Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 19:13–15

1. Por que estas pessoas sentiram a necessidade de levar as crianças a Jesus para Ele orar por eles? O que eles estavam pensando?

2. Os discípulos tinham alguma razão válida para rejeitarem as crianças? Imagine que você fosse um dos discípulos. Você teria feito a mesma coisa?

3.  Por que Jesus tomaria o tempo para orar pelas crianças apesar de estar muito ocupado? O que Ele teria orado pelas crianças?

4. Qual é o requisito para quem quiser entrar no reino de Deus? (vide João 3:16.) O que isso tem a ver com as crianças? Em que sentido ser como uma criança define a essência da "fé salvadora"?

5. Ao “lhes impor as mãos e orar”, Jesus estava tentndo ensinar alguma coisa específica, ou estava realizando um ato em essência?

6. Como você deve tratar as crianças, especialmente aquelas que estão na igreja?

7. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Ser como crianças

Ao refletir sobre a ação de Jesus de abençoar as crianças em Mateus 19, assim como Seu lembrete de que "dos tais é o Reino dos céus", eu imediatamente me lembrei das duas histórias abaixo.

A primeira é uma história que você provavelmente já ouviu contada em várias versões e de cuja autenticidade às vezes duvido. Apesar disso, sua mensagem é uma que devemos ouvir uma e outra vez. A versão que ouvi pela primeira vez há muitos anos foi contada no contexto da Europa da época pós-guerra. Um soldado americano andava pelas ruas de uma cidade que tinha sido devastada pela guerra. Ele foi a uma padaria para comprar pão. Enquanto olhava pela vitrine da loja, ele viu um garotinho cujo rosto estava contra a vitrine e que olhava para o pão que estava em exposição. Era óbvio que o garoto estava com muita fome mas não tinha dinheiro. O soldado ficou comovido com sua situação e, ao sair da padaria, ofereceu-lhe o seu pão. O menino ficou surpreso com este ato inesperado de generosidade e compaixão. Ele olhou para o soldado e perguntou: "Senhor, você é Jesus?".

A segunda é uma história que minha mãe me contou certo dia quando ela voltou do mercado. Ela me disse que estava prestes a comprar algumas laranjas de uma senhora no mercado, onde havia uma placa que dizia claramente que as laranjas eram da marca Sunkist; no entanto, minha mãe não tinha achado o logotipo Sunkist em nenhuma das laranjas. Por isso, ela perguntou ao comerciante por que as laranjas não tinham o logotipo da Sunkist, mas antes que o dono da mercearia pudesse responder, sua filha falou rapidamente: “Sim, senhora, são laranjas Sunkist. É minha culpa porque esqueci de carimbá-los com o logotipo".

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 19:16–22

1. As passagens paralelas nos outros evangelhos sinópticos nos ajudam a entender que este homem era jovem e rico, e também um governante. Baseado no que ele perguntou para Jesús e na forma em que ele o perguntou (quer dizer, as ações que a acompanharam), ¿como você descreveria o seu caráter, e qual você espera que seja o resultado de sua busca sincera pela vida eterna?

2. Por que as pessoas (incluindo budistas, católicos e mórmons) sempre relacionam as boas obras com a vida eterna?

3. Qual era o objetivo de Jesus ao salientar que “Não há bom, senão um só que é Deus” (NVI-PT)?

4. Depois de dizer “obedeça aos mandamentos”, por que Jesus citou apenas os últimos seis dos Dez Mandamentos (vide Êxodo 20)?

5. Você acha que o homem estava falando a verdade quando respondeu que tudo isso ele tinha obedecido? Por quê? (De acordo com Marcos 10:21 qual foi a reação emocional imediata de Jesus ao ouvir essa resposta.)

6. Uma vez que parecia que o homem sinceramente pensava ter obedecido esses seis mandamentos, por que ele perguntou: "O que me falta ainda?"? Se você realmente pudesse guardar esses seis mandamentos, sentiria que ainda faltava algo?

