No trecho anterior (capítulo 10), um anjo poderoso com um pé sobre o mar e o outro sobre a terra anunciou que não haveria mais demora para que o mistério de Deus fosse cumprido conforme predito pelos profetas. Em seguida, ele pediu a João que comesse o pergaminho. Após isso, a narração do prelúdio de eventos que culmina com o toque da sétima trombeta é retomada:
11:1-2—A Medição do Templo de Deus
(1) Lembre-se das instruções que João recebeu sobre o que ele devia fazer imediatamente após comer o livro (10:11).
(2) Agora ele recebe uma vara de medir:
a. O que ele deve medir?
b. O que ele deve contar?
c. Por que ele não deve medir o "pátio exterior"?
d. Qual é, então, o propósito ou significado das ações de "medir" e "contar"?
e. Quem pisará a cidade santa, e por quanto tempo? (vide a Nota abaixo)
11:3-14— As duas testemunhas: Para entender o significado desta passagem, sugiro que você leia Zc. 4:11-14; Êxodo 7:14-18; 1 Rs. 17:1; 2 Rs. 1:10; 2:11 e Lc. 9:30.
(3) As duas testemunhas (i) recebem poder, (ii) elas profetizarão, (iii) por 1.260 dias (quer dizer, 42 meses, de acordo com o calendário judaico), e (iv) elas estarão vestidas de pano de saco.
a. Como no caso das duas oliveiras, de onde vem o poder destas duas testemunhas? (Vide a passagem de Zacarias mencionada acima.)
b. O que representam os "candelabros de ouro"? (vide 1:20; 2:1)
c. O que o fato de eles estarem vestidos de pano de saco nos diz sobre sua mensagem? (vide Jeremias 4:8)
(4) Como eles se defenderão? Qual profeta do VT é conhecido por ter enviado fogo para devorar seus inimigos? (v. 5; vide 2 Rs. 1:10)
(5) Que outros milagres eles farão como parte de seu testemunho? (v. 6)
(6) Quais profetas do Velho Testamento são conhecidos por terem feito esse tipo de milagres? (vide Êxodo 7:14-18; 1 Rs. 17:1)
(7) Quais foram os dois profetas que apareceram na transfiguração de Jesus e estavam falando com Ele sobre Sua morte? (vide Lucas 9:30)
(8) Responda às seguintes perguntas sobre a conclusão do ministério destas testemunhas (vv. 7-13):
a. Quem subirá e os matará? (v. 7)
b. Qual é a pista que o texto nos dá sobre a identidade da “grande cidade” onde seus corpos ficarão expostos? (v. 8; Sodoma é um símbolo da maldade [Gênesis 13:13; Jeremias 23:14]; o Egito é um símbolo do opressor [Êxodo 3:9; Juízes 6:9])
c. Como os habitantes da terra reagirão diante de sua morte? Por quê? (vv. 9-10)
d. O que Deus fará para resgatar as suas testemunhas? (vv. 11-12) Estes eventos o lembram de qual profeta do Velho Testamento?
e. Que juízo temporal Deus inflige ao povo? (v. 13)
f. Como os sobreviventes (que moram na cidade) reagirão diante do juízo de Deus?
(9) Muitos comentaristas consideram que as duas testemunhas, em vez de serem personagens reais, são um símbolo da igreja durante a Grande Tribulação. O que você acha dessa interpretação?
a. Quais versículos poderiam apoiar a interpretação acima?
b. Quais versículos só fariam sentido se a passagem se referisse a "pessoas individuais"?
(10) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota :
Esta passagem “é reconhecida por todos como sendo de difícil interpretação” (NICNT, 211); portanto, a única coisa que eu posso fazer é chamar sua atenção para o fato de que, no contexto desta visão, o templo se refere àquele que está na terra, e que as ações de medir e contar são símbolos de sua preservação. Diante disso, é óbvio que “temos o paradoxo de que, por um lado, a comunidade será protegida e, por outro, a comunidade desprotegida será pisoteada” (NICNT, 214-5). A única pergunta é esta: "Qual é a comunidade que será protegida e qual é a comunidade que será pisada?" Os 42 meses correspondem aos de Daniel 7:25 e 12:7, e uma vez que o templo (que aparece na visão) é terrestre, e no caso de ser verdade que as 144.000 pessoas que foram seladas por Deus (7:4-8) são um símbolo do remanescente de Israel que será salvo (Romanos 11:26), pode-se deduzir que os desprotegidos são crentes gentios que crerão em Cristo durante o período da Grande Tribulação.
