Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Coríntios 7:8–16

Nesta semana, continuaremos o nosso estudo da Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios no Novo Testamento.

(1) É fácil repreender alguém que você ama muito? Por que ou por que não?

(2) Por que Paulo diz que se arrependeu depois de escrever sua (primeira) carta aos coríntios?

(3) Por que ele muda de ideia agora? (v.8)

(4) Se sua carta não tivesse levado a igreja ao arrependimento, teria sido correto ele se arrepender de tê-la escrito?

(5) Como você definiria "a tristeza segundo Deus" em comparação com "a tristeza segundo o mundo", de acordo com o versículo 10?

(6) Se a expressão "neste negócio" no v. 11 se refere à questão da qual Paulo acusou a igreja em 1 Coríntios 5 ou 6, em que sentido eles se mostraram ser inocentes?

(7) De acordo com o v. 11, quais são as provas de que a sua tristeza realmente era aquela que é segundo Deus?

(8) O versículo 12 é uma declaração bastante estranha. Por que Paulo diz que não havia escrito por causa do ofensor ou por causa do prejudicado?

(9) De que forma isso havia sido um teste de sua fidelidade a Paulo? Você não acha que eles deveriam ter dirigido seu arrependimento somente a Deus, sem nenhuma relação com qualquer homem, incluindo Paulo? (Note especialmente as palavras diante de Deus (NVI-PT) ou manifesto diante de Deus (ARC), v. 12)

(10) A julgar pelo v. 4, Paulo realmente confiava nos crentes de Corinto?

(11) A repreensão de Paulo na carta anterior pode ter produzido arrependimento, mas também poderia ter produzido desobediência. Qual você acha que foi a razão pela qual esses crentes coríntios escolheram a primeira reação e não a segunda?

(12) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Falar a verdade no amor não é fácil

Porquanto, ainda que vos tenha contristado com a minha carta, não me arrependo, embora já me tivesse arrependido ...” (ARC) (2 Cor.7:8)

Apesar de Paulo ter elogiado os crentes de Corinto por seu arrependimento e obediência, eu acho que ele ainda não estava plenamente convencido de que obteria uma resposta positiva quando escreveu a carta anterior; caso contrário, ele não teria dito que inicialmente se arrependeu de tê-la escrito (7:8) e que agora estava feliz porque "não fiquei envergonhado (por causa deles)" (7:14). Em outras palavras, ele deve ter passado por muitas lutas internas enquanto escrevia sua carta anterior, e com razão.

É muito fácil ver o "cisco" nos olhos dos nossos irmãos e irmãs (Mt 7:4-5). Mesmo quando temos certeza de que a repreensão é válida, devido a sua ignorância ou desobediência deliberada da Palavra de Deus, devemos seguir o exemplo de Paulo e lutar antes de falar, especialmente antes de usar palavras duras.

Paulo estava totalmente qualificado para repreender os crentes de Corinto, não só porque ele era um apóstolo e havia guiado muitos deles a Cristo, mas porque ele lhes havia mostrado que os amava.

Já ouvi muitas palavras que supostamente eram justas, particularmente algumas que foram proferidas em público por auto-designados guardiões da verdade; no entanto, nenhuma dessas pessoas mostrou amor pelas pessoas que procurava repreender, como fez Paulo. Onde não houver esse amor, as palavras sempre serão vazias (1 Cor. 13:1).

No entanto, mesmo quando o nosso amor já tiver sido comprovado, como no caso de Paulo, devemos estar cientes (como Paulo) das possíveis consequências da nossa repreensão. Quanto mais severa for a nossa repreensão, mais tristeza ela infligirá àqueles a quem repreendemos. Quanto mais amor demonstrarmos, mais profunda será a dor que nossa repreensão infligirá. O propósito de nossa repreensão nunca é simplesmente "limpar a casa", mas restaurar (Gálatas 6:1). Portanto, devemos orar —e muito antes, durante e depois da nossa repreensão, para que ela resulte na “tristeza segundo Deus” que leva ao arrependimento.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Coríntios 8:1–8

Agora, o apóstolo Paulo volta sua atenção para um assunto muito prático, a saber, a coleta que estava sendo feita em várias igrejas para suprir as necessidades dos crentes em Jerusalém durante a fome (provavelmente uma referência ao incidente descrito em Atos 11:27-30). Parece que Paulo usa as igrejas da Macedônia como exemplo para "envergonhar" a igreja de Corinto com relação a este assunto.

