Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 22:28–31

Hoje continuaremos o nosso estudo de Êxodo, o segundo livro do Velho Testamento.

Vv. 28-31 O relacionamento do povo com Deus – uma elaboração dos mandamentos 1-4

(1) Três dos quatro mandamentos dados nestes versículos são negativos. Quais são?

(2) O que constitui a “blasfêmia”?

(3) Por que o povo de Deus blasfemaria contra seu Deus? (Considere o exemplo em Levítico 24:10-16.) Qual a relação entre amaldiçoar um governante e blasfemar contra Deus?

(4) No capítulo 23 refletiremos sobre o mandamento sobre a oferta das primícias; o que esta passagem parece enfatizar são as "safras excepcionais e vinho da vindima" (Durham, 330). Nesse caso, por que alguém se refrearia de trazer ofertas de sua melhor colheita a Deus?

(5) O "formalismo" é um pecado comum entre os crentes de hoje? E na sua vida?

(6) Por que não é sagrado comer carne de animais despedaçados por feras? (vide Levítico 7:22-27; Deuteronômio 12:27.)

(7) Por que o povo de Deus comeria esse tipo de carne?

(8) Se algum membro do povo de Deus cometesse qualquer um desses três pecados negativos, o que suas ações revelariam sobre seu relacionamento com Deus?

(9) Como você pode aplicar o princípio espiritual por trás desses mandamentos negativos?

(10) Qual é a única ordem positiva nestes versículos?

(11) Qual é o fundamento desse mandamento (vide Êxodo 13:1, 11-16)?

(12) Quão importante é este mandamento?

(13) Qual deve ser a atitude do povo de Deus ao obedecer a este mandamento?

(14) Como você pode aplicar o princípio espiritual por trás desse mandamento?

(15) Que lição você aprendeu hoje, e como pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O formalismo

"As tuas primícias e os teus licores não retardarás." (ARC) (Êxodo 22:29)

Quando Deus fala sobre as ofertas de colheita nesta primeira elaboração dos Dez Mandamentos, os termos que Ele usa são muito diferentes daqueles usados em passagens posteriores (como Levítico 23:9 e ss.; Deuteronômio 26:1 e ss.). Durham salienta que esta passagem enfatiza a necessidade de dar ao Senhor de sua plenitude e do melhor da colheita. Este trecho é uma advertência contra o formalismo. Pode-se presumir que era possível dar um décimo da colheita sem necessariamente dar do melhor vinho e sua safra excepcional.

Ao refletir sobre as ofertas dos crentes de hoje, posso classificá-los em três tipos:

(1) Os relutantes: Muitos (e infelizmente me refiro a muitos) não dão nem um décimo de sua renda ao Senhor. Alguns simplesmente não consideram isso uma obrigação e ignoram a advertência de Jesus: “onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mateus 6:21). Alguns até diriam que não é necessário dar o dízimo porque não estamos mais sob a lei. Mas a realidade é esta: uma vez que a nossa justiça deve exceder a dos fariseus e mestres da lei (Mateus 5:20), não devemos nem mesmo expressá-la em termos percentuais, mas dar generosa e alegremente (II Cor. 9:7), e isso automaticamente excederá em muito o valor do dízimo.

(2) Os cumpridores: Muitos (e felizmente me refiro a muitos) dão o dízimo diligentemente. Como consequência, suas ofertas são a fonte da maior parte da renda de uma igreja que consegue “manter” (mas não necessariamente expandir) seus ministérios. Ao fazerem isso, eles ficam com a consciência limpa. No entanto, isso significa necessariamente que eles dão generosa e alegremente? Receio que não. Esse tipo de dízimo reflete seu amor pelo Senhor? Tenho que dizer que sim: ele reflete exatamente o quanto eles amam ao Senhornem mais, nem menos! Receio que estes sejam como aqueles que teriam se refreado de trazer ofertas de suas "primícias" (ou seja, safra excepcional) e de seus "licores" (ou seja, o melhor vinho).

(3) Os que sacrificam: Há também alguns que, como a viúva em Lucas 21, dão suas duas moedas. Motivados por sua fé, confiança, ação de graças e amor, eles dão o melhor do que têm. Já conheci muitos como a viúva de Lucas, que não esperam morrer para dar de sua herança, mas que dão com sacrifício, generosidade e alegria enquanto ainda estão com vida.

