O caminho que leva a Roma— de Jerusalém a Cesaréia
(1) De que maneira esses homens (havia mais de 40) planejavam matar Paulo? Uma vez que Paulo estaria sob a custódia protetora dos soldados romanos, quais teriam sido as consequências se eles tivessem conseguido realizar o seu plano, não só para si mesmos, mas para todos os judeus na cidade?
(2) Jejuar e fazer juramentos são práticas de judeus piedosos; portanto, estes mais de 40 homens os usaram para expressar seu compromisso piedoso de matar Paulo, com o apoio dos líderes religiosos. Poderiam existir circunstâncias em que seria justificado matar em nome de Deus? Por que ou por que não?
(3) Qual foi a reação do comandante quando recebeu as notícias sobre a conspiração, e quantos soldados ele designou no total para proteger Paulo contra os mais de 40 assassinos? Se você fosse Paulo, como as palavras do Senhor em 23:11 teriam ministrado a você nessas circunstâncias?
(4) Ao longo dos anos seguintes, o livro de Atos dos Apóstolos seria amplamente difundido no mundo romano. Como o registro de Lucas das palavras do comandante sobre as acusações contra Paulo teria ajudado o caso do cristianismo, á luz do o ambiente hostil que enfrentava na época?
(5) Agora Paulo estava num lugar relativamente seguro, depois de ter sido levado primeiro a Antipátride (cerca de 35 milhas de Jerusalém) e depois ao palácio que tinha sido construído pelo Rei Herodes vários anos antes em Cesaréia (65 milhas de Jerusalém) Todos esses eventos aconteceram no espaço de uma só semana após a chegada de Paulo a Jerusalém. Agora, sob a custódia dos romanos, Paulo teria tempo para refletir sobre essa viagem e as muitas profecias que havia recebido sobre ela. Como ele teria se preparado para enfrentar as acusações dos judeus, e como ele teria usado esta oportunidade para persuadir não só o seu próprio povo, mas também os muitos soldados e líderes romanos que ouviriam sua defesa?
(6) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Embora o apóstolo Paulo tenha sido um homem de grande fé, até ele precisava de afirmação por parte do Senhor de vez em quando, especialmente quando tinha que enfrentar grandes dificuldades.
Antes mesmo da conspiração dos mais de quarenta homens para assassiná–lo, o Senhor já sabia de tudo; Ele também sabia o quão perigosa seria a situação e que ela seria inquietante para Paulo. Esses homens estavam decididos a matá-lo, e sua conspiração contava com o apoio dos principais sacerdotes e anciãos. Eles até chegaram a fazer um juramento solene de não comer ou beber até que matassem Paulo.
No relato de Lucas, lemos que Deus interveio e deu ao sobrinho de Paulo a coragem (e naquelas circunstâncias, uma tremenda coragem) para revelar o plano, primeiro a Paulo e depois ao comandante. Você pode imaginar o que esses homens teriam feito se tivessem descoberto que esse sobrinho foi o responsável por vazar as informações sobre a conspiração para os romanos.
Mas antes que eles pudessem colocar seus planos em ação, o Senhor viu a necessidade de encourajar Paulo:
"Coragem! Assim como você testemunhou a meu respeito em Jerusalém, deverá testemunhar também em Roma" (NVI-PT). (Atos 23:11)
Essas palavras lhe deram a certeza de que a conspiração não seria bem-sucedida. Não havia nenhuma necessidade de que o Senhor revelasse isso a Paulo com atencedência, uma vez que Ele interviria em qualquer caso. No entanto, Ele conhecia e se importava com o estado de ânimo de Paulo. Ele realmente não quer que seus filhos experimentem um medo desnecessário, nem por um só segundo. Assim é a bondade do nosso Deus.
O caminho que leva a Roma—em Cesaréia
(1) Agora uma acusação formal foi apresentada contra Paulo; o advogado Tértulo representou os acusadores. Mas quem representou Pablo como seu advogado?
(2) Durante o reinado de Félix sobre esta região, houve muitas insurreições, as quais foram por ele brutalmente reprimidas. No entanto, ele finalmente foi destituido pelo próprio César. Em suas palavras iniciais, tanto Tértulo quanto Paulo o cumprimentaram respeitosamente. Compare os dois discursos e forme uma opinião sobre cada um.