"Eles pisarão a cidade santa durante quarenta e dois meses" (NVI-PT). (Apocalipse 11:2)
"De acordo com o simbolismo de João, a cidade santa é uma expressão mais que se refere à igreja. Os fiéis serão pisados pelo paganismo por um período de quarenta e dois meses. O pano de fundo desta visão é a profecia sobre Antíoco Epifânio que aparece em Daniel 8:9-14. Essa profecia explica que o chifre pequeno pisará o santuário por 2.300 dias, e que mais tarde o santuário será consagrado novamente (Dn. 8:14). Da mesma forma, a igreja será oprimida e profanada pela besta que vem do Abismo (Ap. 11:7), mas não será destruída. O que não está claro é se sua vitória se refere ao triunfo que é conquistado pela morte ou pelo prolongamento de sua existência na terra. Seja como for, a promessa de Jesus em Mateus 16:18 de que 'os poderes do submundo nunca derrubarão [a igreja]' (Williams) será cumprida.
"A menção dos 42 meses (11:2; 13:5) também aparece em Apocalipse no número de 1.260 dias (11:3; 12:6) e na expressão 'um tempo, tempos e meio tempo' (12:14). Referia-se principalmente ao período de sofrimento dos judeus sob a autoridade do déspota sírio Antíoco Epifânio, nos anos 167-164 a.C. Mais tarde se tornou um símbolo convencional utilizado na literatura apocalíptica para se referir ao período limitado de tempo durante o qual o mal triunfará brevemente antes do fim dos tempos. Lucas 21:24 o chama de 'os tempos dos gentios'. O uso frequente dos vários títulos em Apocalipse, juntamente com os contextos em que aparecem, servem para mostrar que os períodos do testemunho final, da proteção divina e do antagonismo pagão ocorrem de forma simultânea."
(NICOT, 215)
Embora seja possível que os 1.260 dias ou 42 meses sejam números arrendodados, minha opinião pessoal é que eles devem ser tomados mais literalmente, uma vez que no trecho abaixo Daniel menciona o que parece ser um calendário mais preciso para "os tempos dos gentios":
“E, desde o tempo em que o contínuo sacrifício for tirado e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias. Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias” (ARC). (Dn. 12:11-12)
Esta passagem retoma o tema dos "três ais" que foram anunciados pela águia que voava (8:13): o primeiro ai é a quinta trombeta (vide 9:12), seguido pelo segundo ai, o qual é, naturalmente, a sexta trombeta (vide 9:13 e ss.). Neste trecho, o toque da sétima trombeta corresponde ao terceiro ai:
11:15-19—A Sétima Trombeta
(1) O que é anunciado pelas vozes no céu com o toque da sétima trombeta? (11:15)
(2) O que isso significa, e o que esperamos que aconteça agora?
(3) Os 24 anciãos no céu respondem com louvor e adoração (11:16-19). Reflitamos sobre o conteúdo de seu louvor:
a. Que título eles usam para se dirigir a Deus? (11:17a)
b. Os anciãos dão graças por quais coisas? (11:17b) O que isso significa?
c. Como as nações têm tratado o seu Deus Criador? (11:18a; Salmos 2:1-3; Gênesis 11:4)
d. O toque da sétima trombeta sinaliza que já chegou a hora de Deus julgar e recompensar (mais detalhes sobre esse evento serão fornecidos pelo resto da revelação.):
- Quem será julgado?
- Quem será recompensado?
(4) O Templo no céu (11:19)—Aqui, o foco da visão se transfere novamente para o céu; nesse contexto, considere as seguintes perguntas:
a. O que significa a "abertura" do templo de Deus no céu, uma vez que é acompanhada por relâmpagos, um terremoto, etc.?
b. É vista a arca de Sua aliança:
- Onde a arca da aliança era colocada no templo terrestre? (Hebreus 9:3-4)
- O que isso significa? (Êxodo 25:22)
- À luz disso, o que significa o fato de a arca da aliança ser "vista" no templo celestial que agora está aberto? (Hebreus 10:19)
12:1-6—Uma reencenação do nascimento do Salvador
(5) A mulher é um sinal no céu (12:1-2)
a. O que representam as 12 estrelas? (vide Gênesis 37:9)
b. Se as 12 estrelas representam os 12 patriarcas de Israel, o que representam os outros símbolos (o sol, a lua e as coroas) quanto ao status de Israel entre as nações da terra?
c. Em que sentido seus gritos de dor de parto são uma ilustração da dor do sofrimento de Israel? (vide Isaías 26:17; Mq. 4:9-10)
(6) O sinal de um dragão (12:3-4)—O dragão, identificado no versículo 9 como Satanás, é descrito com as seguintes expressões:
a. Um enorme dragão vermelho: o que isso significa?
b. Com sete cabeças, dez chifres e sete coroas: O que esses detalhes podem simbolizar? (vide a Nota 1 abaixo)
c. O que sugere o fato de as estrelas serem lançadas na Terra? (vide Dn 8:9-10)
d. O que ele queria fazer com o filho da mulher? (vide Mateus 2)
(7) O nascimento e ascensão de Cristo (12:5-6)
a. Quem é esse filho que a mulher deu à luz? (12:5a; Salmo 2:9; Gênesis 49:10; Apocalipse 19:15)
b. Onde está esse filho agora? (12:5b, Marcos 16:19; Efésios 1:20)
(8) A proteção divina da mulher (12:6)
a. Quanto tempo a mulher ficará protegida? (vide 11:1-2)
b. Para onde ela fugirá em busca de proteção? (vide a Nota 2 abaixo)
c. À luz do contexto desta visão, quem esta mulher poderia simbolizar?
