Nesta semana, continuaremos o nosso estudo do Livro de Marcos.
"Durante as festas, a população da cidade crescia de aproximadamente 50.000 pessoas para 250.000."
(NICOTNT, Mark, 490)
(1) Por que tantos judeus chegavam a Jerusalém para este evento? Por que esta festa era tão importante para eles? (Vide Lev. 23:4-8.) Em que deveriam estar concentrados principais sacerdotes e mestres da lei durante a festa? Em vez disso, em que estavam concentrados? Por quê?
(2) Uma comparação desta passagem com Mateus 26:6-13 e João 12:1-8, nos mostra que a mulher que ungiu Jesus era Maria de Betânia, irmã de Lázaro; isso provavelmente aconteceu em Sua última festa em Betânia. Com base no incidente da morte e ressurreição de seu irmão em João 11, como você descreveria o conhecimento e compreensão que Maria tinha sobre Jesus?
(3) Quais das opções abaixo podem ter sido as razões pelas quais Maria ungiu Jesus com o frasco de um perfume tão caro (seu valor era o equivalente a um ano de salário, e se dissiparia no ar depois de alguns segundos)?
a. Mostrar sua gratidão a Jesus (por ter ressuscitado Lázaro)?
b. Mostrar-Lhe que ela O amava?
c. Expressar sua fé nas palavras de Jesus sobre Sua crucificação num momento em que ninguém mais acreditava nelas, ungindo-o de antemão? (Uma vez que ela acreditava Suas palavras sobre a crucificação, ela sabia que seria difícil recuperar Seu corpo das autoridades.)
d. Você acha que suas ações foram motivadas por todas as considerações acima?
(4) Uma vez que faltavam somente dois dias para a prisão de Jesus, os discípulos levaram a sério Suas palavras sobre a Sua morte? Se tivessem levado Suas palavras a sério, eles teriam reprendido Maria por suas ações?
(5) Jesus repreendeu os discípulos, fazendo um contraste entre Ele e os pobres. Será que Jesus não se importava com os pobres? Por que Ele ficou tão contente com a ação de Maria? Por que Ele ficou mais contente com sua ação do que teria ficado se ela tivesse usado o dinheiro para ajudar os pobres, (Ele com certeza também se importava pelos pobres)? Qual é a lição nisso?
(6) Jesus nos pede que “onde quer que o evangelho for anunciado, em todo o mundo [algo que Ele predisse], também o que ela fez será contado em sua memória”.
Qual é o conteúdo central do evangelho? (Leia Jo. 3:16) Como a
ação de Maria está ligado ao conteúdo do Evangelho? Por que esta ação está tão vinculada com o evangelho que seria necessário
mencioná-la onde quer que o evangelho seja pregado?
(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Eu lhes asseguro que onde quer que o evangelho for anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória” (NVI-PT) (Marcos 14: 9)
Ao refletirmos sobre essas palavras de Jesus e sobre a “boa ação” de María de Betania, eu os convido a meditar sobre a letra da seguinte canção que me ajudou tremendamente durante os meus anos de
formação cristã, e que ainda hoje continua a purificar o meu amor por Cristo.
(Consulte a versão bilíngue desta lição.)
Conforme explicado nos vv. 1-2, era óbvio para os principais sacerdotes e mestres da Lei que precisariam de informações privilegiadas para poderem prender Jesus em segredo, a fim de evitar um confronto público.
(1) Imagine que você fosse Judas:
a. Por que você teria começado a seguir Jesus há aproximadamente três anos?
b. O que você teria visto e ouvido durante esses três anos? Você teria experimentado viver, comer, andar e dormir com Jesus e constatado que Ele realmente não tinha pecado. Em sua opini{ao, quem é Jesus?
c. O dinheiro sempre foi importante para você, e desde que você recebeu a responsabilidade de administrar a sacola de dinheiro do grupo, você "costumava tirar o que nela era colocado" (Jo. 12:6). Agora você sabe que os líderes religiosos estão conspirando para matar Jesus; que opções você tem? Quais são os prós e contras da sua decisão? Por que você escolheria a opção de trair Jesus?