No entanto, Êxodo 22:29 me faz pensar na maioria daqueles que usam a igreja como sua garagem, onde eles se livram de seus móveis usados (geralmente o seu computador usado). Se a sua motivação para dar ao Senhor realmente fosse amor, não seria mais lógico dar as suas melhores coisas—sua nova mobília, seu novo computador?

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 23:1–9

(1) Leia novamente o nono mandamento (Êxodo 20:16).

(2) Com base neste trecho que desenvolve o nono mandamento, você consegue indentificar algumas das razões pelas quais uma pessoa daria falso testemunho num julgamento?

(3) Uma coisa é espalhar informações falsas, e outra bem diferente é ser uma testemunha falsa. O que é preciso para testemunhar honestamente contra um amigo ou ente querido, especialmente quando fazê-lo poderia ter graves consequências, até mesmo a morte?

(4) Seria correto dizer que Pedro negou Jesus por causa da pressão da multidão?

(5) O que é preciso para resistir à pressão da multidão quando se trata de ser uma testemunha?

(6) Por que Deus nos adverte a não mostrar favoritismo aos pobres quando somos testemunhas, mas também nos adverte a não negar justiça aos pobres?

(7) Por que Deus nos adverte no contexto do nono mandamento que não se deve oprimir o estrangeiro?

(8) Qual é a razão mais comum pela qual as pessoas dão falso testemunho ou julgam injustamente?

(9) Qual é a melhor maneira de evitar que uma pessoa espalhe boatos dentro da comunidade de crentes?

(10) Que lição você aprendeu hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Como
deter os rumores

"Ninguém faça declarações falsas ..." (NVI-PT) (Êxodo 23:1)

Uma das experiências mais desanimadoras para os pastores é ouvir as pessoas espalharem boatos na igreja em momentos de conflito. Ainda pior é o fato de as pessoas fazerem isso sob o pretexto de que se importam com a igreja e a amam. Mesmo que realmente pensem isso, o que na verdade estão fazendo sem saber é ajudar a espalhar notícias falsas, mesmo quando as informações que compartilham contêm um pouco de verdade. Tais pessoas também contribuem para o surgimento de dúvidas, desconfiança e divisões em vez de ajudar a produzir paz, arrependimento e reconciliação.

Com frequência me perguntam o que devemos fazer se alguém nos abordar (pessoalmente ou por telefone) com informações que podem ser falsas ou rumores que podem prejudicar a reputação de outro. Acho que a melhor maneira de lidar com esse tipo de situação é continuar escutando. O mínimo que podemos fazer para evitar julgar as intenções da pessoa é mostrar respeito ouvindo-a. Mas depois disso, devemos explicar-lhe de forma educada que o que está sendo divulgado provavelmente se trata de informações de segunda mão (ou até de terceira mão) que, portanto, não deveriam estar sendo divulgadas. Mas a coisa mais importante que devemos fazer imediatamente após a conversa é convidar a pessoa a orar conosco especificamente pela(s) pessoa(s) mencionadas nos boatos. Muitas vezes, esse ato de orar juntos ajudará a pessoa a se acalmar; além disso, na oração, as palavras duras que foram ditas anteriormente se transformarão em críticas mais moderadas ou até mesmo em pedidos motivados pela simpatia.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 23:10–19

Para encerrar estas elaborações imediatas dos Dez Mandamentos, o Livro da Aliança conclui de maneira apropriada com uma reiteração da lei do sábado e uma apresentação das três festas anuais a serem celebradas pela comunidade da aliança.

Vv. 10-13 (O sábado)

(1) Embora as estipulações sobre o sábado mencionadas acima tenham fundamentos espirituais e históricos, o v. 12 apresenta uma nova base. O que é?

(2) Quão importante é essa ênfase? Como isso reflete o caráter e o coração de Deus?

(3) Como você pode aplicar esse princípio no mundo dos negócios de hoje, tendo em mente os bois, burros, escravos e estrangeiros (e seus equivalentes atuais)?

(4) O v. 10 estende o conceito do dia de sábado para incluir um ano sabático. Mais uma vez, isso não tem nada a ver com algum fundamento espiritual ou histórico, mas sim com um fundamento humanitário que abrange os pobres e até os animais selvagens. Como isso reflete o caráter e o coração de Deus?

