Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Marcos 10:23–31

Nesta semana, continuaremos o nosso estudo do Livro de Marcos.

(1) Por que Jesus usou o exemplo de um camelo que tenta passar pela funda de uma agulha para descrever o quão difícil é para uma pessoa rica entrar no reino? Você não acha que esa comparação parece muito exagerada? Ou será que ela é uma fiel representação dos fatos? Quais são as características especiais da riqueza que poderiam impedir que uma pessoa rica entre no reino? Ao refletir sobre as perguntas acima, pense sobre o caso do jovem governante.

(2) Há uma pergunta ainda mais importante: a riqueza ainda é um obstáculo para você? Faça uma examinação sincera do seu coração.

(3) Uma vez que as riquezas são um obstáculo tão poderoso no caminho do Reino, o que significa a declaração "todas as coisas são possíveis para Deus”? O que Deus pode fazer para ajudar os ricos a serem salvos?

(4) Por que Pedro chamou a atenção de Jesus para o fato de que os discípulos haviam deixado tudo para segui-Lo? Que resposta ele esperava obter de Jesus? Ele obteve a resposta que queria? Por quê?

(5) Sabemos que receberemos nossas recompensas no céu; no entanto, o que você pensa sobre a declaração de que receberemos cem vezes mais agora? É óbvio que Jesus não mente; o que isso significa, então?

(6) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A magia das riquezas

"É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus." (NVI-PT) (Marcos 10:25)

É verdade que a Bíblia está cheia de exemplos de pessoas ricas que temem ao Senhor e que têm uma fé exemplar. Abraão é um desses exemplos, e Jó é outro. Mas a existência desses exemplos não diminuem a verdade de que é mais difícil para os ricos entrar no reino de Deus.

Jesus surpreendeu Seus discípulos com essa declaração, e talvez você tenha ficado tão surpreendido como eles.

Gostamos de enfatizar que a raiz de todo tipo de mal é o "amor" ao dinheiro e não o "dinheiro" em si (1 Timóteo 6:10), e que devido a isso tanto os ricos quanto os pobres podem ficar presos pelo seu amor ao dinheiro. .

No entanto, se fôssemos honestos, teríamos que aceitar que o dinheiro ou a riqueza possui algumas "raízes" únicas de tentação, entre as quais estão as seguintes: (1) o poder, (2) os recursos para obter prazer, (3) o orgulho e (4) uma sensação de segurança ou autossuficiência.

Nas palavras de certo provérbio chinês: "O dinheiro pode fazer o diabo trabalhar para você" (tradução livre). Também sabemos que o poder é capaz de corromper as pessoas, e que mais dinheiro pode significar mais poder, o que pode resultar em mais corrupção.

O prazer tem suas maneiras de atrair o nosso coração, desviando-o das coisas espirituais. Considere, por exemplo, a frequência na igreja. Aqueles que moram perto de regiões mais frias que têm muita neve devem ter notado que a frequência na igreja diminui com o início da temporada de esqui.

O orgulho é o pecado que marcou a queda de Satanás, e quando o dinheiro começa a chegar (geralmente como resultado do sucesso), o orgulho se torna um obstáculo no caminho do reino de Deus.

Além disso, em I Timóteo, Paulo enfatiza que o dinheiro nos dá uma falsa segurança, e que os ricos são mais suscetíveis a pôr "sua esperança na incerteza da riqueza" (1 Timóteo 6:17).

Felizmente, Jesus diz o seguinte: "Para o homem é impossível, mas para Deus não; todas as coisas são possíveis para Deus (Marcos 10:27).

Já vi Deus realizar o "impossível" nas vidas de algumas pessoas ricas, e isso geralmente acontece na forma de uma "cirurgia" que corta as "raízes" da tentação.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Marcos 10:32–45

(1) Observe que Jesus não só predisse Seus sofrimentos, mas os explicou com muitos pormenores: Ele seria entregue aos principais sacerdotes, escribas e gentios; estes O condenariam, zombariam dEle, cuspiriam nEle, O flagelariam e finalmente O assassinariam, mas depois disso Ele ressuscitaria. Por que ele explicou isso aos Doze com tantos detalhes?

(2) Compare o ambiente dos vv. 32-34 com o dos vv. 35-37. Você consegue entender o pedido de Tiago e João? Em essência, o que eles estavam pedindo? Quanto você sabe sobre estes dois personagens? (Escreva o que você sabe sobre João, e consulte Atos 12:1-2 para ver qual foi o destino de Tiago.)

(3) Como você teria reagido se você fosse Jesus? Qual foi a ideia central da resposta de Jesus (v. 38)?

