Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Levítico.
Na primeira parte do Dia da Expiação, Arão primeiro precisava fazer expiação por si mesmo e por sua casa antes de poder fazer expiação pelo pecado do povo.
(1) O v. 5 menciona dois bodes. Qual é o propósito específico dos bodes?
(2) De acordo com os vv. 15-19, o que era feito com o primeiro bode?
(3) O que Arão devia fazer com o segundo bode?
(4) O primeiro bode já havia sido sacrificado para fazer expiação pelo pecado do povo; por que, então, era necessário um segundo bode? Uma vez que ambos eram usados para fazer "expiação", quão diferente era a função deste segundo bode daquela do primeiro?
(5) Qual teria sido a mensagem importante para os israelitas daquela época, e qual é a mensagem importante para nós hoje? (vide a Nota abaixo)
(6) O que tinham em comum as seguintes pessoas depois do culto? Arão, que tinha tido contato com o animal sacrificado; a pessoa que tinha conduzido o segundo bode ao deserto; a pessoa que tinha queimado as peles, a carne e o esterco dos bodes expiatórios fora do acampamento? Qual é o raciocínio por trás disso? Que mensagem ela transmite sobre o pecado?
(7) Quantas vezes o termo "estatuto perpétuo" é repetido nos vv. 29-34? O que significa essa ênfase?
(8) O que o povo (incluindo os estrangeiros) devia fazer no Dia da Expiação?
(9) Uma das coisas que deviam fazer era “humilhar-se” (v. 29), uma frase que significa "afligir suas almas" (K&D, 591 ). Como eles deviam fazer isso? Os comentaristas geralmente consideram isso uma referência ao jejum. O que você acha?
(10) Ao chegarmos ao fim deste dia mais importante no calendário judaico, leiamos Hebreus 10:1-18. Faça uma pausa para agradecer a Deus pela grande obra de redenção que Ele realizou por meio de Seu Filho, Jesus Cristo.
(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la à em sua vida?
Nota:
É totalmente impossível para nós hoje entender o verdadeiro significado da expressão "Azazel" que a ARC traduz simplesmente como "bode emissário " (v. 26). As interpretações que têm sido propostas vão da sugestão de que era o nome de um demônio, àquelas que dizem que significa "destruição total" ou "um lugar rochoso". Em qualquer caso, este segundo bode devia ser enviado para um lugar solitário, ou seja, "uma terra onde seria eliminado"; isso significa que o bode "não encontraria o caminho de volta" (Keil & Delitzsch citando Knobel, 589).
“Então colocará as duas mãos sobre a cabeça do bode vivo e confessará todas as iniqüidades e rebeliões dos israelitas, todos os seus pecados, e os porá sobre a cabeça do bode. Em seguida enviará o bode para o deserto...à terra solitária." (NVI-PT) (Lev. 16:21-22)
É interessante notar que dois bodes eram usados no Dia da Expiação como “oferta pelo pecado” para o povo (16:5). O fato de o primeiro bode ser sacrificado e seu sangue derramado para fazer expiação faz surgir a seguinte pergunta: por que era necessário usar o segundo bode vivo. A expiação efetuada pelo sacrifício do primeiro bode não era efetiva?
Permitam-me citar Keil e Delitszch a esse respeito:
“Se quisermos entender claramente o significado deste rito simbólico, devemos partir do fato de que, de acordo com a palavra diferente usada no v. 5, ambos os bodes deviam servir como oferta pelo pecado... Isso signfica que ambos eram dedicados ao mesmo propósito." (K&D, 589)
Em outras palavras, a aspersão do sangue do bode diante do trono da graça já havia aplacado a ira de Deus (16:15), a aspersão do sangue sobre o altar do sacrifício já havia restaurado sua comunhão com o Senhor, e a queima total do o animal do holocausto fora do acampamento já havia sinalizado que sua morte tinha sido tomada em lugar da do povo. Efetivamente, o pecado do povo havia sido expiado.
No entanto, a imposição das mãos sobre o bode vivo, juntamente com a confissão do pecado feita pelo sacerdote e o envio do bode, transmitia uma mensagem poderosa que afirmava a integridade e eficácia do sangue purificador, do perdão e da morte substitutiva do sacrifício. O povo não precisava mais temer as consequências de seu pecado, nem suportar o peso de sua culpa. O Senhor não se lembrava mais do pecado deles, e eles não deviam mais lamentar o seu pecado — ele já tinha sido levado para "a terra daquilo que é eliminado" (o significado da expressão traduzida como "terra solitária" no v. 22); além disso, assim como era simbolizado pelo bode vivo, o pecado “não encontraria o caminho de volta” (Knobel).
