Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 12:1–8

Leia Deuteronômio 23:24-25 e Êxodo 31:12-17. Depois de ler esses textos, você acha que os discípulos realmente violaram o sábado? Por que ou por que não?

1. Com base em qual das seguintes afirmações Jesus defende as ações dos discípulos em Sua resposta?
a. Suas ações não violaram a lei do sábado.

b. A lei do sábado não era mais necessária.
2. Pode-se classificar as Leis do Velho Testamento nas seguintes categorias:
a. As leis cerimoniais que regem a adoração e conduta religiosa do povo de Israel

b. As leis civis que regem o comportamento social do povo de Israel, cujo propósito é manter a lei e ordem

c. A conduta ética que reflete os atributos de Deus
Em geral, tem-se considerado o seguinte com relação à Lei:
- Jesus veio para cumprir todas as leis cerimoniais.

- Conforme uma sociedade vai mudando, as leis civis também mudam (por exemplo, com o tempo é necessário atualizar as sanções pecuniárias).

- Por outro lado, as leis éticas e morais nunca mudam.
Qual é o propósito da lei do sábado? Se você estiver de acordo com a classificação acima, em qual dessas categorias se enquadra a lei do sábado?

3. A resposta de Jesus contém vários exemplos que enfatizam diversos aspectos desta questão:
a. Parece que as palavras de Jesus contradizem as do sacerdote em 1 Samuel 21:4-6: O que Jesus buscava enfatizar com Sua resposta?

b. Os sacerdotes eram autorizados a fazer aquilo que não era permitido no sábado: O que Jesus buscava enfatizar aqui?

c. Ele é o Senhor do sábado e maior do que o próprio templo: O que Jesus buscava enfatizar aqui?
4. Em seguida, Jesus cita Oséias 6:6 novamente. Você lembra qual foi a última vez que Jesus (recentemente) citou este versículo? Qual foi o contexto da citação anterior? Quão semelhantes foram as formas em que Jesus aplicou o versículo cada vez que o citou?

5. O que Jesus procura nos ensinar com relação à nossa atitude para com a Lei e como a Lei deve afetar a nossa vida cristã atualmente, especialmente no contexto da igreja?

6. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Ajuda para quem se ajuda a si mesmo

Nos acalorados debates ocorridos em 2012 em preparação para a indicação do candidato republicano que concorreria contra o presidente Obama, as questões sociais receberam menos atenção do que a economia. Mesmo assim, ambas as questões estão tão entrelaçadas que certo político foi flagrado citando esta frase que ele afirmava estar na Bíblia: "Deus ajuda aqueles que se ajudam a si mesmos".

Para a surpresa de muitos, inclusive de muitos cristãos, esse provérbio, além de não estar na Bíblia, contradiz o que a Biblia ensina. Ainda me lembro de ter visto esse mesmo provérbio escrito sobre o prédio da Casa para os Cegos perto da minha cidade natal em Tokwawan, Kowloon.

Esse provérbio, geralmente atribuído a Ben Franklin, foi citado em Poor Richard's Almanac em 1757. Na verdade, foi escrito por Algernon Sydney num artigo de 1698 intitulado Discursos Sobre o Governo. Mas seja qual for a fonte original do provérbio, a Bíblia ensina o contrário. Deus ajuda os desamparados!
Isaías 25:4 declara: "Tens sido refúgio para os pobres,
refúgio para o necessitado em sua aflição, abrigo contra a tempestade e sombra contra o calor
..." (NVI-PT).

Romanos 5:6 nos diz: “De fato, no devido tempo, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios” (NVI-PT).
Quando se trata de salvação, todos estamos completamente desamparados. Todos nós estamos infectados pelo pecado (Romanos 3:23) e como resultado desse pecado já estamos condenados (Rom. 6:23). Não há nada que possamos fazer por conta própria que possa remediar essa situação (Isaías 64:6). Felizmente, Deus é o Ajudador dos desamparados. Quando ainda éramos pecadores, Jesus morreu por nós (Rom. 5:8). Jesus pagou o preço que nós não podíamos pagar (2 Coríntios 5:21). Deus providenciou a "ajuda" da qual necessitamos, precisamente porque não podíamos ajudar a nós mesmos.