(2) Jesus fez planos para celebrar Sua última ceia pascal num lugar cuja localização nem os discípulos sabiam; por isso, Judas só a descobriria mais tarde e teria que sair furtivamente durante a ceia para informar os principais sacerdotes. Uma vez que esta foi a última ceia pascal que Jesus comeu na terra, você consegue imaginar como Ele teria se sentido ao presidir a refeição cujo pleno significado Ele mesmo cumpriria quase imediatamente?
(3) Jesus deixou claro que aquele que o trairia seria um dos Doze, e que também seria aquele que metesse "comigo a mão no prato" (ARC). A gravidade da situação o levou a dizer: "Bom seria para o tal homem não haver nascido" (ARC). Esse foi o comentário de Jesus sobre a vida de Judas. Qual seria o comentário de Jesus sobre a sua vida?
(4) O fato de Jesus ter anunciado que um deles O trairia tinha entristecido os Seus discípulos, e podemos supor que cada um dos doze perguntou, um por um: "Sou eu?". Por que a reação dos onze foi fazer essa pergunta a Jesus? Será que eles realmente não sabiam que não eram eles? E o que Judas estava pensando quando fez a mesma pergunta (vide Mateus 26:25)?
(5) Por que você acha que Jesus decidiu que era necessário anunciar Sua traição naquele exato momento?
(6) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro: 'Porventura, sou eu, Senhor?'." (NVI-PT) (Marcos 14:19)
Apesar de os discípulos terem corações letárgicos que não tinham levado a sério as palavras de Jesus sobre Seu sofrimento e morte, o que me comove é o amor que eles tinham por seu Senhor. A última coisa que queriam fazer era ferir o Senhor ou Seus sentimentos. Portanto, quando Jesus declarou solenemente que um deles O trairia (e mencionou especificamente que seria um dos Doze), eles "começaram a entristecer-se" e "um após outro" disseram: "Sou eu?".
Eles ficaram tristes porque já tinham estado juntos durante aproximadamente três anos e nesse tempo tinham se tornado um grupo muito unido — como uma família. A noção de que um deles teria a ousadia de cometer um crime tão impensável, o de trair seu mestre, era muito triste. Recentemente, alguém me contou a história como ele teve que fugir com outra pessoa para salvar a vida. Eles tiveram que deixar sua igreja e seu país devido à iminente tomada de poder por um novo governo que se opunha ao Cristianismo, mas depois descobriram que alguns de seus colaboradores mais chegados na igreja eram na realidade infiltrados do novo governo. Ambos ficaram chocados e tristes.
Mas fico profundamente comovido ao ler que os discípulos, um por um, perguntaram ao Senhor: "Porventura, sou eu?".
Eles
não queriam que suas palavras se perdessem nas dos outros
enquanto tentavam descobrir a identidade da pessoa a quem o Senhor
realmente se referia. Cada um deles queria ter certeza de que o Senhor
não estava falando sobre ele mesmo. Embora soubessem que amavam o Senhor e juraram que
nunca O negariam (Marcos 14:31), no fundo de seus corações eles sabiam
que eram pecadores—pecadores que, dadas as circunstâncias certas, eram
capazes de cometer o crime mais horrível de todos!
Embora naquele instante seu reconhecimento desse fato não os tenha ajudado, uma vez que "todos" abandonaram Jesus e fugiram (Marcos 14:50), acho que ele deve tê-los ajudado a aceitar uns aos outros quando se reagruparam mais tarde, formando um poderoso exército para o Senhor.
Reconheço que ao longo dos anos tem havido ocasiões em que eu "menosprezei" outros cristãos por terem "falhado"; no entanto, depois de ver como alguns desses cristãos foram usados grandemente pelo Senhor após um arrependimento genuíno, e conforme reconheço cada vez mais que eu sou tão vulnerável quanto eles e que seria capaz de cometer o mais horrível dos pecados, dadas as circunstâncias certas, aprendi a apreciar a honestidade que estes discípulos expressaram quando perguntaram ao Senhor: "Sou eu?".
(1) Uma vez que Jesus declarou que nossa adoração e relacionamento com Deus acontece “em espírito e em verdade” (Jo. 4:23), o lugar, o edifício e os rituais realmente não são tão importantes. Sendo esse o caso, por que Ele instituiria a Ceia do Senhor?
