Hoje continuaremos o nosso estudo de Êxodo, o segundo livro do Velho Testamento.
(1) Por que Deus usa a expressão "filhos de Israel" para se referir às doze tribos de Israel no contexto de eles serem um "memorial" diante dEle (sejam os nomes gravados nas ombreiras ou aqueles gravados no peitoral do sumo sacerdote)?
(2) Em ambos os casos, por que as pedras tinham que ser pedras preciosas? No caso do peitoral, qual poderia ser o significado dos 12 tipos diferentes de pedras preciosas que deviam ser usados, um tipo para cada nome?
(3) Qual pode ser o significado simbólico do fato de o sumo sacerdote usar esses nomes no seu "peito" na presença do Senhor?
(4) Quão importante é para você saber que o seu sumo sacerdote (o Senhor Jesus Cristo) o está levando em Seu coração de forma individual?
(5) Quais são as implicações disso para aqueles que servem como pastores ou líderes do rebanho na igreja?
(6) Ninguém sabe exatamente o que eram o Urim e Tumim; nem mesmo sabemos o significado das duas palavras. Porém temos certeza sobre as seguintes três coisas:
a. As duas palavras começam, respectivamente, com a primeira e a última letra do alfabeto hebraico.
b. Esses objetos eram usados para tomar decisões ou para emitir um juízo, provavelmente com base numa resposta afirmativa ou negativa.
c. Quando era emitido esse juízo, era feito "sobre o coração, na presença do Senhor".
Muitas vezes pensamos que o processo de tomada de decisões acontece na mente; no entanto, quando o Sumo Sacerdote consultava o Senhor ao tomar uma decisão ou emitir um juízo, ele tinha que fazê-lo em seu “coração”. O que isso lhe ensina, especialmente no contexto da tomada de decisões para a igreja?
(7) O que você aprendeu hoje e como pode aplicá-lo em sua vida?
“Ponha também o Urim e o Tumim no peitoral das decisões, para que estejam sobre o coração de Arão sempre que ele entrar na presença do Senhor. Assim, Arão levará sempre sobre o coração, na presença do Senhor, os meios para tomar decisões em Israel." (NVI-PT) (Êxodo 28:30)
Entre as muitas especulações sobre o que eram o Urim e o Tumim, a opinião de Robert Alter (citada abaixo) parece bastante sensata:
“Até hoje tem sido impossível determinar o caráter preciso deste dispositivo oracular. Uma conjectura comum é que se tratava de duas pedras sobre as quais estavam gravadas letras ou palavras diferentes, mas a menos que um desses pares de pedras seja encontrado numa escavação, não há como comprovar essa conjectura. De acordo com a interpretação tradicional, as duas palavras estão ligadas às raízes que significam 'luz' e 'perfeição'; porém, se são antônimos, podem estar ligados etimologicamente com termos que sugerem a 'maldição' e a 'inocência'. Provavelmente não é coincidência o fato de essas duas palavras começarem, respectivamente, com as letras primeira e última do alfabeto hebraico. Em qualquer caso, a maioria das ocorrências do Urim e Tumim em passagens narrativas sugere que o dispositivo gerava uma espécie de resposta binária para qualquer pergunta que fosse feita: sim ou não, culpado ou inocente."
(Alter, 476)
À explicação acima gostaria de acrescentar que é muito revelador que este dispositivo que era usado para tomar decisões tenha sido colocado dentro do peitoral do Sumo Sacerdote, e não dentro do turbante. Diante do Deus Santo, o que conta é o coração. Como o apóstolo Paulo nos lembra, o conhecimento incha, mas o amor edifica (1 Coríntios 8:1). Eu não acho que Deus se importe tanto quando tomamos uma decisão errada devida à nossa falta sabedoria, mas Ele com certeza despreza aqueles que, apesar de possuirem discernimento, tomam uma decisão supostamente correta motivados por um coração perverso.
Aparentemente, o éfode era parecido com um colete; o texto nos diz aqui que o sacerdote devia usar um manto mais comprido debaixo dele.
