Hoje continuaremos o nosso estudo de Êxodo, o segundo livro do Velho Testamento.
(1) Como você descreveria as atitudes das seguintes pessoas após essas nove pragas consecutivas?
(2) Reflita no versículo 3. Claro, tudo isso foi obra de Deus. Mas depois de todas essas pragas, você não acha que os egípcios e o faraó teriam tratado os israelitas (e especialmente Moisés) como se fossem uma praga? Como foi possível que que os egípcios fossem "favoráveis ao povo" e que Moisés até fosse tido "em alta estima" ?
(3) Que lição podemos aprender com o versículo 3?
(4) Em que sentido a morte dos primogênitos no Egito foi uma espécie de retribuição pelo pecado do faraó?
(5) Você acha que Deus tinha dado aviso suficiente ao faraó? (vide Êxodo 4:23)
(6) Faça uma breve pausa para refletir sobre sua própria vida. Existe algum pecado ou advertência da qual Deus o tem lembrado repetidamente, mas que até agora você tem ignorado? O que você deve fazer sobre isso?
(7) Compare esta praga que logo assolaria o Egito com o que Deus diz no versículo 7. Qual é a mensagem que o texto procura transmitir aqui?
(8) Em comparação com as pessoas do mundo, quão favorecidos são aqueles que pertencem a Deus hoje? Quão favorecido é você aos olhos do Senhor?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"O faraó não lhes dará ouvidos, a fim de que os meus prodígios se multipliquem no Egito." (NVI-PT) (Êxodo 11:9)
Antes, eu só sentia simpatia quando lia a história do êxodo — simpatia pelos egípcios. Eu sei que Faraó e seus oficiais devem ser responsabilizados pelo tratamento desumano dos hebreus, não só por tê-los mantido como escravos, mas também pelo massacre das crianças inocentes. Mas quando lia sobre uma praga após outra, eu os considerava realmente azarados por terem sido escolhidos por Deus para Ele revelar Sua mão poderosa; isso foi antes da minha visita ao Egito. De repente, percebi que os egípcios, mais do que qualquer outro povo da terra, tiveram o privilégio de testemunhar os maiores milagres físicos, tanto em termos de quantidade quanto de magnitude.
Imagine se os mesmos milagres fossem realizados diante das pessoas hoje! É verdade que muitos tentariam explicá-los usando termos científicos, enquanto outros optariam por continuar apegados a seus próprios deuses e ídolos, especialmente ao perceberem que o que esse Deus do universo exige é nada menos do que a entrega total e obediência de Seu povo.
No entanto, o objetivo principal dessas pragas não era ser uma maldição, mas servir como uma demonstração do grande poder de Deus, e também de Sua misericórdia. Foi por isso que muitas das pragas foram precedidas de advertências, na esperança de que Faraó e seu povo temessem ao Senhor.
Embora não pensemos necessariamente que todas as doenças e desastres naturais são castigos de Deus sobre este mundo pecaminoso, tais eventos mostram o grande poder de nosso Deus Criador. A frequência e magnitude dos desastres naturais recentes devem ser suficientes para nos humilhar diante dEle de tal modo que acreditemos e nos arrependamos.
Nota: Foi nesta época que foi estabelecido o calendário judaico, cujo primeiro mês foi chamado de "Abib", um nome que foi substituído por "Nissan" após o exílio na Babilônia. Este mês corresponde à última parte de março e à primeira parte do mês de abril em nosso calendário moderno (a temporada aproximada em que ocorreram os eventos descritos na leitura de hoje).
(1) Ao ler estas instruções detalhadas sobre o sacrifício do Cordeiro Pascal, é impossível não pensar em nosso Senhor Jesus Cristo – o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1:29). Reflitamos sobre o significado de alguns dos detalhes da festa pascal ordenada por Deus:
a. um cordeiro macho
b. sem defeito
c. para ser sacrificado
d. cujo sangue devia ser colocado nas laterais e nas vigas superiores da porta da casa
e. o consumo de ervas amargas
f. o consumo de pão sem fermento
g. não deixar nada do cordeiro para a manhã seguinte, mas queimar tudo
(2) Como os israelitas deviam comer a festa da Páscoa? Por quê?
