Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Números no Velho Testamento.
23:1-12—A primeira maldição "transformada em bênção"
(1) Qual foi o propósito da construção dos sete altares e da oferta de sacrifícios? Deus nunca teria aceitado as ofertas feitas por “Balaque e Balaão”.
(2) Deus poderia ter feito vista grossa para tudo isso; afinal, só Ele podia determinar o destino de Israel. Por que Ele interveio, obrigando Balaão a abençoar Israel na presença de Balaque?
(3) Como Balaão descreveu o caráter único do povo de Israel?
(4) Deus exige que Seu povo hoje (isto é, a Igreja) tenha o mesmo caráter único?
(5) Você acha que Balaão teria dito algo assim por sua própria vontade?
23:13-26—A segunda maldição "transformada em bênção"
(6) Por que Balaque não se rendeu? Por que ele não matou Balaão?
(7) Que lugar ele escolheu desta vez? Por quê?
(8) Balaque acreditava que o Senhor tinha algo a ver com esses eventos?
(9) Uma vez que Balaão já sabia com certeza o que Deus faria, por que ele permitiu que tudo continuasse e foi consultar a Jeová novamente?
(10) Com base nessas palavras que Deus colocou na boca de Balaão, reflita sobre as seguintes perguntas:
a. O que Balaque aprendeu sobre Deus e Seu caráter?
b. Que bênçãos foram outorgadas a Israel?
c. O que Balaque aprendeu sobre a história recente do êxodo de Israel?
d. O que ele aprendeu sobre o futuro de Israel?
(11) Qual foi a resposta de Balaque às palavras de bênção de Balaão?
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso pronunciar ameaças contra quem o Senhor não quis ameaçar?" (NVI-PT) (Números 23:8)
Se julgássemos Balaão com base somente em suas palavras, pensaríamos que ele foi uma pessoa que temia a Deus, talvez um servo de Deus que só dizia e fazia o que Ele mandava. Em outras palavras, pensaríamos que ele era um servo fiel do Senhor.
No entanto, nada poderia estar mais longe da verdade, pois aprendemos mais tarde que foi Balaão quem aconselhou os midianitas a seduzirem os homens de Israel a cometer adultério e adorar ídolos (Nm 31:16).
A realidade é esta: Balaão disse essas palavras não porque quis dizê-las, mas porque “ O Senhor pôs uma mensagem na boca de Balaão e disse: 'Volte a Balaque e dê-lhe essa mensagem'.” (Números 23:5)
É certo que depois de ter dito "essa mensagem" ele acrescentou: "Será que não devo dizer o que o Senhor põe em minha boca?", mostrando que ele realmente não tinha outra opção. Além de não ter a liberdade de não dizer “o que o Senhor põe em minha boca”, ele sabia que o Senhor provavelmente o mataria se não obedecesse. Em outras palavras, o que ele estava dizendo a Balaque era que se tivesse tido outra opção, ele teria amaldiçoado Israel (como Balaque tinha pedido) em vez de abençoá-lo.
Isso serve para nos lembrar de que não devemos julgar uma pessoa com base somente no que ela diz, mas também com base na consistência de seu caráter. Considerarmos (1) os antecedentes de Balaão — ele era um adivinho que ganhava a vida praticando feitiçaria (Nm 24:1), (2) seu contexto atual — ele tinha sido persuadido a amaldiçoar Israel por causa da rica recompensa que receberia, e (3) seu futuro — como já mencionei, mais tarde Balaão aconselharia os midianitas a seduzir os israelitas. Sabemos com base em tudo isso que o que ele disse não foi um reflexo do seu verdadeiro caráter, e que Deus o usou apesar de quem ele era!
