Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 20:1–18

Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Gênesis.

Por incrível que pareça, Sara foi levada para o harém de um rei quando ela tinha 90 anos. Este incidente pôs em perigo direto não só a promessa que Deus tinha feito a Abraão, mas também Seu plano de salvação através da semente de Abraão (o que era ainda mais importante).

(1) Por que Abraão mentiu de novo? O que isso nos mostra sobre este homem de fé em relação aos seguintes aspectos?

a. Seu medo constante?

b. Sua disposição inicial para empreender essa jornada, mesmo sabendo que teria que viver com medo constante?

(2) Podemos justificar sua mentira com o fato de ela ter sido uma meia verdade? Por que ou por que não?

(3) Embora Abraão tivesse pensado que “certamente ninguém teme a Deus neste lugar” (v. 11), como a resposta de Abimeleque a Deus mostra o tipo de rei que ele era?

(4) Como Deus tinha “impedido” Abimeleque de pecar contra Ele?

(5) Quanto tempo você acha que Sara ficou no harém do rei (v. 17)?

(6) Deus chamou Abraão de "profeta" (v. 7). Quais funções de profeta Abraão desempenhou neste incidente?

(7) Como Abraão foi beneficiado por este incidente?

(8) Por que Deus abençoou Abraão tão ricamente apesar de suas ações terríveis e incrédulas? (Mil peças de prata são aproximadamente 11,3 kg ou 25 libras).

(9) O que você pode aprender sobre o caráter de Deus e a maneira como Ele trata seus servos?

(10) O que este incidente significou para Abraão?

(11) O que este incidente significou para Sara, uma mulher que ainda era estéril?

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Um profeta
que ora

Embora Joel nos tenha dito claramente que no fim dos tempos Deus derramará Seu “Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões” (Joel 2:28), e Pedro tenha afirmado que essa profecia se cumpriu no dia de Pentecostes (Atos 2:16), muitos cristãos duvidam que esse fenômeno se limita à época da igreja primitiva. Por um lado, eu não vejo nenhuma indicação na Bíblia que apoie essa perspectiva; por outro lado, acho que enfatizamos demais a profecia e as visões como evidências do derramamento do Espírito Santo.

Até mesmo no Antigo Testamento, a função do profeta não era limitada à predição de eventos e à proclamação em nome de Deus da profecia própriamente dita. Quando Deus apresentou Abraão a Abimeleque como um “profeta” (uma descrição muito surpreendente para nós), Ele também lhe disse: “Ele é profeta, e orará em seu favor, para que você não morra” (Gênesis 20:7). Esta primeira menção do ofício do profeta não enfatiza a profecia, mas a intercessão.

Abraão já tinha exercido o ofício de profeta em Gênesis 18, quando intercedeu por Ló e pela cidade de Sodoma. E nesta passagem, embora a culpa tenha sido claramente de Abraão mesmo, devido ao seu ofício de profeta, ele orou por Abimeleque e sua família para que pudessem ter filhos novamente (Gn 20:17).

Samuel entendia muito bem esta importante função de seu papel de profeta; por isso disse o seguinte aos israelitas: "E longe de mim esteja pecar contra o Senhor, deixando de orar por vocês..." (1Sm 12:23).

Receio que já tenhamos perdido muito tempo discutindo sobre se o ofício do profeta cessou após a era apostólica, e que gastamos muito pouco tempo intercedendo pelos outros, a função que em minha opinião é a mais nobre e importante de qualquer profeta. Uma vez que este ministério é tão vital para o corpo de Cristo, todo crente deve assumi-lo. Nesse sentido, todos podemos ser profetas.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 21:1–13

(1) “O Senhor foi bondoso com Sara...” (NVI-PT) (o verbo hebraico no original significa “visitou”). Como isso o ajuda a compreender a graça que Deus mostrou a Sara?

(2) Até este momento da história, Sara geralmente tem aparecido no segundo plano desta jornada de fé e obediência. Com base no que ela disse quando seu filho nasceu, o que você pode aprender sobre seu crescimento espiritual, especialmente à luz do que ela tinha dito anteriormente (em 16:2)?