(3) Quais são as acusações formais apresentadas contra Paulo? O que Tértulo estava tentando fazer?
(4) Em sua defesa, o que foi que Paulo disse para refutar essas acusações? Foi eficaz?
(5) Lucas disse que o governador tinha bom conhecimento do Caminho. O que você pode deduzir sobre a difusão do evangelho naquela época? Por quê?
(6) Uma vez que Felix sabia exatamente qual era o problema, por que ele não o resolveu pronunciando seu juízo?
(7) Você acha que os dois anos de detenção injusta de Pablo foram em vão? Por que ou por que não?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Quando lemos sobre a viagem de Paulo a Roma, ficamos com a impressão de que seu destino estava nas mãos de governantes poderosos, maus e cruéis como Félix. Felix era conhecido por ser um homem lascivo e brutal. Apesar dos elogios do advogado Tértulo sobre o seu governo na Judéia, de que “temos desfrutado de um longo período de paz durante o teu governo” (Atos 24:2), o historiador Flávio Josefo disse o contrário: "os assuntos do país (isto é, a região da Judéia) foram de mal a pior". (COBTAEL, Vol. III, 523)
Embora Félix tivesse tido o privilégio de ouvir o evangelho antes mesmo de Paulo ser preso, e muitas vezes mandava chamar Paulo a fim de falar com ele, ele se recusou a emitir o seu parecer sobre o destino de Paulo, e em vez disso preferiu usá–lo como um simples peão no jogo político. O resultado disso foi que Paulo permaneceu detido sob sua custódia por pelo menos dois anos (Atos 24:27).
É impossível não fazer a seguinte pergunta: “Onde estava Deus em tudo isso? Por que Deus deixaria seu próprio servo nas mãos de um governante tão perverso?".
Mas a realidade é que Deus nunca perdeu o controle da situação. Embora Félix tenha pensado que era ele quem mandava, pouco tempo depois ele perdeu sua posição, e por sorte não recebeu uma punição ainda mais severa de parte de César.
Isso me lembra de uma entrevista de Chai Ling feita pela Christianity Today. Esta ex–líder do movimento democrático da Praça da Paz Celestial, a qual finalmente creu em Cristo no ano 2010, disse o seguinte: “Em certa ocasião, enquanto eu orava e perguntava: 'O que aconteceu na Praça da Paz Celestial? Por que você (Deus) permitiu que isso acontecesse?'”.
Ela finalmente percebeu quem realmente está no controle da história:
“Em 1989, enquanto eu estava falando na Praça da Paz Celestial, havia um poder maior que estava falando através de mim. Essa força estava tão perto de mim. Fomos para aquele lugar com a esperança de que poderíamos reformar o comunismo. Mas Deus permitiu que o coração de Faraó se endurecesse a fim de mostrar a verdadeira cara do comunismo. Esse ídolo foi destruído.
O pastor Kim Keller (o pastor de Chai em Boston) me comentou que ele tinha ido visitar os pastores na China. Esses pastores disseram que um terço da geração de Tiananmen (tinha crido) em Jesus, outro terço se dedicou ao comércio e o terço restante ainda estava buscando. Deus está usando o massacre de Tiananmen para trazer salvação à China. Deus tem o Seu próprio cronograma. Ele levará a China a Jesus." (CT , outubro de 2011)
De fato, Deus sempre está no controle, não os governantes deste mundo.
O caminho que leva a Roma—preso em Cesareia (a transição de Félix para Festo)
(1) A mudança de governador foi parte de uma reorganização política feita por César quando este desaprovou as ações de Félix em outro assunto (24:27). Por sorte ele não recebeu punições mais severas; ele só perdeu o seu poder como governador. Da perspectiva de Pablo, quais foram as consequências desta reorganização política?
(2) Festo conhecia muito bem o risco que corria ao transferir o local de julgamento de Cesaréia para Jerusalém. Por que ele rejeitaou o pedido dos judeus (25:4), mas logo ofereceu a Paulo a mesma oportunidade de mudar o lugar do julgamento? (25:9)
(3) Qual foi a resposta de Paulo a esta oferta de Festo? (v. 25:10) Por quê?
