Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Efésios 4:7–16

Nesta semana, concluiremos o estudo do livro de Efésios no Novo Testamento.

Depois de exortar a igreja a fazer todo o possível para conservar o vínculo da paz, enfatizando a diversidade da "unidade" em Cristo, Paulo reconhece que unidade não significa "uniformidade", mas diversidade, no corpo de Cristo:

(1) Como Paulo justifica a necessidade da diversidade, apesar da unidade peculiar da igreja? (vv. 7-8; leia Salmos 68:18)

(2) Qual é o contexto original do Salmo 68:18? (vide Salmo 68:17)

(3) Qual foi o propósito original de dar (ou receber) dons, de acordo com o seguinte?

a. Salmo 68:18

b. Paulo, neste versículo (4:10) (vide a Nota abaixo)

(4) Responda às seguintes perguntas sobre a menção dos diversos dons que Cristo reparte à igreja:

a. Qual é o papel dos apóstolos e dos profetas? (2:19-22)

b. O que você entende que são as funções dos outros dons mencionados por Paulo com relação aos dos apóstolos e profetas? (4:11)

(5) O propósito da distribuição de dons para a igreja (vv. 12-13):

a. A função principal desses dons (de apóstolos ... mestres) é capacitar "os santos" para as obras de serviço. O que é a ênfatizado aqui? (v. 12a)

b. Os seguintes são os "objetivos gêmeos" deste "aperfeiçoamento" na edificação da igreja (v. 13):

  1. "... até que todos cheguemos à unidade da fé": o que significa isso?
  2. E a unidade do "conhecimento do Filho de Deus”: o que significa isso?

c. Quando o corpo de Cristo cumprir os "objetivos gêmeos" acima, ele pode ser descrito como um homem maduro (ou completo). Isso parece significar que ele atinge a medida plena da plenitude de Cristo. Como seria uma igreja que fosse assim?

(6) Os resultados (ou marcas) de ter alcançado a plenitude de Cristo como um corpo maduro de Cristo (vv. 14-15):

a. Qual é o primeiro resultado (ou a primeira marca) de uma igreja madura? (v. 14)

b. Qual é o segundo resultado (ou a segunda marca) de uma igreja madura? (v. 15)

c. Como esses dois resultados (ou marcas) são alcançados? (v. 16)

(7) "... na medida em que cada parte realiza a sua função" (v. 16)

a. Qual é a função dos evangelistas, pastores e mestres na obtenção desses resultados (ou marcas)?

b. Qual é a função no resto da igreja na obtenção desses resultados (ou marcas)?

(8) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

Parece que o apóstolo Paulo alterou de forma arbitrária o Salmo 68:18: em lugar de dizer "recebeste dons para os homens", ele diz "deu dons aos homens". No entanto, "Receber dons para os homens implica dar os dons aos homens. Se Cristo recebeu dons para os homens, isto é, que eram destinados a eles, será que Ele os conservaria para Si mesmo em vez de dá-los àqueles para quem são destinados?" (Lenski, 519) É assim que foi traduzido num Targum Aramaico Oriental do primeiro século d. C., e na opinião de F.F. Bruce, “Há evidências ocasionais de que Paulo e outros escritores do NT usavam as versões targúmicas (ou versões que hoje conhecemos somente através dos targumim), especialmente quando essas versões eram as mais adequadas para apoiar seus argumentos do que a redação do texto hebraico ou da Septuaginta” (Bruce, 342). Um targum é uma tradução aramaica do VT, e com frequência se refere a eles como interpretações ou paráfrases do VT.

Reflexão meditativa
Cada um deve fazer a sua parte

Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função” (NVI-PT). ( Efésios 4:16)

Ao enfatizar a unidade desta nova criação em Cristo, a igreja, o apóstolo Paulo reconhece que essa unidade não é automática. Em primeiro lugar, cada um de nós é um bebê espiritual que não só precisa amadurecer, mas também crescer com relação a todo o corpo de Cristo. Em segundo lugar, Satanás, embora já tenha sido derrotado por Cristo na cruz, ainda não recebeu o seu castigo final e atualmente está trabalhando de forma ativa para impedir o crescimento de crentes, tanto jovens quanto idosos, por meio de seus ensinamentos enganosos.

Com isso em mente, o apóstolo Paulo exorta os líderes da igreja, a saber, os apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, a usarem os dons que Cristo lhes deu "com o fim de preparar os santos para a obra do ministério" (4:12).

Deve-se observar o seguinte:

(1) Paulo não diz que somente aqueles líderes que são mencionados em Efésios 4 receberam dons. Ele já havia mencionado em 1 Coríntios 12 e Romanos 12 que todos os crentes recebem dons. Não há nenhum crente que não tenha recebido um dom.