Esta é uma mensagem extremamente importante para nós também, uma vez que Cristo de uma vez por todas completou a obra de redenção na cruz por nós. Ele não só resolveu o problema das consequências do nosso pecado—Ele também sofreu a morte que deveria ter sido nossa, aplacando a ira do Deus Santo; Seu sangue também lavou todos os nossos pecados — eles nunca serão lembrados por Deus. Todos foram perdoados.
No entanto, de vez em quando me deparo com cristãos sinceros e bem-intencionados que continuam chorando e lamentando pecados já confessados, dos quais já se arrependeram sinceramente. Conheço um certo irmão em Cristo que chora cada vez que é mencionado o pecado, não por um pecado que ele cometeu recentemente, mas por um pecado que ele cometeu há muitas décadas.
Lamentar o nosso pecado é algo precioso, e eu gostaria que mais cristãos levassem seus pecados mais a sério e estivessem mais cientes de sua seriedade; no entanto, quem chora como se o Senhor ainda se lembrasse deles, ou como se não os tivesse perdoado, nega o poder do sacrifício do Senhor e o sangue que Ele derramou na cruz. Hebreus 9:14 nos lembra do poderoso símbolo do sacrifício de animais para o rito de expiação no Dia da Expiação, acrescentando: “quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu de forma imaculada a Deus, purificará a nossa consciência de atos que levam à morte, para que sirvamos ao Deus vivo!"
Não importa quão horrendo foi o pecado do nosso passado; Se já o confessamos e nos arrependemos sinceramente diante do Senhor, nossa consciência não deve mais carregar o peso do nosso passado.
Alguns comentaristas agrupam os capítulos 17-20 sob o título "Israel não deve andar no caminho dos pagãos e dos cananeus" (K&D, 592):
Vv. 1-2—Introdução
(1) Essas instruções são dadas não só ao povo, mas também a Arão e seus filhos. O que isso poderia sugerir?
Vv. 3-9—O sacrifício de animais domésticos (limpos):
(2) Onde os israelitas deviam oferecer seus animais domésticos como sacrifícios ao Senhor?
(3) De acordo com o v. 7, que prática o Senhor procurou impedir com esta regra? (vide a Nota abaixo)
(4) Como a exigência de os sacrifícios serem oferecidos somente na entrada da Tenda do Encontro teria ajudado a impedir esse pecado?
(5) Que lição podemos aprender hoje desse requisito?
(6) Por que o castigo era tão severo?
Vv. 10-12—A proibição de comer sangue
(7) Que razão é dada para a proibição de comer sangue?
(8) Que função tinha o sangue na apresentação do sacrifício?
(9) Muitas das leis de Levítico foram cumpridas por Jesus Cristo; por isso, não precisam mais ser observadas, especialmente aquelas que governam os alimentos puros e impuros (vide Atos 10:14-16). O que os apóstolos fizeram com essa instrução específica sobre o consumo de sangue (vide Atos 15:20)? Qual pode ter sido a lógica para isso?
(10) À luz disso, o que devemos pensar sobre o consumo de sangue hoje?
Vv. 13-14—Uma aplicação para animais limpos que não eram usados como sacrifícios:
(11) Portanto, se alguém comer o sangue de um animal limpo (o que equivale a comer a vida do animal), por que sua ação será considerado má e ilícita?
(12) O que isso lhe ensina sobre a santidade (aos olhos de Deus) de todas as formas de vida criadas por Deus?
Vv. 15-16—Esta é uma repetição da instrução sobre as carcaças de animais, dada originalmente em 11:39-40.
(13) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la à em sua vida?
Nota:
Segundo K&D, a expressão “altar do Senhor ” (v. 6) é usada para contrastá-lo com os altares sobre os quais eles antes ofereciam sacrifícios aos Seirim (uma palavra cujo significado literal é bodes), os quais os egípcios adoravam como deuses que viviam no deserto. Os israelitas tinham trazido do Egito essa superstição e a idolatria à qual ela deu origem (Js. 24:14; Ez. 20:7).
"Todo israelita ou estrangeiro residente que oferecer holocausto ou sacrifício, e não o trouxer à entrada da Tenda do Encontro para oferecê-lo ao Senhor, será eliminado do meio do seu povo.” (NVI-PT) (Levítico 17:8-9)
À primeira vista, a instrução na qual o Senhor exige que todos os sacrifícios sejam oferecidos na Tenda do Encontro pode parecer bastante restritiva. No entanto, a história de Israel acabou revelando a sabedoria do Senhor ao dar-lhes este mandamento.
