Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 24:1–14

O templo que os discípulos conheciam ainda estava sendo reconstruído, e as obras eram apoiadas por Herodes. Embora não se podia comparar a beleza desse templo com o esplendor da construção original de Salomão, era uma obra arquitetônica impressionante: as pedras usadas em sua construção eram enormes e seu exterior brilhava ao ser iluminado pelo sol.

1. O que o templo representava para o povo?

2. O que o templo representava para Deus?

3. O que significa a frase “não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derrubadas” (NVI-PT)?

4. Quando o Templo foi destruído no ano 70 d.C. por Tito, o general romano, o que essa grande destruição significou para o povo e para Deus?

5. Os discípulos relacionavam a destruição do templo com a segunda vinda de Jesus e com o fim dos tempos. Jesus contestou o ponto de vista deles? Por que não?

6. À luz disso, faça uma lista dos sinais nos vv. 5-8, levando em conta o seguinte:
a. Quais deles já aconteceram na história?

b. Quais estão acontecendo em nossos dias?

c. Quais ainda não aconteceram?
7. Você acha que estamos vivendo no "tempo do fim"? Por que ou por que não?

8. Jesus enfatiza nos vv. 9-12 que o sinal da perseguição ocorrerá antes de Sua vinda. Embora no contexto imediato Ele tenha mencionado “os tribunais” e “as sinagogas” (segundo Marcos 13), trata-se de algo que se estende para além desses lugares.

De acordo com um relatório, o número de mártires no último século foi maior do que em qualquer outra época da história do cristianismo. Pense nos nomes de cinco países onde você sabe que atualmente há perseguição contra os crentes (se você tiver acesso à Internet, reserve um tempo hoje para visitar www.persecution.org).

9. Você deve temer a perseguição? (vide Lucas 21:19)

10. Embora todos os sinais se intensificarão, qual deles, segundo Jesus, será o último, após o qual “virá o fim”?

11. À luz disso, como devemos viver?

12. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?


Reflexão meditativa
Indestrutível?

Em termos de esplendor e qualidade, o templo dos dias de Jesus não se comparava com aquele que Salomão construiu; mesmo assim, era um edifício tão imponente que um dos discípulos disse a Jesus:
Mestre, olha que pedras e que edifícios! (ARC) (Marcos 13:1)
Hoje, só podemos imaginar como eram as pedras ainda mais maciças do Templo de Salomão, e a sua magnificência ainda maior. Não é de se admirar que para o povo de Israel era impensável que Deus abandonaria Seu templo, ou que o templo poderia ser destruído ou profanado pelos gentios. Mas foi destruído pelo rei Nabucodonosor. Pela misericórdia de Deus, alguns dos exilados puderam retornar à sua terra por ordem de Ciro, o rei persa, onde reconstruíram o templo. Mas foi destruído novamente, e dessa vez, no ano 167 a.C., foi profanado pelo infame Antíoco IV Epifânio. Enquanto o rei Herodes governava Jerusalém para o Império Romano, ele investiu muito trabalho e dinheiro na restauração do templo a fim de agradar ou apaziguar os judeus. Ficou tão esplendoroso que os judeus pensaram novamente que era indestrutível, e que Deus nunca abandonaria o Seu templo. A história tende a se repetir. Mais uma vez, a profecia (desta vez dada por Jesus) sobre sua destruição foi cumprida em 70 d.C.

Os judeus não foram os únicos a repetirem esse erro. Muitas pessoas que viveram no auge do Grande Império Britânico pensavam que o sol nunca se poria no seu império, mas foi exatamente o que aconteceu. Os muitos países europeus que uma vez reconheciam a Deus como seu Deus e prosperavam, um por um, viram a sua supremacia mundial diminuir, tornando-se insignificante.

