Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 12:10–20

Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Gênesis.

(1) Abraão obedeceu a Deus e deu um salto de fé, deixando sua terra natal para ir a um lugar desconhecido; no entanto, uma das primeiras consequências de sua obediência foi ter que enfrentar uma fome severa. O que isso nos ensina sobre o custo da obediência, e também sobre a base da nossa obediência?

(2) O que sabemos sobre as condições sociais no Egito nesta época? Que consideração obviamente estava ausente no processo de tomada de decisão que Abro usou ao enfrentar esta situação tão difícil?

(3) O que a mentira que ele contou sobre sua esposa nos mostra sobre Abraão, tanto sobre sua pessoa quanto sobre sua jornada espiritual de fé?

(4) Já sabemos qual foi o resultado de sua mentira. Valeu a pena mentir?

(5) Como Deus interveio, mostrando-se fiel à promessa que tinha feito em 12:3?

(6) Se você fosse Abraão, que lições você teria aprendido com este incidente?

(7) Em particular, o que Abraão aprendeu sobre seu Deus?

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A lentidão da fé

Muitas vezes, quando lemos sobre a forma em que Abraão traiu sua esposa a fim de salvar a sua própria vida (não só uma, mas duas vezes), nos perguntamos por que o “pai da fé” cometeria um ato tão covarde. Nos perguntamos isso porque esquecemos que até mesmo Abraão teve que crescer em sua fé, e esse crescimento foi um longo processo, assim como é para você e para mim.

Embora sua obediência imediata e absoluta ao chamado de Deus para deixar sua terra natal (e mesmo sem saber o destino final) fosse verdadeiramente preciosa e surpreendente, o que ele conhecia de Deus antes de sua mudança para o Egito, especialmente no que diz respeito à sua própria experiência de Deus, ainda estava numa etapa formativa. Levaria anos (literalmente décadas) e muitos fracassos para ele finalmente se tornar o "pai da fé". É certo que alguns de seus fracassos aconteceram em áreas onde nós "talvez" teríamos sido mais fortes (por exemplo, quando ele mentiu sobre sua esposa por medo de perder sua própria vida e quando tomou uma concubina). No entanto, essas falhas não o impediram de se recuperar e crescer, não só em sua fé, mas também em seu relacionamento com Deus.

Você não acha que deveríamos ser gratos por termos um Deus que é perfeitamente longânimo e pelo fato de nós também podermos nos recuperar dos erros mais horríveis da vida, tornando-nos pessoas que podem ser bênçãos para o reino de Deus?

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 13:1–18

(1) Quando foi a última vez que a Bíblia mencionou que Abrão invocou o nome do Senhor? O que esse intervalo sugere?

(2) Como Abraão tinha ficado tão rico?

(3) Qual foi uma das consequências para ele e sua família de possuir tantas riquezas?

(4) Quais eram as opções de Abraão para resolver este conflito?

(5) Qual opção escolheu? Por quê? (Ou seja, o que isso nos mostra sobre ele como pessoa e sobre sua jornada de fé?)

(6) Quais eram as opções de Ló, levando em conta o fato de ele ter se beneficiado da bondade de Abrão e a posição que ele tinha nesta família do Antigo Oriente Próximo?

(7) Qual opção escolheu? Por quê? (Ou seja, o que isso nos mostra sobre sua pessoa e sua fé?)

(8) Como Deus respondeu diante da decisão que Abrão tomou para resolver o conflito? (v. 14-17) Por quê? Oh

(9) Mais uma vez, Abrão construiu um altar ao Senhor. Qual foi a importância simbólica de sua ação?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Progresso
e retrocesso

Ontem refletimos sobre a fé de Abrão, cujo crescimento parece ter sido lento, uma vez que foi um processo que durou décadas. Mas apesar de seu ritmo lento, houve progresso ao longo desse processo.

Na realidade, Ló recebeu a mesma oportunidade que Abrão. Ele também tinha seguido o seu tio em sua jornada, deixando sua própria terra natal. Ele tinha acompanhado Abrão em cada etapa da jornada, testemunhando tanto seus fracassos quanto seu crescimento na fé. E ele também tinha visto a recompensa da fé na vida de Abrão no crescimento das riquezas do tio. Aliás, suas próprias riquezas também tinham aumentado. No entanto, ao contrário de Abrão, Ló permitiu que suas riquezas se tornassem uma distração em sua jornada de fé.

Quer fosse devido à sua posição inferior como sobrinho de Abrão, quer fosse devido ao fato óbvio de ele ter obtido suas riquezas graças a Abrão, Ló deveria ter devolvido a Abrão o direito de escolher a terra. No entanto, sua crescente riqueza e prosperidade o tinha cegado para a etiqueta cultural e o perigo que representava sua decisão de partir em direção à cidade imoral de Sodoma. Sua progressão em direção à tentação foi marcada primeiro pela vista da terra fértil ao redor da cidade, logo pela sua aproximação dela e finalmente pela sua residência na cidade de Sodoma.