(4) O recurso que Paulo apresentou confirmou seu desejo de ir a Roma: ele iria em correntes. Essa provavelmente não foi a maneira que Paulo esperava viajar para Roma (vide Rom. 1:10 e Atos 26:29). Você acha que Paulo se importava que a maneira como finalmente iria para Roma não fosse a que ele mesmo escolheria? Por que ou por que não?
(5) O rei Agripa era um jovem governante que tinha sido nomeado por César (que conhecia muito bem os assuntos relacionados com os judeus e sua religião, assim como seu pai, seu avô e seu bisavô ...). Naquele momento, ele estava visitando sua irmã Berenice, a nova governadora de Cesaréia. De acordo com o relato de Lucas, por que Festo pediu a Agripa que tivesse uma audiência com Paulo? Com base nisso, o que você pode deduzir sobre a situação difícil em que Paulo se encontrava?
(6) De acordo com Festo, qual foi a principal acusação contra Paulo? (consulte o v.19)
(7) Quão importante é essa questão hoje?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Em sua entrevista com a Christianity Today , Chai Ling também compartilhou uma história muito comovente enquanto tentava entender por que Deus permitiu o massacre de Tiananmen:
“… Uma colega de Hong Kong que estava em Tiananmen me enviou um email com uma entrada de diário que ela havia escrito dez anos antes.
"Ela já era cristã quando estava em Tiananmen. Ela testemunhou o massacre brutal. Ele segurou nos braços uma criança moribunda. Ela saiu dessa experiência traumatizada e zangada com Deus. Cada ano ela perguntava a Deus: 'Onde você estava? Por que você não salvou aquelas pessoas? '
"Essa atitude persistiu até o 10º aniversário dos eventos, quando ela teve que dar um testemunho em sua igreja. Ele disse que se tranquilizou, e logo perguntou brandamente: 'Deus, onde você estava?' Ela pensou mais uma vez na imagem da criança que estava morrendo em seus braços. E imediatamente viu outra figura que ainda estava longe, mas que vinha em sua direção. Essa figura andava com tanta paz e dignidade que ela imediatamente O reconheceu. Ele se fusionou com a criança moribunda. A criança moribunda disse–lhe: 'Persevere até o fim. Meu sangue vem deste lugar.' Essa figura era Jesus. O Espírito Santo a dominou. Ela só podia chorar. Jesus esteve ali.
"(Depois de ler essa entrada de diário, eu também chorei por três horas. Minha pergunta tinha sido respondida." (CT, outubro de 2011)
O caminho que leva a Roma—Um espetáculo à parte com o rei (Herodes) Agripa
Nesta passagem, Paulo apresenta a defesa mais detalhada que Lucas registrou. Não foi dirigida a um público judeu, mas aos dignitários romanos. Embora ainda fosse uma defesa, Paulo também a transformou numa poderosa mensagem evangelística; portanto, ela merece o nosso estudo e reflexão.
(1) Vv. 2-3
Paulo exorta Agripa a ouvir com atenção (uma vez que ele já conhecia profundamente os assuntos dos judeus, ele entenderia as explicações de
Paulo)
Vv. 4-8
Paulo expõe o tema central do evangelho:
“Por que os senhores acham impossível que Deus ressuscite os mortos?” (26:8)
Que resposta você daria a esta pergunta?
Que resposta o mundo de hoje daria?
(2) Vv. 9–11
Paulo entendia o ódio que os judeus sentiam (já tinha sido um deles)
Vv. 12–18
Baseado em seu encontro com Jesus, Paulo afirma o seguinte:
– Jesus ainda está vivo e Ele reina.
– "Quem persegue os cristãos, persegue a mim!"
– Paulo deve proceder com ousadia, pois Jesus o resgatará.
– Os gentios também precisam se arrepender e ser perdoados
Neste trecho, Paulo faz muito mais do que simplesmente relatar mais uma vez esse indiscutível encontro celestial que ele teve; ele também usa essa mensagem para confrontar seus ouvintes. Até aquele momento, com que verdades Festo e Agripa foram confrontados ao ouvirem sua história?