(3) Por que, então, os rabinos insistem (provavelmente desde o primerio século) que o povo de Israel coma sua festa da Páscoa numa posição reclinada? Quão teologicamente corretos são esses rabinos?
(4) Eles devem continuar celebrando sua Páscoa hoje? Por que ou por que não?
(5) Os cristãos devem participar da observância da Páscoa hoje?
(6) O que fazem os cristãos hoje para comemorar o sacrifício do Cordeiro de Deus?
(7) Leia atentamente o versículo 12. Em que sentido isso é um juízo sobre todos os deuses do Egito?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Este dia será um memorial que vocês e todos os seus descendentes celebrarão como festa ao Senhor ... decreto perpétuo." (NVI-PT) (Êxodo 12:14)
Eu sei que a questão de se os cristãos devem continuar a observar a Páscoa tem sido um assunto polêmico desde o século II. Ao contrário da circuncisão, muitos cristãos judeus continuam a celebrar a Páscoa, não com uma mentalidade de obras, mas talvez devido à sua reverência pela tradição e porque acham que é significativo observá-la à luz do entendimento de que Cristo é o verdadeiro Cordeiro Pascal.
No entanto, as Escrituras ensinam claramente que Cristo instituiu a Ceia do Senhor em Sua última festa de Páscoa, substituindo o antigo pelo novo. Suspeito que os primeiros debates que ocorreram entre líderes cristãos como Policarpo não tratavam da observância da Páscoa em si, mas do dia no qual devia ser celebrada. Deve ser comemorada no domingo (o dia da Ressurreição) ou no dia 14 do primeiro mês judaico de Nissan (originalmente conhecido como Abibe).
Embora não devamos favorecer a observância de um dia mais do que outro, é importante não menosprezar a obra completa da salvação realizada por Cristo na cruz. Receio que, ao contrário de Policarpo, que estava convencido de que a Páscoa deveria ser celebrada no 14 de Nisan porque ele buscava seguir os ensinamentos da Bíblia, alguns cristãos não-judeus hoje o fazem motivados mais por um espírito de novidade.
(1) Qual foi o propósito de realizar duas reuniões santas?
(2) Quão estrito foi o mandamento de comer pão sem fermento e de eliminar de suas casas qualquer fermento?
(3) Por que eles deviam fazer isso? (vide Lucas 12:1, 1 Coríntios 5:7)
(4) Qual era a mensagem para eles? Qual é a mensagem para nós hoje?
(5) Por que era importante colocar sangue nas portas? O que o sangue significava? (vide Levítico 17:11)
(6) Como os anciãos de Israel reagiram quando Moisés lhes anunciou as instruções sobre a Páscoa? O que isso significa?
(7) Imagine aquela noite terrível.
a. Imagine que você fosse um dos israelitas que estavam celebrando a Páscoa. Como você teria se sentido?
b. E se você fosse um dos egípcios?
c. Como você teria se sentido se fosse o faraó?
(8) Uma vez que o nosso estudo coincide aproximadamente com a Sexta-feira Santa, coloque-se no lugar de Deus e imagine como você teria se sentido ao escutar o clamor de Jesus Cristo na cruz.
(9) Por que Deus teve que matar os primogênitos do Egito?
(10) Por que Ele teve que matar Seu próprio Filho?
(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota: A palavra hissopo provavelmente se refere a uma planta peluda ideal para uso como pincel.
"Então, à meia-noite, o Senhor matou todos os primogênitos do Egito ... E houve grande pranto no Egito, pois não havia casa que não tivesse um morto." (NVI-PT) (Êxodo 12:29-30)
Uma das mais fortes objeções ou críticas que se tem levantado contra o Deus da Bíblia ao longo dos séculos é a maneira como Ele trata os inimigos de Seu povo. Enquanto eu pregava sobre o Livro de Josué, alguns me perguntaram sobre o mandamento de destruir totalmente qualquer inimigo que estivesse no caminho de conquista dos israelitas, incluindo homens, mulheres e crianças. Mas a maior crítica esteve relacionada à matança de todos os primogênitos no Egito, a última praga do Êxodo.