(2) Embora seja certo que os "apóstolos e profetas" são o "fundamento" sobre o qual a igreja foi estabelecida (2:19-22), este texto sugere que os restantes de nós, aqueles que vivemos após a Era Apostólica, deve continuar edificando os seus ensinamentos. Os evangelistas, pastores e mestres são os ministros centrais que fazem o trabalho de equipar outros de modo que “cada parte realiza a sua função” (4:16).

(3) A tarefa dos evangelistas, pastores e mestres implica uma dupla responsabilidade: "até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus" (4:13). Isso se refere não somente ao ensino de verdades objetivas, mas também à aquisição de conhecimento experiencial de Cristo, algo que é impossível alcançar através de uma simples busca pessoal, para que o corpo de Cristo, a igreja, não fracasse nos seus intentos de atingir a medida plena da plenitude de Cristo.

(4) Este objetivo de alcançar a medida plena da plenitude de Cristo só pode ser atingido "na medida em que cada parte realiza a sua função" e "em amor" (4:16). Embora nem todos nós tenhamos o dom de ser líderes na igreja, se ignorarmos nossos dons e não realizarmos a nossa função, e se não buscarmos crescer no amor, a igreja nunca poderá alcançar a unidade, nem se tornará um corpo maduro de Cristo, capaz de resistir ao ataque do maligno.

Deixe-me concluir com as seguintes duas perguntas:

- Você sabe qual é a sua “função” (ou papel) no Corpo de Cristo, a igreja?

- O "amor" é a marca do seu papel na igreja?

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Efésios 4:17–28

Depois de abordar o aspecto corporativo do Corpo de Cristo, Paulo fala aos membros individuais do Corpo— aos próprios santos:

(1) Ao exortar os crentes gentios a abandonarem seus antigos modos de vida, por que o apóstolo diz que ele (pode) “testificar" no Senhor? (v. 17)

(2) Qual é a relação entre a mentalidade de uma pessoa e seu modo de vida? (v. 17)

(3) O modo de vida e o raciocínio dos pagãos (vv. 18-19): O verbo principal nesta longa oração é, "eles se entregaram à" (v. 19).

a. Quais são as coisas às quais os pagãos se entregaram? (v. 19)

b. Com que propósito eles "se entregaram" a isso? (v. 19b)

c. As razões desse tipo de vida e mentalidade de "vaidade" incluem as seguintes (v. 18):

  1. Um entendimento obscurecido (v. 18a):
  1. O que significa isso?
  2. Como isso se reflete na vida de uma pessoa?
  1. Separação da vida de Deus (v. 18b):
  1. Qual é o resultado dessa separação (Efésios 2:1-3)
  2. O que causou essa separação? (v. 18c)
  3. O que tem contribuído para a sua ignorância? (v. 18d)

d. Por que Paulo diz que esse estilo de vida e raciocínio são "vaidade"?

e. Com qual dos aspectos acima você mais se identificava na sua "antiga vida"?

(4) Em comparação com isso, quão diferente é o modo de vida e raciocínio em Cristo? Você consegue destacar brevemente algumas das principais diferenças?

(5) Paulo agora usa a analogia de colocar e tirar a roupa para descrever o nossa nova forma de vida em Cristo (vv. 20-24).

a. Como aprendemos sobre esta nova forma de vida? (v.21)

b. Por que Paulo usa a expressão "velho homem" para se referir ao nosso velho eu?

c. Esse "velho homem" foi corrompido por "desejos enganosos": O que significa isso? (v. 22)

d. Paulo nos diz que devemos nos despir deste nosso "velho homem" sendo renovandos "no modo de pensar". Como se faz isso? (v. 23; vide Romanos 12:1 e ss.)

e. O que é o "novo homem" do qual devemos nos revestir em vez disso? (v. 24)

f. Por que você acha que Paulo usa a analogia de trocar de roupa neste contexto? Quão apropriada é esta analogia?

(6) Mais precisamente, o apóstolo Paulo nos exorta a nos despir das seguintes coisas (vv. 25-28):

a. A mentira: Quão importante é dizer a verdade e não mentiras, especialmente para os nossos irmãos e irmãs em Cristo? (v. 25)

b. A ira (vv.26-27):

  1. Por que Paulo nos exorta a não pecar quando ficamos irados em vez de nos exortar a não ficarmos irados?
  2. Quão sábio é o conselho de não permitir que a ira persista depois do pôr do sol?
  3. Como podemos dar ao diabo uma posição segura em nossas vidas quando persistimos na nossa ira?

c. O furto (v.28)

  1. Embora a maioria de nós nunca fomos considerados ladrões perante a lei, quais são algumas coisas que talvez tenhamos furtado?
  2. De acordo com o ensino de Paulo, qual é uma das atitudes apropriadas que o cristão deve ter com relação ao trabalho? (v. 28c)

(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A futilidade da mentalidade mundana

Assim, eu lhes digo, e no Senhor insisto, que não vivam mais como os gentios, que vivem na inutilidade dos seus pensamentos (NVI-PT). (Efésios 4:17)

