Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Levítico .
5:1-13: A "oferta pelo pecado" que tinha sido cometida por algum indivíduo (uma continuação da passagem 4:27-35)
Parece que o trecho anterior aborda o tipo de pecado não intencional de violar um dos mandamentos "expressos" do Senhor. À luz disso, reflita sobre as seguintes perguntas:
(1) Qual é o primeiro tipo de pecado abordado no trecho de hoje (v. 1)?
(2) Qual é o segundo tipo de pecado abordado (v. 2)?
(3) Qual é o terceiro tipo de pecado abordado (v. 3)?
(4) Qual é o quarto tipo de pecado abordado (v. 4)?
(5) Em sua opinião, qual dos quatro pecados anteriores é o mais grave e perverso?
(6) Por que, então, eles estão agrupados na mesma categoria?
(7) Além de apresentar a oferta especificada, o que era necessário fazer antes de oferecer o sacrifício (v. 5)?
(8) Que animal específico é mencionado para sacrifício? Por que duas rolinhas ou dois pombinhos podiam ser substituídos?
(9) E se a pessoa nem tivesse suficientes recursos para comprar dois pombinhos?
a. Como essa oferta podia ser considerada uma oferta pelo pecado sem nenhuma aspersão ou derramamento de sangue?
b. Por que não era permitido derramar óleo ou colocar incenso na farinha, por se tratar de uma oferta pelo pecado? (2:11)
5:14-19: A oferta pela culpa
(10) O pecado não intencional mencionado aqui se refere às “coisas consagradas” de Jeová. De acordo com Levítico 22, as ofertas dadas aos sacerdotes são chamadas de “coisas consagradas”, e no capítulo 27, as coisas dedicadas a Deus também são chamadas de “coisas consagradas”; estas incluem animais, casas, terras e dízimos. Em geral, refere-se a um pecado cometido em relação a coisas que seriam ou já tinham sido dedicadas ao templo ou aos sacerdotes. Você consegue pensar em algum pecado contemporâneo que poderia cometer "inadvertidamente" a esse respeito?
(11) A "oferta pela culpa" é diferente da "oferta pelo pecado", uma vez que seu enfoque parece ser a "compensação" (é por isso que alguns a chamam de "oferta de reparação"): Além da exigência específica de que fosse um carneiro, o que mais era exigido do pecador? Por quê?
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
Em geral, os eruditos consideram que o pecado abordado em 5:17-19 é da mesma categoria que os pecados não intencionais contra as "coisas consagradas", e que isso seja uma reiteração, uma expansão ou uma provisão "geral".
“Quando alguém for culpado de qualquer dessas coisas, confessará em que pecou.” (NVI-PT) (Lev. 5:5)
Ao refletirmos sobre os vários tipos de sacrifícios que Jeová exigiu ao povo e aos sacerdotes por meio de Moisés, percebemos que às vezes eles podem parecer confusos. Deveria animar-nos saber que os próprios estudiosos têm opiniões muito divergentes quanto à sua classificação e os seus significados precisos. Mas uma coisa é clara: Deus nunca considerou nenhum sacrifício como um simples ritual; Outram tem razão ao dizer que "A oração era uma espécie de sacrifício, e o sacrifício uma espécie de oração" (K&D, Levítico, 501).
Isso também serve para nos recordar que o nosso “tempo devocional diário” também não é um ritual, mas sim “uma espécie de oração” que oferecemos ao Senhor que amamos. É por isso que o nosso Guia Devocional está dividido nas categorias de Adoração, Confissão, Ação de Graças e Intercessão, uma prática que foi afirmada por Robert M'Cheyne, cuja vida e obra tocaram muitos cristãos, incluindo Charles Spurgeon:
“Existe uma tendência terrível de omitir a confissão; isso provém de uma opinião baixa com relação a Deus e Sua lei — uma opinião pouco séria do meu próprio coração e os pecados da minha antiga vida. Esta tendência deve ser resistida. Há uma tendência constante de omitir a adoração, quando esqueço com quem estou falando — quando entro na presença de Jeová descuidadamente, sem me lembrar de Seu nome e caráter tremendos — quando estou pouco ciente de Sua glória e tenho pouca admiração por Sua presença. 'Onde estão os sábios?' Meu coração tem uma tendência ingênua de omitir as ações de graças, apesar de elas serem exigidas especificamente em Fil. 4:6. Muitas vezes, quando o coração é egoísta — morto para a salvação dos outros — omito a intercessão. No entanto, é o próprio espírito do Grande Advogado que tem o nome de Israel sempre em Seu coração.
“Talvez não seja necessário que cada oração inclua cada um desses elementos; mas tenho certeza de que não devo deixar passar um só dia sem dedicar algum tempo a cada um."
(A Vida de Robert M'Cheyne, p.181)
6:1-7: Este trecho aborda a questão da fraude intencional praticada contra outros.
(1) Faça uma lista dos vários pecados descritos neste trecho. Você já cometeu algum deles? Você fez isso antes ou depois de se tornar cristão?
