Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 1:1–18

Seguindo o nosso Plano de Leitura da Bíblia, começaremos o quinto ano com a leitura do livro de Deuteronômio no Velho Testamento.

Deuteronômio

Deuteronômio é o último dos cinco livros que compõem o Pentateuco; o nome deste livro em português provém da tradução grega de 17:18, que significa uma repetição ou uma "segunda lei". No entanto, o título original em hebraico é "elleh haddebarim ", as primeiras palavras da primeira linha do livro, cujo significado é "estas são as palavras". Em sentido estrito, Deuteronômio não é uma repetição textual das leis que aparecem nos três livros anteriores, mas uma revisão sincero de algumas dos pontos salientes da lei, dada ao povo enquanto estava reunido nas planícies de Moabe, ao leste do rio Jordão, pronto para entrar na Terra Prometida. No entanto, Moisés não foi autorizado a ir com eles; ele morreria onde estavam reunidos. Além de repetir algumas das leis importantes, Moisés também acrescentou outras que eram mais relevantes para seu contexto imediato (o povo estava prestes a entrar na terra de Canaã). Ele também se dirigiu ao povo para nomear seu sucessor, Josué.

Lutero observa que "a informação relacionada com os sacerdotes e levitas é omitida". Isso quer dizer que não encontramos instruções sobre o santuário, o serviço dos sacerdotes e levitas e as leis sobre os sacrifícios e a purificação. Somente três festas anuais (Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos) são mencionadas brevemente.

O seguinte esboço é útil para refletir sobre os ensinamentos específicos do livro:

1:1 - 5 Introdução

1:6 – 4:43 Palavras de Moisés: Prólogo Histórico

4:44 – 26:19 Palavras de Moisés: A Lei

4:44 – 49 Introdução à Declaração

5:1 – 11:32 Mandamentos Básicos

12:1 – 26:15 Legislação Específica

26:16 – 19 Conclusão da Declaração

27:1 – 29:1 Palavras de Moisés: Bênçãos e Maldições

29:2 – 30:20 Palavras de Moisés: O Encargo Final

31:1 – 34:12 A Morte e Sucessão de Moisés

1:2-5—O contexto

(1) O livro de Números “conta como Israel foi conduzido pelo deserto do Monte Sinai (ou monte Horebe) até chegar à fronteira de Canaã no rio Jordão durante um período que abrange os anos entre o segundo mês do segundo ano após sua partida do Egito até o décimo mês do quadragésimo ano” (K&D, 649):

a. Quando Moisés fez sua proclamação?

b. Onde ele fez isso? (Nota: Hoje é impossível determinar a localização exata de muitos dos lugares mencionados no v. 1; no entanto, sabemos que o termo Arabá [vide a nota na versão NVI] se refere à "região geral da Transjordânia". O v. 5 procura esclarecer a porção da Transjordânia à qual se refere.)

(2) Qual a importância do fato de o texto salientar que antes de eles poderem finalmente chegar a esta fronteira oriental de Canaã, eles tiveram que derrotar o rei Seom e o rei Ogue na região de Moabe? (Leia sobre a derrota dos dois reis em Números 21:21-35.)

1:6-18—Moisés lembra os eventos que tinham acontecido em Horebe (Nesta porção que chamamos de "Prólogo Histórico" (1:6-4:43), Moisés começa seu primeiro discurso relembrando eventos importantes que tinham acontecido durante sua jornada no deserto.)

(3) A ordem para partir de Horebe (vv. 6-8)

a. Que eventos importantes tinham acontecido no Monte Sinai (ou seja, Horebe)? (vide Êxodo 19:1-6; 20:1-7)

b. Naquele momento, o Senhor deu Sua ordem para partir:

  1. Quão grande era o território que o povo devia possuir como sua Terra Prometida? (vide também Gênesis 15:18)
  2. Quanto tempo tinha levado para eles finalmente estarem prontos para entrar na Terra Prometida?
  3. Quanto tempo deveria ter levado? (v. 2)
  4. Por que tinha demorado tanto? (vide Números 13:25-33; 14:33-35)

(4) A nomeação de líderes (vv. 9-18)

a. Que eventos tinham resultado na nomeação de anciãos que compartilhariam a carga de Moisés? (Números 11:11 e ss.)

b. Qual foi a acusação de Moisés contra os líderes? (vv. 16-18)

c. Na sua opinião, por que Moisés mencionou esse evento específico naquele momento diante do povo?

