Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 26:1–13

“Durante esta festa, a população da cidade crescia de aproximadamente 50.000 para 250.000” (NICOTNT, Marcos, 490)

(1) Por que tantos judeus chegavam a Jerusalém para esta ocasião?

(2) Por que esta festa era tão importante para eles?

(3) Qual deveria ter sido o foco dos principais sacerdotes e mestres da lei durante esta festa? Qual é o seu foco agora? Por quê?

(4) Quando comparamos esta passagem com Marcos 14:1-10 e João 12:1-8, descobrimos que quem ungiu Jesus foi Maria de Betânia, irmã de Lázaro, duranto o que provavelmente foi Sua última festa em Betânia. À luz da morte e ressurreição de seu irmão, narrado em João 11, como você descreveria o conhecimento e a compreensão que Maria tinha da pessoa de Jesus?

(5) Quais podem ter sido os motivos de Maria para ungir Jesus com um frasco de perfume tão caro (cujo valor era aproximadamente equivalente a um ano de salário, e que se dissiparia no ar em segundos)?

  1. Ela o fez para mostrar sua gratidão a Jesus (por ter ressuscitado seu irmão Lázaro)?
  2. Ela o fez para Lhe mostrar que ela O amava (com uma das substâncias mais apreciadas pelas mulheres)?
  3. Ela o fez para mostrar que acreditava o que Jesus tinha dito sobre Sua crucificação, sabendo que era improvável que ela pudesse obter o corpo de Jesus das autoridades? Se esse for o caso:
  1. Ela expressou sua fé em Suas palavras, mesmo quando ninguém mais o fez.
  2. Ela O ungiu de antemão.

d. Você acha que ela O ungiu por todas as razões acima?

(6) Uma vez que faltavam apenas dois dias para Jesus ser preso, os discípulos levaram a sério as palavras de Jesus sobre Sua morte? Se realmente as levassem a sério, eles teriam repreendido Maria por suas ações? Por que ou por que não?

(7) Jesus repreendeu os discípulos contrastando-se com os pobres. Mas será que Suas palavras não contradizem o que Ele tinha ensinado recentemente, em 25:31-46? Será que Jesus não se importava com os pobres? Por que Ele teria ficado tão satisfeito com a ação de Maria, e ficou ainda mais satisfeito que se ela tivesse usado o perfume para o benefício dos pobres, pelos quais Ele sem dúvida se importava? Qual é a lição dessa história?

(8) Jesus diz que "em qualquer lugar do mundo inteiro onde este evangelho for anunciado (algo que Ele já previa), também o que ela fez será contado, em sua memória" (NVI-PT). Qual é o conteúdo fundamental do evangelho (vide João 3:16)? Em que sentido a ação de Maria está ligado ao conteúdo do evangelho, e por que essa relação é tão próxima que precisa ser mencionada onde quer que o evangelho seja pregado?

(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A história de Maria de Betânia

De todos os personagens do Evangelho, somente Maria de Betânia é mencionada por Jesus com tanta honra, uma vez que "em qualquer lugar do mundo inteiro onde este evangelho for anunciado, também o que ela fez será contado, em sua memória" (NVI-PT). (Mateus 26:13)

Fico muito encorajado com o fato de Jesus ter previsto claramente que Seu evangelho seria pregado em todo o mundo. Sua morte não foi um acidente; foi o plano de Deus, o qual não seria em vão. Este evangelho de salvação por meio de Jesus Cristo teria um impacto e alcance mundiais. É algo que tem-se tornado realidade diante dos nossos olhos. É um sinal da verdadeira religião.

No entanto, será que é verdade que a ação de Maria deve ser mencionada junto com a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo? Isso é impensável!

Acredito que a ação incomum de Maria de derramar um perfume caríssimo desse frasco de alabastro na cabeça de Jesus foi um ato de fé, amor e sacrifício. Não há dúvida de que sua ação tocou as profundezas do coração do nosso Senhor.