(1) A borda do manto seria adornada com romãs e sinos. O primeiro dessas figuras se presta a várias interpretações, e parece que a maioria dos comentaristas menciona sua fertilidade e suas muitas sementes. Se tiverem razão, para que esse símbolo apontava quando o sumo sacerdote vestia o manto diante do Senhor?
(2) Que razão o texto dá para o uso de sinos (v. 35)?
(3) É claro que o som dos sinos não era para o Senhor. Portanto, ele só pode ter sido para o sumo sacerdote ou para aqueles que estivessem fora do Lugar Santo:
a. Se era para o sumo sacerdote, como o teria ajudado a evitar a morte quando entrava e saía para servir diante do Senhor?
b. O que o som do sino pode ter significado para os que estavam fora do Santo Lugar?
(4) O que devia ser fixado ao turbante do sumo sacerdote? O que ele significava?
(5) O que era necessário para o sumo sacerdote poder levar a culpa do povo? Ele realmente podia fazer isso? Como isso aponta para Jesus Cristo?
(6) As vestes dos sacerdotes já lhes conferiam este santo e temível papel de servir em favor do povo diante do Senhor. Por que Moisés também precisava "consagrá-los", ungindo-os e ordenando-os?
(7) A última peça mencionada do vestuário dos sacerdotes é a roupa interior. Que significado lhe é atribuído?
(8) O que você aprendeu hoje, especialmente sobre como devemos servir ao Senhor?
“Depois de vestir seu irmão Arão e os filhos dele, unja-os e consagre-os, para que me sirvam como sacerdotes.” (NVI-PT) (Êxodo 28:41)
Era muito óbvio para o povo que Deus tinha escolhido Arão como Sumo Sacerdote, e que seus filhos o ajudariam como sacerdotes no tabernáculo que seria erguido. Ninguém teria objetado ou contestado seu status sagrado ou ministério se Moisés simplesmente tivesse prosseguido com sua iniciação no culto depois de ter feito as vestes e construido o tabernáculo. No entanto, Deus queria que seu sacerdócio fosse algo para o qual os sacerdotes seriam ordenados, e que eles mesmos fossem consagrados por meio de uma cerimônia de sete dias que seria testemunhada pela comunidade inteira.
Por um lado, a cerimônia inclui os ritos essenciais: oferta pelo pecado, holocausto, unção com azeite, purificação com água e sangue e oferta de comunhão junto com a oferta movida. Cada um desses ritos tem um significado espiritual distinto, sem o qual Arão e seus filhos não podiam servir diante do Senhor.
Por outro lado, o caráter público desse processo de ordenação denota que a nomeação de Arão e seus filhos para o sacerdócio não era um simples assunto privado entre o Senhor e os sacerdotes. Uma vez que eles estariam oferecendo sacrifícios e queimando incenso a Jeová em favor do povo, era extremamente importante que o povo os reconhecesse e apoiasse. Portanto, toda a cerimônia devia ser realizada aos olhos de uma reunião de “toda a comunidade à entrada da Tenda do Encontro” (Levítico 8:3).
De vez em quando, encontro missionários aspirantes ou pastores que pretendem ir para o campo missionário ou ser chamados para um pastorado sem contar com o apoio geral de sua comunidade de fé. Pior ainda, alguns até diriam que não precisam do apoio de sua comunidade de fé, uma vez que seu chamado vem do Senhor.
No entanto, foi quando Arão se humilhou ao passar por essa cerimônia pública que o Senhor confirmou Sua escolha: “Saiu fogo da presença do Senhor e consumiu o holocausto e as porções de gordura sobre o altar. E, quando todo o povo viu isso, gritou de alegria e prostrou-se, rosto em terra” (Levítico 9:24).
Quão abençoados são os servos do Senhor que estão dispostos a submeter seu chamado ao povo a quem servem, sem exaltá-lo além da compreensão do povo.
