Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Lucas 9:28–36

Nesta semana, continuaremos o nosso estudo do Evangelho de Lucas.

Por que Jesus escolheu somente os seus três discípulos mais próximos para experimentarem esse encontro incomum, especialmente à luz do que diz o versículo 9:27?

(1) Esse tipo de experiência espiritual precisa ocorrer num lugar especial, como esta alta montanha?

(2) O que significa "transfiguração" (vide Apocalipse 1:12-16)? Se você fosse um dos discípulos, como você teria se sentido ao ver Jesus em Sua forma transfigurada? Leia Isa. 53:2. Como você definiria a palavra “humildade” à luz da encarnação de Jesus?)

(3) Moisés foi o Legislador, e Elias com frequência era considerado um dos maiores (senão o maior) profeta. Qual a importância da presença de ambos aqui? Por estavam falando sobre a partida de Jesus (a palavra da língua original, aqui traduzida partida, é êxodo)?

(4) Embora as palavras de Pedro tenham sido motivadas pela pressa e pelo medo (Marcos 9:6), o que a sua sugestão de que fizessem tendas nos ensina sobre sua mentalidade?

(5) O Pai pronunciou palavras parecidas com aquelas que Ele havia usado no batismo de Jesus (vide Mat. 3:17), mas com uma diferença. Qual é essa diferença e como ela pode revelar o objetivo desta experiência espiritual incomum?

(6) Marcos (9:9) nos diz que foi Jesus quem os advertiu para não compartilharem essa experiência com os outros. Por quê? O que teria acontecido se eles tivessem compartilhado essa experiência com os outros nove discípulos? Como estes teriam se sentido?

(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?


Reflexão meditativa
Uma epifania

"Enquanto orava, a aparência de seu rosto se transformou, e suas roupas ficaram alvas e resplandecentes como o brilho de um relâmpago." (NVI-PT) (Lucas 9:29)

Quando experimentamos uma epifania divina, ela sempre chega de forma inesperada e é muito exigente. Observe como David Brainerd, o missionário pioneiro que trabalhou entre os índios de Nova Jersey, descreveu a sua experiência:
“Enquanto eu caminhava numa cova escura e densa, uma 'glória inefável' parecia se abrir diante da visão e compreensão de minha alma ... Foi uma nova compreensão ou visão interior que eu tive de Deus; como algo que nunca havia experimentado, da qual não tinha nenhuma lembrança de ter experimentado antes. Então parei, maravilhado e admirado ... Naquele momento, não tive nenhuma compreensão específica sobre uma das pessoas da Trindade, fosse ela do Pai, do Filho ou do Espírito Santo, mas parecia que o que estava vendo era glória divina e esplendor. E minha alma 'regozijou-se com alegria inefável' ao ver esse tipo de Deus, um ser divino tão glorioso, e dentro de mim eu me sentia contente e satisfeito por Ele ser Deus acima de todas as coisas para toda a eternidade. Minha alma ficou tão cativada e encantada com a excelência, a beleza e a grandeza e as demais perfeições de Deus que fui até absorvida por Ele, pelo menos tão absorvido que nem pensei, como me lembro a princípio, sobre a minha própria salvação, e dificilmente me lembrava que uma criatura como eu existia.

“Foi assim que o Senhor, creio eu, me levou a ter um desejo sincero de exaltá-Lo, de colocá-Lo no trono e de 'buscar primeiro o Seu Reino', isto é, antes de mais nada, de buscar a Sua honra e glória como Rei e soberano. do universo, o qual é o fundamento da religião de Jesus ... Eu me senti como se estivesse num novo mundo." (pp. 138-140)
Isso aconteceu no Dia do Senhor, no dia 12 de julho de 1739, quando ele tinha 21 anos. Dois meses depois, ele se inscreveu na universidade de Yale para se preparar para o ministério.

Quando Pedro teve o seu encontro divino na montanha da transfiguração (Mateus 17), sua primeria e apressada reação foi construir tendas para eles. Ele queria “preservar” a experiência, esquecendo-se de que os encontros divinos não são dados para serem preservados, mas para nos preparar para uma nova obediência (Mt 17:5). E foi assim que David Brainerd obedeceu e foi estudar na Yale, onde recebeu o seu treinamento; não, não me refiro à teologia que ele aprendeu, mas à sua experiência de ser expulso de Yale por causa de seu zelo por Cristo.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Lucas 9:37–45

(1) Descreva como teria sido a aparência de uma pessoa endemoninhada, ou o que ela poderia ter experimentado, como no caso deste memino.