(2) Além de sua obrigação de devolver "o que roubou ou tomou mediante extorsão, ou o que lhe foi confiado, ou os bens perdidos que achou, ou qualquer coisa sobre a qual tenha jurado falsamente [a fim de adquiri-la]” , reflita sobre as seguintes consequências:
a. O que devia fazer para compensar a parte afetada?
b. O que devia fazer para que houvesse propiciação diante do Senhor?
c. Por que esta "oferta pela culpa" é diferente de uma simples "oferta pelo pecado"?
d. Qual pode ter sido a mensagem ou ênfase desta oferta pela culpa?
6:8-30: São apresentados detalhes das instruções para os sacerdotes sobre o holocausto, a oferta de cereais e a oferta pelo pecado. Uma vez que já foram dadas instruções detalhadas sobre esses sacrifícios, especialmente sobre os deveres daqueles que os apresentavam, as instruções deste trecho se aplicam principalmente ao sacerdote. Portanto, nossa reflexão se concentrará nos elementos adicionais que são enfatizados para os sacerdotes:
(3) O holocausto (6:8-13): Tente enxergar a importância e as implicações espirituais de cada um dos seguintes elementos enfatizados.
a. O holocausto devia permanecer no altar a noite inteira até de manhã: isso talvez signifique que devia ser queimado completamente até virar cinzas, sem ser removido prematuramente.
b. O fogo do altar devia ser mantido aceso continuamente; era necessário acrescentar lenha dia e noite para que o fogo do altar ardesse perpetuamente.
c. O sacerdote devia vestir suas vestes sagradas (que incluíam roupa íntima) durante a cerimônia: enfatiza-se que ele devia usar o vestuário sacerdotal completo ao oferecer o sacrifício.
d. O sacerdote devia usar vestuário sagrado, exceto quando levava as cinzas para fora do acampamento, ou seja, quando ele saía do recinto da Tenda do Encontro.
(4) A Oferta de Cereal I (6:14-18): Tente refletir novamente sobre a importância e as implicações espirituais de cada um dos seguintes elementos enfatizados:
a. Arão e seus filhos deviam comer sua porção sem fermento.
b. Devia ser comida num lugar santo dentro do pátio da Tenda do Encontro .
c. Sua porção era “santíssima”: qualquer coisa que os tocasse seria consagrada.
d. Apenas os descendentes do sexo masculino podiam comê-la.
(5) A Oferta de Cereal II (6:19-23): Esta oferta devia ser apresentada no dia da unção de Arão e seus filhos como sacerdotes (e de acordo com as tradições judaicas, devia ser oferecida diariamente pelo Sumo Sacerdote ungido). Reflita sobre as seguintes instruções especiais que se aplicavam à oferta do próprio sacerdote:
a. ao todo, a décima parte de um efa, metade oferecida de manhã e a outra metade à noite
b. a ser preparada numa assadeira — misturada com azeite e oferecida após ser partida em pedaços
c. a ser preparada pelo sucessor de Arão
d. a ser queimada completamente, sem deixar nada para comer
(6) Oferta pelo Pecado (6:24-30): Reflita sobre o significado e as implicações espirituais de cada um dos seguintes elementos enfatizados:
a. Devia ser abatido no mesmo lugar que o holocausto: é uma coisa santíssima.
b. O sacerdote devia comer sua porção num lugar santo dentro do pátio da Tenda do Encontro.
c. Tudo o que tocava sua porção se tornava sagrado.
d. O sacerdote devia lavar a roupa salpicada de sangue num lugar santo.
e. Quando a panela usada para cozinhar carne era de barro, ela devia ser quebrada.
f. Quando era usada uma panela de bronze, ela devia ser esfregada e lavada com água.
g. Somente os descendentes masculinos podiam comer da carne.
h. No entanto, a carne com sangue usada na oferta pelo pecado devia ser queimada, não comida.
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Quando assim pecar, tornando-se por isso culpado, terá que devolver o que roubou ou tomou mediante extorsão, ou o que lhe foi confiado, ou os bens perdidos que achou, ou qualquer coisa sobre a qual tenha jurado falsamente. Fará restituição plena.” (NVI-PT) (Levítico 6:4-5)
Até agora, lemos que a oferta pelo pecado lidava com pecados não intencionais, e a julgar pelos requisitos quanto ao tipo de animal e aos procedimentos necessários para o sacrifício, parece que esse tipo de pecado era considerado um crime muito mais grave quando cometido pelo sumo sacerdote ou pela comunidade (representada pelos líderes do Sinédrio) do que quando cometido por um líder tribal ou por qualquer leigo (capítulo 4).
Alguns estudiosos têm classificado este sacrifício mencionado em 5:1-13 sob uma nova categoria chamada "oferta pela culpa". Uma vez que o sacrifício deste trecho é mencionado logo após a oferta pelo pecado de um leigo (lembre-se de que as Escrituras, em sua forma original, não tinham capítulos ou versículos), eu decidi usar a mesma classificação usada por outros estudiosos que o consideram uma continuação do trecho sobre a oferta por pecados involuntários de caráter mais específico, com exceção do sacrifício dos pobres, que sacrificavam pássaros ou farinha. Sua oferta era dividida em duas porções: uma era queimada como oferta pelo pecado, enquanto a outra era queimada como holocausto (a ave) ou entregue ao sacerdote (a farinha).
