(1) Os apóstolos receberam 40 dias de treinamento de Jesus e logo aprenderam a esperar e orar; mas depois disso eles viram os resultados: o milagroso batismo do Espírito e a conversão instantânea de milhares de pessoas. Agora, eles até têm a ousadia de ir ao templo. Como João e Pedro se sentiriam quando foram detidos? Eles estavam preparados para isso?
Anteriormente, os discípulos estavam com medo (Pedro havia negado Jesus três vezes diante destas mesmas pessoas), mas agora eles não estão. Por quê?
(2) A ausência do corpo de Jesus deve ter sido uma circunstância muito inquietante para os líderes religiosos. O que esses líderes religiosos teriam pensado quando souberam que os apóstolos haviam saído de seu esconderijo, e quando escutaram sobre o milagre no Pentecostes, o número crescente de discípulos e agora, o desafio flagrante dos apóstolos, os quais não só estavam adorando no templo como se nada tivesse acontecido, mas também estavam curando e pregando como se estivessem no seu próprio território? É claro que quando estes homens perguntaram “Com que poder ou em nome de quem vocês fizeram isso?” (4:7), eles já sabiam a resposta. Por que, então, eles fizeram essa pergunta aos apóstolos? Quais eram suas intenções?
(3) Reflita sobre a resposta de Pedro:
a. Que expressão ele usou para se referir à ação de curar o coxo?
b. Como esperado, Pedro explicou que o havia curado em nome de Jesus, destacando o seguinte:
- Jesus é de Nazaré.
- Ele é o Cristo (isto é, o Messias).
- Eles O crucificaram.
- Deus O ressuscitou dos mortos.
- A profecia de Salmo 118:22 foi cumprida.
Imagine que você fosse um dos céticos entre esses ouvintes. Você teria alguma base para refutar o argumento de Pedro? Por que ou por que não?
(4) Embora os fatos acima sejam indiscutíveis, como Pedro pôde ligá-los diretamente às seguintes declarações que ele faz no v. 12?
a. Não há salvação em nenhum outro.
b. Não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos.
(5) À luz disso, que resposta devemos dar às outras religiões, como quando as pessoas nos dizem que "todas as religiões são iguais"?
(6) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Em minha opinião, Atos 4 é um capítulo muito interessante, uma vez que esses coitados líderes religiosos foram confrontados com seu crime. Eles pensavam que haviam acabado com Jesus para sempre. Dificilmente teriam esperado que Ele realmente ressuscitaria. Pior ainda, eles agora estavam sendo confrontados por seus discípulos, aqueles "homens comuns e sem instrução" (Atos 4:13).
Como mencionei no estudo da Bíblia acima, a ausência do corpo de Jesus deve ter sido uma circunstância muito inquietante para esses líderes religiosos. O que eles teriam pensado quando souberam que os apóstolos haviam saído de seu esconderijo e escutaram sobre o milagre no Pentecostes, o número crescente de discípulos e agora, o desafio flagrante dos apóstolos, os quais não só estavam adorando no templo, como se nada tivesse acontecido, mas também estavam curando e pregando, como se estivessem no seu próprio território? É claro que quando estes homens perguntaram “Com que poder ou em nome de quem vocês fizeram isso?” (4:7), eles já sabiam a resposta. Por que, então, eles fizeram essa pergunta aos apóstolos? Bem, que outra pergunta eles poderiam fazer? Que outra coisa eles poderiam dizer? Que outra coisa eles poderiam fazer?
Na verdade, eles só tinham duas opções. Uma era submeter-se à persuasão que o Espírito Santo estava fazendo em seus corações. A evidência era inegável: eles tinham matado o Autor da vida; eles tinham rejeitado a "pedra". Agora, com a simples menção do nome de Jesus, um coxo havia sido curado. De forma contundente, Pedro afirmava que "debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12). Infelizmente, eles não consideravam que a decisão de se arrepender e ser salvo por esse nome fosse uma opção viável para eles. Assim, a única opção que restou foi “Resistir ao aguilhão” (Atos 26:14). E foi isso o que eles fizeram.
