Nesta semana, continuaremos o nosso estudo do Livro de Marcos.
(1) Neste trecho, Marcos teve o cuidado de repetir uma frase específica (da boca de Pilatos) três vezes. Qual é essa frase?
(2) Pilatos realmente cria que Jesus era "o rei dos judeus"? Como você sabe? Jesus se comportava como um rei, ou Sua aparência era como a de um rei? Porque não?
(3) Marcos diz que os sacerdotes acusaram Jesus motivados pela inveja. O que tinha provocado a inveja dos sacerdotes? O que isso o ensina sobre a gravidade do pecado da inveja?
(4) Marcos disse que até Pilatos ficou impressionado com Jesus. No entanto, por mais que ele tenha tentado libertá-Lo, os apóstolos o consideraram responsável pela morte de Jesus (vide Atos 4:27). À luz disso, qual foi o pecado de Pilatos?
(5) Aqueles que pediram a Pilatos que ele respeitasse o costume de libertar um prisioneiro foram os da multidão. Eles tinham Jesus em mente quando fizeram o seu pedido (vide Marcos 14:2)? Por que eles acabaram gritando: "Crucifica-o"? Qual tinha sido o Seu pecado?
(6) Um assassino muito notório foi libertado às custas do Rei dos Judeus. Qual pode ter sido a importância simbólica desse fato?
(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Desejando agradar a multidão, Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado.” (NVI-PT) (Marcos 15:15)
O evento inteiro da crucificação de Jesus desdobrou como se fosse um drama, começando com a traição e prisão de Jesus à meia-noite, seguido pelo tribunal irregular religioso. Os principais sacerdotes e escribas não podiam apresentar nenhuma acusação formal contra Jesus de nenhum crime capital; mesmo assim, eles procederam com o seu plano, e pode-se presumir que decidiram por voto entregá-lo a Pilatos para que ele autorizasse o seu assassinato.(1) Os soldados estavam decididos a humilhar Jesus, e convocaram todos os que estavam no Pretório para lhes ajudarem. Que pecado esses soldados cometeram?
(2) Quão humilhante foi isso para Jesus? Você já teve alguma experiência semelhante à de Jesus?
(3) O fato de Marcos ter incluído tantos detalhes sobre Simão sugere que ele ou seus dois filhos eram bem conhecidos entre a igreja primitiva. Quão especial foi essa experiência para Simão e que impacto teria tido sobre ele? Ele foi simplesmente um homem que esteve no lugar errado, na hora errada?
(4) Você já teve uma experiência ou sensação de ser obrigado a “carregar a cruz”? Como você deve pensar sobre esse tipo de experiência?
(5) O que você sabe sobre como era a morte por crucificação? Tente descrevê-la. Por que Jesus se recusou a tomar o vinho misturado com mirra, uma mistura que era usada como anestésico?
(6) Neste trecho, Marcos repete a acusação contra Jesus de que Ele era "o Rei dos judeus". Qual seria a importância de ele ter repetido essa frase?
(7) Em que sentido o fato de Jesus ter sido crucificado ao lado dos ladrões cumpriu a profecia sobre Sua morte de maneira ainda mais plena? (Isaías 53:9, 12)
(8) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Certo homem de Cirene, chamado Simão, pai de Alexandre e de Rufo, passava por ali, chegando do campo. Eles o forçaram a carregar a cruz.” (NVI-PT) (Marcos 15:21)
Gosto da maneira como Barclay descreve a cena em Marcos 15:21:
"Esse dia deve ter sido muito sombrío para Simão de Cirene. Uma vez que Palestina era um país sob ocupação, qualquer um podia ser recrutado para realizar qualquer tarefa para Roma. O sinal de que uma pessoa estava sendo recrutada era um toque no ombro com a parte chata de uma lança romana. Simão era de Cirene, uma cidade localizada na África. Ele sem dúvida tinha vindo de longe para poder assistir à Páscoa. Com certeza ele tinha se esforçado muito durante vários anos para guardar dinheiro para poder fazer a viagem, e finalmente estava cumprindo uma ambição que tivera durante a vida inteira: a de celebrar uma Páscoa em Jerusalém. Mas quando ele checou, ele foi obrigado a fazer isso."