(4) Em que sentido o fato de sermos discípulos de Jesus também significa que beberemos o Seu cálice e seremos batizados com Seu batismo? Pense no caso específico de Santiago.

(5) Por que os outros dez ficaram indignados? Você também teria ficado indignado?

(6) À luz do próprio exemplo de Jesus, como você definiria o que significa ser grande no Reino de Deus?

(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Aprend
endo com os próprios erros

“Eles responderam: 'Permite que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda' .” (NVI-PT) (Marcos 10:37)

Embora Mateus e Marcos tenham mencionado esse pedido de João e Tiago, não há nenhum registro dele no Evangelho de João. Talvez João, ao escrever seu evangelho, tenha decidido que não era necessário repetir um relato que já havia sido registrado duas vezes nos outros evangelhos. Ou talvez o assunto o tenha dado tanta vergonha que ele não quis falar sobre ele.

De fato, foi extremamente insensível eles terem feito esse tipo de pedido logo após Jesus ter repetido Sua mensagem sobre o Seu sofrimento e crucificação iminentes em Jerusalém. Isso teria sido profundamente doloroso para Jesus naquele momento.

A resposta deles de que eles podiam beber Seu cálice e ser batizados com Seu batismo também mostrou sua profunda ignorância. No entanto, aconteceu que Tiago se tornou um dos primeiros mártires entre eles (Atos 12:2). Tiago foi um dos primeiros a beber Seu cálice e ser batizado com Seu batismo. Mais tarde, João, o irmão de Tiago, percebeu o grande erro que ambos haviam cometido ao dizer: "Podemos" (Marcos 10:39). Talvez isso explique por que esse "filho do trovão" (Mc. 3:17) acabou se tornando o "discípulo do amor".

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Marcos 10:46–52

(1) O que você sabe sobre como era ser cego nos dias de Jesus?

(2) A multidão nunca tinha visto Jesus fazer milagres? Será que eles não queriam ver milagres? Por que eles se esforçaram tanto para silenciar o homem cego? Que lição podemos aprender desta multidão?

(3) Você acha que pergunta de Jesus aos cegos foi supérflua? Porque não?

(4) Qual seria a sua resposta se Jesus lhe perguntasse hoje: "O que você quer que eu lhe faça?" (Pense sobre sua resposta o tempo que for necessário.)

(5) Você devia esperar uma resposta ao seu pedido? Por que ou por que não? O que a fé deste cego tem de tão especial?

(6) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A multidão insensível

“Muitos o repreendiam para que ficasse quieto, mas ele gritava ainda mais: 'Filho de Davi, tem misericórdia de mim!'." (NVI-PT) (Marcos 10:48)

Eu me pergunto quem foram esses “muitos” que repreenderam o cego e qual foi a razão pela qual o fizeram.

É óbvio que eles pensavam em Jesus como uma pessoa importante demais para ser incomodado num momento como esse.

O fato de Jesus ter sido recebido mais tarde com gritos de "Hosana!" revela que muitos na multidão acreditavam que Ele provavelmente era o Messias. No entanto, eles ao mesmo tempo estavam cientes da hostilidade que seus líderes religiosos nutriam contra Ele. Portanto, quer fossem motivados pelo entusiasmo, quer pelo medo, eles estavam à espera de algum evento dramático e significativo. Nesse ambiente, era um momento sumamente inoportuno para um mendigo clamar para ser curado e tentar impedir a procissão para Jerusalém.

Se eu tivesse estado no meio dessa multidão, eu também teria tentado silenciar esse mendigo cego, pois minha mente estaria totalmente absorta por um intenso desejo de descobrir a verdadeira identidade de Jesus, e meu coração estaria totalmente ocupado com pensamentos sobre o que os líderes poderiam fazer com Ele, ciente de quão perversos e hipócritas eles eram.

Em outras palavras, embora o meu coração esteja no lugar certo, e embora a minha mente esteja ocupada com pensamentos ligados ao reino de Deus, tanto a mente quanto o coração ainda podem estar completamente errados!

Por quê?

Meu coração precisa estar em sintonia com o coração de Jesus e minha mente em sintonia com a dEle.

Mesmo diante de Seu sacrifício iminente, Jesus se preocupa com a situação deste cego. Ele sempre ouve a súplica de uma pessoa que está profundamente ferida. Na verdade, somos todos tão cegos quanto este homem; também somos indefesos e necessitados como ele. E Jesus se importa com nós!

É verdade que Jesus estava começando a etapa final de Sua missão: a salvação de toda a humanidade, e isso incluía a deste mendigo cego. Era a hora da salvação do mendigo também. É por isso que lemos que ele não só foi curado, mas "imediatamente ele recoupou a visão e seguiu Jesus" (Marcos 10:52).

