Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Filipenses 1:1–11

Nesta semana, começaremos o nosso estudo do livro de Filipenses no Novo Testamento.

Filipenses

Você talvez queira consultar alguns bons comentários sobre contexto histórico desta epístola. Se você não tiver acesso a comentários ou à uma Bíblia de estudo, basta observar o seguinte:

(1) Paulo escreveu esta carta enquanto estava numa prisão romana, e provavelmente morreu como mártir alguns anos depois de escrevê-la.

(2) A igreja em Filipos provavelmente foi fundada durante a visita de Paulo descrita em Atos 16:14-34 (os personagens mencionados nesse trecho de Atos incluem Lídia, o carcereiro convertido e sua casa).

(3) Esta carta é de caráter bastante pessoal; Paulo menciona pouco sobre heresias e muito sobre sua intensa busca de Cristo.

(1) Embora muitos possam pensar que a saudação com a qual Paulo inicia a carta é a mesma que ele sempre usa em suas cartas, trata-se em realidade de uma expressão sincera da atitude de Paulo ao se considerar como um "doulos" (quer dizer, escravo) de Cristo Jesus e o povo de Deus como "santos".

a. Se você também se considera como um “escravo” de Jesus Cristo, quais são as marcas mais importantes que devem estar presentes em sua vida? Tente pensar em pelo menos três.

b. Considere os irmãos e irmãs ao seu redor na igreja. Por que Paulo os chamou de santos? Diante disso, como você deve tratá-los?

(2) Ao descrever sua intercessão pela igreja em Filipos, Paulo usa várias vezes expressões como "toda vez" (v. 3), "sempre" (v.4) e "como tenho saudade de todos vocês, com a profunda afeição" (v. 8). Aliás, parece que Paulo orava também por muitas outras igrejas (a julgar pelo que ele escreveu em outras epístolas):

a. Por que Paulo sente a obrigação de interceder por todas essas igrejas que ele fundou, às quais ele ministrou ou sobre as quais ele simplesmente ouviu (como no caso da igreja em Colossas)?

b. Onde Paulo encontrava tempo para orar por tantas igrejas? (Você acha que uma possível explicação é o fato de ele estar na prisão? Por que ou por que não?)

c. Como você pode imitar este exemplo de Paulo?

(3) No v. 5, Paulo cita uma das razões pelo vínculo que há entre ele e a igreja, a saber, o fato de eles serem cooperadores (koinonia, quer dizer, que compartilham a mesma vida) no evangelho. Você é um verdadeiro “cooperador” com seus irmãos e irmãs no evangelho? Como seria um verdadeiro cooperador (isto é, uma pessoa com koinonia ) no evangelho?

(4) Paulo diz que ele tem a igreja de Filipos em seu coração porque eles participam na graça de Deus com ele no ministério do evangelho (v. 7). O que Paulo quer dizer com isso? (vide 4:14-19; 2 Coríntios 11:8-9)

(5) Nos vv. 9-11, Paulo compartilha um dos principais focos de sua oração pela igreja.

a. O v. 9 apresenta o conteúdo desta oração: O que é? Quão especial é esta oração?

b. O v. 10 dá o propósito de sua oração: Qual é esse propósito e qual a sua importância?

c. O v. 11 parece ser o objetivo final desta oração. Qual é esse objetivo final?

(6) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A oração constante pelas igrejas

"Em todas as minhas orações em favor de vocês, sempre oro com alegria por causa da cooperação que vocês têm dado ao evangelho, desde o primeiro dia até agora" (NVI-PT). (Fil. 1:4-5)

Embora seja verdade que a carta à igreja em Filipos é parecida com as outras epístolas do apóstolo Paulo pelo fato de ela incluir exortações sobre a unidade e a importância da vigilância contra as heresias, ela sem dúvida é uma carta muito pessoal que reflete o profundo amor e amizade que Paulo tinha com esta igreja que ele havia fundado quando foi preso em sua visita a Filipos. (Atos 16:14-34). No entanto, a principal razão pelo seu amor especial por esta igreja não é o fato de ele a ter fundado, mas porque seus membros mantinham com ele uma contínua "cooperação ... ao evangelho" (1:5). Paulo falou abertamente sobre essa cooperação contínua que tinha começado “desde o primeiro dia” (1:5).

Isto foi o que ele escreveu à igreja em Corinto sobre os filipenses: “Despojei outras igrejas, recebendo delas sustento, a fim de servi-los. Quando estive entre vocês e passei por alguma necessidade, não fui um peso para ninguém; pois os irmãos, quando vieram da Macedônia, supriram aquilo de que eu necessitava. Fiz tudo para não ser pesado a vocês, e continuarei a agir assim" (NVI-PT) (2 Cor. 11:8-9). A Macedônia é a região onde se encontrava a cidade de Filipos.