Ao longo dos séculos, muitos têm optado por "resistir ao aguilhão", não só aqueles que têm perseguido os cristãos, mas também aqueles chamados cristãos que negam que Jesus é o único nome pelo qual devamos ser salvos. Se você tomar o tempo para estudar as biografias de alguns dos mais importantes líderes cristãos liberais, descobrirá que muitos deles são filhos ou netos de missionários que deram suas vidas para alcançar os perdidos em terras totalmente estranhas com a mesma mensagem que Pedro pregou. Mas hoje em dia, muitos dos filhos e netos desses missionários negam que Jesus seja o único caminho para a salvação.
No domingo passado, antes de ir à igreja, escutei o Réquiem de Brahms, um dos meus compositores prediletos. Claro, de uma perspectiva teológica, eu realmente não gosto da música dos réquiens, porque sempre começa com (should the original read "begins with"?) uma oração pelos mortos. Mas Brahms rejeitou esse costume. Infelizmente, ele não o rejeitou porque tinha sido criado como um protestante, mas porque não acreditava na vida após a morte. Aliás, ele nem mesmo acreditava que Jesus era o único Salvador do mundo. Foi por isso que ele omitiu deliberadamente o nome de Cristo do texto de seu Réquiem. Brahms permaneceu intransigente quando foi confrontado pelo diretor Reinthaler . Certas árias, como a que diz "Eu sei que meu Redentor vive ", foram inseridas posteriormente por Reinthaler no Requiem Alemão de Brahms, quem tinha comentado a Reinthaler: "Eu suprimiria certas passagens, como João 3:16". Numa de suas cartas, Dvořák expressou sua preocupação com as noções religiosas de Brahms: “Que homem, que alma excelente, mas ele não acredita em nada! Ele não acredita em nada!” De fato, a coisa mais triste é que ele não acreditava em Jesus Cristo.
(1) Com base na descrição de sua deliberação que encontramos no v. 13, você percebe qual era o problema central desses líderes religiosos?
(2) Na opinião desses líderes, que tipo de pessoa seria qualificada o suficiente para ensinar a palavra de Deus e ser usada por Deus para realizar milagres? Até que ponto essa opinião problemática ainda é compartilhada entre os cristãos, inclusive por você?
(3) Por que esses acusadores "nada podiam dizer", de acordo com o v. 14?
(4) Na geração atual, onde existe certa desconfiança por parte do mundo com respeito aos cristãos evangélicos, o que é a única coisa que pode deixar os céticos “sem nada a dizer”?
(5) A multidão tinha testemunhado o milagre, e esses líderes religiosos também o reconheciam. No entanto, suas reações foram muito diferentes. Por quê? Diante disso, que atitude você deve ter com relação aos milagres?
(6) A famosa declaração de João e Pedro, "Julguem os senhores mesmos se é justo aos olhos de Deus obedecer aos senhores e não a Deus" merece a nossa reflexão:
a. Qual era a ordem que os líderes estavam pedindo que eles obedecessem?
b. Como isso estava em desacordo com o que Deus tinha pedido que eles obedecessem?
c. Em nossos dias, muitas das coisas que nossa cultura nos impõe (seja na escola, no trabalho ou na sociedade) não estão de acordo com o que Deus nos diz. Você pode citar três exemplos disso e pensar em como poderia aplicar o princípio acima mencionado?
d. Qual seria um exemplo de algo que as "leis" de nosso país nos impõem, mas que constitui uma violação flagrante das Escrituras? Como podemos aprender com Pedro e João a respeito disso?