(2) Por que o pai pediu ajuda aos discípulos? (Vide 9:1-2)

(3) Por que o pai não tinha desistido?

(4) O contexto das palavras de Jesus no versículo 9:41 é a rejeição geral do povo apesar dos muitos milagres que Jesus havia feito, a grande frequência de possessão demoníaca e a incapacidade dos discípulos de lidar com este caso específico. Você acha que Jesus diria o mesmo sobre a nossa geração atual? Por que ou por que não?

(5) Reflita sobre v. 42, comparando este demônio com outros demônios que estavam prestes a serem expulsos por Jesus (por exemplo, o que encontramos em 8:28 e ss.). Quão diferente era este? O resultado foi diferente?

(6) O que significa "E todos ficaram atônitos ante a grandeza de Deus"?

(7) Descreva o que os discípulos haviam testemunhado até aquele ponto com relação ao que as seguintes ações de Jesus revelam sobre a Sua identidade e poder:

a. curar os doentes

b. expulsar demônios

c. ressuscitar os mortos

d. enfrentar as disputas verbais e conspirações dos líderes religiosos

Houve uma só vez em que Ele não conseguiu manifestar Seu poder?
Houve uma só vez em que Ele capitulou diante dos líderes religiosos?

(8) Com isso em mente, que perguntas teriam surgido nas mentes dos discípulos quando Jesus disse: "O Filho do homem será traído e entregue nas mãos dos homens"?

(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Uma geração incrédula e perversa

"Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei com vocês e terei que suportá-los?" (NVI-PT) (Lucas 9:41)

É muito óbvio que a repreensão anterior de Jesus em Lucas 9:41 foi motivada pela incapacidade dos discípulos (isto é, os doze menos Pedro, João e Tiago, os quais haviam acompanhado Jesus até a montanha) de expulsar o demônio do menino. Mas embora Jesus tenha usado a frase "fé pequena" para descrever os discípulos (Mateus 17:20), ele acusou a Sua geração de ser totalmente incrédula e perversa (quer dizer, deturpada).

Sabemos que a resposta geral das pessoas continuava sendo uma de descrença, apesar dos muitos milagres que Jesus tinha feito (por exemplo, curar os enfermos, expulsar os demônios e até ressuscitar os mortos). Mais tarde, Jesus mencionaria especificamente a "tríplice cidade" de Cafarnaum, Corazin e Betsaida para denunciar sua falta de arrependimento (Mt. 11:20-24 e Lc. 10:12-16); no entanto, sabemos que essas cidades eram simplesmente um microcosmo da apatia espiritual da nação inteira de Israel. Que outra explicação existe para sua dureza de coração, não obstante os milagres que tinham testemunhado, além de suas mentes perversas — suas almas distorcidas?

Embora o Senhor tenha escolhido não manifestar esse tipo de milagres hoje, ou pelo menos não com a mesma frequência que vemos nos primeiros séculos, ao longo dos últimos dois mil anos temos visto o evangelho se espalhar de forma exponencial. Isso tem sido o fruto de testemunhas fiéis e do poder de Deus manifestado no próprio evangelho.

Infelizmente, as regiões onde o evangelho mais prosperou, a saber, a Europa Ocidental e a América do Norte, têm visto uma diminuição na fé em Jesus Cristo como "o caminho, a verdade e a vida" sem o qual "ninguém vem ao Pai" (João 14:6). Embora esse declínio tenha começado de forma lenta, ele tem se acelerado muito nos últimos anos. O que Jesus disse sobre a Sua geração com certeza descreve também a nossa—vivemos numa geração incrédula e perversa.

Os fariseus da época de Jesus eram tão perversos que disseram o seguinte sobre os milagres que Jesus realizou: “pelo príncipe dos demônios que ele expulsa demônios” (Mateus 9:34). E eles disseram isso só porque Jesus os havia reprendido por seus pecados, especialmente o pecado da hipocrisia.

Nos nossos dias, apesar de o ensino bíblico sobre o homosexualismo ser perfeitamente claro, e apesar de as consequências de praticar esses pecados serem inegáveis (Rm. 1:26-27), o mundo é tão perverso que também procura demonizar todos aqueles que defendem a Palavra de Deus. É nesse contexto que a Bíblia usa novamente a palavra “ímpio” para se referir a esse tipo de geração” (Rm. 1:27).