Seguindo a classificação proposta por este último grupo de estudiosos, eu considero que os vv. 5:14-6:7 descrevem outro tipo de sacrifício, a saber, a oferta pela culpa, o qual lida tanto (a) com o pecado não intencional contra as "coisas consagradas" quanto (b) com o pecado de defraudar o próximo de forma deliberada. A julgar pela natureza do pecado e por aquilo que era exigido ao fazer tal sacrifício, seria errado supor que os pecados tratados aqui são menos graves do que aqueles tratados pela oferta pelo pecado. O contrário é certo, pelas seguintes razões:
(1) Mesmo quando não fosse intencional, o primeiro tipo de pecado que exigia o sacrifício de uma oferta pela culpa era aquele cometido contra as "coisas consagradas ao Senhor”. Se fosse intencional, o castigo seria a morte, como no caso do pecado cometido pelos dois filhos de Arão diretamente contra "as coisas sagradas do Senhor" ao oferecer fogo estranho (10:1-3).
(2) O segundo tipo de pecado que exigia a apresentação de um sacrifício pela culpa era aquele cometido intencionalmente, a fim de defraudar o próximo com relação à propriedade (6:1-7).
(3) Em ambos os casos, além da exigência de um sacrifício animal (em ambos os casos um carneiro), a restituição devia ser feita no valor correspondente ao valor original, com acréscimo de 20%.
O terceiro elemento destacado acima é uma característica única da oferta pela culpa, a saber, o fato de a expiação do pecado diante de Jeová não ser suficiente. Era necessário restituir o que tinha sido roubado, independentemente de se tivesse sido roubado de um sacerdote ou do próximo. Fazer expiação pelo próprio pecado sem restituir à pessoa defraudada não constituía um verdadeiro arrependimento. Zaqueu mostrou que ele entendia muito bem esta verdade quando ao se arrepender de forma genuína e crer em Jesus Cristo ele disse: “Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais" (NVI-PT) (Lc. 19:8). Embora a lei exigisse um acréscimo de somente 20%, ele esteve disposto a pagar ume restituição de 400%. Isso foi um arrependimento genuíno!
(1) 7:1-10: Instruções para o Sacerdote—A oferta pela culpa: esta passagem não contém novas instruções, somente novas ênfases ou esclarecimentos, entre os quais estão os seguintes:
a. Era uma oferta santíssima.
b. Devia ser abatida no mesmo lugar que o holocausto.
c. O sangue devia ser aspergido sobre todos os lados do altar.
d. A gordura e as vísceras deviam ser queimadas.
e. As porções dos sacerdotes deviam ser consumidas somente pelos descendentes masculinos da família do sacerdote.
f. Deviam ser comidas num lugar sagrado.
g. A pele pertencia ao sacerdote; no caso de ofertas de cereais, as porções cozidas ou cruas também lhe pertenciam.
Qual pode ser razão para as repetições anteriores das mesmas instruções já dadas no capítulo 5? Por que este trecho usa a descrição “coisa santíssima” para se referir à oferta pela culpa?
(2) 7:11-21: Instruções para o sacerdote — sobre a oferta de comunhão. Aqui são fornecidos muitos mais detalhes que esclarecem aqueles do capítulo 3:
a. São dadas três razões pela apresentação de ofertas de comunhão. Quais são? Por essas três razões, Calvino o chama de “sacrifício das prosperidades”. Você concorda? Por que ou por que não?
b. Além do sacrifício normal, feito como parte das ofertas de comunhão, quais são os quatro tipos de bolos que deviam ser oferecidos e entregados aos sacerdotes?
c. No primeiro tipo de oferta de comunhão, a oferta de ação de graças, a porção de carne que não era queimada devia ser comida no mesmo dia, sem deixar nada para a manhã seguinte; no entanto, a carne do voto ou da oferta voluntária de comunhão podia ser guardada até o dia seguinte, mas sem deixar nada para o terceiro dia; todas as sobras deviam ser queimadas. Por que era necessário fazer essa distinção?
d. O que aconteceria se a oferta fosse consumida após o término desse prazo?
- A oferta não seria aceita. Por quê?
- A oferta não seria atribuída àquele que a apresentou. O que não lhe seria atribuído?
- A oferta se tornaria impura (a palavra hebraica significa “fedorenta” ou “estragada”). Há alguma razão prática (não espiritual) para isso?
- Aquele que a comesse seria responsabilizado. Embora o texto não explique exatamente o que isso significa, o que poderia significar?
e. Qualquer carne que entrasse em contato com coisas impuras não podia ser comida, mas tinha que ser queimada. Por quê?
f. Qualquer pessoa impura que comesse carne oferecida assim devia ser eliminada. Por que o castigo tinha que ser tão severo?
(3) 7:22-27: A proibição de comer gordura e sangue. Qual era a conseqüência de violar este mandamento? Por que o castigo era tão severo? (Calvino opina que a proibição de comer gordura "era um exercício de piedade... porque Ele havia reservado essa porção para Si mesmo".)