(7) Por que eles deixaram Pedro e João irem?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Há uma percepção crescente entre os cristãos de que a verdade deve ser defendida contra ataques cada vez mais flagrantes contra os princípios bíblicos; esses ataques provêm da sociedade secular, e às vezes até do governo, especialmente em assuntos ligados ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e ao aborto. Isso é bom no sentido de que os cristãos não estão adotando mais uma atitude de indiferença, como se isso não tivesse nada a ver conosco, e como se a reação adequada fosse esconder-nos dentro das quatro paredes da igreja. Realmente não importa se as nações da América do Norte foram ou não estabelecidas originalmente sob a autoridade de Deus. Nós somos a voz profética que precisa ser ouvida, a fim de alertar as nações e guiá-las em direção a Deus.
Junto com nossas manifestações de preocupação com todas essas iniciativas opressivas e / ou leis por parte do governo, tenho descoberto outra voz de preocupação igualmente visível com relação à possibilidade de a igreja perder sua situação de isenção fiscal. Isso me parece muito interessante, uma vez que isso nunca teria sido uma das preocupações dos primeiros crentes, os mesmos que nos ensinaram a obedecer a Deus em vez dos homens (Atos 4:19). Eles nunca desfrutaram desse privilégio, nem teriam sonhado com tal possibilidade. Tenho visto que essa preocupação, na verdade, reflete uma atitude muito errada para com Deus e o que nós Lhe oferecemos. Será que estamos preocupados que a revogação dessa isenção de impostos mergulhe todas as igrejas numa crise financeira? Ou, em vez disso, estamos preocupados em não poder fazer deduções para reduzir o nosso lucro tributável? Eu ficaria muito satisfeito se essa isenção fosse revogada, porque assim as nossas ofertas seriam mais genuínas.
Ao longo dos últimos anos, tenho visto um grupo de irmãos e irmãs doar uma quantia considerável para ajudar a alcançar os muçulmanos para Cristo em certa cidade fora da América do Norte. Devido às circunstâncias na região onde o ministério está localizado, não são emitidos recibos de isenção de impostos; no entanto, isso não os impediu de continuar com suas doações regulares e consideráveis. Isso, de fato, é uma expressão verdadeira de nossa obediência a Deus.
A reação da igreja primitiva diante do relato de Pedro e João nos dá uma ideia de como era a sua vida corporativa:
(1) Qual foi a resposta imediata da igreja diante do relato de Pedro e João? Como (não o quê) eles oraram?
(2) Você consegue dividir suas orações em subdivisões significativas?
a. V. 24 é uma expressão de adoração: por que sua reação ao ouvir o relato começa com adoração, e por que eles focalizam sua atenção na soberania de Deus?
b. Vv. 25-26 são uma citação de Salmo 2:1-2: Como eles relacionaram, ponto por ponto, os eventos deste Salmo com aqueles descritos nos vv. 27-28? Qual foi sua conclusão ao fazerem eco de sua adoração?
c. Os vv. 29-30 contém seu pedido: Antes de ler qual foi o pedido deles, pense sobre o que você provavelmente teria pedido se estivesse nas mesmas circunstâncias. Compare o seu pedido com o da igreja primitiva. O que você pode aprender do exemplo do pedido desses irmãos?
(3) O que você pode aprender do formato e do conteúdo de sua oração?
(4) Qual foi o resultado da oração?
(5) Você baseou sua resposta à pergunta anterior no fenômeno que ocorreu posteriormente, ou na confiança com a qual começaram a falar? Qual dos dois é mais o importante?
(6) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Embora eu tenha conhecido alguns cristãos perseguidos ao longo de minha vida, eu mesmo nunca sofri perseguição. É verdade que já fui ridicularizado, xingado e até expulso de uma casa com uma vassoura, mas em comparação com o que Pedro, João e outros discípulos enfrentaram, eu nem diria que isso foi perseguição. Fiquei realmente surpreso quando li sobre a coragem e alegria que esses apóstolos tiveram em Atos 4. O que também foi realmente incrível foi a maneira como a igreja orou após a prisão e libertação de João e Pedro.
Muitas vezes me pergunto o que teria orado se estivesse na situação deles. É claro, eu teria dado graças pela libertação dos discípulos, e talvez até mesmo teria imitado seu louvor e ações de graças a Deus. Mas o que eu teria orado a respeito do futuro? Eu provavelmente teria orado algo assim: "Senhor, protege-nos e livra-nos da perseguição". Mas estes primeiros discípulos oraram: "concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra" (Atos 4:29).
