Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 29:21–35

Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Gênesis.

(1) As ações de Labão realmente visavam honrar o costume local? Quais eram suas intenções?

(2) O que isso nos ensina sobre sua condição moral?

(3) Como Labão sabia que podia continuar a se aproveitar de Jacó?

(4) Você acha que foi justa a obrigação de trabalhar mais sete anos? Por que ou por que não?

(5) O que as filhas pensariam das ações de seu pai? (vide Gênesis 31:15)

(6) Você acha que esses sete anos adicionais que Jacó serviu “foram aos seus olhos como poucos dias”? (Gênesis 29:20)

(7) Que tipo de treinamento espiritual Deus lhe estava dando por meio de Labão?

(8) Por que o Senhor fez Raquel ficar estéril? A culpa não foi dela.

(9) Que mensagem Deus estava transmitindo a Lia e Jacó?

(10) Como os nomes dos três primeiros filhos de Lia revelam sua dor?

(11) O que o nome do quarto filho nos ensina sobre a maturidade espiritual de Lia?

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Uma vítima das tradições

A história de Lia me lembra os muitos filmes cantoneses antigos que assisti quando era criança, nos quais uma mulher era obrigada pelas antigas tradições a se casar com um homem contra sua vontade. O caso de Lia, que aconteceu na terra da Síria, não foi diferente. Ela se tornou um peão na estratégia de seu pai para ficar rico. Isso não quer dizer que Jacó fosse rico, mas que devido ao seu trabalho o rebanho de ovelhas de Labão tinha crescido muito.

Ela sabia que o primeiro amor de seu marido era sua irmã e não ela. Este casamento deve ter sido uma tortura para ela. Sua dor é revelada claramente nos nomes que ela deu a seus três primeiros filhos.

O nome de Rúben, seu primeiro filho, sugere que ela confiava no costume oriental de valorizar o filho primogênito. Ela realmente acreditava que essa criança mudaria o coração de seu marido; no entanto, isso clararamente não foi o que aconteceu.

Da mesma forma, quando nasceu Simeão, o segundo filho, ela teve certeza de que isso mudaria o coração do marido, mas não aconteceu.

E quando nasceu Levi, seu terceiro filho, ela teve certeza de que Jacob se apegaria a ela. Infelizmente, isso também não funcionou.

Mas é interessante notar que Lia entendeu que cada um desses três nascimentos era obra de Deus. Ele era o único que lhe dava filhos; por isso, Rúben significa "[o Senhor] atendeu à minha aflição"; Simeão significa "Aquele que ouve", e Levi significa "apegado".

À medida que se prolongava seu sofrimento por ser a esposa odiada, Lia foi apresentada com duas opções: ela podia continuar confiando em Deus, ou podia culpá-Lo. Qual dos dois ela escolheu?

Quando nasceu o quarto filho, Lia lhe deu o nome "Judá", cujo significado é "louvor". Não há menção alguma do que ele esperava alcançar com o nascimento de seu filho. Ela escolheu simplesmente louvar a Deus, independentemente de seu marido responder com amor ou não.

Naquela época, o conhecimento que Lia tinha de Deus teria sido muito limitado, proveniente somente das histórias que ela teria ouvido de Jacó seus encontros recorrentes com Ele, e talvez também as histórias sobre os encontros de Abraão. Mas com sua fé simples, Lia tinha alcançado a essência da fé em Deus, a saber, a obediência, embora isso não signifique que ela não cometia erros de julgamento.

Por outro lado, apesar da profunda compreensão de Deus que temos hoje e dos ensinamentos abrangentes que temos nos 66 livros da Bíblia, a fé de alguns de nós nem chega perto da de Lia!

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 30:1–24

(1) Raquel deve ter ouvido sobre a decisão de Sara de dar Agar como concubina a Abraão, e também sobre suas tristes consequências. Por que ela decidiu seguir o exemplo de Sara?

(2) Era verdade que Deus havia justificado Raquel por meio do nascimento de Dã? Por que Raquel pensava que era obra de Deus?

(3) Quais foram as intenções de Lia ao entregar sua serva a Jacó? Foi simplesmente o resultado de um espírito de competição?

