordo com a maioria dos exemplos e ensinamentos das Escrituras sobre o jejum, essa é a verdadeira essência da prática.

Embora as outras passagens onde é mencionado o jejum, como alguns trechos dos livros de Ester, Neemias e Daniel, incluam um elemento de desejo de intervenção ou de sabedoria divina, o seu significado fundamental continua sendo uma expressão de dor e arrependimento.

Sem dúvida, a prática de jejuar regularmente de comida ou bebida, ou de qualquer rotina que não nos deixa tempo para estarmos focados em Deus, é muito útil para nos aproximarmos dEle; contudo, nunca devemos considerar o jejum como uma “obra” que de alguma forma nos permite torcer o braço de Deus a fim de que Ele nos ame ou aceite mais, e muito menos como uma ferramenta para obrigá-Lo a responder às nossas orações.

Não temos nada para oferecer a Deus, salvo "um coração quebrantado e contrito". (Salmos 51:17)

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 6:25–34

1. Como você definiria a "vida" física, emocional e espiritual?

2. Neste trecho, Jesus se refere a que aspecto da vida?

3. Como você definiria a palavra "preocupação"?

4. Qual é a verdade que Jesus procura explicar com o exemplo das aves? Isso quer dizer que não é necessário trabalhar, nem fazer planos para o futuro?

5. Você pode dar por certo que estará livre de preocupações se tiver comida, bebida e roupas? Por que ou por que não?

6. Qual é a verdade que Jesus procura explicar com o exemplo dos lírios? O que as aves têm em comum com os lírios?

7. Por que Deus nos fez diferentes das aves e dos lírios? Quão diferentes somos?

8. Quem são os pagãos, e quais são as suas características?

9. Como devemos ser diferentes deles?
a. O que significa a palavra "buscar"?

b. O que significa a palavra "primeiro" em Mateus 6:33? Por quê? O que é secundário?

c. O que significa buscar o Seu Reino?

d. O que significa buscar a Sua justiça?

e. Como podemos saber se estamos "buscando" algo? Você sabe (ou realmente confia) que "todas essas coisas" serão "acrescentadas" a você? Se a sua resposta for sim, por que você ainda está buscando essas coisas?
10. É certo afirmar que o amanhã trará as suas próprias preocupações? É mesmo? Como? Por quê?

11. Isso significa que eu posso me preocupar com o dia de hoje?

12. Diante disso, como você deve enfrentar o amanhã, com relação à sua família, seus relacionamentos, sua carreira, educação, ou qualquer outra coisa que possa lhe causar ansiedade, desconforto, problemas, inquietude ou falta de paz?

13. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Servir a dois senhores

Quando eu ainda tinha a minha carreira secular, trabalhei em algumas empresas familiares. Os benefícios de trabalhar numa empresa familiar incluem um ambiente de trabalho muito mais acolhedor, uma estrutura menos burocrática na tomada de decisões e uma abordagem mais relacional na gestão funcional e na hierarquia administrativa. Como cristão, me sentia mais à vontade nesse tipo de ambiente. No entanto, o ambiente também tinha as suas próprios problemas, o mais importante deles sendo a necessidade de obedecer mais de um chefe, de forma não oficial.

Formalmente, eu tinha que obedecer ao presidente da empresa, que também era o pai da família; no entanto, extraoficialmente, eu também tinha que seguir as instruções dos outros membros da família, os quais muitas vezes tinham interesses concorrentes. Numa dessas empresas, embora eu gostasse muito do meu trabalho e gozasse também da plena confiança do presidente, fui obrigado a pedir demissão, porque, de fato, “ninguém pode servir a dois (o mais) senhores. "

No entanto, apesar de ter passado por essa experiência profissional, tenho visto que com frequência me sinto muito à vontade servindo a dois senhores em minha vida pessoal.

Conheço bem o ensinamento de 1 João 2:15: "Não amem o mundo ... Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele". Já na época da minha conversão, nos últimos anos da adolescência, havia aprendido esse versículo de cor. Mas ao refletir sobre a minha carreira secular, percebo que, embora tivesse muito sucesso e sempre fosse capaz de ganhar a confiança dos meus chefes, eu acabei me envolvendo, sem perceber, na "correria" do mundo corporativo, assim como muitos outros que trabalhavam no mesmo ambiente.