7. O que significa "ser perfeito"? (Vide Mateus 5:48)

8. Qual era a “coisa” que faltava com relação a possuir a vida eterna, e o que essa coisa implicava? Tinha algo a ver com os primeiros quatro mandamentos, sobre os quais Jesus (ainda) não o havia questionado?

9. Em seus encontros com outras pessoas, Jesus nem sempre as pediu que O seguissem fisicamente (um exemplo disso é Zaqueu). Essas pessoas continuavam sendo Seus discípulos embora não O estivessem seguindo fisicamente, como faziam os Doze. Mas aqui Jesus pediu ao homem que O seguisse, algo que teria exigido que ele deixasse tudo o que tinha (como tinham feito os Doze). O que isso lhe ensina sobre o significado de ser um discípulo de Jesus Cristo?

10. Por que o jovem se afastou triste? Ele estava triste com relação a quê?

11. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Herdar a vida eterna

Não muito tempo atrás estava lendo uma das principais revistas católicas, onde encontrei um artigo de um proeminente teólogo católico que zombava da ênfase de Calvino na salvação pela fé, e não pelas obras. Esse autor afirmava que era inquestionável que Jesus, nos vários relatos do evangelho, pregava a salvação pelas obras. Uma das passagens que ele citou para apoiar o seu argumento foi a do jovem rico em Mateus 19. Nessa passágem, Jesus diz: “Se você quer entrar na vida, obedeça aos mandamentos” (NVI-PT) (19:17). Este teólogo considera que sua interpretação é confirmada pelo mandamento que Jesus deu ao homem de vender todos os seus bens, dá-los aos pobres e depois segui-Lo.

No entanto, é bastante evidente que a afirmação da igreja católica de que a salvação é pelas obras contradiz o ensinamento claro de Paulo de que a salvação é pela graça por meio da fé (Efésios 2:8-9) e a compreensão claramente expressa por Tiago de que quando violamos uma lei, violamos todas as leis (Tiago 2:10).

A história do jovem governante rico mostra claramente que não importa o quão bom tenha sido este jovem - ele pode até realmente ter guardado os últimos 6 mandamentos sobre os quais Jesus lhe perguntou - sua alma sincera sabia que isso não era suficiente. Ele sabia sinceramente que algo estava faltando. Portanto, é evidente que em 19:17 Jesus estava simplesmente repetindo o que o jovem já cria, ou seja, que se ele guardasse os mandamentos, entraria na vida eterna. No entanto, ele tinha descoberto que isso não era certo, uma vez que honestamente acreditava ter guardado os mandamentos.

À medida que a história se desenvolve, o jovem começa a entender as seguintes verdades:
- O único caminho que leva à vida eterna é seguir Jesus

- Para seguir Jesus, é preciso amá-Lo mais do que a qualquer outra pessoa ou coisa; Disso tratam os primeiros quatro dos Dez Mandamentos, sobre os quais Jesus não lhe havia perguntado (ou antes, Ele "perguntou" sobre eles quando lhe pediu que vendesse tudo para segui-Lo).
Como parte de seu argumento em favor da noção católica de salvação pelas obras, Reno (outro intelectual católico proeminente) argumenta que
"a crítica de Paulo à lei de Moisés deve ser entendida como parte de sua afirmação mais ampla sobre o seu cumprimento em Cristo". (First Things, janeiro de 2012, p. 38)
e que as leis do Antigo Testamento não foram suficientemente longe e que devemos complementá-las obedecendo e ouvindo os mandamentos de Cristo. Mas o fato continua sendo que ninguém consegue obedecer à lei por si só; não importa se for a lei de Moisés ou a de Cristo. É só quando colocamos nossa fé em nosso Cristo ressuscitado e em Seus méritos na Cruz, e somente então, que podemos receber o poder de obedecer a Cristo e Seus mandamentos. Não podemos colocar a carroça antes dos bois, a carroça representa as obras, e os bois a fé em Cristo que nos dá a vida eterna.