(4) Usando as mandrágoras do filho (frutas que no mundo antigo eram consideradas afrodisíacas), Lia tratou o marido quase como se ele fosse uma prostituto. Apesar disso, por que a Bíblia diz: “Deus ouviu Lia” (v. 17)? Por que Lia disse que o nascimento de Issacar foi a recompensa de Deus porter dado a minha serva ao meu marido”?

(5) O que Lia estava tentando fazer ao longo dessa história? Ela realmente conseguiu o que queria? Por que ou por que não?

(6) Você pode contar quantos filhos já nasceram a Jacó até o v. 20? Por que Deus esperou tanto tempo, e só "então Deus lembrou-se de Raquel"? O que teria acontecido se Raquel tivesse esperado no Senhor, e somente no Senhor?

(7) Durante toda essa luta familiar entre as duas esposas, Jacó parecia não estar no controle. Isso é verdade? Ele deveria ter controlado a situação?

(8) O que você acha que Deus desejava a esse respeito? (vide Mal. 2:15)

(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A manipulação passiva

Todos nós sabemos que Jacó enganou seu irmão para obter o direito de primogenitura. Como seu nome sugere, ele foi um manipulador muito eficaz. Quando lemos sobre sua experiência com Labão, é impossível não ver a obra da Providência humilhando-o nas mãos de outro manipulador habilidoso.

Mas isso não significa que Jacob aprendeu sua lição imediatamente. Uma vez que ele era praticamente um escravo na casa de Labão, é possível que ele simplesmente não tivesse meios de retaliar. Infelizmente, sua manipulação tomou uma forma diferente, desdobrando-se entre suas esposas.

À primeira vista, o que levou Jacó a tomar suas servas como concubinas (de maneira quase inconsciente) foi a briga ciumenta entre Raquel e Lia; no entanto, também sabemos o seguinte:

1. Jacó estava perfeitamente consciente da dor de Lia.

2. Jacó sabia que o Senhor era quem tinha fechado o ventre de Raquel.

3. Ele sabia que tomar a criada de Raquel como esposa não tiraria de Raquel a desgraça que ela sentia.

4. Ele também sabia que ao tomar a serva de Lia como esposa ele só estaria fazendo sua parte no jogo de retaliação de Lia.

5. Ele esteve muito disposto a seguir as instruções das esposas em tudo isso.

Ele não consultou o Senhor nenhuma vez para saber como ele deveria resolver a situação. Ele também não tentou nenhuma vez buscar a paz dentro da família. Não lemos nenhuma vez na Bíblia que Jacó tenha se oposto às ações manipuladoras de suas esposas. À primeira vista, Jacó era quem estava sendo manipulado; no entanto, uma vez que ele era o cabeça da família, foi ele o verdadeiro manipulador, embora fosse um manipulador passivo.

É verdade que pela graça de Deus suas quatro esposas acabaram dando origem às doze tribos de Israel, mas lemos nas histórias que seguem sobre a venda de um de seus filhos pelos outros irmãos e as muitas obras imorais que se tornaram comuns entre a próxima geração. Tudo isso aconteceu porque Jacó não deu um exemplo moral do que deve ser um pai piedoso!

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 30:25–45

(1) Por que Jacó decidiu partir depois que Raquel deu à luz a José? Onde ele queria ir? Por quê?

(2) As esposas e filhos não pertenciam a Jacó? Por que Jacob tinha que pedir permissão para sair com eles? (vide Gênesis 31:43)

(3) Como Labão soube que suas riquezas eram o resultado das bênçãos de Jeová por causa de Jacó? Espiritualmente, que tipo de pessoa era Labão? (Se a versão da Bíblia que você está usando não lhe der uma pista, procure o v. 27 na versão em inglês da NVI .)

(4) Quando Labão disse: "Diga o seu salário, e eu lhe pagarei", você acha que se podia confiar nele? O que tinha acontecido com a promessa anterior que ele fez a Jacó?

(5) Nesse momento, Jacó tentou negociar com Labão para que ele não tivesse que ir embora de mãos vazias (somente com suas esposas e filhos). O que Jacó lhe propôs? Por que Labão esteve tão disposto a aceitar sua proposta? (Jacó acabou trabalhando para ele por mais 6 anos – vide Gênesis 31:38.)