O propósito desta exigência estrita sobre o local do sacrifício (e, portanto, a adoração ao Senhor), além de proteger os israelitas da possibilidade de voltar à adoração dos deuses bodes (os Seirim) que praticavam quando ainda estavam no Egito, era impedi-los de realizarem à sua própria maneira os rituais prescritos de adoração que distinguiam a adoração de Javé de todas as formas de adoração pagã.
Aconteceu que, após a divisão do reino de Israel nos reinos norte e sul, Jeroboão violou descaradamente essa instrução, pois temia que seu povo voltasse ao reino do sul para oferecer sacrifícios no templo de Jeová em Jerusalém e transferisse sua lealdade para esse reino. Por isso, ele estabeleceu dois bezerros de ouro, um em Betel e outro em Dã, mergulhando o povo no pecado (1 Reis 12).
Essa flagrante violação da obrigação de adorar ao Senhor no local de adoração designado tornou-se tão comum em ambos os reinos (do sul e do norte) que o povo costumava adorar ao Senhor nos “altos”, assim como faziam os cananeus na adoração de seus deuses. Vemos repetidamente que mesmo quando alguns dos reis mais piedosos de Judá (como Joás) voltaram ao Senhor, "os altares idólatras não foram derrubados; o povo continuava a oferecer sacrifícios e a queimar incenso neles" (2 Reis. 12:3).
Em sua tentativa de preservar a adoração de Yahweh, os samaritanos também fizeram sua própria versão editada do Pentateuco (os Cinco Livros de Moisés). "De acordo com a sua versão, o Monte Gerizim foi escolhido como o lugar do santuário" (Archaeological Study Bible, 1727), uma flagrante violação do mandamento posterior do Senhor (em Deuteronômio 27:4-8) de construir um altar sobre o Monte Ebal. Na verdade, isso é só um exemplo de aproximadamente 6.000 alterações que tentaram fazer em sua versão do Pentateuco (conhecido como o Pentateuco Samaritano).
Em nossa era neotestamentária, todos os crentes são o templo do Espírito Santo, e vivemos sob a graça, não sob a lei. Mesmo assim, continua sendo importante adorar juntos como uma comunidade de fé, a fim de preservar a ortodoxia da nossa fé bíblica. Quando uma pessoa deixa sua comunidade de fé, não pode ser ignorado o perigo de não ter ninguém a quem render contas, pois muitas vezes isso propicia a formação de seitas e o desenvolvimento de heresias. Um bom exemplo disso é Joseph Smith, o fundador do mormonismo.
Ao lermos todas as ordenanças e regulamentos no livro de Levítico, muitas vezes é fácil pensar neles como simples rituais e leis, sem perceber que além de refletirem a santidade de Deus, eles também nos mostram que a santidade não deve ser vivida como se fosse apenas um simples ritual, mas que deve se concretizar nos relacionamentos, tanto entre o povo e o Senhor, quanto entre os membros do próprio povo. Essa é a ênfase neste capítulo, cujo tema é a pureza e a santidade dos relacionamentos interpessoais, principalmente aqueles dentro da própria família. Uma vez que o capítulo 20 basicamente repete muitas das mesmas instruções (mas foca o castigo), estudaremos os dois capítulos juntos, na medida em que eles tratarem do mesmo assunto:
Vv. 1-5 e 24-30—Instruções para não seguir as práticas pagãs:
(1) Quanto você sabe sobre a adoração pagã dos egípcios e dos cananeus? (Para ter uma ideia, você talvez queira ler Sl. 106:34-48 e Ez. 20:7-8.)
(2) Que razão o Senhor dá (vv. 24-25) para fazer a terra “vomitar” os cananeus?
(3) Como isso serve de advertência aos israelitas? (Este trecho repete sete vezes o fato de que os israelitas não deviam ser como as outras nações!)
(4) O que significa a frase "o homem que os praticar [os decretos e ordenanças] viverá por eles"? (v. 5; vide também Romanos 10:5)
vv. 6-18—Pureza sexual na família (os parentes próximos):
Cap. | A pessoa cuja nudez é "descoberta" | A razão | Cap. 20 | O castigo |
7 | A própria mãe | Desonra o pai. | - | |
8 | A mulher do pai | Desonra o pai. | 11 | Ambos são condenados à morte; seu sangue é sobre eles. |
9 | Sua irmã ou a filha de sua mãe | É um ato vergonhoso. Deshonra a irmã. | 17 | Ambos serão eliminados publicamente (um casamento formal). |
10 | A filha do próprio filho | Desonraria você. | - | |
11 | A filha da mulher do pai, gerada pelo pai | vide v. 9 acima | - | |
12 | Sua tia (irmã do pai) | É parente próxima do pai. | 19 | Inclui a irmã da mãe; ambos levarão a sua iniquidade. |
13 | Sua tia (irmã da mãe) | É parente próxima da mãe. | 19 | Vide acima |
14 | A esposa do irmão do pai | Deshonra o tio (irmão do pai). | 20 | Morrerão sem filhos. |
15 | Sua nora | Ela é mulher do seu filho. | 12 | Ambos morrerão; seu sangue é sobre eles. |
16 | A mulher do irmão | Deshonra o irmão. | 21 | Comete impureza, Ficarão sem filhos (um casamento formal). |
17 | Uma mulher e sua filha ou neta | É maldade. | 14 | Todos serão queimados para que não haja perversidade entre o povo. |
18 | Tomar como esposa a irmã da esposa | Não deve ser feito estando a sua mulher ainda viva. | - |
(5) Embora o capítulo 20 não especifique o castigo de alguns dos atos perversos mencionados acima, 18:29 diz o seguinte: “Todo aquele que fizer alguma destas abominações, aqueles que assim procederem serão eliminados do meio do seu povo”.