(Barclay, Mark, 360)
Jesus nos disse que se alguém quiser segui-Lo, deve tomar sua própria cruz e segui-Lo (Lucas 14:27). Mas Simão não tinha nenhuma intenção de segui-Lo. Ele estava simplesmente “chegando do campo” quando foi forçado a carregar uma cruz que ele não considerava sua. Mas tarde ele descobriu que esta foi uma cruz que ele precisou levar para conhecer e seguir a Cristo. Muitos de nós hoje estamos cansados de carregar a cruz que recebemos; mas precisamos aprender desta experiência de Simão:
(1) Embora ele só estivesse de passagem, o que aconteceu não foi um acidente. Na verdade não foram os soldados romanos que o recrutaram para essa tarefa, mas o próprio Deus.
(2) Quando somos obrigados a carregar uma cruz, nós nos sentimos muito infelizes e perguntmos "Por que eu?", assim como Simão teria feito.
(3) Aconteceu que quando Simão tomou a cruz das mãos de Jesus, ele se encontrou face a face com o Salvador — não há melhor encontro com o Senhor do que quando O vemos face a face sob Sua cruz.
(4) De fato, naquele dia sua jornada terminou ao pé da cruz. Eu acho que ele provavelmente ficou lá, talvez a certa distância, testemunhando o sofrimento e morte de Cristo. Este obviamente foi um evento que mudou sua vida.
(5) Mas ele não foi o único cuja vida foi mudada por este evento. Sua família inteira foi impactada, pois mais tarde Paulo enviou saudações à sua família em Roma: “Saúdem Rufo (o filho de Simão), eleito no Senhor, e sua mãe (a esposa de Simão) que tem sido mãe também para mim".
(Esta é a opinião de Lightfoot sobre Romanos 16:13, com base em Marcos 15:21—TICC, Romanos, 793)
Mais tarde, Simão provavelmente valorizou ter recebido esta oportunidade, não só a de encontrar Jesus, mas também a de aliviar um pouco de seu sofrimento. Que privilégio foi carregar a cruz no momento em que mais precisava de uma pessoa com quem podia compartilhar a Sua carga!
Da próxima vez que você achar que a cruz que está carregando é pesada e desagradável demais, pense em Simão de Cirene.
(1) Quem foram os zombadores que falaram contra Jesus neste trecho das Escrituras?
(2) Que tipo de pecado foi cometido contra o Senhor por cada um desses grupos de pessoas?
(3) Reflita sobre a segunda tentação que Satanás apresentou a Jesus em Mateus 4:5-7, comparando-a com a cena descrita nos vv. 29-33 deste capítulo. Qual das duas representa a tentação mais forte? Por quê?
(4) Do meio-dia às 15:00, “toda a terra” ficou coberta de trevas. O que essa escuridão simbolizava?
(5) Reflita sobre a exclamação de Jesus no v. 34. Essas palavras são as mesmíssimas que Davi usou no Salmo 22:1.
a. Jesus clamou isso só para cumprir a profecia, ou foi um grito que veio das profundezas de Seu sofrimento?
b. Quão profunda foi a dor de Jesus ao prouninciar essas palavras?
c. Você já se sentiu abandonado por Deus?
(6) Você acha que Jesus teria passado por esse sofrimento por você mesmo se você fosse o único pecador na terra que precisasse ser salvo? (vide Lucas 15:3-7)
(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?" (NVI-PT) (Marcos 15:34)
É possível que esta
exclamação do nosso Senhor na cruz na hora nona seja a mais
comovente de todas as Sete Palavras na Cruz, uma vez que foi pronunciada na forma de uma pergunta da qual o próprio Senhor já sabia a resposta. Mas mesmo assim, Ele a fez.