(4) 7:28-38: Este trecho esclarece quais porções da oferta de comunhão pertenciam ao sacerdote: (i) o peito era dado ao sacerdote como oferta movida e (ii) a coxa direita era dada ao sacerdote como contribuição .
a. Qual era o propósito de fazer doações tão regulares ao sacerdote?
b. O que poderia significar o ato de "mover ritualmente" o peito?
(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Mas se alguém que, estando impuro, comer da carne da oferta de comunhão que pertence ao Senhor, será eliminado do meio do seu povo." (NVI-PT) (Levítico 7:20)
À medida que continuamos a ler e refletir sobre as instruções mais detalhadas para os sacerdotes sobre os vários tipos de ofertas já abordadas nos capítulos anteriores, descobrimos que não é fácil entender cada elemento enfatizado ou a razão por trás de cada diferença. Por exemplo:
a. Por que a porção de carne não queimada da oferta de comunhão feita em ação de graças devia ser comida no mesmo dia, enquanto a porção de carne oferecida como resultado de um voto voluntário podia ser guardada até o dia seguinte?
b. Por que os três primeiros tipos de bolo que acompanhavam a oferta de comunhão não podiam ser preparados com fermento, mas o último podia?
c. Por que era necessário mover ritualmente o peito, mas não a coxa direita, antes de entregá-lo ao sacerdote?
Muitos comentaristas têm se esforçado para descobrir as explicações mais prováveis; no entanto acho que o seguinte conselho de Calvino a esse respeito é muito sábio:
“Não há dúvida que Deus tinha razões específicas para ser ora mais exigente, ora mais complacente; mas em nossos dias não é correto nem apropriado indagar sobre coisas desconhecidas que não são de modo algum conducentes à piedade."
(Calvino, II. 371)
No entanto, devido à ênfase dada a certos detalhes e às severas advertências contra sua violação, há pelo menos uma mensagem que se pode perceber claramente: Deus é santo. Enquanto os diversos sacrifícios expressam Seu desejo de que nos aproximemos dEle, a realidade continua sendo esta:
- Nosso pecado, além de nos impedir de entrar em Sua presença, também atrai a Sua ira quando não é devidamente tratado e expiado.
- Portanto, ao nos aproximarmos dEle para adorar, devemos fazê-lo com uma profunda reverência, uma santidade que vai de dentro para fora.
- Calvino também salienta isto a respeito de nossa adoração: “quanta seriedade devemos ter ao evitar toda imprudência e audácia em nosso raciocínio!” (Calvino, II, 374) — de fato, devemos evitar fazer qualquer coisa em nossa adoração que chame a atenção para os homens ou para nós mesmos.
A ordenação de Arão e seus filhos:
Os versículos finais do capítulo anterior nos dizem que Jeová tinha dado a Moisés os regulamentos sobre os diversos tipos de ofertas no Monte Sinai “no dia em que ordenou aos israelitas que trouxessem suas ofertas ao Senhor” (7:37-38). Para que essas ofertas pudesem ser apresentadas, Moisés teve que ordenar Arão e seus filhos de forma oficial a fim de que pudessem cumprir seus deveres. Reflita sobre o seguinte resumo da cerimônia e sua preparação:
8:1-4: A reunião
(1) Quem devia ser reunido para esta cerimônia? Onde deviam se reunir?
(2) O que devia ser levado para a cerimônia?
8:5-9: A preparação
- Arão (o sumo sacerdote) e seus filhos (seus ajudantes) se lavaram com água .
- Moisés ajudou a vestir Arão com a vestimenta sacerdotal, que incluía os seguintes itens:
a. a túnica
b. o manto
c. o éfode – cingido com o cinto
d. o peitoral (com os nomes das 12 tribos) que continha o Urim e o Tumim
e. o turbante, que continha a lâmina sagrada (com os nomes das 12 tribos)
(3) Esta teria sido a primeira vez que Arão e seus filhos foram vestidos com as vestes sacerdotais. Como eles teriam se sentido?
(4) Como a assembléia teria se sentido ao ver Arão vestido com essas roupas?
8:10-13: A Cerimônia — Parte 1: A Consagração
- Moisés consagrou o tabernáculo e tudo o que nele havia, ungindo-o com óleo.
- Moisés aspergiu o altar sete vezes com óleo.
- Tudo foi consagrado com azeite: o altar, todos os seus utensílios e a bacia, junto com a sua base.
- Moisés consagrou Arão, ungindo sua cabeça.
- Moisés vestiu os filhos de Arão com as vestes sacerdotais.
(6) À luz desta elaborada cerimônia, como você entende o significado e a importância da consagração?
(7) Que atitude devemos ter com relação à nossa adoração e serviço ao Senhor?
(8) Leia o Salmo 133:2 para ter uma ideia do que o salmista pensava sobre esta cerimônia.
8:14-29: A cerimônia — Parte 2: As ofertas para Arão e seus filhos
- A oferta pelo pecado (8:14-17): O sacrifício do novilho servia para expiar o pecado, como no capítulo 4.
- O holocausto (8:18-21): O sacrifício do carneiro era de aroma agradável, como no capítulo 1.
