Neste trecho, Lucas menciona o nome do procônsul Gálio da Acaia; isso nos ajuda a estabelecer que este incidente ocorreu aproximadamente no ano de 50-51 d.C. Vale a pena notar que Cláudio Cesar (41-54 d.C.) tinha garantido certo grau de proteção à religião dos judeus, mas depois os expulsou de Roma por causa dos distúrbios que estavam provocando. Gálio era irmão do famoso filósofo Sêneca, e sua "resposta positiva ao cristianismo foi uma peça fundamental no argumento da igreja a favor da concessão de um status legal" perante o Império Romano. (TNAC, Fernando, Atos , 493)
(1) Corinto, com seu famoso templo de Afrodite, onde moravam mil prostitutas, era a terceira maior cidade do Império Romano, depois de Roma e Alexandria. Por que o Espírito ordenou a Paulo que morasse numa cidade tão pecaminosa por um tempo desproporcionalmente longo? Você consegue pensar em alguma cidade moderna que talvez seja semelhante a Corinto, uma “cidade em pleno desenvolvimento” cultural e comercial onde existe muita imoralidade? Você sabe se há alguma iniciativa importante de evangelização naquela cidade?
(2) Como o Senhor usou este incidente para cumprir a promessa que tinha feito a Paulo na visão? Gálio estava entre a "muita gente" (v. 10)? Deus pode usar os incrédulos como ferramentas para cumprir Sua vontade? Havia algum precedente bíblico para isso?
(3) Embora a Bíblia enfatize o papel da liderança masculina, tanto no lar quanto na igreja, neste trecho Lucas inverte essa ordem, e no v. 18 coloca o nome de Priscila antes do de Áquila. Que mensagem ele estaria transmitindo ao fazer isso?
(4) Entende-se geralmente que o ato votivo de cortar o cabelo se refere ao sinal do voto nazireu (Números 6:1-21). Quem faz esse voto corta o cabelo para marcar o fim do período do voto. Embora não saibamos exatamente qual foi o voto de Paulo e quando ele o fez, é evidente que ele fez um voto a Deus e logo o cumpriu. Você já fez um voto diante de Deus e logo o cumpriu?
(5) Paulo foi bem acolhido em Éfeso; no entanto, naquele momento ele se recusou a ficar mais tempo nesta importante cidade da Ásia Menor, cuja igreja (onde mais tarde João e Timóteo serviriam) eventualmente se tornaria a igreja mais importante de toda a região. Mais tarde, ela também seria a igreja da Maria, mãe de Jesus. Leia 16:6 novamente e reflita nestas palavras de Paulo no versículo 18:21, "Querendo Deus, outra vez voltarei a vós" (ARC).
(6) O final desta seção marca a conclusão da segunda viagem missionária de Paulo. Reserve um tempo para examinar novamente o que você leu nesta seção que começa no versículo 15:35 e termina no versículo 18:22. Se você fosse Paulo, quais seriam os aspectos mais importantes de sua segunda viagem que teria desejado compartilhar com a igreja em Antioquia?
Compare o ambiente em Antioquia no final desta segunda viagem com a descrição do final da primeira viagem em Atos 14:26-28. Você percebeu uma diferença? Qual seria a razão dessa diferença?
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje?
É impossível não notar a diferença entre o final da primeira viagem missionária de Paulo e o final da segunda. A primeira viagem começou com grande fanfarra, oração, jejum e imposição de mãos, e com razão (Atos 13:2-3). Essa viagem marcava o "lançamento oficial" da primeira equipe missionária enviada pelo Espírito Santo e uma igreja local para as terras dos gentios. Isso foi um claro cumprimento parcial da Grande Comissão, cujo objetivo era ir além de Jerusalém, Judéia e Samaria.
No final de sua viagem, Paulo e Barnabé tinham organizado uma celebração especial para informar a Igreja sobre este importante avanço missionário, "... como abrira aos gentios a porta da fé" (14:27). Não é exagero chamá-lo de celebração.