É claro que não há nenhuma resposta fácil para essas objeções. No entanto, uma verdade que precisamos ter em mente é que Deus não precisa de nós para defendê-Lo, e não devemos nos desculpar em Seu nome, nem procurar evitar essa pergunta válida. Mas por mais válidas que sejam essas perguntas, acredito que o ponto de partida deve ser sempre a pessoa de Deus.
Embora o próprio tema da pessoa de Deus seja vasto, consigo pensar em três aspectos fundamentais sobre Ele que são relevantes neste contexto: Ele é Santo, Ele é justo e Ele é amor!
- Deus é tão santo que nenhum ser humano pode ver Seu rosto ou entrar em Sua presença. Isso é algo que Deus deixa claro para Moisés em Êxodo 33:22; outro exemplo é a cortina que separa o Lugar Santíssimo do Lugar Santo no tabernáculo. Isso é tão verdadeiro quanto o fato de que a Terra em seu ponto mais próximo ao sol está a uma distância de 30,9 milhões de km (91,2 milhões de milhas), e se estivesse um pouco mais perto toda a vida humana na Terra terminaria.
- Deus é tão justo que não permitirá que o pecado fique impune (Êxodo 34:7). Devido aos sistemas legais que existem atualmente na maior parte do mundo "civilizado", sempre lamentamos que os castigos impostos aos criminosos são, em muitos casos, muito brandas; entretanto, não reconhecemos a seriedade de nosso próprio pecado e rebelião contra nosso Deus Criador.
Esses dois atributos de Deus devem nos ajudar a perceber a inutilidade de “todas” as vidas humanas—as de homens, mulheres e crianças! Uma vez que somos seres pecadores, nosso destino seria uma só, não fosse por Seu amor. Sem importar o quão longa ou curta seja nossa vida, todos nós enfrentaríamos a morte, a morte eterna como nosso salário por sermos pecadores (Rm 6:23).
- Deus é amor: Não obstante aqueles que dizem que não podem acreditar num Deus que matou Seu próprio Filho, esse é, na minha opinião, o mais incrível de todos os atributos de Deus. Por um lado, ninguém poderá comparecer perante o tribunal de Deus e acusá-Lo de ter tirado sua vida ou a de seus entes queridos, uma vez que a visão de Sua santidade com certeza deixará sem palavras pecadores como nós. Mas a visão da cruz no Calvário deve eliminar qualquer dúvida quanto ao Seu amor por toda a humanidade!
Sempre me lembro da conversa que tive com minha sobrinha moribunda, na qual ela perguntou: "Por que Deus está permitindo que isso aconteça comigo?" Eu realmente não conseguia pensar em nenhuma resposta à sua pergunta. Ela tinha 28 anos naquela época. Mas orei silenciosamente em meu coração e senti o Espírito Santo me levar a dizer o seguinte: "É por isso que Jesus Cristo escolheu sofrer uma morte tão horrível na cruz, para que em momentos como este possamos continuar crendo que Ele nos ama." Ela continuou crendo.
(1) Reflita cuidadosamente sobre cada palavra que aparece nos vv. 31-32:
(2) Reflita também sobre as seguintes perguntas:
(3) A Bíblia usa repetidamente a expressão "todos os exércitos do Senhor" para se referir a esses israelitas. Por que essa expressão é usada, e quais são suas implicações?
(4) O v. 42 usa a expressão “o Senhor passou em vigília aquela noite” para descrevê-la. O que isso significa?
(5) Deus proibiu todos os estrangeiros de comer do Cordeiro Pascal?
(6) Por que Deus colocou uma restrição tão rígida sobre quem poderia comê-la?