- Oferta de ordenação (8:22-29): O sacrifício de outro carneiro (essencialmente, uma oferta de paz):
a. Moisés tomou o sangue, colocando-o na ponta da orelha direita de Arão, no polegar de sua mão direita e no polegar do pé direito (ele fez o mesmo com os filhos de Arão).
b. Moisés espargiu o sangue nos lados do altar.
c. Moisés colocou um bolo de pão + um bolo feito com azeite e água + uma massa folhada sobre a gordura, as vísceras e a coxa direita do carneiro; depois entregou tudo nas mãos de Arão e de seus filhos, que os moveu diante de Jeová (uma oferta movida ritualmente).
d. Depois de movê-los ritualmente, Moisés os colocou em cima da oferta queimada e os queimou como “oferta de consagração”, também como aroma agradável a Jeová.
e. O peito do carneiro pertencia a Moisés, que o moveu ritualmente como uma “oferta movida ritualmente”.
(9) Qual pode ter sido a necessidade e o significado da oferta pelo pecado, e também do holocausto, os quais foram apresentados antes da verdadeira oferta de consagração?
(10) Como podemos aplicar esta necessidade e significado para aqueles que servem ao Senhor hoje?
(11) Com respeito à oferta de ordenação, qual pode ter sido o simbolismo de colocar sangue na ponta da orelha, no polegar e no dedo do pé direito de Aarão e seus filhos?
(12) Alguma outra parte da cerimônia tem alguma importância para você?
8:30-36: A Cerimônia — Parte 3: O Ato Final
- Moisés consagrou Arão e seu manto (e também seus filhos) com azeite e com um pouco do sangue do altar.
- Arão e seus filhos cozinharam e comeram a carne (que tinha sobrado do carneiro da consagração) na entrada da Tenda do Encontro, junto com o pão.
a. O resto da carne e do pão foi queimado.
b. Eles permaneceram na entrada da tenda durante sete dias, até o fim de sua consagração.
c. Tudo isso foi feito para sua propiciação.
d. Como resultado, eles "não morreriam".
(13) Servir a Jeová como sacerdote devia ser motivo de alegria. Por que parece também foi algo terrível?
(14) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Derramou o óleo da unção sobre a cabeça de Arão para ungi-lo e consagrá-lo." (NVI-PT) (Levítico 8:12)
Embora a ordenação de Arão e seus filhos deveria ter sido um evento muito alegre, ao ler Levítico 8 é impossível não ter a impressão de que a emoção principal foi uma de medo e rigidez. Isso provavelmente foi inevitável, uma vez que Arão e seus filhos nunca haviam tido a experiência de estar na presença imediata de do Senhor, muito menos de servir como sacerdotes que representavam o povo diante de Deus. Ao mesmo tempo, Moisés conhecia seu irmão e sua família muito bem, e não só procurou cumprir todos os regulamentos ordenados por Deus, mas também sabia quais seriam as consequências de tratar o Deus Santo e Seus mandamentos com leviandade (consequências que dois dos filhos de Aarão enfrentariam mais tarde!) No entanto, esse medo se transformou em grande alegria no seu primeiro encontro com a presença de Deus por meio de seu ministério diante de Jeová (9:24).
Mas esta ocasião solene da consagração de Aarão e seus filhos serve como um exemplo importante para nós que servimos ao Senhor hoje. Não há dúvida de que em nossos dias somos culpados de tratar o nosso chamado para servir a Deus com muita leviandade.
Por um lado, devido à ideia incorreta de que o sacerdócio de todos os crentes é uma inovação do Novo Testamento, há uma noção popular que ensina que não é necessário receber um chamado claro para se dedicar ao ministério do evangélio em tempo integral. Aqueles que pensam assim não sabem que 1 Pedro 2:9 é uma reformulação de uma verdade do Antigo Testamento: embora toda a nação de Israel devesse funcionar como um sacerdócio (Êxodo 19:6), somente aqueles que tinham sido designados por Deus podiam servir como sacerdotes dentro deesse reino sacerdotal .
O processo de consagração descrito em Levítico 8 enfatiza ainda mais o caráter sagrado desse sacerdócio, pois embora Arão e seus filhos tenham sido chamados para servir como sacerdotes, seu chamado não foi o único critério ou condição que lhes permitiria ministrar diante de Deus. Eu identifiquei pelo menos os seguintes pontos de relevância especial para nós hoje:
- Seu sacerdócio teve que ser testemunhado e confirmado por toda a assembléia: Não é incomum escutar certos líderes do clero afirmarem que não precisam ser confirmados pela sua comunidade, uma vez que seu chamado vem de Deus. Essa não é uma verdade bíblica.
- Arão e seus filhos precisaram ser lavados com água: Embora isso fosse um simples ato externo, não devemos menosprezar o seu significado espiritual. Aqueles de nós que servem precisam ter sempre as “mãos limpas e o coração puro” (Sl. 24:4).