Toda a ousadia? Esses discípulos achavam que não eram ousados o suficiente! Seu foco não estava em si mesmos ou em sua segurança; seu foco principal era proclamar a palavra de Deus, a fim de propagar o evangelho. Seu desejo era ver o evangelho difundido ainda mais; foi por isso que eles oraram por mais ousadia.
Com frequência nos perguntamos por que a igreja hoje é tão fraca. Também nos perguntamos frequentemente por que o nosso evangelismo é tão ineficaz. Acho que é hora de você e eu aprendermos a orar como os primeiros discípulos oravam.
(1) O que significa ser de uma “mente e um o coração”? De que maneira nós como cristãos podemos expressar nossa unidade de coração e alma? Pense em pelo menos três ocasiões em que você percebeu essa unidade na igreja.
(2) Algumas versões da NIV em inglês incluem a frase "de vez em quando" no versículo 34. Embora essa frase seja mais uma paráfrase do que uma tradução literal, ela salienta corretamente a possibilidade de que os crentes não tenham vendido tudo o que tinham, mas que tivessem a prática de vender algumas ou todas as suas posses conforme a necessidade surgia e conforme eram movidos pelo Espírito Santo. No entanto, podemos afirmar as seguintes verdades:
a. Nenhum deles reclamava como seu o que ele possuía.
b. Eles compartilhavam tudo o que possuíam.
c. Não havia entre eles pessoas necessitadas.
d. De vez em quando, quer dizer, continuamente, os crentes vendiam parte ou todos os seus bens e entregavam o valor recebido nas mãos dos apóstolos.
e. Os apóstolos distribuíram a cada um de acordo com a sua necessidade.
Quais podem ter sido os motivos que estavam por trás de tais ações? Faça uma lista com pelo menos três.
Entre os motivos que você listou (os quais podem incluir sua expectativa de que Jesus voltaria imediatamente, seu amor genuíno um pelo outro, ou sua compreensão de que nada do que eles tinham realmente era de Deus e não deles), qual pode ser o motivo mais importante, o qual você deve também aprender a ter?
(3) Como já sabemos, esses apóstolos também eram humanos; portanto, eles também poderiam cometer erros, como serem manipulados por falsas alegações de necessidade (de fato, eles foram negligentes no assunto do cuidado das viúvas, como vemos no Capítulo 6). Por que, então, as pessoas continuariam vendendo seus bens e confiando-os (como Barnabé) aos apóstolos? Por que eles não se preocupavam com um possível abuso? O que você pode aprender com eles sobre sua própria atitude em relação ao seguinte?
a. o dízimo
b. a maneira como você administra os seus bens
(4) Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Acho interessante notar que, repetidamente, os apóstolos foram etiquetados pelo povo de Jerusalém como pessoas que não mereciam respeito.
Quando os apóstolos ficaram cheios do Espírito e falaram em línguas no dia de Pentecostes, a multidão certamente ficou maravilhada, mas a razão pela qual ficou ainda mais maravilhada (na verdade, "totalmente maravilhada") é evidente em sua pergunta: "Não são galileus todos esses homens que estão falando?" (ARC) (Atos 2:7).
Mais tarde, quando viram que Pedro e João eram capazes de fazer milagres, os religiosos comentaram que eles eram "homens sem letras e indoutos" (4:13).
Mas na medida em que milhares de pessoas começaram a crer em sua mensagem, também começaram a se dedicar aos ensinamentos desses apóstolos não eruditos (2:42). Esta é uma prova clara de sua conversão: eles não estavam confiando na sabedoria humana, mas na própria Palavra de Deus que o Senhor Jesus lhes havia transmitido. Isso não é muito surpreendente para mim.
O que realmente me surpreende é que eles tinham a prática de compartilhar todos os bens, e que vendiam seus bens, inclusive propriedades, e “trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos” (ARC) (Atos 4:37).