A terceira maldição "transformada em bênção"
(1) Por que Balaque pensou que talvez "Deus se agrade" de outro lugar? Balaão não deveria tê-lo informado que era uma perda de tempo? Ou será que Balaão de alguma forma o induziu ou encorajou a fazer isso? (23:27-30)
(2) Embora Balaão tenha conseguido evitar subir sozinho para se encontrar com Deus, talvez na tentativa de impedi-Lo de colocar outra “palavra em sua boca”, o que Deus fez de diferente desta vez? (24:2)
(3) O que Balaão descreve agora não é sua experiência normal como feiticeiro, mas uma experiência extática de ser um profeta de Deus. Com base em sua descrição dessa experiência, o que podemos aprender sobre a experiência dos profetas? (24:3-5)
(4) Os vv. 5-7 descrevem as moradas de Israel:
a. Como seriam no futuro (em comparação com suas atuais moradas no deserto)?
b. Por que ele menciona “água” várias vezes, e como esse elemento torna suas moradas tão belas?
(5) Os v. 8-9 descrevem seu poderio militar:
a. Como seria o povo em comparação com os reis e reinos da região?
b. Que impressão transmite a imagem de um “boi selvagem”?
c. Que impressão transmite a imagem de um “leão” ou de uma “leoa”?
d. Qual é a fonte de seu poder? (v. 8)
e. O que Balaque deveria ter entendido dessa profecia?
(6) O que as últimas palavras desta profecia teriam significado para os israelitas (que mais tarde a teriam ouvido)? (vide Gênesis 12:3; 27:29)
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês." (NVI-PT) (2 Pedro 1:19)
Uma das características mais surpreendentes da Bíblia é o fato de ela ser um livro profético; de acordo com certa estimativas informada, “há mais de 2.000 profecias específicas na Bíblia que já foram cumpridas” (Evangelism Explosion, p.88). É de se perguntar como esses profetas da antiguidade receberam suas profecias. De forma muito interessante, Balaão, um adivinho pagão, experimentou um pouco do que é essa experiência.
Lemos ontem que Balaão tentou contornar a intervenção de Jeová enquanto procurava servir Balaque em vez de servir ao Senhor. Duas vezes, Balaão foi sozinho para se encontrar com Jeová antes de voltar a Balaque, e duas vezes, o Senhor colocou uma mensagem em sua boca; assim, sua única opção foi dizer o que Deus já tinha colocado em sua boca.
Agora, por insistência de Balaque, foram para outro lugar de “maldição”; desta vez, Balaão decidiu não subir ao encontro de Deus como tinha feito nas duas vezes anteriores. Suas intenções são muito claras: ele queria impedir que Deus colocasse palavras em sua boca, para ele poder amaldiçoar Israel como sempre tinha querido fazer (para receber a recompensa de Balaque). Mas ninguém pode fugir da presença de Deus, e Deus escolheu fazer Seu Espírito descer sobre ele, transformando-o num profeta, embora um profeta relutante.
No entanto, esta descrição de sua experiência nos dá uma noção de como foi:
-“O homem de olhos abertos... e de olhos abertos [vê com clareza]”: O significado original da expressão traduzida como “olhos abertos” (v. 3) tem sido muito discutido. Alguns a traduzem com o sentido oposto, "fechados". No entanto, todos concordam que a tradução correta da expressão no v. 4 é “olhos abertos”. Para mim, faz sentido que nem o mais santo dos profetas seria capaz de ver as coisas espirituais sem ter os olhos abertos pelo próprio Deus, e muito menos um vidente pagão como Balaão. Em outras palavras, o que eles viam como parte de sua experiência profética não provinha deles mesmos: eles viam claramente porque Deus abria seus olhos; eles mesmos não inventavam nada.
- “Aquele que ouviu os ditos de Deus”: Os profetas não procuravam interpretar o que viam, por mais claro que fosse. Cada palavra que proununciavam era uma palavra que tinham ouvido diretamente de Deus. Eles eram simples porta-vozes de Deus; portanto, eles não necessariamente entendiam o significado completo das palavras de Deus, mas mesmo assim as repitam.
