Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 20:1–17 (VIII)

Hoje continuaremos o nosso estudo de Êxodo, o segundo livro do Velho Testamento.

O nono mandamento (v. 16)

(1) Este é o primeiro mandamento que menciona o “próximo”. Uma vez que sabemos que todos os pecados são pecados, o que o texto quer dizer quando salienta que certo pecado ou crime específico é cometido contra o próximo, especialmente no contexto desta nova comunidade da aliança?

(2) O que levaria uma pessoa a dar falso testemunho contra o seu próximo?

(3) Por que o castigo desse tipo de crime é tão severo? (vide Deuteronômio 19:16-21)

(4) Como este mandamento específico serve para preservar a integridade do processo legal ou sistema judicial da comunidade da aliança?

(5) A palavra “falso” também pode significar mentiroso, enganoso ou fraudulento; quando este mandamento é repetido em Deuteronômio 5:20, outra palavra é usada para transmitir a ideia de “falso”, uma palavra que também pode significar nada, vazio, inutilidade ou uma coisa vã (Durham, 296). Como já vimos nas reflexões meditativas dos dias anteriores, o verdadeiro foco dos Dez Mandamentos é o coração. Que tipo de caráter este nono mandamento exige do povo da aliança, e por que é importante?

Mateus 22:34-40

(6) Um mandamento devia ser maior ou mais importante que outro? Por quê?

(7) Como Jesus resume os Dez Mandamentos quando cita Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18?

(8) Quando Jesus disse "E o segundo, semelhante a este" , o que Ele quis dizer com a palavra "semelhante"?

(9) Quando Jesus diz que "toda a lei e os profetas" dependem desses "dois mandamentos", que relação Ele reconhece entre os dois, apesar de se referir a um deles como o maior e o outro como o segundo ?

(10) À luz disso, como os cristãos de hoje devem usar os Dez Mandamentos?

(11) O que você aprendeu hoje e como pode aplicá-lo  em sua vida?

Reflexão meditativa
Pecar
contra o nosso próximo

"Não darás falso testemunho contra o teu próximo." (NVI-PT) (Êxodo 20:16)

Muitos comentaristas nos lembram com perspicácia que, enquanto tentamos interpretar os Dez Mandamentos e aplicá-los aos nossos dias, devemos entender que eles foram dados principalmente à nova comunidade da aliança dos israelitas, não só para lhes revelar o caráter e as exigências de Deus mediante um conjunto de leis que regiam sua conduta de vida civil, religiosa e social, mas também para diferenciá-los como uma comunidade que pertencia ao Senhor, diferente de todas as outras nações. Esse grande privilégio implicava uma grande responsabilidadea responsabilidade de permanecerem fiéis, não só ao seu Deus Único, mas também uns aos outros no contexto desta comunidade da aliança. Portanto, ao violar qualquer um desses mandamentos estariam violando o relacionamento da aliança, não só em relação a Deus, mas também uns para com outros.

Um exemplo claro disso é o pecado de Acã na época de Josué (Josué 7), uma vez que o pecado cometido contra o Senhor por uma única pessoa acarretou problemas para toda a comunidade. Qualquer infidelidade para com o Senhor também é infidelidade para com a sua comunidade, na qual cada um de nós é o próximo do outro, sem importar se vivemos ou não perto dele.

A importância do nono mandamento, o qual é seguido pelo décimo, onde o mesmo tema é repetido ao longo do mandamento inteiro, encontra-se precisamente no relacionamento que existe entre as pessoas. Embora o texto enfatize os temas da falsidade e da mentira, a mensagem subjacente é a relação de aliança que existe entre o povo. Isso vai muito além do patriotismo; trata-se de uma verdade espiritual baseada na promessa ou aliança que Deus fez com Abraão.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 20:18–26

(1) Por que Jeová escolheu revelar-se de maneira tão terrível? Qual era seu objetivo específico (ou objetivos específicos)? (v. 20)

(2) O Senhor alcançou o(s) Seu(s) objetivo(s)? Você teve a sensação de que talvez Suas ações tenham sido contraproducentes? Por quê?