(2) Jesus deu graças antes de olhar para o pão e dizer "isto é o meu corpo", e novamente antes de tomar o copo e dizer: "isto é o meu sangue". Em que sentido Ele deu graças?
(3) Hoje, quando comemos o pão e bebemos do cálice durante a sagrada comunhão, como podemos imitar Jesus ao dar graças?
(4) Reflita sobre o seguinte: Não teria sido mais apropriado se Jesus tivesse tomado um pedaço de cordeiro e dito: “Isto é o meu corpo”? Afinal, Ele é o Cordeiro Pascal! Por que Ele escolheu usar o pão como símbolo?
(5) Acreditamos que a função da Ceia do Senhor é servir como "recordação"; não é uma recriação do evento em si. No entanto, como ela pode nos ajudar a "lembrar" cada vez que a comemos e bebemos, internalizando estes elementos? O que devemos lembrar - Sua pessoa, ou a redenção que Ele realizou por nós? Existe alguma diferença entre essas duas coisas?
(6) Jesus também chama a nossa atenção para o dia em que Ele beberá do cálice novamente no reino de Deus. Quão diferente será essa festa celestial da última que Ele bebeu do cálice na terra?
(7) Eu acho que a essa altura os discípulos já tinham um sentido crescente da realidade do sofrimento e da morte de Jesus. Você teria reagido à advertência de Jesus (“todos me abandonarão”) da mesma maneira que Pedro e o resto dos discípulos? Por que ou por que não?
(8) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Eu lhes afirmo que não beberei outra vez do fruto da videira, até aquele dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus." (NVI-PT) (Marcos 14:25)
Jesus instituiu a Ceia do Senhor na última Páscoa que Ele comeu na terra. Aquela Páscoa também foi a última que era preciso comer, uma vez que o próprio Jesus é o Cordeiro pascal que veio para levar toda a humanidade em seu "êxodo" do pecado.
Daí em diante, nunca mais lemos que Seus discípulos tiveram que celebrar a Páscoa novamente; em vez disso, eles celebravam a Ceia do Senhor, porque o velho já passou, o novo chegou. A justiça não vem da observância da Lei (a qual inclui a observância da Páscoa), mas da fé em Jesus Cristo e em Sua obra consumada de redenção na cruz (uma obra da qual a Ceia do Senhor é o lembrete mais poderoso).
É interessante notar que os judeus também tinham entendido que era necessário romper com o passado, inclusive no que se referia à celebração da Páscoa. Sabemos que o povo comeu a primeira Páscoa de pé, como Moisés havia ordenado: “os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do Senhor” (ARC) (Êxodo 12:11). No entanto, parece que com o tempo os judeus deixaram de comer apressadamente e de pé, passando a comê-la com mais calma, enquanto reclinavam.
Embora Lightfoot tenha atribuído essa alteração à sua "superstição", de acordo com a qual eles teriam acreditado que se tratava de uma postura sagrada, minha opinião é que se devia a um entendimento teológico correto, segundo o qual eles estavam rompendo com o passado. Em seguida, ele cita as seguintes palavras do Rabino Levi (do Talmud):
“'Comer de pé é um costume de escravos: mas agora devem comer reclinados, para que se saiba que já saíram da escravidão para a liberdade'. Outro rabino comentou isso: 'Embora seja pão de aflição, deve ser comido de acordo com o hábito daquele que é livre'. Outro rabino acrescentou: 'Temos a obrigação de reclinar-nos enquanto comemos, a fim de comermos à maneira de reis e nobres'."
(Lightfoot, Matthew, 344-5)
Independentemente da existência de alguma noção supersticiosa relacionada com o ato de se reclinar, estes rabinos tinham razão. O velho já havia passado, e o novo chegou.
É uma pena que a maioria dos judeus, incluindo seus rabinos, não percebam que até mesmo esta "liberdade" é um símbolo da liberdade suprema em Jesus Cristo do pecado e da morte. Eu acredito que quando Jesus Cristo instituiu a Ceia do Senhor, Sua decisão de usar o pão, e não o cordeiro, ao dizer "Tomem; isto é o meu corpo" foi muito deliberada. Com certeza, Ele é o Cordeiro Pascal, e foi sacrificado como tal na cruz, consumando assim a obra da redenção. Portanto, a função da Ceia do Senhor não é ser uma recriação do evento em si, mas um símbolo da liberdade suprema que há em Cristo. Cada vez que observamos a Ceia do Senhor e comemos o pão, apontamos a Ele como o Pão da Vida. Ao introduzir o pão no interior do nosso corpo, lembramos que Ele é “nosso” Pão da Vida.