(1) Por que Paulo usa a palavra "graça" para se referir às ofertas das igrejas da Macedônia?

(2) De acordo com os vv. 2-3, quão especial era a oferta das igrejas da Macedônia?

(3) No v. 4, Paulo explica a razão principal pela qual as igrejas macedônias podiam dar com grande alegria, além de sua capacidade e totalmente por conta própria, apesar de sua extrema pobreza. Qual é essa razão?

(4) Que lições você pode aprender das igrejas da Macedônia sobre as nossas ofertas?

(5) Faça uma breve pausa para comparar suas ofertas com as das igrejas da Macedônia.

(6) Em que áreas a igreja em Corinto se destacava?

(7) Essas áreas de excelência necessariamente fizeram com que a igreja fosse excelente na graça de dar? Por que ou por que não?

(8) Que razão Paulo dá ao citar como exemplo as igrejas da Macedônia?

(9) Você acha que sua exortação funcionará? Por que ou por que não?

(10) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Entregar-se primeiramente a si mesmo ao Senhor

Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia.” (NVI-PT) (2 Cor.8:1)

Sempre sou grato porque, seja qual for o motivo, muitas igrejas, incluindo aquelas com as quais estou intimamente associado, não passam o prato de ofertas durante o culto de domingo. Digo isso porque, como pastor, muitas vezes vejo pessoas que se esforçam para encontrar o dinheiro na carteira ou bolsa no último momento porque não chegaram preparadas para dar o dízimo. Isso me leva a pensar que esse deve ser um dos momentos mais desagradáveis do culto de adoração ao Senhor.

É óbvio que o apóstolo Paulo estava tentando envergonhar a igreja em Corinto devido à sua relutância em ajudar as igrejas em Jerusalém em sua situação difícil (que provavelmente estava ligada à fome mencionada em Atos 11:27-30). Paulo salienta que essa oferta era a graça dada por Deus. E ele tem razão.

Acho que todos concordamos que a capacidade de dar daquilo que é nosso é uma manifestação da graça. Devemos sempre ser gratos por não precisarmos receber ajuda de outras pessoas; isso é a graça de Deus.

No entanto, a graça que as igrejas macedônias demonstraram não foi somente a de dar, mas a de dar apesar de estar em condições de pobreza “extrema”, ou de acordo com a tradução de certo comentarista, de pobreza “total”. É impossível não se perguntar como as igrejas macedônias conseguiram dar apesar de estarem numa situação de pobreza extrema. Eu acho que essas igrejas não pensaram no pouco que elas tinham, mas no “nada” que as igrejas de Jerusalém tinham. Uma vez que eles não estavam enfrentando uma situação de fome, eles tinham a oportunidade de trabalhar mais para obter mais recursos, ao passo que os habitantes de Jerusalém não tinham como conseguir mais, nem mesmo se estivessem dispostos a trabalhar mais.

Mas Paulo nos dá o seguinte vislumbre do segredo desta "graça" dada por Deus às igrejas na Macedônia: "[Eles] entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor ..." (2 Coríntios 8:5). De fato, quando nos entregamos primeiramente a nós mesmos ao Senhor, nos colocamos à disposição de Seu Espírito, o qual nos pode usar para Suas imensas possibilidades e potenciais. Esta é a graça que devemos buscar diligentemente.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Coríntios 8:9–15

(1) O apóstolo Paulo acabou de usar o exemplo das igrejas macedônias para envergonhar e encorajar a igreja em Corinto a contribuir para a coleta cujo objetivo era aliviar a situação difícil dos crentes em Jerusalém. Por que ele considerou necessário mencionar o exemplo de Cristo nos v. 9?

(2) Em que sentido nosso Senhor era rico e em que sentido Ele era pobre?