Todas as etapas da cerimônia de consagração e ordenação (listadas abaixo) deviam ser realizadas em público:
(a) o sacrifício de um novilho como "oferta pelo pecado"
(b) o sacrifício do cordeiro (A) como "holocausto"
(c) o sacrifício do cordeiro (B) como "oferta pacífica", junto com
(d) uma "oferta movida" de pão e do peito do cordeiro (B)
Reflitamos sobre o mandamento de realizar esta cerimônia de consagração, começando pela sua introdução:
(1) O primeiro aspecto enfatizado desta cerimônia é o fato de que, independentemente do tipo da oferta, os animais (neste caso, o novilho e os cordeiros) não podiam ter defeitos. Por quê? Qual é a implicação disso para nós hoje quando procuramos servir ao Senhor?
(2) O segundo elemento enfatizado são os pães. Uma vez mais, qual é o mandamento, e qual é a sua implicação para o culto que prestamos ao Senhor hoje?
(3) Mesmo antes de sua consagração e serviço, Arão e seus filhos deviam ser lavados. O que isso simboliza? (vide Salmos 24:3-4 e Isaías 1:16)
(4) Depois de vestir suas roupas espetaculares, os quais lhe dariam uma sensação de "dignidade e honra" (Êxodo 28:2), Arão seria ungido com óleo. Leia Isaías 61:1 para ver o que significa ser ungido com óleo. À luz disso, que significado é transmitido neste trecho, quanto ao serviço feito para o Senhor?
(5) Se todo o povo de Israel já era um "reino de sacerdotes", por que Deus ordena Arão e seus filhos ao sacerdócio, dizendo que sua ordenação é um "ordenança perpétua" (29:9)?
(6) Qual poderia ser o princípio espiritual permanente que devemos aprender, uma vez que a igreja de Jesus Cristo também é um “sacerdócio real” (1 Pe 2:9)?
(7) O que você aprendeu hoje e como pode aplicá-lo em sua vida?
“Assim você os consagrará, para que me sirvam como sacerdotes: separe um novilho e dois cordeiros sem defeito.” (NVI-PT) (Êxodo 29:1)
Quando Moisés iniciou a cerimônia de ordenação de Arão e seus filhos ao sacerdócio no tabernáculo, Deus o instruiu a começar com os seguintes passos que transmitiriam uma mensagem muito importante, não só para Arão e seus filhos, mas para todos aqueles que são chamados para servir ao Senhor. Observe as seguintes características:
(1) Sem pecado: Primeiro, Moisés devia tomar um novilho e dois cordeiros, e todos esses animais precisavam ser sem defeito. Isso mostra claramente que Deus é tão santo que Seus servos não podem se aproximar dEle para apresentar sacrifícios que foram manchados pelo pecado. Nós sabemos que apesar de sermos crentes nascidos de novo, não estamos sem pecado. Por isso, enquanto servimos precisamos nos examinar constantemente para poder confessar os nossos pecados e ser perdoados, para que o nosso serviço e ofertas não continuem sendo poluídos pelos nossos pecados.
(2) O melhor: Junto com os animais sem defeito, Moisés devia apresentar pães ázimos feitos da melhor farinha de trigo. Além de repetir a importância da pureza e da separação do pecado (representada pela ausência de fermento), essa passagem também enfatiza que deviam oferecer a melhor farinha de trigo, ou seja, somente o melhor pode ser oferecido Jeová. Isso faz eco das palavras de certa canção conhecida que nos exorta a dar "o seu melhor ao Mestre".
(3) Mãos limpas e coração puro: Antes de colocar as vestes do sacerdócio, Arão e seus filhos deviam se lavar com água. Isso aponta para o rito de purificação e faz eco do que o salmista diz sobre o culto ao Senhor: “Quem poderá subir o monte do Senhor? Quem poderá entrar no seu Santo Lugar? Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro; ...” (Salmos 24:3-4).
(4) Ungido: Ao vestir o manto do sacerdócio, Arão devia ser ungido com azeite. Tanto Davi quanto Saul foram ungidos com azeite, e o Espírito desceu sobre eles (1 Sam. 16:13 e 10:1 e ss.). O Senhor Jesus cita uma porção de Isaías 61:1 quando diz “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu” (Lucas 4:18). Assim, os servos de Jeová precisam da unção do Espírito Santo, sem a qual qualquer serviço e ministério que realizarem será feito na carne.