De acordo com o relato de Marcos sobre esse jovem, a pergunta que ele fez foi esta: "Que farei para heredar a vida eterna?" (Mc. 10:17). Essa pergunta já revela que este homem entendia que a vida eterna é algo que só se obtém por herança. E ninguém pode trabalhar para receber uma herança, uma vez que ela se baseia num relacionamento. Tanto no Antigo Testamento como em qualquer outro cultura, somente os filhos recebem a herança, ninguém se candidata para recebê-la.
"Contudo, aos que o receberam (isto é, Jesus Cristo), aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus". (NVI-PT) (João 1:12)

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 19:23–30

1. Por que Jesus usou a imagem de um camelo que tenta passar pelo fundo de uma agulha para descrever a dificuldade que uma pessoa rica tem para entrar no reino? Será que esta comparação não é muito exagerada? Ou é uma fiel representação da realidade? Quais são algumas características especiais das riquezas que poderiam impedir a entrada de uma pessoa no reino? Considere as perguntas acima ao refletir sobre o caso do jovem governante.

2. Por que a resposta dos discípulos não foi "Neste caso, nenhum rico pode ser salvo", mas "quem pode ser salvo?"? Embora possamos supor que Jesus só se referia aos ricos, os discípulos entenderam que eles também eram como esses ricos. Em que sentido eles podem ser como os ricos quando se trata de entrar no reino de Deus?

3. A pergunta ainda mais importante é esta: a riqueza continua sendo um obstáculo para você? Examine-se honestamente.

4. Uma vez que as riquezas são um obstáculo tão importante no caminho do Reino, o que quer dizer a afirmação “mas para Deus todas as coisas são possíveis”? O que Deus poderia fazer para nos ajudar a ser salvos?

5. Por que Pedro chamou a atenção de Jesus para o fato de que os discípulos haviam deixado tudo para segui-Lo? Que resposta ele esperava de Jesus? Ele obteve a resposta que desejava? Por quê?

6. Acho que todos concordamos que receberemos as nossas recompensas no céu, mas Marcos 10:30 diz que a recompensa de cem vezes mais é algo que recebemos na era atual. Uma vez que é óbvio que Jesus não mente, o que Ele quis dizer com essa afirmação?

7. À luz disso, que seria o “tesouro nos céus”? Jesus o estava usando como uma "motivação" para o jovem. Funcionou? E você? Isso significa alguma coisa para você? Por que ou por que não?

8. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O poder das riquezas

Ao ler a reação dos discípulos diante da hipérbole do camelo e o fundo de uma agulha usada por Jesus sobre como é difícil para um homem rico entrar no reino dos céus, acho que a resposta dos discípulos é bastante surpreendente. Em vez de dizer, "que homem rico pode ser salvo?", eles disseram "quem pode ser salvo?".

A maioria dos discípulos era de origem humilde, e todos haviam renunciado tudo para seguir Jesus; apesar disso, eles responderam à hipérbole de Jesus sobre os ricos com a pergunta "Quem pode ser salvo?" Essa pergunta reflete sua honestidade, uma vez que compreendiam que as riquezas são um poderoso obstáculo que impede tanto ricos quanto pobres de entrarem no reino dos céus. Eles entenderam muito bem a verdade de que “onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração" (NVI-PT).

Para os ricos, o problema é óbvio: o jovem rico afastou-se triste precisamente porque as riquezas tinham se convertido em sua segurança, sua confiança e, portanto, seu deus!