(3) Como Sua pobreza nos enriqueceu? Quão ricos somos em Cristo?

(4) Como o exemplo de Cristo deve nos motivar a ajudar os pobres?

(5) Em sua opinião, o que pode ter feito com que os crentes em Corinto, os quais tinham sido os primeiros a responder ao apelo de Paulo de contribuir, ficassem desanimados depois de um ano?

(6) Qual é a ênfase da admoestação de Paulo nos vv. 11-12?

(7) O que a citação de Êxodo 16:18 nos ensina sobre o princípio de "igualdade" que deve existir entre a comunidade de crentes na família de Deus?

(8) Como você pode aplicar este princípio dentro de sua própria igreja local e mais além?

(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Igualdade na família de Deus

Nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade." (NVI-PT) (2 Coríntios 8:13)

Acho que você estaria de acordo comigo em que as igrejas de hoje são muito egocêntricas. Algumas igrejas até têm uma mentalidade de competição com outras igrejas comprometidas com a Bíblia localizadas na mesma área geográfica. É muito triste.

Já testemunhei um caso em que uma igreja estava alugando as instalações de outra igreja étnica cuja frequência estava diminuindo; depois de certo tempo, a primeira igreja adquiriu o prédio da última, mas logo se recusou a alugá-lo para a mesma igreja étnica à qual o edifício pertencera originalmente. Esse é um exemplo de quão egocêntricos podemos ser como igreja de Deus.

No entanto, também ouvi certo pastor compartilhar como sua igreja, apesar de não ser uma megaigreja, abriu seus corações e olhos para ver as necessidades de outras igrejas menores que estavam enfrentando dificuldades em sua comunidade e decidiu "dizimar" seu pastor e de seus recursos para ajudá-las. Essa é uma igreja que realmente entende que somos todos um na família de Deus.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Coríntios 8:16–24

É possível que esta parte da carta contenha a principal razão pela qual Paulo a escreveu, a saber, assegurar-se de que a igreja em Corinto cumprisse sua promessa de apoiar os crentes em Jerusalém. Devido à sua "abundância" (8:14), sua contribuição provavelmente seria uma soma importante.

(1) Paulo decidiu enviar três pessoas cuja responsabilidade seria levar os recursos coletados para Jerusalém. De acordo com os vv. 20-21, por quais razões ele decidiu usar esse método?

(2) Que princípio podemos aprender de Paulo com relação à administração de dinheiro dentro da comunidade religiosa?

(3) Consideremos as qualificações das três pessoas que foram escolhidas como responsáveis pela coleção. A primeira foi Tito. De acordo com os vv. 16, 17 e 23, por que Tito estava qualificado para essa tarefa?

(4) De acordo com os vv. 18-19, quais são as qualificações do segundo irmão?

(5) De acordo com o versículo 22, quais são as qualificações do terceiro irmão?

(6) De acordo com as qualificações mencionadas acima, com que base devemos escolher aqueles que supervisionam os assuntos financeiras dentro da igreja?

(7) Por que não basta fazer o que é certo “aos olhos do Senhor, mas também aos olhos dos homens” (v. 21), especialmente quando se trata de assuntos financeiros dentro da igreja?

(8) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O ministro e o dinheiro

pois estamos tendo o cuidado de fazer o que é correto, não apenas aos olhos do Senhor, mas também aos olhos dos homens.”(NVI-PT) (2 Coríntios 8:21)

Talvez não seja errado supor que a principal razão pela qual Paulo escreveu 2 Coríntios foi assegurar-se de que a igreja de Corinto cumpriria sua promessa de ajudar os crentes em Jerusalém naquela época de fome. É provável que Tito e os outros dois irmãos mencionados no capítulo 8 tenham sido os portadores da carta.

O que para mim foi de grande impacto foi ver quanto cuidado" Paulo teve para levar a cabo esta coleção de tal maneira que não houvesse críticas. O simples fato de que qualquer dinheiro que fosse arrecadado seria administrado por não só um, mas três irmãos, aliviaria qualquer suspeita que pudesse surgir. Além disso, as qualificações desses três deviam ser suficientes para silenciar qualquer crítica que pudesse surgir. Paulo conhecia muito bem o poder dos rumores e o poder destrutivo que pode ter um ataque contra a integridade de um ministério ou de seus ministros. Apesar disso, parece que muitos líderes cristãos ao longo da história da igreja têm ignorado este campo minado. Um exemplo negativo que me vem à mente é o de Watchman Nee.