Paulo também menciona o apoio do amor desses irmãos nesta carta à igreja em Filipos: “Apesar disso, vocês fizeram bem em participar de minhas tribulações. Como vocês sabem, filipenses, nos seus primeiros dias no evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja partilhou comigo no que se refere a dar e receber, exceto vocês; pois, estando eu em Tessalônica, vocês me mandaram ajuda, não apenas uma vez, mas duas, quando tive necessidade" (4:14-16).

De fato, esses irmãos tinham participado da graça de Deus com ele desde o primeiro dia, quer quando ele estava na prisão, quer quando estava defendendo e confirmando o evangelho (1:7).

Por isso, não fico surpreso quando leio que Paulo “sempre” orava por eles. No entanto, quando penso nas outras cartas que Paulo escreveu, incluindo a carta à igreja em Colossas, uma igreja que ele nunca havia conhecido pessoalmente, lembro que ele “sempre” orava também por elas (Colossenses 1:3). Isso nos ensina muito sobre sua convicção de que a oração é uma parte integrante do ministério do evangelho: oramos antes de compartilhar o evangelho; oramos enquanto estamos compartilhando o evangelho; oramos depois de as pessoas receberem o evangelho. No caso de Paulo, ele até orava por igrejas com as quais ele nunca teve a oportunidade de compartilhar o evangelho pessoalmente. Que grande exemplo precisamos imitar!

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Filipenses 1:12–18

Paulo é de fato um "homem de grande coração":

(1) Paulo foi preso pela própria escolha, ou foi um resultado involuntário? (Leia o comentário em Atos 26:32 que diz que Paulo poderia ter sido posto em liberdade se não tivesse insistido em recorrer para César em Roma.)

(2) O que ele pensava sobre a sua prisão (v. 12)?

(3) Que evidência ele cita para apoiar o seu ponto de vista (vv. 13-14)?

(4) Quão importante foi a oportunidade de compartilhar o evangelho no coração da potência mundial naquela época?

(5) Por que os cristãos romanos, ao invés de se sentirem intimidados com a prisão de Paulo, foram motivados a proclamar o evangelho "com maior determinação e destemor"?

(6) No que diz respeito à perspectiva que você tem das provações que chegam à sua vida, o que você pode aprender da atitude de Paulo?

(7) Provavelmente já havia uma igreja em Roma antes mesmo da chegada de Paulo.

a. Você acha que esses líderes cristãos estavam necessariamente pregando o evangelho pelos motivos errados antes da chegada de Paulo?

b. À luz da grande reputação de Paulo, até mesmo no palácio, e o respeito que ele inspirava nos crentes locais, que impacto ele pode ter tido no ministério e no status dos líderes locais existentes?

c. O que esses líderes podem ter feito em suas pregações a fim de "causar problemas" para Paulo?

(8) Você consegue pensar em algum motivo impuro que possa ter ao tentar evangelizar outras pessoas?

(9) Como Paulo podia se alegrar ao ver outras pessoas que estavam zelosos do evangelho (e que talvez também estavam sendo elogiadas) pelos motivos errados? Como e o que você pode aprender de Paulo a esse respeito?

(10) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O
apóstolo generoso

" Mas, que importa? O importante é que de qualquer forma, seja por motivos falsos ou verdadeiros, Cristo está sendo pregado, e por isso me alegro" (NVI-PT). (Filipenses 1:18 )

À luz da prevalência da perseguição contra os cristãos no primeiro século, tanto pelos judeus quanto pelas autoridades seculares, eu acho que os líderes cristãos locais estavam pregando o evangelho "de boa vontade", isto é, com o motivo certo, o amor.

No entanto, parece que quando Paulo chegou a Roma, ele imediatamente ganhou o respeito dos cristãos locais devido à sua reputação e sua pregação cheia do Espírito. Por isso, imagino que ele provavelmente sempre tinha uma audiência lotada na casa alugada (onde ele morava sob um regime de prisão domiciliar) onde pregou e ensinou por dois anos inteiros.

Talvez pensemos que os líderes locais teriam ficado maravilhados. No entanto, as palavras de Paulo nos dão a entender que aconteceu o contrário. A reação desses líderes foi pregar o evangelho por ciúmes, a fim de aumentar o sofrimento de Paulo. Mas isso realmente não importava para Paulo; ele estava contente com o simples fato de que o evangelho ainda estava sendo proclamado.