Embora não devamos usar isso como desculpa para não nos ajudarmos a nós mesmos, se formos fiéis imitadores de Cristo, a ajuda que prestamos aos outros não estará condicionada ao fato de aqueles que recebem a nossa misericórdia ajudarem a si mesmos ou não. Essa é a diferença entre a misericórdia de Deus e a misericórdia do homem.

(Fonte: algumas das informações acima foram obtidas na página www.gotquestions.org)

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 12:9–21

1. Qual era o castigo para quem violasse a lei do sábado (vide Êxodo 31:14) e por que era tão severo?

2. Quem mais poderia ter curado o homem com a mão atrofiada? Portanto, que tipo de pergunta era a do v. 10?

3. Em que sentido a resposta de Jesus é um eco de Sua resposta anterior no v. 7?

4. Apesar de todas essas explicações de Jesus, por que os fariseus reagiram da maneira descrita no v. 14?

5. Diante deste incidente, quão apropriada foi a decisão de Mateus de citar Isaías 42:1-4 aqui? Como Jesus exemplificou as seguintes características?
a. Não discutirá. Existe alguma razão para Ele discutir?

b. Não gritará; ninguém ouvirá sua voz nas ruas. Como Jesus é retratado?

c. Ele não quebrará o caniço rachado. Para que serve o caniço? O que é um caniço rachado? Por que alguém o quebraria?

d. Não apagará o pavio fumegante. O que o pavio fumegante representa? O que normalmente era feito com um pavio fumegante? Como Jesus é retratado?
6. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Uma justiça incrível

A famosa citação de Isaías 42 sobre o caniço rachado e o pavio fumegante é de fato uma descrição poderosa da incrível misericórdia de Deus. No entanto, muitas vezes esquecemos que essas palavras foram ditas no contexto da justiça de Deus (42:1 - Ele trará justiça às nações; 42:3 - Com fidelidade, fará justiça; 42:4 - até que estabeleça a justiça na terra).

O que é a justiça? Quando pensamos em termos de justiça, imparcialidade, ser correto ou direito, também pensamos em dispensar as recompensas ou punições merecidas. Se forem essas as ideias que vêm à nossa mente, estaremos em sintonia com o Dicionário Webster, que dá a seguinte definição da justiça: "o uso da autoridade e do poder para defender aquilo que é direito, justo e legal". Essa definição explica por que muitas vezes a administração da justiça é representada pelo símbolo de uma deusa (normalmente vendada) que têm nas mãos uma balança e uma espada.

No entanto, Webster também entendia que existe outro tipo de justiça que vai além dessa descrição; ele também da a seguinte definição da justiça: "a qualidade daquilo que é justo". Essa noção é mais parecida com a definição bíblica da justiça.

Deus não está interessado unicamente na correção do mal e a aplicação de punições proporcionais às infrações que foram cometidas; Em última análise, Deus está interessado em estabelecer um povo que será justo. Essa foi a missão de Jesus, o Messias.

No entanto, ele não veio a fim de estabelecer a justiça mediante a aplicação das punições que merecemos; se nós recebéssemos o que merecemos, iríamos todos para o inferno. É por isso que Isaías declara que
"Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante..." (Isaías 42:3) (NVI-PT).
Mas muitas vezes nos esquecemos do fato de que o caniço quebrado e o pavio fumegante não se referem tanto às vítimas da injustiça, mas aos autores da injustiça. Jesus, ao nos convidar a encontrarmos o nosso descanso nEle (Mt 11:28), está chamando os pecadores ao arrependimento. Portanto, por meio das analogias do caniço rachado e do pavio fumegante, Isaías destaca que a missão do Messias de estabelecer a justiça é uma missão de restauração.