No auge de seu ministério, Watchman Nee, por alguma razão espiritual, decidiu operar um negócio no setor farmacêutico, e os danos resultantes, tanto a seu ministério quanto à sua própria reputação, estão bem documentados. Nunca se deve misturar o comércio e o ministério, e este mesmo princípio dita que um pastor nunca deve gerenciar ou tocar nas finanças da igreja ou de qualquer parte dela.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Coríntios 9:1–15

(1) Parece que o zelo inicial dos coríntios havia diminuído. Apesar disso, qual havia sido o efeito de seu entusiasmo inicial?

(2) O que teria acontecido se as igrejas macedônias tivessem ouvido que os mesmos que tinham despertado o seu zelo para ajudar as igrejas de Jerusalém não haviam dado prosseguimento com ações concretas? Que impacto isso teria tido sobre eles?

(3) Por que Paulo ficou tão preocupado que decidiu enviar com antecedência esses três irmãos para visitá-los? (v.5)

(4) Que lições podemos aprender disso?

(5) A fim de se assegurar de que a igreja de Corinto cumpriria sua promessa, Paulo, além de usar a tática da "vergonha" no capítulo 8, usou as seguintes observações para admoestá-los ainda mais sobre as ofertas:

a. Que observação ele faz no versículo 6? Esse é um motivo válido para dar? Por que ou por que não?

b. Que observação ele faz no versículo 7? Eles deviam dar mesmo se realmente não quisessem?

c. Qual é a razão pela qual Deus nos abençoa abundantemente?

d. Reflita sobre o v. 9 (uma citação do Salmo 112: 9). Por que a Bíblia relaciona a "justiça" com o ato de dar?

(6) Parece que a citação do Salmo 112:9 apresenta um conceito que merece mais explicações. Por isso, Paulo fala mais sobre o tema nos vv. 10-15:

a. De acordo com Paulo, qual é o resultado direto de sua generosidade (no v. 11)?

b. De acordo com o versículo 13, qual é o tema desse elogio e quem o proclama?

c. Como os beneficiados retribuirão sua generosidade?

d. Agora, procure relacionar a multiplicação que Deus faz de suas sementes armazenadas com o aumento de sua colheita de justiça (de acordo com o v. 10).

(7) Se você estivesse entre os crentes de Corinto, qual de todas as admoestações acima lhe teria dado a capacidade de contribuir generosamente para ajudar os crentes que estavam sofrendo em Jerusalém?

(8) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
As razões para dar

"se alguns macedônios forem comigo e os encontrarem despreparados, nós, para não mencionar vocês, não fiquemos envergonhados por tanta confiança que tivemos." (NVI-PT) (2 Cor. 9:4)

Para que possamos compreender a admoestação que Paulo dá à igreja de Corinto com relação ao cumprimento de sua promessa de contribuir para a coleta que seria enviada por várias igrejas para ajudar as igrejas que estavam sofrendo em Jerusalém, precisamos entender o relacionamento verdadeiramente íntimo que Paulo tinha com esta igreja, apesar de seus muitos mal-entendidos e dores. Paulo teria entregado a sua própria vida por esta igreja; aliás isso foi exatamente o que ele o fez. Portanto, não era necessariamente errado para ele envergonhá-los. Ele os conhecia muito bem, e a vergonha ou dor era mútua; os coríntios não foram os únicos afetados.

No entanto, Paulo não quis usar somente a tática de "envergonhá-los". Ele queria se assegurar de que os crentes coríntios compreendiam o verdadeiro significado de dar; é por isso que no Capítulo 9 ele os lembra dos diversos motivos corretos ou razões adequadas para dar, entre os quais estão os seguintes:

(1) O princípio geral de que Deus abençoa os Seus filhos. Aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. (9:6)

(2) Deus ama quem dá com alegria e não quem dá com relutância (9:7).