(5) Qual é a sua implicação para a era moderna?

(6) Aparentemente, nem todos os mandamentos implicam (como a observância do sábado) algum tipo de castigo (um exemplo disso é o ano sabático). Isso quer dizer que tais mandamentos são menos importantes? (vide o v. 13)

Vv. 14-19 (As festas anuais)

(7) Em anos posteriores, a estipulação de comparecer perante Jeová três vezes por ano (uma obrigação que devia ser obedecida basicamente por todos os homens com 20 anos de idade ou mais) foi convertido numa temporada de peregrinação para Israel. Qual pode ter sido o significado da obrigação de deixar suas próprias regiões e comparecer perante o Senhor três vezes por ano? Como isso reflete o caráter e o coração do Senhor?

(8) Qual o significado especial de cada uma dessas festas?

a. Os Pães Asmos (uma festa ligada à Páscoa) seriam celebrados em abril.

b. A colheita das primícias seria celebrada no final de maio ou no início de junho.

c. A colheita da safra "a safra posterior" seria celebrada no final de setembro ou início de outubro.

(9) Por que Deus enfatiza o seguinte ao lembrá-los dessas assembléias diante dEle?

a. Ninguém devia comparecer diante dEle de mãos vazias (aliás, o povo devia apresentar o melhor das primícias; isso provavelmente se refere somente à Festa da Colheita).

b. Nenhum sacrifício devia ser apresentado com fermento.

c. A gordura não devia ser guardada até a manhã seguinte (tinha que ser completamente queimada na hora do sacrifício).

(10) Uma última regra que receberam foi a proibição de cozinhar um cabrito no leite da mãe. Nenhum erudito tem conseguido achar um precedente concreto para essa prática no Antigo Oriente. Isso significa que a sua opinião sobre o que isso significa é tão boa quanto a deles. Na sua opinião, qual é a justificação dessa provisão, e como ela reflete o caráter e o coração de Deus?

(11) Que lição você aprendeu hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O Senhor de toda a criação

Plantem e colham em sua terra durante seis anos, mas no sétimo deixem-na descansar sem cultivá-la. Assim os pobres do povo poderão comer o que crescer por si, e o que restar ficará para os animais do campo. Façam o mesmo com as suas vinhas e com os seus olivais.” (NVI-PT) (Êxodo 23:10-11)

Ainda me lembro que durante a primeira parte da década de 1970 tive a oportunidade de viajar de trem de Kuala Lumpur para o norte da Malásia. A paisagem que vi ao longo do caminho era linda. Mas notei que muitos campos tinham sido deixados sem arar e estavam cobertos de ervas daninhas. Quando perguntei por quê, disseram-me que haviam tido uma safra abundante no ano anterior, e por isso não precisavam trabalhar naquele ano. Imediatamente pensei que essas pessoas deviam ser muito preguiçosas. Mas na época eu não tinha noção da minha própria ignorância sobre a ecologia bíblica.

Naqueles primeiros anos de minha carreira, apesar de ser cristão, eu acreditava somente no trabalho duro, e não no sábado. É claro que eu observaba o meu dia de adoração aos domingos pela manhã; no entanto, o meu domingo ficava tão cheio de reuniões e atividades na igreja que quase todas as segundas-feiras eu me sentia tão cansado durante o dia que não conseguia dar o melhor de mim no trabalho.

Só depois de vários anos (ou na verdade, décadas) consegui entender gradualmente não só a santidade e a importância de ter um verdadeiro descanso no meu sábado, mas também que todos, incluindo os agricultores da Malásia, e até mesmo a terra, precisam descansar de seu trabalho. A terra só pode continuar a produzir as suas colheitas quando goza o seu ano sabático. Os animais selvagens não entrarão nas residências humanas se tiverem o suficiente para se alimentar.

É incrível ver como a Lei de Moisés era tão diferente de qualquer um dos antigos códigos legais do Antigo Oriente, especialmente quanto à sua provisão para o resto da criação. Isso serve para mostrar não só a sabedoria de Deus, mas também o próprio fato de que, em última análise, Ele é o Criador de todas as coisas. Ele sabe o que é melhor para Sua criação.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 23:20–33

Deus concluiu este Livro da Aliança com uma promessa de vitória e de bênção, com ênfase especial no anjo (ou mensageiro) que Ele enviaria diante dEle.