(3) Quão importante foi a circuncisão de Isaque? (vide também Lucas 2:21)

(4) Acredita-se que na antiguidade o "rito de passagem da perigosa fase da primeira infância para as etapas posteriores geralmente ocorria por volta dos três anos de idade" (Waltke, 293). Embora o nascimento de Isaque tenha sido marcado pelo riso, Ismael, o filho não escolhido (a semente natural) riu maliciosamente (o significado da palavra traduzida zombava na versão ARC).

a. Por que esse garoto de 16 anos zombava enquanto seu pai ria?

b. Quais foram as consequências de sua risada zombeteira?

c. Por que foram tão graves?

d. O que Isaque representa?

(5) Embora Ismael essencialmente estivesse zombando de Deus, Seu plano e Sua obra milagrosa, a raiva de Sarah foi baseada numa paixão divina? Você acha que ela poderia ter reagido de forma diferente, embora sua observação de que Isaque era a "semente" da aliança abraâmica fosse bem fundamentada?

(6) O que podemos aprender com esta história sobre a tolice da poligamia?

(7) Por que Deus pediu a Abraão que atendesse ao pedido de Sara?

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O sacrifício de ambos os filhos

Se lermos o relato da expulsão de Agar e Ismael de forma isolada, nos perguntaremos como Abraão pôde ser tão cruel com eles.

Devido ao entorno desértico e às condições da época, o ato de expulsar Agar e Ismael com um pouco de comida e um odre de água era o mesmo que dar-lhes uma sentença de morte. Certamente morreriam de fome, se não se deparassem com ladrões e bandidos primeiro. Era tão óbvio assim. À luz disso, como Abraão pôde fazer isso com sua concubina e seu filho?

A Bíblia nos diz que este assunto perturbou Abraão “demais” porque Ismael era “seu filho” (Gênesis 21:11). Embora ele já tivesse Isaque, um bebê milagroso, Ismael ainda era seu filho, e Abraão o amava como seu filho. Eu não acredito que Abraão amava Ismael menos do que amava Isaque. Isso significa que Abraão, ao mandá-los embora, realmente não obedeceu a Sara (era algo que ele obviamente não queria fazer, caso contrário Deus não teria intervindo), mas a Deus. Sua obediência foi dirigida a Deus; ele esteve disposto a sacrificar Ismael somente porque Deus lhe havia pedido.

Se Abraão não estivesse disposto a sacrificar Isaac mais tarde, poderíamos acusá-lo de brutalidade e crueldade. Mas o fato de ele estar disposto a sacrificar Isaac nos mostra que ele não praticava favoritismo. Devido ao seu amor a Deus, Abraão esteve disposto a sacrificar as coisas mais queridas de sua vida, inclusive seus dois filhos.

Aliás, ambos os relatos começam com as mesmas palavras: "Na manhã seguinte" (Gênesis 21:14; 22:3). Eu não acho que isso seja uma coincidência.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 21:14–21

(1) Embora Deus tenha instruído Abraão para ouvir “tudo o que Sara lhe disser”, devido à maneira em que Agar e Ismael foram expulso, foi como se tivessem recebido uma sentença de morte certa. Abraão não teve outra opção?

(2) Como Agar e a criança teriam se sentido em relação a Sara, Abraão e Deus?

(3) Quão desesperadora se tornou a situação deles?

(4) O que Agar pode ter aprendido com sua experiência anterior (no capítulo 16)?

(5) Ao longo desta história, a Bíblia não menciona nenhuma palavra de reclamação de Agar. Em que sentido ela pode ser um exemplo para nós?

(6) O fato de Ismael não ser a semente escolhida o tornou menos abençoado do que Isaque?

(7) O que Agar e o menino aprenderam sobre Deus?

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Deus
cuidará de ti

Ao refletirmos sobre a situação de Agar e seu filho, eu o convido a refletir sobre as palavras deste hino conhecido que já tocou a vida de inúmeros crentes em meio a suas provas.

Deus Cuidará de Ti

Refrão:

Deus cuidará de ti,
Em cada dia proverá;
Sim, cuidará de ti,
Deus cuidará de ti.