Em outras palavras, Ló escolheu viver pela vista e não pela fé. Eu me pergunto o que teria acontecido se Ló tivesse dito a Abrão: “Tio, vejo que você foi grandemente abençoado por Deus devido à sua fé nEle, e a minha própria riqueza cresceu somente por causa de você. Por que você não escolhe? Eu continuarei a acompanhá-lo e suas bênçãos."

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 14:1–16

(1) Do ponto de vista espiritual, o que você pode deduzir sobre a eleição de Ló, especialmente à luz da progressão enfatizada pelos verbos usados em 13:11, 13:12 e 14:12?

(2) Como era a época ou a sociedade em que Abrão viveu, e como ele abordou a vida nesse contexto? Ele era pacifista?

(3) Como foi possível que Abrão, junto com seu pequeno “exército”, conseguisse derrotar esses quatro reis que tinham levado Ló e sua família cativos? Qual pode ter sido a mensagem para o mundo pagão dessa época?

(4) Como este incidente confirmou a promessa que Deus tinha feito em 12:1-3?

(5) Ouve-se muito dizer que Ló representa aqueles que vivem pela vista, e Abrão aqueles que vivem pela fé. Você concorda com essa análise? Por que ou por que não?

(6) O que você acha que Ló e Abrão aprenderam com este incidente, respectivamente?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Quem é
rei?

Se você contar todas as ocorrências do título rei em Gênesis 14, descobrirá que ele é usado mais de 20 vezes. Esta é a primeira vez que a Bíblia menciona uma guerra em grande escala. Esta guerra envolveu uma ampla região e um grande número de nações. Foi uma guerra internacional.

No meio de tudo isso estava Abraão, que na verdade não queria participar no conflito. Ele foi obrigado contra sua vontade a participar devido à má decisão de Ló. Se Ló tivesse ficado com Abraão, não teria sido necessário para ele enfrentar esse desastre.

No entanto, o resultado surpreendente desta participação relutante de Abraão foi fazê-lo sobressair como o vencedor verdadeiro e definitivo do conflito. Aquele que nem era rei derrotou todos os reis.

Por mais genial que tenha sido Abraão, quando se tratava de experiência militar, treinamento e armas, ele não representava ameaça alguma contra nenhum desses reis individuais, e muito menos para uma aliança de vários reis poderosos. Portanto, a notícia de sua vitória teria tido grande repercussão entre os povos e potências da época. As bênçãos pronunciadas sobre Abraão por Melquisedeque e o dízimo que ofereceu a Melquisedeque teriam enviado uma mensagem inconfundível ao povo da região sobre quem era o verdadeiro Rei – o Deus de Abraão.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 14:17–24

Depois de derrotar os poderosos reis do leste, Abrão se encontrou com dois reis que representavam duas cosmovisões diferentes:

(1) O Rei de Sodoma:

a. O que acabara de acontecer com o rei de Sodoma e seu povo?

b. Por que ele saiu ao encontro de Abrão?

c. Que tipo de atitude ele mostrou?

d. Qual era sua cosmovisão?

(2) O rei de Salém (provavelmente Jerusalém):

a. Com base nesta e em outras passagens da Bíblia (como Hebreus 5:5-6, 6:20-7:3 e Salmo 110:4), o que podemos aprender sobre este Rei de Salém?

b. Por que ele saiu ao encontro de Abrão?

c. Qual foi a essência da bênção que ele pronunciou sobre Abrão?

d. Qual era sua cosmovisão?

e. Por que Abrão deu um décimo de seus despojos a Melquisedeque?

(3) Por que Abrão teve que respaldar sua resposta ao rei de Sodoma com um juramento a Jeová Deus (14:22)?

(4) Ao observar como Abrão tratou os dois reis, reflita sobre o que ele demonstrou nas seguintes áreas:

a. a compreensão que ele tinha de seu chamado

b. seu relacionamento com Deus

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O Deus de Abraão

Ao refletirmos sobre a fé e a amizade que houve entre Abraão e Deus, eu o convido a refletir sobre as palavras do seguinte hino escrito por Thomas Oliver:

O Deus de Abraão

1
Ao Deus de Abraão louvai;
Do vasto céu Senhor,
Eterno e poderoso Pai,
E Deus de amor.
Augusto Deus Jeová,
Que terra e céu criou,
Minha alma o nome abençoará Do grande Eu Sou.

2
Ao Deus de Abraão louvai; Eis, por mandado Seu,
Minha alma deixa a terra e vai Gozar no céu.
O mundo desprezei, Seu lucro e seu louvor,
E Deus por meu quinhão tomei e protetor.