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Lucas 9:46–50

(1) Assim como Marcos, Lucas relata este argumento (9:46) sobre quem é o maior após (i) a transfiguração testemunhada pelos três apóstolos principais (9:28-36) e (ii) a repetição por parte de Jesus da afirmação sobre o Seu sofrimento e morte iminentes (9:22, 44).

a. Para Pedro, João e Tiago, qual tinha sido o propósito de eles terem testemunhado a transfiguração?

b. Qual pode ter sido o impacto dessa experiência neles, uma vez que eles também participaram da discussão?

c. O fato de Jesus ter enfatizado o Seu sofrimento e morte iminentes teve algum impacto sobre os discípulos? Por que ou por que não?

(2) Todos nós adoramos as crianças. Por que, então, Jesus sugeriu que, na verdade, temos dificuldade em “receber essas crianças”? O que significa receber? Em que circunstâncias não estaríamos dispostos a receber crianças? Por quê?

(3) Jesus diz: “aquele que entre vocês for o menor, este será o maior”. Portanto, você acha que, se nos esforçarmos muito para servir aos outros e sempre buscar ocupar o papel menos importante a fim de sermos os melhores, a nossa estratégia funcionará? Por que ou por que não?

(4) Como podemos cultivar uma atitude ou mentalidade de ser "o menor"?

(5) Quais teriam sido as razões de João por não ter “recebido” o homem que estava expulsando demônios em nome de Jesus?

(6) Sempre gostamos de dizer que ninguém pode adotar uma postura neutra com relação à maneira como tratamos Jesus Cristo. Se isso é verdade, como devemos entender o versículo 50?

(7) Qual pode ter sido a mensagem para João de Jesus ter nomeado 72 outras pessoas no versículo 10:1?

(8) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Não é um dos nossos?

" 'Não o impeçam', disse Jesus, 'pois quem não é contra vocês, é a favor de vocês."  (NVI-PT) (Lucas 9:50)

Sempre gostamos de dizer que, quando se trata de Cristo, não podemos tomar uma posição neutra: ou cremos nEle como nosso Senhor e Salvador, ou O rejeitamos e O expulsamos de nossas vidas. Ficar neutro é o mesmo que rejeitá-Lo.

Da mesma forma, uma pessoa pode estar dentro do Reino de Deus ou fora do Reino de Deus, mas não entre os dois. Portanto, quando Jesus elogiou o mestre da lei que concordou com Ele a respeito de qual dos mandamentos é o maior, dizendo: "Deus é único e ... não existe outro além dele ..." Ele lhe disse, "Você não está longe do Reino de Deus” (Mc. 12:34). Jesus não disse que ele estava dentro do reino, mas que ainda estava fora, pois ainda não acreditava em Jesus Cristo como Filho de Deus e não O aceitava como seu Senhor e Salvador.

Portanto, quando Jesus disse sobre o homem que estava expulsando demônios em Seu nome que "quem não é contra vocês, é a favor de vocês", Ele deu a entender que esse homem tinha acreditado nEle. Na verdade, como Paulo afirma em 1 Coríntios 12:3, “Por isso, eu lhes afirmo que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: 'Jesus seja amaldiçoado'; e ninguém pode dizer: 'Jesus é Senhor', a não ser pelo Espírito Santo".

Por outro lado, lemos em Atos 19 que certos judeus que tentaram invocar o nome do Senhor Jesus para expulsar espíritos imundos de um homem endemoninhado foram atacados por esses mesmos espíritos (Atos 19:13-16), uma vez que não pertenciam a Jesus.

Portanto, invocar o nome do Senhor Jesus não é uma prova de fé autêntica em Cristo, ou seja, não é uma evidência de que a pessoa realmente creu em Jesus como o Filho de Deus e depositou a sua fé somente em Sua obra redentora por meio de Sua morte e ressurreição. Nesta era de ecumenismo e diálogo ecumênico, devemos prestar atenção às palavras (anteriores) de Berkouwer de que “uma ecumenicidade que procura um denominador comum é uma forma fútil de conseguir a unidade”.

É verdade que temos certos pontos em comum com o Islã, assim como temos certos pontos em comum com o mormonismo; no entanto, a única coisa que realmente nos pode unir é a fé de que "Não há salvação em nenhum outro (isto é, fora de Cristo Jesus), pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12) e que "vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (NVI-PT). (Efésios 2:8-9)

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Lucas 9:51–62

(1) Lucas menciona que Jesus partiu "resolutamente" a Jerusalém. Ao usar essa palavra, Lucas sugere que não foi fácil para Jesus fazer isso e que havia coisas que poderiam ter influenciado a Sua "resolução". Quais podem ter sido essas coisas?