Sem dúvida, a mente é o campo de batalha da vida espiritual de qualquer pessoa. É muito certo o que diz o provérbio "nós somos o que pensamos". Por isso, o apóstolo Paulo exorta aqueles cristãos em Éfeso que eram gentios a não viverem mais como antes; como parte de sua exortação, ele chama a sua atenção para o fato de que suas vidas anteriores eram controladas por uma mentalidade caracterizada pela inutilidade. Claro, essa mentalidade não se limita aos gentios; ela é encontrada em todos aqueles que estão separados de Deus. É por isso que Paulo diz "insisto" (uma palavra grega que significa "testificar" ou "dar testemunho"), uma vez que essa característica também descreve o antigo modo de vida do próprio Paulo quando estava separado de Deus.

Paulo dá as seguintes razões (em 4:18) pelo seu uso da expressão "inutilidade dos seus pensamentos" para descrever a mentalidade de todos os incrédulos:

(1) Seu entendimento (ou intelecto) está escurecido: isso significa que, independentemente de quão brilhante seja os seu intelecto e quão alto seja o seu QI, eles não são incapazes de pensar claramente a respeito das coisas espirituais, quer dizer, coisas que estão relacionadas com Deus. Portanto, até mesmo as grande realizações das quais são capazes as suas mentes, nas palavras de Salomão, não passam de "vaidade". (Ecl. 2:11)

(2) Seus corações estão endurecidos: a palavra "endurecimento" é a mesma que significa "petrificação", a qualidade que têm as "pedras". Isso significa que o hábito de viver entre os pecados priva a pessoa de qualquer sensibilidade, não só para com Deus, mas até mesmo com respeito à sua percepção básica do que é "certo ou errado". Nós também, apesar de sermos cristãos, observamos que mesmo acontece em nossas vidas. Quando nos opomos de forma consistente à convicção que nos dá o Espírito Santo dos nossos pecados, ficamos insensíveis em  nossos hábitos pecaminosos. Se isso acontece com os cristãos, quanto mais caracteriza as vidas dos descrentes!

(3) Sua ignorância está profundamente arraigada: de acordo com o apóstolo Paulo, isso os levou a uma "profunda ignorância". A versão original em grego destaca que o seu próprio "ser", quer dizer, a essência de sua vida, é uma de ignorância a respeito de sua verdadeira condição.

(4) Eles estão separados da vida de Deus: Paulo descreve sua condição como uma em que seu intelecto está obscurecido e seus corações petrificados, sendo eles ignorantes de sua verdadeira condição. Esses aspectos têm perpetuarado a sua separação da vida de Deus, empurrando-os para cada vez mais longe dEle.

O resultado da condição descrita acima é que os pagãos se entregam à "dissolução, para, com avidez, cometerem toda impureza" (4:19). Isso significa que eles estão determinados a fazer somente aquelas coisas que os dão prazer, o que na realidade os leva a um poço sem fundo que nunca poderá lhes dar a verdadeira satisfação; tão grande é a vaidade de suas vidas.

Infelizmente, esse é um retrato fiel do mundo que está diante de nós, cuja condição, mesmo sem precisar experimentar o julgamento de Deus, trará uma autodestruição total!

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Efésios 4:29–5:7

O apóstolo Paulo continua a exortar estes cristãos gentios a viverem suas novas vidas de acordo com a verdade que têm aprendido em Cristo; agora ele se concentra em suas vidas em comunidade como uma igreja:

(1) Como devemos falar uns com os outros (v.29)

a. Quão importante é vigiar cada palavra que dizemos aos outros na igreja? (vide também Tiago 3:5-8)

b. Quais são alguns exemplos de palavras torpes (ou corruptas)? (v. 29a)

c. É óbvio que devemos pensar antes de dizer qualquer coisa. O que devemos considerar antes de falar? (v. 29b)

(2) O Espírito Santo (v.30)

a. Qual é uma das funções do Espírito Santo da qual Paulo nos lembra?

b. Dê alguns exemplos de coisas que fazemos que o podem entristecer, uma vez que Ele é o selo da nossa redenção.

c. O que sabemos sobre o Espírito Santo com respeito ao fato de que é possível "entristecê-Lo"?

(3) Toda maldade (v.31)

a. Quais são algumas das formas de maldade mencionadas por Paulo?

b. O que essas formas de maldade têm em comum?

c. Quão destrutivos são para o corpo de Cristo?

(4) O contrário da "malícia" (v. 32)

a. Você concorda que as ações enumeradas no versículo 32a são o contrário das do versículo 31?

b. Se sua resposta for sim, em que sentido elas são o contrário daquelas?

c. Qual é uma das manifestações ou expressões mais importantes da bondade e compaixão? (v. 32b)

d. Você ainda se recusa a perdoar alguém em sua vida?

e. Como você pode se livrar desse desejo de não perdoar? (vide 5:1-2)

f. À luz do que Paulo disse acima, você acha que é opcional perdoar os outros?