(3) Gostamos de associar as trevas ao mal ou ao pecado; porém, o v. 21 nos dá outra dimensão das trevas quando elas estiverem associadas a Deus. Qual é essa dimensão, e por que ela é mencionada aqui?

O Livro da Aliança (vide a Reflexão Meditativa de hoje)

O primeiro conjunto de aplições nos vv. 22-26 trata do relacionamento do povo com Deus, conforme mandado especificamente nos primeiros dois mandamentosa Lei de Adoração.

(4) Como Deus reafirma os dois primeiros mandamentos nos vv. 22-23?

(5) Qual é a Sua preocupação?

(6) Quão válida é essa preocupação, tanto para eles como para nós hoje?

(7) O v. 24 chama a atenção para o fato de a adoração do povo por meio dos sacrifícios não ser um simples ritual, mas algo que traz bênçãos. À luz disso, como você deve entender sua adoração hoje?

(8) Por que Deus proíbe o uso de pedras esculpidas (os quais eram comuns nos altares cananeus, de acordo com Childs, pág. 466)? Qual é o princípio espiritual por trás dessa proibição?

(9) Por que Deus proíbe que seus altares tenham degraus? Qual é o princípio espiritual por trás dessa proibição?

(10) O que você aprendeu hoje e como pode aplicá-lo em sua vida?

Reflexão meditativa
O Livro da Aliança

Em seguida, leu o Livro da Aliança para o povo, e eles disseram: 'Faremos fielmente tudo o que o Senhor ordenou'.” (NVI-PT) (Êxodo 24:7)

Talvez as minhas observações abaixo sejam úteis para ajudá-lo a entender essas instruções que foram dadas após os Dez Mandamentos:

I. Parece que Moisés teria que passar mais tempo com Deus no Monte Sinai após a entrega dos Dez Mandamentos; daí a necessidade imediata de instruir os presbíteros sobre como deviam aplicar os Mandamentos (vide 24:14). Muitos comentaristas acreditam que essas aplicações imediatas formavam a essência do Livro da Aliança mencionado em 24:7. Em nosso estudo de Êxodo 20:22-23:33, usarei a expressão Livro da Aliança para me referir a esse conjunto de aplicações imediatas. Mais tarde, quando Moisés voltou às montanhas, Deus lhe deu mais instruções.

II. Ao estudarmos estes mandamentos de uma perspectiva neotestamentário, será útil lembrar que as leis do Velho Testamento são melhor compreendidas quando as agrupamos em três categorias, a saber, leis cerimoniais (relativas à adoração), leis civis (relativas ao processo legal) e leis morais (leis que refletem o caráter de Deus). Enquanto as leis desta última categoria eram imutáveis, as das duas primeiras podiam ser alteradas, uma vez que Cristo cumpriu as sombras representadas pela primeira categoria (vide Hebreus 10), e a segunda categoria muda com o tempo (por exemplo, as multas expressas em termos da moeda da época).

III. Ao estudarmos essa segunda categoria, é essencial lembrar que Moisés a apresenta no contexto dos costumes e culturas estabelecidas de sua época no Antigo Oriente, um contexto do qual os israelitas faziam parte. Portanto, descobriremos que o objetivo dessas leis não é abolir alguns desses costumes (por exemplo, a escravidão), mas fornecer proteção e evitar abusos. Isso não quer dizer que essas Leis aceitem a validade desses costumes; isso é evidente no fato de Jesus ter apontado que o fato de Moisés ter permitido o outorgamento de uma certidão de divórcio não significa de forma alguma que Deus aprova o divórcio (Marcos 10:2-12).

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 21:1–11

Conforme explicado na Reflexão Meditativa de ontem, essas instruções sobre a escravidão não devem ser interpretados como evidência de que Deus aprova a escravidão.

(1) Qual você acha que foi a razão mais provável para uma pessoa se tornar um escravo?

(2) Como você descreveria a condição de um escravo?

(3) Que tipo de proteção e salvaguarda é proporcionado nos vv. 23?

(4) Você discorda da instrução dado no v. 4? Quais seriam as opções do escravo que se encontrasse nessa situação?