- “Aquele que vê a visão do Todo-Poderoso”: Muitas vezes os profetas também tinham visões. Embora algumas dessas visões possam parecer míticas e de outro mundo (como as revelações recebidas pelo apóstolo João na ilha de Patmos), elas provinham diretamente do “Todo-Poderoso”. Portanto, não importava quão impossíveis pareciam algumas dessas profecias, e não importava quanto tempo tenha decorrido desde que foram dadas, elas certamente se cumprirão (e muitas delas já se cumpriram) porque a fonte das visões é o Deus Todo-Poderoso.
- “Aquele que cai prostrado”: Nem mesmo um adivinho como Balaão tinha outra opção a não ser prostrar-se diante do Senhor que lhe tinha mostrado ou ditado as profecias.
Essas palavras da boca de um adivinho pagão servem para distinguir ainda mais a Bíblia de todos os chamados livros sagrados de outras religiões. Se ainda duvidamos sobre a confiabilidade da Bíblia, devemos prestar atenção às seguintes palavras do apóstolo Pedro:
“Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês."(NVI-PT) (2 Pedro 1:19)
24:10-14—A ira de Balaque
(1) Era natural que Balaque tenha ficado zangado com Balaão; a verdadeira pergunta é esta: por que Balaque não o matou? Quais teriam sido seus motivos?
(2) Embora Balaão já tivesse ouvido sobre da fama do Senhor (especialmente os eventos do Êxodo), o que ele sabia agora sobre Ele?
24:15-25—As profecias de Balaão contra as nações
(3) Por que Balaão teve que descrever novamente (nos vv. 15-16) como ele tinha recebido as profecias?
(4) Era natural que essas profecias fossem dirigidas contra Moabe e Edom, uma vez que os israelitas estavam acampados dentro (ou perto) de seu território (vv. 17-19):
a. Quem seria Aquele que esmagaria e conquistaria essas duas nações?
b. Por que ele foi comparado com uma estrela e um cetro? (vide Mateus 2:2 e ss.; Apocalipse 22:16; Gênesis 49:10)
(5) As profecias contra Amaleque e os queneus:
a. Em que sentido os amalequitas, um povo nômade, foram os primeiros? (vide Êxodo 17:8 e ss.)
b. Em que sentido os queneus, um povo gentio, estavam seguros? (vide 10:29 e ss., Juízes 1:16, etc.)
c. Quem acabaria destruindo os queneus (aliás, seriam destruídos junto com Israel)? (Assur significa Assíria)
(6) A profecia contra a Assur (Assíria) e Eber (acredita-se que esta palavra seja uma referência a outro povo da região cuja identidade não conhecemos):
a. Quem subjugaria Assur (Assíria)?
b. Por que essa época seria tão alarmante? (v. 23)
(7) Qual é a mensagem geral dessas profecias contra Moabe, Edom, Amaleque, os queneus e a Assur, etc.?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Eu o vejo, mas não agora; eu o avisto, mas não de perto. Uma estrela surgirá de Jacó; um cetro se levantará de Israel.” (NVI-PT) (Números 24:17)
Depois de cumprir sua tarefa de tentar atender ao pedido de Balaque de amaldiçoar Israel, (embora em cada uma das três vezes ele acabasse pronunciando palavras de bênção sobre Israel), Balaão recebeu ainda mais palavras proféticas sobre diversas nações, nas quais foi predita a destruição de Israel e o aparecimento do Messias, a “estrela” e o “cetro" que surgiria de Israel (Nm 24:17). No entanto, alguns estudiosos procuram interpretá-la, não como uma profecia messiânica, mas como uma profecia que se cumpriu em Davi. Gostaria de compartilhar a seguinte reflexão de Timothy Ashley a esse respeito:
“É amplamente reconhecido que as vitórias de Davi sobre Moabe e Edom satisfazem alguns dos elementos mencionados no oráculo (2 Sam. 8:2, 13-14; 1 Reis 11:15-16), e alguns estudiosos não querem olhar mais além de Davi. As convicções teológicas, bem como os métodos críticos, determinarão se se considera que este oráculo foi dado antes ou depois da época de Davi. No entanto, se se considera que Davi cumpriu os requisitos estabelecidos nesta profecia, seu cumprimento foi apenas temporário, pois tanto Moabe quanto Edom recuperaram sua independência e foram reconquistados várias vezes ao longo da história de Israel. O fato de Israel não ter possuído esses inimigos de forma permanente levou os profetas de Israel a falarem de uma futura conquista de ambos povos. Na verdade, estas duas nações podem ser considerados como representativas dos poderes hostis a Javé e seu povo.