Que o Senhor nos ajude a levar a sério esses pré-requisitos para servi-Lo, a saber, reservar tempo para o auto-exame e a confissão freqüentes, oferecer-Lhe somente o melhor, buscar servir somente com intenções puras e servir não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito (Zc 4:6).
No momento em que Arão e seus filhos seriam apresentados diante do tabernáculo para iniciar seu sacerdócio no seu interior, parece que o primeiro sacrifício que Moisés devia fazer era dirigido ao altar (29:10-14):
(1) Os sacrifícios, tanto deste novilho quanto dos dois carneiros, deviam começar com o gesto de Arão e seus filhos colocarem as mãos sobre a cabeça do animal. Qual é o significado e a importância disso? (vide Levítico 16:21)
(2) O altar devia ser santificado colocando sangue nas suas pontas (a parte superior) e sua base (a parte inferior). Deus diz a Moisés que, ao fazer isso, ele estaria purificando “o altar, fazendo propiciação por ele" e ao ungi-lo estaria consagrando-o (29:36). O que significa o fato de o altar em si, e não somente os sacerdotes, precisar ser purificado por meio de uma oferta pelo pecado?
(3) Como oferta pelo pecado, tanto para o altar quanto para os sacerdotes, a gordura devia ser queimada no altar, enquanto a carne, as peles e o intestinos (a) deviam ser queimados fora do acampamento e (b) não deviam ser comidos. A mesma prática é mencionada também no Dia da Expiação (Lv 16:27). Leia a interpretação disso feita pelo autor de Hebreus em Hebreus 13:11-14.
O holocausto (29:15-18)
(4) Primeiro, os sacerdotes deviam colocar as mãos sobre este primeiro cordeiro que seria abatido após o novilho; logo, ele devia ser morto e seu sangue aspergido por todos os lados do altar; finalmente devia ser cortado, lavado e totalmente queimado no altar.
Quanto ao seu significado, deixe-me simplesmente citar Keil & Delitzsch para sua reflexão:
“A oferta pelo pecado, pela qual os sacerdotes e o altar foram expiados, e toda perturbação da comunhão que existia entre o Deus santo e Seus servos naquele altar em consequência do pecado daqueles que estavam sendo consagrados (neste caso, os próprios sacerdotes) tinha sido removido, seguido de um holocausto..., e serviu para apresentar os sacerdotes, os quais o tinham designado como seu substituto por meio da imposição de mãos, como um sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor e para santificá-los ao Senhor, junto com todas as faculdades do corpo e da alma."
(K&D, Levítico, 547)
(5) Por causa da oferta pelo pecado já apresentada, esta oferta queimada já podia ser uma “oferta de aroma agradável” apresentada a Jeová (v. 18). Qual poderia ser a mensagem espiritual aqui?
(6) O que você aprendeu hoje e como pode aplicá-lo em sua vida?
“Depois queime o cordeiro inteiro sobre o altar; é holocausto dedicado ao Senhor; é oferta de aroma agradável dedicada ao Senhor preparada no fogo." (NVI-PT) (Êxodo 29:18)
Na cerimônia de ordenação de Arão e seus filhos ao sacerdócio, após o sacrifício do novilho como oferta pelo pecado, segue-se a oferta do primeiro cordeiro como um holocausto que é descrito como "aroma agradável" apresentado ao Senhor (29:18). E para que fosse um aroma agradável ao Senhor, o cordeiro “inteiro” devia ser queimado no altar. O significado espiritual é bastante claro: se queremos agradar ao Senhor com as nossas vidas, devemos, como diz o apóstolo Paulo em Romanos 12:1, oferecer os nossos corpos (nossa pessoa inteira) como sacrifício vivo.