(9) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota 1:
“A
cor vermelha do dragão ... simboliza o caráter assassino de Satanás
(João 8:44) ... o número 'sete' (é) um símbolo de perfeição ... o fato
de que a besta que vem do mar tem dez chifres e sete cabeças (13:1; cf.
17:12) aponta que os emissários terrestres de Satanás são como ele quanto ao seu poder destrutivo. As coroas ... são a pretensão
presunçosa de Satanás de que ele tem um poder real sobre os 'REI DOS
REIS E SENHOR DOS SENHORES' sobre cuja cabeça estão muitos diademas
(19:12, 16)."
(NICNT, 233)
Nota 2 :
Ninguém sabe precisamente ao que se refere a palavra "deserto", nem onde está localizado, embora muitos eruditos concordem que ele provavelmente seja um símbolo de proteção divina e comunhão íntima, como sugere a experiência de Israel na época do Êxodo.
“E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça" (ARC). (Apocalipse 12:1)
Com base no contexto do capítulo 12, não há dúvida de que “neste simbolismo (o da mulher) devemos perceber uma referência ao povo escolhido de Deus” (TNTC, 152). Na verdade, além da descrição da mulher que aparece em 12:1, a menção de que ela dá à luz um filho que “os quebrará com uma vara de ferro” (Salmo 2) sem dúvida se refere ao menino Jesus, o "filho de Davi, filho de Abraão" (Mateus 1:1).
No entanto, devemos perguntar por que este sinal do fato histórico do nascimento de Cristo por meio do Povo Eleito é mencionado junto com o toque da sétima trombeta, uma vez que quase todo o resto da revelação fala sobre o futuro.
Na minha opinião, há pelo menos duas razões pelas quais o nascimento de Cristo é “reencenado” neste momento crítico da história humana e na realização do “mistério de Deus” (10:7):
(1) Ele nos lembra do tremendo privilégio que é para Israel o fato de Deus tê-lo escolhido para ser Seu povo: Sua eleição dentre as outras nações da terra para ser o povo de Deus lhes um status glorioso entre a criação de Deus, o qual é simbolizado pelo fato de ela estar vestida com o sol (um símbolo da glória suprema que Deus lhes concedeu), e de a lua estar debaixo dos seus pés (um símbolo de sua autoridade, até mesmo sobre a criação de Deus) e sua coroa de doze estrelas (um símbolo do status real entre todas as nações das doze tribos de Israel). Este sinal específico no céu mostra que Deus não se esqueceu da escolha que Ele fez; Deus não se esqueceu deles. Além disso,
(2) O resto da revelação, o qual é anunciado pelo toque da sétima trombeta, trata do cumprimento de Sua promessa de restaurar Israel, assim como "anunciou aos seus servos os profetas" (10:7). Ainda mais importante, esse cumprimento só pode ser efetuado pela morte e ressurreição deste Menino Jesus, o mesmo que foi arrebatado e levado a Deus e ao Seu trono. E quando Ele voltar, Ele governará todas as nações com cetro de ferro (12:5).
Uma vez que por meio de Cristo fomos recrutados para compartilhar o mesmo status (Rom. 11:24), agora nós também participamos desse status tão glorioso! Não é incrível?
12:7-9 —A guerra no céu — A obra redentora de Cristo agora é representada por uma batalha feroz que é travada no reino celestial (os versículos 7-14 são basicamente um desenvolvimento dos versículos 5-6).
(1) Quem participa desta batalha feroz que é travada no céu? (v. 7)
(2) Quem é Miguel? (vide Judas 9; Dn. 10:13, 21; 12:1)
(3) Qual é o resultado desta batalha? (v. 9)
(4) Quais são as expressões que Jesus usa para descrever esse resultado? (Lucas 10:18; João 12:31)
(5) A identidade deste dragão (v.9)
a. Por que ele é chamado a antiga serpente? (vide Gênesis 3:1 e ss.)
b. O que ele tem feito como Satanás ou o diabo? (Além de Gênesis 3, vide também João 13:2; Lucas 22:31, 2 Coríntios 2:11; 11:3, etc., a respeito da obra de Satanás; vide também a Nota abaixo)
12:10-12—Regozijo no céu
(6) Qual é a implicação da derrota de Satanás? (v. 10a)
(7) O que Satanás fazia dia e noite diante de Deus antes de ser expulso do céu? (v. 10b; vide Jó 1:6-11; Zacarias 3:1)
(8) Na terra, nós também tornamo-nos os "vencedores" sobre Satanás, o acusador (v. 11), das seguintes maneiras:
a. Pelo sangue do cordeiro: Como isso funciona? (1:5; Romanos 8:32-34; 1 Coríntios 15:55-57)
b. Pela palavra de nosso testemunho: Como isso funciona? (v. 11b)
(9) O que Satanás faz quando ele é lançado à terra? Devemos ter medo dele? Por que ou por que não? (v. 12b; Mat. 10:28)
12:13-17— A ofensiva final de Satanás
(10) O v. 6 já fez alusão à proteção que Deus dá à "mulher" (o Povo Eleito) por 1260 dias:
a. Qual é a nova expressão usada no v. 14 para se referir a este período de 1260 dias?