Receio que muitas vezes, apesar do nosso zelo pela obra da igreja e nossa intensa busca pelo conhecimento bíblico, estejamos tão alheios às necessidades das pessoas ao nosso redor que não ouvimos seus gritos de ajuda, ou pior, os silenciamos para que o serviço ou a obra da igreja possa continuar.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Marcos 11:1–11

(1) Imagine que você fosse um desses dois discípulos que Jesus enviou para buscar o jumentinho. Descreva, no formato de uma entrada de diário, o que você teria pensado sobre esse incidente no final do dia.

(2) O que essa experiência teria significado para você? Ela foi necessária? Por que ou por que não?

(3) Imagine que você fosse o jumentinho que esteve amarrado ali. Ninguém jamais tinha sentado sobre você até que o Messias se sentou para Sua entrada em Jerusalém. Que lição espiritual você pode tirar dessa história? (Preste atenção em frases como "O Senhor precisa dele e logo devolverá.")

(4) Leia o Salmo 118:25-26 e Zacarias 9:9-10. O que significavam as ações da multidão? O que eles esperavam que acontecesse em breve em Jerusalém? E os Doze; o que eles esperavam?

(5) Quão diferente foi a entrada de Jesus em sua própria cidade como o Rei dos reis das entradas dos imperadores gregos ou romanos de Sua época? Por que Jesus escolheu entrar montado sobre um jumentinho em vez de sobre um garanhão?

(6) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O humilde messias

Alegre-se muito, cidade de Sião! Exulte, Jerusalém! Eis que o seu rei vem a você, justo e vitorioso, humilde e montado num jumento, um jumentinho, cria de jumenta." (NVI-PT) (Zacarias 9:9)

Os rabinos com certeza entendiam que Zacarias 9:9 fala sobre seu Messias. Mas como eles conseguiam conciliavam sua noção do triunfante Messias de Daniel com este humilde Messias que está montado num jumento? Lightfoot, em sua explicação sobre a entrada de Cristo em Jerusalém, nos compartilha o seguinte trecho do Talmude:

“Este triunfo de Cristo cumpre uma dupla profecia:

  1. A profecia de Zacarias mencionada aqui
  2. A obtenção por parte do povo do cordeiro pascal, uma vez que esses eventos aconteceram no dia exato em que o cordeiro deveria ser tomado, de acordo com o mandamento da lei em Êxodo XII.3; 'no décimo dia deste mês todo homem deverá separar um cordeiro'.

Para os talmudistas era pouco óbvio como era possível que as palavras de Daniel sobre o Messias ('Eis que ele vem com as nuvens') pudessem ser compatíveis com as de Zacarias, a saber, que Ele vem 'montado num jumento, um jumentinho, cria de jumenta'. 'Se (dizem eles) os israelitas forem bons, Ele virá com as nuvens do céu; mas se não, Ele virá montado num jumento.' Estás muito errado, ó judeu, uma vez que Ele vem 'nas nuvens do céu' como juiz e vingador porque tu és perverso e muito ímpio; mas Ele vem montado num jumento, não porque você seja bom, mas porque Ele é bom ... O Rei Sapor disse a Samuel: 'Você diz que o seu Messias chegará montado num jumento; eu lhe enviarei um belo cavalo'. Ele respondeu: 'Nem mesmo um dos cavalos de cem manchas do rei poderá comparar-se com o Seu jumento'. Inclusive na maior expressão de humildade do Messias, eles continuam sonhando com grandeza, até mesmo no que diz respeito ao Seu jumento."
(Comentário sobre o Novo Testamento do Talmud e Hebraica, Vol. 2, 270-271)

Em outras palavras, os rabinos ainda não tinham conseguido assimilar o fato de que o poder de Seu Messias é revelado plenamente em Sua humildade. Não é de se admirar que eles tenham rejeitado o Cristo crucificado!

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Marcos 11:12–18

(1) Sob qualquer perspectiva, esta história da figueira é um pouco estranha, algo que a torna muito interessante. Anote cuidadosamente qualquer elemento que em sua opinião pareça estranha ou incomum.

(Pense na fome de Jesus, em Sua presciência, Sua maldição [é a primeira vez que Ele amaldiçoa algo] e o comentário de Marcos sobre a temporada.)

(2) É óbvio que Jesus fez isso deliberadamente. Qual foi o propósito ou a razão pela qual Ele fez isso?