“É natural que ao longo do processo mencionado acima esta passagem tenha sido interpretada de forma messiânica. Já no Targum Onkelos , a palavra estrela é traduzida como 'o rei'... e a palavra cetro (v. 17) é traduzida como 'o ungido'... É interessante notar que o pretendente messiânico do início ou meados do século II. d.C. era chamado Bar Kokhba , 'filho da estrela' (cf. v. 17). Em Apocalipse 22:16, o Jesus ressuscitado chama a si mesmo de 'a resplandecente Estrela da Manhã'. A chamada Estrela de Belém (Mt 2:2, 7, 9-10) pode muito bem ter sido baseada na expectativa de que uma estrela literal apontaria o caminho para um cetro (ou seja, um governante, o Messias). Desde os primeiros dias da sinagoga e da igreja, e até hoje, tem havido pessoas que sustentam que esta passagem em última instância se refere ao Messias. É questionável se este texto originalmente foi entendido como uma profecia messiânica, e também se teria sido possível chegar a essa conclusão sem o restante das Escrituras. Ele sem dúvida contém alguns dos primeiros vislumbres de esperança messiânica, embora de maneira muito indireta; e quando é estudado no contexto do cânon inteiro das Escrituras, é possível enxergar um prenúncio da futura vitória de Deus representada mais tarde pela pessoa do Messias."
(NICOT, Números, 503)
(1) Embora Deus tenha intervindo diretamente para proteger os israelitas da maldição dos midianitas e moabitas (através de Balaão), como os israelitas trouxeram maldições sobre si mesmos?
(2) De quem foi essa ideia? (vide Números 31:16)
(3) Você acha que a intenção dos israelitas desde o início foi adorar os ídolos dos moabitas?
(4) Qual foi o primeiro passo em direção a essa adoração descarada de ídolos?
(5) De que pecado a Bíblia os acusa?
(6) O que isso significa?
(7) Como este incidente o ajuda a entender a admoestação do apóstolo Paulo em 2 Coríntios 6:14?
(8) Parece que Deus já tinha começado a infligir uma praga aos culpados quando também deu instruções a Moisés para reunir os líderes e matar os culpados, deixando seus corpos expostos em plena luz do dia:
a. Qual teria sido a razão pela qual toda a assembléia estava chorando na entrada da tenda de reunião?
b. Quão generalizado e flagrante foi esse pecado, conforme evidenciado pelas ações de Zinri, filho de Salu?
c. A ação de Finéias, filho do sumo sacerdote Eleazar:
- Como o Senhor elogiou sua ação? (v. 11)
- Por que sua ação pôs fim à praga? (v. 13)
- Que recompensa sua ação trouxe para ele e seus descendentes?
- Por que Deus o chamou uma "aliança de paz"?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Finéias, filho de Eleazar, neto do sacerdote Arão, desviou a minha ira de sobre os israelitas, pois foi zeloso, com o mesmo zelo que tenho por eles, para que em meu zelo eu não os consumisse.” (NVI-PT) (Números 25:11)
Embora o povo de Moabe e Midiã, devido à intervenção direta de Deus, não tenha conseguido pronunciar uma maldição sobre os israelitas, os próprios israelitas se mostraram muito mais eficazes em amaldiçoar a si mesmos. É inconcebível que o povo ainda estivesse disposto a adorar outros deuses, apesar de todos os milagres que o povo tinha testemunhado no deserto ao longo dos 40 anos anteriores. No entanto, nas palavras do profeta Oséias, a "prostituição, [o] vinho velho e [o] novo, prejudica[m] o discernimento do meu povo" (Oséias 4:11); o povo começou com a imoralidade sexual e terminou se juntando "à adoração a Baal-Peor" (Nm 25:3).