a. Como estas instruções nos dão uma noção de como era a sociedade cananéia daquela época?
b. O que essas instruções poderiam contribuir para nossa sociedade atual, além de garantir uma família estável e uma sociedade estável?
c. Você acha que os castigos estabelecidos são demasiado severos? Por que ou por que não?
(6) Você consegue contar o número de vezes que as frases “Eu sou o Senhor” e “Eu sou o Senhor, o Deus de vocês” aparecem neste capítulo?
(7) Qual é o objetivo destas ênfases, especialmente à luz das proibições estritas que são estabelecidas ao longo do capítulo?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em em sua vida?
“Obedeçam aos meus decretos e ordenanças, pois o homem que os praticar viverá por eles." (NVI-PT) (Levítico 18:5)
Em Levítico 18, quando Deus pronuncia seus decretos para proibir o incesto e outros tipos de perversão sexual, Ele lembra aos israelitas repetidamente ao longo do capítulo que “Eu sou o Senhor, o Deus de vocês”.
Sabemos que o fato de Ele repetir o Seu nome "o Senhor, Jeová" é importante, pois (como já sabemos) se trata do mesmo nome pelo qual Ele se apresentou a Moisés quando o comissionou para tirar os israelitas do Egito a fim de eles se tornarem o Seu Povo Escolhido (Êxodo 3:14). Este nome faz uma distinção poderosa entre Ele e qualquer dos deuses do Egito e Canaã, ou de qualquer outra parte da terra. Seu nome é "EU SOU O QUE SOU". Em outras palavras, todas as outras coisas que existem derivam sua existência dEle, enquanto Ele existe por Si mesmo, sem precisar usar como ponto de referência nenhuma coisa ou pessoa. Só ele é o Deus Criador!
Por meio da repetição de Seu nome ao estabelecer estes importantes decretos que proíbem o incesto e outras perversões sexuais, Deus sinalizou aos israelitas não só que eles deviam ser diferentes e separados de todas as outras nações, mas também que deviam reconhecer claramente que Ele é o único que cria a vida. Portanto, todas as atividades sexuais relacionadas à procriação da vida devem estar em total sintonia com Seus desejos e propósitos; nunca devem ser usadas para devassidão.
Era igualmente importante que os israelitas recordassem que Ele era o seu Deus; portanto, eles deviam obedecer aos Seus decretos, os quais eram, em última análise, para o seu próprio bem. Por esta razão, embora esses decretos que governavam a conduta sexual acarretassem sérias ameaças e consequências, eles também incluíam uma grande promessa: “o homem que os praticar [os decretos e ordenanças] viverá por eles” (18:5).
Concordo com Calvino que isso não se trata de uma promessa terrena, mas aponta para a vida eterna. Claro, também não se tratava de uma espécie de salvação pelas obras, mas apontava para o fato de que ter o Senhor como seu Deus realmente significava a vida eterna, contanto que eles guardassem todos os Seus decretos. O problema, claro, não é que os decretos de Deus sejam insuficientes, mas que o ser humano é incapaz de cumprir todos eles. Como resultado, todos os decretos de Deus nos levam a Cristo, e nossa fé nEle nos dá a vida eterna. (vide Calvino, III, 202-205)
Além de repetir a proibição de incesto e das relações sexuais com os parentes próximos, o capítulo 18 também aborda outros tipos de perversão sexual:
Vv. 19-23—Outros tipos de perversão sexual
Cap. | A pessoa ou coisa cuja nudez é "descoberta" | A razão | Cap. 20 | O castigo |
19 | Uma mulher durante seu período menstrual | Expor a fonte de seu sangue. | 18 | Ambos serão eliminados do meio do povo. |
20 | A mulher do próximo | Você se contamina. | 10 | Ambos serão executados. |
21 | Entregar os filhos para serem sacrificados a Moloque | Profana o nome de Deus. | 1-5 | Mais elaborado, vide abaixo |
22 | Outro homem | É uma abominação. | 13 | Ambos serão executados; seu sangue é sobre eles. |
23 | Um animal | Você se contamina com ele; é depravação. | 15-16 | O animal será morto; o homem ou a mulher será executado. Seu sangue é sobre eles. |
(1) Por que o ato de ter relações sexuais com uma mulher (provavelmente uma referência à própria esposa) durante a menstruação acarretava um castigo tão severo para ambos parceiros, a saber, a morte?
