Esta semana continuaremos o nosso estudo do Livro de Marcos.
(1) Leia atentamente os vv. 21-22, os quais contêm a parábola do remendo de pano novo usado em roupa velha e o vinho novo numa vasilha de couro velha. Jesus se refere a que coisa ao usar os exemplos da roupa velha e da vasilha de couro velha? Portanto, o que representam o vinho novo e o remendo de pano novo?
(2) E se Jesus representa o novo, em que sentido ele (Ele) é novo?
(3) E se a Lei de Moisés representa o velho, em que sentido a Lei é velha?
(4) Aplique as verdades ensinadas acima à questão colocada nos vv. 18-20 (o jejum). Em que sentido jejuar na presença de Jesus seria como misturar o antigo com o novo?
(5) Jesus de fato os deixou por um tempo, mas logo o Espírito Santo veio e agora habita em cada crente. Portanto, é correto dizer que o jejum tem se tornado "novo" uma vez mais, ou continua sendo algo "velho"? Qual propósito que tinha o jejum dos discípulos de João e dos fariseus o tornava uma prática "velha"?
(6) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Para os judeus, dar esmolas, orar e jejuar eram as três "obras fundamentais". Embora essas obras não sejam más em si mesmas, os judeus as tinham equiparado com a própria justiça. É por isso que em Mateus 6 Ele aponta seu erro de tê-los transformado em "atos de justiça".
É interessante notar que tanto os fariseus como os discípulos de João jejuavam (Mc. 2:18). Talvez tenha sido uma hábito para os discípulos de João, mas seu jejum era compreensível, uma vez que João estava na prisão e estava em perigo de ser assassinado. Não acho que Jesus teria discordado do fato de eles estarem jejuando; Ele simplesmente estava usando este contraste (entre o jejum dos discípulos de João, junto com o jejum dos fariseus, e o aparente banquete de Jesus e Seus discípulos) para mostrar quem Ele realmente era!
Com certeza, é errado jejuar como ato de justiça; Jesus já havia afirmado isso em Mateus 6. Além disso, mesmo se o propósito desse jejum tivesse sido arrepender-se ou fazer uma súplica urgente a Deus (que João Batista fosse livrado das mãos de Herodes), ou aproximar-se de Deus, essa prática teria sido inadequada se fosse feita na presença de Jesus, uma vez que Jesus é Deus, e ninguém pode chegar ao Pai a não ser por Ele (João 14:6). Essa é a verdade que Jesus procurou enfatizar.
Lemos no Livro de Atos que os primeiros apóstolos continuaram a praticar o jejuum; isso mostra que o jejum não se tornou velho, mas se tornou novo, uma vez que os apóstolos obviamente aprenderam a jejuar e orar em nome de Jesus. Cada vez que jejuamos e oramos como se isso fosse um ato de justiça, como se pudéssemos usá-lo para ganhar o favor de Deus, o tornamos velho de novo. Também o tornamos velho novamente cada vez que oramos ou jejuamos sem fazê-lo em nome de Jesus. Além de ser culpados de torná-lo velho, também somos culpados de tentar anular a obra redentora de Cristo na cruz.
(1) Leia 1 Samuel 21:1-6; esta passagem descreve como Davi e seus homens comeram o pão consagrado que era reservado somente para os sacerdotes (vide também Levítico 24:5-9 e Mateus 12:4). Por que as ações de Davi, que comeu o pão consagrado, eram justificadas? Com base nesse incidente, como você deve pensar sobre a lei cerimonial do Velho Testamento?
(2) À luz disso, como os judeus deveriam interpretar e guardar a lei do sábado, apesar das severas palavras de Êxodo 32:12-17?
(3) Jesus disse: "O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado". O que isso significa? Nós não precisamos guardar nenhuma lei cerimonial do Velho Testamento; portanto, como podemos aplicar esse ensino hoje?
(4) Quanto impacto você acha que o versículo 28 teve nos judeus que o ouviram aquele dia, uma vez que Jesus o disse na primeira etapa de Seu ministério?
(5) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado." (Marcos 2:27)
Apesar de essas palavras serem grandiosas, se elas não tivessem vindo da boca de Jesus, duvido que alguém mais teria suficiente ousadia para dizê-las, não só porque a Lei de Moisés considera a lei do sábado como um dos mais sagrados mandamentos, cuja violação é punível com a morte, mas também porque mesmo quando elas forem entendidas corretamente, o sábado é um momento de devoção unicamente para o Senhor. Em outras palavras, o sábado foi feito por Deus, em Deus, para Deus! Deus, e não o homem, deve ser o foco do sábado.