(6) Labão cumpriu sua parte do acordo?

(7) Por que Jacó não ficou zangado? O que ele fez?

(8) Jacob conseguiu enganá-lo com esse esquema? (vide Gênesis 31:10-13)

(9) Qual foi o resultado de seus 6 anos adicionais de serviço voluntário?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Descansa, ó alma

Ao lermos sobre este novo acordo entre Jacó e Labão, podemos ver na resposta de Jacó a Labão como suatinha crescido: "O que você quer que eu lhe dê?": "Não me dê nada!"

O resultado dos seis anos adicionais de serviço a Labão foi que "o homem prosperou muito, e teve grandes rebanhos, e servas, e servos, e camelos e jumentos ". (Gênesis 30:43). Quanto ele prosperou? Ele tinha recursos suficientes para oferecer a Esaú um presente de 30 camelos, além de muitos outros animais!

Eu o convido a refletir sobre a provisão e o cuidado de Deus com a ajuda destas palavras do famoso hino Descansa, ó alma, escrito por Katharina Schlegel em 1697, que é cantado com a melodia da obra Finlândia de Sibelius.

Descansa, ó alma

Descansa, ó alma, eis o Señor ao lado;
Paciente leva, e sem quexiar-te, a cruz;
Deixa o Senhor tomar de ti cuidado,
Ele não muda, teu fiel Jesus!
Prossegue, ó alma, o Amigo celestial
Protegerá teus passos no espinhal!


Prossegue ó alma, o trilho é estreito e escuro,
Mas no passado Deus guiou-te assim!
Confia agora a Deus o teu futuro,
Que esse mistério, há de aclarar-se enfim.
Confia, ó alma, a Sua mansa voz;
Ainda aclama o vento e o mar feroz!


Confia, ó alma, a hora vem chegando!
Irás com Cristo, o teu Senhor, morar.
Sem dor nem mágoas, gozarás cantando,
As alegrias do celeste Lar!
Descansa ó alma, agora há pranto e dor;
Depois o gozo, a paz, o céu de amor!

http://paulofranke-historiasdoshinos.blogspot.com/2013/09/descansa-o-alma-eis-o-senhor-finlandia.html

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 31:1–21

(1) É natural supor que enquanto Jacó cuidava do rebanho de Labão, os filhos de Labão também cuidavam de seus próprios rebanhos, além dos de seu pai, que estavam a três dias de viagem de Jacó. À luz disso, qual era sua verdadeira queixa?

(2) Qual pode ter sido a atitude anterior de Labão em relação a Jacó, apesar de ele ter mudado seu salário dez vezes? Qual foi a razão de ele ter mudado sua atitude naquele momento?

(3) Por que Deus escolheu esse exato momento para dar a Jacó Suas ordens para partir?

(4) Nos v. 8, Jacó explica como Labão o havia defraudado (mudando seu salário). Como ele sabia que o que lhe permitira prosperar foi a intervenção de Deus, e não sua própria sabedoria ou esquema?

(5) Quão significativo foi o conteúdo do sonho descrito nos vv. 10-13, no qual Deus ordenou que ele partísse?

(6) Nesta história, quem sabe melhor não é o pai, mas as filhas, que conheciam muito bem o pai. Que tipo de pai era Labão?

(7) Por que a Bíblia diz que Jacó “enganou” Labão quando partiu, e que o que ele realmente fez foi “fugir”? Jacob tinha a obrigação de avisá-lo com antecedência? Você o teria avisado (se você fosse Jacó)? (Nota: De acordo com Wenham, p. 274, uma tradução literal da palavra traduzida no texto como “enganou” seria “roubou seu coração”.)

(8) Por que Raquel roubou os ídolos da casa de seu pai? Para que ela precisava deles?

(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
As filhas sabem melhor

As histórias que Moisés conta no livro de Gênesis não só ensinam verdades espirituais; também são contadas de uma maneira muito intrigante. A história de Jacob não é exceção.