Durante aquelas últimas horas da jornada de Jesus nesta terra, apesar das várias vezes que Ele tinha advertido Seus discípulos mais próximos sobre Sua morte, a única resposta que Ele recebeu deles foi um espírito de competição, medo e confusão. Em outras palavras, eles só se preocupavam consigo mesmos. Ninguém parecia se importar com Ele ou compreender o fardo que pesava em Sua alma que logo estaria "profundamente triste, numa tristeza mortal". (Mat. 26:38) Maria foi a única pessoa que se importou com Ele e mostrou que ela compreendia. É por isso que Jesus disse que o propósito de sua ação era "me preparar para o sepultamento". Esta verdade é expressa muito bem na letra de certo hino: "Mesmo agora, o Senhor procura aqueles que desejam comprender Seus sentimentos".

A ação de Maria também foi muito oportuna. Embora Nicodemos e outros tenham amado Jesus o suficiente para arriscar suas vidas ou reputações para conseguir o corpo de Jesus e ungí-lo com ungüento, suas ações e ungüento eram muito menos preciosos e oportunos do que os de Maria. Ainda me lembro de uma carta que recebi de certa doadora que apoiava a missão CCM; ela me escreveu, dizendo que, por causa de sua idade avançada, ela preferia enviar sua oferta em anexo enquanto ainda vivia, em vez de deixá-la para a CCM no seu testamento. Muitas vezes me pergunto se sua ação foi influenciada pelo exemplo de Maria.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 26:14–25

(1) É evidente que os chefes dos sacerdotes precisavam da ajuda de um informante que estivesse "de dentro", uma vez que queriam prender Jesus em segredo para evitar um distúrbio público, conforme o esclarecido no v. 5. Imagine que você fosse Judas:

  1. Qual pode ter sido a razão que o tinha levado a seguir Jesus uns três anos antes?
  2. O que você tinha visto e ouvido durante esses três anos?
  3. Você teve a oportunidade de viver, comer, andar e dormir com Jesus, e descobriu que Ele realmente não tem pecado. Quem é Jesus para você?
  4. O dinheiro sempre foi importante para você, e desde que você recebeu a responsabilidade de administrar a bolsa de dinheiro do grupo, você "costumava tirar o que nela era colocado". (João 12:6) Agora que você sabe que os líderes religiosos estão conspirando para matar Jesus, quais são as suas opções?
  5. Quais são as vantagens e desvantagens dessas opções? Por que você decide trair Jesus?

(2) Jesus fez planos para comer a Sua última festa da Páscoa num local que nem mesmo os discípulos conheciam. Judas só aprenderia mais tarde onde estava localizado, e por isso teria que sair furtivamente durante o jantar para informar os chefes dos sacerdotes. Uma vez que esta era a última Páscoa que Jesus comeria na terra, você consegue imaginar como Ele teria se sentido ao presidir a refeição cujo significado pleno Ele estava prestes a cumprir?

(3) Jesus explicou que aquele que O trairia seria um dos Doze, e que era "o que mete comigo a mão no prato". A seriedade desse evento levou-o a dizer, "Bom seria para esse homem se não houvera nascido" (ARC). Esse foi o comentário de Jesus sobre a vida de Judas; qual seria o Seu comentário sobre a vida de você?

(4) O anúncio de que Jesus seria traído por um deles entristeceu os doze, e podemos supor que eles perguntaram um a um, "Porventura, sou eu, Senhor?". Por que os onze reagiram às palavras de Jesus com essa pergunta? Será que eles não sabiam que não era eles?

(5) E o que Judas estava pensando quando fez a mesma pergunta?

(6) Por que você acha que Jesus decidiu que era necessário anunciar a traição nesse momento preciso?

(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Judas teve uma escapatória

Quando eu era um novo crente, com frequência me perguntava por que Judas não foi salvo, uma vez que ele manifestou tanto remorso que chegou a se suicidar. Mas conforme fui crescendo no Senhor, aprendi que o remorso não é exatamente a mesma coisa que o arrependimento.

A verdade é que Jesus lhe ofereceu muitas oportunidades de não cometer esse pecado horrível, ou de se arrepender de tê-lo cometido.