(3) Deus nos abençoa para que nós possamos abençoar os outros (9:8).

(4) Nossas ofertas produzirão uma colheita de justiça (9:9).

Das quatro admoestações anteriores, a que considero mais convincente é a última, uma vez que a colheita de justiça se expressa por meio das ações de graças e do louvor que são oferecidos a Deus "pela obediência que acompanha a confissão que vocês fazem do evangelho de Cristo" (9:13). Isso significa que as pessoas podem perceber que nossa oferta é motivada pela nossa obediência a Deus e é uma consequência da nossa confissão do evangelho de Cristo, sejam elas os próprios beneficiados pela nossa generosidade ou outros que podem ver as nossas boas obras a esse respeito. Em outras palavras, nossa própria generosidade dará testemunho do evangelho que pregamos e, por fim, glorificará a Deus e não a nós mesmos. O lado negativo dessa verdade é que nossa falta de generosidade com relação às necessidades de nossos irmãos revela a falsidade da nossa afirmação de sermos cristãos e desonra o Deus que dizemos adorar.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Coríntios 10:1–6

Depois de abordar a questão da coleta, Paulo uma vez mais se defende contra as críticas que já havia mencionado em 1:17 sobre seu suposto comportamento "segundo os padrões humanos", especialmente em voltar atrás depois de ter prometido visitar a igreja de Corinto.

(1) Quão importante foi para Paulo começar esta defesa de seu próprio caráter e integridade enfatizando que (a) o que ele estava prestes a dizer seria feito na forma de um apelo, e que (b) ele o faria com a humildade e mansidão de Cristo?

(2) Paulo poderia ter feito isso na forma de uma repreensão cheia de raiva e orgulho? Por que ou por que não?

(3) O que os coríntios poderiam fazer para impedir que Paulo se dirigisse a eles com ousadia?

(4) Quando estivermos envolvidos numa disputa na igreja, como podemos perceber quando já começamos a brigar como o mundo? O que o mundo secular usa para resolver as disputas? Quais "armas" específicas são usadas pelo mundo?

(5) Paulo diz que as "armas" que eles usam têm poder divino para destruir fortalezas (10:4):

a. Quais são as fortalezas às quais ele se refere neste contexto (v. 5)?

b. À luz do que essas fortalezas representam, tente descobrir quais são suas "armas"?

c. Até este ponto, o que Paulo tem usado contra as várias questões (pecados e falhas) na igreja de Corinto?

(6) É nesta seção que a “ousadia” de Paulo atinge o seu auge (v. 6). Ele está totalmente preparado para lidar com aqueles que o atacam, mas está esperando que a obediência dos crentes de Corinto seja cumprida.

a. O que significa "uma vez estando completa a obediência de vocês"? A que “obediência” Paulo se refere?

b. Como Paulo pretende "punir" cada ato de desobediência (provavelmente daqueles em Corinto que o estavam atacando)?

(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A ousadia e a mansidão em Cristo

pela mansidão e pela bondade de Cristo, apelo para vocês.” (NVI-PT) (2 Coríntios 10:1)

Em geral, os comentaristas estão de acordo em que o tom desta parte da carta que começa com o capítulo 10 é marcadamente diferente daquele dos primeiros 9 capítulos. Embora a primeira parte da carta também contenha advertências diretas, "o tom é essencialmente um de alívio, consolação e confiança em Deus e nos coríntios", enquanto o tom da última parte é "marcado pelo uso de sátira, sarcasmo, uma vigorosa defesa de si mesmo, censuras ...” (TNTC, 2 Coríntios, 169). Isso tem levado alguns comentaristas a pensar que esta última parte talvez tenha sido um fragmento de outra carta, uma sugestão que, naturalmente, não passa de uma mera especulação.

No entanto, é evidente até mesmo nesta última parte da carta que Paulo se dirige tanto aos crentes coríntios (que ele considera as vítimas) quanto aos intrusos (aqueles que ele considera os verdadeiros transgressores, os desobedientes). Ele continua a se dirigir àqueles "pela mansidão e pela bondade" (10:1), ao passo que se dirige a estes com ousadia.