Mas eu não criticaria esses líderes tão facilmente!

Houve uma época em que eu servia ao lado de um famoso pregador que precisou se aposentar por razões de saúde. Todos estávamos preocupados, não só pela sua saúde, mas também pelo futuro imediato da igreja. Mas por alguma razão, o que acabou acontecendo foi que o número de membros dessa igreja (que já era bem-sucedida) continuou a crescer após sua partida. Um dia, depois de uma pregação que esse pastor deu em nossa igreja como orador convidado, ele e eu passamos um tempo muito gostoso juntos. Nossa conversa naturalmente se voltou para aquela grande igreja onde tínhamos servido juntos. Com um sorriso, ele me disse o seguinte a respeito do rápido crescimento que a igreja experimentou após sua partida: “É realmente humilhante”.

Eu me identifico totalmente com ele. Mais de uma vez, fui comparado a outros pregadores e ministros que tiveram muito mais sucesso do que eu, e para ser sincero, não é uma sensação agradável. No entanto, tenho aprendido com o apóstolo Paulo, que reconhecia que nada se tratava dele mesmo, quer fosse seu ministério ou até mesmo sua própria vida; sempre se trata de Cristo e Seu evangelho!

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Filipenses 1:19–30

(1) Paulo sentiu que sua morte talvez fosse iminente e estava lutando com essa possibilidade. Se você realmente estivesse enfrentando a morte iminente, quais seriam suas lutas internas? Você oraria para que Deus lhe concedesse vida, ou oraria provavelmente para que sua doença fosse curada? Por que ou por que não?

(2) Paulo estava convencido de que o resultado final de sua situação "resultará em minha libertação" (1:19)essa libertação pode ser uma referência a uma libertação da prisão ou à sua salvação final:

a. Por que até mesmo a perspectiva da segunda possibilidade lhe dá coragem?

b. Qual é a fonte de uma força tão grande? (v. 19)

(3) Ao contemplar a vida e a morte, Paulo disse: "porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro" (v. 21). O que ele quis dizer com isso?

(4) Em última análise, parece que Paulo preferia a vida à morte (v. 24). Qual era a razão pela qual ele preferia "permane[cer] no corpo"? (vv. 24-26)

(5) Se você também prefere isso, qual é a razão de sua preferência? Quão diferente é a sua razão da de Paulo?

(6) Paulo salientou que a igreja tinha inimigos, e uma vez que a igreja estava localizada em Filipos (um importante posto militar romana), ela enfrentaria tanto a perseguição das autoridades seculares / políticas quanto a dos judeus farisaicos. Diante dessa perseguição, quais são as coisas que Paulo exortou a igreja a fazer (vv. 27-28)?

(7) Por que era tão difícil chegar à "unidade", apesar de eles estarem enfrentando a perseguição (vide também 4:2)?

(8) Paulo destacou que Deus nos concedeu "não apenas crer em Cristo mas também ... sofrer por ele" (v. 29). Antes de sua conversão, alguém lhe disse que seguir a Cristo implica sofrer por Ele? Você teria decidido acreditar em Cristo se alguem lhe tivesse dito isso naquela época? Por que ou por que não?

(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Ora
r pelos outros

pois sei que o que me aconteceu resultará em minha libertação, graças às orações de vocês e ao auxílio do Espírito de Jesus Cristo" (NVI-PT). (Filipenses 1:19)

Na igreja de Filipos, Paulo tinha verdadeiros parceiros no evangelho. Esta igreja, que nasceu no sofrimento (Atos 16), continuou a apoiá-lo, não suprindo as suas necessidades financeiras (4:14-16; 2 Cor. 11:8-9), mas também orando por ele. Ambos os tipos de apoio significavam muito para Paulo, e este último se tornou especialmente importante para ele enquanto estava na prisão.

Em sua carta à igreja em Filipos, podemos perceber que Paulo realmente pressentia que seria executado pelas autoridades romanas. Mas apesar disso, ele não tinha medo da morte; ele até disse: "para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro" (1:21). Se alguma vez houve alguém que estava totalmente preparado para enfrentar a morte, essa pessoa foi o apóstolo Paulo.

No entanto, depois de refletir sobre a sua situação e observar as necessidades da igreja (v. 25) (e, sem dúvida, também a necessidade que as pessoas tinham do evangelho), ele disse que "sabia" que desta vez seria libertado (1:19). Ao dizer isso, ele citou diretamente Jó 13:16, dizendo "isso resultará em minha libertação".