b. O que simbolizam as duas asas da grande águia que são dadas à mulher? (Êxodo 19:4)
(11) A proteção de Deus–Os vv. 15-16 contêm temas que têm gerado muita especulação:
a. Que tipo de imagem é evocada pela menção do rio com forte correnteza? (Minha tendência é pensar na maneira como Satanás tem usado as nações do mundo como uma torrente para tentar varrer a nação de Israel, o povo escolhido de Deus, da face da terra. O que você acha?)
b. O que poderia significar a cena em que a terra abre sua boca? (vide Nm. 16:30)
(12) Enquanto a "mulher" fica protegida, quem é deixado para enfrentar o ataque de Satanás na terra durante este período (provavelmente os 1.260 dias)?
(13) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota :
“Ele é ao mesmo tempo o diabo (uma palavra que significa 'calúnia') e Satanás. Este último é o nome mais antigo, sendo a transcrição de uma palavra
hebraica que significa 'adversário' ... No entanto, mais tarde o termo foi usado para se referir ao adversário da humanidade, o espírito que
acusava as pessoas diante de Deus, como fez com Jó (Jó 1:6) e o sumo
sacerdote Josué (Zc. 3:1). Foi assim que o título 'Acusador', 'Satanás' começou a ser usado exclusivamente para se referir a ele."
(TNTC, 156)
“pois foi lançado fora o acusador dos nossos irmãos, que os acusa diante do nosso Deus, dia e noite” (NVI-PT). (Apocalipse 12:10)
Muitos tendem a pensar que a cena na corte celestial em que Satanás chega para acusar Jó (em Jó 1) é uma passagem puramente simbólica. No entanto, a visão da batalha na esfera celestial entre o arcanjo Miguel e Satanás em Apocalipse 12 mostra, sem dúvida, uma batalha real na qual Satanás é derrotado e expulso do céu de uma vez por todas. Até mesmo Jesus menciona esta batalha quando diz: "Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago" (NVI-PT) (Lc 10:18).
Apocalipse 12 também afirma que, antes de ser expulso do céu, Satanás é "o acusador dos nossos irmãos, que os acusa diante do nosso Deus, dia e noite" (12:10b). Em outras palavras, a cena em Jó 1 não é simbólica. Satanás de fato aparece diante de Deus e nos acusa dia e noite.
Quando olhamos para nós mesmos, vemos que ainda temos muitas fraquezas e pecados
que Satanás pode usar para nos acusar diante de Deus; no entanto, o
apóstolo Paulo nos lembra que já somos "vencedores"; já prevalecemos
contra o Acusador, uma vez que...
“Se Deus é por nós, quem será contra nós?... Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós ” (NVI-PT). (Romanos 8:31, 33-34)
Isso também nos lembra que, apesar de que também vemos fraquezas e pecados na vida de nossos irmãos e irmãs, não devemos nos juntar a Satanás e acusá-los diante de Deus; em vez disso, devemos nos unir a nosso Senhor Jesus em intercessão por eles diante do trono de Deus.
A visão em que o dragão (Satanás) é lançado à terra continua, agora com a descrição da guerra que ele trava contra os descendentes da mulher, os seguidores de Jesus (12:17); o dragão está de pé na praia "como se estivesse prestes a convocar seus acólitos das águas turbulentas" para eles cumprirem suas ordens (NICNT, 243):
13:1-10—A besta que sobe do mar—Uma vez que em Daniel as bestas são usadas como símbolos dos poderes mundiais que se levantariam, parece lógico supor que as bestas na visão de João têm o mesmo significado simbólico, especialmente à luz de certas semelhanças entre as descrições dos animais em ambas as passagens (vide Dn. 7).
(1) Dentro desse contexto de potências mundiais, o que simboliza a besta com dez chifres, sete cabeças e dez coroas?
(2) É provável que essa besta se refira a um bloco unido, ou um império de potências mundiais. Nesse caso, o que simboliza a combinação da aparência de um leopardo, os pés de um urso e a boca de um leão?
(3) De onde vem seu grande poder? (v. 2)
(4) Um ferimento mortal (vv. 3-4)
a. O que poderia simbolizar o ferimento mortal recebido por uma de suas cabeças?
b. A que leva a cura milagrosa desta cabeça? Por quê?
c. Além de ser seguida, esta besta também é adorada: você consegue pensar em algum líder mundial do passado ou do presente que as pessoas elevaram a um status quase divino?