A resposta já havia sido dada muito antes, em Isaías 53:10: “Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado" (ARC).
Quando Jesus levou sobre Si os pecados do mundo como oferta de expiação do pecado na cruz, a única opção do Pai foi esconder Seu rosto dEle — o Santo Deus é tão santo que Ele não pode deixar o pecado impune; Ele deve castigá-lo com a morte.
Jamais poderemos compreender a dor que o nosso Senhor sentiu naquele momento em que Aquele que não conheceu pecado foi feito pecado por nós; por mais breve que tenha sido aquele momento, o Filho que nunca havia conhecido a separação de Seu Deus Pai foi rejeitado por Ele. A dor, o sofrimento, deve ter sido tão insuportável que Ele precisou fazer aquela pergunta, não tanto porque queria saber a resposta (a qual Ele já sabia), mas a fim de expressar a dor inefável do Filho.
Mas eu acho que a dor foi mútua.
Abraão teria conhecido esse mesmo sentimento quando colocou seu filho Isaque no altar.
A dor foi sentida tanto pelo Filho quanto pelo Pai. Quando o Filho fez essa pergunta, o céu respondeu com silêncio — um silêncio doloroso, um silêncio violento, um Silêncio Sagrado. Tão grande é o amor que o Pai nos concedeu. (1 João 3:1)
Marcos, ao descrever os últimos instantes da morte de Jesus, destaca várias testemunhas que dão testemunho da verdadeira identidade de Jesus:
(1) O véu do templo: Lucas 23:46 e João 19:30 nos dão uma pista sobre o significado da exclamação de Jesus mencionado aqui no v. 37. Tente relacionar Sua última exclamação com o rasgar do véu no templo, o qual parece ter acontecido simultaneamente. Qual foi o significado disso? O que ele significa pra você?
(2) O centurião: Por que o último grito de Jesus convenceu o centurião de que Ele era o Filho de Deus (podemos dizer com certeza de que o centurião não sabia sobre o rasgar do véu)? Quão especial foi sua fé (à luz do fato de ele provavelmente ter sido um gentio de ascendência germânica, um agente estrangeiro de uma força ocupante)? Compare o que este centurião gentio disse com o que os principais sacerdotes, escribas e a multidão estavam dizendo. Como a Bíblia usa o testemunho deste Centurião para condenar esses três grupos?
(3) As mulheres: Por que estas discípulas estavam presentes (junto com João)? Tente descrever o que elas teriam sentindo ou experimentado como testemunhas oculares dos eventos descritos por Marcos. Quão especiais eram estas mulheres para Jesus?
(4) Ao encerrar sua descrição desta cena do último dia de Jesus, Marcos nos apresenta os seguintes personagens:
i. Os sacerdotes e líderes religiosos que tinham matado Jesus por inveja
ii. Pilatos, que tinha "conspirado" com esses líderes (Atos 4:27)
iii. A multidão que tinha gritado "Crucifica-o", comportando-se como uma turba
iv. Os soldados que tinham abusado de seu poder para humilhar Jesus
v. Simão, o homem inocente que tinha sido obrigado a carregar a cruz
vi. Os dois criminosos maus que foram pregados às suas próprias cruzes junto à cruz de Jesus, um dos quais O chegou a conhecer, enquanto o outro continuou rejeitando-O, até mesmo diante de sua própria morte
vii. Os transeuntes que tinham zombado de Jesus, sendo usados como instrumentos de Satanás para tentá-Lo
viii. O centurião que creu nEle como o Filho de Deus
ix. As discípulas que observavam de longe, testemunhando cada detalhe de Seu sofrimento
Qual dos personagens acima teve mais impacto em sua imaginação ou mais chamou sua atenção? Por quê?