No entanto, como já sabemos, a segunda viagem missionária foi marcada por uma forte divisão. Paulo e Barnabé se separaram, e parece que a igreja em Antioquia autorizou somente a equipe de Paulo. Seja como fosse, essa divisão certamente teria danificado, se não dividido, esta igreja que tinha sido pioneira na obra missionária.
Havendo concluido a sua segunda viagem missionária, Paulo agora volta a esta igreja. Nessa segunda viagem houve grandes milagres (como a expulsão do demônio e o romper das cadeias da prisão), a importante conversão do carcereiro e a pregação em cidades extremamente importantes, como Atenas, Corinto e Éfeso, uma pregação que deu muitos resultados. No entanto, a única coisa que Lucas menciona aqui é que Paulo, ao voltar a Antioquia, subiu e cumprimentou a igreja. Isso nos pinta um quadro muito diferente do de sua visita anterior: não há nenhuma menção de um relatório, de uma celebração ou de louvor ao Senhor. E esta vez, quando Paulo inicia sua terceira viagem missionária, ele simplesmente vai embora, sem nenhuma imposição de mãos ou bênção por parte da igreja.
É impossível não sentir que a igreja de Antioquia já era uma igreja muito diferente, e que o relacionamento que Paulo tinha com ela também era muito diferente. Parece que já se estava sentido as consequências da divisão nesta igreja!
Esta seção marca o início da terceira viagem missionária de Paulo. No entanto, alguns estudiosos a consideram como uma continuação da viagem anterior.
(1) A cidade de Alexandria se tornou um centro teológico muito importante na história da igreja primitiva, chegando a produzir líderes como Clemente, Orígenes e Agostinho. Apesar de que “o conhecimento traz orgulho” (1 Cor. 8:1), ao refletir sobre a descrição de Apolo e seu ministério, você acha que uma pessoa erudita pode ser um trunfo valioso para a obra do Reino? Por que ou por que não?
(2) Quando Apolo foi para a Acaia (a região onde estava localizada a cidade de Corinto), ele teve uma grande influência na igreja de Corinto. Leia 1 Coríntios 3:1-9 para ter uma ideia da influência de Apolo.
Quem foram os culpados de fomentar as disputas em Corinto? Será que Paulo e Apolo devem ser responsabilizados pela criação desta divisão? Por que ou por que não? O que Paulo quer dizer em 1 Coríntios 3:10?
(3) Observe que Apolo também teve um ministério poderoso em Éfeso, falando ousadamente em sua sinagoga. No entanto, encontramos esse mesmo problema de divisão na igreja de Éfeso? Porque não?
(4) O que Apolo ainda precisava quando chegou a Éfeso por primeira vez? Como Priscila e Áquila o ajudaram? Apolo estava disposto a permitir que o ajudassem? Portanto, o que você pode aprender com Apolo, um homem que já era um grande orador, mesmo antes de chegar a Éfeso?
(5) Apolo recebeu uma carta de recomendação da igreja de Éfeso. Que tipo de carta você receberia de sua própria congregação se você mudasse para outro lugar?
(6) Qual é a mensagem principal para você hoje?
É muito óbvio que quando o apóstolo Paulo escreveu suas cartas à igreja em Corinto, ele viu com maus olhos o orgulho que eles sentiam de seu conhecimento e erudição. Embora Paulo também fosse um homem de grande erudição, ele deliberadamente minimizava a importância de seu conhecimento, buscando não usar "palavras persuasivas de sabedoria” (1 Cor. 2:4) em seu ministério com eles; também os lembrava do perigo do conhecimento, uma vez que o conhecimento "traz orgulho"(8:1).
Isso significa que o conhecimento e a erudição sempre são empecilhos na vida do cristão e no ministério do evangelho?