Mas as riquezas também são um grande problema para aqueles que podemos descrever como sendo de “classe média”, no sentido de que, apesar de que não sejam ricos, o seu desejo de ser rico, de ganhar mais, de acumular mais e de desfrutar mais, pode ainda ser um amor tão forte que supera o seu amor por Deus. Talvez esse tipo de amor pelas riquezas não seja tão óbvio, e para revelar quem realmente é o Deus dessa pessoa são necessárias provas como a perda repentina de uma fortuna, ou de um emprego, ou de uma chance rara de ganhar milhões apesar dos conflitos que possa gerar na vida familiar, na vida da igreja ou com os princípios bíblicos.

Talvez pensemos que os pobres certamente não têm nenhuma dificuldade quando se trata de riquezas. No entanto, tenho encontrado muitas pessoas pobres que estão amarguradas com a sociedade e com Deus, que pensam que o mundo lhes deve as riquezas que pensam que nunca terão. Eles têm inveja daqueles cuja situação econômica é melhor, e embora talvez para eles não seja possível experimentar uma melhora financeira, eles ficariam muito felizes em ver mais pessoas se tornarem como eles. Mas nem todos os pobres são assim. Algumas pessoas pobres possuem integridade e dignidade, e nunca permitiriam que a pobreza definisse a sua identidade. Quando eu era criança e estudava em uma escola primária frequentada por crianças que viviam como invasores num morro próximo à escola, encontrava muitos pais pobres que tinham essa mentalidade.

No entanto, a amargura e a inveja dos primeiros são evidências de que as riquezas são um deus que eles gostariam de possuir, apesar de sua pobreza.

Eu acho que essa é a compreensão profunda que os discípulos tiveram - quer dizer, todos menos Judas, cuja pobreza o levou a trair o Senhor Jesus Cristo.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 20:1–16

Contexto: É importante notar que esta mensagem específica de Jesus começa no versículo 19:30 e termina no versículo 20:16 (sendo indicada pela repetição da frase 'muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão primeiros'), e também que se trata de uma resposta mais extensa à pergunta que Pedro tinha feito em 19:27.

1. Considere novamente suas reflexões sobre qual é a essência da pergunta de Pedro no v. 19:27.

2. Na parábola, qual é o ponto de discórdia entre os trabalhadores que foram contratados primeiro? Quão semelhante era sua atitude à de Pedro?
a. Quando Pedro disse "Nós deixamos tudo", o que representava a palavra "tudo", no caso dos discípulos? (Vide 19:29.)

b. Qual poderia ser a diferença entre os doze e outros discípulos de Jesus, como Zaqueu?

c. Pedro esperava uma recompensa maior por causa de seu maior sacrifício?
3. Em que sentido esta parábola é uma resposta à pergunta de Pedro?

4. O conceito que os primerios trabalhadores (como Pedro) tinham da justiça no Reino dos Céus omitia algo. O que eles tinham esquecido? (vide Efésios 2:8-9. Se cada um de nós realmente recebesse o que merece, o que receberíamos?)

5. Existe alguma recompensa no céu maior do que a vida eterna?

6. De quem foi a culpa o fato de alguns dos trabalhadores terem sido contratados após os primeiros? (vide 20:7)

7. O versículo 8 descreve como os trabalhadores da parábola recebem o seu pagamento, começando com os últimos contratados. Realmente importa quem recebe seu pagamento primeiro e quem o recebe por último?

8. À luz disso, o que significam as palavras "primeiro" e "último" nesta parábola, com relação aos seguintes aspectos?
a. Seu status

b. Sua recompensa

c. A hora em que foram contratados

d. Quais sacrifícaram mais

e. O momento em que receberam sua recompensa

f. Alguma consideração não mencionada acima
9. Realmente existem os conceitos de "primeiro" e "último" no Reino dos Céus?

10. Portanto, qual é a mensagem essencial desta parábola e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Ai de mim!

É um fato bem conhecido que na maioria das igrejas (ou talvez deva dizer em todas as igrejas) 20% das pessoas realizam 80% dos ministérios da igreja. Muitos desses servidores são multitarefas. Tenho visto que, como consequência dessa situação, é muito comum encontrar nas igrejas a síndrome "ai de mim".