(1) Os v. 20-23 descrevem o anjo que Deus enviaria diante deles. Embora seja difícil saber com precisão a identidade desse anjo (as opiniões dos comentaristas divergem muito), reflitamos sobre o que é dito sobre Ele:

a. Suas funções: protegê-los e levá-los (ir diante deles) para a Terra Prometida

b. O povo deve prestar atenção a Ele e ouvi-Lo.

c. Não será permitida nenhuma rebelião contra Ele.

d. Ele tem poder para perdoar.

e. O nome de Jeová está "nEle".

Você concorda com Agostinho que este mensageiro não é outro senão o Senhor Jesus? Por que ou por que não? (vide a Nota abaixo)

(2) De acordo com os vv. 24; 32-33, O que os israelitas deviam fazer ao entrarem na Terra Prometida?

(3) Que princípio espiritual subjaz estas instruções? Como podemos imitar os israelitas em nossa vida?

(4) De acordo com os vv. 25-26, Quais são as bênçãos prometidas? Deus realmente pretendia honrar essas promessas? Por que elas nunca foram cumpridas? Algum dia se tornarão realidade? (vide Apocalipse 21:3-5 e Isaías 65:17-20)

(5) Em sua promessa de derrotar seus inimigos, Jeová salienta que a vitória não viria da noite para o dia. Por quê?

(6) Que lições importantes podemos aprender enquanto buscamos entender as promessas de Deus (ou as respostas às nossas orações) e as obras milagrosas em nossa vida hoje?

(7) Qual é a lição que você aprendeu hoje e como pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

“Considere as seguintes palavras: que o judeu (sem mencionar o maniqueu) nos diga que outro anjo ele conseguiu encontrar nas Escrituras que satisfaça a descrição feita por estas palavras, além deste líder que devia conduzir o povo para a terra prometida. Depois que ele pergunte quem foi que sucedeu a Moisés e liderou o povo. Ele descobrirá que foi Jesus, e que esse não era o seu nome originalmente, mas foi mudado. Segue-se que Aquele que disse: 'Meu nome está nele' é o verdadeiro Jesus, o líder que conduz seu povo à herança da vida eterna, de acordo com o Novo Testamento, do qual o Velho era uma figura. Nenhum evento ou ação poderia ter um caráter profético mais distintivo do que este, onde o próprio nome é uma predição." (Citado de Agostinho)

Reflexão meditativa
Pouco a pouco

"Não os expulsarei num só ano, pois a terra se tornaria desolada e os animais selvagens se multiplicariam, ameaçando vocês." (NVI-PT) (Êxodo 23:29)

De vez em quando escutamos que não devemos colocar Deus numa caixa; isso significa que não devemos limitar os caminhos do Senhor de tal forma que qualquer desvio do nosso próprio conceito nos faça duvidar que Deus realmente seja tão fiel ou poderoso quanto Ele afirma. Uma dessas "caixas" é nossa a expectativa de ver Deus responder às nossas orações instantaneamente ou de vê-Lo mudar as nossas circunstâncias imediatamente. Quando as nossas orações não são respondidas rápidamente, ou quando a mudança em nossas circunstâncias difíceis parece ser muito lenta, começamos a duvidar se Deus realmente se importa conosco, ou se Ele realmente é tão onipotente.

Portanto, quando lemos que Jesus “precisou” de uma segunda tentativa para fazer o cego ver claramente em Marcos 8:22-26, nos perguntamos se Jesus realmente é tão poderoso.

Deus sabia que os israelitas seriam como nós, não só impacientes, mas também cheios de dúvidas de que Deus fosse realmente tão poderoso e fiel. Afinal, eles reconheceram que sua ocupação da Terra Prometida seria um processo muito longo. Foi por isso ue Deus deixou claro o seguinte mesmo antes de eles deixarem o Monte Sinai na etapa inicial de sua jornada: "Não os expulsarei num só ano, pois a terra se tornaria desolada e os animais selvagens se multiplicariam, ameaçando vocês. Eu os expulsarei aos poucos, até que vocês sejam numerosos o suficiente para tomarem posse da terra.” (Êxodo 23:29-30)

Da próxima vez que você se sentir impaciente com Deus, entenda que Sua aparente demora é para o seu bem, e que se Ele agisse tão rápido quanto você deseja, você provavelmente não seria capaz de lidar com a mudança.