Portanto, comer o pão na Ceia do Senhor com a noção de que ele possa ser transubstanciado no corpo real de Cristo, além de ser o equivalente a crucificar o Senhor novamente, também nos deixaria presos no passado da escravidão do pecado, ignorantes da verdadeira liberdade que há em Cristo Jesus.
Claro, no futuro haverá outro ruptura com o presente, quando bebermos "o vinho novo no Reino de Deus" com nosso Senhor. Então, a nossa fé se tornará vista e experimentaremos a glória plena de tudo que, apesar de estar presente agora, ainda é futuro.
(1) Qual foi o propósito das orações que Jesus fez antes de Sua prisão?
(2) Por que Ele decidiu levar junto Pedro, Tiago e João e contar-lhes as palavras do versículo 34 em particular? O que Ele procurava ou esperava desses três? Seu desejo foi realizado?
(3) Reflita sobre as palavras de Jesus: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal". (itálico acrescentado). Você já experimentou algo assim? Qual foi a razão de Sua condição?
(4)
Pense cuidadosamente sobre as orações de Jesus e no fato de Ele ter feito a
mesma oração três vezes. O que você pode aprender sobre o seguinte?
a. o tipo de relacionamento que havia entre Jesus e Deus Pai
b. o significado da palavra "encarnação"
c. a maneira como o conteúdo de Sua oração define o que é a "oração" neste contexto
d. a maneira como podemos aprender a orar como Ele
(5) Leia Hebreus 5:7-10. Como esta passagem ajuda sua compreensão das orações de Jesus no jardim?
(6) Quando Jesus disse: “O espírito está pronto, mas a carne é fraca”, Ele não se referia somente aos discípulos, mas a Si mesmo. Como Jesus demonstrou o poder da oração ao enfrentar provas como esta? O que teria acontecido se os discípulos tivessem obedecido Suas instruções: “vigiem e orem"? Que diferença isso teria feito?
(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida, especialmente no que diz respeito à imitação de Jesus?
"E dizia: 'Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres'." (NVI-PT) (Marcos 14:36)
Jesus provavelmente começou a estremecer ao chegar perto de Sua jornada final, na qual Ele enfrentaria
não só o imenso sofrimento na cruz, mas também a ira de Seu Pai
por causa dos pecados do mundo. Como os profetas costumavam dizer, a ira de Deus
é uma ira que ninguém é capaz de enfrentar:
“Quem parará diante do seu furor? E quem subsistirá diante do ardor da sua ira?” (Na. 1:6)
"E quem subsistirá, quando ele aparecer?" (Mal. 3:2)
Nem mesmo o Filho de Deus.
No entanto, Jesus, como qualquer outra pessoa, tinha certas opções:
- Ele podia escolher enfrentar a violência com mais violência. Como Ele mesmo disse, Ele poderia ter pedido ao Pai que enviasse 12 legiões de anjos para resgatá-Lo (Mt. 26:53).
- Ele podia simplesmente ir embora, deixando este planeta terra até o dia da nossa autodestruição.
- Ele podia escolher seguir em frente com o plano que Ele e Seu Pai tinham estabelecido antes da criação, ou seja, que Ele, o Filho de Deus, fosse o sacrifício usado para expiar os pecados do mundo; Ele suportaria a ira de Deus na cruz, sendo crucificado e morrendo uma morte vergonhosa como pecador.
Como já sabemos, Ele escolheu o caminho da submissão; No entanto, embora o espírito esteja disposto, o corpo é fraco. Ele queria prosseguir com o plano, mas também estava lutando com Sua decisão. Foi por isso que Ele levou Sua luta diante do Pai.