É certo que eu participava em viagens missionárias de curto prazo, buscava compartilhar o evangelho no trabalho e até mesmo dirigia um estudo bíblico que se reunia no meu escritório, e tudo isso enquanto também servia ativamente na minha igreja. E embora eu até tivesse a reputação de ser um bom cristão no trabalho, o que, no fundo, eu admirava, perseguia e buscava era a fama, a fortuna e o poder. A única diferença era que conseguia esconder isso muito bem dos olhares dos meus companheiros, mas não diante dos olhos do meu Senhor.

Quão verdadeiras são estas palavras de Jesus: "Se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são!" (NIV-PT). (Mateus 6:23)

Durante todo aquele tempo, a “visão” que eu tinha de mim mesmo me dizia que era um bom cristão, mas o que eu realmente estava vendo eram trevas, uma falsa luz. Que tremendas foram aquelas trevas!

Foi só quando aprendi a reservar um tempo para fazer uma autorreflexão e a autoanálise prolongada e regular (além do meu apressado tempo devocional diário) que percebi minha tolice. Como consequência, quando fui convidado a falar no casamento do meu filho (assim como eu, um contador que se casou com uma contadora), eu disse: "Não siga meus passos ao pé da letra."

Com isso eu me referia à forma em que eu tentei ganhar o mundo e o Senhor ao mesmo tempo.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 7:1–12

Julgar ou não julgar:
1. Qual é a definição da palavra "julgar" e como é diferente da simples ação de formar uma opinião sobre algo?

2. É óbvio que Jesus está usando uma analogia exagerada. Por que Ele escolheria fazer isso? Qual é o seu argumento?

3. Qual é a definição da palavra "hipócrita"?

4. Parece que o objetivo de Jesus não é nos impedir de fazer qualquer tipo de julgamento; podemos julgar, contanto que tiremos a "viga" do nosso olho primeiro. Se fizermos isso, que efeito terá no "juízo" que emitimos sobre os nossos irmãos?

O aviso:
1. A quem se referem as expressões "cães" e "porcos" no v.6 (vide Provérbios 26:11 e 11:22)? O que Jesus quer dizer com isso?

2. No caso de Jesus, quem foram os que pisaram o que era sagrado e acabaram despedaçando-O?

Busquem, e encontrarão:
1. Considere as seguintes máximas que são semelhantes à de Jesús:
a. "O que você não quer que os outros façam a você, não faça aos outros." (Confúcio)

b. "O que é odioso para você, não faça a ninguém." (Rabino Hillel)

c. "O que você mesmo odeia, não faça a ninguém." (Tobias 4:16)
Como o que Jesus diz no v. 12 é diferente dessas máximas?

2. A expressão "assim" é usado aqui para ligar o v. 12 aos versículos anteriores sobre a oração. Em que sentido este versículo resume a Lei e os Profetas? Como está ligado à nossa atitude de oração e com o fato de que somos "maus"?

[Se você tiver tempo, talvez deseje pensar sobre as seguintes questões:
• O que acontecerá conosco se levarmos a sério o compromisso de obedecer a essa “soma” (da Lei e dos Profetas)?
• Como podemos fazer isso?
• Leia Marcos 12:29-31 e Lucas 10:27. Essas passagens enfatizam que aspecto da Lei e dos Profetas? O aspecto negativo ou o positivo?
• Conclui-se, então, que a Lei, quando for entendida corretamente, trata de uma “relação”. Você concorda?]
3. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A soma da Lei

Na Reflexão sobre as Escrituras de hoje, fiz uma pergunta sobre a diferência principal entre o que Jesus ensinou —“Por eso, todo cuanto queráis que os hagan los hombres, así también haced vosotros con ellos,...” (NVI-PT) (Mateus 7:12) — e as seguintes máximas:
1. "O que você não quer que os outros façam a você, não faça aos outros." (Confúcio)

2. "O que é odioso para você, não faça a ninguém." (Rabino Hillel)

3. "O que você mesmo odeia, não faça a ninguém." (Tobias 4:16)
Uma diferença óbvia é que os provérbios acima enfocam o lado negativo, ao passo que o ensino de Jesus enfoca o lado positivo.