(2) À luz da discriminação dos judeus contra os samaritanos, por que Jesus visitaria esta cidade em Samaria?

(3) Qual foi a reação da população local? Por quê?

(4) Os samaritanos já haviam tido contato com Jesus (vide especialmente João 4:41-42). Por que desta vez eles O trataram assim?

(5) Você já se deparou com uma situação em que os cristãos estavam sendo rejeitados por motivos semelhantes?

(6) Qual foi a reação de João e Tiago? Pode-se justificar essa reação à luz do exemplo de Elias (vide 2 Reis 1)?

(7) Você consegue pensar em alguma situação atual que poderia provocar em você uma reação semelhante?

(8) Alguns manuscritos também incluem as seguintes palavras de reprovação de Jesus: "Vocês não sabem de que espécie de espírito vocês são" (NVI-PT). De que "espírito" eram João e Tiago?

(9) Por outro lado, Jesus disse: "o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las". Que tipo de "espírito" é Jesus?

(10) V. 57: Parece que este homem decidiu seguir Jesus voluntariamente; o homem enfatizou um aspecto especial de sua determinação. Qual foi esse aspecto? A julgar pela resposta de Jesus, você pode deduzir qual foi o aspecto do desafio de seguir Jesus que Jesus mesmo enfatizou?

(11) V. 59: Um segundo homem recebeu um convite de Jesus para segui-Lo, mas ele queria ir enterrar o seu pai “primeiro”. Você acha que a resposta de Jesus foi dura demais?

(12) Há pelo menos dois aspectos muito importantes que Jesus queria que o homem entendesse com relação ao que é necessário para “segui-Lo”? Quais poderiam ser esses dois aspectos?

(13) V. 61: Um terceiro homem expressou o seu desejo de segui-Lo, mas queria "primeiro" voltar para sua casa para se despedir. Mais uma vez, você acha que a resposta de Jesus foi desproporcional? De acordo com a avaliação de Jesus, o que significaria sua ação de se despidir?

(14) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Discípulos totalmente engajados (I) - Este mundo não é o nosso lar

"As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça." (NVI-PT) (Lucas 9:58)

O Evangelho de Lucas registra três incidentes diferentes nos quais parece que Jesus estabelece um padrão muito alto para aqueles que desejam segui-Lo. Nenhum desses três relatos nos diz se as pessoas acabaram seguindo Jesus. No entanto, o que o Evangelho de Lucas nos ensina claramente por meio das palavras de Jesus e das circunstâncias específicas de cada um dos três incidentes é o que significa seguir Jesus e o que é exigido de Seus discípulos. Deixe-me compartilhar os meus pensamentos sobre isso ao longo dos próximos três dias.

Hoje nos concentraremos na noção de que ser um discípulo totalmente engajado de Jesus significa que não consideraremos este mundo como o nosso lar: "As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça" (Lucas 9:58).

O Evangelho de Mateus nos diz que este homem que tomou a iniciativa de seguir a Cristo era um escriba; isso significa que ele tinha recebido uma rigorosa educação nas Escrituras e tinha muito zelo por Deus. Portanto, seu desejo de seguir Jesus não podia ser questionado, uma vez que ele teve que ignorar a hostilidade de suas colegas e anuncar publicamente a sua decisão.

Eu ficaria muito feliz se eu tivesse a oportunidade de guiar uma pessoa como ele a Cristo.

No entanto, parece que havia um aspecto específico de seguir Jesus que este homem talvez não tivesse contemplado quando fez a promessa ousada, "seguir-te-ei para onde quer que fores" (Lc. 9:57).

Foi por isso que Jesus respondeu com o exemplo das raposas e os pássaros. Esses animais têm em comum o fato de ambos terem um lugar que podem considerar o seu lar. Por mais primitiva e temporária que seja sua casa, nela eles pelo menos têm um sentido de segurança, pertencimento, descanso e permanência!

Por outro lado, Jesus nem tem onde reclinar a cabeça: isso não quer dizer que Ele vivia como vagabundo, mas que, em essência, não havia nenhum lugar que Ele pudesse considerar Sua casa enquanto estava na terra — um lugar de permanência, segurança, pertencimento e descanso.

