2 Pedro
Acredita-se que Pedro escreveu esta carta pouco antes de seu martírio (1:14); portanto, ele provavelmente esteve em Roma entre os anos 64-66 d.C. Uma vez que ele se refere a esta carta como a segunda que ele escreveu (3:1), pode-se supor que ela foi escrita aos crentes na Ásia Menor. Embora esta carta seja mais curta, seu tom é mais urgente, pois nela Pedro lembra seus leitores de que a vinda de nosso Senhor Jesus será súbita, e repreende ferozmente os falsos mestres de seu tempo.
1:2—A saudação
(1) Compare a maneira como Pedro se refere a si mesmo nesta carta com a maneira como ele o faz na primeira (1 e 2 Pedro 1:1):
a. Qual é uma possível razão para ele se referir a si mesmo como Simão (seu nome hebraico) Pedro, em vez de usar só o nome Pedro?
b. Por que ele usa a palavra "escravo" (o significado da palavra grega original) para se referir a si mesmo, além do título "apóstolo"?
(2) Ao se dirigir aos destinatários desta carta, Pedro salienta uma coisa preciosa que todos os crentes têm em comum. O que é essa coisa preciosa?
(3) Você consegue explicar porque você também considera sua fé preciosa?
(4) Uma vez que Pedro deseja que seus leitores tenham abundância de graça e paz, o que ele aponta como a fonte dessas bênçãos?
1:3-11—Fazer cada vez mais firme o nosso chamado e eleição—a primeira exortação de Pedro trata do nosso chamado:
(5) Nosso chamado (v. 3)
a. O que significa que Deus nos chamou “para sua própria glória e virtude"?
b. Para que tipo de vida Ele nos chamou?
c. Qual é a coisa por meio da qual temos recebido tudo de que necessitamos para cumprir o nosso chamado?
(6) Nossa vida piedosa (v.4)
a. Quais são essas “grandiosas e preciosas promessas” que nos permitem viver uma vida piedosa?
b. Em que sentido as nossas novas vidas são diferentes das antigas?
(7) Conhecimento eficaz e produtivo de Cristo (vv. 5-9)
a. São sete qualidades que Pedro nos exorta a adquirir diligente e progressivamente (vv. 5-7).
- Você acha que existe alguma sequência lógica para a obtenção dessas qualidades, especialmente à luz do fato de que a lista começa com "fé" e termina com "amor ágape"?
- Em qual dessas sete qualidades você precisa trabalhar mais?
b. Como pode uma pessoa "acrescentar" essas qualidades cada vez mais, de forma progressiva? (v. 3)
c. O que o nosso (pleno) conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo produz? (v. 8)
d. Como a obtenção progressiva dessas qualidades nos ajudará a não sermos inoperantes ou improdutivos (a palavra grega original significa "infrutíferos")?
e. O que acontecerá se não o fizermos? (v. 9)
f. Qual imagem melhor retrata sua vida, a do versículo 8 ou a do versículo 9?
(8) Pedro menciona nosso “pleno conhecimento de Cristo” (vv. 2, 3 e 8) três vezes: o significa isso e por que é tão importante?
(9) Por que devemos ter certeza (ou "fazer firme" [ARC]) do nosso chamado e eleição?
a. A fé não é suficiente por si só?
b. O que acontecerá se não formos diligentes na tarefa de adicionar ou viver as qualidades mencionadas acima? (v.10b)
c. O que acontecerá se conseguirmos fazê-lo? (v.11)
(10) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Porque, se essas qualidades existirem e estiverem crescendo em sua vida, elas impedirão que vocês, no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos" (NVI-PT). (2 Pedro 1:8)
No início de sua segunda carta (muito mais curta), o apóstolo Pedro menciona o conhecimento de Cristo três vezes. Nesta carta, ele se concentra em repreender o ensinamento dos falsos mestres, os quais representam um perigo que ameaça mergulhar os crentes novamente numa vida de corrupção. A palavra grega original (traduzida aqui como "conhecimento") refere-se principalmente ao conhecimento que os humanos têm de Deus; pode ser traduzida literalmente como "conhecimento pleno / mais profundo".