No entanto, a diferença é muito mais profunda. O foco dos outros três provérbios é que o indivíduo deve procurar evitar fazer o que é errado e fazer o que é certo (para si mesmo). O eixo desses provérbios é o dever individual de decidir fazer a coisa certa; portanto, o indivíduo continua sendo o foco central nessa decisão. Mas Jesus nos ensina que devemos fazer dos outros o foco central da nossa decisão, e que entre esses “outros” estão aqueles que talvez nos tenham convertido em seus inimigos (conforme mencionado anteriormente em Mateus 5:44).

Mas a soma da Lei e dos Profetas é o amor.

A abordagem da Lei e dos Profetas que usavam os judeus da época de Jesus, especialmente seus mestres, baseava-se na mera observância, o que tinha transformado a sua vida religiosa num conjunto de obrigações e proibições.

Mas o que Jesus diz aqui é que se realmente amarmos a Deus e as pessoas, nossas ações, em sua essência, farão mais do que só cumprir a letra da Lei; também agradarão o coração de nosso Pai Celestial.

É por isso que desconfio muito de qualquer igreja que tenta estabelecer muitas obrigações e proibições em vez de ensinar as pessoas a amarem a Deus e ao próximo de todo o coração. Isso também pode se tornar evidente na forma em que nós como pais abordamos a criação de nossos filhos em casa. Somos orgulhos de sua obediência, sua excelência acadêmica e suas realizações profissionais, como se tudo isso de alguma forma diminuísse a dor de saber que eles não estão colocando Deus em primeiro lugar em suas vidas.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 7:13–29

Mateus conclui seu registro do Sermão da Montanha com uma série de analogias que se baseiam nos seguintes contrastes:
  • portas / caminhos estreitos e largos
  • árvores boas e ruins
  • alicerces bons e maus
1. Quais são as duas classes de pessoas que estão sendo contrastadas nas analogias acima?

2. Os dois tipos de portas / caminhos:
a. Por que Jesus usa os conceitos de portas e caminhos para descrever o destino de ambos os tipos de pessoas?

b. O que é representado pelos diferentes tamanhos?

c. O que essa mensagem significa para você?
3. Os dois tipos de árvores (mestres):
a. Com base na descrição no v. 22, você pode dizer o que não constitui fruto?

b. Com isso em mente, a que tipo de fruto Jesus se refere, de acordo com o v. 21?
4. Os dois tipos de fundamentos (o que provavelmente é a conclusão do Sermão da Montanha):
a. Tente destacar todas as palavras e frases repetidas nesta seção. Identifique também as palavras e frases que denotam algum contraste.

b. O que essas palavras lhe ensinam sobre a vida?

c. "Quem ouve estas minhas palavras": Faça um resumo do que foi dito aos ouvintes sobre os seguintes temas:
  1. As bem-aventuranças e ser sal e luz
  2. O erro de observar a lei de forma externa e a necesidade de ser perfeito como o Pai
  3. A futilidade das "obras de justiça" externas
  4. O verdadeiro Senhor das vidas dos ouvintes - Deus ou o dinheiro. Isso é expresso no seu enfoque na vida, seja preocupar-se ou o buscar primeiro o Reino e Sua justiça? Como?
  5. Seus relacionamentos com os outros - sem julgar
  6. Seu relacionamento com Deus - sua confiança nEle como seu Pai Celestial
  7. Os dois caminhos da vida, os dois tipos de mestres, os dois tipos de crentes
Agora Jesus os exorta a colocar em prática o que acabam de ouvir. Será que seriam capazes de fazer isso? Você consegue fazê-lo?

Você pode resumir o Sermão da Montanha com uma só frase?

5. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Senhor, Senhor!

"Man of Vision" é o título de um livro que conta a história de Bob Pierce, o fundador da organização World Vision. É óbvio que este homem foi muito bem-sucedido e influente. Também é óbvio que ele pregava em nome de Jesus. Talvez não tenha expulsado demônios, mas sem dúvida realizou façanhas que poucas pessoas poderiam igualar, especialmente quando criou o World Vision, uma organização que tem tido um grande impacto na vida de muitas pessoas no Terceiro Mundo, principalmente as de crianças que vivem na pobreza extrema.