(5) Qual é a prática que o procedimento legal descrito nos vv. 5-6 procura evitar?

(6) Que tipo de proteção existe para as escravas?

a. O que deviam fazer quando a relação entre a escrava e seu senhor fosse ruim?

b. O que implicaria vendê-la a um amo estrangeiro?

c. O que devia fazer o amo quando uma escrava se casasse com o seu filho?

(7) Embora Deus não tenha procurado eliminar o sistema escravocrata imediatamente, o que Ele procurou fazer (e ensinar) mediante estas instruções? Quão diferente é a condição dos escravos em Israel daquela dos escravos nas nações pagãs da época?

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Reflexões sobre a escravidão

Se você comprar um escravo hebreu, ele o servirá por seis anos. Mas no sétimo ano será liberto, sem precisar pagar nada.” (NVI-PT) (Êxodo 21:2)

Como já expliquei, esta parte da Lei de Moisés estabeleceu um sistema legal cujo propósito era manter uma sociedade estável onde o povo de Deus pudesse refletir o caráter de Deus; no entanto, devido aos costumes e culturas do Antigo Oriente (um contexto do qual os israelitas faziam parte), o Senhor não decidiu eliminar totalmente aqueles costumes da época que eram contrários ao Seu caráter. Talvez Jonathan Hill tenha razão em seu comentário sobre a tolerância da escravidão nas Escrituras: "uma vez que o mundo antigo operava com base na escravidão... (esse mundo) dificilmente teria sobrevivido à sua erradicação".

No entanto, no tempo de Deus, a escravidão praticamente desapareceu após a queda do Império Romano, como resultado da conversão de muitos ao cristianismo, só para ressurgir com renovado vigor entre os séculos XVII/XVIII. Mas Deus levantou muitos guerreiros contra a escravidão, tanto na Inglaterra quanto no Novo Mundo (os Estados Unidos), levando à abolição da escravidão, embora somente após uma longa e árdua batalha. Simplesmente compartilharei com você os seguintes trechos de uma obra escrita por John Wesley chamada "O que Ele pensa sobre a escravidão", impressa provavelmente no ano 1773.

Posso falar francamente com você? É meu dever. O amor me constrange: eu amo você e seus entes queridos. Existe um DEUS? Você sabe que existe. Ele é um DEUS justo? Portanto, deve haver um estado de retribuição: um estado no qual o justo DEUS recompensará cada homem de acordo com suas obras. Que recompensa você receberá? Peço-lhe que pense nisso agora mesmo! Antes de você cair na eternidade! Considere agora: aquele que não mostrou misericórdia será julgado sem misericórdia.

"Você é homem? Então você deveria ter um coração humano. Mas você realmente tem? De que é feito o seu coração? O princípio da compaixão não mora em seu coração? Você não sente a dor humana? Não tem compaixão? Você não tem dó dos miseráveis? Quando você viu os olhos lacrimejantes, o peito arfante, os lados sangrantes e os membros torturados de seus semelhantes, você foi uma pedra ou um animal? Você olhou para eles com olhos de tigre? Você não abrandou quando forçou as criaturas moribundas para dentro do navio, ou lançou seus pobres restos mutilados no mar? Não caiu nenhuma lágrima de seus olhos; nenhum suspiro saiu de seu peito? Você não sente um abrandamento agora? Se não, você continuará até que a medida de suas iniquidades estiver cheia. Então o grande Deus o tratará como você os tratou, e exigirá de suas mãos todo o sangue deles. E naquele dia será mais tolerável para Sodoma e Gomorra do que para você! Mas se você sente um abrandamento no coração, por menor que seja, saiba que isso é um chamado do DEUS de amor. E hoje, se você ouvir sua voz, não endureça seu coração. Tome a decisão hoje, com DEUS como seu ajudante, de fugir para salvar sua vida. Não pense no dinheiro! Tudo o que tiver o homem, ele dará para salvar sua vida? Perca tudo menos sua alma: nada pode compensar essa perda. Saia imediatamente do horrível comércio: seja sempre um homem honesto...