(5) A vitória temporária da besta (vv. 5-10)
a. Por quanto tempo a besta poderá exercer o seu poder e autoridade? (v.5; vide 11:1-2; 12:6)
b. Quão arrogante é esta besta? (vv. 5-6)
c. A besta conquista o mundo inteiro (vv. 7-8)
- Como responderão todos os habitantes da terra diante de sua conquista?
- Os santos também serão conquistados; no entanto, você acha que eles estarão dispostos a adorar a besta?
- Esta prova é inevitável? (v. 10a)
- Como os santos deverão se preparar para enfrentar esta tribulação? (v. 10b)
(6) A maioria de nós (ainda) não está enfrentando uma tribulação tão severa. Como o chamado à perseverança e fidelidade aplicaria à nossa situação atual?
(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Aqui estão a perseverança e a fidelidade dos santos" (NVI-PT) . (Apocalipse 13:10)
As bestas que encontramos em Daniel 7 na visão de Daniel são muito parecidas com as bestas de Apocalipse 13. O anjo explicou a Daniel que essas bestas simbolizavam as potências mundiais que surgiriam, com o resultado final de que os santos seriam conquistados (Dn. 7:21). À luz disso, é lógico adotar a mesma abordagem ao interpretar o simbolismo que é usado em Apocalipse 13.
A pouquíssima informação que aparece em Apocalipse 13 não é suficiente para que seja útil especular sobre quais sejam as identidades dessas potências mundiais que parecem formar um bloco para conquistar não só o mundo, mas também os santos. É bastante óbvio que os santos serão perseguidos durante este período, durante o qual alguns serão levados cativos e outros mortos à espada (13:10).
Embora esta mensajem nos diga que esses eventos são inevitáveis, ela também é uma mensagem de esperança.
- A perseguição de fato é inevitável; Como diz o apóstolo Paulo, “De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3:12). Essa é uma realidade até em tempos normais; portanto, imagine como será durante o período da Grande Tribulação, no qual Satanás sabe que "lhe resta pouco tempo" (12:12);
- Mas também é um período de esperança, uma vez que Deus estabeleceu um limite de “42 meses” (13:5) para este tempo de tribulação; além disso, Ele tem ouvido o clamor dos mártires (6:9 e ss.), e virá sem demora e julgará o mundo e Satanás (10:6).
Entretanto, os santos são chamados a serem pacientes e fiéis (13:10). Embora seja muito difícil, o autor de Hebreus, depois de citar os exemplos de muitos mártires do passado, nos incentiva a que
“... corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos” (ARC). (Hb. 12:1b-3)
13:11-18—A besta que saiu da terra—Esta besta parece ser o acólito da primeira besta:
(1) De onde vem esta besta? (v.11; vide a Nota abaixo)
(2) O que sugere a menção de um cordeiro?
(3) O que simboliza a fala como a de um dragão?
(4) Qual é o seu papel com relação ao primeiro animal? (v. 12)
(5) O que esta besta faz para enganar os habitantes da Terra? (vv. 13-14a)
(6) O engano (vv.14b-15)
a. Por que ele mandaria fazer uma imagem para a primeira besta? (v. 14b)
b. Como aqueles leitores dos séculos primeiro e segundo que moravam em Roma teriam reagido diante desta visão?
c. Quão diferente será esta estátua ou ídolo das estátuas dos imperadores romanos da época? (v. 15a)
d. Os que se recusaram a adorar as estátuas dos imperadores tiveram o mesmo destino que terão aqueles que se recusarem a adorar este. Qual é esse destino? (v. 15b)
(7) A marca 666 (vv.16-18)
a. Todos deverão receber uma marca: Onde será colocada essa marca? (v. 16)
b. Como isso poderia ser feito usando a tecnologia atual?
c. Uma vez que todas as transações diárias poderão ser feitas somente escaneando essa marca, o que acontecerá com aqueles que se recusarem a recebê-la?
d. A marca está ligada ao nome da besta (vv. 17-18); ao longo dos últimos 2.000 anos, muitos que se dizem sábios têm especulado muito a respeito da identidade da pessoa ou do nome que forma o número 666. Minha opinião pessoal é que a identidade dessa pessoa será óbvia quando a pessoa entrar em cena. Até então, devemos refletir sobre as seguintes questões:
- Por que o locutor celestial nos daria uma pista tão enigmática?
- O que significa a expressão "é número de homem"? (Ao contrário de que outro tipo de número?)
(8) O que os leitores da época de João teriam pensado ao lerem sobre a marca na mão direita ou na testa?
(9) Como os avanços na tecnologia de hoje podem nos ensinar sobre a realidade daquilo que João viu?
(10) Qual é a mensagem mais importante para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
"No mundo antigo, o mal era frequentemente relacionado com o mar" (TNTC, 161). Esse mesmo tipo de raciocínio também está presente em Daniel 7:1. Diz-se que esta segunda besta surge da terra, o que poderia sugerir que sua origem é menos demoníaca; mas mesmo assim, ela cumprirá as ordens de Satanás.
"Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis" (ARC). (Apocalipse 13:18)
"Nenhum versículo do livro de Apocalipse tem recebido mais atenção do que este, com sua enigmática referência ao número da besta". (NICNT, 261)
"Em grego, as primeiras nove letras do alfabeto eram usadas para denotar unidades, as próximas nove para denotar dezenas e assim por diante". (TNTC, 168)
Aliás, já no século II, teólogos proeminentes como Irineu estavam tentando resolver esse enigma, mas sem obter nenhum resultado satisfatório. Outras tentativas semelhantes continuam sendo feitas hoje; no entanto, nenhum dos nomes assim calculados parece credível, nem mesmo a "noção mais comumente aceita hoje ... de que 666 é o equivalente numérico de 'Nero César'" (NICNT, 262), que já estava morto quando João escreveu o Apocalipse. Além disso, "para obter esse resultado devemos usar a forma grega de um nome latino, e somente após transcrevê-lo com caracteres hebraicos, e com uma variante de grafia (deve-se omitir a letra da vogal e da palavra qysr)" (TNTC, 169). É evidente que tudo isso é extremamente arbitrário.
Uma vez que João, em sua visão, é instruído a convidar aqueles que têm sabedoria a resolverem este enigma, podemos concluir que uma solução existe, mas que está destinada somente àqueles que estarão vivos quando esse personagem aparecer, num momento que, sem dúvida, faz parte de um futuro distante, a época da Grande Tribulação. Acredito que, quando essa hora chegar, o significado ficará óbvio para aqueles com "discernimento" (13:18). No entanto, uma coisa que o locutor aponta com clareza é o fato de que o número "é número de homem". Esse detalhe é importante para os leitores da visão da segunda besta em Apocalipse 13. Embora esta segunda besta seja um grande enganador e operador de grandes milagres, o qual obriga todos os habitantes da terra a adorar a estátua da primeira besta, e ao mesmo tempo priva aqueles que permanecem fiéis a Jesus Cristo (os quais não têm a marca da besta) dos meios de sobrevivência, no final de contas, ele é um simples humano! Independentemente de quão grande e horrível seja o seu nome, esse nome não poderá ocultar o fato de este homem não ser nada mais do que um simples ser humano cujos dias já estão contados.
Após o aparecimento na visão dessas duas bestas terríveis, e antes de qualquer visão que mencione a derrota dessas duas bestas, as 144.000 pessoas cujas testas foram seladas com o selo de Deus para garantir sua proteção são mostradas novamente a João (7:4 e ss.):
14:1-5—Os 144.000
(1) Quem é Aquele que João vê agora nesta visão? (v. 1)
(2) Onde Ele está?
(3) Quem mais está com Ele?
(4) Na verdade, o que é o selo nas testas destas pessoas?
(5) O coro celestial (vv. 2-5)
a. De acordo com a descrição de João, como é o primeiro som que ele ouve? (v. 2a; 1:15; 6:1)
b. O que é (provavelmente) o outro som que ele ouve? (v. 2b)
c. Parece que este cântico é cantado pelos 144.000 diante do trono de Deus.
- Por que somete estes 144.000 podem aprender esse novo cântico? (v. 3)
- Eles são especiais pelas seguintes razões (vide a Reflexão Meditativa de hoje):
1. Eles são puros: Por que a sua pureza é descrita em termos de eles não terem se contaminado com mulheres (a língua original diz que eles são “virgens”)? (vide Jeremias 18:13; 31:4, 21; Lamentações 1:15; 2:13; Amós 5:2)
2. Eles seguem o Cordeiro aonde quer que Ele vá: O que isso significa? (vide Isa. 53:6)
3. Eles foram comprados dentre os homens e oferecidos como primícias a Deus e ao Cordeiro: Em que sentido eles são ofertas de “primícias”? (vide Jeremias 2:3)
4. Eles são irrepreensíveis: "Mentira nenhuma foi encontrada em suas bocas;" (NVI-PT). Por que esse aspecto é mencionado como um sinal de que eles são irrepreensíveis? (vide Isaías 59:13; Jeremias 23:14; Ezequiel 13:6 etc. )
14:6-7—O primeiro anjo—o que tem o evangelho eterno.—Assim como a visão dos 144.000 selados no capítulo 7 é imediatamente seguida pela visão da adoração de uma grande multidão de todas as nações, tribos, povos e línguas, esta visão do cântico dos 144.000 também é seguida por uma proclamação do evangelho.
(6) Quem é que proclama o evangelho?
(7) Por que ele é chamado o evangelho eterno?
(8) Se o propósito desta visão é refletir o momento em que os dois animais aparecem, quão importante é o fato de todas as pessoas na terra ainda poderem ouvir o evangelho?
(9) Qual é a mensagem que o anjo proclama?
14:8—O segundo anjo
(10) No caso de esta segunda proclamação ser dirigida às duas bestas, como ela nos ajuda a entender quem são ou o que representam?
(11) O que representa “a grande Babilônia”? (vide a Nota abaixo)
(12) Qual é o seu destino imediato?