Mas Jesus salienta que o sábado foi feito para o homem! Como Ele pode dizer isso? Pois bem, Ele pode dizer isso porque Ele é Deus! Ele é quem estabelece o sábado para que possamos descansar de tudo para adorar e nos aproximar dEle. Este quarto mandamento está intimamente ligada ao terceiro, uma vez que o terciero nos adverte que não devemos transformar o nosso relacionamento com Deus num relacionamento unilitário (usando Seu nome em vão), mas que devemos buscar um relacionamento íntimo; é por isso que o mandamento nos instrui a torná-Lo o foco do sábado. Mas esse relacionamento é mútuo; portanto, o sábado existe para Deus, da mesma maneira que ele existe para nós. É nesse sentido que o sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado.
Em si, esta é uma verdade surpreendente. O Santo Deus que estabeleceu este mandamento o fez a fim de que Ele desfrutasse da nossa presença, assim como nós desfrutamos da dEle - para que desfrutasse da intimidade conosco assim como nós apreciamos a intimidade com Ele!
Os judeus foram "obrigados" a observar o sábado, mas nós que estamos em Cristo fomos atraídos para a Sua presença e intimidade. Em outras palavras, já entramos no Seu sábado. Devemos desfrutá-lo. Devemos desfrutá-Lo!
(1) Leia atentamente o que Jesus disse no versículo 4. Ele realmente não estava preocupado com o que era lícito, mas com o verdadeiro propósito do sábado. De acordo com Jesus, qual é o verdadeiro propósito do sábado?
(2) O que os judeus tinham feito com o sábado?
(3) Por que Jesus estava irado? ¿Você consegue pensar em coisas semelhantes em sua vida e na vida da igreja que poderiam fazer Jesus ficar irado hoje?
(4) Marcos descreve que a multidão que se reunia em torno de Jesus estava crescendo. (Lucas às vezes usa a expressão "uma multidão de milhares" para descrever o tamanho da multidão, vide Lc. 12:1.) A única maneira prática que Jesus podia ministrar-lhes era falar com eles estando num barco (v.9). Coloque-se no lugar dos três tipos de pessoas que estavam na multidão:
(a) as pessoas comuns que viam os milagres e ouviam Sua pregação
(b) Seus discípulos, como Pedro
(c) os líderes religiosos , como os fariseus.
Como você descreveria a atitude de cada um desses grupos para com Jesus?
(5) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Embora cada um dos quatro livros do evangelho registre momentos em que Jesus ficou irado, tais incidentes não são a regra. É verdade que Jesus ficou angustiado e entristecido com a descrença e rejeição dos judeus; no entanto, foram poucas as ocasiões em que Ele ficou com raiva. Marcos 3:1-6 descreve uma dessas ocasiões, um incidente em que os judeus estavam mais preocupados em “guardar a lei” do que com a vida das pessoas. Isso me lembra de uma história que li anos atrás sobre uma igreja numa das cidades mais pobres dos Estados Unidos, Camden, Nova Jersey.
Havia uma igreja moribunda cuja congregação era formada de apenas um punhado de idosos que inicialmente estiveram dispostos a abrir suas portas para ministrar às crianças pobres da vizinhança por meio de um programa pós-escolar. No entanto, quando o programa começou a prosperar, com um número cada vez maior de crianças que chegavam para receberem aulas particulares (algo que era extremamente necessário numa cidade como Camden) e, o que é mais importante, aprenderem sobre Jesus, a igreja ficou "chocada". As poucas pessoas que tinham permanecido na igreja estavam muito mais interessadas em manter uma “fachada” organizada do que em permitir que essas crianças, que geralmente vinham de um entorno caracterizado pelo crime, drogas e armas, se refugiassem em seu único santuário. É verdade que algumas dessas crianças gostavam de abrir a porta com um chute ao entrarem na igreja. Os membros desta igreja estavam prestes a expulsar as crianças e suspender o programa pós-escolar quando seus olhos finalmente foram abertos. Eles perceberam que, embora exteriormente a maioria dessas crianças se comportassem exatamente como qualquer outra criança, elas também haviam sido transformadas interiormente pelo Espírito Santo. Apesar das marcas e arranhões que as crianças deixavam na porta, os membros da igreja tiveram a alegria de batizar muitas delas na família de Deus,.(1) Este pequeno trecho nos dá a entender que os Doze não foram os únicos seguidores que Jesus tinha atraido. Mas esta passagem descreve o momento em que Jesus nomeia os doze, "designando-os apóstolos" (uma frase incluido em alguns dos manuscritos”). Qual você acha que foi a base sobre a qual Jesus escolheu estes doze?