- Eles precisaram ser ungidos com óleo: Além de ser um sinal de que tinham sido separados para Deus, isso também simbolizava a realidade de eles terem sido capacitados pelo Espírito Santo (Is 61:1). Nenhum servo de Jeová pode servir em suas próprias forças, mas somente através do enchimento contínuo do Espírito Santo (Zc 4:6).
- O procedimento de consagração durou sete dias: Segundo Keil e Delitzsch, as palavras em Levítico 8 “sugerem claramente que todos os detalhes da cerimônia tiveram que ser repetidos por sete dias” (K&D, Vo. 1, 549). Há pelo menos duas mensagens importantes nisso: (1) o número sete transmite uma noção de finalização, sugerido que o sacerdócio devia ser exercido por toda a vida, sem volta atrás; (2) As ofertas de sacrifício deviam ser oferecidas em perpetuidade, e as orações de arrependimento, a necessidade de expiação, o caráter absoluto da consagração e a comunhão com Deus deviam ser assuntos diários para os sacerdotes.
- A ponta da orelha, o polegar da mão e o polegar do pé do sacerdote precisavam ser tocados com o sangue do sacrifício: Eu acho que o que se tornava um aroma agradável para o Senhor não era o rito do holocausto em sí, mas o servo cujos ouvidos sempre ouviam a voz de Deus, cujas mãos se moviam ao ritmo do coração de Jeová e cujos pés andavam segundo o caminho santo de Deus.
Depois de ser consagrado, Arão começou seu ministério como sumo sacerdote:
(1) Como os sete dias anteriores o tinham preparado para o seu primeiro ministério no tabernáculo?
(2) Para poder começar seu ministério, o sumo sacerdote tinha que fazer expiação pelo seu próprio pecado. Quão importante é para qualquer ministro ou líder confessar publicamente seu próprio pecado diante de seu povo?
(3) Como o fato de Arão ter que sacrificar um bezerro como o primeiro sacrifício o teria lembrado de seu próprio pecado? (vide Êxodo 32)
(4) Depois de fazer todas as ofertas prescritas para si mesmo e para o povo, Arão ergueu as mãos em direção ao povo e o abençoou:
a. Como essa ação revela o verdadeiro papel do sumo sacerdote?
b. Como ele realmente podia ser uma bênção para o povo?
c. De que maneira(s) podemos aprender com Arão ao servirmos ao povo de Deus?
(5) Daquele momento em diante, Arão não precisava mais que Moisés fosse o "intermediário" entre ele e Deus (com relação à sua posição). Agora ele era o "intermediário" entre Deus e Seu povo. O que Deus fez naquele momento para confirmar a Sua escolha de Arão?
(6) Você consegue pensar em outros eventos nas Escrituras nos quais Deus revelou Seu poder milagroso relacionado ao fogo no altar do sacrifício? (vide Juízes 13:20; 1 Reis 18:39; 2 Crônicas 7:3) Quão semelhante foi a reação dos adoradores?
(7) Claro, esta foi uma ocasião especial na qual Deus decidiu se revelar da maneira mais incrível. A presença de Deus é menos real quando O adoramos hoje? Por que ou por que não?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Depois Arão ergueu as mãos em direção ao povo e o abençoou.” (NVI-PT) (Levítico 9:22)
Você já se perguntou por que, de todas as pessoas que Deus poderia ter escolhido para ser o primeiro sumo sacerdote de Seu povo, Ele escolheu Arão, o mesmo Arão que tinha levado o Seu povo a cometer um dos pecados mais graves da história de Seu povo? — fabricar e adorar o bezerro de ouro (Êxodo 32)?
Talvez façamos a mesma pergunta sobre a razão pela qual Jesus escolheu Pedro para ser um dos apóstolos mais importantes, talvez até mesmo o principal. Suas três negações consecutivas de Jesus ocorreram logo após ele ter jurado morrer com Jesus naquela mesma noite (Lucas 22:33).
Em certo sentido, os processos de restauração de Pedro e Arão foram bastante semelhantes.
Um Pedro perturbado, que se considerava indigno de servir ao seu senhor, tentou voltar à sua antiga carreira de pescador. Mas o Senhor não desistiu dele; de forma muito milagrosa e muito terna, Jesus o chamou novamente: "Siga-me!" (João 21:19). No entanto, antes de lhe dar esse chamado e afirmação, Jesus também o confrontou três vezes consecutivas com uma comovente pergunta semelhante: "Você realmente me ama?" (João 21:15, 16, 17).