(2) O v. 22 aborda claramente o comportamento homossexual:
a.Qual é a razão dada da proibição?
b. Mais de 1.500 anos mais tarde, o apóstolo Paulo abordou esse mesmo assunto. Vide Romanos 1:26-27: o que o apóstolo pensava sobre o comportamento homossexual?
c. Ao longo dos 1.500 anos anteriores, o mundo tinha experimentado mudanças profundas em comparação com o que era na época do Antigo Oriente (quando o livro de Levítico foi escrito). Paulo viveu numa época muito mais civilizada, cuja sociedade era governada pela ordem pública sob os romanos e dominada pela grandiosa filosofia grega. Mas apesar dessas mudanças de época e cultura, o apóstolo Paulo ainda defendia os antigos decretos de Levítico. Por quê?
20:1-5—Os sacrifícios humanos
(3) Qual pode ter sido a lógica por trás da prática do sacrifício humano?
(4) Por que este pecado, se fosse praticado pelos israelitas ou pelos estrangeiros que moravam entre eles, contaminaria “o meu santuário ... profanando o meu santo nome [o nome de Deus]”?
(5) Por que os membros da comunidade fariam vista grossa para um pecado tão horrível?
(6) Existe algum pecado análogo a este em nossa sociedade atual?
Outras proibições:
(7) Os vv. 20:6 e 27—Os médiuns e espíritas
a. Por que era um pecado tão grave ser médium ou espírita?
b. Por que as pessoas recorrem aos médiuns ou espíritas ?
c. Por que isso também é um pecado tão grave?
(8) 20:9—Honrar o pai e a mãe—O quinto mandamento é “o primeiro mandamento com promessa” (Efésios 6:2)
a. O que levaria uma pessoa a amaldiçoar seu pai ou sua mãe?
b. Por que o castigo era tão severo?
(9) 20:7-8, 22-26—Santificar-se e ser santos—Todo o corpo da lei pode ser resumido nos vv. 7-8.
a. Quão importante era para o povo separar-se dos costumes das outras nações para que pudesse se santificar e ser santo?
b. Qual seria a consequência de não fazer isso?
c. Como a história mostra a veracidade dessa advertência de Deus?
d. Quão importante era a distinção feita entre criaturas limpas e impuras para o povo poder ser santificado e santo?
e. Que lição (ou lições) podemos aprender com essas instruções a respeito da nossa própria consagração ao Senhor?
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em em sua vida?
“Obedeçam a todos os meus decretos e leis e pratiquem-nos, para que a terra para onde os estou levando para nela habitarem não os vomite. Não sigam os costumes dos povos..." (NVI-PT) (Levítico 20:22-23)
Às vezes eu me perguntava por que Deus mostrou tanto favoritismo ao transplantar o povo de Israel para a terra de Canaã às custas de desalojar tantos cananeus nativos. Os capítulos 18 e 20 de Levítico nos dão a resposta.
Ao instruir o povo de Israel a não cometer incesto, nem se entregar a todos os tipos de perversões sexuais, incluindo relações sexuais com animais (18:23) e entre pessoas do mesmo sexo (18:22), nem fazer sacrifícios a Moloque, o Senhor salienta claramente que “todas estas abominações foram praticadas pelos que habitaram essa terra antes de vocês; por isso a terra ficou contaminada” (18:27); além disso, "até a terra ficou contaminada; e eu castiguei a sua iniqüidade, e a terra vomitou os seus habitantes" (18:25).
Em outras palavras, não se trata de um caso de favoritismo por parte do Senhor. Os habitantes de Canaã tinham cometido "todas estas abominações" detestáveis a ponto de a terra não poder tolerá-las, e por isso os vomitou. No entanto, o Senhor também advertiu os israelitas a não seguirem os costumes das nações. Caso contrário, “a terra, ela os vomitará, como vomitou os povos que ali estavam antes de vocês” (18:28). A história dá testemunho da verdade da Palavra de Deus—Israel também foi vomitado de sua terra!