Embora Jó tenha dito a mesma coisa, em seu caso ele se referia à sua insistência de que ele era inocente apesar de estar sofrendo, e à sua determinação de apresentar seu caso perante o Senhor. Foi nesse sentido que ele disse: "e isso resultará na minha libertação". (Jó 13:16; uma tradução literal da LXX).

No entanto, há uma grande diferença entre a situação de Jó e a de Paulo. A única esperança de Jó era o Senhor, uma vez que todos os seus amigos tinham se voltado contra ele. Seu único pedido foi ter a oportunidade de recorrer ao seu "advogado" que estava "nas alturas" (Jó 16:19).

Mas no caso do Paulo, os crentes filipenses eram os seus verdadeiros e fiéis amigos; por isso ele podia contar com suas “orações ... e ao auxílio do Espírito de Jesus Cristo” (1:19), e estava convencido de que “resultará em minha libertação”.

Com certeza, bem-aventurados são aqueles que, como Paulo, têm amigos que são fiéis o suficiente para sempre orar por eles.

Quem é aquela pessoa que Deus tem colocado em seu coração para orar por ela.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Filipenses 2:1–11

(1) No versículo 1, Paulo fala sobre a autêntica comunhão cristã. O que esta comunhão acarreta?

(2) Paulo sugere que a comunhão cristã pode existir sem os cristãos terem a mesma mentalidade, estarem no mesmo amor e terem um só espírito e propósito. Como isso é possível? Examine-se à luz do que Paulo nos lembra aqui.

(3) Aliás, Paulo sugere que o problema está nos motivos errados. Quais seriam esses motivos errados? (v. 3a)

(4) Quais são as soluções que Paulo propõe? (vv. 3b-4) Como você pode pôr em prática essas soluções?

(5) Paulo reconhece que, no final das contas, o poder para alcançar a unidade vem quando adotamos a atitude (o original em grego diz a mente ) de Cristo. Leia vv. 6-8 várias vezes, refletindo sobre as seguintes verdades:

a. Jesus existe na natureza e forma de Deus: você consegue escrever 3 coisas ou aspectos do que significa ser Deus?

b. Em vez de se apegar a isso, Ele se esvaziou dele: Claro, Jesus não se esvaziou de Sua natureza divina, mas de sua "igualdade" com Deus. Faça uma lista de 3 aspectos de sua igualdade com Deus das quais Ele “se esvaziou” quando se tornou homem.

c. Ele tomou a forma de um escravo no lugar de Sua forma original: Leia novamente as suas notas sobre o versículo 1:1 com relação ao que significa ser um escravo. Quais são três aspectos dessa condição que se aplicavam à situação de Cristo?

d. Sendo encontrado realmente em forma humana: o que significava para Cristo, o Filho de Deus, encontrar-se em forma humana?

e. Ele se humilhou ainda mais, sendo obediente até a morte: Em que sentido essa morte foi outra expressão da humildade de Cristo?

f. Sua morte não foi uma morte qualquer, mas uma morte na cruz: Por que a morte de Cristo na cruz resume o ato supremo de Sua obediência e humildade? (Deuteronômio 21:23; 1 Ped. 2:24)

(6) Algum dia, quando você vir a Cristo, qual será a primeira coisa que você desejará dizer a Ele? Por quê?

(7) Os vv. 9-11 tratam do poder do Seu nome. Por que os nomes são tão importantes, e no caso de Cristo, por que Seu nome tem tanto poder? À luz disso, qual deve ser a nossa atitude com relação ao Seu nome, especialmente em nossas orações ao Pai? (João 16:24)

(8) Qual é o aspecto mais importante de Jesus que você deve imitar? Como você pode fazer isso?

(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A extrema humildade de Cristo

Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus (NVI-PT). (Filipenses 2:5)

Ao exortar os crentes filipenses a aprenderem da humildade de Cristo, Paulo expressa cinco aspectos da humildade de Cristo num poderoso poema. Deixe-me refletir com você brevemente sobre estes cinco aspectos:

(1) Deus se converte em homem: “que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;”.

Uma vez que Paulo já destacou que a "essência" de Cristo é divina, segue-se que aquilo de que Ele se esvaziou em Eua encarnação não foi Sua natureza divina, mas Sua "igualdade" com Deus. Esta palavra destaca os seguintes aspectos:

(a) Seu status: Seu status anterior era tão elevado que os anjos se prostraravam de ante dEle e O adoravam, mas agora Ele até mesmo podia ser submetido à tentação de um anjo caído (Mt. 4). Se Cristo tivesse mantido Sua igualdade com Deus na corte celestial, Satanás não teria ousado chegar diante dEle e desafiar o Seu stuatus como o Filho de Deus.