14:9-13—O terceiro anjo
(13) Por que os habitantes da Terra estariam dispostos a adorar a besta e receber sua marca? (13:4; 16-17)
(14) Agora, qual é a consequência de sua decisão? (v. 10)
(15) Quão grave é essa consequência? (v. 11)
(16) Em que sentido esta visão servirá para encorajar os santos que experimentarão a Grande Tribulação? (vv. 12-13; vide 7:14)
(17) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
“Lemos na
primeira ocasião em que a Bíblia menciona a Babilônia (Gênesis 11:9) que,
depois do Dilúvio, as pessoas tentaram subir às alturas do céu
construindo uma grande torre. Portanto, este nome representa o orgulho da
humanidade e das cidades imperiais pagãs. Para João, Babilônia é a grande
cidade, o símbolo de uma comunidade de humanos que se opõe às coisas de Deus.”
(TNTC, 174-5)
"Ninguém podia aprender o cântico, a não ser os cento e quarenta e quatro mil que haviam sido comprados da terra" (NVI-PT). (Apocalipse 14:3)
Como já mencionei, embora a maioria dos eruditos conservadores prefira considerar que os 144.000 do livro de Apocalipse representam toda a igreja do NT, eu tendo a concordar com a interpretação minoritária de que (baseado no fato de que seus números estão distribuídos uniformemente entre as 12 tribos de Israel) este grupo realmente representa aqueles judeus que acreditarão em Cristo nos últimos dias, conforme a profecia de Zacarias 12:10 e a alusão feita pelo apóstolo Paulo em Romanos 11:26, segundo a qual “todo o Israel” será salvo.
Esta interpretação faz ainda mais sentido quando lemos sobre o "cântico novo" (14:3) que eles cantam na corte celestial enquanto as duas bestas (os agentes de Satanás) assolam a terra e perseguem os crentes, "os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus” (12:17).
A razão pela qual somente eles podem aprender esse cântico se torna evidente na seguinte explicação:
(1) Aqueles que não se contaminaram com mulheres, pois se conservaram castos: Uma vez que este número se refere não só a homens, mas a homens, mulheres e crianças “que haviam sido comprados da terra”, é óbvio que esta frase não deve ser interpretada literalmente. Na verdade, a versão grega original usa o termo "virgens" para se referir a estas pessoas, o mesmo termo que é usado com frequência nos livros proféticos do VT para se referir a Israel quando Deus chama o povo ao arrependimento antes do exílio (vide Jeremias 14:17; 18:13; 31:4, 21; Lamentações 1:15; 2:13; Amós 5:2). Essa marca de pureza significa que eles não adoram mais os ídolos, tendo se arrependido do adultério espiritual que Deus repreendeu tão severamente antes do exílio.
(2) Aqueles que seguem o Cordeiro por onde quer que vá: Uma vez que as pegadas do Cordeiro traçam um caminho de sacrifício e sofrimento, estas pessoas têm deixado de se desviar cada um para o seu próprio caminho (Is 53:6)— outro sinal de um arrependimento verdadeiro.
(3) Aqueles que foram resgatados dentre os homens e ofertados como primícias: Eles são de fato uma colheita especial do Senhor, como aquela mencionada em Jeremias 2:3: “Israel, meu povo, era santo para o Senhor, os primeiros frutos de sua colheita". Agora, esse status muito especial já foi restaurado.
(4) Mentira nenhuma foi encontrada em suas bocas. Eles são imaculados: Uma das repreensões contra Israel mais repetidas pelos profetas é que eles mentem (mencionado pelo menos 4 vezes em Isaías; 15 vezes em Jeremias; 3 vezes em Ezequiel; 3 vezes em Oséias; vide também Zacarias 10:2). Este é outro sinal da transformação total de Israel.
Devido ao relacionamento de "virgens" e "Povo Escolhido" que eles tinham com Deus antigamente, o qual eles tinham abandonado, e ao fato de que agora eles foram "redimidos" por Ele, este é um cântico que só eles podem aprender.
Por outro lado, uma vez que cada um de nós foi redimido pelo Cordeiro de maneira individual, cada um de nós também tem uma história única para contar e um cântico de redenção que só nós podemos cantar ao Senhor como testemunho de Seu amor por nós.
14:14-20—A colheita das uvas—Isso marca o período em que a ira de Deus será derramada, uma ação que é representada pela ilustração de uma colheita. Está dividida em duas partes:
(1) A visão do filho de homem (vv. 14-16)
a. A quem se refere a expressão "filho de homem"? (1:13; Dn. 7:13-14)
b. No que a nuvem faz você pensar (com relação a Cristo)? (vide Dn. 7:13; Atos 1:9)
c. O que significa a coroa (na verdade, uma grinalda, como aquela que era dada aos campeões olímpicos)?
d. Por que João usa a palavra "afiada" para descrever a foice que está nas mãos do filho de homem?
e. De onde vem o anjo que anuncia a mensagem? (v. 15)
f. O que significa a declaração "a safra da terra está madura; chegou a hora de colhê-la" significa?
g. O que este curto versículo (14:16) procura representar?