Embora possamos debater se muitos dos fundadores dos Estados Unidos não eram nada mais que deístas, é indiscutível que a nação foi estabelecida honrando a Deus como seu Deus e que tem substituído o Grande Império Britânico como a potência mundial dominante. No entanto, é muito evidente que a nação tem esta mesma tendência de seguir os passos dos países europeus, tornando-se mais secularizada e retirando Deus de sua vida pública. Se pensamos que os Estados Unidos como potência mundial nunca se tornarão insignificantes, ainda não aprendemos da história. A única esperança da nação é voltar a Deus.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 24:15–31

Nesta passagem, Jesus continua sua profecia sobre a "Grande Tribulação" e parece mencionar diversos aspectos desse período:

1. Os versículos 15-20 são dirigidos aos judeus:
a. Quem é o personagem principal, aquele que é responsável pela grande angústia? (Talvez deseje consultar Dan. 7:8, Apocalipse 19:20, 2 Tes. 2:4-8, etc.)

b. Qual é sua impressão a respeito do período descrito nos vv. 16-20?

c. Que detalhes sugerem que os principais destinatários são os judeus?

2. Os versículos 21-28 são dirigidos ao mundo inteiro:
a. Quão severa será a Grande Tribulação?

b. Como a crença num arrebatamento "pré-tribulacional" afeta a nossa interpretação da identidade dos "eleitos" mencionados nesta seção? (Ou seja, se os crentes forem arrebatados antes da Grande Tribulação, quem serão os "eleitos"?)

c. É evidente que os falsos cristos e falsos profetas podem realizar grandes milagres; portanto, como podemos reconhecer que são falsos?

d. Como o v. 27 nos ajuda a reconhecê-los (pelo menos os falsos cristos)?
3. Os versículos 29-31 tratam dos últimos sinais e da Sua vinda:
a. Tente fazer um desenho destes últimos sinais.

b. Embora muitos dos primeiros sinais já tenham ocorrido (com vários níveis de intensidade), podemos dizer que esses últimos sinais já ocorreram?

c. Por que todas as nações se lamentariam? Qual seria a razão de sua lamentação?

d. Por outro lado, como será esse dia para os "eleitos"?
4. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A fala sobre a vinda de Jesus

Certa vez, Martyn Lloyd-Jones comentou que se você quiser atrair uma multidão à igreja, é só preparar uma pregação sobre a santidade ou sobre o fim dos tempos. É obvio que ele disse isso com sarcasmo. Sem dúvida, uma pregação sobre a santidade seria recebido de bom grado, pois muitos cristãos anseiam ouvir verdades expostas corretamente, não tanto para seu próprio proveito, mas para repreender os outros. Uma pregação sobre os últimos tempos lhes daria uma satisfação semelhante a esse, mas só porque satisfaria a sua curiosidade.

Portanto, como pastor, eu tenho sentimentos contraditórios sobre pregar sobre a parusia (quer dizer, a segunda vinda de Cristo). Por um lado, como pastor, é minha responsabilidade fazê-lo, uma vez que a Bíblia nos manda a dar uma advertência urgente em tempos como os que estamos vivendo hoje. Por outro lado, a curiosidade da maioria dos cristãos com relação ao fim dos tempos com frequência vai além daquilo que é saudável.

Há muitos anos, eu tirei muito proveito do livro The Late Great Planet Earth, usando-o como uma ferramenta pré-evangelística muito eficaz, e espero que os pregadores continuem a pregar e alertar sobre o que a Bíblia diz com respeito ao retorno iminente de Cristo, mas que o façam com integridade, ensinando somente o que pode ser conhecido e evitando o sensacionalismo.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 24:32–39

Jesus usa uma figueira como analogia ao encerrar esta predição dos sinais do fim dos tempos, feita em resposta às perguntas dos discípulos em 24:3:

1. Ao refletir sobre todos os sinais apresentados nos versículos anteriores, você tem a impressão de que Jesus "já está na porta"? Por que ou por que não?

2. Por que Jesus enfatiza que Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão”?

3. Embora a frase “esta geração” esteja aberta a várias interpretações ou especulações, talvez a mais natural neste contexto seja que se refere à geração na qual todos esses sinais convergirão. Será a nossa geração?

4. Baseado no v. 36, qual deve ser nossa reação aos pronunciamentos que os autoproclamados profetas fazem sobre o tempo da vinda de Jesus?

5. Por que Deus, nosso Pai, não nos indicou um tempo mais específico para que fôssemos melhor preparados para enfrentar a vinda de Jesus?