(b) Sua autoridade: Ele poderia ter obrigado os anjos a obedecerem às Suas ordens, mas nunca o fez, nem mesmo no momento de Sua prisão (Mateus 26:53). Embora seja verdade que os anjos haviam chegado para ministrar a Ele, o fizeram por ordem do Pai, não por ordem dEle (Lucas 22:43).

(c) Seu poder: Do mesma modo, embora Ele tenha exercido o Seu poder miraculoso para curar e expulsar demônios, a Bíblia esclarece repetidamente que esses eram poderes do Espírito de Deus (Mateus 4:1; Lucas 4:14, 18; Atos 10:38).

Embora Jesus Cristo sempre tenha sido Deus, Ele se despojou de sua igualdade com Deus por nossa causa.

(2) Ele nasce como homem: "tornando-se semelhante
    aos homens".

Uma tradução melhor da palavra que aqui é traduzida "tornar-se" seria "nascer" (a qual é a mesma palavra); essa tradução não só evitaria o possível mal-entendido de que Cristo foi, de alguma forma, "criado", mas também destacaria o método que foi usado para Ele se tornar homem, a saber, ser nascido de uma mulher. O fato de Deus ter se tornado homem já é um exemplo de grande humildade, mas o fato de Ele ser limitado pelo tempo e pelo espaço, de se tornar um bebê indefeso que não podia sobreviver sem ajuda humana, é ainda mais humilhante. Quanta humildade! Há muitos idosos que não conseguem mais se mover e vivem uma vida cheia de lágrimas e amargura; esses anciãos fariam bem em contemplar o fato de que Cristo nasceu como bebê. Deus precisou ser vestido, banhado e alimentado!

(3) Ele assume a natureza de um escravo: “esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo”.

Não é necessário que eu insista neste ponto; todos nós sabemos que na antiguidade os escravos não possuíam nada e não tinham direito algum. Davi, sob a inspiração do Espírito Santo, disse o seguinte em nome de Cristo: "Mas eu sou verme e não homem" (Salmo 22:6). Essa declaração descreve a essência do que Cristo se tornou para nós!

(4) Ele se submeteu até a morte: "E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!".

Embora esta "morte" em si nos ensine muito sobre a humildade de Cristo, uma vez que um Deus que não pode morrer de fato morreu, até mesmo a morte é um ato instantâneo, enquanto a "submissão" é um processo, e geralmente um processo agonizante. Mas foi esse o processo com o qual Cristo se comprometeu em Seu nascimento, que Ele reafirmou em Seu batismo e ao qual se submeteu no Jardim do Getsêmani. Reflita sobre o seguinte testemunho do autor de Hebreus: “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão. Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu;". (Heb. 5:7-8)

(5) Ele morreu na cruz: até mesmo morte de cruz!"

É isso mesmo, eu disse "até mesmo" não só porque a crucificação era, nas palavras de Cícero, "a morte mais cruel e terrível" (Barclay, John, 250), mas também porque era a morte mais vergonhosa, uma evidência da maldade absoluta de um homem que merece a maldição de Deus: "porque qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus" (Deuteronômio 21:23). Talvez isso tenha sido uma das pedras de tropeço para os judeus; eles simplesmente não podiam acreditar na possibilidade de que um homem tão amaldiçoado por Deus pudesse ser o Filho de Deus. E nisto eles tinham razão: Jesus Cristo foi amaldiçoado por Deus, mas não pelos Seus próprios pecados, mas pelos nossos!

Eu me pergunto que outra palavra você usaria para descrever a humildade de Cristo no lugar daquele que eu usei no título da minha reflexão: "Humildade extrema!"

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Filipenses 2:12–18

(1) Após o maravilhoso hino de louvor sobre a obediência e exaltação de Cristo, Paulo prossegue com um elogio desta igreja, também por sua obediência no passado (quer dizer, eles realmente tinham seguido o exemplo de Cristo), e os exorta a continuar a pôr "em ação a salvação de vocês" (NVI-PT). (v. 12)

a. Por que precisamos continuar pondo em ação a nossa salvação? Será que não estamos salvos?

b. O que significa "pôr em ação"?

c. Por que devemos fazer isso con temor e tremor? (considere o mundo em que vivemos, v.15) O que devemos temer?