Sabemos que muitos dos homens que Deus têm usado foram também homens de grande erudição. Salomão foi um homem muito culto que escreveu 3.000 provérbios e 1.005 canções (1 Reis 4:32). E embora Paulo quisesse minimizar a importância do seu próprio conhecimento, seus poderosos discursos fizeram o governador Festo exclamar: "As muitas letras o estão levando à loucura!" (Atos 26:24). Além disso, Atos 18 nos diz que Apolo era de Alexandria, na época a segunda maior cidade do império romano, e uma cidade conhecida por sua vida acadêmica, e o próprio Lucas o descreve como um homem erudito.
A grande sabedoria e conhecimento de Salomão levaram a rainha de Sabá a louvar a Deus (1 Reis 10:9). Muitas das epístolas de Paulo se destacam por serem grandes tratados teológicos, inspirados pelo Espírito Santo. Além disso, Apolo deixou a marca de seu ministério na Acaia, especialmente na cidade de Corinto. O conhecimento não precisa ser um empecilho para o Reino. Pelo contrário, quando é colocado nas mãos de Deus, pode se converter numa grande bênção para o Seu Reino.
Isso não deveria nos surpreender porque, no final das contas, o conhecimento é um dom de Deus. Como todos os outros dons de Deus, ele se torna destrutivo (tanto para nós quanto para o Reino de Deus) quando o reivindicamos para nós mesmos. Mas ele também se converte numa bênção para o Reino de Deus quando o usarmos para Sua glória.
Quando recebi meu chamado para ser ministro do evangelho de tempo integral, um certo ministro de Deus, cujas intenções eram boas, me disse o seguinte: “Paul, você não precisa assistir a nenhum seminário. Você só precisa ler a Bíblia por conta própria." Fico feliz por não tê-lo ouvido, uma vez que se eu não tivesse estudado num seminário, não teria aproveitado a sabedoria e o conhecimento da Palavra de Deus que os santos do passado possuíam. Apolo obteve uma compreensão mais completa da Palavra de Deus somente quando se humilhou e aprendeu com Priscila e Áquila. Eu acredito que, mesmo depois de ser instruído por eles, Apolo nunca parou de aprender, especialmente com o Apóstolo Paulo.
Éfeso era a verdadeira sede da administração provincial, e grande parte de sua economia dependia de seu templo dedicado a Ártemis, a deusa da fertilidade, representada na forma de uma mulher com muitos seios. A cidade também era famosa pela prática de magia, a tal ponto que "a frase 'escritos de Éfeso' era comumente usada na antiguidade para se referir a documentos que continham feitiços e fórmulas" (Bruce, Paulo, 291).
(1) Já aprendemos que Apolo conhecia somente o batismo de João. Agora, mais de duas décadas após o martírio de João Batista, encontramos alguns "discípulos" (obviamente de Cristo) que conheciam somente o batismo de João. O que isso lhe ensina sobre o impacto que teve o ministério de João, especialmente seu papel como aquele que "preparou o caminho" para Cristo?
(2) Paulo fez a seguinte pergunta aos discípulos: "Vocês receberam o Espírito Santo quando creram?" (19:2). A isso eles responderam que nem sequer tinham ouvido falar do Espírito Santo. Embora eles não tivessem ouvido falar do Espírito Santo, e embora o Espírito Santo só tenha se manifestado quando Paulo lhes impôs as mãos, você acha que esses discípulos foram salvos quando “creram”? Por que ou por que não? (Esta é a verdadeira questão: sua salvação dependia da imposição de mãos de Paulo ou de sua fé? Consulte o capítulo 2 e o versículo 8 da carta que Paulo escreveu mais tarde aos efésios.)
(3) Embora Paulo tivesse adiado seu ministério em Éfeso (Atos 18:21), quando finalmente chegou ele morou pelo menos dois anos na cidade. Priscila, Áquila e Apolo já tinham começado a servir nesta cidade, mesmo antes da chegada de Paulo. Qual foi o resultado desses dois anos de ministério de Paulo (19:10)? Que lição você pode aprender sobre a espera?