(5) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Quando o centurião que estava em frente de Jesus ouviu o seu brado e viu como ele morreu, disse: 'Realmente este homem era o Filho de Deus!'." (NVI-PT) (Marcos 15:39)
É difícil imaginar como foi possível que esse centurião passou a acreditar que Jesus era o Filho de Deus simplesmente ao ouvir Seu clamor e ver como Ele morreu. No entanto, é verdade que às vezes a maneira como uma pessoa morre revela mais sobre ela do que a maneira como viveu.
No caso de Jesus, tanto a maneira como viveu quanto a maneira como morreu revelam poderosamente quem Ele é. Apesar de o centurião só ter tido o privilégio de testemunhar os momentos finais de Sua vida, esses momentos foram poderosos o suficiente para ele perceber quem Jesus realmente era .
Uma vez que ele tinha sido estacionado em Jerusalém, este centurião sem dúvida teria ouvido falar de Jesus e da possibilidade de que Sua entrada em Jerusalém provocaria um distúrbio. Este centurião teria ficado alerta ao ver a população da cidade se multiplicar durante a festa, e também teria escutado sobre a agitação crescente provocada pela entrada de Jesus na cidade. Depois de Sua prisão, o cerne das acusações contra Ele esteve ligado ao fato de Ele afirmar ser o Rei Messias judeu e o Filho de Deus; a primeira afirmação foi usada para acusá-Lo de tentar incitar uma revolução, enquanto a segunda foi usada para acusá-Lo de pura blasfêmia religiosa (um argumento não essencial ao processo jurídico). O centurião teria conscência dessas duas afirmações.
Enquanto seus soldados fingiam adorar Jesus como rei, o centurião provavelmente não tinha tanta certeza de que se tratava de um mero lunático que afirmava ser Rei e Filho de Deus. Ele teria sido testemunha ocular de como Jesus se comportou diante de Pilatos— Sua calma e gentileza teria projetado a imagem de uma pessoa que não era violenta e que até poderia ser de berço nobre. Embora Seus gritos de dor fossem normais para qualquer pessoa que estava sendo submetida à crucificação, Sua oração para que o Pai perdoasse aqueles que O tinham ofendido, Sua promessa a um dos ladrões de que ele estaria no paraíso, Sua preocupação por Sua mãe terrena e Seu grito amargo dirigido ao Deus Pai — tudo isso apontava para o fato de Ele não ser um mero homem, mas uma pessoa que estava em pleno controle de Seu destino. Ele era uma pessoa de origem divina. Em outras palavras, o centurião nunca teria visto ninguém enfrentar a crucificação como Jesus. Seu comportamento só tinha duas possíveis explicações: 1) Jesus era um lunático — uma pessoa muito iludida, 2) Jesus realmente era o Filho de Deus, o Rei de Israel, como Ele afirmava ser.
Isso deveria ter sido evidente para todos, mas os sacerdotes e líderes religiosos foram cegados pela sua inveja, a multidão foi iludida pelo fato de Jesus não ter se comportado como realeza ou mostrado um poder físico e instantâneo, e os soldados estavam presos em seus preconceitos racistas e sua desumana crueldade. Mas o centurião tinha uma consciência limpa e imparcial que pôde ser despertada pela verdade. Talvez ele não tenha entendido o significado pleno da identidade de Jesus como o Filho de Deus, mas Seus últimos momentos foram o suficiente para o centurião acreditar nEle como o Filho de Deus.
O sepultamento de Jesus:
“Na antiguidade, a humilhação do homem condenado não terminava com a sua sua execução. A lei romana exigia a perda de todas as honras depois de sua morte, e até mesmo o direito de sepultamento tinha que ser por decreto magisterial (embora) a lei judaica exigisse que aqueles que haviam sido enforcados deviam ser removidos e enterrados antes do pôr do sol ... para que a terra não fosse profanada ..."