(2) Os respectivos papéis na obra da nossa salvação (v. 13):

a. Qual é o papel de Deus?

b. De acordo com Paulo, qual é o nosso papel, e como devemos trabalhar "com" Deus à luz disso?

c. À luz disso, como você entende a palavra "salvação"? (vide a Nota abaixo)

(3) Começando no versículo 14, Paulo dá uma explicação detalhada sobre o que significa "pôr em ação" a nossa salvação:

a. Qual é o objetivo final de "pôr em ação a salvação de vocês"? (v. 12a)

b. Qual é a sua consequência final? (v. 15b)

c. À luz disso, por que Paulo diz que a principal admoestação com respeito a essa consequência é fazer as coisas “sem queixas nem discussões"?

d. Como as queixas e as discussões manchariam a nossa inocência e pureza como filhos de Deus?

e. Portanto, de que forma tais ações nos diferenciam do mundo e nos fazem brilhar?

(4) Um apelo pessoal (vv.16-18)

a. O que esse apelo muito pessoal nos ensina sobre o relacionamento que havia entre Paulo e os cristãos em Filipos?

b. O que esta oração tão pessoal nos ensina sobre a "atitude" ou a "mentalidade" que o apóstolo tinha com relação ao que significa ser o "escravo" de Cristo Jesus? (1:1)

(5) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

Já se escreveu muito sobre se a 'salvação' mencionada nesta passagem se refere aos crentes individuais ou à vida corporativa na comunidade. Mas aqueles que fazem tal distinção criam uma falsa dicotomia. O contexto deixa claro que não se trata de um trecho soteriológico propriamente dito, ou seja, o tema não é 'como ser salvo' ou 'a perseverança dos salvos'. Em vez disso, é um texto sobre a ética que trata de 'como as pessoas salvas põem em ação a sua salvação' no contexto da comunidade de crentes e no mundo” (Fee, NICNT, 234-5); daí o uso por Fee da expressão flesh it out (cuja tradução aproximada é dar corpo a)” (Fee, 230).

Reflexão meditativa
Pôr em ação a nossa salvação com temor e tremor

" ... ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor" (NVI-PT). (Filipenses 2:12)

Já citei o comentário perspicaz de Gordon Fee na Reflexão das Escrituras de hoje para aliviar qualquer medo de que seja possível perder a nossa salvação, ou de que não tenhamos sido "salvos" para a vida eterna ao pôr a nossa fé em Jesus Cristo somente como nosso Senhor e Salvador. Como diz Gordon Fee, o contexto no qual Paulo exorta os crentes a “dar corpo à sua vida em comunidade em Filipos” (Fee, 230) é um de instrução ética.

No entanto, a admoestação de Paulo também inclui uma advertência bastante severa, uma vez que diz "ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor" (2:12). Embora seja certo que, na maioria dos casos, o temor e o tremor se referem à obrigação de enfrentar o Deus poderoso, e que, na opinião de alguns, é a esse evento que os versículos 2:9-11 se referem (onde se diz que naquele dia todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus é o Senhor), esses versículos parecem descrever um evento de adoração exultante em vez de serem uma descrição de medo e tremor.

É bastante evidente que o contexto desta admoestação para "dar corpo a" nossa salvação é a realidade que os crentes vivem numa "geração corrompida e depravada" (2:15). Sabemos como acabaram as vidas éticas das filhas de Ló, que também viveram numa geração perversa, a de Sodoma e Gomorra. Ao invés de dar corpo à fé de seu pai, Ló, elas sucumbiram à influência cultural de sua geração e acabaram cometendo incesto com seu pai (Gênesis 19:33 e ss.). Além de suas ações serem "corrompidas e depravadas", as consequências foram trágicas, pois essas filhas deram à luz os antepassados dos moabitas e amonitas, que não só se tornaram inimigos tradicionais dos israelitas, mas também os incitaram a pecar contra o Senhor. Isso é motivo suficiente para ter "temor e tremor".

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Filipenses 2:19–30

2:19-24Timóteo

(1) Por que Paulo considera necessário explicar por que ele não enviará Timóteo para entregar esta carta aos filipenses?

(2) No contexto do relacionamento que os filipenses tinham com os cooperadores de Paulo, por que Paulo diz que não havia mais ninguém como Timóteo? (v. 20)

(3) Como Timóteo se destacava em seu serviço ao lado de Paulo? (vv. 21-22)

(4) Qual parece ser a razão pela qual Paulo não pôde enviar Timóteo aos filipenses naquele momento? (vv. 23-24)

(5) Qual você acha que é a qualidade mais admirável de Timóteo? Por quê?

(6) Como você pode ser um "Timóteo"?

2:25-30—Epafrodito

(7) Originalmente, por que a igreja em Filipos enviou este cooperador a Paulo?

(8) O que isso nos ensina sobre a igreja em Filipos?