Quando lemos como Jacó foi mais esperto que o manipulador Labão, é impossível não pular de alegria. As situação finalmente mudou para este vigarista inteligente. Mas observamos também que Jacó consultou suas duas esposas enquanto pensava em fugir de Labão com sua fortuna. Esperamos ansiosos enquanto imaginamos quais serão suas respostas.

Embora o seu consentimento não seja uma surpresa, a maneira como elas o expressam é surpreendente! Não só se sentiam como estrangeiras na casa paterna, também se sentiam usadas. Pior ainda, elas sentiam que estavam sendo vendidas, como se fossem propriedade!

Talvez em retaliação, Raquel decide "se vingar" do pai da maneira mais dolorosa! Por isso ela roubou os ídolos domésticos de Labão, que provavelmente eram estatuetas, pequenas o suficiente para ele se sentar sobre elas.

Eu não acho que Rachel fez isso para sua própria proteção ou adoração, já que a Bíblia não a descreve dessa maneira. A explicação mais provável é o quanto Raquel conhecia seu pai. Labão era politeísta (isto é, adorava muitos deuses). Portanto, ao perder essas estatuetas que ele usava para a adivinhação (Gn 30:27), Labão perderia seu sentido de segurança.

Labão perseguiu Jacó e os queria de volta, não necessariamente porque fossem feitos de metais preciosos, mas porque representavam sua fonte de segurança. Sem eles, e devido ao seu medo de retaliação por parte de Jacó pelos seus erros no passado, ele tentou fazer um pacto com Jacob. Isso deve ter sido um ato muito humilhante para Labão. No entanto, é altamente improvável que Labão, despojado de seus deuses e tendo sido derrotado nas mãos de Jacó, tenha aprendido a adorar o Deus de Jacó, apesar de ele saber que era o mais poderoso de todos os deuses, mas não considerá-lo necessariamente o único Deus Criador.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 31:22–42

(1) Além de seu desejo de reconquistar seus ídolos domésticos, por que Labão teve que perseguir Jacó?

(2) De que maneira Deus honrou sua promessa de estar com Jacó (v. 3)?

(3) O que Labão planejava fazer com Jacó depois de alcançá-lo?

(4) Você acha que a maneria como Labão confrontou Jacó foi legítima? Por que ou por que não?

(5) Em sua resposta (que na verdade é uma acusação), Jacó foi muito honesto, pois a palavra traduzida “tiraria à força” também pode ser traduzida como “roubar” (Wenham 262). No entanto, Jacó sem saber colocou a vida de Raquel em risco com sua resposta. Você acha que Labão teria realmente matado sua própria filha?

(6) Embora a ação de Raquel tenha sido errada, como esse incidente (que de alguma forma ocorreu sob a proteção da providência) deu a Jacó uma oportunidade de se justificar?

(7) Reflita sobre a descrição que Jacó deu de sua vida a serviço de Labão. Podemos perceber como Deus o tinha estado treinando?

(8) O que Jacó tinha aprendido sobre Deus ao longo dos 20 anos anteriores, especialmente à luz do título (que aparece somente aqui e no v. 53) que ele usa para se dirigir a Deus: “o Temor de seu pai Isaque”?

(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A escola da humildade

Durante a semana passada refleti sobre a maneira como Deus molda Seus servos: depois de escolhê-lo, Deus não desiste até terminar Sua obra de moldá-lo. Não se trata tanto de cumprir Sua missão através do servo.

Seria um eufemismo dizer que Jacó tinha muitos aspectos do seu caráter que precisavam ser refinados. Tenho certeza de que nenhum de nós estaria disposto a correr o risco de dar a uma pessoa como Jacó um papel importante no Reino de Deus, mas isso é exatamente a diferencia entre nós e Deus. Além do fato de que nada é impossível para Ele, Sua paciência também está além da nossa imaginação.

Assim como a maioria de nós, Jacó precisava aprender a ser humilde nesse processo de ser moldado por Deus. E vemos a magnitude de sua humilhação em sua descrição (em Gênesis 31:38-41) de como tinha sido sua vida a serviço de Labão.

Geralmente se acredita que Jacó teria recebido como salário 20% dos animais nascidos no rebanho de seu amo. Embora esse salário tenha sido normal para pastores contratados de sua época, não me surpreenderia se Labão lhe pagasse muito menos do que isso, uma vez que Jacob basicamente não tinha poder nenhuma de negociação.