Cada uma das três vezes que Pedro usa essa palavra, ele nos permite entender a importância desse tipo de conhecimento de Deus:
1:3—Pedro salienta que é por meio desse conhecimento de Cristo que temos acesso ao poder divino, de modo que já nos foi dado tudo de que necessitamos para viver essa nova vida em Cristo e na piedade. Em outras palavras, não temos desculpa nenhuma para não viver uma vida de piedade, uma vez que agora, por meio do nosso conhecimento de Cristo, " participamos da natureza divina, escapando da corrupção que há no mundo por causa da nossa concupiscência" (1:4);
1:2—É por meio desse conhecimento de Deus e de Jesus que podemos receber graça e paz abundantes. Em outras palavras, este não é um conhecimento estagnado, mas dinâmico, um que precisamos manter (ou, no sentido mais literal da palavra, no qual devemos "aprofundar"). Isso faz eco das palavras de nosso Senhor encontradas em João 15, onde Ele menciona que precisamos "permanecer nEle". Portanto, isso é mais do que um simples conhecimento objetivo; é um conhecimento pessoal que precisamos cultivar.
1:8—Pedro enfatiza que nossas vidas serão frutíferas somente quando buscarmos conhecer nosso Senhor Jesus Cristo mais plena ou profundamente. Em outras palavras, as qualidades que ele nos exorta a acrescentar nos vv. 5-7 são “frutos” que precisamos produzir dando o nosso melhor esforço para aumentar o nosso conhecimento de Cristo. A presença ou ausência de tais frutos mostrará se estamos vivendo constantemente com a consciência do nosso chamado e eleição. Quando esqueçemos disso, nos tornamos "cegos e míopes" (v. 9).
1:12-15—O motivo da carta—embora Pedro ainda não tenha especificado de que se trata "essas coisas", é óbvio que sua intenção de lembrar seus leitores delas está por trás de todas as exortações desta carta:
(1) Em essência, Pedro admite que o que ele está dizendo não é nada novo (v. 12). De acordo com Pedro, por que ele quer refrescar a memória de seus leitores? (v. 13)
(2) Como Pedro sabe que sua morte é iminente? (v. 14)
(3) Como ele se refere ao seu próprio corpo nos vv. 13-14?
(4) Que atitude você deve ter ao ouvir as mensagens “repetidas” de seu pastor?
1:16-18—Uma testemunha ocular
(5) Qual é a mensagem específica que parece estar sendo questionada na época de Pedro? (v. 16)
(6) Geralmente, os cristãos realmente acreditam na segunda vinda de nosso Senhor?
(7) Neste trecho, Pedro afirma a veracidade do evangelho que ele e os outros apóstolos pregam. Responda às seguintes perguntas à luz disso:
a. Que experiência especial ele usa para autenticar o evangelho?
b. Escolha uma das seguintes passagens do evangelho para refrescar sua memória a respeito da transfiguração de Jesus, um evento do qual Pedro foi testemunha: Matt. 17:1-8; Mk. 9:2-8; Lk. 9:28-36.
c. O que essa experiência significou para Pedro, e por que é importante para a veracidade do evangelho? (vv. 17-18)
1:19-21—Profecias confiáveis
(8) Você consegue se lembrar de pelo menos uma profecia sobre nosso Senhor que sem dúvida se cumpriu? (Talvez deseje consultar os relatos do evangelho que mencionam o nascimento ou a morte de Jesus Cristo.)
(9) Você concorda com Pedro que essas mensagens proféticas são "ainda mais firmes"? (v. 19)
(10) À luz disso, qual deve ser sua atitude com relação às profecias sobre Sua segunda vinda com poder (v. 16)? (v. 19)
(11) O que significa "até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês"? (v.19; vide Apocalipse 2:28; 22:16)
(12) Qual é a verdadeira fonte das profecias bíblicas? (vv. 20-21)
(13) E do restante das Escrituras? (2 Timóteo 3:16)
(14) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Porque, quando vos revelamos o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, não estávamos seguindo fábulas habilmente inventadas, mas éramos testemunhas oculares de sua majestade" (NVI-PT). (2 Pedro 1:16)
Estas palavras expressam a opinião típica do mundo, a saber, que a Bíblia não é nada mais que uma coleção de escritos humanos e que, como consequência, os relatos do nascimento virginal e da ressurreição de nosso Senhor Jesus, sem mencionar a segunda "vinda de nosso Senhor Jesus Cristo [em poder]" (1:16), não são nada mais que "fábulas engenhosamente inventadas", fabricadas pelos escritores dos evangelhos.
É claro que essa noção não é nova, uma vez que já na época de Pedro a autenticidade dos relatos do evangelho estava sendo questionada. Além disso, o fato de Pedro ter mencionado especificamente a segunda vinda de nosso Senhor mostra que esta é uma das afirmações da Bíblia que tem sido objeto de mais ceticismo.