(5) Mais exortações sobre sua vida em comunidade (5:3-7)

a. Por que a imoralidade sexual, a impureza e a ganância são tão impróprias para o povo de Deus? (v. 3)

b. Por que nem deveríamos mencioná-las (quer dizer, falar sobre elas)?

c. Mais informação sobre a nossa nova "fala": já sabemos o que são as obscenidades e as conversas tolas (v. 4):

  1. O que são os "gracejos imorais"? Por que eles não deveriam aparecer nas conversas do povo santo de Deus?
  2. Em vez disso, devemos dar graças:
  1. Se déssemos graças o tempo todo, como Paulo nos instrui aqui, qual seria o resultado para nós e nossos irmãos e irmãs em Cristo?
  2. Para aqueles cristãos que sempre dão graças, haverá alguma situação em que as ações de graças não seriam apropriadas?

d. Mais discussão sobre imoralidade, a impureza e a ganância (v.5)

  1. O que o v. 5:3 diz sobre esses pecados?
  2. Aqueles membros da igreja que continuam a viver nesses pecados são crentes genuínos? Por que ou por que não?
  3. Por que a ganância é o mesmo que idolatria? (vide também Colossenses 3:5)

e. O que devemos pensar sobre aqueles mestres que discordam desta advertência de Paulo? (v. 6) O que poderia ser a sua motivação para rejeitá-la?

f. Como devemos tratá-los? (v. 7) O que significa isso?

(6) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Autênticos dadores de ações de graça

"Não haja obscenidade, nem conversas tolas, nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ações de graça" (NVI-PT). (Efésios 5:4)

Pode-se supor que a igreja, uma vez que é a comunidade dos santos, seria um povo que só usa uma linguagem pura. No entanto, muitas vezes isso não acontece, e isso pode ser observado facilmente visitando os cristãos no seus locais de trabalho e em suas casas. E como Paulo menciona em Efésios, o que é pior ainda é que alguns até continuam a usar obscenidades, conversas tolas e gracejos imorais quando se reúnem com outros irmãos e irmãs, seja num entorno social ou numa atividade oficial da igreja.

Paulo usa palavras duras ao falar sobre tais comportamentos, exortando a igreja em Éfeso a não permitir, "nem mesmo mencionar" nada impuro ou imoral; ele também afirma que qualquer um que não estiver de acordo com ele é um "enganador" com o qual não podemos nos associar (5:6-7). Isso significa que não só não devemos servir ao lado de tais pessoas, mas também que não devemos nos associar a elas numa “comunhão perigosa” (Calvino).

Então, que tipo de discurso é apropriado para esta comunidade de santos? Paulo diz que a comunidade dos santos deve ser caracterizada pela "ação de graças". De acordo com Calvino e Lenski, a palavra "ação de graças (euxaristía)" é melhor traduzida com a expressão "falar sobre a graça de Deus". Estes são os resultados de perceber que tudo, até mesmo o dom mais insignificante, foi dado por Deus, dando-lhe graças por ele:

- Tal atitude realmente reflete uma vida de constante reflexão e auto-exame, cujo propósito é não permitir que nenhuma graça de Deus passe despercebida em nossas vidas.

- Também aumenta a nossa fé, pois quanto mais reconhecermos que tudo é pela graça, mais confiaremos nEle nos nossos momentos de necessidade.

- É assim que aprendemos a dar graças, até pelas “coisas ruins” que acontecem a nós; isso transforma a nossa ação de graças num verdadeiro “sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hb. 13:15). Francamente, essa é a marca de um "verdadeiro dador de graças", sem o qual não somos nada mais do que gongos que ressoam ou pratos que retinem, embora digamos um milhão de vezes por dia que somos gratos.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Efésios 5:8–20

5:8-14—Vivam como filhos da luz—Paulo continua a exortar os santos a serem imitadores de Deus, mas agora ele usa a luz como ilustração:

(1) Ele não diz que, como santos, uma vez vivíamos nas trevas e agora vivemos na luz; antes, ele diz que uma vez éramos trevas, mas agora somos luz no Senhor.

a. Qual seria a diferença entre as duas afirmações?

b. O que significa a frase "filhos da luz"?

(2) Qual é a evidência de que somos filhos da luz? (v. 9)

(3) Como filhos da luz (no Senhor), precisamos descobrir o que agrada ao Senhor (v.10):

a. Por que precisamos "aprender a discernir" o que é agradável ao Senhor?

b. Como fazemos isso?