- Assim como os trabalhadores de hoje que são obrigados a trabalhar em condições de exploração, Jacó teve que trabalhar nas piores condições; de dia era consumido pelo "o calor, e o frio de noite".

- Ele teve que trabalhar muitas horas, tantas que ele mesmo disse “o sono fugia dos meus olhos”.

- Ele era obrigado a indenizar Labão por qualquer perda, mesmo quando a culpa não tinha sido sua. É por isso que ele disse sobre aqueles que foram despedaçados pelas feras que "eu mesmo assumia o prejuízo".

- Ele era obrigado a pagar por qualquer coisa que fosse roubada sob seus cuidados.

- E ele trabalhou como escravo por 20 anos inteiros!

Essa experiência foi muito diferente de sua vida mimada como filho favorito de sua mãe. Aquele que antes tinha pele lisa e unhas finas, e que se vestia como um príncipe, tinha se tornado um homem do campo, exatamente como o irmão de pele grossa e áspera que ele tinha enganado, fingindo ser ele.

Não há dúvida de que Deus usou um método muito especial para ensinar Jacó, que acabou pagando um alto preço por sua tolice. Mas Deus sempre disciplina em amor; como resultado desses 20 longos anos, Jacó veio a conhecer a Deus e chamá-lo de “o Temor de seu pai Isaque”. Apesar das falhas de Isaque, havia uma coisa que Jacó tinha visto neleseu tremendo temor a Deus. Através de seu longo processo de humilhação, Jacó aprendeu a temer a Deus como Isaque O temia!

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 31:43–55

(1) Com base na resposta de Labão a Jacó no versículo 43, você pode deduzir quem era Jacó aos olhos dele?

(2) Que tipo de pessoa era Labão?

(3) Por que Labão viu a necessidade de fazer uma aliança com Jacó antes de deixá-lo ir?

(4) Você acha que Labão realmente se preocupava pelas suas filhas? Quem realmente tinha abusado delas?

(5) O que pode significar o fato Jacó ter mudado o nome do monte de testemunho, traduzindo-o para sua própria língua?

(6) Reflexione sobre as seguintes questões acerca desta aliança:

a. Quantos deuses Labão invocou?

b. E Jacó?

c. O que essa diferença nos revela?

(Nota: O verbo julguem (ARC) usado por Labão no v. 53 está no plural!)

(7) Que status é agora concedido a Jacó por meio desta aliança?

(8) Os 20 anos de escravidão de Jacó finalmente terminaram. O que Jacó tinha aprendido ao final desses 20 anos?

(9) Até agora, qual pode ser a lição mais importante que já aprendemos da vida de Jacó?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Velar pelos próprios interesses

Embora Jacó seja conhecido por sempre tentar segurar (desde o nascimento, quando saiu com a mão no calcanhar do irmão, tentando ser o primeiro a ver a luz do dia), não se pode comparar o seu egocentrismo com o de Labão.

Labão sabia que não poderia tocar Jacó (Deus o tinha avisado num sonho). Portanto, quando teve que reconhecer sua derrota, ele chorou como um bebê, dizendo: “As mulheres são minhas filhas, os filhos são meus, os rebanhos são meus. Tudo o que você vê é meu. Que posso fazer...?" (Gênesis 31:43).

Tão grande era o egocêntrico e a arrogância de Labão.

Fazia 20 e 14 anos, respectivamente, que as filhas legalmente não pertenciam mais a ele. Ele as havia vendido como salário a Jacó, segundo a avaliação de elas mesmas.

Se as filhas não eram mais dele, como ele pode afirmar que os netos eram dele?

E os rebanhos? Ele tinha que estar brincando quando disse que os rebanhos eram dele também! Ele não só tinha quebrado sua promessa de dar a Jacó a primeira ninhada de bodes listrados ou malhados e bodes malhados (Gn 30:35); ele também mudou as regras continuamente (31:8). Mas Deus interveio para que o gado de Jacó aumentasse legalmente apesar das artimanhas de Labão. Labão não podia reivindicar nenhum desses rebanhos!