Mesmo para o Filho de Deus, a submissão nunca é fácil. Ela precisa ser aprendida. Foi por isso que Jesus orou não uma, nem duas, mas três vezes. Quando lemos esse relato nos vários relatos do Evangelho, descobrimos que os autores sempre registram poucas palavras desta oração; no entanto, eu acredito que, na verdade, a oração real pode ter sido mais longa, muito longa, durando talvez uma hora. Não sabemos. Mas o que sabemos é que ela não foi uma oração comum. Não foi dita em silêncio, mas foi acompanhado por uma luta violenta no interior de Sua alma, como aprendemos no testemunho de Hebreus 5:7-8:
“Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão. Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu;"
Com certeza, a submissão é um processo, e a oração, como o nosso Senhor exemplificou, é o processo da submissão. A oração não é algo para ser usado a fim de alcançar os nossos objetivos egoístas; ela não é algo pelo qual procuramos manipular a Deus, mas um processo de submissão que nos ajuda a desviar a nossa atenção de nós mesmos, dos nossos planos e circunstâncias, e e colocá-la sobre Deus e Sua vontade.
(1) De todas as traições das quais você já ouviu falar (ou experimentou), qual você considera a mais vil e dolorosa? Como Hebreus 2:17 nos ajuda a entender por que Jesus teve que ser traído com um beijo?
(2) João 18:10 deixa claro que Pedro foi quem desembainhou a espada. Por que ele tinha levado uma espada com ele? O que ele esperava que Jesus fizesse enquanto ele O defendia? Jesus aproveitou essa oportunidade para fugir? Porque não? (Leia Suas últimas palavras no v. 49)
(3) Jesus fez a seguinte pergunta: "Estou eu chefiando alguma rebelião?". O que isso lhe ensina sobre o modo de agir e a missão de Jesus? Como podemos imitá-Lo?
(4) “Então todos o abandonaram e fugiram.” Como Pedro, João, Tiago e os outros discípulos foram capazes de abandonar Jesus? Eles não tinham se comprometido, umas poucas horas antes, a permanecer com Ele (v. 31)? Pense novamente sobre a seguinte pergunta: O que teria sido diferente se eles tivessem orado junto com Jesus no jardim? Por que eles não oraram?
(5) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Mas ai daquele que trai o Filho do homem! Melhor lhe seria não haver nascido." (NVI-PT) (Marcos 14:21)
Você já desejou não ter nascido? Jó desejou isso no meio de seu imenso sofrimento causado pela perda de todos os seus filhos, todo seu orgulho e sua grande riqueza. Ele desejou não ter nascido: “Por que não morri ao nascer, e não pereci quando saí do ventre?” (Jó 3:11).
Mas todos nós devemos ser gratos porque Jó não morreu ao nascer ou quando saiu do útero. Porque ele nasceu vivo, muitas pessoas (e não seria um exagero dizer milhões de pessoa), ao passarem pelo sofrimento, já receberam sabedoria, força e ajuda por causa dele. Em outras palavras, seu nascimento foi uma bênção para a humanidade e para o reino de Deus.
No entanto, o nascimento de Judas é outra história. Ele viveu a única vida em toda a história da humanidade que merecia o veredicto: “Melhor lhe seria não haver nascido” (Mc. 14:21). Foi por causa dele que Jesus Cristo foi morto. Em outras palavras, seu nascimento foi um prejuízo para o reino de Deus.
Embora Judas tenha sido a única pessoa sobre quem a Bíblia dá um veredicto aberto como tal, cada um de nós um dia receberá o veredicto de Deus sobre nossas vidas. Você já se perguntou qual será o veredicto de Deus sobre a sua vida? A sua vida é uma bênção ou um prejuízo para o reino de Deus?
(1) Responda às seguintes perguntas ao ler este trecho das Escrituras.
a. Que palavras você usaria para descrever o ambiente?
b. Que palavras você usaria para descrever estes líderes religiosos?
(2) Estes líderes, que estavam decididos a matar Jesus, tentaram legitimar seu crime por meio de um julgamento no qual havia duas ou três testemunhas, conforme estabelecido pela Lei de Moisés.
a. Que tipo de falso testemunho eles procuravam para poder matar Jesus?
b. Por que foi tão difícil achar testemunhos contra Jesus que não se contradissessem?
(3) Por que Jesus permaneceu em silêncio diante desses falsos testemunhos (os quais Ele sem dúvida poderia ter refutado), mas respondeu imediatamente, e em termos inequívocos, quando foi questionado sobre Sua identidade, até dando mais do que haviam pedido?