(4) O oposto do fruto da luz (vv. 11-14):

a. Como devemos lidar com "as obras infrutíferas das trevas"? (v. 11)

b. Podemos repreender (ou expor) essas obras sem repreender (ou expor) aqueles que as praticam?

c. Uma vez que suas obras forem expostas, o que poderia acontecer àqueles que praticam as obras das trevas? (v. 13)

d. Como eles podem sair de suas trevas? (v. 14)

5:15-20—Viver como sábios

(5) O que estes "dias maus" têm a ver com a advertência de que é nessecário ter "cuidado com a maneira como vocês vivem"? (v. 15)

(6) Viver com sabedoria é o mesmo que "remir o tempo" (de acordo com o original em grego). O que significa "remir" (ARC)? (v. 16)

(7) Viver com sabedoria é o mesmo que compreender qual é a vontade do Senhor (v. 17).

a. Qual é a vontade do Senhor? (vide Romanos 12:1 e ss.)

b. Como podemos entender qual é a Sua vontade?

c. Por que é tolice não fazer isso?

(8) Uma vida de sabedoria não deve estar cheia de vinho, mas do Espírito Santo (vv. 18-20).

a. Por que Paulo faz um contraste entre essas duas coisas?

b. A frase "deixem-se encher pelo Espírito" contém o único verbo principal nesta oração até chegar ao v. 21 (o qual analisaremos amanhã).

  1. Por que falar "com salmos, hinos, e cânticos espirituais" é uma expressão de alguém que está cheio do Espírito? (v. 19 ) E se você não gostar de música?
  2. Por que as ações de graças (quer dizer, falar da graça de Deus) são uma expressão de alguém que está cheio do Espírito? (v.20)

(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Use bem o seu tempo

Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus (ARC). ( Efésios 5:15-16)

Sempre acho interessante o fato de o apóstolo Paulo, em sua exortação a usar sabiamente o tempo, ter usado a expressão "remir o tempo” (no original em grego) quando fala sobre o tempo. Deixe-me compartilhar com você as reflexões de Lenski sobre esta expressão:

“Quando é que os cristãos realmente estão sendo sábios? Quando eles 'continuam comprando oportunidades ... e as comprar até se esgotarem'. Embora os clássicos tenham usado um verbo diferente, eles usavam a mesma figura retórica. A palavra 'kairós' refere-se a um momento especial que é propício para determinado evento, a temporada em que pode ser feito, daí a oportunidade. A sabedoria cristã aproveita essas oportunidades ao máximo. Esses prazos são curtos e logo passam; por isso, é preciso reconhecê-los e comprar enquanto a compra ainda for boa. Nós usamos a expressão 'aproveitar' a oportunidade; Paulo usa a expressão 'comprar', comprar toda a oferta. Em outras palavras, deve-se pagar o preço necessário com o esforço e empenho que forem requiridos. Aquele que se recusa a comprar por estar esperando uma oportunidade ainda melhor (que muitas vezes nunca chega) revela a sua falta de sabedoria. E com certeza, aquele que nem percebe a oportunidade, e como resultado a perde, evidencia uma carência ainda maior de sabedoria. Nossas vidas são curtas, e nos dão somente umas poucoas oportunidades limitadas; o verdadeiro sábio é aquele que investe 100% de seus recursos em cada oportunidade; só assim ele poderá apresentar o seguinte relatório: 'Senhor, a tua mina rendeu outras dez' ... (Lc. 19:16).

“A oportunidade em si é sempre um convite e um incentivo positivo. Porém, há também a seguinte motivação negativa para exercitar a sabedoria plena, comprando completamente tudo o que qualquer oportunidade nos oferece: 'porquanto os dias são maus' . O adjetivo usado aqui significa brutalmente e ativamente perversos. Os dias são tão maus que espalham iniqüidades de todos os tipos entre os homens a fim de levá-los à condenação.

“Essa representação também descreve os nossos dias. O que Paulo faz aqui é muito mais do que dizer que tempos são maus, cheios de dificuldades e aflições. Ele não quer dizer que, quanto mais maldade houver, mais oportunidades teremos de comprar. O mal não é uma oportunidade; é algo que limita as oportunidades. É por isso que devemos aproveitar cada uma das oportunidades que ainda estão sendo oferecidas, usando-a com sabedoria de modo que possamos comprar tudo o que ela oferece. Seria uma pena perdê-la ou comprar só uma parte dela!"
(Lenski, 614-5)

Calvino acrescenta o seguinte:

"E qual é o preço de resgatá-lo? É o seguinte: afastar-nos da infinita variedade de atrações que facilmente nos distraem; livrar-nos das preocupações e prazeres do mundo; e, em suma, abandonar qualquer coisa que nos impede. Devemos procurar recuperá-lo de qualquer forma possível, e permitir que as numerosas ofensas e o trabalho árduo, os quais muitos consideram como desculpas para sua indolência, sirvam antes para despertar a nossa vigilância.”
(Comentários de Calvino XXI, 314)

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Efésios 5:21–33

Marido e mulher—É muito importante reconhecer que o que segue a exortação de Paulo (sobre a necessidade de que os crentes estejam cheios do Espírito Santo) são vários particípios (no original em grego), entre os quais estão os seguintes:

- Falando entre vós com salmos, hinos e ccânticos espirituais

- Cantando e "salmodiando" ao Senhor no vosso coração (v. 19)

- Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai ... ( v. 20)

- Sujeitando-vos uns aos outros por temor a Cristo (v.21)

(1) Em que sentido a submissão mútua é uma expressão de que somos cheios do Espírito Santo?