Mas apesar disso, ele se atreveu a sugerir que tudo o que Jacó podia ver era dele, incluindo os servos, jumentos e camelos.

Se isso fosse verdade, Labão poderia ter reivindicado tudo legalmente, mas ele mesmo sabia que não era verdade!

Labão me lembra aqueles que permanecem impenitentes, mesmo na hora da morte. Não é por nunca terem visto as obras de Deus em suas vidas, principalmente nas adversidades, enviadas com o propósito de despertar suas almas. Mas eles são tão teimosos em sua determinação de viver somente para si mesmos que continuam rejeitando as oportunidades que Deus lhes dá para se humilharem e se arrependerem. Em muitos sentidos, Labão não era diferente de Faraó, que provavelmente disse em seu coração que todos os israelitas que haviam fugido do Egito eram dele, assim como todos os seus filhos e bens!

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Gênesis 32:1–21

(1) Depois de ver como Deus interveio para salvar ele e sua família das mãos de Labão, Jacó se dirigiu para o sul, de volta à sua terra natal, para enfrentar seu maior temor, o irmão de quem havia fugido. Por que Deus enviou Seus anjos para encontrá-lo em Maanaim? Qual pode ter sido o significado desse encontro com os anjos (e não uma aparição pessoal de Deus)? Poderia ter algo a ver com a primeira aparição de Deus no sonho na escada celestial?

(2) Por que Jacó decidiu que era necessário enviar mensageiros para ir diante dele? Como ele se dirigiu ao seu irmão? Por quê?

(3) Se Esaú não tinha a intenção de se vingar e prejudicar Jacó, por que ele foi ao seu encontro com 400 homens? Ele considerava Jacó como uma pessoa confiável?

(4) Como Jacó interpretou as ações de seu irmão? Por quê?

(5) O que Jacó fez além de tomar medidas naturais de autopreservação?

(6) Tente analisar a oração de Jacó:

a. Como ele se dirige a Deus no v. 9? Por quê?

b. Que eventos passados Jacó menciona a Deus? Por quê?

c. Com que palavra você descreveria o que ele diz no v. 10?

d. Como ele se refere a si mesmo no versículo 10?

e. Qual é o tema principal de seu argumento no v. 11?

f. Como ele conclui sua oração? Por quê?

(7) Depois de sua oração, o que Jacó fez para se preparar para o encontro com seu irmão?

(8) Você acha que toda essa preparação é um sinal de que ele ainda confiava em si mesmo? Por que ou por que não?

(9) O que você teria feito se fosse Jacó?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Abrir mão

Fiquei muito impressionado com a lista de presentes que Jacob preparou para seu irmão:

"Duzentas cabras e vinte bodes, duzentas ovelhas e vinte carneiros, trinta fêmeas de camelo com seus filhotes, quarenta vacas e dez touros, vinte jumentas e dez jumentos."

Você tem que concordar comigo que esta lista é muito impressionante. É obviamente uma evidência da grande riqueza que Jacó tinha adquirido. Esta lista teria representado uma porção muito pequena de tudo o que ele tinha. Mas ele era Jacó, o manipulador, aquele que tentava segurar tudo. Para ele, não teria sido fácil abrir mão dessa pequena fortuna. Eu sei que ele foi impulsionado pelo medo não só de perder sua própria vida, mas também as de suas esposas e filhos. Mas apesar disso, esta foi sua primeira grande lição de abrir mão de suas posses aquelas coisas que tanto queria que enganou seu irmão para lhe tirar seu direito de primogenitura. Ele já havia mudado muito.

Mas além disso, Jacó tinha aprendido a deixar de lado o seu orgulho. Jacó agora chama de "meu senhor" um irmão com quem tinha lutado por quase tudo durante quase 40 anos, e se refere repetidamente a si mesmo como “teu servo”. Jacó também tinha aprendido a humildade.

Se eu fosse Esaú, será que eu teria acreditado em Jacó? Será que eu teria acreditado que esse mesmo Jacó tinha mudado? Você teria acreditado?

Talvez a razão pela qual Esaú levou 400 homens ao encontro de Jacó não foi para matá-lo, mas para se proteger dele, "por via das dúvidas"!