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“No dia em que se completaram os quatrocentos e trinta anos, todos os exércitos do Senhor saíram do Egito. Assim como o Senhor passou em vigília aquela noite para tirar do Egito os israelitas, estes também devem passar em vigília essa mesma noite, para honrar o Senhor, por todas as suas gerações ..." (NVI-PT) (Êxodo 12:41-42)
Ao falar do cumprimento da promessa de Deus de libertar Seu povo, a Bíblia faz menção especial ao fato de que sua promessa foi cumprida “naquele mesmo dia”. Isso nos lembra das seguintes verdades:
- Deus é totalmente soberano.
- Ele tem o controle total da história.
- Ele nunca esquece Sua promessa.
Uma vez que somos pessoas de pouca fé, além de sermos homens e mulheres modernos, “treinados” para ser impacientes, muitas vezes perdemos a fé (ou pelo menos vacilamos) quando as nossas orações a Deus parecem cair em saco roto. Mas este texto é um bom lembrete para nós de que Deus sempre cumprirá Suas promessas ao Seu povo, mesmo que leve 430 anos, e Ele sempre fará tudo exatamente de acordo com o Seu próprio calendário, nem um dia antes, nem um dia depois, mas “naquele mesmo dia".
Mas o que deve nos encorajar ainda mais é saber que "o Senhor passou em vigília aquela noite" (NVI-PT). De fato, se o Senhor nos guarda, o que pode dar errado? Nada!
Não há dúvida de que aquela noite foi muito especial - foi a noite da libertação do povo da poderosa mão do faraó. Mas o Salmo 121 nos diz que Jeová sempre “guarda” aqueles que pertencem a Ele. Aproveitemos esta oportunidade para contemplar esta maravilhosa verdade através da seguinte interpretação do Salmo 121 por John Campbell (1845-1914):
Levanto os meus olhos para os montes
(Consulte a versão bilíngue desta lição.)
(1) O que significa ser consagrado ao Senhor?
(2) Por que o povo devia consagrar os primogênitos dos homens e dos animais? (vide Números 3:13; 8:17)
(3) Isso significa que os filhos que não eram primogênitos não pertenciam ao Senhor? (vide Êxodo 4:22)
(4) Em que sentido o povo de Deus realmente deve “consagrar-se” ao Senhor? (vide Núm. 8:18) Como você deve realmente “consagrar-se” ao Senhor?
(5) Uma vez que Moisés escolheu mencionar novamente a observância da Festa dos Pães sem Fermento neste trecho, deve ser um assunto de grande importância. Usemos as seguintes perguntas para refletir sobre isso:
a. Esta celebração coincidia com o dia no qual o povo deixou o Egito (a observância da Páscoa começava no dia 14, a Festa dos Pães sem Fermento no dia 15) — O que significa esta sequência?
b. Durava sete dias e terminava com a celebração de uma reunião santa. Qual foi o propósito de Deus ao estabelecer este período de sete dias durante os quais o povo devia comer pães sem fermento?
c. Ressalta-se que não deviam ter “fermento algum dentro do seu território” (isso significa que a regra não se limitava ao interior das casas). Do que se trata esta ênfase?
d. O que significa o fato de o povo ter que observá-lo por todas suas gerações?
e. Qual poderia ser a mensagem para você?
(6) Que lição você aprendeu hoje e como pode aplicá-la em sua vida?
“Sete dias se comerão pães asmos, e o levedado não se verá contigo, nem ainda fermento será visto em todos os teus termos.” (ARC) (Êxodo 13:7)
Fico impressionado com as repetidas instruções sobre a eliminação do fermento e a abrangência deste mandamento que devia ser obedecido em todo o seu território.
Já sabemos que o fermento é usado como símbolo do pecado, e a razão pela qual devemos eliminar e lidar com o pecado é que até mesmo o pecado mais insignificante pode agir como fermento, contaminando toda a massa. No entanto, este texto enfatiza que “nem ainda fermento será visto em todos os teus termos”. Isso nos lembra que devemos levar a sério o pecado que existe em todas as áreas de nossa vida - no trabalho, na igreja, na família e na vida social e pessoal.