No entanto, no livro que acabo de mencionar, sua filha deixa claro que ele não se dava bem com outros na liderança, que ignorava sua família e que contribuiu para o suicídio de uma de suas filhas. Mesmo tendo ajudado milhões de famílias, ele arruinou a sua. Foi somente pela extrema misericórdia de Deus que ele teve a oportunidade de alcançar certa medida de reconciliação com sua família antes de sua morte.

A vida de Bob Pearce serve como uma advertência para nós, especialmente para nós que ocupamos posições de liderança cristã. O fruto que Jesus quer ver em nós não são as nossas afirmações grandiosas sobre Ele, o nosso ministério eficaz de pregação e ensino, os nossos grandes sacrifícios por Ele, nem qualquer conquista reconhecida pelo mundo. Ele só leva em conta o nosso relacionamento com Ele, se somos obedientes a Ele e à Sua vontade. Esse é o único fruto que Ele busca.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 8:1–13

A cura de um leproso:
1. Como este leproso chegou a Jesus?

2. O que foi que ele pediu?

3. O que isso nos ensina sobre a sua pessoa, sua condição física (sua saúde, bens, trabalho, etc.), emocional (seus relacionamentos-família, amigos, dignidade, companheirismo, etc.) e espiritual (sua atitude para com Deus)?

4. Como Jesus o curou? Havia outros métodos que Jesus poderia ter usado para curá-lo? Por que ele escolheu este método específico?

5. Qual foi a importância da instrução que Jesus deu ao leproso curado de seguir a prática estabelecida pela lei?

A cura do servo do centurião:
1. Quais são as diferenças entre a cura do leproso e a cura do servo do centurião, com relação aos seguintes detalhes?
a. Quem fez o pedido

b. A razão pela qual ele fez o pedido

c. A maneira em que se fez o pedido
Em que aspecto(s) você pode ver a grandeza da fé desse centurião?

Jesus aproveitou esta oportunidade para falar sobre qual verdade? Quão significativa teria sido Sua mensagem para as grandes multidões (de judeus) que teriam ouvido as Suas palavras?

2. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Jesus se importa?

Hoje eu lhe convido a refletir sobre a letra deste antigo hino (traduzido para o espanhol):
Coro
Le importa, sí,
Su corazón comparte ya mi dolor.
Sí, mis días tristes, mis noches negras,
le importan al Señor.

¿Le importará a Jesús
que esté doliente mi corazón?
Si ando en senda oscura de aflicción
¿Puede darme consolación?

¿Le importará que en oscuridad
camine con gran temor?
Al anochecer, en  la lobreguez,
¿me acompañará el Salvador?

¿Le importará si mi voluntad
faltare en la prueba atroz;
si he cedido al mal, a la tentación,
y el llanto ahoga mi voz?

¿Le importará cuando diga "adios"
al amigo más caro y fiel,
y mi corazón lleno de aflicción,
haya de apurar la hiel?

(Fonte: New Adventist Hymnal, # 391)
História do autor, Frank Graeff (1860-1919):

Deus realmente está presente e realmente se importa comigo durante os meus momentos dolorosos? Ele se importa comigo quando as cargas apertam muito contra todos os meus pensamentos e atividades? Ele se importa comigo quando não aguento mais as provas intensas? Ele se importa comigo quando tenho que dizer adeus pela última vez à pessoa que mais amo nesta terra?

Quase todos os filhos de Deus têm essas perguntas e dúvidas em algum momento de suas vidas, inclusive o autor deste texto, Frank E. Graeff. O Sr. Graeff era um ministro da denominação metodista, servindo em algumas de suas principais igrejas na Associação da Filadélfia. Todo o distrito o conhecia como o "ministro do sol radiante". C. Austin Miles, autor do hino popular "No Jardim", prestou a seguinte homenagem a Frank Graeff:

Ele é um otimista espiritual, um grande amigo das crianças; sua disposição brilhante como o sol o atrai não somente às crianças, mas também a todos aqueles com quem ele entra em contato. Ele tem um magnetismo sagrado e sua fé é como a de uma criança.