1
Aflito e triste coração,
Deus cuidará de ti;
Por ti opera a su a mão,
Que cuidará de ti.

2
Na dor cruel, na provação,
Deus cuidará de ti;
Socorro dá e salvação,
Pois cuidará de ti.

3
A tua fé Deus quer provar,
Mas cuidará de ti;
O teu amor quer aumentar,
E cuidará de ti.

4
Nos seus tesouros tudo tens,
Deus cuidará de ti;
Terrestres e celestes bens,
E cuidará de ti.

5
O que é mister te pode dar,
Quem cuidará de ti;
Nos braços seus te sustentar,
Pois cuidará de ti.

Civilla D. Martín, 1866-1948
https://www.letras.com/cantor-cristao/623784/

A autora de "Deus Cuidará de Ti", Civilla Martin, explicou que escreveu o hino certo domingo à tarde quando estava doente e confinada a uma cama numa escola bíblica em Lestershire , Nova York. Naquela mesma tarde, seu marido Martin estava pregando numa cidade distante da escola. Como Civilla não podia comparecer devido à doença, o marido queria cancelar sua viagem. Enquanto discutiam, seu filho de nove anos disse: "Pai, você não acha que se Deus quiser que você pregue hoje, Ele cuidará da mamãe enquanto você estiver fora?" Martin cumpriu com o compromisso, e quando voltou naquela noite descobriu que sua esposa se sentia muito melhor. A Sra. Martin tinha escrito um novo hino baseado no comentário cheio de fé que seu filho havia feito mais cedo naquele mesmo dia. Dentro de uma hora, o Sr. Martin já havia escrito a melodia para este hino.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 21:22–34

É interessante notar que em hebraico tanto o verbo "jurar" quanto o número "sete" derivam da mesma raiz.

(1) Que tipo de vida Abraão levava, e como permitia que os outros percebessem que Deus estava com ele em tudo o que fazia?

(2) Como podemos imitá-lo com respeito a isso?

(3) A julgar pelo fato de que um rei poderoso e seu comandante tiveram que buscar um tratado de paz com Abraão, quanto prestígio tinha alcançado este pastor?

(4) A água era vital para aqueles que viviam no deserto, especialmente naquela época. Se Abraão não tivesse feito esse tratado, que outros recursos poderia ter usado para resolver a disputa?

(5) Os estudiosos têm opiniões divergentes sobre se os cordeiros que Abraão trouxe foram um presente da parte menos importante do tratado para parte mais importante, ou vice-versa. O que você acha?

(6) Leia Provérbios 16:7 e pense em como a vida de Abraão exemplificou a verdade bíblica expressa nesse versículo.

(7) Qual pode ter sido o propósito de Abraão ao plantar uma árvore em Berseba? Qual pode ter sido o significado de ele ter se referido a Deus como o Deus Eterno na conclusão deste relato?

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje?

Reflexão meditativa
O Deus Eterno

Já lemos sobre ocasiões anteriores em que Abraão ergueu um altar e invocou o nome do Senhor (muitas vezes para comemorar certos marcos importantes em sua jornada de fé), além de sua expressão de adoração e compromisso de fé com o Senhor.

Desta vez, depois de concluir um tratado com o poderoso rei local da terra dos filisteus, o que Abraão ergueu não foi um altar, mas uma árvore; como era seu costume, ele invocou o nome do Senhor, chamando-o de Deus Eterno.

Como a Bíblia relaciona sua invocação do nome do Senhor com sua ação de plantar a árvore, ela tem o mesmo significado que a construção de um altar. Podemos ter certeza de que, ao contrário dos cultos pagãos, a árvore que ele plantou não foi usado como altar; no entanto, o fato de ele ter plantado uma árvore parece ter um significado que vai além daquele de um altar. Plantar uma árvore significa plantar sua própria casa. É certo que mais tarde Abraão se mudaria de Berseba para Hebrom, mais ao norte; no entanto, ele plantou esta árvore depois de obter um poço, algo que naquela época era vital para a subsistência de qualquer comunidade. Nas palavras de Wenham,