A essência do que Ele diz a este escriba, e a todos os que desejam segui-Lo, é que eles não podem estar em casa neste mundo. Isso é precisamente o que os exemplos das pessoas de fé mencionadas em Hebreus 11:9-16 nos ensinam:

"Pela fé (Abraão) peregrinou na terra prometida (mas) como se estivesse em terra estranha; viveu em tendas... Pois ele esperava a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus... (Abraão e Isaque, etc.) Se estivessem pensando naquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Em vez disso, esperavam eles uma pátria melhor, isto é, a pátria celestial. Por essa razão Deus não se envergonha de ser chamado o Deus deles, e lhes preparou uma cidade."

E essa realidade não só era deles; é a realidade de cada um de nós que seguimos Jesus.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Lucas 10:1–12

(1) Jesus já tinha nomeado (em Lucas 9:1) os Doze para serem os Seus Apóstolos (uma palavra que significa enviado). Por que ele também nomeou e enviou mais 72 pessoas? (vide 10:2)

(2) O que eles deviam fazer, e o que eram capazes de fazer? (vide 10:17)

(3) Qual pode ter sido a mensagem que Jesus procurava transmitir aos Doze originais?

(4) Quem é "o Senhor da colheita"? Por que Jesus nos ensinaria que devemos pedir para Ele enviar trabalhadores? Qual seria o resultado de fazer esse pedido? Você já fez? Por que ou por que não?

(5) As instruções que Jesus deu aos 72 são muito parecidos com as que já tinha dado aos Doze no capítulo 9:3-5, mas aqui Ele acrescenta os seguintes detalhes:

a. Eles estavam sendo enviandos como cordeiros entre lobos. Se alguém enviasse cordeiros entre lobos, os cordeiros teriam alguma chance de sobrevivência? Estes discípulos sobreviveram à sua missão? Qual poderia ser a mensagem disso para nós hoje?

b. Não há dúvida de que o ministério do evangelho é um ministério de fé; no entanto, Jesus acrescenta a seguinte instrução: "não saúdem ninguém pelo caminho" (10:4). Como isso faz eco do que Jesus tinha dito aos três homens que queriam ser Seus discípulos (9:57-62)?

(6) Jesus também lhes disse que, ao entrarem numa casa, eles deviam dizer "Paz" (10:5). É óbvio que com isso Jesus não estava se referindo a uma saudação superficial, mas a uma saudação que imputava a paz divina.

a. O que é esta paz? (vide João 20:19-20; 14:27)

b. Parece que nem todos os que os acolheriam poderiam receber esta paz; Eles só poderiam recebê-la se "houver ali um homem de paz". A quem se referem estas palavras?

(7) O que eles deviam fazer com as aldeias que não os acolhessem? O que esse ato simbolizava? Mesmo assim, por que eles deviam lembrar a essas aldeias que "o Reino de Deus está próximo de vocês"?

(8) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Discípulos Totalmente
Engajados (II) - Pessoas com uma Missão

"Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu, vai e anuncia o Reino de Deus" (NVI-PT). (Lucas 9:60)

Ao contrário do escriba que consideramos ontem, este indivíduo foi chamado por Jesus. Esse detalhe é importante, uma vez que o fato de Jesus chamar uma pessoa significa que, de acordo com a Sua perspectiva, aquela pessoa já está pronta.

Portanto, se você for chamado por Deus, quer seja para segui-Lo, para responder ao Seu chamado para o ministério do evangelho em tempo integral, ou para realizar alguma tarefa específica, isso significa que Ele considera que você já está pronto para responder; não há desculpa para você adiar a sua obediência. Esse foi o caso do homem sobre o qual lemos hoje.

Esse homem não estava disposto a atender ao chamado de Jesus para segui-Lo porque pensava que ainda tinha assuntos pendentes para resolver; e não se tratava de um assunto qualquer - ele precisava enterrar seu pai.

Os comentaristas nos dizem que os judeus "enterravam seus mortos sem demora; se havia tempo suficiente, eles o fizeram no mesmo dia, ou, quando muito, no dia seguinte" (Lenski, Mateus, 561). Portanto, o prazo que esse homem solicitou não teria sido muito longo. Além disso, o homem provavelmente tinha uma mãe enlutada que precisava desesperadamente de sua presença, e qualquer cultura consideraria a presença com a mãe nesse momento como uma simples questão de piedade filial básica. Mas apesar disso, Jesus disse: "Deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos; você, porém, vá e proclame o Reino de Deus" (Lucas 9:60).

Consideremos a resposta de Jesus com mais cuidado. Ele está nos dizendo que na vida existem basicamente dois tipos de pessoas, a saber, aquelas que estão espiritualmente mortas (mesmo que estejam fisicamente vivas) e aquelas que estão espiritualmente vivas.