Sua advertência no v. 10:6 é dirigida contra esses intrusos: "E estaremos prontos para punir todo ato de desobediência, uma vez estando completa a obediência de vocês."

O que Paulo quer dizer com isso é que antes de castigar esses intrusos, ele dará aos crentes de Corinto uma oportunidade de se dissociarem deles e obedecer aos seus ensinamentos.

Embora Paulo não tenha explicado como ele pretendia castigar os desobedientes e quais eram as armas divinas que ele pretendia usar, entendemos através do livro de Atos e de suas outras cartas que seu poder é sempre a palavra de Deus - o evangelho de Jesus Cristo. O que destruiria argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus e levaria cativo todo pensamento para torná-lo obediente a Cristo (10:5) era a pregação da palavra não adulterada do evangelho.

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Coríntios 10:7–18

Depois de advertir os coríntios sobre a importância de sua obediência às suas admoestações e ensinos, Paulo agora defende suas credenciais apostólicas e sua autoridade.

(1) Paulo os acusa de julgá-lo com base em sua aparência (10:7). O que alguns deles diziam sobre a sua aparência (10:10)? (Você talvez queira consultar várias traduções para ter uma idéia mais plena do que significa o v. 10)

(2) Se você fosse o apóstolo Paulo, como responderia a essas críticas?

(3) Por que não é sensato nos compararmos a nós mesmos (10:12)?

(4) Com quem Paulo se comparava? Ele se comparava com outras pessoas? Por que ou por que não?

(5) O que Paulo diz para justificar o seu “orgulho” da autoridade que o Senhor lhe dera para edificar os coríntios? (10:8, 13-15)

(6) Paulo realmente se orgulhava de si mesmo? (10:17-18)

(7) De acordo com os vv. 15-16, Por que ele se apegava à autoridade que o Senhor lhe dera sobre os coríntios?

(8) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Ju
lgar com base na aparência

"Vocês observam apenas a aparência das coisas... Pois alguns dizem: 'As cartas dele são duras e fortes, mas ele pessoalmente não impressiona, e a sua palavra é desprezível'." (NVI-PT) (2 Coríntios 10:7, 10)

Deixe-me citar o seguinte texto para nos ajudar a entender como Paulo provavelmente estava sendo julgado com base em sua aparência:

“Os tons defensivos encontrados em 1 Coríntios mostram claramente que Paulo fora levado a se sentir inadequado para os discursos retóricos (1 Cor. 2:1-5; cf. 1:18-31). É possível que a chegada de Apolo (um homem com talentos retóricos) entre a primeira visita de Paulo e a redação da Primeira Carta (ainda existente) aos Coríntios tenha gerado certa insatisfação com a competência de Paulo como orador público ... Embora o Corinto da época de Paulo tivesse uma base romana, não devemos subestimar a influência exercida pela cultura grega. Durante séculos, a arte e a escultura gregas haviam expressado um evidente valorização da forma externa, tanto nos edifícios como nas pessoas, especialmente em atletas e guerreiros, os quais normalmente eram retratados de forma "heróica". Em sintonia com essa tendência, os oradores públicos eram julgados com base na excelência de sua retórica, bem como sua aparência física, tanto pela potência de sua voz quanto pelo porte imponente ... De acordo com Os Atos de Paulo e Tecla, uma obra frequentemente citada que foi escrita no segundo século, Paulo não cumpria essas expectativas, uma vez que era 'um homem de estatura média (alguns o traduzem de pequena estatura), e cabelos ralos (alguns o traduzem calvo); suas pernas eram um pouco tortas, seus joelhos eram salientes, ele tinha olhos grandes e sobrancelhas que se juntavam, além de ter um nariz um tanto comprido (alguns traduzem como um gancho) ..."
(TNICNT, 2 Coríntios, 476-7)

Se esse relato for autêntico, isso mudaria a sua percepção do apóstolo Paulo? Você apreciaria ainda mais os desafios que ele teve que enfrentar como apóstolo, especialmente entre estas pessoas de Corinto?