"Ó Deus de amor, tu que mostras amor a todos, e cuja misericórdia está acima de todas as tuas obras: tu que és o pai dos espíritos de todas as raças, e que és rico em misericórdia para com todos: tu que misturaste todas as nações da terra de um só sangue. Tem piedade destes párias entre os homens, que são pisados como esterco na terra! Levanta-te e ajuda aqueles que não têm ajuda, cujo sangue está sendo derramado sobre a terra como água! Não são estes também obra de tuas próprias mãos, compradas pelo sangue de teu Filho? Move-os, para que clamem a ti na terra do seu cativeiro; que sua queixa suba diante de ti; que entre em teus ouvidos! Faça que até mesmo aqueles que os levaram cativos se compadeçam deles, e faça o seu cativeiro como os rios do sul. Quebra todas as suas cadeias, mais especialmente as cadeias dos seus pecados. Tu, Salvador de todos, liberta-os, para que sejam verdadeiramente livres."

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 21:12–27

Este trecho começa com o pronunciamento da pena severa para o homicídio; depois trata dos casos mais específicos de homicídio doloso, depois da agressão contra os pais, sequestros e lesões não fatais (em geral, a escravos e por negligência).

(1) Homicídio doloso (vv. 12, 14): Já refletimos sobre a questão da pena de morte.

a. O que significa "tire-o até mesmo do meu altar"? (vide 1 Reis 2:28-35; 1 Reis 1:50-53)

(2) Homicídio involuntário (v. 13):

a. Por que o texto diz "mas Deus o permitiu"?

b. Qual é, de fato, o castigo para o homicídio involuntário? (vide Números 35:25)

c. Por que o texto faz uma distinção entre o homicídio involuntário e o homicídio doloso? Ambos não resultam em perda de vida?

(3) Os pais (v.15, 17)

a. Por que o ato de atacar ou amaldiçoar um dos pais devia ser tratado com tanta severidade, mesmo em casos onde não houvesse perda de vida?

(4) O sequestro (v. 16)

a. Por que Deus também trata o sequestro com tanta severidade, quer dizer, quão hediondo é o crime de sequestro?

(5) Ferimentos não fatais (vv. 18-27)

a. Em geral, quais são os castigos, de acordo com os vv. 18-19?

b. Qual é o objetivo destas disposições?

c. Por que este trecho coloca os escravos numa categoria especial (vv. 20-22 e vv. 26-27)?

d. Você acha que o objetivo desta disposição é proteger ou discriminar? Por quê?

e. Qual é a disposição sobre os ferimentos infligidos a uma mulher grávida?

f. Qual é a sua opinião sobre o princípio de punição explicado nos vv. 23-25, tendo em vista que se trata de um princípio que devia ser aplicado por juízes ou anciãos, e não uma regra que visava a vingança pessoal?

(6) Com respeito ao espírito da lei, como você resumiria as disposições anteriores estabelecidas nesta seção?

(7) De acordo com a explicação de Jesus em Mateus 5:21-26, qual é o espírito desse conjunto de leis?

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Olho por olho?

Mas, se houver danos graves, a pena será vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, contusão por contusão. (NVI-PT) (Êxodo 21:23-25)

Muitos leitores da Lei de Moisés ficam com a impressão de que nosso Deus é apenas um Deus de vingança, e que aqueles que acreditam na Bíblia são pessoas belicistas e odiosas. Sempre que falo com pessoas que pensam assim, menciono o que Jesus diz em Mateus sobre a ignorância da verdadeira intenção da Lei de Moisés (e, por conseguinte, da intenção do próprio Deus), mostrando-lhes que o que eles pensam são meros “boatos”, e não o que a Lei realmente diz.