Quão sábio é o seu Deus! Quão bem Ele conhece as nossas fraquezas!

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 24:1–11

(1) Depois de dar as instruções que se tornariam o Livro da Aliança diretamente a Moisés, Jeová agora convida Arão, seus dois filhos e os 70 anciãos a se aproximarem dEle também. Os v. 9-11 descrevem sua experiência:

a. O que eles viram? (vide Êxodo 33:20)

b. Como era Deus? Por que eles descreveram somente o que estava sob Seus pés?

c. Em qualquer caso, quão significativa e importante foi essa experiência para esses homens como líderes do povo, além de Moisés?

(2) Embora eles também tenham experimentado esse encontro incomum com Deus, somente Moisés se aproximou do Senhor. O que significa isso?

(3) Você acha que o povo falou com sinceridade quando disse: "Faremos tudo o que o Senhor ordenou" (NVI-PT) (v.3)? Por que eles se desviaram de Jeová, e por que Ele disse em Êxodo 32:8 que tinham se desviado“muito depressa” (NVI-PT)?

Moisés fez as coisas mencionadas abaixo para solenizar tanto as Leis quanto o compromisso do povo. Reflita sobre o significado de cada ação:

(4) Construiu um altar ao pé do Monte Sinai. Embora somente Moisés e os líderes tenham visto o Senhor, qual era a função do altar?

(5) Ergueu 12 colunas de pedra. O que essas 12 colunas representam? Que tipo de precedente ele estabeleceu com isso? (vide Js.4)

(6) Ele fez com que os jovens israelitas apresentassem holocaustos e ofertas de comunhão a Deus. Qual foi a importância dessas ofertas à luz do fato de o sacerdócio ainda não ter sido estabelecido?

(7) Ele usou o sangue de um animal para selar a aliança, espargindo metade sobre o altar e metade sobre o povo. Que mensagem ele transmitiu ao usar sangue para selar o pacto? Por que era necessário salpicar ou espargir sangue tanto no altar quanto no povo? Em que sentido isso simboliza o eventual sacrifício de Jesus Cristo na cruz?

(8) Leia mais uma vez o Livro da Aliança, que agora existia em forma escrita, e a maneira como as pessoas responderam. Por que era importante o fato de eles terem uma cópia escrita das palavras de Deus?

(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Conhe
cer a Deus em primeira mão

"Depois Deus disse a Moisés: 'Subam o monte para encontrar-se com o Senhor, você e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta autoridades de Israel'..." (NVI-PT) (Êxodo 24:1)

Embora fosse indiscutível que Moisés era o líder escolhido por Deus para levar os israelitas para fora do Egito e para a Terra Prometida, e embora somente ele tenha sido autorizado a chegar perto de Deus, tanto aqui no Monte Sinai quanto mais tarde na Tenda do Encontro, o desejo de Deus sempre tinha sido que todos O conhecessem, O experimentassem e se aproximassem dEle. Sabemos que isso é possível hoje devido ao sacrifício do nosso Senhor Jesus Cristo, e que todos os que creem nEle têm acesso direto ao trono da graça de o Senhor. Esse desejo ficou claro, mesmo neste primeiro encontro dos israelitas com Deus.

É verdade que o povo ficou apavorado com a presença de Deus e que preferiu que Moisés falasse com Deus enquanto eles permaneciam à distância (Êxodo 20:19). No entanto, embora soubesse que estavam com medo, Jeová convidou os líderes a subirem a montanha com Moisés, um grupo que incluía Arão, seus dois filhos e os setenta anciãos (provavelmente aqueles que tinham sido escolhidos de acordo com o conselho de Jetro). A experiência desses líderes deve ter sido maravilhosa. Tenho certeza de que eles também ficaram com medo, assim como o resto do povo. No entanto, uma vez que o convite tinha vindo do próprio Deus, estes líderes, com temor e tremor, mas junto com Moisés, se aventuraram mais perto do Senhor. E que belo espetáculo eles viram! Embora Brevard Childs nos assegure que as palavras hebraicas originais dizem "eles viram a Deus" (24:11), é óbvio que eles não viram a face de Jeová, que teria sido coberta de glória (além disso, de acordo com 33:20, ninguém pode ver o Seu rosto). No entanto, eles experimentaram a própria presença de Deus e viram (talvez enquanto estavam prostrados) pelo menos o que estava sob Seus pés. Mas isso foi o suficiente para eles conhecerem e experimentarem a própria presença de Jeová; seu conhecimento de Deus não era mais de segunda mão. Esse tipo de conhecimento de Deus, em primeira mão, parece ser a qualificação mais básica de qualquer líder do povo de Deus.