(4) Lucas diz que os judeus começaram a falar mal "do Caminho" diante da multidão (vide 9:2) publicamente; essa expressão se refere a "uma forma de comportamento" (TICC, Barrett, Atos vol. I, 448). Você acha que o público de hoje considera o Cristianismo mais como uma crença religiosa ou como "uma forma de comportamento"? O que seus amigos não crentes pensam sobre as crenças que você tem? Você o considera mais uma religião ou uma "forma de comportamento"? Qual é a diferença?
(5) A escola de Tirano certamente não é um espaço judeu. No que diz respeito ao evangelismo, qual pode ter sido a vantagem de sair da sinagoga? Ao mesmo tempo, como essas ações de Paulo fazem eco de sua declaração em 18:6?
(6) Lucas descreve os milagres de Paulo como "extraordinários". Em que sentido esses milagres foram ainda mais extraordinárias do que os milagres comuns? Por que eles foram necessários numa cidade como Éfeso?
(7) Por que Lucas não menciona a ocorrência de milagres “extraordinários” em outras partes de Atos?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje?
É interessante notar que aqueles que tinham crido em Jesus não só foram chamados de cristãos; sua religião passou a ser conhecida como "o Caminho". O próprio Pablo, em sua defesa perante Félix, usa a frase "seguidor do Caminho" para se referir a si mesmo.
As pesquisas de C.K. Barrett concluiram que esta frase é "não só um termo que era usado para se referir a uma forma de comportamento, mas também àqueles que adotavam esse comportamento" (TICC, Barrett, Acts, Vol. I, 448).
Em outras palavras, os cristãos daquela época eram identificados não só pelo que acreditavam, mas também pela forma como colocavam as suas crenças na prática. Seu comportamento os diferenciava do resto do mundo. Eu me pergunto como teria sido esse comportamento!
Talvez a seguinte carta escrita por Plínio, procônsul de Ponto (61/62-115 d.C.), ao Imperador Trajano, na qual ele expressa sua indecisão sobre se deveria ou não perseguir os cristãos, nos forneça algumas pistas sobre a razão de sua hesitação. Pode-se presumir que Plínio já tinha matado aqueles cristãos que se recusavam a adorar a imagem do Imperador, mas somente depois de conduzir uma investigação mais aprofundada descobriu quem eles eram:
“Eles ... se encontram num dia determinado, antes do amanhecer, e cantam entre si, de forma alternada, um hino a Cristo, como a Deus, e se obrigam por juramento a não cometer nenhuma iniqüidade, a não ser culpados de furtar, ou roubar, ou cometer adultério, a não dizer falsidades, a não se recusar a devolver um penhor dado a eles quando forem solicitados a devolvê-la. Terminadas estas coisas, eles costumavam separar-se e logo encontrar-se de novo para uma refeição, a qual comiam juntos, sem qualquer desordem."(COBTAEL, Vol. III, 294)
Em outras palavras, o que Plínio estava tentando dizer ao imperador é que os cristãos não constituíam nenhuma ameaça para o governo e que eram cidadãos pacíficos do império, apesar de se recusarem a se curvar à imagem do imperador.
(1) Parece que a possessão demoníaca era bastante comum em Éfeso. Uma vez que os sete filhos de Ceva estavam usando o nome de Jesus para expulsar demônios, devemos concluir que eles “criam no nome de Jesus”?
(2) O fato de o espírito maligno ter dito "Jesus, eu conheço, Paulo, eu sei quem é; mas vocês, quem são?" mostra claramente que o espírito não os conhecia. Portanto, esses judeus realmente conheciam Jesus?
(3) Que tipo de "fé" eles tinham no nome de Jesus?
(4) Se você encontrar uma pessoa possuída por um demônio, deveria ficar com medo? (Leia 1 João 4:4.)