Por que alguém se importaria com um caniço rachado? Esse caniço morrerá por si só, assim como o mundo; algum dia trará destruição total sobre si mesmo. Existe alguma razão pela qual não se deve extinguir um pavio fumegante? Já chegou ao fim de sua vida útil; Além disso, a fumaça que ele solta é muito irritante!

Mas Deus não nos considera um caniço sem valor, ou um pavio, uma simples ferramenta! Não! Jesus deixa claro em Mateus 11:29 que nós somos almas, almas que são preciosas aos seus olhos. Portanto, uma vez que Ele entende que certamente morreremos como aquele caniço rachado, que o nosso fim certamente será o mesmo daquele pavio fumegante, Ele veio para tomar sobre Si as nossas feridas, a fim de que nós possamos ser curados; Ele veio para que a Sua própria vida se extinguisse na cruz, a fim de nos trazer de volta à vida, à luz.

Foi assim que Ele estabeleceu a justiça na terra: Ele nos fez justos diante de Deus ao receber o castigo que nós merecemos. Agora é possível alcançar a verdadeira justiça, a qualidade daquilo que é justo (conforme a definição de Webster).

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 12:22–37

1. Depois de ter curado o homem com a mão atrofiada, Jesus agora realiza uma cura cujo aspecto espiritual é inegável: ele expulsa um demônio de um homem e ao mesmo tempo cura a sua cegueira e mudez. Qual foi a reação da multidão? (O que significava para eles o título "o Filho de David"?)

2. Qual teria sido a sua reação se você tivesse testemunhado este milagre? Imagine que você fosse um cético. Quais são as possíveis explicações que você teria formulado para negá-lo?

3. Sua lista de possíveis explicações inclui aquela que é mencionada pelos fariseus neste trecho?

4. Por que eles atribuíram o poder de Jesus aos demônios? Sua acusação tinha algum fundamento lógico?

5. Imagine que você fosse Jesus. O que você teria feito?
a. Reprendê-los severamente?

b. Fazer outro milagre para mostrar o seu poder?

c. Fazer outro milagre cujo objetivo era puni-los?

d. Raciocinar com eles pacientemente na esperança de que se arrependessem?
O que foi que Jesus fez?

6. Que argumento Ele dá nos vv. 25-26 a fim de corrigi-los?

7. Agora sabemos que os que fazem parte do império de Satanás estão unidos. Nesse sentido, como o império de Satanás se compara à igreja de Jesus Cristo?

8. Agora você entende qual é uma das principais razões pelas quais a igreja de hoje é tão fraca e impotente? O que você deve fazer como membro da igreja?

9. Por isso, Jesus prossegue com várias advertências:
a. Qual é Sua advertência no v. 30? É possível tomar uma posição neutra em relação a Jesus? Por quê?

b. Qual é Sua advertência nos vv. 31-32? Por que Ele faz uma distinção entre o Espírito Santo e o Filho do Homem?

c. Qual é Sua advertência nos vv. 36-37? Por que a consequência é tão severa, mesmo quando se trata de palavras "inúties"?
10. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A blasfêmia contra o Espírito Santo

Este pecado mencionado em Mateus 12:31-32, Marcos 3:28-29 e Lucas 12:10, têm gerado muito medo desnecessário por parte de alguns cristãos hipersensíveis cujas imaginações têm inventado um suposto "pecado imperdoável" que não tem nada a ver com a acusação deliberada feita pelos fariseus. Tenho um amigo cristão que sofre de um transtorno obsessivo-compulsivo e que durante décadas também era atormentado por esse mesmo medo; cada vez que ele pensava em Deus, não conseguia evitar que sua mente pensasse na palavra "porco". Ele tinha certeza de que havia cometido esse pecado imperdoável, até que muitíssimos anos depois a sua doença finalmente foi curada.