Você certamente já se deparou com esse tipo de pessoa (ou talvez você até seja uma delas). Estas são pessoas que amam muito a Deus e têm uma paixão por servir. Muitas delas, embora tenham seus próprios filhos em casa, estão tão envolvidos no ministério que passam mais tempo na igreja do que em suas próprias casas. Além de serem chefes de conselhos, líderes de projetos, professores de escola dominical e líderes de estudos bíblicos, elas também cuidam dos outros de forma sacrificial. Mas apesar de tudo isso, elas não são pessoas alegres. Suas bocas estão cheias de reclamações e críticas. Também é evidente que elas realmente não têm um tempo devocional significativo e consistente com o Senhor. Sua reclamação é sempre que "ninguém liga". Eles acham que são os únicos.

Como no caso de Elias, a melhor cura para essa condição é fugir e descansar, mas realmente descansar, a fim de estar a sós com o Senhor para ouvir a delicada voz de Deus. Aliás, na verdade, a voz do Senhor pode não ser tão delicada, só que nós enchemos as nossas vidas com tanta agitação e amargura que não conseguimos ouvir a voz clara de Deus. É assim que nós a tornamos delicada.

A Bíblia diz que “Deus ama quem dá com alegria” (2 Cor. 9:7), e acho que isso se aplica não só ao dinheiro, mas também ao nosso tempo e esforço, e, sem dúvida a nós mesmos.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 20:17–28

1. Nesta passagem, Jesus prediz a Sua morte e ressurreição novamente, mas agora com os seguintes novos detalhes:
a. "será entregue" aos chefes dos sacerdotes e aos mestres da lei

b. "o condenarão" à morte

c. "o entregarão" aos gentios

d. "para que zombem dele", "o açoitem" e "o crucifiquem"

e. mas depois ele ressuscitará

Imagine que você fosse um dos discípulos. Quais dos detalhes incluídos desta vez seriam novos para você (vide 16:21 e 17:22-33)? Qual deles teria sobrecarregado mais seu coração?
2. Qual era o objetivo de Jesus ao compartilhar esses detalhes? Que reação Ele esperava obter dos discípulos ao contar-lhes sobre Sua “morte" e "ressurreição" iminentes?

3. Que tipo de reação Ele obteve dos discípulos?

4. Por mais ridícula que tenha sido a reação deles, você consegue identificar nela algo positivo?

5. A mãe de Tiago e João, os filhos de Zebedeu, foi uma das discípulas fiéis de Jesus que O seguiram até o pé da cruz (Mateus 27:56). De quem foi a ideia de fazer essa pergunta, da mãe ou de seus filhos (quantos anos eles teriam)?

6. Quem deveria assumir a responsabilidade por tal ação (observe sua resposta no v. 22)?

7. O que foi que eles pediram? O que os levou a fazer esse pedido? Por que isso era importante para eles?

8. Em que sentido podemos dizer que eles não sabiam o que estavam pedindo?

9. Por que eles teriam respondido: "Podemos" à pergunta de Jesus no v. 22?

10. Eles realmente podiam fazer isso? Por que ou por que não?

11. "Certamente vocês beberão do meu cálice" (NVI-PT). Estas palavras se aplicam somente a esses dois, ou também a todos os discípulos de Jesus, incluindo nós? (vide João 15:20.)

12. Qual foi a reação dos outros discípulos? Eles tinham razão? É possível justificar a reação deles, ou simplesmente mostra que eles não eram melhores do que os outros dois? Por quê?

13. Qual era a diferença fundamental (conforme destacado por Jesus) entre o reino secular e o reino de Deus? Por que é necessária essa diferença?

14. Alguém deve procurar ser um servo no reino de Deus com o propósito de se tornar grande? Qual é o problema com essa atitude?

15. À luz disso, qual deve ser nossa atitude como membros do reino de Deus?