Para mim, não seria difícil me submeter à autoridade espiritual desses apóstolos; nem seria difícil seguir seus ensinamentos; mas confiar-lhes dinheiro, e muito dinheiro, seria outra história. Esses homens eram meros galileus; não tinham educação e nenhuma experiência no comércio. Nenhum deles tinha nada parecido com um mestrado em administração de empresas. Como eles saberiam como administrar uma quantia tão grande de dinheiro (que provinha da venda de várias propriedades)? Como eles poderiam desenvolver medidas sábias para evitar abusos, uma vez que "repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha" (Atos 4:35)?
E eles de fato cometeram um erro até mesmo no manejo equitativo da distribuição diária de alimentos às viúvas que havia entre eles.
No entanto, ninguém ficou desanimado; as pessoas continuaram vendendo seus bens, conforme eram guiados pelo Espírito Santo.
Acho que uma grande lição que devemos aprender é que, em última análise, nossas ofertas não são dadas aos homens, nem aos líderes, nem à igreja, mas a Deus e a Deus somente.
Tenho visto cristãos desviarem ou reterem as ofertas da igreja porque não gostavam dos líderes ou porque não estavam de acordo com o orçamento que tinha sido aprovado. Eles queriam estar no controle de sua oferta, sem saber que o dinherio, depois de ser oferecido, não pertence mais a eles, mas a Deus.
(1) Você acha que Ananias e sua esposa eram crentes genuínos? Por que ou por que não?
(2) Não sabemos quanto do lucro da venda eles retiveram; talvez não muito, uma vez que todos teriam uma noção geral dos preços pelos quais as propriedades eram vendidas. Em qualquer caso, qual teria sido seu motivo para dar como oferta à igreja uma quantia que provavelmente era considerável?
(3) Qual foi o seu pecado: não ter dado todo o lucro da venda ou não ter falado a verdade?
(4) Observe que a mesma palavra que em 5:2 é traduzida como “reteve parte” (ARC) é traduzida como “defraudando” em Tito 2:10 (ARC). Por que esse pecado seria tão grave que mereceria a pena de morte?
(5) Todos nós sabemos que o marido e a mulher se tornaram uma só carne. Você pode culpar sua esposa por ter mentido com o marido? O que ela deveria ter feito desde o início? E se Ananias tivesse insistido em seus planos? Nesse caso, podería se aplicar o que Pedro disse em 4:19? Por que ou por que não?
(6) A morte destes dois significa necessariamente que eles perderam a salvação? (vide 1 Cor. 5:5)
(7) Em sua opinião, por que a disciplina divina parece não ocorrer de forma tão óbvia e instantânea hoje?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Ao lermos e refletirmos sobre a tragédia de Ananias e Safira em Atos 5, examinemos também o que nos motiva a seguir a Cristo, com a ajuda destas palavras perspicazes de Amy Carmichael:
(Consulte a versão bilíngue desta lição.)
(1) Vv. 12-17 pinta um quadro emocionante, no qual as multidões estão reunidos enquanto os apóstolos parecem estar fazendo milagres, até mesmo na área do pátio do templo (a Colunata de Salomão, no lado leste do templo):
a. Lucas menciona que, apesar dos milagres que realizavam e o grande respeito que tinham entre o povo, “ninguém ousava ajuntar-se com eles”. Qual foi o motivo dessa atitude? Tinha algo a ver com o evento descrito no versículo 11?
b. Ao mesmo tempo, houve outros que decidiram se juntar a eles. Qual teria sido a diferença entre estes últimos e aqueles primeiros?
(2) Parece que os apóstolos foram presos por terem enchido os saduceus de "inveja" (v. 17). Você acha que essa inveja foi a causa principal ou a causa imediata? Em sua opinião, qual foi a causa principal? (vide também o v. 28)
(3) Reflita sobre o motivo pelo qual o anjo do Senhor disse aos apóstolos: “Ide, apresentai-vos no templo e dizei ao povo todas as palavras desta vida” (v.20).