(5) Uma coisa é ser tomado de temor e outra é confessar abertamente as más obras e queimar livros de magia cujo valor total era em torno de 300.000 (convertido em dólares estadunidenses). Por que eles teriam tomado o tempo para calcular esse valor? O que eles estavam manifestando por meio de todas essas ações?
(6) Com base nas ações dessas pessoas, você pode formular uma definição do que é o verdadeiro arrependimento?
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Com frequência lemos com inveja as histórias dos avivamentos de outrora, como o avivamento escocês do século 19, e pensamos que esse fenômeno espiritual existe somente no passado. No entanto, já me deparei com histórias de avivamento muito mais recentes. Abaixo está um relato do que aconteceu na cidade de Resistencia, Argentina no ano 1990, onde praticamente todos os seus 400.000 cidadãos foram ganhos para Cristo:
"... durante um período de três anos, o número de crentes evangélicos já havia crescido em 500% e, como parte de uma série de reuniões de avivamento, era realizada uma cerimônia de queima de livros cada noite: 'Foi instalado um tambor com uma capacidade de 100 galões no lado esquerdo da plataforma, onde as pessoas depositavam sua parafernália satânica. Em seguida, as pessoas se aproximavam e jogavam todos os tipos de objetos relacionados com o ocultismo. Antes de orar por essas pessoas, alguém jogava gasolina sobre o conteúdo do tambor, acendia um fósforo e colocava fogo, destruindo todas as coisas malignas que estavam dentro do tambor'."
De acordo com um dos vídeos do Sentinel, um grupo cujo objetivo é documentar os avivamentos que têm ocorrido nos últimos anos, uma pequena cidade inuíte ao norte de Quebec também experimentou um grande avivamento no início deste milênio. Muitos jovens vieram a Cristo e queimaram todos os seus livros e música relacionados com o ocultismo numa grande fogueira. Uma cidade antes dominada pelo suicídio e pelo crime ganhou uma vida nova, graças às orações persistentes de seus líderes cristãos.
Eu encorajo os leitores a visitarem o site do Sentinel (www.glowtorch.org), onde podem ler mais histórias dos avivamentos notáveis que têm ocorrido nos últimos anos ou décadas.
Depois de ter testemunhado um avivamento muito bem-sucedido em Éfeso, Paulo voltou sua atenção para as cidades de Jerusalém e Roma. Ele não tinha ideia de que em Jerusalém ele enfrentaria uma perseguição feroz que o levaria a Roma, onde morreria como mártir. De agora em diante, do capítulo 19 até o final do capítulo 28, Lucas nos fala sobre os eventos que aconteceram durante esse período.
(1) Paulo não divulgou o motivo pelo qual ele queria ir a Roma. No entanto, de uma perspectiva histórica, qual foi a importância da cidade de Roma para o Cristianismo?
(2) A julgar pelas palavras de Demétrio, você consegue perceber quanto impacto o evangelho estava tendo na Ásia Menor naquela época?
(3) Você acha que o evangelho ainda tem o mesmo tipo de impacto e poder atualmente em nossas cidades? Por que ou por que não?
(4) Tive o privilégio de visitar as ruínas do teatro em Éfeso; este teatro era uma enorme arena
aberta localizada no alto de uma colina. Sua capacidade total era de 24.000 pessoas, um público maior do que o número de espectadores num jogo de hóquei típico. O livro de
Atos descreve como toda a cidade se juntou de forma improvisada, quase criando um
tumulto na cidade. Deve-se destacar o seguinte:
a. É óbvio que os judeus (um termo que no livro de Atos normalmente se refere aos judeus incrédulos), ao empurrar Alexandre para a frente, estavam tentando se dissociar de Paulo e seus companheiros.
b. O secretário da cidade, embora afirmasse a divindade de Artemis, estava exercendo a sua função administrativa de manter a ordem pública.
O que Paulo tentou fazer? Qual teria sido o resultado se ele tivesse entrado no teatro? O que você pode aprender deste incidente?