16. Jesus pede a todos nós que sigamos o Seu exemplo, mas poucos serão obrigados a sacrificar a própria vida. Portanto, como podemos fazer do exemplo de Cristo uma realidade em nossas vidas?

17. Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Quando contemplo a rude cruz

Ao refletirmos sobre o orgulho e o espírito competitivo dos discípulos que aparece em Mateus 20, talvez seja apropriado meditar sobre a letra do seguinte hino de Isaac Watts, fazendo de seus versos a nossa própria oração. (Observe que a quinta estrofe, embora tenha sido escrita por Watts, nunca foi incluída em versões impressas do hino.)
Ao contemplar a rude cruz
1
Ao contemplar a rude cruz em que por mim morreu Jesus,
minha vaidade e presunção eu abandono em contrição.

2
Em nada quero me gloriar, salvo na cruz de dor sim par.
Humilde, sacrificarei tudo que desagrada ao Rei.

3
De sua fronte, pés e mãos vem um amor que faz irmãos.
Unem-se nele dor e amor, a coroar o Redentor.

4
Se eu fosse o mundo lhe ofertar, ele o iria desprezar;
seu grande amor vem requerer minha alma, a vida e todo o ser.

Isaac Watt (1674-1748)

https://letrasonora.com.br/127-hcc-ao-contemplar-a-rude-cruz-wattsmason/

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 20:29–34

1. O que você sabe sobre o que implicava ser cego nos dias de Jesus?

2. Essa multidão já tinha visto Jesus fazer milagres? Será que eles não queriam ver mais milagres? Por que eles foram tão ásperos ao tentar forçar os cegos a ficarem quietos? Que lição podemos aprender desta multidão?

3. A pergunta que Jesus fez aos cegos foi supérflua? Porque não?

4. Qual seria a sua resposta se Jesus lhe perguntasse hoje: "O que você quer que eu lhe faça?" (Reserve um tempo para pensar sobre sua resposta.)

5. Você esperaria que o seu pedido fosse atendido? Por que ou por que não?

6. Por que estes dois cegos são tão especiais?

7. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Antes era cego, mas agora vejo

Embora Jesus tivesse curado muitos cegos, estes dois cegos de Jericó eram especiais; eles não só foram curados, mas também "o seguiram". Isso significa que eles teriam seguido Jesus a Jerusalém, e seus olhos recém-abertos teriam testemunhado todo o drama da última semana da Paixão de Cristo. Eles teriam visto quando as multidões se viraram contra Jesus, quando os líderes conspiraram e executaram os seus planos malvados, quando Pilatos cedeu à pressão do povo, quando os soldados romanos zombaram de Jesus e O açoitaram, e, finalmente, quando Jesus foi condenado e cravado na cruz. Como esses dois novos seguidores de Cristo teriam se sentido? Não é certo que eles teriam ficado chocados, com raiva ou pelo menos perplexos? No entanto, uma coisa que só eles teriam experimentado era o fato de que antes eram cegos e agora podiam ver. Por mais confuso que tudo parecesse, eles não podiam negar que Jesus tinha realizado esse milagre em suas vidas.

Muitos novos cristãos enfrentam desafios semelhantes a esses. Eu cheguei a Cristo com um zelo e fervor que me levou a um rápido crescimento em Cristo e na igreja. Mas depois que essa emoção inicial se acalmou, comecei a duvidar se o que acreditava realmente era verdade. De fato, os sentimentos vêm e vão, e se fizermos deles o alicerce da nossa fé, não poderíamos estar construindo num solo mais instável. Em última análise, nossa fé é baseada na imutável Palavra de Deus nas Escrituras. No entanto, o Espírito Santo, que habita em nosso espírito como consequência de nossa fé em Cristo, “testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus” (NVI-PT) (Rom. 8:16). Além disso, qualquer crente verdadeiro já teve a experiência inegável de ter passado por uma transformação interior, semelhante ao que acontece quando alguém conclui com sucesso um programa de dieta; nós temos uma história para contar que pode ser dividido num "antes" e um "depois" bem definidos. Este tríplice testemunho, o da Palavra de Deus, o testemunho interior do Espírito Santo e nosso testemunho pessoal de termos sido transformados, nos dá uma garantia poderosa de nossa salvação; não importa o que possa dizer o mundo ao nosso redor.