Eu o convido a usar a letra do seguinte hino para refletir sobre estas verdades:
Em fervente oração
Refrão:
Quando tudo perante o Senhor estiver
E todo o teu ser Ele controlar
Só então, hás de ver que o Senhor tem poder
Quando tudo deixares no altar
1
Em fervente oração, vem o teu coração
Na presença de Deus derramar
Mas só podes fluir o que estás a pedir
Quando tudo deixares no altar
2
Maravilhas de amor te fará o Senhor
Atendendo à oração que aceitar
Seu imenso poder, te virá socorrer
Quando tudo deixares no altar
3
Se orares, porém, sem o teu coração
Ter a paz que o Senhor pode dar
Foi por Deus não Sentir que tua alma se abriu
Tudo, tudo, deixando no altar(Elisha A. Hoffman, 1839-1929)
(Tradução: OG de la Torre)
https://www.letras.mus.br/harpa-crista/853757/
Após a consagração do altar e dos sacerdotes por meio do novilho como oferta de pecado, e após o holocausto do primeiro cordeiro como cheiro agradável ao Senhor, o segundo cordeiro devia ser oferecido de acordo com um ritual conhecido em Levítico 3 como oferta pacífica ou de comunhão.
(1) Uma vez que esta oferta devia ser feita após as duas primeiras (a de pecado e o holocausto), como devemos entender o significado do nome (oferta pacífica ou de comunhão) dado a ela em Lev. 3:1?
(2) Lembremos novamente que este ritual era semelhante ao dos dois primeiros sacrifícios: após a imposição das mãos sobre a cabeça do animal sacrificado, ele devia ser abatido. Mas desta vez, como é diferente o tratamento que devia receber o sangue desse animal em comparação com aquele que o sangue dos primeiros dois recebia? O que significa isso?
(3) Como foram consagrados os sacerdotes e seu vestuário? (v. 21) Como você entende a palavra “consagração”, especialmente à luz deste ritual?
(4) Uma vez que tratava-se do carneiro da ordenação, o ritual a ser seguido aqui era diferente daquele normalmente usado para a oferta de paz: Moisés devia tomar a gordura e a coxa direita do cordeiro, junto com um de cada um dos três tipos de massa sem fermento, e colocar tudo nas mãos de Arão e seus filhos para apresentá-lo como uma "oferta movida" que depois disso seria queimado, mais uma vez como aroma agradável, uma oferta ao Senhor. Neste caso, a coxa que normalmente seria devolvida ao sacerdote devia ser queimada após a oferta movida (uma vez que Moisés estava desempenhando o papel de sumo sacerdote nesta cerimônia). Mas aqui, Moisés recebe o peito do cordeiro depois de movê-lo diante do Senhor. Embora não se dê nenhuma explicação específica da "oferta alçada", o que você pode deduzir do fato de os sacerdotes mexerem suas mãos para cima e para baixo, e do fato de que parte da oferta (numa oferta de comunhão normal) era devolvida aos sacerdotes ?
(5) Os vv. 27-30 deveriam aparecer entre colchetes, uma vez que estabelecem como seriam tratados o peito e coxa do cordeiro nas futuras ofertas de comunhão, e as implicações dessa ordenação para o sacerdócio:
a. Qual a importância do esclarecimento de que, no futuro, o peito e a coxa seriam dados “pelos israelitas a Arão e a seus filhos”?
b. Qual é o significado que este trecho dá à consagração das vestes?
(6) Os vv. 31-34 voltam ao tema da cerimônia de ordenação, que ainda não tinha terminado:
a. De acordo com os vv. 32-33, como devia terminar esta cerimônia sagrada?
b. Quão especial é essa conclusão? Que impressão esse ato (e sua imagem) transmite?
c. No entanto, até mesmo essa conclusão alegre e "plena" implica algumas regras muito rígidas, entre as quais estão as seguintes:
- Devia ser cozido num lugar sagrado.
- Os não ordenados não podiam comer.
- Todas as sobras deviam ser queimadas.
Como essas instruções ou proibições engrandecem a santidade do sacerdócio?
(7) Qual poderia ser o significado espiritual e prático do fato de eles terem que repetir esta cerimônia (se não a cerimônica completa, pelo menos a maior parte dela) cada dia durante sete dias?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“E você o sacrificará. Pegue do sangue e coloque-o na ponta da orelha direita de Arão e dos seus filhos, no polegar da mão direita e do pé direito de cada um deles." (NVI-PT) (Êxodo 29:20)
O tratamento dado ao sangue do segundo cordeiro como parte da oferta pacífica (ou de comunhão), cuja função era consagrar e ordenar Arão e seus filhos ao sacerdócio, é muito diferente daquele dado ao sangue da oferta pelo pecado e do holocausto. Moisés devia tomar um pouco do sangue do segundo cordeiro e colocá-lo na ponta da orelha direita, no polegar da mão direita e no polegar do pé direito dos sacerdotes. O simbolismo deste ritual é bastante revelador.