Entre os capítulos 18 e 20, os quais tratam principalmente da proibição de relações sexuais pervertidas, o Senhor fala por meio de Moisés a "a toda a congregação dos filhos de Israel". Embora esta seção pareça ser uma coleção desorganizada de numerosas e diversas regras e regulamentos, alguns dos quais são repetições de decretos que já tinham sido anunciados, como um todo ela expressa o que uma comunidade piedosa devia ser:
Vv. 3-8—Deveres religiosos—Amar ao Senhor teu Deus:
(1) Os seguintes mandamentos, dados originalmente em Êxodo 20, são repetidos:
a. O quinto mandamento: honrar os pais (v. 3)
b. O quarto mandamento: guardar o sábado (v. 3)
c. O primeiro e o segundo mandamentos: adorar somente ao Senhor, sem adoração de ídolos (v. 4)
(Observe que o terceiro mandamento, que proíbe o uso inapropriado do nome de Deus, é repetido no v. 12)
Por que esses mandamentos são repetidos neste trecho, e qual a importância fato de ele começar com o quinto mandamento (honrar os pais), mencionando-o junto com os mandamentos que regem a adoração do Senhor?
(2) Como é enfatizada a oferta de paz/sacrifício de comunhão? Por que desobedecer estes sacrifícios equivale a profanar o santo e acarreta o castigo de ser eliminado do povo?
Vv. 9-18—Amar o próximo como a si mesmo
(3) Que mensagem é transmitida pelos mandamentos dados nos vv. 9-10? Quão importante é esta mensagem para nós hoje? Como podemos aplicá-lo?
(4) Que mensagem é transmitida pelo mandamento dado no v. 13b? Como podemos aplicá-lo hoje?
(5) Como o v. 14 reflete o cuidado de Deus para com os deficientes físicos?
(6) Como o v. 15 define a verdadeira justiça?
(7) Quais dos mandamentos desta categoria são os mais difíceis de obedecer? Por quê?
Vv. 19-35—A vida ética em situações cotidianas
(8) O v. 19 aborda a proibição do acasalamento de animais mistos, da plantação de sementes mistas e do uso de materiais mistos para fazer vestimentas. Qual poderia ser a lógica por trás dessas proibições?
(9) Apesar de a lei do VT reconhecer a realidade da escravidão, ela nunca a tolera. Como as disposições nos vv. 20-22 serviam para garantir que uma escrava noiva, mas não livre, recebesse um tratamento justo?
(10) Qual é a mensagem por trás do mandamento nos vv. 23-25? Além da obediência, qual seria a virtude de guardar esse mandamento?
(11) O propósito dos mandamentos relacionados com a prática de adivinhação, o corte de cabelo, os cortes feitos no corpo, as tatuagens e a prática de consultar os médiuns (vv. 26-28, 31) provavelmente era impedir que os israelitas imitassem os costumes dos cananeus: Quais dessas práticas também estava associada com um perigo prático?
(12) Os outros mandamentos ou proibições abordam a prostituição da própria filha, o respeito aos mais velhos, os maus-tratos aos estrangeiros e a desonestidade nos negócios (vv. 29, 31-36). Como esses mandamentos teriam contribuído para a consagração do povo ao Senhor?
(13) Este último trecho menciona o sábado novamente. Por quê?
(14) Embora muitos dos mandamentos mencionados neste capítulo acarretavam castigos severos, este trecho praticamente não menciona nenhum castigo. Qual poderia ser a razão?
(15) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la à em sua vida?
“Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: 'Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo'.” (NVI-PT) (Levítico 19:2)
É bem difícil categorizar os regulamentos dados pelo Senhor no capítulo 19; parecem ser uma coletânea de diversos mandamentos, muitos dos quais já foram mencionados. No entanto, esses regulamentos se destacam por serem dirigidos especificamente a “toda a congregação” de Israel. Em certo sentido, eles representam um resumo daquilo que deve ser uma comunidade ideal que pertence ao Senhor — a vida cotidiana de um povo santo que deve ser marcada pelas seguintes práticas:
1. Amar o Senhor com todo o ser:
É por isso que os vv. 3-4 repetem os primeiros mandamentos de Êxodo 20 numa linguagem simples (mencionando o terceiro mandamento no v. 12, no contexto de amar o próximo). Um detalhe notável é o fato de o mandamento no topo da lista ser o de honrar os pais (ou seja, o quinto mandamento). Isso enfatiza a importância de concretizar a nossa honra e temor ao Senhor através do amor que mostramos aos pais que Deus usou para nos dar a vida, não só num contexto ritual.