Assim era naquela época, e assim continua sendo hoje.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 24:12–18

(1) Nesta passagem, Deus chama Moisés de volta ao monte, onde pretende dar-lhe duas tábuas que provavelmente continham os Dez Mandamentos. Embora Moisés já tivesse escrito “tudo o que o Senhor dissera” (24:4), quão importante foi o fato de Deus mesmo tê-los escrito nas tábuas de pedra?

(2) Este trecho apresenta Josué como auxiliar de Moisés (Josué mais tarde lhe sucedeu no papel de conduzir o povo à Terra Prometida). Que lição isso nos dá sobre a sucessão?

(3) Por que a Bíblia diz que “Aos olhos dos israelitas a glória do Senhor parecia um fogo consumidor no topo do monte.” (v. 17)?

(4) Quarenta dias e quarenta noites é muito tempo. Por que Deus escolheu passar tanto tempo com somente uma pessoa (Moisés), muito embora a necessidade de dar instruções ainda mais detalhadas ao povo?

(5) Será que Deus não poderia ter escrito todas essas instruções e leis para Moisés simplesmente ler para o povo? (Leia sobre o pedido de Moisés em 33:17ss e como ficou sua aparência depois de seu tempo com Deus em 34:29.)

(6) Você acha que Deus deseja passar um tempo prolongado só com você? Você também deseja fazer isso com Deus?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Aproximar-se de Deus

Moisés entrou na nuvem e foi subindo o monte. E permaneceu no monte quarenta dias e quarenta noites.” (NVI-PT) (Êxodo 24:18)

Aos olhos do povo, Deus era tão maravilhoso que eles nem queriam chegar perto da montanha. Seu relacionamento com Deus era dominado pelo medo. Pelo contrário, Moisés não só se aproximou da montanha, mas ficou na presença de Deus por quarenta dias e quarenta noites. Depois dessa experiência, seu relacionamento com o Senhor nunca mais foi o mesmo.

Quando somos realistas, percebemos que Deus não precisava que Moisés ficasse com Ele tanto tempo só para receber Seus mandamentos. Uma vez que Deus provavelmente escreveu os Dez Mandamentos em duas tábuas de pedra, se Ele tivesse querido Ele também poderia ter escrito as outras instruções em outras tábuas de pedra ou até mesmo em pergaminhos. Assim, não teria sido necessário para Moisés gastar tanto tempo subindo a montanha, e ele também teria tido muito mais tempo para ensinar o povo; além disso, Moisés com certeza teria impedido a fabricação do bezerro de ouro, algo que foi feito em sua ausência. Parece que sua ausência prolongada do povo acabou fazendo mais mal do que bem.

No entanto, o que realmente aconteceu foi o contrário. Todos nós sabemos o quão rebelde era esse povo. Mais cedo ou mais tarde teriam aproveitado a oportunidade para criar seus próprios deuses e se desviar de Jeová. Por outro lado, esses quarenta dias e quarenta noites foram muito significativos para Moisés.

Foi uma período em que Moisés chegou a conhecer ao Senhor pessoalmente, não só como Seu servo, não só como Sua ferramenta, mas como Seu amigo. Assim sempre tem sido o coração de Deus. Ele é o Deus Todo-Poderoso. Independentemente de quem formos, Ele cumprirá Seu plano; no entanto Seu desejo sempre tem sido nos usar por causa daquilo que somos, e não apesar daquilo que somos. Seu desejo sempre é que Seus servos cheguem a conhecê-Lo e a conhecer Seu coração como Seus amigos. Esse foi o resultado do longo período de tempo que Moisés passou com o Senhor. Ele deixou de ser um servo relutante de Jeová e começou a ser uma pessoa que falava com Jeová face a face “como quem fala com seu amigo” (Êxodo 33:11).