6. Como a Sua vinda será semelhante à chegada do dilúvio? Faça uma comparação detalhada e analítica.

7. Que lições devemos aprender com o dilúvio?

8. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Nem o filho do homem

Muitos estudiosos liberais da Bíblia usam o comentário de Cristo sobre o fato de que ninguém, nem o Filho (Mateus 24:36), sabe o dia ou a hora (de Seu retorno) para sugerir que Jesus é um Deus inferior ao Pai. Imaginemos por enquanto que esses estudiosos tenham razão: a pergunta que então surgiria é por que o Pai ocultaria esse conhecimento do Filho. É inconcebível que o Pai não tenha suficiente confiança no Filho para compartilhar com Ele informação sobre um evento cujo foco é o próprio Filho.

Mas antes de fazer esta declaração, o Filho se refere a Si mesmo como o Filho do Homem, um termo que aponta claramente para a humanidade de Jesus Cristo em Sua encarnação e em Sua obra substitutiva de redenção para toda a humanidade. Eu acho que Ele está se referindo ao Seu aspecto humano para enfatizar a importante verdade de que ninguém deve especular sobre o dia ou a hora de Sua vinda. Mas se esse for o caso, por que Ele teria compartilhado tantos detalhes sobre todos os sinais que ocorreriam, os quais levaria à sua eventual parusia? A resposta realmente é muito lógica: uma vez que esses sinais estão acontecendo diante de nossos olhos, não temos desculpa nenhuma para não nos preparar para a Sua vinda. No entanto, mesmo diante desta afirmação tão clara de que ninguém pode saber a hora e o dia, vemos que já houve inúmeras especulações irresponsáveis e bizarras ao longo dos séculos; imagine quantas mais haveria se o Senhor não tivesse feito essa afirmação!

Os cristãos não devem ficar obcecados com o momento preciso da parusia, porque mesmo se Jesus não vier durante a nossa vida, todos teremos que morrer e enfrentar o nosso Criador após esta curta existência na terra. De uma forma ou de outra, nós O veremos e teremos que dar conta de nossas vidas.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 24:40–51

1. Nesta passagem, Jesus usa outra analogia (uma analogia agrícola com a qual seus ouvintes estariam familiarizados) para deixar claro o que Ele quer dizer. Qual é o Seu argumento? Para quem é dirigido?

2. Leia 2 Pedro 3:8-10 e reflita sobre as palavras de Pedro sobre o mesmo assunto. (Lembre-se de que Pedro ouviu estas palavras de Jesus com os seus próprios ouvidos.)

3. (1) A hora inesperada: a analogia do roubo:
a. Você já adormeceu apesar de tentar ficar acordado? O que foi que o fez cochilar e como você poderia tê-lo evitado?

b. Como você pode pô-lo em prática, “ficando de guarda” como Jesus nos ordenou?

c. Na Bíblia, a palavra "oração" geralmente ocorre junto com a ideia de vigiar e estar preparado (por exemplo, em 26:41). Como a oração nos poderia ajudar a ficar acordados e vigiar?
4. (2) A hora inesperada: os servos da casa
a. Quais são as características de um servo fiel e sábio?

b. Que tipo de desafio representaria para qualquer servoa "demora" da vinda de seu senhor?

c. Quais são as características do servo iníquo?

d. Como este servo é diferente do servo fiel, com relação às seguintes áreas:
  1. O tipo de relacionamento que eles têm com o senhor
  2. A atitudes de cada um em relação às suas responsabilidades
  3. A atitudes de cada um em relação aos seus colegas de trabalho
  4. Quão "prontos" eles estão para enfrentar o seu senhor
  5. Sua eventual "recompensa"
e. Quem seriam os "hipócritas" mencionados no v. 51?
5. Qual é, então, a mensagem essencial desta advertência, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Face a face com Cristo, meu Salvador

Muitas palestras sobre a segunda vinda do Senhor focam o negativo. Talvez isso seja apropriado para aqueles que ainda não acreditam em Jesus. Mas para os crentes, devia ser um evento de grande alegria, pois poderemos ver Aquele que nos ama tanto que morreu por nós, Aquele que tanto amamos. Meditemos sobre este belo hino de Carrie E. Breck (1898).
Coro
Face a face eu hei de vê-Lo,
Quando vier em glória e luz;
Face a face lá na glória
Hei de ver meu bom Jesus!