(2) Por que ele escolheu Judas Iscariotes, que mais tarde o trairia?
(3) Qual é o propósito triplo da eleição desses apóstolos? O que significa cada um desses três aspectos ?
(4) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
(1) À luz dos vv. 20-21, como você descreveria a vida ministerial de Jesus? Ela deve ser um modelo para nós? Por que ou por que não?
(2) Por que os parentes de Jesus disseram que Ele estava "fora de si"? Se você fosse Jesus, como você teria respondido?
(3) Você se lembra dos tipos de milagres que Jesus já tinha tinha feito até aquele momento de Seu ministério? Imagine que você fosse um cético. Qual explicação (ou explicações) você inventaria para tentar explicar esses milagres?
(4) Qual foi explicação dada pelos mestres da lei?
(5) Embora Jesus nem sempre tenha respondido aos ataques dos mestres da lei, nesta ocasião Ele decidiu dar-lhes uma resposta. Por quê? Sua explicação é convincente? Por que ou por que não?
(6) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Há muitos anos, li o livro "Take My Life" de Michael Griffiths. Quando eu era um jovem cristão, fiquei surpreso ao ler que este autor considerava a noção de "equilíbrio" como algo horrível ou até mesmo insensato.
Ao longo dos anos, fui persuadido dos ensinamentos do evangelicalismo moderno que dizem que colocar Deus em primeiro lugar não significa fazer uma pirâmide hierárquica que coloca Deus no topo, seguido pela família, a igreja, a carreira, etc. (ou alguma outra sequência). Por isso, tenho procurado viver uma vida equilibrada e também tenho ensinado outros a fazê-lo. Mas cada vez que considero novamente os exemplos das Escrituras, especialmente aqueles deixados por Jesus e os discípulos, parece surgir um quadro muito diferente. Um exemplo é Marcos 3:20.
"Então Jesus entrou numa casa, e novamente reuniu-se ali uma multidão, de modo que ele e os seus discípulos não conseguiam nem comer" (Marcos 3:20). Dificilmente encontramos nesta descrição um exemplo de "equilíbrio".
Lightfoot explica com muita perspicácia que a vida que Jesus levava era tão desequilibrada que Sua família temia que arruinasse sua saúde. Foi por isso que eles saíram para "resgatá-Lo" de Sua vida desequilibrada, pois pensavam que Ele estava louco. (Marcos 3:21)
Poderíamos dizer o mesmo sobre os Seus discípulos.
Eu me pergunto quanto tempo Pedro tinha para estar com sua esposa, por que Paulo teria escolhido ficar solteiro e por que Timóteo tinha problemas de saúde. Junto com Jesus, esses três não parecem ser exemplos de uma vida equilibrada.
Eu não acho que devemos procurar levar uma vida desequilibrada. Aliás, quando há vários assuntos que exigem o nosso tempo, é muito sábio procurar equilibrar nossas prioridades. No entanto, para ser franco, o que vejo na Bíblia é que as palavras de Jesus em Lucas 2:49 expressam a atitude que é aparente não só na vida de Jesus, mas também nas vidas de Paulo, Pedro e os outros apóstolos — "Não sabiam que eu devia estar na casa de meu Pai?" (NVI-PT).
Motivos de reflexão.
(1) O que significa blasfemar contra o Espírito Santo, e por que, de acordo com Jesus, é um pecado e imperdoável?
(2) Marcos diz que Jesus disse isso porque os mestres da lei estavam dizendo: "Ele está com um espírito imundo". Isso significa que devemos entender que essas pessoas (os mestres da lei) tinham cometido esse pecado eterno? Por que ou por que não?
(3) Portanto, como podemos evitar cometer este pecado?
(4) O v. 21 diz que a família de Jesus estava tentando se encarregar dEle e tinham chegado porque pensavam que Ele estava fora de si. Como Jesus respondeu às suas ações?
(5) O que você acha que foi a reação de Sua mãe e Seus irmãos?
(6) O que a declaração de Jesus no v. 34 significa para você?