2. Amar o próximo como a nós mesmos:
Isso claramente completa os dois grandes mandamentos estabelecidos por Jesus em Mateus 22:37-40. No entanto, além da esperada repetição do sexto ao décimo mandamentos, o texto destaca os seguintes "próximos", uma vez que eles são os que com frequência são esquecidos:
a. O pobre e o estrangeiro:
Era para o benefício destes que era proibido colher tudo nos campos, sendo obrigatório deixar um pouco de propósito (vv. 9-10) — que lição importante para nós, ainda hoje!
b. O diarista:
O mandamento de não reter o pagamento do diarista até o dia seguinte é muito relevante para nós — aqueles de nós que somos chefes devem tomar nota dele.
c. O escravo:
Embora as disposições nos vv. 20-22 pareçam tratar injustamente a escrava, na realidade elas lhe concedem direitos muito superiores àquelas que havia nas nações vizinhas da época; essas leis serviam para expor publicamente o pecado do proprietário (de acordo com Levítico 6, um quinto da indenização seria pago ao noivo da escrava).
d. Os deficientes físicos:
Embora os surdos não possam ouvir as nossas maldições, e os cegos não possam ver a pedra de tropeço que colocamos no seu caminho, Deus as vê e ouve, e Ele é defensor do surdo e cego.
Outra característica que se destaca nessas instruções é o fato de elas abordarem questões que vão além da superfície e tratam do coração, de forma semelhante ao que Jesus faz no Sermão da Montanha (Mateus 5), onde as pessoas são instruídas a não aborrecer "a teu irmão no teu coração” (v. 17).
3. Comportar-se eticamente:
Uma sociedade piedosa é forçosamente marcada por um tratamento honesto e justo de todos, como vemos nos seguintes exemplos:
a. Balanças honestas deviam ser usadas nas transações (v. 35).
b. A justiça devia ser feita, independentemente do status social da pessoa (v. 15).
c. Em vez de ser ganancioso nos negócios, o povo devia confiar no Senhor para sua prosperidade (vv. 23-25).
4. Manter-se separado do mundo:
O propósito dos outros regulamentos neste capítulo era separar um povo piedoso das nações vizinhas, com a repetição dos seguintes elementos:
a. A lei alimentar—principalmente, a proibição de comer carne com o sangue (v. 26)
b. Qualquer coisa que tivesse a ver com a adoração a espíritos, incluindo a adivinhação, o corte de cabelo, a prática de fazer cortes no corpo, as tatuagens e os médiuns.
c. A prostituição, que muitas vezes era ligada aos cultos pagãos.
Depois de abordar os mandamentos que regem a santidade do povo nos capítulos anteriores, o texto agora volta sua atenção para os sacerdotes. Você deve ter notado que deles era exigido um padrão mais elevado.
Vv. 1-15—A proibição de ser contaminado pela morte ou pelo casamento
(1) Os regulamentos estabelecidos acima proibiam qualquer contato com cadáveres, uma proibição cuja violação obviamente tornaria um sacerdote impuro e não apto para o serviço no Santuário (5:3; 10:1-7).
a.Que exceções eram feitas para os sacerdotes (comuns) nos vv. 1-4?
b. Por que essas exceções não se aplicavam aos sumos sacerdotes (vv. 10-12)?
c. Os requisitos para o sumo sacerdote eram demasiado severos? Por que ou por que não?
d. Que mensagem essas regras transmitiam?
(2) Os vv. 5-6 são uma repetição (desta vez dirigida aos sacerdotes) do que já havia sido estabelecido para os leigos em 19:27-28. Que razão adicional é dada para explicar a importância de o sacerdote observar esses regulamentos?
(3) Proibições relativas ao casamento:
a. Que proibições são estabelecidas nos vv. 7-8 para os sacerdotes (comuns) com relação ao casamento?
b. Qual é o padrão mais elevado imposto ao sumo sacerdote com respeito ao casamento (vv. 13-15)?
c. Essas regras são demasiado rígidas? Por que ou por que não?
d. Que razão é apresentada em cada um dos casos?
(4) Quais são as palavras finais deste trecho (v. 15)?
Vv. 16-24—Defeitos físicos
(5) O que é classificado como defeito?
(6) Deus pratica discriminação neste trecho?
(7) Como Deus garantiu que esses sacerdotes deficientes fossem cuidados?
(8) Qual é a razão dada no texto?
(9) O que esta proibição nos ensina sobre a santidade de Deus e sobre a condição que nos é exigida para podermos servi-Lo?
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la à em sua vida?