“Ao conceder a Abraão o direito de possuir um poço, Abimeleque permitiu que Abraão morasse ali de forma permanente, reconhecendo seus direitos legais, pelo menos os de usar a água. Em outras palavras, depois de tantos atrasos, as promessas sobre a terra e os descendentes finalmente parecem estar sendo cumpridas."
(Wenham, 94)

Foi com base nessa confirmação e com gratidão que Abraão invocou o nome de Deus, adorando-O como o Deus Eterno, pois entendia que este era apenas o começo do cumprimento de Suas promessas. O melhor ainda estava por vir. Assim como a esperança de Abraão estava na cidade eterna, ele também entendeu que as bênçãos que seriam conferidas por meio de sua semente teriam conseqüências eternas.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 22:1–8

(1) A Bíblia deixa claro que isto foi um prova iniciado por Deus. Por que Deus teve que provar Abraão? O que Ele estava procurando fazer?

(2) Qual foi o mandamento que Deus deu a Abraão?

(3) À luz do resto da história de Abraão, quão especial era Isaque para ele (além do fato de que ele era seu filho)?

(4) Antes que Abraão pudesse fazer qualquer pergunta ou levantar qualquer objeção, por que Deus lhe deixou claro que Ele já sabia o seguinte sobre Isaque:

a. Ele era seu filho.

b. Ele era seu único filho.

c. Ele o amava.

(5) Deus já tinha se distinguido dos outros deuses por ser um Deus que defende a santidade da vida e não permite os sacrifícios humanos (Dt 12:31). Por que neste caso teria contrariado Seu próprio caráter?

(6) Deus é onipresente: Ele poderia ter instruído a Abraão a oferecer Isaque em Berseba. Por que ele o instruiu a fazer uma viagem de três dias a Moriá? Qual pode ter sido o significado dessa viagem de três dias? O que Abraão teria feito na viagem, além de caminhar?

(7) Ao ler sobre as ações descritas nos vv. 3-5, você notou que Abraão não deixou nenhuma desculpa para não levar adiante sua obediência?

(8) Abraão mentiu quando disse a seus servos (ou jovens, como sugere o texto hebraico original) “voltaremos para vocês”? (vide Hebreus 11:19)

(9) Abraão estava preparado para responder à pergunta que seu filho lhe fez no versículo 7?

(10) Que resposta você teria dado?

(11) Qual foi a resposta de Abraão? Com base no testemunho de Hebreus 11:19, o que ele quis dizer com isso?

(12) O fato de Abraão ter acreditado que Deus podia ressuscitar os mortos significava que ele não teria que matar Isaque e queimá-lo vivo?

(13) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O sacrifício de Isaque (1)

A razão pela qual demoramos tanto para aprender o preço do risco de crer é a nossa lentidão para enfrentar a noção da morte.

A dificuldade é esta: na verdade, crer significa morrer. Morrer para tudo – para o nosso raciocínio, os nossos lugares, o nosso passado, os nossos sonhos de infância, o nosso apego a esta terra e às vezes até à luz do sol, como no momento da nossa morte física.

É por isso que a fé é tão difícil. É tão difícil ouvir Jesus gritar com angústia por nós e por nossa dificuldade para crer: "quem dera vocês pudessem crer!"

Porque nem mesmo Ele pode dar o salto de Fé em nosso lugar; isso é algo que só nós podemos fazer. Realmente é como morrer! É algo que só nós podemos fazer; ninguém mais pode fazê-lo em nosso lugar.

Este ato de fé madura é terrivel e singularmente pessoal. Seu risco nos envolve até o mais íntimo; o maior e mais verdadeiro protótipo deste ato de fé que temos como Povo de Deus é o relato bíblico da provação de Abraão.

Então disse Deus: 'Tome seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá. Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe indicarei'."
(Gênesis 22:2)

O que Deus propõe a Abraão neste versículo é um ato de pura fé!

É um ato pessoal; é um ato de morte.

Sem amor é impossível compreender tal proposta; aliás, é escandalosa.

Mas será realmente escandalosa para quem ama?

Quando contemplamos Deus envolto na figura colossal deste patriarca que está sozinho no deserto junto à sua tenda... vemos que não é um escândalo, mas o contrário disso.