(4) É muito engraçado ler como Lucas relata que os líderes estavam prontos para julgar os apóstolos (e enfatiza que havia uma assembléia plenária), mas logo descobriram que os apóstolos estavam no pátio do templo. O que você esperaria que eles fizessem e dissessem? Compare o que eles disseram com as palavras de Gamaliel. Em que sentido a resposta de Gamaliel foi diferente das outras?
(5) Reflita sobre a resposta de Pedro e considere o seguinte:
a. a maneira como ele adaptou sua resposta ao contexto dos judeus
b. o que você pode aprender com o fato de que Pedro conta a "mensagem plena" desta nova vida
- afirmando sua obediência a Deus e não ao homem
- acusando-os de matar Jesus num madeiro
- afirmando que Deus (de seus pais) tinha ressuscitado Jesus dos mortos
- declarando que Deus tinha exaltado Jesus à sua direita
- afirmando que Ele agora é Príncipe (Ezequiel 34:24, 37:25 e Isaías 9: 6) e Salvador
- declarando que Ele dará arrependimento e perdão de pecados a "Israel"
- afirmando que os apóstolos não eram as únicas testemunhas; o Espírito Santo também era testemunha
- afirmando que Deus dará o Espírito Santo àqueles que O obedecerem
(6) No final, como estes líderes acabaram lidando com os apóstolos, e qual foi a reação dos apóstolos diante da forma como foram tratados? Você teria estado alegre se fosse um dos apóstolos? Por que ou por que não?
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Admiro o espírito aberto de Gamaliel. Uma vez que ele era membro do Sinédrio e um professor muito respeitado da lei, ele teria participado do Sinédrio que foi responsável pela crucificação do Senhor. Todos os eventos que tinham acontecido após a crucificação, os quais levaram à prisão dos apóstolos, certamente tinham sido muito inquietantes para eles, uma vez que todas as evidências estavam se acumulando contra eles; tudo apontava para a conclusão de que eles realmente haviam crucificado o Messias. Mas a sua inveja (Atos 5:17) e sua consciência culpada e impenitente só serviram para endurecer seus corações a tal ponto que pensavam que por meio da morte dos apóstolos conseguiriam pôr fim a este problema que não desaparecia.
No
calor do momento, prevaleceu uma cabeça mais fria. Seu nome era
Gamaliel. Apesar de ele ser muito respeitado, sua decisão de se arriscar por esses
apóstolos não era somente um suicídio político; era um suicídio literal. A
multidão poderia ter se voltado contra ele a qualquer momento.
Mas apesar disso, ele foi corajoso o suficiente para sugerir que “mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la, para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus” (ARC) (Atos 5:39). Essencialmente, o que ele estava sugerindo é que havia uma possibilidade de que Jesus realmente fosse o Cristo.
Embora eu não tenha ideia se Gamaliel acabou se tornando um seguidor de Cristo, sei que um de seus grandes seguidores o fez! (Atos 22:3) E não ficaria surpreso se o próprio Gamaliel tenha se covertido também.
Isso me lembra uma história que um certo professor contou em sua aula. Ele compartilhou conosco um pouco de seu diálogo constante com um dos principais estudiosos liberais de meio século atrás, cujo nome era Thomas C. Oden. Uma vez que Oden tinha uma mente aberta, ele acabou assumindo uma posição mais conservadora, abandonando o antigo ecumenismo do Conselho Mundial de Igrejas.
Fiquei igualmente impressionado com o diálogo que outro professor meu, Norman Wright (o bispo de Durham) teve com Antony Flew (o pai do ateísmo moderno). Flew finalmente desistiu de seu ateísmo poucos anos antes de sua morte em 2010, uma vez que ele também tinha uma mente aberta e estava determinado a ser guiado "aonde as evidências o levassem".
Para mim, a abordagem sem preconceitos de ambos os professores serviu de modelo de como tratar com amor aqueles que podem discordar totalmente de mim com relação à minha fé evangélica.