(2) O primeiro item que aparece sob o título "submissão mútua" é o relacionamento entre marido e mulher. Paulo começa aplicando esse princípio às esposas (vv. 22-24).

a. Se todos devemos nos sujetar uns aos outros, por que Paulo menciona primeiro as esposas como aquelas que devem ser submissas?

b. Como as esposas devem estar sujeitas aos seus próprios maridos? Por quê? (vv. 22-23)

c. Em que sentido(s) Cristo é a cabeça da igreja? (v. 23)

d. À luz disso, o que significa que o marido é a "cabeça" da esposa?

e. De que forma(s) a igreja se submete a Cristo?

f. À luz disso, como as esposas devem imitar essa submissão? (v. 24)

(3) Maridos (vv. 25-32):

a. Como Cristo mostrou o Seu amor pela igreja? (v. 25)

b. Qual é o propósito do Seu amor, e como Ele cumpre esse propósito? (vv. 26-27)

c. De que forma(s) os maridos devem imitar o amor de Cristo? (vv. 28-30)

d. Paulo cita Gênesis 2:24 ao destacar que os maridos devem amar suas esposas como a seus próprios corpos. Que verdade Paulo procura enfatizar aqui?

e. Por que Paulo aplica essa citação ao relacionamento que existe entre Cristo e a igreja? Por que ele o chama de um grande mistério?

f. Como esse grande mistério lhe dá um vislumbre do relacionamento glorioso que a igreja tem com seu Cristo?

g. Se você é marido, como esse mistério o ajuda a amar sua esposa?

(4) Conclusão (v.33)

a. Em vez de repetir a exortação à "submissão", Paulo pede que as esposas "respeitem" (quer dizer, que mostrem reverência aos) seus maridos. Por quê?

b. Como isso pode nos ajudar a entender o versículo 21?

(5) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A submissão mútua no amor

Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito (NVI-PT). (Efésios 5:33)

Como já mencionei na Reflexão sobre as Escrituras de hoje, os versículos 19-21 contêm uma série de particípios que seguem o verbo principal, "deixem-se encher pelo Espírito" (5:18), e o último desta série de particípios é "sujeitando-vos uns aos outros por temor a Cristo". É sob este último título que Paulo exorta os crentes com respeito aos relacionamentos que existem entre maridos e esposas, pais e filhos, escravos e amos.

Em outras palavras, é evidente que cada uma dessas relações compartilha as seguintes características:

(1) Cristo é a razão de ser e o objetivo final da nossa submissão; é por isso que as esposas devem se submeter aos seus próprios maridos "como ao Senhor" (5:22) e os escravos devem obedecer a seus amos "como [eles obedeceriam] a Cristo" (6:5).

(2) A atitude com a qual se deve praticar tal submissão ou obediência é uma de "temor a Cristo" (v. 21), onde a palavra "temor" em algumas versões é traduzida "reverência" (NVI-PT). Em outras palavras, nossa disposição de estar sujeitos não depende de se nossos maridos são dignos da nossa submissão, ou se os amos a quem devemos submeter são bons amos. Estamos dispostos a estar sujeitos ou obedecer porque tememos o Senhor e estamos dispostos a obedecer às Suas palavras.

Francamente, ao longo dos meus anos de aconselhamento matrimonial, tenho descoberto que, devido ao fato de nós sermos pecadores, a maioria dos maridos (inclusive eu) não são tão dignos da submissão de suas esposas. Mas quando fazemos de Cristo a razão de ser e o objetivo final da nossa submissão, a tarefa se torna mais fácil. O mesmo se aplica ao dever de amar nossas esposas, outra instrução que está subordinada ao mandamento em 5:21 sobre a submissão mútua. Portanto, embora a maioria das esposas não seja necessariamente fácil de amar, quando Cristo for a razão de ser e o objetivo final do nosso amor, torna-se possível amar mesmo quando não sentimos que podemos amar.