Isso não teria acontecido se Moisés tivesse simplesmente continuado a receber ordens de Deus para serem implementados entre o povo, sem passar muito tempo com o Senhor. Sem dúvida, a quantidade é vital para o desenvolvimento da qualidade, especialmente quando se trata dos relacionamentos.

Quando foi a última vez que você passou um longo período de tempo com o Senhor?

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Êxodo 25:1–9

Estas foram as primeiras instruções que Moisés recebeu ao subir novamente ao Monte Sinai:

(1) Por que Deus ordenou a Moisés que construísse um tabernáculo para Ele?

(2) É muito evidente que nem mesmo os céus mais altos podem contê-Lo. Deus realmente pode habitar com os homens na terra? (2 Crônicas 6:18)

(3) Para que serviria o tabernáculo?

(4) Leia João 1:14. A tradução literal deste versículo é: "a Palavra tornou-se carne e tabernaculou entre nós”. Como esta tradução literal aprofunda sua compreensão do desejo de Deus de habitar entre nós, um desejo que Ele já tinha na época de Moisés?

(5) Que materiais eram necessários para a construção do tabernáculo?

(6) De onde eles viriam?

(7) De onde estes ex-escravos conseguiriam obter tantos objetos valiosos?

(8) Por que Deus não ordenou que as ofertas fossem obrigatórias? Por que Ele permitiu que fossem voluntárias?

(9) O que teria acontecido se nenhum coração tivesse sido compelido a dar?

(10) Se você fosse um dos israelitas, seu coração o teria compelido a dar? Por que ou por que não?

(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Uma adoração teocêntrica

"Façam tudo como eu lhe mostrar, conforme o modelo do tabernáculo e de cada utensílio." (NVI-PT) (Êxodo 25:9)

Moisés recebeu algumas surpresas ao subir o Monte Sinai novamente, e sem dúvida a maior delas foi ouvir Deus anunciar Seu desejo de morar entre Seu povo por meio da construção de um santuário semelhante a um tabernáculo.

É claro que a escolha de Deus de um tabernáculo para morar entre Seu povo foi muito apropriada para aquela etapa da história humana devido à própria natureza de um tabernáculo – uma estrutura temporária que não pretende ser permanente. É um símbolo do eventual ato milagroso em que "a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós", quando Deus "tabernaculou" entre nós (uma tradução literal de João 1:14).

Talvez outra surpresa para o leitor seja as instruções detalhadas que Deus escolheu dar a Moisés para a construção, não sobre o tabernáculo em si, mas também sobre todos os seus móveis. As formas, os tamanhos e os materiais – todos são especificados em termos inequívocos. Pode-se perguntar por que tudo tinha que ser feito exatamente “conforme o modelo que o Senhor mostrara a Moisés” (ARC) (Nm 8:4). Por que dois querubins e não quatro? Por que dez côvados e não doze? Se escarlate é essencial para simbolizar o sangue de Cristo, por que incluir púrpura também, e por que usar azul para o resto? Por que não se podia fazer nenhuma alteração?

Eu acho que a mensagem mais importante é que Deus é o Deus Santíssimo, e Sua adoração só deve ser feita com uma atitude totalmente centrada nEle. Nenhum elemento do “eu” pode se infiltrar em nossa adoração. Claro, isso não quer dizer que não podemos ser criativos em nossa adoração ao Senhor; no entanto, nossa criatividade não deve desviar o nosso foco, que está posto em Deus e somente em Deus, ou seja, qualquer coisa que desvie o nosso foco de Deus e o coloca nos homens é uma abominação. Portanto, até mesmo a criatividade deve ser reduzida ao mínimo, como nos lembram as Escrituras:

Quando você for ao santuário de Deus, seja reverente. Quem se aproxima para ouvir é melhor do que os tolos que oferecem sacrifício sem saber que estão agindo mal. Não seja precipitado de lábios, nem apressado de coração para fazer promessas diante de Deus. Deus está nos céus, e você está na terra, por isso, fale pouco.” (Ecl. 5:1-2)