(NICNT, Mark, 580)
(1) Leia Lucas 23:50-51, que fala sobre este mesmo José.
a. Por que a Bíblia diz que suas ações foram corajosas?
b. Como é possível reconhecer uma pessoa que "esper o Reino de Deus" (Lucas 23:51)?
c. Você está esperando o Reino de Deus? Isso é evidente para os outros?
d. Embora o Evangelho de Lucas exima José de qualquer responsabilidade pelo crime do Concílio, como ele teria se sentido com relação à morte de Jesus?
e. O que o motivou a pedir o corpo de Cristo?
f. Como sua ação cumpriu ainda mais plenamente outra profecia sobre Cristo em Isaías 53?
(2) O que você pode aprender do exemplo de José? Você teria feito algo diferente? Por que ou por que não?
(3) Compare o nascimento de Cristo em Lucas 2:7 com Sua morte em Marcos 15:46. Quão similares ou dissimilares foram os dois eventos? O que você pode aprender disso?
(4) O sábado já havia chegado.
a. Qual é a ênfase do sábado? (Êxodo 31:12-18)
b. Como José e estas mulheres teriam passado este sábado?
c. Quão especial foi este sábado específico? Pense especialmente no seu significado espiritual.
(5) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"José de Arimatéia, membro de destaque do Sinédrio, que também esperava o Reino de Deus, dirigiu-se corajosamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus." (NVI-PT) (Marcos 15:43)
Alguns comentaristas como Barclay consideram a ação de José de Arimatéia uma tragédia:
“Ele era um membro do Sinédrio; no entanto, não temos nenhuma indicação de ele ter dito uma só palavra em favor de Jesus ou de ter tentado de alguma forma intervir em Seu favor. José foi o homem que deu um sepulcro a Jesus quando Ele já estava morto, mas guardou silêncio quando Ele ainda estava vivo. Uma das tragédias mais comuns da vida é guardar as nossas coroas de flores para os sepulcros das pessoas e esperar até que morram para lhes dar nossos elogios. Seria infinitamente melhor dar-lhes algumas dessas flores e algumas dessas palavras de agradecimento enquanto eles ainda estiverem vivos."
É claro que Barclay tem razão ao enfatizar que devemos ser corajosos o suficiente para fazer a diferença no momento mais oportuno. No entanto, talvez sua opinião sobre José não seja totalmente correta. O Evangelho de Lucas justifica José quando diz que "José...não tinha consentido no conselho e nos atos dos outros." (Lucas 23:50-51)
É provável que José tenha expressado sua oposição ou votado contra a decisão do Conselho, embora tudo isso tenha sido tudo em vão; ou, de acordo com a opinião de certos comentaristas, é possível que o conselho tenha sido convocado com tanta pressa que, para todos os efeitos práticos, ele foi excluído da reunião, uma vez que já teriam conseguido reunido suficientes membros para formar o quórum. Em qualquer caso, o Evangelho Marcos o elogia, dizendo que ele "dirigiu-se corajosamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus". (Marcos 15:43)
É verdade que durante todo esse tempo ele tinha sido um discípulo secreto (Jo. 19:38), mas depois da morte de Jesus ele não se importou mais com seu prestígio, sua posição privilegiada, sua riqueza e (talvez) sua própria vida. Ao pedir o corpo de Jesus, e ao sepultá-Lo em seu próprio sepulcro, ele fez um compromisso público como seguidor de Jesus. A observação de Marcos nos mostra que o que ele fez agradou e honrou a Deus. Além disso, por meio desse ato de compromisso, José também cumpriu uma das profecias sobre Cristo: "E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte;" (Is. 53:9).
Em minha opinião, é muito mais importante terminar bem do que começar bem.
(1) Coloque-se no lugar destes discípulos. Descreva como você teria se sentido durante os dois dias anteriores a este domingo específico.
(2) Coloque-se na pele dos discípulos que tinham fugido e não estiveram ao pé da cruz. Descreva como você teria se sentido durante os dois dias anteriores se fosse um deles. (Leia o v.10.)
(3) O que essas mulheres esperavam ver quando foram ungir o corpo de Jesus? Qual era o seu plano (se houvesse) para o que fariam depois de ungí-Lo?