Deus quer se comunicar com a parte mais profunda do ser de Abraão, arrancando-o de si mesmo e de sua preocupação com seus próprios problemas, os quais são como bens egocêntricos; Ele quer tornar "mais sua" esta criatura que já é sua, este seu homem cujo destino não são as tendas da terra, mas as do céu. Por isso, Deus lhe dá uma prova absurda, porque o amor é absurdo para quem não o vive, mas tão verdadeiro e inquebrantável quanto o amor para quem o possui. “Tome seu filho...” (Gênesis 22:2).
(Trecho do livro The God Who Comes de Carlo Carretto )

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 22:9–19

(1) Isaque provavelmente já era um adolescente. Como foi possível que Abraão, que tinha mais de cem anos, tivesse força suficiente para amarrá-lo e colocá-lo no altar? O que isso lhe ensina sobre o próprio Isaac?

(2) Embora tenha sido impedido por Deus, Abraão realmente pretendia matar seu único filho amado com suas próprias mãos. Neste contexto, como você descreveria o tipo de fé que Deus deseja?

(3) À luz de seus fracassos nos capítulos anteriores, como a fé de Abraão tem mudado a opinião que você tem sobre ele?

(4) Quando Deus impediu Abraão de ferir seu filho, Ele lhe disse: “Agora sei que você teme a Deus ...”. Com base no exemplo de Abraão, você consegue formular uma definição do que significa "temer a Deus"?

(5) Mas se Deus é onisciente, como Ele pôde não saber que Abraão O temia? Por meio deste incidente, qual dos dois ganhou uma compreensão muito mais profunda do outro?

(6) Num sentido simbólico, para que verdade aponta o fato de Deus ter provisto um carneiro para tomar o lugar de Isaque?

(7) Nós fomos criados à imagem de Deus, e o desejo de Deus é que sejamos como Ele e conheçamos Seu coração. Como Abraão, por meio do sacrifício de seu filho, tornou-se mais semelhante a Deus e conheceu melhor o coração de Deus?

(8) Quando Deus falou com Abraão pela segunda vez, Ele reiterou a aliança que havia feito anteriormente. Por que Deus sentiu a necessidade de repeti-lo, e quão especial foi essa reiteração?

(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O sacrifício de Isaque (2)

Acredito que naquela manhã os anjos de todos os cantos do Céu estavam ocupados preparando a montanha na qual um homem iria realizar aquele rito de amor radical e trágico!

Acredito que naquela manhã oriental o espaço ao redor de Abraão estava coberto dos olhos invisíveis de todos aqueles que tinham morrido antes dele, esperando ver como tudo terminaria!

Imagine o drama que havia no coração daquele pobre homem! Deus havia exigido o sacrifício supremo. Teria sido mais fácil para Abraão se Deus lhe tivesse pedido levantar a faca contra si mesmo!

Um ato de pura fé é a morte daquilo que mais amamos para que ele possa ser oferecido à pessoa que amamos, pois só o amor é mais forte que a morte...

No momento mais crítico da prova, quando tentamos perfurar o invisível com a lança afiada de todas as oportunidades que encontramos, percebemos que as três virtudes teologais — a fé, a esperança e o amor — são na verdade uma só, e que elas têm um poder tão penetrante que podem até virar o universo inteiro de cabeça para baixo.

No Monte Moriá, por meio da prova de Abraão, a humanidade abraçou Deus como nunca antes fizera. A experiência desse abraço repercute na história religiosa do mundo como uma epopeia de amor que é maior que nossa infinita fragilidade.

(Tradução livre do trecho da versão em inglês livro The God Who Comes de Carlo Carretto )

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 22:20–23:20

(1) Sara é a única esposa de qualquer dos três Patriarcas cuja idade de morte é registrada. Ao lermos sobre sua morte, seria apropriado refletir sobre sua vida.

a. Quais provações ela teve que experimentar ao longo de sua vida?

b. Quão boa e abençoada foi a vida que ela viveu?