(3) Vv. 19–23
Paulo menciona a obediência que demonstrou após sua conversão, enfatizando a precisão com a qual as Escrituras foram cumpridas.
Vv. 24–32
Festo e Agripa reagem à mensagem do evangelho.
– Festo reconheceu a grande erudição de Paulo, mas pensou que Paulo era um louco.
– Agripa se esquivou da chamada para ação com a qual a verdade da mensagem lhe apresentava.
Por que Festo teve que falar "em alta voz"?
Como Paulo encerrou sua mensagem na forma de uma chamada para ação?
Quando você compartilha o evangelho, você sempre chama o ouvinte a tomar uma decisão? Por que ou por que não?
(4) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Ao recontar sua visão celestial na estrada para Damasco, Paulo se atreveu a confrontar esses dois governantes (em cujas mãos estava seu destino) com relação a duas áreas: (1) ele perguntou se eles criam nos profetas (e, portanto, em suas profecias que foram cumpridos na pessoa de Cristo); (2) ele perguntou se eles estavam dispostos a se tornarem seguidores de Cristo, como ele (Atos 26:27–29).
Na verdade, seu poderoso
testemunho pessoal tinha deixado esses dois governantes com poucas opções, uma vez que
eles teriam que fazer uma das seguintes afirmações:
- Paulo era um mentiroso.
- Sua visão tinha sido uma ilusão.
- Sua visão tinha sido real, e sua mensagem era verdadeira.
Festo, o governador, obviamente ficou tão comovido com o poderoso testemunho de Paulo que falou "em alta voz". Embora ele reconhecesse que o testemunho de Paulo não era uma mentira (o que estava implícito em sua afirmação de que Paulo era uma pessoa de grande erudição), ele achava que Paulo era louco. Ele preferiu pensar que a visão de Pablo tinha sido alguma espécie de ilusão. Eu acho que ele realmente não pensou que Paulo fosse louco, mas que a exclamação em alta voz foi sua maneira de evitar ser confrontado com a verdadeira identidade de Jesus.
Quanto ao rei Agripa, devido ao seu profundo conhecimento do Antigo Testamento e das profecias, ele não podia refutar nenhuma das afirmações de Paulo. Mas acabou sendo dominado pelo seu orgulho: "Você acha que em tão pouco tempo pode convencer-me a tornar-me cristão?". Ele sabia muito bem que o que Paulo estava fazendo não era apresentar sua defesa, mas anunciar-lhe o evangelho. Ele não só sabia que Paulo era inocente ("Ele poderia ser posto em liberdade"), mas também que seu testemunho era verdadeiro. Mas por ser ele o rei que César tinha nomeado para governar os judeus, ele não podia se humilhar e se arrepender diante de um de seus vassalos, muito menos diante de um prisioneiro.
A verdade é que um testemunho pessoal autêntico de conversão costuma ser uma ferramenta poderosa para comover o coração do ouvinte.
O caminho que leva a Roma—uma viagem extraordinária (1)
(1) Paulo foi acompanhado por Lucas e outros companheiros, entre os quais estava Aristarco, descrito por Paulo em Colossenses 4:10 como um "companheiro de prisão". Sabemos muito bem que Paulo estava preso; no entanto, qual era a situação de Lucas e Aristarco? Era diferente da de Pablo?
(2) Como qualquer outra viagem marítima da antiguidade, esta viagem implicava riscos importantes. A descrição detalhada da viagem feita por Lucas tem levado os seus críticos a considerá-lo uma fonte muito credível por ter deixado um relato preciso e minucioso.
Observemos como Deus usou Paulo durante esta viagem:
(a) Paulo obviamente era um fabricante de tendas, não um marinheiro; por isso, sua advertência no versículo 10 foi completamente ignorada pelos especialistas, os quais haviam sido enganados por um falso sinal favorável (v.13). Como resultado, eles acabaram navegando para um grave perigo.
Qual foi a lição dessa passagem para nós hoje?