Tomemos, por exemplo, o mandamento que encabeça esta reflexão. Esta instrução foi dada aos anciãos ou juízes para que pudessem julgar o povo com justiça (Êxodo 24:14) e evitar qualquer execução ou vingança particular. O objetivo desses versículos era garantir que os juízes aplicassem um castigo proporcional à gravidade do crime, e que não fosse excessivo; isso significa que a intenção desta disposição é limitar a pena e não exigir sua imposição como vingança. Nas palavras de Santo Agostinho, “estas palavras ensinam a moderação, para que a pena não seja maior que o prejuízo”. (Sobre o Sermão da Montanha do Senhor, 1.19.56)

De fato, essa intenção é desenvolvida por Jesus em Mateus 5:38 e ss., onde Jesus explica mais sobre o desejo de Deus de que amemos o nosso próximo: em vez de simplesmente aceitar a limitação imposta à vingança, devemos ser ainda mais tolerantes e estar dispostos a sermos feridos duplamente (oferecer a outra face), injustiçados duplamente (deixar que levem também a capa) e deixar que tirem vantagem de nós duplamente (caminhar a segunda milha). Isso é o que João Cassiano (ca. 360-435 d.C.) chama de "redobramento dos maus-tratos".

Se você dedicar um tempo para refletir sobre essas formas de expandir os limites de sua tolerância, entenderá que as exigências de Jesus não são irracionais nem insuportáveis. Ele não nos pede para deixar que outros cortem os nossos membros, tomem os nossos filhos ou nos obriguem a caminhar mais dezesseis milhas. A razão pela qual estamos dispostos a expandir os limites da nossa tolerância é para podermos imitar o amor de nosso Deus a fim de ganhar os nossos próximos. Este é o verdadeiro espírito da Lei.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 21:28–36

Atos de negligência que resultam em morte ou ferimentos

(1) A morte causada por um touro (vv. 28-32)

a. Que significado é atribuído à morte do touro agressor, juntamente com a disposição de que sua carne não deve ser comida (ou seja, o que significa isso)?

b. Em que situações o dono do touro pode ser responsabilizado? Por quê?

c. Por que a vida do proprietário pode ser resgatada com dinheiro quando assim for exigido?

d. De acordo com Keil e Delitzsch , “Existem outras nações antigas em cujos livros jurídicos encontramos leis relativas à punição de animais por matar ou ferir um homem, mas nenhuma delas inclui uma lei que também responsabiliza o proprietário do animal. …” (Pentateuco, 410) O que isso nos ensina sobre nosso Deus e Sua Lei?

(2) A morte de animais (vv. 33-36)

a. Além de estabelecer uma compensação justa, que advertência esta disposição pretende dar?

b. Como você pode aplicá-la à sua própria vida hoje?

(3) Essas disposições mostram claramente o desejo de Deus de que Seus mandamentos sejam detalhados, fornecendo um código civil completo. Como você resumiria as disposições acima quanto ao espírito da lei?

(4) Como esse espírito reflete o que Levítico 19:18 deixa claro?

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O caminho do amor

Contudo, se o boi costumava chifrar, e o dono não o manteve preso ... ” (NVI-PT) (Êxodo 21:36)

Ao ler esta seção do Livro da Aliança (isto é, a parte da lei que foi dada imediatamente após os Dez Mandamentos), onde são estabelecidas as responsabilidades sociais, é interessante notar que o Senhor enfatiza não só como se deve tratar os outros, mas também como se deve tomar cuidado para que o próximo não seja ferido. Ou seja, independentemente do que se faça, deve-se sempre ter em mente o próximo. Isso me lembra Amy Carmichael; ela o chamou o "Caminho do Amor": sempre tomar cuidado para não machucar as pessoas ao nosso redor. Permitam-me citar algumas de suas palavras sobre o assunto:

Se eu não me importo com o conforto ou os sentimentos dos outros, ou mesmo com suas pequenas fraquezas; se sou negligente com suas pequenas feridas e perco oportunidades de aplanar o seu caminho; se eu tornar a operação doce das engrenagens domésticas mais difícil, então nada sei do amor do Calvário.

Se meu interesse pelo trabalho dos outros é frio; se só penso em termos do meu trabalho especial; se os fardos dos outros não são meus também, e suas alegrias, minhas, então nada sei do amor do Calvário.

Se eu não der a um amigo "o benefício da dúvida", mas em vez disso imaginar o pior sobre o que foi dito ou feito, e não o melhor, então nada sei do amor do Calvário.