Pedro já sabe que seu martírio é iminente; por isso, ele aproveita esta última oportunidade para colocar por escrito sua afirmação da autenticidade de todos os relatos do evangelho, especialmente a declaração do próprio Jesus sobre Sua segunda vinda ao repetir o seu relato de primeira mão da transfiguração, o qual aparece em cada um dos três evangelhos sinóticos (Mateus 17:1-8; Marcos 9:2-8; Lucas 9:28-36).
Pedro destaca especificamente o seguinte:
- Ele foi testemunha ocular da transfiguração de Jesus e Sua aparência majestosa. Isso comprova, sem dar lugar a dúvidas, que Jesus não é apenas um homem; Ele também é 100% Deus.
- Além disso, Pedro ouviu com os próprios ouvidos a voz de Deus que disse: “Este é o meu Filho amado em quem me agrado” (NVI-PT). Isso também comprova, sem qualquer sombra de dúvida, que Jesus é o Filho de Deus.
E uma vez que foi o próprio Jesus que prometeu (pouco antes de sua transfiguração em Mateus 16:28) que Ele viria outra vez, isso não só não é uma invenção humana, como é uma promessa do próprio Deus. Junto com todas as outras promessas que Deus falou por meio dos profetas no passado, esta promessa de Seu retorno certamente será cumprida. É por isso que Pedro nos exorta a “prestar atenção”, quer dizer, levar a sério Sua promessa e ansiar pelo seu cumprimento em nossos corações, assim como Simeão e Ana perseveraram em seu anseio pela primeira vinda do Messias (Lc. 2:25-39) e foram ricamente recompensados. Se nós fizermos isso, certamente seremos ricamente recompensados.
Pedro agora contrasta a autenticidade das profecias bíblicas com os ensinos dos falsos mestres (nota: a palavra grega que significa "falso" é "pseudo").
(1) Por que o surgimento dos "falsos mestres" não é inesperado? (v. 1)
(2) A introdução de heresias (v.1)
a. Por que Pedro diz que os falsos mestres introduzirão heresias "secretamente"?
b. Esses falsos mestres negam até mesmo o Soberano que os resgatou. Responda às seguintes perguntas:
- Quem esses falsos mestres afirmam ser?
- Uma das heresias populares durante os primeiros dias do Cristianismo foi a negação da humanidade de Jesus, enquanto outra foi a negação de Sua divindade: de que forma cada uma dessas heresias “nega o Soberano?
- O que é a destruição repentina que esses falsos mestres trarão sobre si mesmos?
(3) Por que os "cristãos" do primeiro século seguiriam os ensinos e a conduta depravada desses falsos mestres, apesar da clareza dos ensinos dos apóstolos? (v. 2)
(4) Qual é a motivação desses falsos mestres? (v. 3a) Todos os falsos mestres têm essa mesma motivação?
(5) Que condenação enfrentarão? (vv. 3b-6)
a. Quais são os três exemplos citados por Pedro com relação à sua condenação? (vv. 4-6; vide Nota 1 abaixo)
b. O que as pessoas nesses exemplos têm em comum com os falsos mestres (vide também o versículo 9b)?
(6) Considere as seguintes perguntas sobre os exemplos de Noé e Ló, mencionados nos vv. 7-9:
a. O que eles tinham em comum?
b. Como podemos imitar os exemplos de Noé e Lot?
(7) Quais são as marcas dos falsos mestres? (vv. 10-11; vide Nota 2 abaixo)
(8) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
“Vemos, portanto, que o Senhor sabe livrar os piedosos da provação e manter em castigo os ímpios para o dia do juízo” (NVI-PT). (2 Pedro 2:9)
O apóstolo Pedro cita como exemplo três momentos em que Deus manteve os injustos para o castigo, a fim de alertar os falsos mestres de sua “repentina destruição” (2:1, 4-6). Ao mesmo tempo, ele usa dois dos exemplos (Noé e Ló) para nos encorajar a perseverar na piedade. No entanto, Pedro os usa não só como exemplos de perseverança, mas também como exemplos da forma como devemos nos comportar em meio a uma sociedade sem lei e sem Deus:
Pedro agora lança um ataque feroz contra os falsos mestres. Embora nem todos os falsos mestres sejam iguais, nesta passagem Pedro apresenta uma descrição geral dos falsos mestres de sua época:
(1) Eles são como animais (vv. 12-13a)
a. Em que sentido eles são como animais? (v. 12b)
b. O que fizeram para merecer esse ataque verbal de Pedro? (v. 12a)
c. Qual será o seu castigo? (v. 13a)
(2) O prazer, o adultério e a ganância (vv. 13b-14)
a. Embora a maioria das pessoas normalmente busquem o prazer e a festa à noite, esses falsos mestres gostam de fazê-lo em plena luz do dia. Que tipo de pessoas são eles?