(b) À medida que a tempestade ficava mais forte, os marinheiros tinham que jogar sua carga no mar. Esse relato o lembra de algum outro incidente, registrado no Antigo Testamento. Qual? Como as pessoas que estavam no barco com Jonas reagiram diante da tempestade? Por quê? Quão semelhante foi a situação narrada aqui?
(c) Como os não–crentes lidam com as tempestades que chegam às suas vidas?
(d) Como você normalmente lida com as tempestades que chegam à sua vida?
(e) Como Paulo reagiu diante dessa tempestade? (vs. 21-26)
(f) Embora você não tenha, como Paulo, a vantagem de experimentar uma visão, o que você pode aprender com seu exemplo?
(3) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Todos, tanto cristãos quanto não-cristãos, já enfrentaram (ou enfrentarão) pelo menos uma tempestade severa na vida. Todos os homens passam por tempestades na vida, as quais são uma espécie de provação (1 Coríntios 10:13). Mas vemos em Atos 27 que Paulo, ao enfrentar uma tempestade onde sua própria vida estava em perigo, mostrou quão diferente pode ser a reação de um cristão diante de tais calamidades.
Em nossa leitura de Atos 27, observamos o seguinte sobre o centurião e os outros passageiros:
(1) Eles se apoiavam na sabedoria humana: não deram ouvidos a Paulo, que falava em fé, mas decidiram seguir "o conselho do piloto e do dono do navio" (27:11).
(2) Eles se guiavam pela opinião da maioria: “a maioria decidiu que deveríamos continuar navegando, ...” (27:12) Muitas vezes encontramos alívio na ideia de estarmos de acordo com a opinião da maioria, seja porque assim nos sentimos mais seguros ou porque não queremos que os outros nos culpem.
(3) Eles andavam somente pela vista: "Começando a soprar suavemente o vento sul, eles pensaram que haviam obtido o que desejavam... " (27:13).
(4) Eles confiavam nas suas próprias forças: enquanto estavam sendo açoitados pelo vento ciclônico, eles tentavam freneticamente de tudo para salvar o barco: lançaram as âncoras, lançaram fora a carga e até mesmo lançaram fora a armação do navio, etc.
(5) Eles perderam toda a esperança: "finalmente perdemos toda a esperança de salvamento" (27:20). Mais tarde, Paulo menciona que já fazia "catorze dias que vocês têm estado em vigília constante, sem nada comer" (27:33). Com frequência, o ato de não comer é um sinal de que uma pessoa está profundamente preocupada.
Isso
não quer dizer que Pablo e seus companheiros não estivessem preocupados, que não sentissem enjoos ou que não tivessem medo; eles também eram humanos. Mas eles eram
homens de fé; portanto, eles demonstraram sua fé em Deus das seguintes maneiras:
(1) Eles não tomaram decisões precipitadas: embora tivessem “perdido muito tempo”, Paulo pediu ao centurião que ficassem em Bons Portos (27:8). É muito tentador tomar decisões precipitadas, especialmente quando já estamos atrasados.
(2) Eles levaram sua situação a Deus em oração: embora não tenhamos o privilégio de experimentar uma visão como a de Paulo, podemos ter certeza de que o anjo apareceu a Paulo durante o seu tempo de oração. Sempre ganhamos força e sabedoria quando levamos nossas lutas ao Senhor.
(3) Eles se concentraram na promessa de Deus, não em suas circunstâncias: essa não foi a primeira vez que o Senhor garantiu a Paulo que ele testificaria em Roma. Mesmo se ele não tivesse recebido essa visão do anjo, Paulo poderia ter confiado na promessa de Deus. Talvez a visão tenha sido mais para o bem das outras pessoas no barco do que para o do próprio Paulo. Independentemente de quão terrível tenha parecido a situação, Paulo sabia que podia confiar na promessa de Deus.
(4) Eles tinham uma paz que ultrapassava a compreensão: de todas as pessoas no barco, Paulo (e talvez também seus companheiros) era o único que tinha paz, e tanta paz que ele podia comer normalmente. A habilidade de conduzir a vida normalmente em tempos de provação costuma ser um sinal daquele que tem fé e paz.
O caminho que leva a Roma—uma viagem extraordinária (2)
(1) Como Paulo demonstrou sua fé de forma pública nesse momento tão difícil?