1
Quanto almejo ver a Cristo!
Ver-Lhe o rosto, que prazer!
Quando enfim, no lar eterno,
Poderei pra sempre O ver!

2
Muito ao longe já O avisto,
Vejo como por um véu,
Mas desejo em breve vê-Lo
Face a face lá no Céu!

3
Oh! que encanto estar com Cristo,
Onde já não há mais dor!
Livre de qualquer perigo,
Desfrutando Seu amor!

4
Face a face, que alegria
Há de ser viver assim,
Vendo o rosto tão querido
De quem morto foi por mim!


https://musicaeadoracao.com.br/36481/historias-de-hinos-do-hinario-adventista-444/


Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 25:1–13

(3) A hora inesperada

Com frequência, o Velho Testamento se refere a Israel como a noiva do Senhor. Portanto, é possível que esta parábola das virgens seja dirigida àqueles entre o Povo de Deus (ná época de Jesus) e entre a igreja (em nossa época) que não duvidam de que fazem parte do Reino dos Céus.

1. Por que os personagens desta parábola são chamados de “virgens” e quais são seus papéis?

2. Como a parábola os compara com o Reino dos Céus?

3. Como o uso das cinco contra cinco é semelhante ao que vemos em 24:40-41?

4. Responda às seguintes perguntas sobre a parábola:
a. Em que momento as virgens devem preparar suas lâmpadas?

b. Como elas devem fazê-lo?

c. Por que não o fariam?

d. Por que as virgens insensatas não podem buscar azeite depois da chegada do noivo?

e. Qual é o destino dessas virgens?
5. Uma vez que 1) a palavra "sono" é usada para com frequência para se referir à morte, 2) todas as virgens adormeceram porque o noivo demorou a chegar e 3) o "óleo" representa o Espírito Santo, como você responderia às seguintes perguntas?
a. Como devemos nos preparar para a vinda de Jesus?

b. Quando devemos fazê-lo?

c. Por que já será tarde demais se não o tivermos feito antes de Jesus voltar?

d. Nesse caso, qual seria o nosso destino?
6. Por que Jesus chamaria cinco delas de insensatas e as outras cinco de sábias?

7. Como esta parábola teria servido de advertência para os ouvintes judeus?

8. Qual é, então, a mensagem essencial desta advertência para você, com relação ao motivo da “hora inesperada”, e como você pode aplicá-la em sua vida?


Reflexão meditativa
LinSanity

Em Nova York, eles o chamam de "LinSanity", e esta noite atingiu o seu auge quando Lin fez uma jogada de três pontos com menos de um segundo para terminar o jogo, garantindo assim a vitória dos Knicks. Ele terminou o jogo com 27 pontos e 11 assistências, seu recorde pessoal.

Mas apesar do apelido "LinSanity", este jogador parece ser uma pessoa muito sensata. Num testemunho gravado em junho do ano passado, este fenômeno que surgiu entre os Knicks de um dia para o outro, Jeremy Lin, cita a seguinte porção do livro Don’t Waste Your Life (Não desperdíce sua vida), escrito por John Piper:
"Deus nos criou para viver com uma única paixão, a de exibir com alegria a Sua excelência suprema em todas as esferas da vida".
Em seguida, Lin adiciona o seguinte comentário sobre como ele veio a valorizar Jesus mais do que o sucesso no basquete:
“Quando Paulo escreveu em Filipenses que é necessário continuar se esforçando para ganhar um prêmio celestial, ele mesmo estava realmente vivendo para isso; isso foi o que tornou a sua vida significativa (Fp 3:15). Foi então que eu percebi que precisava aprender a fazer o mesmo. Tive que aprender a parar de correr atrás dos prêmios desta terra que perecem; eu tive que parar de perseguir a minha própria glóra; tive que aprender a dar o melhor de mim para Deus e deixar os resultados na mão dEle. Preciso aprender a ter suficiente fé para confiar em Sua graça e em Seu perfeito plano soberano. Tive que Lhe entregar a minha vontade, os meus desejos, os meus sonhos; Tive que dar tudo a Deus e dizer: 'Olha, eu vou dar o melhor de mim; vou para a quadra a fim de jogar cada dia para Ti, e deixarei o resto em Tuas mãos'. É uma luta que tenho todos os dias. . . é gostoso jogar para conseguir grandes estatísticas, mas a satisfação, a felicidade que vem disso acabam antes do próximo jogo. É passageiro."