Inclusive na Última Ceia, Jesus propositadamente lhe mostrou que sabia o que estava prestes a fazer. As palavras "sim, é você" deveriam ter sido suficientes para arrancá-lo de seu pecado. Ele devia saber que Jesus já sabia de tudo. Mas nada disso o deteve.

Mas tarde, depois que o Sinédrio condenou Jesus injustamente, ele sentiu tanto remorso que foi devolver o dinheiro aos principais sacerdotes. Mas isso se tratava de um simples remorso e não de um arrependimento verdadeiro. Ele poderia ter vindo perante Jesus para confessar o seu pecado e pedir perdão.

Uma vez que ele teve a “coragem” de tirar a própria vida, é obvio que ele poderia ter sofrido com Jesus, falando em Sua defesa.

Ao longo da minha vida como cristão, tenho tido o privilégio de andar junto a alguns que em dado momento se desviaram muito da fé, que cometeram ou estavam prestes a cometer pecados cujas consequências pareciam irremediáveis. Embora todos expressassem profundo remorso, a maioria estava decidida a pecar mesmo assim, como se não houvesse outra opção. É reconfortante saber que Jesus deu a Judas uma escapatória; ele simplesmente não a aceitou.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 26:26–35

(1) Uma vez que Jesus declarou que nossa adoração e relacionamento com Deus ocorrem “em espírito e em verdade” (João 4:23), o local, o edifício e os rituais realmente não são muito importantes. Por que, então, ele instituiu a Ceia do Senhor?

(2) Em ambas as ocasiões - quando ele olhou para o pão e disse "isto é o meu corpo", e depois quando ele pegou o copo dizendo, "isto é o meu sangue" - Jesus deu graças antes de consumir os alimentos. Em que sentido ele deu graças?

(3) Hoje, quando comemos do pão e bebemos do copo durante a nossa sagrada comunhão, como podemos imitar a Jesus dando graças?

(4) Reflita sobre a seguinte pergunta: Não teria sido mais apropriado se Jesus tivesse pegado um pedaço do cordeiro ao dizer, “Isto é o meu corpo”? No final das contas, Ele é o Cordeiro Pascal! Por que Ele escolheu usar o pão como símbolo?

(5) Acreditamos que o propósito da Ceia do Senhor é servir como um "lembrete", não para recriar o evento em si. No entanto, cada vez que comemos e bebemos, assimilando os elementos, como essas ações podem nos ajudar a "lembrar"? O que devemos lembrar?

(6) Jesus também chama nossa atenção para o dia em que Ele beberá novamente no reino de Deus. Quão diferente será essa festa celestial da última festa em que Ele bebeu na terra?

(7) A igreja do Novo Testamento tem continuado a "lembrar" a Ceia do Senhor como parte de uma refeição comunitária, e não como uma refeição individual. Qual é a importância dessa verdade?

(8) Eu acho que nesse momento os discípulos já tinham uma percepção crescente da realidade do sofrimento e da morte de Jesus. Se você fosse um dos discípulos que ouviu Jesus dizer que “todos vós esta noite vos escandalizareis em mim”, você teria reagido da mesma forma que Pedro e os outros discípulos? Por que ou por que não?

(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Ao pé da cruz de Cristo

Como parte da nossa reflexão de hoje sobre a Ceia do Senhor, eu os convido a refletir sobre um dos hinos mais apropriados para isso.

"Ao pé da cruz de Cristo" foi escrito pela Sra. Clephane em 1868, um ano antes de sua morte prematura aos trinta e nove anos. Ela escreveu oito hinos, todos publicados postumamente. Além deste, o único que ainda se canta com frequência é "Noventa e nove ovelhas".

Ao pé da cruz de Cristo

1
Ao pé da cruz de Cristo, feliz desejo estar,

Repouso ter à sombra ali, e então a paz gozar;

Um lar feliz no ermo achar, e aqui, na vida , o amor;

Alívio à dor e graça há aos pés do meu Senhor.

2
Ao pé da cruz de Cristo, aqui e no jardim,

Eu vejo a dor cruel em que Jesus morreu por mim.

Compreendo, então, quão débil sou, quão mau e sem valor;

Compreendo, sim, quão grande é o Seu sagrado amor.