(9) O que aconteceu com Epafrodito quando ele foi ministrar a Paulo em nome da igreja? (vv. 27, 30)

(10) Por que Paulo escolheu enviar Epafrodito como portador desta carta em vez de Timóteo? (vv. 26-28)

(11) O que você acha que aconteceu para que Paulo o chamasse de “irmão, cooperador e companheiro de lutas”? (v. 25)

(12) Com base no relacionamento que a igreja de Filipos tinha com Paulo e Epafrodito, que tipo de igreja você acha que era a igreja de Filipos?

(13) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Um
apostador para Cristo!

"porque ele quase morreu por amor à causa de Cristo, arriscando a vida para suprir a ajuda que vocês não me podiam dar" (NVI-PT). (Filipenses 2:30)

“... Cada palavra deste testemunho foi escolhida com cuidado. Epafrodito era seu irmão, colaborador e companheiro de lutas. Como diz Lightfoot, Epafrodito era um com Paulo quanto à simpatia, ao trabalho e ao perigo. Ele era uma pessoa que, com certeza, tinha estado na linha de fogo. Em seguida, Paulo o chama de mensageiro que vocês enviaram para atender às minhas necessidades. É impossível traduzir todas as conotações dessas palavras gregas.

“A palavra usada por Paulo que aquí é traduzida 'mensageiro' é apostolos. O significado literal de apostolos era "qualquer pessoa que fosse enviada para cumprir uma comissão específica", mas o uso que os cristãos deram a esta palavra a enobreceu. Ao usá-la, Paulo estava, de forma implícita, colocando Epafrodito na mesma categoria que ele e todos os outros apóstolos de Cristo.

“A palavra usada por Paulo que aqui é traduzida “servo” é leitourgos. No grego secular, esta era uma palavra magnífica. Nas antigas cidades gregas havia homens que amavam tanto a sua cidade que tomavam sobre si grandes deveres cívicos, os quais desempenhavam por conta própria ... Esses homens, os supremos benfeitores do Estado, eram conhecidos como leitourgoi.

“Paulo combina a maravilhosa palavra cristã apostolos com a maravilhosa palavra grega leitourgos e usa ambas para se referir a Epafrodito. 'Receba um homem assim com uma recepção calorosa', diz ele. 'Tenham-no em alta estima, porque ele arriscou sua vida por Cristo'.

“… Há outra palavra nesta passagem que mais tarde adquiriu um significado famoso. A Versão Autorizada (em inglês) menciona que Epafrodito não fez caso da própria vida; a Versão Revised Standard (em inglês) usa a frase 'arriscou a sua vida' para traduzir a mesma expressão; nós o traduzimos pôs em risco a sua vida. A palavra original é o verbo paraboleuesthai. Esta palavra era usada para se referir a apostadores, e significa apostar tudo num lance de dados. O que Paulo quer dizer aqui é que, pelo amor de Jesus Cristo, Epafrodito tinha apostado com sua vida. Nos dias da Igreja Primitiva, havia uma associação de homens e mulheres chamados os parabolani, os apostadores. Seu objetivo era visitar os presos e doentes, especialmente aqueles que sofriam de doenças perigosas e infecciosas. No ano de 252 d.C. houve um surto da peste em Cartago. Enquanto os pagãos jogavam fora os corpos dos seus mortos e fugiam aterrorizados, Cipriano, o bispo cristão, reuniu sua congregação e fez com que enterrassem os mortos e cuidassem dos enfermos naquela cidade que estava sendo devastada pela peste. Arriscando as próprias vidas, eles salvaram a cidade da destruição e desolação.

"Deve haver no cristão uma coragem quase desenfreada que o faça querer apostar com a própria vida a fim de servir a Cristo e aos homens."
(Barclay, DDBS, Filipenses, 49-50)

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Filipenses 3:1–8

(1) Parece que um dos temas destacados nesta carta é a "alegria" (vide 4:4). Havia alguma razão pela qual a igreja em Filipos não devia se alegrar? Existe alguma razão pela qual você não deve se alegrar na igreja? Apesar disso, Paulo nos admoesta a nos alegrarmos. Aparentemente, ele não nos dá nenhuma razão por isso; ele simplesmente nos exorta a nos alegrarmos "no Senhor". Este motivo é bom o suficiente para você se alegrar? Por que ou por que não?

(2) Embora Paulo não guarde rancor, nem mesmo contra aqueles que pregam o evangelho pelos motivos errados (1:15 e ss.), ele usa a palavra "cães" para se referir a aquelas pessoas que aparentemente insistiam que a circuncisão era parte de a salvação. Leia Gálatas 5:2-6. Você consegue resumir em uma frase por que Paulo se opôs tão implacavelmente àqueles que insistiam em observar a circuncisão?