Infelizmente, devido a certas interpretações tradicionais que têm gerado muita confusão, meu amigo não era o único que pensava assim. Os primeiros cristãos reconheciam três tipos de blasfêmia: a blasfêmia daqueles que, sob a perseguição, negavam e amaldiçoavam a Cristo, a blasfêmia dos hereges e outros cristãos profanos e a blasfêmia do Espírito Santo. Outras interpretações cristãs primitivas dividiam-no em dois tipos: a blasfêmia contra o Filho do Homem (como a dos incrédulos) e blasfêmia contra o Espírito Santo (aquela que é cometida por cristãos), “daí a ideia de que o pecado cometido após o batismo é imperdoável”. (R.T. France)

Para amenizar esse medo, alguns professores da Bíblia simplesmente dizem que o pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo é o mesmo que a rejeição teimosa e contínua da convicção que dá o Espírito da necessidade do arrependimento. Embora as intenções desses professores sejam admiráveis, sua solução contradiz tanto o significado da palavra quanto o seu contexto.

Por definição, a blasfêmia é um ato que se comete com palavras; além disso, o contexto de cada uma das três narrativas do evangelho mostra claramente que se trata de algo que é dito contra o Espírito Santo, um insulto direto feito com palavras.

Além disso, Jesus fez uma distinção clara entre a blasfêmia contra Sua pessoa como Filho do Homem e contra o Espírito Santo. Isso não quer dizer que Ele estava se rebaixando a uma posição inferior à do Espírito Santo. Em vez disso, Ele estava se referindo à decisão de não reconhecê-lo por quem Ele é, a qual deu origem às palavras difamatórias que foram ditas contra Ele; quem se arrepender desse pecado ainda poderá ser perdoado. Mas a difamação deliberada contra o Espírito Santo por parte de quem percebe plenamente quem Ele é, esse é um pecado que não poderá ser perdoado.

Isso significa que mesmo aqueles fariseus que falaram contra Jesus ainda tinham a possibilidade de serem perdoados se mais tarde se arrependessem e cressem Nele, uma vez que sua blasfêmia contra Jesus era baseada em Seu caráter de "desconhecido"; e sabemos que, de fato, houve fariseus que finalmente se converteriam a Cristo. (Atos 15:5)

Pedro também foi perdoado, inclusive depois de ter negado verbalmente a Jesus (Mateus 26:69-75).

Eu duvido que um verdadeiro crente possa blasfemar contra o Espírito Sando deliberada e intencionalmente; Concordo com a R.T. France em que, "Em última análise, só Deus pode saber quando a oposição (verbal) de um indivíduo contra a Sua obra tenha chegado ao ponto de ser uma rejeição irreversível".

No entanto, isso também serve para eu lembrar que, apesar de minha desconfiança do movimento carismático, devo ter cuidado para não julgar qual seja a origem de algumas das suas manifestações sobrenaturais, a fim de não cometer o mesmo erro que cometeram os fariseus.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 12:38–45

1. Leia de novo rápidamente os capítulos que já estudamos para lembrar quais foram os tipos de milagres que os fariseus e escribas já tinham testemunhado. Diante desses milagres, por que pediram um sinal miraculoso? Que tipo de sinal eles tinham em mente (que fosse diferente dos sinais que já tinham testemunhado)?

2. Você já viu ou experimentou algum milagre em sua vida? Por que você o chamaria de milagre?

3. Como Jesus os repreendeu por terem feito esse pedido? Por que o fato de eles terem feito esse pedido é um sinal de que são uma "geração perversa e adúltera"?

4. Em seguida, Jesus prediz o Seu próprio milagre: o de Sua morte e ressurreição. Quão semelhante seria essa experiência à de Jonas?

5. Jesus comparou os Seus ouvintes com o povo de Nínive e com a Rainha de Sabá. De acordo com Jesus, por quais motivos Sua geração seria julgada e condenada? O que isso nos ensina sobre a nossa própria geração?

6. Na conclusão de Suas palavras de condenação dessa geração, Jesus a compara com uma pessoa endemoninhada. Com relação às seguintes observações, em que sentido a Sua geração era semelhante a tal homem?
a. Foi varrida, expulsando o espírito imundo.

b. Ficou desocupada.

c. Depois de certo tempo, foi ocupada novamente, desta vez por ainda mais espíritos imundos.
7. A nossa geração é diferente daquela? Por que ou por que não?

8. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A casa assombrada

William Barclay chama a parábola dos sete demônios em Mateus 12:43-45 da parábola da "casa assombrada"; no entanto, eu temo que sua interpretação não consegue expressar toda a severidade desta advertência de Jesus. A conclusão de Barclay é que o foco desta parábola é o mal da ociosidade; portanto, sua aplicação é que “a Igreja reterá os convertidos com mais facilidade se lhes der trabalho cristão para fazer. Nosso objetivo não é somente a ausência negativa de obras malignas, mas a presença positiva de obras para Cristo”.

Mas Jesus não estava falando sobre a Igreja, mas sobre a geração perversa que existia nos Seus dias, uma época em que o diabo tinha fugido de Sua presença (Lc. 10:18). Por tê-Lo rejeitado, o mundo seria retomado pelo príncipe deste mundo após Sua partida (João 14:30), e sua condição seria ainda pior do que era antes.

A verdadeira mensagem de Jesus é que ninguém pode permanecer neutro. É uma mensagem que Ele repetiu ao longo do Seu ministério, e até aparece no versículo 30 deste mesmo capítulo: "Aquele que não está comigo, está contra mim; e aquele que comigo não ajunta, espalha" (NVI-PT).

Portanto, aqueles que não recebem a Cristo como seu Senhor e Salvador efetivamente O rejeitam. Aqueles que não fazem de Cristo seu Senhor e Rei, fazem de Satanás seu Senhor e Rei.

Nós gostamos de pensar que podemos ser os mestres da nossa própria vida. Mas a dura realidade é que somos escravos, ou "do pecado que leva à morte, ou da obediência (de Cristo) que leva à justiça" (Romanos 6:16).

Você não precisa ser uma casa assombrada.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 12:46–50

1. O que Jesus estava fazendo quando a Sua família chegou?

2. Por que eles queriam conversar com Jesus em vez de entrar e ouvi-lo?

3. O que você acha que foi o motivo de sua visita?

4. Você acha que a resposta de Jesus foi um tanto descortês? Por que ou por que não?

5. Especialmente quando Jesus disse "Aqui estão minha mãe e meus irmãos" enquanto apontava para os discípulos, ele não estava sendo mal educado com sua mãe?

6. Qual é o ponto importante que Jesus queria enfatizar?

7. O que essas palavras de Jesus significam para você hoje?

8. Em geral, os católicos usariam o versículo 50 para refutar a afirmação de Lutero e Calvino de que a salvação é pela fé, dizendo que este versículo ensina que a justiça é baseada nas obras. Que resposta você daria?
a. Talvez deseje consultar João 6:28 para ver como o próprio Jesus interpreta a palavra "obra";

b. Além disso, os livros de Romanos e Gálatas têm muito a dizer sobre esta questão (por exemplo, em Romanos 3:28, 4:1-2, 5:1 e 10:10; Gálatas 2:6, 3:1 e 3:24 )
9. Diante disso, como você entende o versículo 50?

10. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O sangue é mais denso que a água

Cada vez que eu digo a outros cristãos que eu também sou cristão, a distância entre nós diminui imediatamente; não importa se estamos numa cidade remota da Colúmbia Britânica, na Grã-Bretanha, no aeroporto de San Francisco, em Hong Kong, ou numa excursão. Isso é algo que o mundo não consegue entender.

Ainda me lembro do gozo de certa família cristã da Flórida que minha esposa e eu conhecemos pela primeira vez numa viagem pela Itália; lembro-me de como, depois de poucos dias, já éramos como velhos amigos, e como cada dia essa família fazia todo tipo de pergunta sobre assuntos da Bíblia.