3
Estar eu quero à sombra da cruz, bendita cruz!

Eu posso ali obter perdão e estar junto a Jesus.

Eu posso então certeza ter do amor de Deus por mim,

E em breve irei fruir no Céu a paz do amor sem fim.


Por Elizabeth C. Clephane, 1830-1869

https://musicaeadoracao.com.br/36453/historias-de-hinos-do-hinario-adventista-416/

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 26:36–46

(1) Qual foi o propósito desta oração de Jesus antes de Sua prisão?

(2) Por que Ele decidiu levar consigo Pedro, Tiago e João e compartilhar as palavras do versículo 38 somente com eles? Que resposta Ele queria ou esperava desses três?

(3) Ele obteve o que desejava?

(4) Considere as seguintes palavras de Jesus: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal;" (itálico acrescentado). Você já experimentou algo parecido com isso? O que estava causando Sua condição?

(5) Considere cuidadosamente as orações de Jesus e o fato de Ele ter feito a mesma oração três vezes. O que você pode aprender sobre os seguintes temas:

  1. A relação que existe entre Jesus e Deus
  2. O significado da palavra "encarnação"
  3. O que a oração significava para Jesus
  4. Como podemos aprender a orar como Ele

(6) Leia Hebreus 5:7-10. Como essa passagem o ajuda a entender melhor as orações que Jesus fez no jardim?

(7) Quando Jesus disse, "o espírito está pronto, mas a carne é fraca", Ele provavelmente se referia não só aos discípulos, mas também a Si mesmo. Como Jesus é um exemplo do poder da oração para poder enfrentar provas como a Sua?

(8) Qual teria sido a diferença se os discípulos tivessem “vigiado e orado” com Ele?

(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A oração de submissão

Um dos sermões mais poderosos que já ouvi sobre a oração foi dado por uma pessoa que compartilhou uma história dos últimos anos de vida de Henry Nouwen. Ele disse que Nouwen, antes de sua morte em 1996, estava viajando com um circo. Ele ficou impressionado com dois irmãos que fizeram uma performance incrível no trapézio e expressou sua grande admiração por um deles. O irmão respondeu que embora recebesse muitos aplausos  ao balançar de um lado para o outro e parecesse um herói, o verdadeiro herói era seu irmão. O único que ele fazia era balançar e estender os braços para que seu irmão o agarrasse. Era só isso: estender os braços e confiar que seu irmão o agarraria. Ele também disse que se ele tentasse fazer mais (por ejemplo, tentar agarrar as mãos do irmão) estaria em apuros! Nouwen viu nisso uma imagem perfeita do que é a oração.

O que realmente fazemos quando oramos é largar, uma por uma, todas as coisas que as nossas mãos querem agarrar: nossa ansiedade, nossos planos, o que achamos que deveria acontecer e até mesmo os prazos em que pensamos que as coisas deveriam acontecer. E se realmente conseguirmos, mediante a oração, soltar tudo o que amamos, o único que teremos que fazer é estender as nossas mãos vazias e deixar que Deus nos agarre.

E embora os dois irmãos no trapézio sem dúvida tivessem cometido erros em sua execução, nosso Deus nunca o fará!

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 26:47–56

(1) Em sua opinião (ou de acordo com a sua experiência), que tipo de traição é a mais vil e dolorosa de todas?

(2) Como Hebreus 2:17 pode nos ajudar a entender por que Jesus teve que ser traído com um beijo?

(3) João 18:10 nos diz que o discípulo que puxou a espada foi Pedro. Por que ele estava carregando uma espada? O que ele esperava que Jesus fizesse enquanto ele O defendia? Jesus aproveitou essa oportunidade para fugir? Porque não? (Leia suas últimas palavras no v. 56.)

(4) Por que Jesus escolheu esse momento para dizer, “porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão”? Muitos usam este versículo para defender o pacifismo. Você concorda? Por que ou por que não?

(5) Jesus perguntou: “Sou eu o líder de uma rebelião ...” O que isso nos diz sobre a forma de agir de Jesus e Sua missão? Como podemos imitá-Lo?