(3) Marcos menciona que os discípulos O ouviram claramente. O que Jesus queria que os discípulos ouvissem? (Nota: no VT, Deus com frequência usa uma árvore ou uma planta para ensinar algo sobre Israel; leia, por exemplo, Isaías 5:4.)

(4) A fim de prestar um "serviço" aos adoradores, os sacerdotes permitiam a venda de pombas para sacrifícios e a operação de um câmbio de divisas para "facilitar" as ofertas. No entanto, Jesus os acusou de serem "ladrões", expulsando-os do templo (do pátio). Quais são alguns argumentos que os sacerdotes podem ter usado para justificar sua decisão de permitir essas práticas? Como a acusação de Jesus serviu para purificar suas intenções?

(5) Jesus expressa Seu desejo, dizendo: "A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos". Em que sentido a igreja realmente pode ser chamada uma casa de oração, e como você pode contribuir ao esforço de fazer da igreja uma casa de oração?

(6) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Casa de oração

Não está escrito: 'Minha casa será chamada casa de oração para todas as nações'? Mas você o transformou em um 'covil de ladrões'." (NVI-PT) (Marcos 11:17)

Neste trecho, Jesus cita Isaías 56:7, uma profecia surpreendente, uma vez que ela diz que o templo seria uma casa de oração não só para Israel, mas também para todas as nações. Claro, mesmo que os judeus acreditassem nessa profecia, em sua imaginação ela só significaria que nós, os prosélitos gentios, teríamos permissão para orar somente no "pátio dos gentios", e não junto com eles, o povo de Deus.

Mas Pedro deixa o seguinte testemunho a respeito de nós, os que não éramos povo: “mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam" (1 Pedro 2:10).

De fato, nós, que antes não tínhamos permissão para adorar dentro do templo, agora somos o templo do Espírito Santo. Isso não é incrível?

No entanto, Jesus afirma que, mesmo com essa mudança dramática do nosso status como gentios, Sua casa continua sendo uma "casa de oração". Com que frequência nós, os cristãos evangélicos, pensamos em nossa igreja como uma "casa de oração"? Sabemos que é um lugar de adoração, um lugar de comunhão, um lugar para todo os tipo de atividades e programas—mas realmente a consideramos uma "casa de oração"?

A maioria dos cristãos de hoje estão procurando igrejas com música vibrante, excelentes programas para crianças e jovens, programas de discipulado centrados em Cristo ou grupos de estudo bíblico; más quem escolheria uma igreja por ela ser uma “casa de oração”?

Motivos para reflexão!

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Marcos 11:19–33

(1) Jesus usou a secagem da árvore como uma lição prática de fé, estendendo-a para incluir a remoção de montanhas. Se você orasse por essas coisas, para qual delas seria necessária uma fé maior, para secar uma árvore de forma instantânea ou para remover uma montanha?

(2) De acordo com o livro dos Atos dos Apóstolos, como os apóstolos colocaram sua fé por obra? Portanto, como suas ações refletiram sua compreensão dessa promessa de Jesus?

(3) Por que Jesus ligou o perdão que concedemos aos outros com as nossas orações? Qual é o vínculo entre ambas as coisas?

(4) Por que os líderes religiosos questionaram a autoridade de Jesus para "fazer essas coisas"? Essa expressão se refere à Sua ação de expulsar os mercadores do templo ou aos Seus milagres?

(5) Que autoridade eles pensavam que era necessária em cada um desses casos?

(6) Portanto, qual era o seu problema com Jesus? Qual havia sido seu problema com João Batista? A julgar por isso, qual era o seu verdadeiro problema?

(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A figueira infrutífera

"Pedro, lembrando-se, disse a Jesus: 'Mestre! Vê! A figueira que amaldiçoaste secou!'." (NVI-PT) (Mc. 11:21)

Quando morávamos no Canadá, tínhamos uma figueira que nunca deixava de produzir muito fruto cada outono. Ela produzia tanto que sempre convidávamos os amigos a virem colher. Talvez a variedade de figueira que cresce em Israel seja um pouco diferente da nossa; no entanto, eu posso me identificar com o desejo de Jesus de ver frutos quando as folhas da árvore parecem estar em pleno desenvolvimento.

Embora seja verdade que Jesus nunca amaldiçoou ninguém, e que esta figueira é a única "coisa" que Ele amaldiçoou, a maldição desta figueira carrega uma mensagem muito mais significativa para o povo de Israel.