Mas o que mais lembro são certos jovens estudantes universitários que haviam dedicado suas vidas a alcançar os muçulmanos em Banda Achém (check English and Spanish, both should read Banda Aceh), na Indonésia. Esses jovens compartilharam comigo sua paixão, o perigo que enfrentavam e as lutas que tiveram com suas famílias; eles tiveram plena confiança em mim, uma pessoa que acabavam de conhecer pela primeira vez, mas que era seu irmão em Cristo.

Eles são, de fato, meus irmãos e irmãs, por serem irmãos e irmãs de Jesus. Pertencemos à mesma família porque Jesus Cristo nos comprou com o Seu Sangue. O sangue é mais denso que a água.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 13:1–9, 17–23

1. As palavras "naquele mesmo dia" significam algo para você?
Embora a fama de Jesus tivesse crescido junto com o tamanho das multidões, parece que Jesus falava com os ouvintes principalmente por parábolas. Mateus escolheu incluir algumas delas nesta passagem. A primeira trata do destino de algumas sementes que são semeadas num campo. Os vv. 1-9 contém a narração da parábola, enquanto os vv. 17-23 apresentam a explicação. É importante notar que para entender uma parábola, é preciso prestar atenção à ideia central que ela procura ensinar, e não nos pequenos detalhes, salvo quando Jesus mesmo os esclarece.
2. Em que aspectos o semeador e a ação de semear as sementes representam viva e apropriadamente a ação de compartilhar o evangelho?

3. Você consegue relacionar o rendimento das quatro sementes com pessoas ou eventos que você já tem observado (ou que você já percebeu em sua própria vida)?
a. Algumas sementes caíram à beira do caminho: estas foram arrancadas por Satanás.
  1. Como Satanás conseguiu fazer isso no coração do ouvinte?
  2. O que o semeador pode fazer?
  3. O que a "semente" pode fazer?
b. Algumas sementes caíram em terreno pedregoso: estas foram secadas por tribulações ou perseguições.
  1. Uma vez que as aflições e perseguições ocorrem "por causa da palavra", você deve encorajar o ouvinte a esconder a sua fé a fim de evitá-las?
  2. O que o semeador pode fazer?
  3. O que a "semente" pode fazer?
c. Algumas sementes caíram entre espinhos:
  1. Que fatores podem sufocar a semente? O que mais pode impedir o crescimento da fé de uma pessoa?
  2. O que o semeador pode fazer?
  3. O que a "semente" pode fazer?
d. Algumas sementes caíram em boa terra: aqui houve aceitação e multiplicação.
  1. Como a terra pode ser boa?
  2. O semeador pode fazer alguma coisa para garantir que a terra do ouvinte seja boa?
4. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
No Seu próprio tempo

Quando tentamos compartilhar o evangelho com os nossos amigos e parentes, especialmente aqueles que amamos profundamente, às vezes ficamos frustrados com a sua falta de interesse nas coisas espirituais. Em segredo, até nos perguntamos se realmente é possível que algum dia creiam em Cristo.

Quando lemos a parábola de Jesus sobre o semeador, reconhecemos imediatamente aquelas sementes que ficaram à beira do caminho e caíram em terra pedregosa. Sabemos muito bem quem são aqueles que parecem responder favoravelmente ao evangelho, só para depois abandonarem a fé devido às suas atividades, sua relutância em abandonar o seu estilo de vida ou as objeções de sua família.

Também me lembro do longo caminho que meus pais também tiveram que percorrer antes de virem a Cristo. Embora eu considerasse minha mãe uma pessoa muito boa e soubesse que às vezes frequentava a igreja, temia que ela realmente não conhecesse a salvação. Foi por isso que quando eu realmente cri em Cristo na minha adolescência, fiquei preocupado com a sua salvação; certo dia, reuni coragem suficiente para falar com ela sobre a sua necessidade de aceitar a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal. Não funcionou muito bem; ela basicamente não respondeu a nada do que eu lhe expliquei (provavelmente porque a minha explicação não foi muito boa). Mas eu não parei de orar por ela e sabia que os meus outros irmãos que já tinham nascido de novo também orariam por ela.