A extensão de sua maldade foi revelada tanto nas ações descaradas de Zinri, que levou uma mulher moabita à sua tenda à vista da assembléia que estava chorando, quanto no fato de a praga ter matado 24.000 dos que tinham cometido esse pecado.
No entanto, Deus achou entre os israelitas uma pessoa tão zelosa quanto Ele mesmo por Sua honra (Nm 25:11). Enquanto os outros juízes (ou líderes) pareciam estar deliberando qual ação tomar, Finéias agiu imediatamente. Embora suas ações parecessem duras, além de serem algo que Jeová já tinha ordenado, foram executadas por Finéias em sua qualidade de sacerdote. Ele entendia não só o zelo de Deus por Sua honra, mas também o coração misericordioso de Deus. O ato de matar os dois ofensores foi o equivalente a fazer um sacrifício pelo pecado para expiar os pecados de todo o povo; foi por isso que a praga cessou imediatamente.
Não é de surpreender que Deus tenha feito uma aliança perpétua de paz com ele, pois em sua essência, as palavras de louvor de Deus são um agradecimento a Finéias por suas ações, o resultado das quais foi que "em meu zelo eu não os consumisse" (Nm 25:11). Apesar da grande ira de Deus contra aqueles de Seu povo que tinham se afastado dEle para adorar ídolos, Ele ainda esteve disposto a perdoá-los quando um do povo ofereceu um sacrifício intercessor.
Cirilo de Jerusalém (ca. 313-386) disse o seguinte sobre a ação de Finéias:
“Se Finéias deteve a ira de Deus quando ficou cheio de zelo e matou o malfeitor, porventura Jesus, que não matou outro, mas 'se entregou a si mesmo como resgate por todos' (1 Tm 2:6), não desviaria a ira que é contra a humanidade?"
(Cath. Lecture, XIII, 2, NPNF, 7, 82)
Apesar de este capítulo ser bastante longo, a maioria dos versículos (dos vv. 5-50) contém detalhes do censo das doze tribos, mais o censo dos levitas (dos vv. 57-62).
26:1-4—A ordem de fazer um censo: É útil comparar este censo com o primeiro, mencionado em 1:1-4.
(1) Quanto tempo tinha passado desde o censo anterior?
(2) Qual foi a diferença com relação ao lugar onde foi realizado?
(3) Qual foi o propósito dos dois censos?
(4) De acordo com 26:52-56, qual era um propósito adicional deste segundo censo?
(5) Embora os critérios para ambos censos pareçam ser os mesmos, que diferença houve quanto às pessoas que foram contadas? (vide 26:65)
(6) Arão já estava morto; portanto, Moisés realizou este censo com Eleazar, filho de Arão. Como Moisés teria se sentido sobre este censo?
26:5-50—O censo das doze tribos: Embora os detalhes de cada clã possam não ser tão importantes para nós, compare os números deste censo com os do primeiro censo:
O primeiro censo O segundo censo
Rúben 46.500 ________
Simeão 59.300 ________
Gade 45.650 ________
Judá 74.600 ________
Issacar 54.400 ________
Zebulom 57.400 ________
Efraim 40.500 ________
Manassés 32.200 ________
Benjamim 35.400 ________
Dã 62.700 ________
Aser 41.500 ________
Naftali 53.400 ________
Total 603.550 ________
(7) Qual tribo tinha sofrido a maior perda durante os 40 anos anteriores? Qual pode ter sido o motivo? (vide Números 25:14; Gênesis 49:5-7)
(8) Qual tribo ainda era a mais populosa? (vide Gênesis 49:8-12)
(9) Como a contagem final se compara à do primeiro censo? Houve alguma mensagem de Deus nisso?
(10) No primeiro censo, o Senhor tinha ordenado a Moisés que não contasse os levitas (Nm 1:49; 2:33). Qual tinha sido a razão para não contar os levitas no censo original, e por que eles foram contados no segundo censo?