À primeira vista, esta maldição de Jesus teria sido totalmente desnecessária se Ele não a tivesse usado como uma ferramenta para ensinar os discípulos sobre a fé, especialmente à luz do fato de que não era temporada de figos. No entanto, uma vez que as árvores, incluindo as figueiras, são usadas com frequência como símbolos da nação de Israel, a maldição desta figueira aponta diretamente para o julgamento que a nação enfrentaria. A razão pela qual Jesus se aproximou desta árvore foi porque ela tinha folhas (enquanto as outras figueiras aparentemente não tinham). Em outras palavras, ela parecia ser uma árvore frutífera. Essa era a condição de Israel.

- Israel foi plantado por Deus e para Deus.

- Como uma figueira, Israel existia para produzir fruto.

- Deus a tinha plantado à beira de águas correntes (Salmo 1), onde deveria ter dado frutos o ano todo.

- Se não desse fruto, perderia a razão de ser e deveria ser cortada.

Embora esta seja uma história conhecida, ela exige que examinemos a nós mesmos, uma vez que a razão pela qual nós também recebemos a vida não é somente para o nosso próprio bem, mas para o bem de Deus. Ele exige que nós também demos fruto (João 15:16); nós de fato fomos plantados junto à beira de águas e temos recebido um rico alimento espiritual por meio de Sua Palavra e Sua igreja; e se não dermos frutos como devemos, nós também secaremos, não tanto como resultado de alguma maldição, mas por sermos um ramo que não permaneceu na videira (João 15:6).

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Marcos 12:1–12

(1) “pois perceberam que era contra eles que ele havia contado aquela parábola”—Isso significa que eles com certeza entenderam que a vinha era um símbolo óbvio da nação de Israel. Portanto, de acordo com esta parábola, que relação existe entre Israel e Deus?

(2) Quem são os servos mencionados na parábola? O que é enfatizado pelos envios sucessivos de servos?

(3) Você se lembra de algum profeta que foi maltratado pelo povo? O que eles fizeram com ele?

(4) Qual foi a lógica por trás da decisão do proprietário de enviar seu próprio filho? Sua expectativa era razoável? Por que ou por que não?

(5) Qual foi o castigo imposto pelo proprietário da vinha? Ele foi razoável?

(6) O que a citação do Salmo 118:22-23 tem a ver com a parábola? Reflita sobre os seguintes temas de destaque: "os construtores", "a pedra angular", "isso vem do SENHOR" e "maravilhoso".

(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Um amor incrível

Faltava-lhe ainda um para enviar: seu filho amado. Por fim o enviou, dizendo:‘A meu filho respeitarão’." (NVI-PT) (Marcos 12:6)

Esta parábola sobre o dono da vinha é significativa pelas seguintes razões:

- Ela foi contada por Jesus após a Sua entrada em Jerusalém, e foi uma das últimas oportunidades para os líderes religiosos se arrependerem.

- Ela foi exposta com tanta clareza que não havia dúvida de que perceberam que era contra eles que ele havia contado aquela parábola” (Mc. 12:12).

  1. A vinha é Israel.
  2. O dono da vinha é Deus.
  3. Os muitos servos que ele enviou são os profetas da antiguidade.
  4. E ainda mais importante, Jesus se refere a si mesmo como o "filho" que estava sendo enviado a eles.

- Ela mostra claramente a paciência que Deus teve com eles.

- Ela também mostra claramente a maldade de Israel.

- Além disso, ela expõe o plano dos líderes de matar Jesus, um pecado do qual eles ainda tinham a oportunidade de se arrepender no momento em que Jesus contou a parábola.

Eu acho que a razão pela qual Jesus contou essa parábola não foi só para expor a maldade desses líderes, mas também para revelar o coração de Deus através do fato de que "faltava-lhe ainda um para enviar: seu filho amado".

Essas poucas palavras revelam poderosamente a luta interior de Deus Pai quando Ele decidiu enviar Seu Filho para morrer pelo mundo:

faltava-lhe ainda um para enviar”: Isso significa que Ele já havia esgotado todos os outros recursos, mas tudo foi em vão. O povo de Israel estava decidido a rejeitá-Lo, junto com os Seus mensageiros.

A meu filho respeitarão”: Sua intenção ao enviar Seu Filho não foi usá-Lo como um meio de juízo, mas um meio de restauração—“Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele". (João 3:17)

"Seu filho amado": É óbvio que essa não foi uma decisão fácil, nem mesmo para o Deus Todo-Poderoso. Aliás, o fato de Ele ser Deus teria tornado a decisão muito mais difícil, uma vez que a saída mais fácil teria sido condenar, exterminar e zombar de pecadores como nós.

Isaías descreve sua decisão final em palavras muito gráficas:

"Contudo, foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer e, embora o Senhor tenha feito da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá sua prole..." (Isaías 53:10)

Esse amor não é incrível?