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 21:1–11

1. Tente imaginar como você se sentiria se fosse um dos dois discípulos que Jesus enviou para buscar o potro. Escreva uma descrição do que aconteceu, no formato de uma entrada de diário, como o que você teria escrito no final do dia.

2. O que essa experiência significaria para você? Essa experiência foi necessária? Por que ou por que não?

3. Imagine que você fosse o jumentinho amarrado ali, no qual ninguém se sentou até que o Messias o montou para fazer Sua entrada em Jerusalém. Que lição espiritual você pode tirar dessa história? (Pense sobre declarações como esta: "O Senhor precisa deles".)

4. Leia Salmo 118:25-26 e Zacarias 9:9-10. O que significavam estas ações da multidão? O que eles esperavam que acontecesse em breve em Jerusalém? O que os Doze esperavam? Quão diferente foi a entrada de Jesus como Rei dos Reis em sua própria cidade das entradas que faziam os imperadores gregos ou romanos de Sua época? Por que Jesus escolheu entrar num potro em vez de entrar num garanhão?

5. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O Rei humilde

Muitas vezes considero uma bênção não ter vivido nos dias de Jesus e, mais ainda, não ter sido um judeu naquela época.

Conheço minha personalidade suficientemente bem para saber que eu provavelmente teria sido um dos fariseus. Eu teria ficado muito cético ao ver como Jesus violava abertamente o sábado e até afirmou ser Deus. No entanto, a parte de Sua vida que teria sido a mais difícil para eu aceitar é Sua última semana em Jerusalém, começando com a Sua entrada no jumentinho.

Se eu fosse um desses judeus que tiveram que viver sob ocupação estrangeira, depois de mais de 400 anos de apatia religiosa, meu anseio pelo Messias teria sido muito forte. Apesar de todo o meu ceticismo com relação a Jesus pelas razões já mencionadas, tenho certeza que dentro de mim teria surgido um raio de esperança de que Ele realmente fosse o Messias. Sem dúvida O teria seguido se ele tivesse feito algo para comprovar que realmente era o Messias (por exemplo, derrotar os romanos).

Mas Sua entrada em Jerusalém teria endurecido meu ceticismo de forma permanente. Todos os reis ou governantes de Seu tempo cavalgavam em carruagens puxadas por vários garanhões, acompanhados de pompa e solenidade. Mas este rei dos judeus estava montado num burro, como se Ele fosse uma criança brincando de rei! Era a coisa mais ridícula! Como é que eu teria acreditado que Ele era um rei, muito menos Deus? Como é que eu poderia me associar a um perdedor como Ele!

Mas apesar de tudo, nosso Senhor Jesus fez isso de propósito. Por quê?

Existe uma explicação do dito de Jesus sobre o fundo da agulha (em Mateus 19) que, apesar de ser uma pura ficção do século 15 (Lenski, Mateus, 755), acertou na aplicação. De acordo com essa explicação inventada, o "fundo da agulha" é uma expressão que se referia a uma porta de entrada para Jerusalém que era tão baixa que era necessário agachar-se para entrar. Embora essa história seja falsa, o argumento é válido. Poderemos entrar no reino deste rei tão humilde somente quando estivermos dispostos a nos associar com Ele em todos os Seus aspectos.

Ao chegarmos à "entrada" deste tempo quaresmal, abandonemos todo o nosso orgulho, nosso desejo de sermos reconhecidos e nossa fome de poder; aprendamos a dizer com o nosso humilde Rei:
"Mas eu sou verme, e não homem..." (ARC) (Salmos 22: 6)