Mas o apóstolo Paulo encerra estas instruções para os maridos e as esposas com uma aplicação de Gênesis 2:24 - a realidade de que o marido e a esposa, duas pessoas que se tornam "uma só carne", são um retrato do mistério da união que existe entre Cristo e a igreja. Este é um retrato muito poderoso  da união inseparável que existe entre Cristo e a Igreja. Se o amor de Cristo pela igreja dependesse de uma submissão perfeita da igreja, de que ela fosse santa e sem mancha (ou seja, digna de ser sua noiva), não haveria esperança alguma para ela. Mas Cristo usa Seu amor eterno para atraí-la, e esse mesmo amor inabalável e compromisso inseparável com a união é o que fará com que a igreja seja "gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável", digna de ser apresentada a Ele como Sua noiva quando Ele voltar.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Efésios 6:1–9

6:1-4—Pais e filhos

(1) Como já sabemos, na sociedade romana da época de Paulo, “O paterfamilias (chefe de família) tinha autoridade absoluta sobre sua casa e seus filhos. Se o pai ficasse irritado com eles, ele tinha o direito legal de repudiar seus filhos, vendê-los como escravos ou até mesmo matá-los” (pbs.org). À luz disso, por que Paulo achou necessário admoestar os filhos que faziam parte da família de um cristão?

(2) O que Paulo enfatiza ao exortar os filhos a obedecerem aos seus pais? (v. 1)

(3) Qual dos Dez Mandamentos Paulo invoca ao dar-lhes estas instruções? (Êxodo 20:12)

(4) Por que ele o chama "o primeiro mandamento com promessa"? (v. 2)

(5) O que significa "honra"?

(6) Devemos entender de forma literal a promessa contida neste mandamento? Por que ou por que não?

(7) Provérbios 13:24 nos ensina que se não disciplinamos os nossos filhos, não os amamos:

a. Qual é a advertência de Paulo nos dá com relação à disciplina que aplicamos aos nossos filhos por "reverência a Cristo”? (6:4; vide 5:21)

b. Por quê?

c. Em vez de fazer isso, devemos criá-los “segundo a instrução e o conselho do Senhor”. O que significa isso, e como devemos fazê-lo?

6:5-9—Escravos cristãos e seus amos

(8) Sob o sistema de escravidão que existia na época romana, basicamente a única opção que os escravos tinham era a de obedecer aos seus senhores em tudo:

a. O que devia diferenciar escravos cristãos dos escravos não cristãos? (vv. 5-7)

b. Hoje em dia, a maioria de nós vive numa sociedade livre; em vez de ser escravos, somos empregados ou servos. À luz disso, como devemos aplicar esses princípios ao nosso trabalho?

c. A que tipo de recompensa Paulo se refere? (Mateus 16:27)

(9) Paulo diz aos senhores cristãos que eles devem tratar "seus escravos da mesma forma" (v. 9).

a. O que significa isso?

b. Qual é o único foco de Paulo em sua admoestação aos mestres cristãos?

c. Por quê?

d. Uma vez que a escravidão priva as pessoas de sua liberdade e dignidade, algo que com certeza não é a vontade de Deus, por que Paulo não diz aos senhores cristãos que eles devem libertar os seus escravos imediatamente?

(10) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Uma disciplina motivada pela reverência a Cristo

"Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor" (NVI-PT). (Efésios 6:4)

Quando se trata de disciplinar as crianças, Provérbios 13:24 deixa bem claro que: "O que retém a sua vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, a seu tempo, o castiga" (ARC).

Embora seja discutível se ainda é apropriado usar "a vara" (quer dizer, a disciplina física) para disciplinar os nossos filhos, é um fato que a "disciplina" deve incluir a punição, e tais punições devem ser proporcionais à severidade da desobediência da crianças. Não fazer isso não é mostrar amor, mas ódio.

No entanto, na Roma do primeiro século, "O paterfamilias (pai) tinha poder absoluto sobre sua família e seus filhos. Se estes o irritavam, o pai tinha o direito legal de repudiá-los, vendê-los como escravos ou até mesmo matá-los” (pbs.org). Parece que o problema não está tanto relacionado com uma ausência da disciplina dos filhos, mas com os métodos ou as motivações inadequados da disciplina. Considere:

- Paulo também inclui esta instrução sob o título anterior de submissão mútua devido à reverência a Cristo (5:21). Isso significa que, inclusive quando disciplinamos os nossos filhos, devemos fazê-lo com reverência a Cristo, fazendo com eles somente o que Ele teria feito conosco.

- Isso também significa que não devemos exasperar os nossos filhos; isso inclui privá-los de sua dignidade (como filhos de Deus) e discipliná-los sem nenhuma razão válida. Para ser sincero, isso foi o que eu recebi de meu pai; muitas vezes ele me disciplinava mais para descarregar a sua frustração e raiva do que para o meu próprio bem.

- Devemos criá-los “segundo a instrução e o conselho do Senhor”. Isso se refere claramente ao uso da palavra de Deus como nosso instrumento de instrução e admoestação. Também pressupõe que os próprios pais cristãos conheçam e reverenciem a palavra de Deus. Francamente, ninguém conhece melhor como realmente é o nosso relacionamento com o Senhor do que as crianças que moram em nossa casa.

Examine-se à luz disso!