(5) Qual é a principal mensagem para você hoje?
Há alguns anos, tive a oportunidade de visitar os países da Grécia e da Turquia. Fiquei muito animado porque estaria visitando as terras onde os primeiros missionários cristãos caminharam, entre os quais estavam o apóstolo Paulo e o apóstolo João. A viagem não decepcionou.
Enquanto eu estava na pequena caverna de Patmos, desfrutando de uma vista panorâmica da ilha, fiquei imerso na memória da visão que João teve nesta ilha solitária que cada ano fica inacessível para o mundo exterior durante pelo menos 6 meses (depois do mês de setembro). Que bonito lugar para ficar sozinho, pensei.
No entanto, o que me fez refletir de forma ainda mais profunda
foi a vista das ruínas, como as do Teatro de Éfeso. Enquanto eu contemplava
esse enorme teatro, muito maior do que qualquer pista de hóquei
profissional, com seu camarote especial para o Imperador e seus assentos
de mármore para a elite, um termo que o guia turístico usava com frequência
me veio à mente.: uma ruína magnífica! Nesse momento eu disse a mim mesmo:
“Que contradição! Como as ruínas podem ser magníficas?"
Mas assim sempre são as realizações humanas. Não importa quão gloriosas, estimadas e surpreendentemente grandiosas eles tenham sido em sua época; com o tempo, sempre perdem toda a sua glória. Na verdade, com o tempo, eles se transformarão em ruínas e serão esquecidas. Na melhor das hipóteses, continuarão existindo na forma de relíquias da história.
(1) Lucas descreve que o ministério que Paulo teve quando deixou Éfeso e entrou na Macedônia foi um de dar palavras de encorajamento aos discípulos. De que tipo de encorajamento esses discípulos, tanto em Éfeso como na Macedônia, precisavam naquela época?
(2) Lucas inclui os nomes daqueles que ministravam junto com Paulo naquela época e especifica de onde eram: Beréia, Tessalônica, Derbe e Ásia. Qual foi a intenção de Lucas ao mencionar suas cidades de origem? (Nota: a maioria dos comentaristas pensa que o propósito da viagem de Paulo a Jerusalém tenha sido entregar doações que ele havia recebido de várias igrejas para os irmãos que estavam sofrendo nessa cidade, a fim de ajudá-los, e que os irmãos cujos nomes aparecem aqui foram nomeados por suas respectivas igrejas para acompanhar Paulo com essa mesma finalidade. Vide 2 Coríntios 8:19.)
(3) V. 7 é a primeira alusão inequívoca à prática cristã de se reunir no primeiro dia da semana; o Didache, (um documento escrito no final do primeiro século ou no início do segundo século d.C.) confirma que esse era um hábito comum para o culto entre os primeiros cristãos. Em sua opinião, qual foi o motivo dessa mudança (da adoração no sábado para a adoração no domingo), e qual é o seu significado teológico?
(4) Embora a pregação tenha durado várias horas, Lucas descreve que o propósito dessa reunião era "partir o pão" (v. 7 e v. 11). O que significam as expressões “partir o pão” e “partir o pão reunidos”? O que você deve aprender com esses irmãos e sua atitude com relação à Ceia do Senhor?
(5) Uma vez que o ato de partir o pão faz parte da refeição (vide 1 Cor. 11), é provável que Paulo tenha começado a pregar na hora da ceia e continuado até à meia-noite, e depois disso até o amanhecer. Quantas horas ele pregou? Você acha que Paulo estava sendo insensível? Por que os crentes o ouviram durante tanto tempo?
(6) A palavra específica usada para se referir ao jovem sugere que Eutico tinha no máximo 14 anos (Marshall). O que podemos aprender deste incidente sobre a igreja que se reunia nas casas durante os primeiros séculos?