(1) A julgar pelos relatos dos 5 capítulos anteriores, quanto havia crescido o número de discípulos na igreja primitiva?
(2) Já aprendemos em 4:34 que "Não havia, pois, entre eles necessitado algum". Se isso realmente era verdade, por que algumas das viúvas estavam sendo desprezadas? O que significa ser "desprezado"?
(3) Por que só as viúvas estrangeiras (aqueles que haviam imigrado para o mundo grego) estavam sendo desprezadas, e não as viúvas judias nativas?
(4) Se você fosse um dos apóstolos (todos dos quais eram judeus), como você teria respondido a essa reclamação?
a. Você teria convocado um comitê para conduzir uma investigação?
b. Você teria considerado a reclamação como um incômodo?
c. Você teria considerado esse comportamento como uma reação típica de uma minoria?
d. Você teria se concentrado somente em atender aqueles que se sentiam magoados, buscando resolver a situação o mais rápido possível?
O que foi que os apóstolos decidiram fazer?
(5) Por que os Doze decidiram não se envolver diretamente nesse ministério? O que podemos aprender de suas prioridades?
(6) Uma vez que eles pareciam dar mais prioridade ao ministério da palavra do que para o serviço às mesas, por que era necessário escolher pessoas que eram "de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria" para assumir esse ministério, e até mesmo colocar suas mãos sobre eles? Qual é a mensagem para a igreja hoje?
(7) Esta igreja já havia se tornado uma igreja multicultural. Uma vez que esta questão tem conotações étnicas, qual critério você teria escolhido (além dos critérios espirituais já mencionados) para aqueles que assumiriam esta nova responsabilidade, a fim de que a solução parecesse imparcial?
(8) Surpreendentemente, cada um dos sete homens que foram escolhidos para fazer parte desse grupo tinha um nome grego; nenhum deles tinha um nome hebraico (Marshall, TNTC, Atos, 127). O que isso lhe ensina sobre a mentalidade da igreja primitiva? Como podemos imitá-los?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Eu admito que, se eu fosse um desses líderes que tiveram que lidar com as reclamações sobre a negligência das viúvas gregas na distribuição diária de alimentos, eu teria pensado nele (no meu coração) como um incômodo. Existiam coisas muito mais importantes com as quais era necessário lidar (por exemplo, a perseguição pelos judeus!).
No entanto, uma vez que eu estaria obrigado lidar com a reclamação, a primeira coisa que eu teria feito seria formar uma comissão para investigar se o que foi dito realmente era verdade. Se fosse verdade, eu teria formado uma equipe cujo objetivo era retificar a situação e encontrar maneiras de apaziguar os dissidentes, talvez mediante um pedido formal de desculpas.
Não tenho ideia se os apóstolos realizaram alguma dessas ações. Mas o que sei é que eles imediatamente nomearam sete diáconos para serem responsáveis pela distribuição dos alimentos às viúvas. E as pessoas que eles escolheram estavam cheias do Espírito e de sabedoria. Isso significa que eles levavam esse ministério a sério (mesmo afirmando que a oração e o ministério da palavra eram uma prioridade).
Fiquei impressionado com a seleção dos sete diáconos quando finalmente percebi que, entre o grupo dos sete escolhidos, como diz Marshall, "todos tinham nomes gregos". (Marshall, TNTC, Atos, 127) Se eu fosse um dos apóstolos, devido à imparcialidade eu teria selecionado metade desses homens da comunidade judaica local e a outra metade daqueles judeus que tinham voltado do exterior. Isso teria sido justo. Mas os apóstolos não estavam preocupados com a justiça, somente com o amor. Com a decisão de nomear somente judeus que tinham voltado do exterior, eles estavam enfatizando para aqueles que tinham apresentado a reclamação que eles os amavam, os aceitavam e confiavam totalmente neles. Isso era muito melhor do que qualquer pedido formal de desculpas!
Se nós nos comportássemos como esses apóstolos, muitas das brigas que acontecem em nossas igrejas seriam evitadas.