(2) A visão de outro anjo (vv. 17-20)— Embora isto pareça ser uma simples repetição da ação de Cristo, reflitamos sobre as suas diferenças em relação à ação anterior:
a. De onde vem o mensageiro esta vez? (v. 18)
b. O que significa a frase "E ainda outro anjo, que tem autoridade sobre o fogo, saiu do altar"? (v.18a)
c. Este versículo descreve que Cristo lança a sua foice afiada para ceifar. No entanto, o que esse outro anjo, que também tem uma foice afiada, faz além disso? (v. 19)
d. A pisa de uvas no grande lagar (v.20)
- Do que se trata esta ceifa?
- Isto é somente uma visão prévia do evento real que acontecerá em Apocalipse 19:11-16: Como realmente será pisado este lagar da ira de Deus?
- Qual é o propósito do autor ao incluir esta visão prévia neste ponto específico do livro (logo após a visão das duas bestas horríveis) ?
- Quão horrível será a ira de Deus, conforme ela é descrita aqui? (v. 20b)
15:1-4—As sete últimas pragas são anunciadas—O último dos três ais (anunciado pela sétima trombeta) acaba sendo as “sete últimas pragas”:
(3) Por que elas são chamadas as "sete últimas pragas"? (v. 1)
(4) O que é o mar de vidro? (v. 2; 4:6)
(5) Quem são aqueles que estão em pé diante do trono de Deus? (v. 2)
a. O que eles tinham vencido?
b. Qual pode ter sido o preço que pagaram por sua vitória? (13:7, 10, 15)
(6) Eles cantam um cântico para Deus (vv. 3-4)
a. Quem lhes dá as harpas para tocar?
b. Por que o cântico tem os seguintes dois títulos?
- O cântico de Moisés, servo de Deus (Êxodo 15:1-21)
- O cântico do Cordeiro (vide 5:9-10)
c. Seus louvores—Reflita sobre as seguintes perguntas, com base na libertação do Êxodo e na salvação da cruz:
- Como as obras do Senhor mostram que Ele é o "Senhor Deus Todo-Poderoso"?
- Como os Seus caminhos mostram que Ele é o "Rei dos tempos (alguns manuscritos gregos têm a palavra aiōn)"?
- Todos temerão e glorificarão a Deus e Seu nome. Por quê?
- Todas as nações virão e O adorarão. Por quê?
(7) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
" [Eles] tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro" (NVI-PT). (Apocalipse 15:2b-3)
Não faço ideia de se esses santos fiéis (provavelmente mártires) que venceram "a besta, a sua imagem, e o número do seu nome", alguma vez em suas vidas tivessem tocado a harpa. Mas isso não importa. Uma vez que Deus lhes dará as harpas, eles serão capazes de tocá-las, e acho que o farão lindamente.
É interessante notar que o cântico que eles tocarão e cantarão no céu é chamado tanto o cântico de Moisés quanto o cântico do Cordeiro. A maioria dos eruditos concorda que o cântico é um só, e com certeza deve ser assim.
O cântico de Moisés foi cantado por Moisés quando Deus abriu o Mar Vermelho, permitindo que o Seu povo atravessasse o mar como se fosse terra seca; mas quando o exército do Faraó tentou atravessá-lo, ele fechou, afogando-os. Em resposta a uma libertação tão milagrosa, Moisés compôs este cântico de libertação com o propósito essencial de louvar a Deus pelo seguinte:
- as grandes e maravilhosas obras do Senhor Deus Todo-Poderoso
- os caminhos justos e verdadeiros deste Rei dos tempos que julga aqueles que O resistem
- a santidade do Senhor que não é como nenhum outro deus, que faz com que as nações temam e tremam conforme vai revelando os Seus atos de justiça
Todas essas nuances da canção original de Moisés (que aparece em Êxodo 15) são agora repetidas por este coro celestial.
No entanto, a canção de Moisés termina com estas palavras:
“Tu os introduzirás e os plantarás no monte da tua herança, no lugar que tu, ó Senhor, aparelhaste para a tua habitação; no santuário, ó Senhor, que as tuas mãos estabeleceram. O Senhor reinará eterna e perpetuamente" (ARC). (Êxodo 15:17-18)
Apesar disso, o santuário do Senhor na terra acabou sendo somente transitório, e o povo de Deus foi expulso de sua terra natal . Como mostra a visão, o verdadeiro santuário do Senhor está no céu, e a verdadeira cidade de Sião também é a celestial, na qual Deus sem dúvida reinará para todo o sempre; no entanto, essa realidade só pode ser efetuada pelo Cordeiro que foi morto. É por isso que este cântico de Moisés finalmente encontra seu cumprimento no cântico do Cordeiro. Ambos cânticos são um só, uma canção sobre a salvação e o reinado de Deus, não só sobre Israel, mas também sobre toda a humanidade.