Tenho observado que muitas vezes vivemos uma vida dupla como cristãos. É por isso que, quando possível, adoro visitar as pessoas da minha igreja em seu local de trabalho para conhecê-las melhor, pois é nesse ambiente que fica mais evidente que tipo de pessoas elas realmente são. Até mesmo em visitas pré-agendadas, tenho visto que, embora alguns sejam cristãos professos que de fato são respeitados por seus colegas, às vezes vejo outros que xingam seus subordinados ou até mesmo se comportam de maneira lasciva em relação ao sexo oposto.
Além disso, a Bíblia nos adverte em várias ocasiões que “não há coisa oculta que não haja de manifestar-se” (Lucas 8:17; Marcos 4:22, etc.). Portanto, estaríamos nos enganando se pensássemos que podemos de alguma forma esconder certos pecados da vista do público. Por um lado, nunca poderemos esconder os nossos pecados de Deus. Mais cedo ou mais tarde, nosso pecado oculto, como o fermento, com certeza infestará todas as áreas de nossas vidas. O mais triste é que muitas vezes nós somos os últimos a saber que nosso pecado é visível para aqueles ao nosso redor; somos os últimos a percebê-lo.
(1) Como devia ser feita a consagração do primogênito ao Senhor na prática?
(2) Que mensagem é transmitida pelo ato de redimir ou quebrar o pescoço (do animal)?
(3) Portanto, que aplicação espiritual existe para nós, uma vez que pertencermos “totalmente” a Deus?
(4) O texto diz que tanto a observância da Festa dos Pães sem Fermento quanto a redenção dos primogênitos eram "como sinal em sua mão e símbolo em sua testa". Mais tarde, essas palavras seriam interpretadas literalmente pelos judeus ortodoxos, que colocariam versículos-chave das Escrituras em pequenos recipientes que fixavam com correias de couro.
a. Você acha que devemos interpretar os versículos 9 e 16 de forma literal? Por que ou por que não?
b. Qual é o verdadeiro propósito dessas palavras?
c. Na sua opinião, qual seria a melhor maneira de este povo se lembrar da poderosa mão do Deus que matou os primogênitos do Egito e preservou Seus próprios primogênitos?
d. Qual é a melhor maneira de você se lembrar de que Deus sacrificou Seu próprio Filho em seu lugar para efetuar a sua libertação?
(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Isto será como sinal em sua mão e símbolo em sua testa de que o Senhor nos tirou do Egito com mão poderosa." (NVI-PT) (Êxodo 13:16)
Não devemos culpar os
judeus ortodoxos pela maneira literal como
interpretam este versículo. O fato de eles colocarem versículos em seus
recipientes, costurá-los em suas roupas ou escrevê-los em suas portas
revela seu esforço para ser fiel às instruções que o Senhor dá aqui em Êxodo
13, e em outras passagens como Deuteronômio 6:8-9.
No entanto, como já sabemos, quando se trata de uma simples observância externa, isso serve somente para satisfazer o nosso próprio ego piedoso; não faz nada para nos levar a viver uma vida na qual amamos o Senhor, o nosso Deus, de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todas as nossas forças (Deuteronômio 6:5).
Quando lemos com atenção esta instrução em Êxodo 13 e Deuteronômio 6, descobrimos que em ambos textos ela ocorre no contexto de conversar com nossos filhos em casa sobre as poderosas obras de Deus e Seus mandamentos.
Embora tenha sido muito importante e necessário ir ao templo e receber instrução, isso não é o que estas passagens procuram enfatizar. A ênfase está em ensinar a nossa próxima geração em casa.
Hoje em dia, vemos que muitos pais cristãos estão totalmente focados em encontrar uma igreja com bons programas para jovens e crianças para ensinar os seus filhos. Não estou dizendo que a igreja não deva ter programas bíblicos bons e vibrantes para jovens e crianças, mas que a ênfase desses pais é sem dúvida equivocada. Mesmo dentro de igrejas com vibrantes ministérios para jovens e crianças, a “taxa de atrito” de jovens que deixam sua igreja e sua fé durante seus anos de faculdade ou depois de se formarem permanece muito alta. Por outro lado, se você olhar para aqueles jovens cujos pais são exemplos sólidos e que recebem instrução na piedade, encontrará que eles têm uma situação muito melhor em suas vidas adultas em Cristo. Por quê? Porque Deus determinou que o lar fosse a âncora da fé; por conseguinte, ela é também a âncora da sociedade.