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 25:14–30

Além do motivo da "hora inesperada", outro tema recorrente nesta série de parábolas é o da "viagem" de um senhor ou rei:

1. Por que Jesus enfatiza repetidamente a longa duração da “viagem” ao longo destas parábolas (24:48; 25:5)?

2. Com que base as diferentes quantidades de "talentos" são distribuídas?

3. Se essa base for a "habilidade" de cada um, os talentos não poderão representar habilidades (como hoje se entende a palavra). O que eles poderiam representar?

4. À luz disso, o Rev. Stephen Chan opinou que os "talentos" realmente representam oportunidades. Se esse for caso, concluiríamos que até mesmo quando temos a habilidade (ou seja, os dons), para usá-las ainda é necessário esperar que surja a oportunidade, o momento certo ou a tarefa designados por Deus. Você concorda?

5. Até que ponto você poderia ser afetado pela magnitude da habilidade e da tarefa que Deus lhe deu, com relação à nossa atitude de serviço, especialmente quando há outros que receberam muito menos ou muito mais do que nós?

6. Quais recompensas são dadas aos dois primeiros servos? Existe alguma diferença entre os dois? Qual é a mensagem de Jesus aqui?

7. Quais são as justificativas dadas pelo último servo para explicar por que ele não usou o talento?
a. É verdade o que ele diz sobre o senhor?

b. Baseado nas palavras deste servo, você pode deduzir o tipo de relação que ele tinha com o senhor e sua atitude com relação à tarefa com a qual ele tinha sido encarregado?

c. Você acha que suas justificativas são válidas, ou são meras desculpas?
8. Qual é o veredicto do senhor? Seu veredicto é fundamentado? Por quê?

9. Como os versículos 28-29 acontecem na vida real, quer dizer, com relação ao serviço na igreja?

10. Que tipo de advertência isso representou para o público imediato, quer dizer, para os judeus?

11. Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Jesus mudou o Seu cronograma?

Parece que todos os estudiosos da Bíblia são da opinião de que os apóstolos e discípulos da primeria igreja esperavam um retorno iminente do Senhor Jesus Cristo, e que viviam e pregavam à luz dessa esperança. A pergunta que surge naturalmente é se os apóstolos tinham uma noção errada sobre isso, ou se Jesus mudou Seus planos quanto à data de Seu retorno.

Ao lermos as muitas parábolas encontradas na última parte de Mateus, notamos que um motivo recorrente não é apenas o caráter inesperado do tempo da volta de Jesus, mas o fato de ela ser uma espera muito mais longa do que o previsto, tão longa que o servo iníquo pensa que seu o mestre vai "demorar" (24:48); da mesma forma, as dez virgens adormeceram porque "O noivo demorou a chegar" (25:5). Essas parábolas apontam para o fato de que a espera certamente será excepcionalmente longa. É verdade que os primeiros crentes desejavam ferventemente o breve retorno de seu Senhor, e que alguns, por causa da aparente demora, começaram a duvidar. Talvez seja por isso que Pedro teve que lembrá-los de que,
"O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento" (NVI-PT). (2 Pe. 3:9)
É interessante notar que Pedro não disse que Jesus é paciente com os incrédulos que pereceriam, mas conosco. Isso significa que se houvesse algum atraso no plano, a causa seríamos nós, porque somos muito lentos para cumprir a Grande Comissão que Ele nos deu.

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 25:31–46

1. Jesus agora muda o foco de Sua mensagem; Ele não fala mais sobre a "longa jornada", mas de Sua eventual vinda ou retorno. Qual é a declaração que Ele faz sobre Seu retorno nos vv. 31-32?