(6) "Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram". Como foi possível que Pedro, João, Tiago e os outros discípulos abandonássem Jesus? Eles não tinham jurado poucas horas antes que não O abandonariam (v. 35)?

(7) Pense novamente sobre a seguinte pergunta: O resultado teria sido diferente se eles tivessem se juntado a Jesus em oração no jardim?

(8) Por que eles não fizeram isso?

(9) Quão importânte é vigiar e orar, especialmente estamos preparando para enfrentar uma crise?

(10) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Quando a gente olha para traz, enxerga tudo

É muito certo que é mais fácil enxergar os erros que cometemos depois de ter passado a crise. No entanto, não posso deixar de pensar sobre o que teria acontecido se os discípulos tivessem conseguido ficar acordados, orar e vigiar com Jesus no Jardim do Getsêmani.

A razão que Jesus conseguiu ficar acordado para vigiar e orar enquanto os discípulos não conseguiram não tem nada a ver com o cansaço que cada um sentia. De fato, é impossível que Jesus não estivesse mais cansado do que eles, exausto a ponto de morrer. A diferença também não tem nada a ver com a Sua divindade. A diferença se encontra no fato de Jesus ter conhecido e percebido a seriedade daquele momento, ciente de que a salvação de toda a humanidade estava em jogo. Tudo dependia de se Ele cumpriria ou não a Sua missão em plena obediência ao pai. Se os discípulos tivessem não só acreditado nas palavras de seu Mestre, mas também compartilhado os Seus sentimentos, eles teriam vigiado e orado com Ele.

E se eles o tivessem feito, Jesus ainda teria precisado passar por toda a tortura, zombaria e Sua eventual morte na cruz para que a obra de salvação ocorresse. A diferença teria sido que os discípulos, em vez de fugir e se esconder, O teriam seguido até a cruz. Claro, segundo a onisciência de Deus, a razão pela qual eles foram poupados era para que fossem testemunhas de Sua morte e ressurreição. No final, cada um desses onze teve que enfrentar a sua própria morte e, para alguns deles, uma morte na cruz.

Nós, assim como os discípulos, não sabemos o que o amanhã trará; No entanto, se formos capazes de vigiar e orar com frequência, não entraremos em pânico (como os discípulos) diante de uma crise ou prova.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 26:57–68

(1) Ao ler esta porção das escrituras, pense nas palavras que você usaria para descrever o ambiente.

(2) Que palavras usaria para descrever estes líderes religiosos?

(3) Estes líderes, os quais estavam determinados em seu propósito de matar Jesus, tentaram legitimar seu crime ao realizar um julgamento que incluia duas ou três testemunhas, conforme previsto na Lei de Moisés. Que tipo de falsos testemunhos eles procuravam para poderem matar Jesus?

(4) Por que Jesus permaneceu em silêncio diante desses falsos testemunhos, os quais Ele certamente poderia ter refutado, mas quando foi questionado sobre Sua identidade, Ele imediatamente respondeu em termos inequívocos, e até ofereceu mais informação do que eles haviam pedido?

(5) Por que o sumo sacerdote acusou Jesus de ter blasfemado? De que outra forma ele poderia ter reagido?

(6) Quais são os pecados que esses líderes religiosos cometeram?

(7) Quais são os pecados que cometeu o resto da multidão que abusou fisicamente de Jesus?

(8) Por que Pedro, em vez de fugir e se esconder, escolheu sentar-se “com os guardas”? O que isso lhe diz sobre Pedro?

(9) Pedro estava sentado assistindo a todos os acontecimentos. Como ele teria se sentido? O que teria passado pela sua mente?

(10) De todos os personagens humanos mencionados acima, com quem você mais se identifica?

(11) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O pseudotribunal

Deixe-me compartilhar com você o seguinte e-mail que recebi esta semana de um amigo meu, um pastor aposentado chamado David Miller.

Esta corrente de oração está convocando TODOS os cristãos a intercederem AGORA MESMO por este pastor iraniano que enfrenta a execução!