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Efésios 6:10–23

6:10-20—Lutar na batalha espiritual

(1) Jesus nos mostrou que "o mundo nos aborrece" (João 15:18). Porém, quem realmente é o responsável pelo ódio que o mundo tem por nós? (v. 12)

(2) De acordo com Pedro, qual é o objetivo do nosso verdadeiro inimigo ao travar uma guerra contra nós? (1 Pedro 5:8)

(3) Como, então, podemos ter suficientes forças para lutar nesta batalha espiritual? (vv. 10-11)

(4) O que significa a expressão "toda" a armadura? De quem é essa armadura? (v. 13)

(5) O que significa a frase "no dia mau"? (vide a Nota 1 abaixo)

(6) Por que Paulo nos diz que só precisamos “ficar firmes”? (vv.13-14; vide a Nota 2 abaixo)

(7) Toda a armadura de Deus:

a. Como parte desta armadura, para que serve o cinto? (v. 14a)

b. Por que Paulo compara a verdade a um cinto?

c. Como parte desta armadura, para que serve a couraça? (v. 14b)

d. Por que Paulo compara a justiça a uma couraça?

e. Naturalmente, os soldados sempre usam calçados nos pés. Por que Paulo compara o evangelho da paz aos calçados de um soldado? (v. 15)

f. O que significa prontidão?

g. Como parte desta armadura, para que serve o escudo? (v. 16)

h. Por que Paulo compara a fé a um escudo?

i. Como parte desta armadura, para que serve o capacete? (v. 17)

j. Por que Paulo compara a salvação a um capacete?

k. Parece que a única arma ofensiva que Paulo menciona é a espada:

  1. De quem é essa espada? (v. 17)
  2. Em que sentido a palavra de Deus é uma espada? (vide Mateus 4:1-11 para ver como o Senhor usou a palavra de Deus como uma arma.)

i. Paulo não usou nenhuma parte da armadura como símbolo da oração. À luz disso, considere as seguintes perguntas:

  1. Você acha que a oração é de fato uma parte vital da batalha espiritual? Por que ou por que não? (v. 18)
  2. Paulo pede aos irmãos que intercedam por ele em sua batalha espiritual. O que eles deviam orar? (vv. 19-20)

6:21-23—Saudações finais

(8) Como as saudações finais revelam o propósito desta carta?

(9) Qual é a bênção final de Paulo para os crentes de Éfeso?

(10) Quão especial é essa bênção?

(11) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota 1:

“Esta expressão não se refere ao dia da última batalha no fim do mundo, Apocalipse 20:7-9, (mas) Paulo está pensando no dia crítico e decisivo que chega à vida de cada um de nós, às vezes só uma vez, às vezes várias vezes, no qual Satanás nos ataca com todas as suas forças.”
(Lenski, 663)

Nota 2 :

“De acordo com Políbio, o centurião romano tinha que ser o tipo de homem no qual era possível confiar em circunstâncias difíceis, um homem que se manteria firme sem ceder. Esta mesma qualidade é necessária na guerra espiritual.”
(Bruce, 406-7)

Reflexão meditativa
A guerra espiritual

Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo” (NVI-PT). (Efésios 6:13)

Paulo encerra a sua admoestação à igreja em Éfeso lembrando-os da realidade de que a vida cristã é uma vida de guerra espiritual.

Eu descobri que uma das estratégias mais eficazes que Satanás usa hoje para enganar os cristãos é fazê-los pensar que não há nenhuma guerra espiritual. Por isso, muitos cristãos não se preocupam em vestir "toda a armadura de Deus".

Eu sei que esta é uma passagem familiar para aqueles que cresceram na igreja. Se você cresceu na Escola Dominical, você provavelmente fez um desenho de um soldado romano com sua armadura. Deixe-me pensar com você novamente sobre esta imagem, mas da perspectiva contrária. Pensemos num soldado cristão que não vestiu toda a armadura de Deus. Como seria esse cristão?

- O soldado cristão que não colocou o cinto da verdade não representa aquele que não conhece a Bíblia, mas aquele que não a usa, quer dizer, que não a pratica; é como o rei que exibe seu novo vestido invisível, um soldado muito tolo.

- Um soldado cristão que colocou a sua própria couraça em vez de colocar a couraça da justiça de Cristo é um soldado cansado cuja vida cristã é uma de sofrimento.

- Um soldado cristão que não leva o evangelho da paz é um soldado que essencialmente se ausentou sem pedir permissão.

- O soldado cristão que não leva o escudo da fé, isto é, que não confia na fidelidade e no poder de Deus, é um soldado extremamente tímido que facilmente fica desanimado por causa das setas do Maligno.

- O soldado cristão que não coloca o capacete da salvação é um soldado que está perdido, uma vez que ele não enxerga mais a eternidade e luta somente pelas coisas passageiras.

- O soldado cristão que não se arma com a espada do Espírito, a Palavra de Deus, é um soldado que já se rendeu aos seus inimigos.

- Um soldado cristão que não ora com fervor é um soldado muito doente cujo último suspiro está se aproximando.