(2) Como você a elogiaria? (Reserve um tempo para refletir sobre sua vida, e consulte Hebreus 11:11 e 1 Pedro 3:6 para ver como o NT se lembra dela.)

(3) Embora Abraão e Sara não tenham sido um casal perfeito, há coisas positivas que podemos aprender com eles. Tente identificar algumas delas.

(4) Abraão tinha grandes riquezas com as quais ele poderia ter comprado terras, mas esta foi a primeira vez que comprou alguma propriedade. Como ele ficou satisfeito em viver a vida inteira como "estrangeiro e peregrino"? (Hebreus 11 nos dá muitas informações sobre isso.)

(5) Agora, as circunstâncias o obrigaram a adquirir um terreno para enterrar sua esposa:

a. Quais foram os aspectos desta negociação em três etapas que mais o impactaram?

b. Com base nessa negociação, podemos deduzir o que as pessoas que viviam naquela terra pensavam sobre Abraão?

c. Por que eles lhe ofereceram gratuitamente a terra para o enterro?

d. Por que ele recusou?

(6) Por que ele escolheu esse campo específico de Efrom? (23:17)

a. Por que tinha sido importante para Abraão e Sara? (vide Gênesis 13:18; 14:13, 24; 18:1)

b. Qual seria sua importância para seus descendentes? (vide Gênesis 25:9; 35:27; 49:30; 50:13)

(7) O que este primeiro pedaço de terra de propriedade de Abraão nos ensina sobre a promessa que Deus lhe tinha feito?

(8) Reflita sobre as palavras de Hebreus 11:13-16, as quais nos dizem o que Abraão, em última análise, considerava como a promessa de Deus.

(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A mãe da fé

É muito evidente que Abraão, o pai da fé, ofusca sua esposa Sara, pois ele foi escolhido por Deus para ser a bênção de todos os povos da terra por meio de sua semente, o Messias—Cristo Jesus.

No entanto, Sara também foi escolhida, não
só para ser a mãe da semente, mas também para ser a esposa do pai da fé. Costumamos dizer que “atrás de todo grande homem há uma grande mulher”. Esta é a essência do louvor do apóstolo Pedro quando diz: "vocês se tornaram suas filhas, se fizerem o bem e não se intimidarem por nenhum medo" (1 Pedro 3:6). Em outras palavras, Sara expressou sua fé fazendo a coisa certa e não cedendo ao medo, uma vez que ela de fato tinha muito a temer como esposa de Abraão.

Esta matriarca não era nada fraca; no entanto, muitas vezes nos lembramos dela devido à dureza com que tratou sua serva Hagar e seu filho, Ismael. No entanto, quando levamos em conta os costumes antigos, descobrimos que ela poderia ter tratado sua serva com muito mais severidade devido à sua falta de respeito. É verdade que ela deve ter pressionado muito Abraão; no entanto, ele se submeteu à sua decisão final. Pedro dá testemunha dela, dizendo que "Sara ... obedecia a Abraão e o chamava senhor".

De fato, devemos nos lembrar de Sara
devido à sua obediência a Abraão. Considere o seguinte:
1. Ela esteve disposta a se desenraizar de sua terra natal e provavelmente teve que vender tudo o que os dois possuíam.

2. Ela est
eve disposta a acreditar na incrível palavra de seu marido sobre a visão que ele recebera, na qual foi instruído a se mudar para um destino final desconhecido para ele.

3. Ela
esteve disposta a viver toda a sua vida em tendas, sem se estabelecer ou comprar terras, mesmo depois de ter acumulado uma riqueza considerável.

4. Ela est
eve disposta a passar por regiões sumamente perigosas, e acabou sendo levada duas vezes para ser concubina de dois reis diferentes, com a ameaça de ter que sacrificar sua própria pureza sexual para proteger a vida do marido.

5. Embora ela provavelmente só
soube mais tarde do evento, ela correu o risco de perder seu único filho, o filho que ela amava, enquanto seu marido obedecia à exigência mais ultrajante de Deus.

É preciso
ter uma fé incrível para seguir um marido tão louco!

Se Abraão é chamado de pai da fé, a obediência de sua esposa não deveria torná-la a mãe da fé?