Como esta pessoa sabia que ele pertencia ao segundo grupo? Bom, se ele foi sincero quando chamou Jesus de "Senhor", ele pertencia ao segundo grupo, quer dizer, ele era um daqueles que têm a vida eterna. Por isso, ele precisava viver de forma diferente dos outros.

Mas como ele podia fazer isso?

E a resposta de Jesus foi a seguinte: “Proclame o reino de Deus”.

Em outras palavras, aqueles que estão espiritualmente vivos têm uma missão e vivem para uma missão! Ninguém que está vivo espiritualmente vive para seu próprio bem, sem ter uma missão. Foi-nos dada a vida eterna a fim de que proclamássemos o Reino de Deus. Se não temos um sentido de missão, realmente não estamos seguindo Jesus; não somos os Seus discípulos!

Sabemos que o escocês Eric Liddell perdeu a oportunidade de competir nas Olimpíadas porque a competição foi realizada no Dia do Senhor. Talvez você também saiba que, mesmo depois de ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos na corrida de 400 metros, mais tarde ele entregou sua vida para ser um missionário na China.

Ele tinha uma relação muito próxima com os seus pais, que também eram missionários, mas a saúde precária não os deixara permanecer na China. Eric Liddell teve a oportunidade de passar seu primeiro ano de licença em casa e estar com seus pais antes de voltar a Tianjin.

Mas um dia, ele teve uma experiência muito incomum. Ele sentiu como se o seu pai estivesse ao seu lado, e na manhã seguinte, enquanto ele tomava o café da manhã, ele recebeu a notícia de que seu pai tinha falecido repentinamente.

Eric ficou cheio de tristeza e não conseguia evitar o pensamento de que se o Senhor tivesse levado o seu pai ao lar celestial enquanto ele ainda estava na Escócia, ele teria estado com ele até os seus últimos momentos de vida. Ele também teria estado presente para reconfortar a sua mãe!

Em outras palavras, ele estava lutando com as mesmas emoções que este segundo homem que queria enterrar o seu pai primeiro. Mas Eric acreditava que Deus sempre tem um propósito; por isso, depois de ele recuperar a calma o suficiente para refletir sobre esses eventos na presença de Deus, ele entendeu que se o seu pai tivesse morrido enquanto ele ainda estava na Escócia, ele possivelmente nunca teria voltado para a China.

Ela também entendeu que, embora amasse muito a mãe, seu irmão e irmã mais novos moravam perto dela, e eles podiam reconfortar e cuidar da mãe idosa. Embora ele não tenha conseguido voltar para enterrar seu pai, mais tarde recebeu uma carta que seu pai lhe enviara antes de sua morte, e finalmente entendeu que sua missão era continuar onde seu pai havia parado, proclamando o Reino de Deus na China!

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Lucas 10:13–24

Cafarnaum, Corazim e Betsaida funcionavam como uma espécie de "tríplice cidade" a oeste do Mar da Galiléia. Cafarnaum era a maior das três, uma vez que ficava perto da estrada principal para Damasco. De acordo com Mateus 11:20, apesar de Jesus ter realizado a maioria dos seus milagres nesta região, elas não acreditaram nEle.

(1) Consulte os capítulos 26 e 28 de Ezequiel para ter uma ideia de como havia sido o pecado e o juízo de Deus sobre Tiro e Sidom no Velho Testamento. (Você talvez queira fazer uma leitura rápida desses dois capítulos.)

(2) Qual foi o propósito de Jesus ao comparar as duas cidades judaicas, Corazim e Betsaida, com essas duas antigas cidades gentias?

(3) É óbvio que a cidade Cafarnaum pensava muito bem de si mesma, talvez por causa de sua prosperidade e sua grande sinagoga. Jesus frequentava esta cidade e a considerava Sua própria cidade (Mt 9:1). De acordo com Jesus, qual foi a razão de sua queda?

(4) Qual foi o resultado da "viagem missionária de curto prazo" dos 72?

(5) Por que Jesus disse: “Alegrem-se, não porque os espíritos se submetem a vocês, mas porque seus nomes estão escritos nos céus.”?

(6) Portanto, qual foi a razão pela qual Jesus “exult[ou] no Espírito Santo” (10:21)? Diante disso, como podemos alegrar o nosso Senhor Jesus?

(7) Que lição (ou lições) podemos aprender disso com relação às nossas prioridades e sobre aquilo que focamos nos nossos ministérios na igreja?