Foi só depois de quase 20 anos, quando ela veio morar conosco em Vancouver, que a minha mãe começou a frequentar a igreja regularmente. Durante esse tempo eu pude ver seu apetite pelas coisas espirituais crescer de forma exponencial. Ela até mesmo conseguiu recitar os Salmos 22-24 de memória na frente de uma grande congregação que estava reunida na Igreja.

Embora a conversão da minha mãe não tenha sido muito surpreendente, a do meu pai foi bastante surpreendente. Ele não tivera um bom relacionamento com a maioria de nós, e devido à imagem que ele gostava de projetar de um homem macho que nunca sorria, nenhum de nós teve a coragem de falar com ele sobre o evangelho. A única coisa que fazíamos era orar por ele. Eu também orei por ele por muitos anos, e um dia Deus respondeu às nossas orações. O pastor de um de meus irmãos cresceu numa pequena cidade onde meu pai havia sido destacado para trabalhar (acho que isso foi durante a guerra); assim, ele teve uma oportunidade que ninguém mais teve de estabelecer um relacionamento com meu pai, e, com o tempo, o guiou a Cristo, pouco antes de meu pai falecer. Nunca esquecerei aquele momento no funeral de meu pai: o pastor estava guiando a nossa família em oração antes de sairmos para o corredor principal. Naquele momento, enquanto eu estava de pé com os olhos fechados, senti uma luz; embora eu sabia que vinha das luzes do teto, brilhava como se viesse do mesmo céu, e meu coração sentiu um calor estranho, junto com a certeza interior de que meu pai já tinha sido recebido no céu, apesar de quão difícil era acreditar.

Sempre me pergunto o que nós, os que compartilhamos o evangelho, podemos fazer para melhorar a terra dos nossos ouvintes. A resposta imediata é que não podemos fazer nada, só Deus pode; no entanto, creio que, por meio da nossa intercessão constante, Deus fará com que as circunstâncias que acontecerem na vida dos nossos entes queridos sirvam para amolecer os seus corações para que a semente do evangelho finalmente dê frutos. Não importa quanto tempo dure o processo. Ele de fato faz tudo formoso em Seu tempo.

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 13:10–16

1. Conforme usadas no Novo Testamento, as palavras “segredo” e “mistério” se referem ao plano de salvação de Deus, o qual no passado estava escondido, mas agora com a vinda de Jesus foi revelado. À luz disso, por que Jesus usou parábolas em muitos de Seus ensinamentos públicos?

2. Jesus estava contrastando os discípulos com a multidão (os judeus); além disso, em Marcos 4:11, Jesus usou a expressão "os que estão de fora" para se referir a estes últimos.
a. O que Ele quis dizer com a expressão “os que estão de fora” (estão fora de quê)?

b. O que foi aquilo que aqueles que estavam "de dentro" (quer dizer, os discípulos) já tinham, do qual eles receberiam ainda mais (receberiam mais de quê)?

c. O que foi aquilo que a multidão de judeus já tinha, o qual seria tirado deles?
3. O que foi aquilo que a multidão ouviu sem conseguir entendê-lo? O que foi aquilo que a multidão viu sem conseguir percebê-lo?

4. De acordo com o versículo 15, de quem foi a culpa?

5. No entanto, também de acordo com o versículo 15, o que teria acontecido se eles tivessem decidido se converter?

6. Certa vez, Tom Rees fez o seguinte comentário: "O mesmo sol que endurece a argila derrete a cera". Como esse comentário pode ajudá-lo a entender a citação de Isaías 6:9-10 no v. 15?

7. Por que Jesus chamou os discípulos de bem-aventurados? E, quanto a nós hoje, somos menos ou mais abençoados do que eles? Por quê?

8. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Quão grande é a amarga vergonha e dor

Hoje, eu os convido a meditar sobre a letra deste antigo hino que tem tocado a vida de muitos, inclusive a minha.

Por Theodore Monod, 1836-1921

(Consulte a versão bilíngue desta lição.)