(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Cada herança será distribuída por sorteio entre os clãs maiores e os menores." (NVI-PT) (Números 26:56)
O objetivo adicional deste segundo censo, que foi realizado quando o povo finalmente estava prestes a entrar na Terra Prometida, era fornecer as informações necessárias para fazer uma distribuição justa da terra, conforme o tamanho de cada família. No entanto, pode-se perguntar por que Deus escolheu determinar sua distribuição "por sorteio". Será que isso não significa que o resultado seria "aleatório"? Gostaria de compartilhar a seguinte reflexão de Procópio de Gaza (ca. 465-528 d.C.) sobre este tema:
“Foi realizado um sorteio para evitar disputas e garantir maior certeza e clareza. A fonte dessa regra foi o conselho de Deus. Os homens piedosos não confiam seus negócios ao acaso. É isso que Paulo quer dizer quando diz: 'Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade' (NVI-PT) (Efésios 1:11-12). Quando usamos sorteios, manifestamos a graça, uma vez que são realizados pela palavra de Deus, de acordo com a fé. É isso que os apóstolos sugerem quando dizem: 'Senhor, tu conheces o coração de todos. Mostra-nos qual destes dois tens escolhido' (Atos 1:24). Portanto, fica claro que o sorteio não acontece por acaso, mas pelo poder da vontade de Deus. Portanto, o que as Escrituras dizem agora (quer dizer, o resultado do sorteio), elas dizem conforme a escolha de Deus por meio do sorteio, e não conforme o acaso…”
(ACMS, III, 253-4)
O ponto mais importante é que "a fonte desta regra é o conselho de Deus"; por isso vemos que cada vez que foi feito um sorteio no VT, foi feito por mandamento directo do Senhor (veja, por ejemplo, Jos. 14 e ss.); caso contrário, não teria passaria de um ato presunçoso por parte de os homens.
(1) Com base nas palavras dessas mulheres, o que podemos deduzir sobre o que o povo de Israel entendia sobre a morte de seus pais no deserto? (v. 3)
(2) Quais lacunas havia no mandamento existente do Senhor em relação à distribuição da terra em Canaã?
(3) O que isso nos ensina sobre como as leis de Deus na Bíblia devem ser entendidas e praticadas? (vide a Nota abaixo)
(4) As mulheres tiveram razão ao apresentar seu pedido a Moisés? Por que ou por que não?
(5) Como Moisés atendeu ao seu pedido?
a. Ele simplesmente as mandou embora porque seu pedido parecia violar a letra do mandamento de Deus?
b. Ele considerou que seu pedido era razoável, mas sem querer impor sua própria vontade?
(6) Qual foi a resposta de Deus, e como Ele revelou Seu caráter?
(7) Você tem algum conhecimento sobre as leis no seu país que regem a transferência de propriedade no caso de alguém morrer ab intestato (ou seja, sem testamento)? Como o nosso código legal moderno foi influenciado por este mandamento do Senhor?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
O propósito dos mandamentos de Deus não era abordar todas as situações que pudessem surgir, mas estabelecer o princípio geral da vontade de Deus.
“As filhas de Zelofeade têm razão. Você lhes dará propriedade como herança entre os parentes do pai delas, e lhes passará a herança do pai.” (NVI-PT) (Números 27:7)
À primeira vista, os mandamentos do Senhor sobre a distribuição da terra parecem ter algumas lacunas, e pode-se até perguntar por que Deus não tinha previsto a situação das filhas de Zelofeade. Além da preocupação dessas mulheres com a possibilidade de o nome de seu pai "desaparecer" do clã (27:4), elas também poderiam até ter enfrentado dificuldades financeiras na Terra Prometida.