(2) Talvez admiremos Paulo pela forma como ele tomou controle da situação entre esses incrédulos. No entanto, você percebeu qual foi a chave para que Paulo pudesse exercer essa autoridade?
(3) Em que condições podemos imitar Paulo?
(4) Em que condições nem devemos tentar imitar Paulo?
(5) O que você acha do centurião?
(6) Embora Lucas não tenha especificado se este centurião era cristão, ele descreve como várias vezes tentou proteger Paulo e ajudá-lo. Deus já usou pessoas incrédulas em sua vida para ajudá-lo?
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Enquanto
refletimos sobre a extraordinária viagem marítima de Paulo, e sobre como ele enfrentou a tempestade com calma e paz, deixe-me convidá-lo a refletir
também sobre este belo hino de Daniel W. Whittle
(escrito em 1893), sobre o qual Andrew Murray, da África do Sul, disse o seguinte:
“... ele é um resumo de tudo o que eu creio”. Já foi dito que esse hino se
tornou“ um grande favorito na África do Sul durante a guerra”. Acho que
Paulo e seus companheiros se sentiriam identificados com a letra do hino.
Cada momento
Côro:
Cada momento me guia o Senhor,
Cada momento dispensa favor.
Sua presença me outorga vigor;
Cada momento sou Teu, ó Senhor.
1
Sendo remido por Cristo na cruz,
Sinto prazer caminhando na luz,
Cheio da graça que vem de Jesus;
Cada momento o Senhor me conduz.
2
Junto com Cristo na luta moral,
Contra o pecado, o engano e o mal,
Ergo bem alto a bandeira real,
Cada momento mais firme e leal.
3
Nas minhas lutas me pode amparar,
E do maligno também me livrar;
Cada momento por onde eu andar,
Cristo, meu Mestre, me pode amparar.
Hinário #370
https://www.youtube.com/watch?v=hjulMw3tImQ
O caminho que leva a Roma—em Malta
(1) Como os ilhéus (tradução literal: bárbaros ) interpretaram o fato de que uma cobra “prendeu-se à mão” de Paulo? Por quê?
(2) Quando foi a última vez que um conhecido seu foi surpreendido por alguma calamidade ou acidente repentino em sua vida? Como você interpretou esse evento?
(3) Como você têm lidado com acidentes como essa em sua própria vida? Por quê?
(4) É óbvio que este incidente na vida de Paulo não foi um acidente. Qual foi o resultado dele nesta ilha de Malta?
(5) O que podemos aprender disso?
(6) Embora o objetivo dessa viagem tenha sido a extradição de Paulo, no que ela se tinha tranformado, a julgar pelo que aconteceu nesta ilha?
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje?
Todos nós temos algum plano ou objetivo final na vida; e com frequência, nós que somos cristãos nos perguntamos qual é o plano de Deus para a nossa vida. Mas uma das armadilhas na qual caimos ao descobrir o plano de Deus para a nossa vida é considerar o presente como um simples período de transição para o futuro. Quando fazemos isso, acabamos nos concentrando tanto no futuro que esquecemos que o plano de Deus para nossa vida inclui o presente. Podemos encontrar um significado e propósito no aqui e agora.
Embora o maior desejo de Paulo fosse dar testemunho de Jesus em Roma, e embora ele também soubesse que sua viagem atual terminaria em Roma, esse enfoque não o impediu de considerar cada momento dessa viagem como parte de seu ministério e parte da Grande Comissão. É tentador passar os olhos rapidamente sobre esta história de sua estadia em Malta, como se fosse um simples interlúdio ocorrido durante a sua viagem missionária a Roma; no entanto, Pablo levou a sério sua estada em Malta, considerando-a uma parte integral de sua vocação. O resultado foi que ele acabou curando muitos dos enfermos na ilha. Existe alguma dúvida sobre se ele também pregou o evangelho para eles?
No final das contas, seu naufrágio não foi acidental. Deus amava o povo de Malta, e como resultado deste naufrágio, essas pessoas tiveram a oportunidade de ouvir o evangelho por meio o ministério de cura e pregação que Paulo teve durante os três meses de sua estada na ilha.