Apesar de sua disposição externa alegre e personalidade encantadora, ao longo de sua vida Graeff teve que passar por severas provações em diversos momentos. Foi durante uma dessas provas, na qual ele estava profundamente desanimado e cheio de dúvidas e agonia física, que o Sr. Graeff escreveu este texto. Em busca de consolo e força, ele se refugiou nas escrituras . As palavras de 1 Pedro 5:7 assumiram um significado especial para ele durante esta luta específica:
Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês". (NVI-PT)
A frase, "ele tem cuidado de vocês", teve um impacto profundo nele em sua necessidade, tornando-se mais tarde a base deste texto.

É uma experiência normal e humana experimentar momentos de questionamento e até de dúvidas quanto à proximidade de Deus, como a experiência que levou Frank Graeff a escrever os versos deste hino. No entanto, um filho de Deus só pode ser verdadeiramente vitorioso quando passa por esse tipo de luta com a mesma firme convicção expressa pelo Sr. Graeff no coro deste hino: "Ele realmente se importa, eu sei que Ele se importa".

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 8:14–22

1. O que foi que Pedro teve que renunciar para seguir Jesus (vide 19:27)?

2. Qual teria sido o impacto de sua decisão em sua família, incluindo sua sogra?

3. O que ela fez depois de ser curada? O que teria significado a febre e sua cura para a família de Pedro, especialmente para sua sogra?

4. Mais uma vez, Mateus aproveita a oportunidade para afirmar a identidade de Jesus com base no Seu cumprimento das profecias do Antigo Testamento. Qual profecia Mateus escolhe aqui, e como o texto pode ajudá-lo a entender esta profecia de Isaías 53:4?

5. Mas por que Jesus decidiu deixá-los (versículo 18)?

6. Se você tivesse estado entre os seguidores de Jesus e tivesse ouvido a Sua pregação (na qual Ele afirma que Deus é Seu Pai, que Ele mesmo é a "justiça" e que Sua Palavra tem a mesma autoridade que a Lei e os Profetas e deve ser obedecida) e visto Suas obras (expulsar demônios com uma só palavra e curar instantaneamente todos os que estavam enfermos), qual teria sido sua motivação para segui-Lo? O que teria significado para você "segui-Lo"?

7. Jesus não deveria estar contente com a reação positiva de alguns dos ouvintes? O que ele queria mostrar com as seguintes metáforas sobre o que significa segui-Lo?
a. Comparar-se com as raposas e as aves
  1. O que significa a frase "por onde quer que fores"? (v.19)
  2. Seus discípulos devem estar preparados para que tipo de vida?
b. Usar a frase "os mortos" para se referir àqueles que fazem o enterro
  1. Será que Jesus não estava sendo duro demais ao dizer isso?
  2. O que Ele queria que esse seguidor aspirante entendesse?
8. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Seguir a Cristo

Às vezes me pergunto por que Jesus dizia coisas tão duras àqueles que queriam segui-Lo, como se Ele estivesse tentando dissuadi-los.

Mas apesar disso, Ele teria ficado muito triste com o fato de alguns daqueles que tentaram segui-Lo ficarem desanimados com as Suas palavras, aqueles que realmente “voltaram atrás e deixaram de segui-lo” (João 6:66).

É óbvio que o que Ele realmente deseja é que O sigamos; no entanto, se alguém vier a Ele "e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs - e ainda também a sua própria vida", não pode ser Seu discípulo (Lc 14:26 - ARC). A palavra-chave deste versículo é “não pode”; ele não diz “é melhor que não seja” ou “não deve ser”, mas “não pode ser” - a palavra grega que ele usa é δύναμαι, ou seja, não é capaz de seguir em frente!

Até hoje, nunca encontrei um só trecho do evangelho no qual Jesus chama uma pessoa a segui-Lo para o seu próprio bem. Cada um de nós foi chamado a segui-Lo para o avanço do Seu Reino.

De que serve uma pessoa que tem o nome de discípulo mas não faz nada para promover o Reino (Esse é o significado da frase "sal que perdeu o seu sabor" em Lucas 14:34)?

Recentemente, um certo jovem me disse que gostaria de crer em Jesus. Eu lhe perguntei por quê. Ele me disse que tinha orado por uma boa nota em sua última prova, prometendo que se converteria em cristão se Deus respondesse sua oração.