b. Por que a busca do prazer e do banquete mancha a vida das pessoas?
c. Você acha que a busca do prazer está necessariamente relacionado com o adultério? Por que ou por que não? (v.14)
d. Em que esses mestres foram transformados pela combinação de prazer, adultério e ganância? (v. 14b)
(3) O caminho de Balaão (vv.15-16)
a. Balaão supostamente era um profeta. O que foi aquilo que o enganou? (v.15; Números 22:17)
b. Como Deus finalmente o deteve? (v.16; Números 22:21 e ss.)
c. Em que sentido esses falsos mestres seguem o caminho de Balaão?
(4) Eles prometem liberdade, mas entregam a escravidão. (vv. 17-19)
a. Quem eles escolhem para serem suas vítimas? (v.18b)
b. Como eles seduzem as pessoas? (v. 18a)
c. Por que eles não podem dar a liberdade que prometem? (v. 19)
d. A que Pedro os compara? (v. 17a) Por quê?
e. Qual será o seu castigo? (v. 17b)
(5) Uma volta à sua corrupção anterior (vv. 20-22)—Pedro pressupõe que eles outrora conheceram o Senhor:
a. Nesse caso, o que significam seus falsos ensinos? (v.20)
b. Por que Pedro diz que teria sido melhor para eles se nunca tivessem conhecido o Senhor? (v.21)
c. Que analogias Pedro usa para descrevê-los? (v. 22, mas não v. 22a, que é uma citação de Provérbios 26:11)?
d. Quão apropriadas são essas analogias?
(6) À luz da descrição acima, é difícil distinguir quem é um falso mestre? Por que ou por que não?
(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda.” (NVI-PT). (2 Pedro 2:3)
É de se admirar que as pessoas possam ser tão ingênuas que seguem os falsos mestres. Mesmo quando elas não conseguem perceber que seus ensinos são falsos, é impossível não ver seu estilo de vida corrupto. Mas apesar de que Pedro, junto com outros apóstolos como Paulo e Judas, atacou implacavelmente os falsos mestres e suas loucuras, sabemos que suas falsas doutrinas, ao invés de cessar após o falecimento desses apóstolos da primeira geração, cresceram rápidamente. Vários falsos evangelhos surgiram nos séculos posteriores, entre os quais estão o evangelho de Tomé, o evangelho dos egípcios, o de pseudo-Mateus e muitos mais. Muitos desses evangelhos espúrios contêm contos de fadas sobre a infância de Jesus que O transformam num fazedor de milagres, até mesmo quando era criança. Alguns desses contos de fadas foram introduzidos no Alcorão.
O que é mais preocupante sobre esses evangelhos espúrios é que, após a descoberta recente de alguns de seus manuscritos, eles têm sido usados por mentes seculares como propaganda para desacreditar os livros canônicos da Bíblia, sob o pretexto de que esses manuscritos são muito antigos (apesar de eles terem sido escritos muito depois dos evangelhos canônicos). No entanto, essas obras falsas já foram cuidadosamente estudadas e descartadas pelos primeiros Pais da Igreja, como Eusébio (por volta do século III d.C.), por não serem nada mais do que "histórias que inventaram" (2 Pedro 2:3). Eusébio disse o seguinte:
“O fato de termos a oportunidade de conhecer tanto estes livros (os livros canônicos) quanto aqueles que são citados pelos hereges, livros que levam os nomes dos apóstolos, a saber, aqueles que compõem os Evangelhos de Pedro, Tomé e Mateus, e alguns outros além desses, ou aqueles que contêm os Atos de André e João, e dos outros apóstolos, dos quais nenhum dos escritores que fazem parte da sucessão eclesiástica se dignou a fazer qualquer menção em suas obras: e além disso, o próprio estilo dessas obras é, de fato, muito diferente daquele dos apóstolos; também as opiniões e o significado dessas coisas que nelas se propõem se afastam tanto quanto possível da ortodoxia sadia, demonstrando claramente que são ficções produzidas por homens hereges: portanto, não só devem ser classificadas entre os escritos espúrios; devem também ser rejeitadas como completamente absurdas e ímpias."