O pastor Youcef Nadarkhani, quem nunca praticou a fé muçulmana, se converteu ao cristianismo aos 19 anos. Mais tarde, ele se tornou pastor. Mas os tribunais dizem que, uma vez que sua mãe e seu pai eram muçulmanos praticantes, ele deveria renunciar à fé cristã ou morrer. Até agora, depois de três audiências, ele tem se recusado a fazê-lo, E POR ISSO ESTÁ EM PERIGO IMINENTE DE EXECUÇÃO. A Suprema Corte do Irã normalmente não demora em executar a pena de morte.

De acordo com certo relatório, quando os juízes pediram que ele "se arrependesse", Youcef respondeu: "Arrepender-me? A que devo voltar? À blasfêmia que eu tinha antes de crer em Cristo? "

Os juízes responderam: "À religião de seus antepassados: ao Islã." Yousef respondeu: "Não posso".

Já é hora que o corpo de Cristo aja, ore e implore diante de Cristo pela vida do nosso irmão, para que Seu servo seja preservado.

Estamos pedindo que façam o seguinte: Assim que você receber este e-mail, ORE IMEDIATAMENTE. Envie-o à sua igreja para que os membros também orem. Em seguida, envie este PEDIDO DE ORAÇÃO a cada CRISTÃO que você conhece para que cada um deles possa orar também. A Bíblia diz: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?".

17 de março de 2012

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Mateus 26:69–75

(1) Você consegue escolher uma só palavra para descrever o ambiente daquela noite?

(2) Qual era a intenção de Pedro em estar naquele lugar, apesar do grande risco que corria?

(3) Ele estava ciente da possibilidade de as pessoas o reconhecerem? Ele estava preparado para esse tipo de confrontação?

(4) Quer estivesse preparado ou não, ele de fato foi reconhecido e confrontado. Qual seria a importância dos seguintes detalhes?

  1. a evolução dos confrontos, duas vezes pelas criadas, depois uma vez pelos observadores
  2. além disso, a evolução da resposta de Pedro

(5) Por que Jesus o tinha advertido sobre sua negação?

(6) Que impacto essa negação pode ter tido sobre Pedro a curto prazo? E a longo prazo?

(7) Você já teve alguma experiência parecida com a de Pedro?

(8) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Eu era Pedro

Wang Ming Dao foi um dos líderes cristãos mais influentes na curta história da Igreja chinesa. Sua adesão inabalável aos ensinos da Bíblia lhe rendeu ataques e sofrimentos durante todo o seu ministério na China, tanto durante a ocupação japonesa quanto nos anos seguintes.

É verdade que no auge do seu sofrimento ele assinou uma confissão na qual renunciou à sua fé, talvez para salvar a sua esposa, que estava muito doente na prisão, ou talvez, como alega outra fonte, devido ao medo de ser executado em 1956.

Mas após a sua libertação, ele se encontrou num estado de total quebrantamento. Ele se comparava con Pedro, por ter negado o seu Senhor, e também com Judas, por ter traído seu Mestre. Foi durante esse tempo de desespero que ele se lembrou de certa passagem de Miquéias 7:7-9 que o tinha ajudado em sua juventude:

Mas, quanto a mim,
    ficarei atento ao Senhor,
esperando em Deus, o meu Salvador,
    pois o meu Deus me ouvirá.

Não se alegre a minha inimiga
    com a minha desgraça.
Embora eu tenha caído,
    eu me levantarei.
Embora eu esteja morando nas trevas,
    o Senhor será a minha luz.

Por eu ter pecado contra o Senhor,
    suportarei a sua ira
até que ele apresente a minha defesa
    e estabeleça o meu direito.
Ele me fará sair para a luz;
    contemplarei a sua justiça."
(NVI-PT)

De fato, assim como Pedro, depois que ele "se converteu" (Lucas 22:32) ele pôde fortalecer os seus irmãos, tornando-se um grande encorajamento cujo impacto foi sentido para além da igreja atribulada na China.

Quando Billy Graham o visitou em 1988, Dao o encorajou com as seguintes palavras de Apocalipse 2:10, "Seja fiel até a morte".