3
Meu guia Deus será; Seu infinito amor
Feliz em tudo me fará Por onde eu for.
Tomou-me pela mão, Em trevas deu-me luz,
E dá-me eterna salvação Por meu Jesus.

4
Meu Deus por Si jurou; e nEle confiei,
E para o céu que preparou Eu subirei.
Seu rosto irei ver, Fiado em seu amor,
E eu hei de sempre engrandecer Meu redentor.

https://www.letras.com/cantor-cristao/623811/


Nota:

Certa noite, enquanto Olivers estava em Londres, ele se sentiu atraído por um culto numa sinagoga judaica, onde ouviu o grande cantor Leoni cantar uma antiga melodia hebraica com um ar solene e triste. Olivers sentiu um forte desejo de escrever um hino com a mesma melodia, e o resultado foi o hino que nós conhecemos como “O Deus de Abraão. Em certo sentido, o hino é uma paráfrase do antigo Yigdal (doxologia) em hebraico, embora Olivers tenha lhe dado um sabor distintamente cristão.

Conta-se a história de uma jovem judia que, por ter sido batizada na fé cristã, foi abandonada por sua família. Esta jovem fugiu para a casa do ministro e abriu-lhe seu coração. Logo, como si ela quisesse mostrar que apesar de tudo o que lhe acontecera sua alegria em seu recém-descoberto Salvador era maior do que toda a perda de sua casa e família, ela cantou o hino "O Deus de Abraão.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 15:1–7

(1) Neste trecho, Deus repete Sua aliança duas vezes. Qual a importância do momento em que Deus decidiu fazer essa reiteração (note bem as palavras "Depois dessas coisas" )?

(2) À luz do que acabara de acontecer com Abrão, por que são importantes as primeiras palavras de Deus: "Não tenha medo"?

(3) O que significam as palavras tranquilizadoras que se seguiram?

(4) A palavra mas (NVI-PT), assinala a reclamação de Abrão. De que tratava sua reclamação? Foi baseada na fé, na falta de fé ou em ambas coisas?

(5) Qual foi o auxiliar visual que Deus usou em Sua resposta à reclamação de Abrão?

(6) Aqui, parece que Abrão já havia crescido em sua fé:

a. O que significa o fato de Deus lhe ter “creditadoisso como justiça?

b. O que é a justiça?

c. O que é a fé, a base da (sua) justiça?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O
lado interessante da fé

Gênesis 15 é um capítulo crucial na história da salvação, uma vez que estabelece sem dúvida o fato de a salvação ser pela fé e não pelas obras (Rm 4:1-5). Mas o que acho muito interessante é a maneira como Abraão expressa sua fé em Deus.

Quando Deus reiterou Sua promessa a Abraão, uma promessa que incluía dar-lhe uma terra e uma nação, sua reação foi bastante interessante: "Ó Soberano Senhor, que me darás [realmente], se continuo sem filhos e o herdeiro do que possuo é ...[u]m servo da minha casa!”. Em outras palavras, Abraão estava dizendo a Deus que não lhe importava se ele recebia ou não uma terra enquanto ele não tivesse um filho próprio.

Foi então que Deus o levou para fora de sua tenda e lhe mostrou o incrível céu celestial com suas inúmeras estrelas. Aqui, a Bíblia diz que “Abraão creu”. Ele acreditou que Deus certamente lhe daria um filho, contra todas as probabilidades! No entanto, o que ele fez para mostrar que sua fé na promessa de Deus de lhe dar um filho era genuína? Ele imediatamente ficou extremamente inquieto acerca da terra prometida, um assunto com o qual não se importava antes. Ele perguntou: "Ó Soberano Senhor, como posso saber que tomarei posse dela [da terra]?"

Termino com a seguinte pergunta para você reflexionar: a pergunta de Abrão foi motivada por sua fé ou por sua falta de fé?

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 15:8–21

(1) A primeira parte da reiteração da promessa trata da garantia de Deus de lhe dar um filho. De que trata a segunda parte da reiteração (v. 7)?

(2) Abrão responde aqui novamente com outro "mas" (de acordo com a tradução NVI em inglês). Sobre o que estava reclamando? Foi motivado pela sua fé, sua falta de fé, ou por ambas coisas?

(3) Esta não foi a primeira vez que Deus prometeu dar-lhe uma terra. Por que Abraão só agora escolheu abordar essa questão, e não quando Deus fez a promessa original (12:7)?

(4) O aparecimento de aves de rapina parece inoportuno num momento tão solene e sagrado. Qual poderia ser a mensagem aqui?

(5) Enquanto Abrão dormia num sono profundo, Deus decidiu dar-lhe detalhes sobre o futuro de seus descendentes:

a. De que trataram esses detalhes?

b. Por que Deus decidiu revelá-los a Abraão antes de reafirmar que lhe daria a terra?