(Eusébio, Historia Ecclesiastica, 111, 25)
3:1-2—O propósito de suas cartas
(1) Qual foi o propósito de Pedro ao escrever suas duas cartas? (v. 1)
(2) Por que nossa mente sincera precisa ser despertada? (v. 2)
3:3-13—Os últimos dias e a volta de Jesus
(3) Por que as pessoas zombam da promessa da volta de Jesus? (v. 4)
(4) De acordo com Pedro, qual é o verdadeiro problema desses escarnecedores? (v. 3)
(5) Observe que a promessa de Jesus é a própria palavra de Deus (v. 5)
a. Como os céus e a terra atuais passaram a existir? (v. 5)
b. Embora o mundo da época de Noé tenha sido destruído pela água (Gênesis 6),
- ... por que os céus e a terra atuais ainda existem (v. 7)?
- Eles serão preservados para sempre? Por que ou por que não?
(6) Pedro explica por que Jesus ainda não veio para julgar o mundo (vv. 8-9):
a. Como Deus considera o tempo? (v. 8)
b. Esta é uma nova doutrina? (Salmos 90:4)
c. Qual é o motivo da "aparente demora" da vinda de Jesus? (v. 9)
(7) O que acontecerá na vinda de Cristo? (vv. 10-13):
a. O que quer dizer que o Senhor virá como um ladrão? (Mateus 24:43-44)
b. O que acontecerá com os céus atuais (ou seja, o céu)?
c. O que acontecerá com os elementos (esta palavra provavelmente se refere aos corpos celestes)?
d. O que acontecerá com a terra e tudo o que nela há?
e. Como, então, devemos viver agora? (vv. 11-12)
f. Como crentes, o que podemos esperar naquele dia? (v. 13)
(8) Viver na expectativa da vinda do Senhor (vv.14-18)
a. Que tipo de vida devemos viver? (v. 14) Por quê?
b. Uma vez que a paciência do Senhor significa a salvação, o que devemos fazer? (v. 15)
c. Parece que Pedro faz eco das palavras de Paulo em Romanos 13:11-14.
- O que ele diz sobre alguns dos escritos de Paulo (v.16)?
- Você também já percebeu isso?
- Como Pedro se refere aos escritos de Paulo?
d. Depois de alertá-los contra os falsos mestres (vv. 17-18), Pedro lhes dá instruções:
- O que eles devem fazer de forma defensiva? Como eles devem fazer isso?
- O que eles devem fazer de forma positiva? Como eles devem fazer isso?
(9)
Ao chegar ao final da carta, reserve um tempo para refletir sobre suas
anotações, ou leia a carta mais uma vez para identificar quais são as suas mensagens
principais para você e pensar em como você pode aplicá-las em
sua vida.
“Eles dirão: 'O que houve com a promessa da sua vinda? Desde que os antepassados morreram, tudo continua como desde o princípio da criação' ”(NVI-PT). (2 Pedro 3:4).
Embora nesta passagem Pedro se refira aos escarnecedores que zombam de nossa fé na volta de Cristo, eu me pergunto se nós também podemos duvidar que Sua volta realmente acontecerá. Os zombadores mencionados por Pedro eram da opinião de que tudo no universo continua acontecendo como sempre aconteceu, desde o dia da criação. Parecia que nada havia mudado, sem mencionar que nessa altura, pelo menos 30 anos já haviam passado desde a ressurreição de Cristo sem nenhum sinal de Sua volta iminente. O que para eles foram 30 anos, para nós são quase 2.000 anos. Não é de se admirar que o mundo esteja cheio de escarnecedores que zombam da nossa fé na volta do Senhor. Na verdade, muitos dos assim chamados eruditos cristãos têm expressado publicamente suas dúvidas de que esta seja uma promessa literal de Jesus.
De acordo com a inspiração do Espírito Santo, Pedro cita e parafraseia uma passagem de Moisés que diz:
"um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia” (ARC) (Salmos 90:4).
Em outras palavras, o que Pedro faz aqui não é inventar uma desculpa para
Deus; ele nos lembra que a perspectiva que Deus tem do tempo é
muito diferente da nossa.
Mas ele também salienta algo ainda mais importante. Precisamos entender que
“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (NVI-PT) (3:9).
Ao usar a palavra "convosco", Pedro na verdade não se dirige aos crentes, mas aos incrédulos e a todos aqueles que, assim como os falsos mestres, têm virado as costas ao Soberano (2:1).