O pecado de Arão de guiar o povo na adoração do bezerro de ouro foi grave. Ele não só deveria ter sido desqualificado para servir ao Senhor - ele merecia a morte! Mas Deus é um Deus de graça — um Deus de segundas chances. Arão também deve ter se sentido indigno ao ser arrastado por Moisés para continuar liderando o povo, construindo o tabernáculo e preparando-se para seu sacerdócio. Cada instrução (dada pelo Senhor por meio de Moisés ) a respeito do tabernáculo, os sacrifícios e os outros requisitos de seu sacerdócio pareciam destacar a impressionante santidade de Jeová. Quem poderia culpá-lo por contemplar seu sacerdócio com temor e tremor? No entanto, vestir as santas vestes sacerdotais, o peitoral, o Urim e Tumim e as pedras preciosas gravadas com os nomes das doze tribos de Israel, sem dúvida foi uma afirmação de que Deus o tinha escolhido. No entanto, ainda era necessário lidar com o pecado que ele tinha cometido, e muitos eruditos acreditam que o fato de o primeiro sacrifício que teve que oferecer ter sido um touro não foi a toa. Esse sacrifício o teria lembrado de seu maior pecado, e ele estava ciente disso. Mas o fato de o Senhor ter aceitado seus sacrifícios foi validado, tanto pela glória de Sua presença quanto pela consumação de seu sacrifício pelo fogo do céu. Acredito que quando o povo gritou de alegria e se prostrou em adoração, Arão fez o mesmo. Talvez sua alegria tenha sido marcada pela sensação de paz ainda mais profunda que vem do perdão total!
Se Deus pôde usar uma pessoa fracassada como Arão, será que ele não pode usar você e eu? Se tão somente O deixássemos!
Os estudiosos geralmente pensam que este trágico incidente aconteceu no mesmo dia da inauguração de Arão e do sacerdócio de seus filhos, devido à refeição sacrificial não consumida que Moisés menciona na última parte do capítulo:
(1 ) Quem eram Nadabe e Abiú, e quão conscientes eles deveriam ter estado do caráter sagrado de sua função e ministério? (vide Êxodo 6:23; 24:1; Levítico 8:1, 6, 13, 14, 31 e 36; 9:12)
(2) Que pecado eles cometeram como sacerdotes? (Para ter uma ideia, leia Êxodo 30:9 e Levítico 16:12.)
(3) À luz das numerosas ênfases e avisos de Moisés de que gurdassem "a ordenança perante o Senhor, para que não pereçais" (8:35, etc.), por qual razão (ou razões) esses dois filhos de Arão ofereceram fogo estranho, mesmo no primeiro dia do sacerdócio?
(4) O castigo de Deus foi severo e rápido. Que razão Moisés deu para isso no v. 3? Quais são as razões duplas dadas por ele?
(5) “Arão, porém, ficou em silêncio” (10:3). Como você descreveria as emoções no coração de Arão com relação ao seguinte?
a. primeiro, como sumo sacerdote
b. segundo, como pai de seus dois filhos
c. Você acha que teria estado ressentido com Deus? Por que ou por que não? Você teria se sentido ressentido de Deus se fosse Arão?
(6) Se os sacerdotes presentes (que ainda tinham assuntos pendentes na Tenda do Encontro) tivessem tocado os cadáveres, sem dúvida teriam ficado impuros; por isso, Moisés convocou dois primos para levar os corpos para fora do acampamento. Você consegue imaginar como o resto do povo teria se sentido sobre este incidente? Como as seguintes pessoas teriam se sentido?
a. seus irmãos, a saber, Eleazar e Itamar
b. sua mãe
c. o povo que tinha gritado de alegria pouco antes de escutar estas más notícias
(7) Por que Moisés deu ordens a Arão e seus outros filhos para não andarem descabelados, nem rasgarem suas roupas? Você acha que foi muito duro (ou até mesmo frio) não permitir que eles chorassem? (vide Levítico 21:10)
(8) Por que esse tipo de expressão de luto teria provocado a ira de Deus?
(9) Por que Arão e seus filhos não podim sair da entrada da Tenda do Encontro naquele momento?
(10) Como eles reagiram às palavras de Moisés?
(11) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Então saiu fogo da presença do Senhor e os consumiu. Morreram perante o Senhor.” (NVI-PT) (Levítico 10:2)
Depois de ler o contexto da morte dos dois filhos mais velhos de Aarão, tendo a concordar com a maioria dos estudiosos que esses eventos devem ter acontecido no mesmo dia em que foi inaugurado o sacerdócio de Aarão e seus filhos. Começou ocmo um evento muito alegre. No entanto, num instante se transformou numa tragédia, e sinto muita pena por Arão. Seu silêncio (10:3) nos diz muito sobre a dor que ele não pôde expressar! Permitam-me citar duas fontes que nos ajudam a dar sentido a esta trágica reviravolta dos acontecimentos:
“O fato de eles terem usado um fogo estranho para queimar o incenso parece ser uma pequena transgressão; e, mais uma vez, parece que sua negligência é desculpável, uma vez que Nadabe e Abiú com certeza não desejavam poluir as coisas sagradas de forma descuidada ou intencional; no entanto, como muitas vezes acontece quando alguma coisa é novo, esses dois, enquanto se dedicavam com muito entusiasmo às suas atividades, mostraram uma imprudência que os levou a cometer um erro. Portanto, a severidade de seu castigo não agradará às pessoas arrogantes, que não hesitam em criticar arrogantemente os juízos de Deus; no entanto, quando refletimos sobre o quão santo é a adoração de Deus, a severidade de seu castigo não nos ofende de forma alguma."