(8) Responda às seguintes perguntas com base no contexto imediato deste capítulo (10:1-20):

a. Quais eram os sábios e cultos (dos quais Deus escondeu Suas coisas)?

b. Quais eram os pequeninos (aos quais Deus revelou Suas coisas ocultas)?

(9) O v. 23 explica que a revelação do Pai é uma prerrogativa que pertence somente ao Filho. À luz disso, qual é a base sobre a qual o Filho escolhe revelar o Pai?

(10) Jesus já revelou o Pai a você? (10:22)

(11) A que Jesus estava se referindo quando Ele chamou os Seus discípulos de "felizes"?

(12) Nesse caso, nós somos menos ou mais abençoados do que esses discípulos? Por quê? (vide João 20:29)

(13) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Discípulos Totalmente
Engajados (III) - Não há volta atrás

"Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus" (NVI-PT). (Lucas 9:62)

Não sabemos se este terceiro homem tinha decidido seguir a Cristo por sua própria iniciativa, como o primeiro homem, ou se Jesus o tinha chamado, como no caso do segundo homem. Mas isso realmente não importa, uma vez que todos aqueles que seguem Jesus o fazem em resposta ao chamado interno do Espírito Santo. Embora as circunstâncias e o momento talvez sejam diferentes, em última análise, é o Espírito Santo que brandamente (e em alguns casos, energicamente) nos impulsiona a seguir Jesus. Portanto, este terceiro homem de fato havia recebido um chamado para seguir Jesus, ao qual ele respondeu: "Mas deixa-me primeiro voltar e despidir-me de minha família" (Lc. 9:61).

Mais uma vez, esse pedido parecia perfeitamente apropriado, especialmente na cultura oriental. Trata-se de algo que se espera de todos os filhos, até mesmo na nossa cultura atual! Mas apesar disso, Jesus o acusou de "olhar para trás"!

Deixe-me falar sobre o meu próprio fracasso nesta área:

tinha sido contador por 21 anos quando ouvi o chamado de Deus para me dedicar ao ministério de tempo integral. Eu amava o meu trabalho e era orgulhoso do meu desempenho. Por isso, depois de ter deixado o meu emprego para estudar em tempo integral num seminário, refleti sobre o que faria durante as férias de verão.

Eu tinha trabalhado num negócio de automóveis e tinha alguns contatos que trabalhavam em Detroit. Achei que não seria uma má ideia contatá-los para ver se havia algum emprego disponível para eu trabalhar durante o verão e ganhar um pouco mais de dinheiro para pagar os meus estudos no seminário. Acontece que um dos meus colegas de faculdade que não era cristão me convidou para almoçar (se bem me lembro). Enquanto comíamos, mencionei casualmente o meu plano de encontrar um emprego de verão em Detroit. Para minha surpresa, ele disse com uma expressão muito séria: "Paul, não olhe para trás!"

Eu me senti muito envergonhado. Embora se tratasse de um simples emprego de verão, eu sabia no fundo que o que me estava chamando de volta era o meu orgulho, o meu amor pela minha carreira anterior e (como diriam os empresários) a gasolina que corria nas minhas veias!

De fato, "Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus". (Lucas 9:62)

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Lucas 10:25-37

(1) Por que o especialista pôs Jesus à prova com a pergunta: "O que preciso fazer para herdar a vida eterna?"

a. Que tipo de prova foi esta?

b. Que tipo de resposta ele esperava receber de Jesus? (Nota: na opinião de homens como ele, Jesus tinha violado a lei repetidamente, especialmente as regras que governam o uso do Sábado.)

c. Em que sentido ele tinha razão ao fazer essa pergunta?

d. O que tinha de errado com a sua pergunta?

(2) Talvez para sua surpresa, Jesus dirigiu sua atenção para a Lei. O especialista na Lei citou corretamente Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18, duas passagens que resumem a essência de “Toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:40). :

a. Por que Jesus disse "faça isso, e viverá"?

b. Jesus estava defendendo a salvação pelas obras?

c. Existe alguém capaz de "fazer isso" de forma genuína e plena?

(3) É óbvio que o que tinha levado o especialista na Lei a fazer essa pergunta não foi a humildade ou a fé, mas seu desejo de pôr Jesus à prova, e talvez até mesmo pegá-Lo numa armadilha. No entanto, Jesus, como Ele sempre fazia, tomou o controle do diálogo, algo do qual este especialista do Direito não gostou muito:

a. Por que ele levantou a questão de quem era o seu próximo?

b. Na mente dele, quem era o seu próximo?

c. Na mente dele, quem não era o seu próximo?