(4) Se você fosse uma dessas mulheres, o que você teria pensado ao ver que a pedra (grande) tinha sido removida? Por que elas ficaram com medo ao verem o jovem?
(5) E você? Qual teria sido a sua reação ao ouvir o jovem dizer "Ele ressuscitou"? Qual foi a reação das mulheres (v. 8)? Por que Marcos diz que elas "fugiram"? Por que elas não disseram nada a ninguém (salvo aos discípulos)? (v. 8)
(6) Qual foi a reação dos discípulos ao ouvirem sua história? Por quê?
(7) O jovem enfatizou as palavras "como ele lhes disse" (v. 7). Por que era tão difícil para eles crer apesar do que Jesus lhes tinha dito com antecedência?
(8) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida." (NVI-PT) (Marcos 16:4)
Ao refletirmos sobre este maravilhoso relato da manhã em que nosso Senhor ressuscitou dos mortos, gostaria de lhe apresentar um clássico apologético escrito por Frank Morrison, Who Moved the Stone (Quem Removeu a Pedra?). Abaixo está um trecho de uma resenha sobre o livro:
"O autor deste livro, que foi publicado originalmente em 1930, afirmou que é um livro que se recusou a ser escrito. Frank Morison foi um jornalista investigativo e um cético com relação ao cristianismo. Ele começou seu estudo a fim de refutar a fé cristã comprovando que a ressurreição de Cristo havia sido uma farsa. Após um estudo mais aprofundado, Morison percebeu a realidade: Jesus realmente tinha ressuscitado dos mortos. O resultado disso foi que Morison se tornou cristão e escreveu este livro.
"Em seu livro, Morison tenta ler nas entrelinhas dos relatos do Evangelho para descobrir o que realmente aconteceu durante aqueles três dias famosos que começaram com a crucificação de Jesus Cristo. Sua obra representa uma grande (e possivelmente inovadora) reflexão sobre a história que já ouvimos tantas vezes.
"Um ponto central do livro de Morison é a visita inicial de Maria Madalena e das outras mulheres ao túmulo cedo de manhã naquele domingo. Ele mostra de forma convincente que as atitudes e os comportamentos das pessoas nesta história só podem ser o resultado de uma coisa: uma autêntica ressurreição do nosso Senhor e Salvador.
"Os capítulos 10-12 são dedicados a três personagens bíblicos diferentes cujas vidas são uma grande evidência da ressurreição. O primeiro deles é Pedro. O que fez este homem proclamar a ressurreição com ousadia poucas semanas depois de ter negado a Cristo três vezes e em seguida ter fugido de Jerusalem?
"O segundo personagem é Tiago, o meio-irmão de Jesus. Tiago nem creu em Cristo até depois da crucificação. O que aconteceu na vida deste homem cético que o transformou no líder da igreja de Jerusalém poucos anos depois?
"O terceiro personagem é um homem conhecido como Saulo de Tarso. Ele foi um perseguidor ferrenho dos primeiros cristãos. Mais tarde, ele se tornou o maior cristão que jamais existiu e o autor de 13 dos livros do Novo Testamento. O que aconteceu na estrada de Damasco há tantos anos que mudou de forma tão dramática o rumo da vida deste homem?
"Para cada uma dessas perguntas, a única resposta lógica é que cada um desses homens teve um encontro com o Senhor ressuscitado. Isso não foi uma simples alucinação. Foi uma autêntica ressurreição corporal dos mortos."
(Tim Chaffey)
(1) Por que Jesus escolheu aparecer a dois outros discípulos antes de aparecer aos Doze (menos Judas)? Por que esses discípulos ainda não acreditavam, mesmo depois de terem ouvido tantos relatos? O que isso nos ensina sobre o quão traumática e devastadora tinha sido a experiência dos dias anteriores?
(2) Qual foi o veredicto de Jesus sobre sua incredulidade? Ele foi duro demais com eles? Por que ou por que não?