Mas a realidade é esta: o propósito dos mandamentos do Senhor é estabelecer princípios gerais que reflitam o caráter do Senhor. Às vezes eles abordam situações específicas, mas outras vezes eles só dão uma orientação geral. Enfrentamos uma situação muito semelhante a isso atualmente. Algumas pessoas já perguntaram: "Onde a Bíblia ensina contra o jogo?" É certo que a Bíblia nunca menciona os jogos de azar; no entanto, ela condena a ganância e o desejo de enriquecer rapidamente (Prov. 15:27; 28:20,22; 1 Tim. 6:9-11). Ela também nos ensina que devemos ser bons mordomos do que Deus nos tem confiado (1 Pedro 4:10). É óbvio que esses ensinamentos nos dão um princípio muito sólido para decidir se é certo jogar ou não.
A questão não era tanto que Deus não tivesse pensado na possibilidade de surgir uma situação como a dessas mulheres, mas que Ele lhes deu a oportunidade de conhecer não só Sua justiça, mas também Seu cuidado personalizado. Deve ter sido um momento muito emocionante para elas ouvir Deus dizer "vocês têm razão".
À luz dos costumes do Antigo Oriente, "não se deve inferir que as filhas sempre recebiam uma herança, nem que era normal que lhes fosse dada uma herança" (NICOT, Números, 53). Resultou-se que o Senhor usou a situação como uma oportunidade para dar instruções ainda mais abrangentes sobre a herança, cujos princípios são refletidos hoje nas leis que regem a transferência de propriedade em muitos países civilizados.
(1) Por que Deus decidiu lembrar Moisés de seu pecado? (v. 14)
(2) Qual foi o veredicto de Deus sobre suas ações com Arão?
(3) Qual é a lição para você?
(4) Qual foi a principal preocupação de Moisés naquele momento? Por quê? (vv. 16-17)
(5) Por que ele chamou o Senhor de "Deus, ... aquele que dá fôlego a todas as criaturas" (NVT), uma expressão usada anteriormente em 16:22?
(6) Ele fez alguma sugestão sobre quem devia ser seu sucessor? Por que ou por que não?
(7) Por que Jeová escolheu Josué? Que características o qualificava para tomar o lugar de Moisés como o próximo líder? (v. 18)
(8) Que aspectos da autoridade de Moisés talvez não seriam transferidos para Josué? (12:6-8)
(9) Por quê?
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Que o Senhor, o Deus que a todos dá vida, designe um homem como líder desta comunidade para conduzi-los em suas batalhas, para que a comunidade do Senhor não seja como ovelhas sem pastor." (NVI-PT) (Números 27:16-17)
Perto do fim da vida de Moisés, o Senhor o lembrou do pecado que ele e Arão tinham cometido, a razão pela qual ele morreria no deserto, sem ter o privilégio de colocar o pé na Terra Prometida. Deve ter sido a ação da vida de Moisés que mais o enchia de remorso.
No entanto, Moisés não sentiu pena de si mesmo, e seu foco nesse momento não foi tentar prolongar sua vida (como Ezequias em Isaías 38:3), nem pedir a Deus que mudasse de ideia; sua preocupação principal era seu rebanho, o povo de Israel. Ele não queria que eles ficassem como ovelhas sem pastor. Por isso, ele implorou ao Senhor que nomeasse alguém como seu substituto.
Mas ao fazer esse pedido, Moisés se dirigiu ao Senhor com a expressão “Ó Deus, tu és aquele que dá fôlego a todas as criaturas” (NVT), o mesmo título que tinha usado quando teve que enfrentar a rebelião de Coré e seus companheiros (16:22). Em outras palavras, quando Moisés pediu a Deus que nomeasse outro líder para o povo, estava bem ciente de quão rebeldes eram essas pessoas, e quão difícil seria a tarefa de seu sucessor. Mas ao se dirigir a Deus dessa maneira, ele sabia que, em última instância, o Deus que nos dá fôlego é o verdadeiro pastor; Ele não só levaria o povo até à Terra Prometida, mas também o sustentaria e guiaria.
Isso é um aviso preciosíssimo para todos nós de que, como servos do Senhor, nosso foco nunca deve estar em nós mesmos, nem mesmo em nossos sucessos ou fracassos, mas no rebanho; e nunca devemos deixar de orar pelo rebanho para que não seja “como ovelhas sem pastor”.