Se me ofendo facilmente; se estou disposto a continuar com uma fria indiferença mesmo quando a amizade é possível, então nada sei do amor do Calvário.

Se menosprezo aqueles a quem sou chamado a servir, se falo sobre suas fraquezas, talvez contrastando-as com o que considero como forças minhas; se adoto uma atitude altiva, esquecendo as frases: “ Quem te distingue? O que você tem que não recebeu?", então nada sei do amor do Calvário.

Se é fácil para mim falar sobre as deficiências e pecados de outros; se é fácil para mim falar casualmente até mesmo sobre os pecados de uma criança, então nada sei do amor do Calvário.

Se consigo desfrutar de uma piada contada às custas de outra pessoa; se consigo de alguma forma menosprezar o outro na conversa, ou até mesmo nos meus pensamentos, então nada sei nada do amor do Calvário.

Se na comunhão de serviço procuro unir-me tanto a um amigo que os outros se sintam indesejados; se minhas amizades não atraem os outros de maneira mais profunda, mas são mesquinhas (quer dizer, sobre mim, para mim), então nada sei nada do amor do Calvário.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 22:1–15

(1) Uma reafirmação e expansão do oitavo mandamento (vv. 1-4 sobre o roubo)

a. Em que sentido o sexto mandamento parece ter precedência sobre o oitavo mandamento (v. 2)? Por quê?

b. A restituição: Por que há uma disposição diferente sobre os animais roubados que forem encontrados vivos na posse do ladrão?

(2) Negligência que resulta em perda de propriedade (vv. 5-6)

a. Como a intenção descrita no v. 5 é diferente daquela do v. 6?

b. Por que a base de remuneração continua sendo a mesma?

(3) Perda resultante da custódia de outra pessoa (vv. 7-13)

a. Que provisão existe para a perda de propriedade por roubo quando o ladrão não é pego?

b. Que provisão há para a perda de animais quando o vizinho que os vigiava não é culpado?

c. À luz disso, essas disposições encorajariam ou desencorajariam a prática de vigiar a propriedade de um vizinho? Por quê?

(4) Objetos emprestados (vv.14-15)

a. Esta disposição trata de situações que ocorrem com frequência na vida real. O que essa disposição nos ensina sobre a relação que temos com nosso próximo quanto ao uso de ferramentas ou propriedade alheia?

b. Embora ela forneça uma base para uma resolução justa, qual seria a base da resolução verdadeira para aqueles que desejam praticar o amor ao próximo?

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A vida vale muito mais do que a propriedade

Se o ladrão que for pego arrombando for ferido e morrer, quem o feriu não será culpado de homicídio, mas se isso acontecer depois do nascer do sol, será culpado de homicídio.” (NVI-PT) (Êxodo 22:2-3)

Por muito tempo, fui da opinião de que é legítimo e justificado matar um intruso quando for feito para defender a si mesmo e a propriedade; quer dizer, isso foi o que pensei até que li a disposição em Êxodo 22:3. Como aponta Brevard Childs, "que eu saiba, nenhum outro código legal parece se importar tanto com a vida do ladrão". (Criança, 474)

Crisóstomo, um homem que viveu no século IV d.C., disse o seguinte sobre esta provisão:

“Portanto, o ladrão que é pego deve pagar quatro vezes, mas quem saqueia com violência é pior do que quem rouba. E se aquele devia dar quatro vezes o que roubou, o extorsionário devia dar dez vezes, e muito mais. Ainda assim, ele pode fazer expiação por sua justiça. Porque por esmolas, nem mesmo assim ele receberá a recompensa. Por isso, diz Zaqueu: 'Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais'. E se sob a lei deve ser dado quatro vezes, muito mais deve ser dado sob a graça. E se isso vale para quem rouba, vale muito mais para quem saqueia com violência."
(Homilias sobre o Evangelho de Mateus 52.6)

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 22:16–27

Esta seção é uma espécie de coletânea de mandamentos sérios:

Os versículos 16-17, 19 apoiam e desenvolvem o sétimo mandamento.

Os v. 18 e 20 são uma expansão do primeiro e segundo mandamentos.