(3) Em seguida, Marcos relata a Grande Comissão. Compare sua versão com a de Mateus (Mateus 28:16-20). Quais são algumas possíveis diferenças da versão de Marcos com relação à sua ênfase?
(4) Combine os elementos dos dois relatos para formar uma só descrição do que é a Grande Comissão.
(5) Devido à promessa de Jesus nos versículos 17-18, alguns cristãos acham que todos os crentes devem falar em línguas, curar os enfermos, pegar em serpentes e beber veneno sem que lhes faça mal. No entanto, sabemos que nem todos os crentes falam em línguas, nem todos curam os enfermos, e alguns até morreram depois de beber veneno enquanto tentavam "comprovar" a validez desta promessa. À luz disso, pense sobre as possíveis razões pelas quais Jesus fez esta promessa,
a. Ela foi feita somente para os discípulos da primeira igreja.
b. Os milagres ainda acontecem, mas podem assumir diferentes formas.
c. Os milagres não são sinais de que uma pessoa seja um verdadeiro discípulo; eles só acontecem quando são necessários para trazer os incrédulos a Cristo.
d. O fato em si de um incrédulo se arrepender e ter fé é um milagre maior do que estes.
Qual das sugestões acima pode ter sido a razão desta promessa? Você tem alguma outra explicação?
(6) Marcos afirma que Jesus “assentou-se à direita de Deus”. O que isso significa para você?
(7) Marcos encerra o seu relato do evangelho com o v. 20. O que esta última afirmação significa?
(8) O que você tem aprendido sobre o que significa seguir Jesus como um discípulo totalmente comprometido?
“Então,
os discípulos saíram e pregaram por toda parte; e o Senhor cooperava
com eles, confirmando-lhes a palavra com os sinais que a acompanhavam.” (NVI-PT) (Marcos 16:20)
Lucas usou o
livro de Atos para falar sobre a obediência dos discípulos à Grande
Comissão — ao difundirem o evangelho de Jerusalém até os confins do mundo por meio do poder do Espírito Santo. Marcos também usou o parágrafo final de seu
evangelho para falar sobre a obediência dos discípulos à Grande Comissão
— eles pregaram o evangelho enquanto "o Senhor cooperava com eles", confirmando o evangelho por meio de sinais e maravilhas.
A conclusão do livro de Atos nos mostra que a Grande Comissão é uma "Sinfonia Inacabada" que está esperando que nós prossigamos com o trabalho. A conclusão do Evangelho de Marcos nos deixa com o exemplo dos Apóstolos, o qual nós devemos imitar. Assim, ao
chegarmos ao final deste Evangelho de Marcos, usemos o seguinte hino
para refletir sobre a situação atual da Grande Comissão e sobre o nosso dever de
cumpri-la
As boas novas
Refrão
As boas-novas anunciai!
Que Deus nos ama, contentes, proclamai!1
Povo de Deus, cumpri o vosso encargo
De proclamar do nosso Deus o amor!
Pois ele, compassivo, não deseja
A perdição do pobre pecador.
2
Oh, contemplai milhares que perecem
Presos nas garras do pecado e mal,
Sem que haja quem, com pena, lhes indique
Cristo Jesus, Libertador real!
3
Não consintais que fiquem desgarradas
As almas pelas quais Jesus sofreu;
Haja cuidado que ninguém se perca
Por descuidarmos o mandado seu!
4
Disseminai entre as nações e tribos
Que o nosso Deus é o Deus do eterno amor;
Que ele deixou as glórias infinitas
Para salvar o mundo pecador.
5
Oh, consagrai os vossos bens e filhos
Pra difundir de Cristo a santa luz!
Com orações constantes, fervorosas,
Auxiliai a causa de Jesus!
6
Ei-lo que vem! Mas antes dessa vinda
Apregoai a graça e seu amor!
Que estejam prontos todos os remidos
Para aclamá-lo: Cristo! Redentor!
(Mary A. Thomson, 1834-1923)
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