(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Eu me pergunto quais foram resoluções de Ano Novo que você fez na semana passada. Uma de suas metas para o Ano Novo é crescer em seu amor por Cristo? Quero fazer um esforço para lembrar a todos nós que "ser" é muito mais importante do que "fazer"; com esse fim, estarei apresentando (ou trazendo à sua memória) a letra de alguns hinos maravilhosos que têm ajudado muitos cristãos a crescer em seu relacionamento amoroso com o Senhor. Deixe-me compartilhar com você o seguinte hino: "Thou Hidden Love of God" (por Gerhard Tersteegen 1697-1769 e Paul Gerhardt 1607-1676; traduzido para o inglês por John Wesley, 1738). Este hino é cantado frequentemente com a melodia tradicional do hino "Fé dos nossos Pais".
(Consulte a versão bilíngue desta lição.)
A fama de Jesus cresceu junto com o tamanho da multidão que O seguia; no entanto, parece que Jesus falava com eles principalmente em parábolas, e Marcos selecionou algumas delas para serem incluídas aqui. A primeira parábola trata do destino das sementes que são semeadas num campo. Os vv. 3-9 contêm a parábola em si, enquanto os vv. 13-20 fornecem a explicação. É importante notar que, a fim de entender uma parábola, é preciso se concentrar em seu ensinamento central, e não nos pormenores, a menos que o próprio Jesus os explique.
(1) Como o exemplo do semeador e da ação de semear as sementes é uma ilustração víva e apropriada do ato de compartilhar o evangelho?
(2) Você consegue relacionar os quatro resultados das sementes com pessoas ou acontecimentos que você tem encontrado (ou que você tem visto em sua própria vida)?
(a) As sementes que caem à beira do caminho: são retiradas por Satanas.
- Como Satanás faz isso no coração de um ouvinte?
- O que você (o semeador) pode fazer?
(b) As sementes que caem em terreno pedregoso: são secadas pela tribulação ou perseguição.
- Uma vez que essa tribulação ou perseguição ocorre "por causa da palavra", você deve encorajar o ouvinte a esconder sua fé a fim de evitar essas experiências?
- O que você (o semeador) pode fazer?
(c) As sementes que caem entre espinhos: são sufocadas pelas preocupações, pelas riquezas e pelos desejos mundanos.
- Qual das coisas na lista acima poderia ser a mais poderosa para sufocar o ouvinte?
- O que você (o semeador) pode fazer?
(d) As sementes que caem em boa terra: são recebidas e multiplicam.
- Como a terra pode ser boa?
- Há algo que você (o semeador) possa fazer para se assegurar de que a terra do ouvinte seja boa?
(3) Qual é a mensagem central desta parábola para você?
“A vocês foi dado o mistério do Reino de Deus, mas aos que estão fora tudo é dito por parábolas” (NVI-PT) (Mc. 4:11)
Já me perguntei muitas vezes por que Jesus faria isso, como se Ele estivesse tentando se assegurar de que os de "fora" nunca tivessem a chance de entender Sua mensagem e se arrepender.
No entanto, a realidade é a seguinte:
(1) Jesus não dizia "tudo" às multidões emr parábolas (por exemplo, não usa nenhuma parábola em Seu ensinamento sobre o divórcio em Mc. 10:5-9). Sua forma de ensinar era direta e clara, sem deixar lugar a dúvidas.
(2) Nem os discípulos, os quais não estavam de "fora" entendiam todas as Suas parábolas, como no caso desta parábola do semeador (4:13). Isso levou Jesus a lamentar: "Como, então, compreenderão todas as outras?"
Eu acho que o fato de uma pessoa estar "fora" ou não, não tem nada a ver com a sua posição física. Tenho certeza de que havia mulheres com crianças pequenas que criam firmemente em Jesus mas não podiam segui-Lo fisicamente a todos os lugares onde Ele ia. Mas ao ouvirem os ensinamentos de Suas parábolas, elas foram "convert[idas] e perdoad[as]". (Marcos 4:12) No caso delas, as parábolas não teriam sido um obstáculo para sua fé.
Por outro lado, havia também alguns que seguiam Jesus fisicamente (Marcos 4:10), mas que na realidade estavam "fora", pessoas que eram tão surdas que não podiam entender o que Ele ensinava em Suas parábolas. Esse grupo obviamente incluía Judas.
Efetivamente, ao longo dos anos tenho visto que a capacidade de ouvir e entender o verdadeiro significado da palavra de Deus não depende da capacidade intelectual, ou de quanto tempo já passou desde a conversão. Ela depende da disposição que a pessoa tem de obedecer o que ela vai ouvir; ou, nas palavras de Jesus, o quanto ela O ama (Jo. 14:21).