A essa altura, Aarão e seus filhos já teriam sido consagrados e seus pecados "transferidos" para os animais sacrificados no ritual. Além disso, seus pecados também já teriam sido expiados pelo sangue do primeiro carneiro. No entanto, embora estivessem servindo como sacerdotes, ainda eram humanos; isso implica o seguinte:
- Seus ouvidos continuariam ouvindo boatos, sons sedutores e conselhos seculares. Precisariam ser consagrados continuamente para ouvirem somente as palavras do Senhor.
- Suas mãos continuariam fazendo coisas desagradáveis e impuras diante do Senhor e precisariam ser consagradas continuamente para estarem aptas a manusear as coisas sagradas e realizar os rituais sagrados sem ofender o Senhor.
- Seus pés continuariam escolhendo caminhos contrárias à vontade de Deus e precisariam ser consagradas continuamente para poderem andar no caminho certo e conduzir o povo no caminho de Deus.
Em outras palavras, é importante que os servos de Deus, uma vez escolhidos por Ele, não sirvam com os méritos de sua ordenação, mas vivam uma vida digna de seu chamado e ordenação, especialmente nas áreas que talvez sejam escondidas do público.
Neste momento, Deus menciona a Moisés essas ofertas regulares; talvez sejam os sacrifícios que deviam começar imediatamente após a conclusão da ordenação dos sacerdotes:
(1) Por que Deus instituiu um ritual de sacrifício que devia ser realizado duas vezes ao dia?
(2) Em que consiste esse ritual que devia ser realizado duas vezes ao dia? Que papel importante tinha cada elemento na geração de um aroma agradável ao Senhor?
(3) O que esta estipulação que devia ser seguida duas vezes por dia ensina sobre o desejo de Deus para você hoje?
(4) Os vv. 42-46 deixam claro o desejo de Deus ao estabelecer o tabernáculo.
a. Qual é esse desejo?
b. Quão significativo é o fato de o v. 42 usar o singular "com você" depois de ter usado o plural "vocês" (de acordo com o TM)?
(5) O que (e quem) é mencionado como sendo santificado (quer dizer, separado) pelo Senhor?
(6) Como estão sendo santificados?
(7) Qual é o desejo de Deus para você e Sua igreja hoje?
(8) O desejo de Deus era que isso fosse perpetuado nas futuras “gerações” de israelitas. Esse plano de Deus falhou ou deu certo?
(9) Em que sentido Seu desejo é cumprido em nós por meio de Jesus Cristo?
(10) Diante disso, como você devia cuidar o seu relacionamento com Deus, especialmente por meio de seu tempo devocional individual e sua adoração corporativa aos domingos?
(11) O que você aprendeu hoje e como pode aplicá-lo em sua vida?
“Nesse local eu os encontrarei e falarei com você; ali me encontrarei com os israelitas, e o lugar será consagrado pela minha glória.” (NVI-PT) (Êxodo 29:42-43)
É incrível pensar que Deus queria adotar os israelitas como Seus e se reunir com eles regularmente.
O Deus Criador Todo-Poderoso, adorado pelos Querubins e Serafins no céu, o Deus Santíssimo de cuja presença até os anjos são obrigados a esconderem seus rostos e pés, se deu ao trabalho de desenhar um tabernáculo—não um palácio, não um grande templo, mas um tenda parecida com as diminutas habitações de Seu povo no deserto—para se encontrar com eles como amigos, dizer-lhes palavras de conselho e revelar-lhes quem Ele é na glória. Ele também desejava que os israelitas realmente viessem a adorá-Lo como seu único Deus e soubessem que Ele é Javé através dessas reuniões regulares.
Ele também se esforçou muito para desenhar um tabernáculo onde o povo e seus sacerdotes podiam aprender a se separarem para servir somente a Ele.