Os v. 21-24 abordam os três grupos de pessoas que com mais frequência são marginalizadas.

Os v. 25-27 tratam dos empréstimos.

(1) O sétimo mandamento: Não cometerás adultério (vv.16-17, 19)

a. Isto talvez seja um esclarecimento do sétimo mandamento, pois especifica que se a mulher estiver noiva, o ato é considerado adultério, cuja pena é a morte (Dt 22:23, 24). No entanto, este trecho aborda a questão do sexo antes do casamento devido à sedução (ou persuasão, Keil, 413). O que Deus pensa desse tipo de relacionamento sexual, mesmo quando o mundo o chama de "transa de uma noite"?

b. Por que o sexo com um animal é um ato tão perverso que merece a pena de morte?

(2) O primeiro e o segundo mandamentos (v. 18 e v. 20)

a. Quão sério era o pecado da feiticeira praticada dentro da comunidade da aliança?

b. O que significava quando um membro da comunidade da aliança sacrificava a um deus que não fosse o Senhor, e quais eram as graves consequências que podiam resultar disso?

(3) Estrangeiros marginalizados (v. 21)

a. Qual é o fundamento deste mandamento?

b. Por que os estrangeiros são especialmente vulneráveis? (Se você ou seus pais são imigrantes, faça uma lista das dificuldades ou desvantagens de ser estrangeiro.)

c. O Velho Testamento adverte o povo pelo menos 33 vezes contra a prática de oprimir os estrangeiros, e diz ainda que os estrangeiros devem ser tratados como iguais. O que isso o ensina?

d. Como essa preocupação com os estrangeiros se reflete na "encarnação" do Filho de Deus, especialmente durante sua fuga para o Egito?

(4) Viúvas e órfãos marginalizados (vv. 22-24)

a. Quão vulneráveis são as viúvas e os órfãos?

b. Da mesma forma, o Antigo Testamento ordena ao povo pelo menos 24 vezes que não oprima as viúvas e os órfãos, mas que cuide deles. O que significa para você o fato de Deus ter declarado: “Pai para os órfãos e defensor das viúvas é Deus em sua santa habitação” (Salmos 68:5).

(5) Como esses mandamentos devem afetar sua atitude em relação aos imigrantes, órfãos e viúvas em seu meio?

(6) Empréstimos (vv. 25-27)

a. Por que não devemos cobrar juros de nenhum membro do povo de Deus?

b. Você já cobrou juros sobre o dinheiro que emprestou a um membro do povo de Deus ou ao seu "próximo"? Se você já fez isso, o que deve fazer agora?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A santidade da união sexual

Se um homem seduzir uma virgem que ainda não tenha compromisso de casamento e deitar-se com ela, terá que pagar o preço do seu dote, e ela será sua mulher.” (NVI-PT) (Êxodo 22:16)

Em nossos dias de sexo permissivo, é alarmante saber que as estatísticas sobre sexo antes do casamento entre os adolescentes cristãos nos Estados Unidos são iguais às dos não-cristãos. No entanto, nossas ações não têm diminuido a santidade das relações sexuais dentro do casamento. Mesmo nesta etapa formativa da nova nação de Israel, o Senhor deixa uma coisa muito clara: qualquer ato sexual consensual, mesmo antes do casamento, une ambas as pessoas, tornando-as um. A provisão em Êxodo 22:16 não faz exceções para aqueles casais em que ambas as partes visam um compromisso de longo prazo. Depois de fazerem sexo, os dois devem ser unidos em casamento.

É claro que essa provisão não significa que Deus aprova o sexo antes do casamento, e a disposição do versículo 17 não enfraquece o fato de eles estarem unidos. O versículo 17 leva em conta que, se por alguma razão o pai da moça não achar prudente que sua filha se case com o homem, ele precisará estar preparado para cuidar dela pelo resto de sua vida. À luz da possibilidade de ela ficar solteira pelo resto da vida (veja Deuteronômio 22 sobre a ênfase na virgindade da esposa antes do casamento), o homem ofensor deve pagar o preço da noiva.