(4) Por que o sumo sacerdote acusou Jesus de blasfêmia? De que outra maneira ele poderia ter reagido?
(5) Quais foram os pecados que esses líderes religiosos cometeram? Quais foram os pecados dos que participaram da multidão que abusou fisicamente de Jesus?
(6) Pedro estava sentado assistindo a tudo o que acontecia. Como ele teria se sentido? O que estava passando pela sua mente?
(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Mas Jesus permaneceu em silêncio e nada respondeu.” (NVI-PT) (Marcos 14:61)
Ao refletirmos sobre este tribunal irregular ao qual nosso Senhor foi
submetido, eu o convido a refletir sobre este curto mas
poderoso poema escrito por Richard Crashaw (c. 1613-1649):
E nada respondeu.
Potente nada! a ti,
Nada, devemos tudo o que é.
Deus falou antigamente, quando tudo Ele criou,
E salvou tudo quando Ele Nada disse.
Naquele tempo, o mundo foi feito do nada;
E agora, novamente, ele é feito por Nada.
(tradução por Justin M. Hickey, 2021)
Neste poema, Crashaw faz um contraste entre dois atos de Deus, o de criação e o de redenção. O primeiro foi realizado quando Ele falou, e o segundo quando Ele guardou silêncio. Em sua opinião, qual destes dois é a maior demonstração do poder de Deus — Sua criação ou Sua redenção?
Gostaria de citar a reflexão de Philip Comfort e Daniel Partner sobre este poema:
“Você pode aprender muito sobre Deus e de Deus contrastando estes dois eventos: a criação e a redenção. Por exemplo, podemos tirar conclusões sobre quando devemos falar e quando devemos agir. Quantos de nós teríamos ficado calados se estivéssemos sendo falsamente acusados de um crime capital que acarretava a possibilidade de uma execução brutal? Em tais circunstâncias, até mesmo os mais reservados podem se tornar eloqüentes. Mas apesar disso, Cristo guardou silêncio, porque Sua obra na cruz diria tudo." (One Year Book of Poetry, 21 de março)
Claro, o poema de Crashaw é ainda mais profundo do que isso, pois ele nos diz que a "Palavra" que fez o mundo existir é o mesmo Deus Poderoso que realizou a grande obra da redenção sem dizer nada. E Ele O chama de Potente Nada!
Quando temos o Potente Nada, temos tudo!
Todos os quatro Evangelhos contam a história da negação de Jesus por Pedro, e Papias (bispo de Hierápolis, c. 60-130) acrescenta o seguinte: “De fato, Marcos, que se tornou o intérprete de Pedro, escreveu precisamente ... as coisas que o Senhor disse ou fez."
Portanto, o que lemos aqui sobre Pedro e seu ato de negar o Senhor Jesus é o que Marcos ouviu diretamente do próprio Pedro.
(1) Se você tivesse que escolher uma só palavra para descrever o ambiente daquela noite, qual seria?
(2) Qual foi a intenção de Pedro ao ficar lá, apesar do grande risco que ele corria?
(3) Ele estava ciente da possibilidade de ser reconhecido? Ele estava preparado para um eventual confronto?
(4) Independentemente de se ele estava preparado ou não, Pedro acabou sendo reconhecido e confrontado. Qual seria a importância dos seguintes detalhes:
a. O caráter progressivo das confrontações, duas vezes pelas criadas e finalmente pelos transeuntes
b. O caráter progressivo das respostas de Pedro
c. O propósito do primeiro canto do galo (alguns manuscritos antigos incluem as palavras "e o galo cantou" após o v. 68.)
(5) Por que Jesus tinha advertido Pedro sobre sua negação?
(6) Que impacto essa negação pode ter tido sobre Peter, tanto a curto prazo como a longo prazo?
(7) Você já teve uma experiência semelhante à de Pedro?
(8) O que você tem aprendido hoje sobre o que significa seguir a Cristo?
“Antes que duas vezes cante o galo, você me negará três vezes.” (NVI-PT) (Marcos 14:72)
É interessante notar que nosso Senhor, ao advertir Pedro que ele O negaria, usou o canto do galo como uma ferramenta para despertar Pedro de seu sono espiritual.