Ele tinha recebido uma nota de "10" na prova e por isso queria se converter em cristão, conforme havia prometido. Expliquei que a fé em Cristo não se trata de uma fé que é somente intelectual, nem da obtenção de algum benefício temporário como a saúde, as riquezas ou uma boa nota, mas de uma plena confiança em Sua obra salvadora na Cruz e um compromisso de segui-Lo, sem importar o custo. Então perguntei se ele ainda queria se converter em cristão. Ele hesitou depois de ouvir essa explicação, e isso foi bom. É exatamente o que Jesus quer que façamos: calcular o custo de segui-Lo.

Fico feliz em compartilhar que este jovem, apesar de suas dúvidas iniciais, acabou decidindo depositar a sua plena confiança em Cristo e segui-Lo.

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 8:23–34

A autoridade de Jesus sobre a natureza:
1. O que os discípulos já tinham testemunhado? Neste momento, quem eles pensam que é Jesus?

2. Então por que eles ficaram tão surpresos ao verem o poder de Jesus? Quão diferente teria sido Sua autoridade sobre os ventos e o mar da Sua autoridade sobre os demônios e as doenças?

3. Imagine que você fosse um de Seus discípulos. Você realmente teria reagido de maneira diferente ao ver Jesus dormindo durante a tempestade?

4. De certo modo, Jesus estava monstrando o que poderia fazer parte de segui-Lo. O que é isso?

A autoridade de Jesus sobre demônios:
Como já vimos, a terra da Galiléia era habitada tanto por judeus quanto por gentios. Isso explica por que havia criação de porcos.

1. De acordo com esta descrição de Mateus, como é a vida de quem está sob possessão demoníaca?

2. Como os demônios se dirigiram a Jesus? O que os demônios entendiam sobre seu destino final? Será que eles não estavam fazendo um favor a Jesus?

3. Por que estas pessoas, apesar de testemunhar este milagre inegável e ouvir sobre quem é Jesus, “lhe suplicaram” que Ele fosse embora?

4. Como sua ação reflete a mesma atitude geral do mundo que vemos nos dias de hoje?

5. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Os milagres

Você já deve ter ouvido alguns céticos do evangelho dizerem que creriam em Deus se O vissem com seus próprios olhos.

É claro que a nossa resposta natural e lógica é que se eles pudessem ver a Deus, eles não precisariam "acreditar" nEle. Por definição, a fé é "a prova das coisas que se não veem" (Hebreus 11:1). Além disso, Deus diz que por causa dos nossos pecados "ninguém poderá ver-me e continuar vivo”. (Êxodo 33:20)

Isso não significa que Deus não nos tenha dado suficiente evidência para acreditarmos nEle. Nas palavras eloqüentes de Paulo: “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis;" (NVI-PT). (Romanos 1:20)

Mas Deus não parou com o que nós chamamos de Sua revelação geral. Por meio da encarnação de Seu Filho, Ele mesmo se deu a conhecer a nós. O Evangelho de João também é chamado o Livro dos Sinais, uma vez que, pela inspiração do Espírito Santo, João elaborou o seu evangelho de maneira cuidadosa para falar sobre os sinais (isto é, os milagres) realizados por Jesus. Seu propósito é que “vocês creiam  que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome" (NVI-PT). (João 20:31)

Talvez você esteja se perguntando por que nós, que vivemos num mundo tão intelectual, não testemunhamos milagres como aqueles que estão registrados nos Evangelhos. Eu acho que uma das respostas é que agora temos o privilégio de possuir a Palavra de Deus escrita em línguas que podemos entender. Se não crermos no testemunho abrangente de Deus em Sua palavra escrita, também rejeitaremos a Ele, até mesmo se pudéssemos testemunhar milagres todos os dias, mesmo se fossem milagros de ressurreição dos mortos (Lucas 16:31).

Mas por outro lado, em certo sentido podemos afirmar que vemos milagres todos os dias: o nascer e o pôr do sol, o nascimento de um bebê e, acima de tudo, a regeneração de um pecador que se arrepende diante de Deus.

Todas essas coisas são testemunhas do poder eterno e da natureza divina do nosso Deus Criador.