Quão abençoados foram os israelitas, mais do que todas as nações da terra!
Mas através do sacrifício do nosso Senhor Jesus Cristo, o próprio Filho de Deus, nós somos ainda mais abençoados, uma vez que recebemos o privilégio não só de nos encontrar com Ele, ouvir Suas palavras de conselho e testemunhar a revelação de Sua glória por meio de Sua presença, mas também de ser amados, uma vez que Ele também quer se encontrar conosco todos os dias. O Deus Todo-Poderoso Criador Santíssimo quer nos ver como Seus amigos, como Seus filhos e até mesmo como Seus Amados!
Por que, então, desejar alguém (ou algo) na terra que não seja Ele? (Salmos 73:25)
(1) É interessante que as instruções sobre a construção do tabernáculo e seu conteúdo sejam retomadas após os mandamentos sobre a consagração e ordenação de Arão e seus filhos com a menção deste último objeto, o altar de incenso, que no v. 10 é chamado "santíssimo ao Senhor". O que o desenho desse altar nos ensina sobre seu status como “santíssimo”?
(2) Onde estaria localizado? Por que Hebreus 9:4 até mesmo o inclui na lista dos móveis encontrados no Lugar Santíssimo?
(3) De acordo com o Salmo 141:2 e Apocalipse 5:8; 8:3, 4, o que simboliza a queima de incenso?
(4) Por que, então, este símbolo era tão precioso para o Senhor que os sacerdotes deviam fazer o seguinte:
a. queimar incenso regularmente todas as manhãs e todas as noites
b. queimar somente o tipo de incenso prescrito
c. proibir a queima de quaisquer outros sacrifícios neste altar
d. considerá-lo "santíssimo" para Ele
(5) Como, então, devemos pensar sobre os seguintes tipos oração?
a. as nossas próprias orações
b. a nossa oração corporativa como povo de Deus
(6) O que liga a expiação feita neste altar ao Dia da Expiação descrito em Levítico 16, onde o mesmo sangue é usado para fazer expiação em suas pontas?
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Não ofereçam nesse altar nenhum outro tipo de incenso nem holocausto nem oferta de cereal nem derramem sobre ele ofertas de bebidas." (NVI-PT) (Êxodo 30:9)
Sabemos que a oferta de incenso no altar de incenso representa a oferta de orações:
“Seja a minha oração como incenso diante de ti, e o levantar das minhas mãos, como a oferta da tarde.” (Salmos 141:2)
“Ao recebê-lo, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro. Cada um deles tinha uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos;” (Apocalipse 5:8)
“Outro anjo, que trazia um incensário de ouro, aproximou-se e se colocou em pé junto ao altar. A ele foi dado muito incenso para oferecer com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro diante do trono. E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos.” (Apocalipse 8:3-4)
Embora em nossos dias não pensemos em nossas orações como ofertas, é assim que Deus as vê, tanto que Ele diz que são algo “santíssimo ao Senhor” (Êxodo 30:10). De fato, são tão sagrados que o altar de incenso não podia ser misturado ou contaminado com qualquer outro holocausto ou oferta de cereais, nem mesmo uma libação. (Êxodo 30:9)
Acho que a mensagem é muito clara. Deus realmente não precisa das nossas ofertas de dinheiro, do nosso sacrifício de serviço ou de qualquer manifestação externa de devoção. A única coisa que Ele quer é que nos aproximemos dEle—do próprio coração de Sua presença (e é por isso que o altar de incenso devia ser colocado em frente da cortina, o lugar mais próximo à arca da aliança)—“onde me encontrarei com você” (Êxodo 30:6).
O autor de Hebreus entendia o coração de Deus; por isso ele incluiu o altar de incenso na lista dos móveis que estavam dentro do Lugar Santíssimo (Hb 9:4).
Não é de se admirar que a resposta de um dos grandes servos do Senhor de uma geração passada ao ser perguntado em que ele gastaria mais tempo se pudesse recomeçar sua vida cristã - em oração ou na leitura da Bíblia— surpreendeu o entrevistador: “Em oração”. Ele entendia o coração do Senhor!