(1) Por que Deus não guiou o povo pelo caminho muito mais curto que passava pelo país dos filisteus?
(2) Não teria sido uma oportunidade ainda melhor para experimentar a poderosa mão de Deus na batalha se o povo tivesse enfrentado grandes inimigos imediatamente?
(3) Então por que eles precisavam estar armados para a batalha?
(4) Esta, de fato, é a maneira que Deus escolhe para tratar os novos crentes em Cristo. E você? O Senhor o tratou de maneira semelhante no início de sua vida cristã?
(5) Embora os israelitas tenham partido com pressa, eles não se esqueceram de levar os ossos de José. Qual pode ter sido a função dos ossos de José ao longo dos séculos de sua peregrinação no Egito, especialmente durante sua escravidão?
(6) Quão semelhante a isso é o papel do pão e do vinho que nós usamos para comemorar a Ceia do Senhor?
(7) Talvez queira consultar o mapa nas últimas páginas de sua Bíblia (se ela tiver um mapa que mostra como era a região na época do Êxodo) para entender o caminho que os israelitas tomaram:
a. Qual era o propósito (expresso no texto) da coluna de nuvem e da coluna de fogo?
b. Que outros propósitos você acha que elas serviam?
c. Como Deus guia Seus filhos hoje?
d. Destas duas maneiras que Deus usa para guiar Seu povo, qual é superior: a deles ou a nossa? Por quê?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Quando o faraó deixou sair o povo, Deus não o guiou pela rota da terra dos filisteus, embora este fosse o caminho mais curto …” (NVI-PT) (Êxodo 13:17)
João Calvino escreveu algumas palavras excelentes sobre a razão pela qual Deus escolheu levar os israelitas por um caminho mais longo no início de sua jornada. Gostaria de compartilhar com vocês a seguinte passagem de Calvino:
“Sabemos quão grande era a indolência e a covardia manifestada por este povo assim que surgia qualquer dificuldade; e também a prontidão com que se rebelavam contra o governo divino sempre que lhes era imposto um fardo mais pesado do que queriam suportar. Sabemos quantas vezes eles se arrependeram de ter seguido a Deus como seu líder, e portanto, devido à sua ingratidão, se dispuseram a rejeitar a graça que lhes estava sendo oferecida. Portanto, nesta etapa em que ainda não tinham habilidade no uso de armas e eram completamente inexperientes em táticas militares, com que coragem teriam enfrentado um inimigo, se tivesse avançado contra eles poucos dias após sua saída do Egito? Eles com certeza não teriam resistido a um só ataque, mas teriam estado dispostos a se submeter aos egípcios com humildes súplicas de perdão. Portanto, a fim de que nenhum desejo de retornar tomasse conta de seus corações, Deus esteve disposto a colocar uma barreira atrás deles na forma da dificuldade da jornada. Além disso, se ao deixarem o Egito eles tivessem enfrentado imediatamente os habitantes da terra de Canaã numa guerra, maiores problemas os teriam aguardado; porque os egípcios de modo algum os teriam deixado em paz. Pelo contrário, eles teriam aproveitado a ajuda que os subsídios e as forças de tantos povos teriam representado, esforçando-se para se vingar e estabelecendo alianças por todos os lados a fim de cercar os infelizes israelitas. Deus, portanto, providenciou para eles de forma excelente, conduzindo-os por caminhos inacessíveis e com o seu próprio cansaço fechando a porta contra seu desejo insaciável de voltar ao Egito; mais tarde, Ele paulatinamente restaurou sua confiança antes de que tivessem que lutar contra seus inimigos e suportar seus ataques. Reconheço que Deus também poderia ter evitado todos esses males; no entanto, em sintonia com Sua forma habitual de lidar com Seu povo (quer dizer, de acordo com os princípios humanos), Ele optou por adotar o método que melhor se adequava à sua fraqueza."
(Comentário de Calvino, Vol. II, 233)