(3) O que significa a frase "confiança alguma na carne"? Além da observância da circuncisão, você consegue pensar em algum outro exemplo de "confiança na carne"?

(4) As "credenciais" de Saulo reflita sobre as coisas das quais nós, como cristãos, também nos orgulhamos, ou nas quais colocamos a nossa confiança ou amor, em vez de nos gloriar em Cristo:

a. Ele foi circuncidado exatamente no oitavo dia: O que há de tão especial nisso? (vide Gênesis 17:3-14) Qual poderia ser o equivalente a isso para nós hoje?

b. Ele era da linhagem de Israel, da tribo de Benjamin: Qual rei de Israel também era dessa tribo? (1 Sam. 10:21 e ss.) Que coisa da qual talvez nos orgulhemos seria o equivalente a isso hoje?

c. Ele era um hebreu de hebreus. Isto se trata do orgulho de ser de "raça pura". Que tipo de orgulho seria o equivalente a isso hoje?

d. Ele era um fariseu: Pelo que os fariseus eram conhecidos? Que tipo de orgulho é esse? (João 3:1,10)

e. Ele tinha sido um perseguidor da igreja cristã: Ele havia tido um zelo errado por Deus (Atos 8:3). O que poderia ser o equivalente a isso hoje?

f. Ele cumpria a lei de forma impecável: Saulo tinha o orgulho de ser uma pessoa moral. Como podemos mostrar o mesmo tipo de orgulho hoje?

Por que Saulo buscava essas "credenciais" com tanta avidez antes de conhecer a Cristo? Por que ele as considerava um "lucro" para ele? Que tipo de lucro ele obtinha com elas?

(5) Dê uma olhada honesta em sua vida: Quais são as coisas que você está perseguindo, as quais você considera (consciente ou inconscientemente) úteis? Ao fazer este auto-exame, use as seguintes perguntas para avaliar se você as está perseguindo:

a. Alguma das credenciais mencionadas acima é um motivo de orgulho para você também?

b. Existe alguma coisa em sua vida que possui as seguintes características?

  1. algo que o preocupa muito
  2. algo que pesa no seu espírito
  3. algo que com frequência ocupa a maior parte do seu tempo
  4. algo que você tem muito medo de perder
  5. algo que você não tem mas cobiça

(6) À luz desse passado cheio de orgulho de Paulo, por que Deus teria escolhido uma pessoa tão arrogante para ser Seu “apóstolo dos gentios”? O que isso nos mostra?

(7) Por que Paulo considera todas as suas credenciais como "perda" e até mesmo "esterco", agora que ele tem "a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus"?

(8) Você pode dizer o mesmo que Paulo, a saber, que conhecer a Cristo tem um valor "incomparável"? À luz disso, o que você deve considerar uma "perda" ou até mesmo "esterco"?

(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
T
udo como perda

Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, ...” (NVI-PT). (Fp. 3:8)

Ao refletir sobre esta passagem familiar de Filipenses 3, não posso deixar de notar que há muitas coisas que para mim são motivos de orgulho, coisas nas quais confio e que amo, embora eu já tenha conhecido o Senhor Jesus. Entre elas estão o meu amor pelo conforto e a tranquilidade, a minha confiança nos meus dons e talentos, e o meu conhecimento de assuntos tanto bíblicos quanto seculares. As palavras do Dr. Houston, um ex-professor meu, ecoam novamente nos meus ouvidos: "Como é possível que façamos do nosso Senhor crucificado uma carreira?"

Em nosso caso, não se trata tanto de fazer do nosso Senhor uma carreira, mas de não considerar todas as coisas como uma perda, e de não considerar (como deveríamos) como esterco todo o nosso orgulho e a nossa presunção diante da “excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor” (ARC) (3:8).

Também ressoa nos meus ouvidos a letra de um hino que me acompanhava em muitas das minhas manhãs enquanto eu caminhava para a escola durante meus anos de faculdade.

Ao Contemplar a Rude Cruz

Ao contemplar a rude cruz
Em que por mim morreu Jesus
Minha vaidade e presunção
Eu abandono com contrição

Em nada quero me gloriar
Porem na cruz de dor sem par
Humilde, vou sacrificar
Aquilo que não agradar

De sua fronte, de suas mãos seus pés
Fluiu perdão, que nos faz um só
Jamais se uniu (jamais) tanta dor e amor
Jamais se viu, renúncia maior

Se eu fosse o mundo lhe ofertar
Ele o iria desprezar
Seu grande amor vem requerer
Minha alma, a vida e todo o ser (meu ser)

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