“O pão do seu Deus, das santidades de santidades e das coisas santas, poderá comer.” (NVI-PT) (Lev. 21:22)
Ao ler o mandamento que proíbe os sacerdotes com defeitos de se chegaram "a oferecer o pão do seu Deus" (21:17), podemos ficar com a impressão de que Deus era injusto com aqueles que tinham defeitos físicos. No entanto, precisamos entender o seguinte:
(1) “Porque Deus rejeitava tudo o que estava defeituoso ou mutilado, para que os israelitas soubessem que nenhum sacrifício que não fosse totalmente perfeito seria suficiente para fazer expiação pelo pecado; o mesmo era exigido (justamente) dos sacerdotes, que não podiam ser mediadores entre Deus e os homens se eles mesmos não estivessem livres de toda mancha” (Calvino, 239). Este é um símbolo importante que, em última análise, aponta para a perfeição de Cristo, em quem a expiação perfeita se tornou possível por meio dEle, que é ao mesmo tempo o sacrifício e o Sumo Sacerdote.
(2) A proibição só se aplicava ao ministério de chegar "a oferecer o pão do seu Deus" (ou seja, à participação direta na apresentação do sacrifício), mas não aos outros deveres dos sacerdotes.
(3) Afirma-se claramente que ele podia comer não só o alimento sagrado, mas também "o pão do seu Deus, das santidades de santidades" (21:22). Assim, Deus garantiu não só que ele recebesse provisão, mas também que fosse aceito diante dEle como qualquer outro sacerdote; seu relacionamento com Ele permanecia inalterada — Ele continuava sendo “seu Deus”.
Talvez a lição a ser aprendida, além do importante símbolo de perfeição que, em última análise, aponta para Cristo como nosso perfeito Sumo Sacerdote e sacrifício, é que o que realmente importa é o nosso relacionamento com Deus. Como me disse certa vez um velho e fiel servo de Deus: "A questão de teremos ou não a oportunidade de servir é, em última análise, vaidade!"
Vv. 1-9—O Sacerdote Imundo e o Alimento Sagrado
(1) Por que Jeová teve que advertir Arão e seus filhos para que tratassem as ofertas como coisas sagradas e ter uma atitude de respeito ao manuseá-los? (22:2)
(2) Qual era o castigo para quem se aproximava para servir enquanto estava cerimonialmente impuro? (v. 3)
(3) Que tipos de impurezas cerimoniais são destacadas nos vv. 4-6?
(4) Leia 1 Samuel 2:12-17 para ver um exemplo de como alguns sacerdotes tratavam as ofertas sagradas com desprezo.
(5) Que lições podemos aprender dessas disposições?
Vv. 10-16—Quem podia comer o alimento sagrado?
(6) Quem não podia comer as ofertas sagradas?
(7) Por que o Senhor teve que incluir tantos detalhes, inclusive em relação às filhas dos sacerdotes?
(8) Como Deus encerrou esta parte das instruções?
Vv. 17-25—Sacrifícios defeituosos
(9) Os animais defeituosos já foram mencionados nos capítulos 1-4; esta seção inclui uma lista detalhada dos tipos de defeitos que os sacerdotes deviam procurar e deixa claro que a responsabilidade de não aceitar tais animais das mãos dos ofertantes era deles (v. 25). Que lição (ou lições) podemos aprender dessas instruções sobre as ofertas ou serviços que aceitamos da congregação?
Vv. 26-33—O tratamento respeitoso dos animais usados em sacrifícios
(10) Que princípio subjaz às instruções dadas nos vv. 27-28?
(11) Qual é a mensagem para nós hoje?
(12) A instrução nos vv. 29-30 é uma repetição de 7:15. Por que isso é enfatizado tanto?
(13) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la à em sua vida?
“Quando nascer o boi, ou cordeiro, ou cabra, sete dias estará debaixo de sua mãe; depois, desde o dia oitavo em diante, será aceito por oferta queimada ao Senhor.” (NVI-PT) (Levítico 22:27)
“As escrituras dizem o seguinte: 'Pelo menos permita o bezerro ficar ao lado da mãe durante os primeiros sete dias'. Porque se nada acontece sem razão, e se o leite flui das mães para sustentar seus filhotes, quem separa os filhotes do suprimento providencial de leite viola a natureza. Assim, os gregos, e qualquer outro que infrinja a lei, deveriam se envergonhar de que a lei seja tão generosa com os animais irracionais. No entanto, algumas pessoas até expõem seus filhos humanos aos elementos para produzir uma morte abortiva. Por autoridade profética, a lei por muito tempo limitou sua ferocidade por meio desse mandamento sobre o qual falamos. Porque se a lei não permite que nem os filhotes de animais irracionais sejam separados de suas mães antes de eles beberem leite, é muito mais contundente para instruir os seres humanos contra essa mentalidade cruel e incivilizada (a morte de bebês por exposição). Mesmo que ignorem a natureza, pelo menos não devem ignorar as lições da lei."
(Clemente de Alexandria e seu uso de Fílon nos Stromateis, 2.92.2-4, citado em ACMOC, III, 193)