(4) A parábola narrada nos versos 30-36 é bem conhecida:

a. Como essa parábola era Sua resposta à pergunta sobre quem era o seu próximo?

b. Como essa parábola desafiou a noção desse especialista na Lei sobre quem não era o seu próximo?

c. A pergunta que Jesus fez no final da parábola é interessante:

  1. Será que Jesus não deveria ter perguntado: "Qual destes três você acha que considerou o homem como seu próximo...?"? Por que ou por que não?
  2. Por que Jesus perguntou em vez disso: "Qual destes três você acha que foi o próximo (do homem)?"? (v.36)
  3. Parece que o foco de Jesus não é a pergunta "quem é o nosso próximo?" mas na instrução "seja o próximo dos outros!" Como essa abordagem revela o verdadeiro significado da instrução "Ame o seu próximo como a si mesmo" ?

d. Com qual dos personagens da parábola você mais se identifica?

e. Qual dos personagens da parábola foi mais impactante para você? Por quê?

(5) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Seja o
próximo dos outros

Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” (NVI-PT) (Lucas 10:36)

A história do Bom Samaritano é muito conhecido. Até mesmo os não-cristãos conhecem o termo "bom samaritano", até mesmo aqueles que não conhecem a história de onde vem o termo. No entanto, devido à sua interpretação popular, tem-se dito que a moral desta parábola é que devemos ajudar os necessitados. Embora seja certo que devemos ajudar os necessitados, o significado da parábola vai muito além disso.

O contexto desta parábola é uma conversa entre Jesus e um especialista na Lei que perguntou: "Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?" Seu propósito ao fazer essa pergunta foi pôr Jesus à prova; isso significa que ele provavelmente esperava que a resposta de Jesus ignorasse ou até mesmo espezinhasse a Lei de Moisés. Para sua surpresa, Jesus defendeu a Lei de Moisés, afirmando a noção dos judeus de que Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18 contêm a essência de “toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:40).

No entanto, Jesus está longe de afirmar que a vida eterna possa ser obtida por meio das obras, uma vez que ninguém consegue cumprir todas as leis de forma genuína e plena, muito menos a essência da Lei de Moisés, em todos os momentos. Tiago o expressa claramente: "Pois quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente" (Tiago 2:10).

Portanto, o que Jesus procura fazer por meio de sua ordem: "faça isso e você viverá (uma referência à vida eterna)" é mostrar a insuficiência e a futilidade de confiar na observância da lei para obter a vida eterna.

No entanto, fiel à sua mentalidade moralista, este especialista na Lei, que pensava ter cumprido os requisitos de Deuteronômio 6:5 mediante sua estrita observância das leis ritualísticas, também sabia que havia pessoas de quem não gostava ou quem ele considerava indignas de seu amor. É por isso que ele procurou desafiar Jesus ou esclarecer quem realmente eram os "próximos" a quem ele precisava amar para ganhar a vida eterna.

Para sua grande surpresa, Jesus contou a ele (e à multidão) esta parábola a fim de mostrar-lhes a futilidade de sua fé, a qual dependia da observância da lei como um meio de ganhar a vida eterna. O sacerdote e o levita (I believe this should be singular, cf. the parable) representam esse tipo de fé, e sua negligência para com a vítima revela sua total falta de amor, tanto para com os homens quanto para com Deus. Por outro lado, o odiado samaritano (que também era adorador de Javé, embora se baseasse no seu Pentateuco samaritano) demonstra uma fé que satisfaz plenamente os requisitos da lei. O samaritano da parábola ama aqueles que o discriminam ou até mesmo o odeiam. Esse tipo de amor só vem de Deus ou de alguém que ama a Deus em primeiro lugar.

Um exemplo disso é a vida de Nelson Mandela. Como foi possível que esse homem fosse capaz de perdoar aqueles que o aprisionaram? De acordo com Chuck Colson, que conheceu Mandela pessoalmente, ele foi capaz de fazê-lo porque tinha conhecido Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal enquanto estava na prisão.

Portanto, a moral da parábola do bom samaritano não é somente que é necessário ajudar os necessitados, mas que é necessário conhecer o Deus do amor e amar como Deus ama; isso significa amar até mesmo os nossos inimigos. Por sermos filhos de Deus que conhecem e amam o Pai, não escolhemos aqueles que consideramos dignos de serem os nossos próximos (e, consequentemente, dignos do nosso amor); buscamos ser o próximo digno de todos.