(Calvino, III, 431)“Esses contrastes gritantes perturbam as atitudes burguesas acolhedoras que muitas vezes se disfarçam de cristãs. Em muitas partes da Igreja, a visão bíblica do juízo divino é convenientemente esquecida; ou imagina-se que é algo que saiu de cena com o VT. As famosas últimas palavras de Heine, “Deus me perdoará. Esse é o Seu trabalho.”, têm se tornado o axioma tácito de grande parte da teologia moderna. Portanto, esta pequena história é uma afronta aos pensadores liberais. Deveria também desafiar aqueles cristãos que acreditam na Bíblia sem perceber o quanto suas atitudes teológicas têm sido influenciadas pelas mentalidades correntes."
(Wenham, Levítico, 153)
Os seguintes eventos ocorreram após a morte dos dois filhos de Arão
- O Senhor falou diretamente com Arão pela primeira vez em Levítico (10:8-11).
- Moisés também reiterou as normas sobre comer cereais e ofertas de comunhão (10:12-15).
- Moisés ficou zangado com os filhos de Arão devido ao tratamento inadequado que deram à sua porção da oferta pelo pecado (10:16-20).
10:8-11
(1) Nestes versículos, o Senhor fala diretamente com Arão pela primeira vez. O que esse fato representou: sua ira ou sua afirmação?
(2) Quais foram as duas áreas sobre as quais o Senhor advertiu Arão? Por que Ele escolheu enfatizar essas duas áreas, e por que decidiu fazê-lo naquele momento? (vide a Nota abaixo)
(3) Qual foi a terceira coisa sobre a qual Deus instruiu Arão? Por que o Senhor escolheu enfatizar isso?
10:12-15
(4) De que detalhe quanto ao consumo da oferta de ceriais Moisés lembrou Arão e seus filhos?
(5) De que detalhe Moisés os lembrou quanto ao dever comer a carne reservada para eles na oferta pacífica?
(6) Que distinção entre ambas as coisas Moisés procurou destacar?
(7) Por que Ele decidiu lembrá-los disso naquele momento específico?
10:16-20
(8) O que tinha irritado Moisés?
(9) Por que ele ficou zangado?
(10) Como Aarão respondeu diante do confronto de Moisés?
(11) Moisés estava sendo excessivamente crítico? Por que ou por que não?
(12) O que você pode aprender sobre Arão através da resposta que ele deu a Moisés?
(13) Qual é a principal mensagem para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
Parece que a proibição de beber vinho "no local de trabalho" foi uma instrução dada aqui por primeira vez. Algumas pessoas acham que o Senhor pensou que Arão e seus filhos tentariam usar o vinho para aliviar sua dor, enquanto outros acham que Nadabe e Abiú pecaram porque estavam bêbados. Ambas são opiniões informadas.
"Quando Moisés procurou por toda parte o bode da oferta pelo pecado e soube que já fora queimado, irou-se contra Eleazar e Itamar..." (NVI-PT) (Levítico 10:16)
Imediatamente depois de Deus castigar os dois filhos mais velhos de Aarão com a morte por terem usado "fogo estranho" diante dEle, Ele falou diretamente com Arão. Apesar das advertências que Deus lhe estava dando, o fato de Ele estar falando diretamente com Arão pela primeira vez teria sido visto como uma afirmação de Sua escolha de Arão e seus outros dois filhos; é como se Ele lhes dissesse: “Vocês ainda são meus sacerdotes; nada mudou”. O silêncio de Deus teria sido pior; Seu silêncio é insuportável para aqueles que O amam.
O que se seguiu foi o aviso que Moisés deu a Arão e seus filhos restantes. É óbvio que ele os avisou sobre como e onde deviam comer e quem podia comer sua porção da oferta de cereais e da oferta pacífica porque não queria que provocassem ainda mais a ira de Deus.
No entanto, devido ao seu zelo pelo Senhor e sua preocupação com a segurança de seu irmão e sua família, Moisés ignorou a dor que eles estavam sentindo. Quando Arão disse "hoje ... essas coisas me aconteceram" (10:19), ele revelou a dor profunda que estava sentindo. Nem um dia tinha passado depois da morte de seus dois filhos, e ele nem tinha sido autorizado a expressar sua dor! (10:6)
Esta história me ensinou duas lições importantes:
(1) Apesar de Arão e seus filhos terem deixado a carne do bode cozinhando no altar sem comê-la, e apesar de isso ter sido contrário aos regulamentos estabelecidos pelo Senhor, eles tinham feito isso devido a um sentimento de indignidade:
“Dadas as circunstâncias, o medo de Arão de comer as coisas 'santíssimas', como a carne da oferta de purificação, era compreensível” (Wenham, 160 ). No entanto, havia também outra razão provável para não comer a carne, e ela é muito óbvia: como ele podia comer depois da morte de seus entes queridos! Afinal, Deus não é um Deus legalista, uma vez que “qualquer desvio (de Suas normas) que tiver um fundamento válido, sendo motivado pelo desejo de dar glória a Deus, será considerado tolerável e aceitável” (Hartley, 138).
(2) Em seu zelo para honrar a Deus, Moisés ignorou completamente os sentimentos de Arão e seus filhos num momento muito difícil para eles. Eu acho que Moisés, alem de ficar "satisfeito" com a resposta de Arão, também entendeu o quão crítico ele tinha sido.