(6) Quais lições você acha que Abrão aprendeu com essa experiência?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Os amigos têm confiança uns nos outros

O fato de Deus ter creditado como justiça a fé de Abraão não só marca uma nova etapa em sua jornada de fé, mas também estabelece um relacionamento eterno entre Abraão e o Senhor. Este relacionamento eterno é a vida eterna. Abraão é nosso pai da fé, não devido à sua grande fé, mas também porque todos nós podemos alcançar a mesma justiça pela nossa fé em Deus, por meio de Jesus Cristo. Mas além de lhe proporcionar justiça e vida eterna, seu relacionamento justo com Deus também o levou a ter uma amizade com Deus como aquela que é descrita no Salmo 25:14: "O Senhor confia os seus segredos aos que o temem" (NVI-PT).

Essa amizade foi-se desenvolvendo ao longo do resto da vida de Abraham. Em Gênesis 18:17, quando Deus estava prestes a trazer seu castigo sobre Sodoma e Gomorra, lemos estas palavras surpreendentes da boca de Deus: "Esconderei de Abraão o que estou para fazer?".

E aqui, em Gênesis 15:13-16, lemos que Deus teve a confiança para lhe contar sobre o futuro de seus descendentes, algo que na verdade era totalmente desnecessário, salvo pelo fato de que não deveria haver segredos entre o bons amigos. E Abraão e Deus são muito bons amigos.

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 16:1–16

(1) Apesar da promessa que Deus fez a Abrão de lhe dar um filho do seu próprio corpo (15:4), e do pronunciamento explícito que Deus tinha feito sobre a santidade do casamento, na qual Ele o descreveu como um relacionamento em que duas pessoas "se tornarão uma só carne" (2: 24), Sarai estava prestes a cometer um erro semelhante ao de Eva porque ela já era velha e ainda não tinha gerado filhos de Abrão. Compare 3:6-7 com 16:1-3 para ver quão semelhantes foram os erros dessas duas mulheres. De que pecado Sarai era culpado?

(2) Compare também as semelhanças entre os erros de Adão e os de Abrão (em 3:6 e 16:2-4).

(3) Qual foi o resultado “imediato” dos erros de Adão e Eva?

(4) Qual foi o resultado “imediato” dos erros de Abrão e Sarai?

(5) Quão semelhante foi a resposta de Sarai (em 16:5) à de Eva quando ela foi obrigada a enfrentar as consequências de seus erros?

(6) O que Abrão decidiu fazer para resolver ese conflito? O que você teria feito no lugar de Abrão?

(7) Acredita-se que o v. 7 contém "o único caso conhecido na literatura do Antigo Oriente Próximo onde a divindade se dirige a uma mulher pelo nome" (Waltke). Como isso distingue o nosso Deus dos deuses dos pagãos?

(8) Por que Agar desprezava Sarai? Qual pode ter sido sua intenção ou objetivo? Em vez alcançar seu objetivo, o que Agar recebeu?

(9) Quando Deus lhe pediu que voltasse e se submetesse, a que exatamente Agar teve que se submeter?

(10) O que você acha que foi a lição mais importante que Agar aprendeu com toda essa experiência?

(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Deus não
pratica favoritismo

Fiquei comovido quando, ao consultar alguns comentários sobre Gênesis, aprendi que nenhuma obra do Antigo Oriente Próximo menciona que uma divindade tenha se dirigido a uma mulher pelo nome. Nosso Deus sem dúvida é diferente. Ele se dirigiu a Hagar pelo nome.

Embora Hagar fosse culpada de mais do que um simples ingratidão para com sua ama, que tinha confiada nela o suficiente para entregá-la ao marido, ela realmente não teve nenhuma escolha ou controle sobre seu destino. Seria muito doloroso para qualquer pessoa ser usada como uma simples ferramenta. Em outras palavras, ela foi vítima da ação incrédula de Sarai pela qual ela esperava trazer o cumprimento da promessa de Deus. Quando Hagar fugiu (provavelmente em direção à sua terra natal no Egito) com um bebê no seu ventre, numa situação de grande perigo, uma vez que ela era uma mulher que viajava sozinha, ela provavelmente não esperava que o Deus de Sarai interviesse em sua situação. Mas Deus lhe mostrou que Ele não é um deus tribal, mas o Deus de todos os povos. Também não é um Deus que pratica favoritismo. Ele cuida de todos aqueles que vêm a Ele e os ouve (esse é o significado do nome Ismael).

Nesta passagem, embora as ações de Abraão também estivessem incorretas, Deus permaneceu fiel. Apesar do erro de Abrão, Deus estendeu Sua bênção sobre Agar por causa dele: não só abençoou seus descendentes; também permitiu que ela O conhecesse pessoalmente como o Deus que vê (Gênesis 16:13).