2. Em seguida, Ele nos dá uma ideia de como será o Seu julgamento de “todas as nações”, mediante a analogia pastoral de separar as ovelhas dos bodes. Quem são as ovelhas e quem são os bodes?

3. Qual é a recompensa dos justos? Tente entender o que essa recompensa realmente é, e qual é sua magnitude.

4. Qual é a “recompensa” dos malditos? Por que Ele os chama de "malditos"? Você tem a impressão de que o lugar para onde eles serão enviados não foi desenhado para eles?

5. O que significa a frase “algum dos meus menores irmãos”?
a. Por que Ele os chama de menores?

b. Por que Ele os chama Seus irmãos? Podemos estabelecer uma base para entender esta passagem, comparando-a com Hebreus 2:11?
6. Ao tentarmos entender essa passagem, o que podemos observar nesse sentido no Livro de Atos sobre a igreja primitiva?

7. A mensagem clara que aparece em todo o Novo Testamento é a da fé em Jesus Cristo para a salvação (João 3:16, etc.):
a. Como você interpretaria esta passagem se ela aparecesse sem qualquer contexto?

b. Como você interpretaria esta passagem à luz do resto das Escrituras?
8. Qual foi o propósito de Jesus ao decidir que este seria um dos Seus últimos sermões?

9. Qual é a principal mensagem para você hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A base da justiça

Tenho que admitir que o julgamento das ovelhas e os bodes em Mateus 25 é uma passagem difícil de entender à luz da base aparente sobre a qual o Senhor pronunciará o juízo em Sua vinda. Se dependêssemos apenas do contexto imediato e do conteúdo desta passagem, teríamos que admitir
(1) que este juízo foi pronunciado não somente para a igreja de Deus, mas para todas as nações; nesse caso, o tratamento dado a "um destes meus irmãozinhos" poderia ser realizado tanto por crentes como por não crentes;

(2) que a base do juízo ou recompensa é indicado claramente pela palavra "pois" que aparece nos vv. 35 e 42, a qual se refere à existência ou ausência da obra de cuidar do "menor" dos irmãos;

(3) que a recompensa é claramente fogo eterno para os ímpios e a entrada no reino dos céus para os justos.

No entanto, precisamos interpretar as Escrituras à luz das próprias Escrituras. Não podemos desenvolver uma teologia completamente nova que se baseia na interpretação de um único versículo ou, neste caso, de uma única passagem.

Portanto, quando tomamos os ensinamentos de Jesus como um todo, juntamente com os ensinamentos dos Apóstolos (os quais eles aprenderam diretamente do Senhor), é inequivocamente claro
(1) que a salvação é pela graça, por meio da fé em Cristo, e não pelas obras (Efésios 2:8-9);

(2) que "Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (NVI-PT) (Atos 4:12);

(3) que Jesus deixa claro o que significa a palavra "obra" quando ela é usada com relação à vida eterna, a saber, "crer naquele que ele (o Pai) enviou". (João 6:29)
Portanto, por mais que Jesus assinale que a recompensa daqueles que não negligenciam o cuidado do menor de seus irmãos é herdar o Reino, e os chama de justos, Ele não diz que eles serão declarados justos com base nessas ações. Em vez disso, e à luz da doutrina geral da Bíblia, essas são pessoas que já obtiveram a justiça por meio da fé, mas cujo cuidado dos “menores” resulta numa grande recompensa do Rei.

Portanto, a pergunta que deveríamos fazer é esta: por que Jesus ensinaria isso num dos Seus últimos sermões, e aparentemente sem esclarecer (como já havia feito em outras ocasiões) que o ponto mais essencial é crer nEle?

Como cristãos, devemos levar a sério as palavras de Jesus e examinar a nós mesmos. Se afirmamos que realmente cremos nEle, por que não nos importamos com os pobres, os marginalizados e os oprimidos, aqueles com os quais Jesus claramente se identificou! Nas palavras de Tiago, que certamente segue o ensino de Jesus a esse respeito, "a fé sem obras é inútil". (Tiago 2:20)

Se por um lado somos irresponsáveis ao cuidar do corpo e não da alma, somos hipócritas quando cuidamos da alma e não do corpo.