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Uma das minhas grandes decepções enquanto estudava teologia em preparação para o ministério foi ter que sentar e ouvir alguns professores arrogantes que destruíam a igreja de Jesus Cristo. Eles nunca começavam suas aulas com oração, como se não precisássemos do Espírito Santo para nos guiar para a verdade. Para eles, a verdade era o que professor ensinava. O professor de uma dessas aulas fez a seguinte afirmação nociva: “Nunca presto atenção a sermões que duram mais de 15 minutos”. Se esse professor estivesse naquele culto de meia-noite liderado por Paulo em Trôade, ele provavelmente teria adormecido e caído do terceiro antar antes de Êutico!
Esta é a maldição de nossa geração. Já perdemos a capacidade de nos concentrar numa só coisa e manter a nossa atenção focada nela. É por isso que a maioria dos comerciais na televisão não podem durar mais de 15-30 segundos; se durarem mais, os espectadores mudarão de canal imediatamente. Uma coisa é assistir televisão, mas ouvir um sermão é outra. A fim de atender a essa tendência, certa igreja em Vancouver, Canadá, colocou um grande cartaz no gramado em frente do edifício com as seguintes palavras: "Sermão de 15 minutos ou seu dinheiro de volta!". (Eu tenho uma foto que o prova!)
Sem dúvida, já se cumpriu a maldição de Amós:
"'Estão chegando os dias',
declara o Senhor, o Soberano,
'em que enviarei fome a toda esta terra;
não fome de comida nem sede de água,
mas fome e sede de ouvir
as palavras do Senhor'."
(Amós 8:11)
Com uma dieta de um “máximo de 15 minutos por semana”, não é de se admirar que o rebanho de Jesus Cristo esteja tão fraco e faminto!
(1) O destino principal de Paulo era Jerusalém. Por isso, ele decidiu não passar por Éfeso, para que sua viagem não fosse retardada pelos discípulos locais.
a. De acordo com Paulo, qual era sua razão de querer visitar Jerusalém?
b. O que ele poderia enfrentar em Jerusalém?
c. Por que, então, ele ainda queria ir? Nesse sentido, o que você pode aprender de Paulo?
(2) Paulo deu um relato muito honesto de sua vida e ministério entre os efésios, o qual inclui os seguintes detalhes:
a. Servia ao Senhor com muita humildade ...
b. ... e com lágrimas
c. Sendo severamente provado pelas conspirações dos judeus
d. Sem deixar de pregar-lhes ...
e. ... publicamente e de casa em casa
f. testificando tanto a judeus como gentios ...
g. ... que a mensagem era sobre o arrependimento e a fé no Senhor Jesus.
Reflita sobre cada um dos elementos acima e responda às seguintes perguntas:
- O que cada elemento teria significado para Paulo?
- O que isso deveria significar para você?
(3) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Para mim, a mensagem de despedida de Paulo aos anciãos de Éfeso é um dos discursos mais comovedores da Bíblia. É evidente que enquanto Paulo desnudava sua alma diante desses líderes, a quem ele amava profundamente, cada palavra que saía de sua boca vinha do coração; pode-se resumir o ministério de Paulo entre eles com a sigla STL: sangue, trabalho (ou suor) e lágrimas! Paulo realmente nos deu um exemplo de serviço fiel, amoroso e humilde. Foi por isso que ele teve a ousadia de nos pedir que o imitássemos, não porque ele era arrogante, mas porque ele mesmo emulava a Cristo.
Com respeito à emulação de Cristo, com frequência hesito em seguir a tradição daquelas denominações ou igrejas que praticam o ritual de lavar os pés a fim de imitar o que Cristo fez em João 13, uma vez que a servidão só pode ser imitada quando vem do coração, não quando é baseada em rituais externos.
Certa vez, vi um pastor bem-intencionado que tomou a iniciativa de realizar esse tipo de cerimônia de lavar os pés; no entanto, quando ele descobriu que não havia nenhuma toalha pronta para a celebração, o pastor gritou frustrado, "Alguém me dê uma toalha!".
Que exemplo de serviço é esse?