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la à sua vida?

Reflexão meditativa
Aprender da forma difícil

"Em onze dias se vai de Horebe a Cades-Barnéia pelo caminho dos montes de Seir" (NVI-PT) (Deuteronômio 1:2)

É verdade que a duração real do período em que Israel vagou no deserto como castigo foi de 38 anos, e não 40; nesse fato em si há algo que devemos aprender para a nossa interpretação da Bíblia.

Por um lado, o propósito desse longo período de vagar no deserto foi castigar os israelitas por seu pecado de rebelião. O exemplo de Israel no deserto seria usado constantemente ao longo de sua história posterior como uma advertência para o povo nunca mais repetir o mesmo erro.

Por outro lado, com base no fato de que “durante quarenta anos vocês sofrerão a conseqüência dos seus pecados e experimentarão a minha rejeição; cada ano corresponderá a cada um dos quarenta dias em que vocês observaram a terra” (NVI-PT) (Números 14:34), pode-se argumentar que os 40 anos incluiam sua jornada de 2 anos, desde sua partida do Egito até aquele momento, uma vez que Deus tinha antecipado a rebelião do povo contra Ele, e talvez em Sua misericórdia contou esses 2 anos como parte de seu cumprimento.

No entanto, a questão não é tanto se o povo vagou no deserto por exatamente quarenta anos, mas o fato de eles terrem incorrido na ira de Deus e desperdiçado seu tempo (que, aliás, também foi o tempo de Deus), perdendo a oportunidade de ver o cumprimento da maravilhosa promessa de Deus. Esta era precisamente a mensagem que Moisés pretendia transmitir ao povo quando finalmente chegou à fronteira oriental da Terra Prometida depois dos quarenta anos no deserto, uma vez que, assim como o próprio Moisés salientou, eles poderiam ter chegado à fronteira sul da Terra Prometida apenas 11 dias depois de sua partida do Monte Sinai (onde receberam os mandamentos do Senhor e se tornaram uma nação santa que pertencia a Ele - Êxodo 19).

Refletir sobre esta mensagem também me fez suspirar, não tanto pelos israelitas, mas por mim mesmo, já que pareço ter dificuldade em não repetir alguns de meus erros, e sou obrigado a aprender deles uma e outra vez — e da forma mais difícil. Eu me pergunto se isso não acontece com você!

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 1:19–40

1:19-40—Uma recordação dos eventos que tinham ocorrido em Cades-Barneia. É óbvio que esta recordação dos eventos de Kadesh Barneia (Números 13-14) não é um relato literal do incidente. Deve-se notar que o relato dado em Números é mais forense, enquanto este relato em Deuteronômio é de caráter exortativo; podemos até entendê-lo como a interpretação de Moisés do evento:

(1) A chegada a Cades Barneia o limite sul da Terra Prometida (vv. 19-21)

a. Como Moisés descreveu a viagem do povo a Cades Barneia ? (v. 19) Que mensagem ele estava tentando transmitir?

b. Naquele momento, Moisés tinha dado ordens para tomar possa da terra em nome do Senhor (v. 21): Por que ele mandou o povo não temer?

(2) O envio dos espiões (vv. 22-25)

a. Números 13:1 diz que o Senhor foi quem mandou Moisés espionar a terra, mas aqui Moisés diz ao povo que foram eles (ou seja, seus pais) que pediram para mandar espiões à terra adiante deles (v. 22)

  1. É óbvio que ambos os relatos são corretos. Como conciliar essas duas versões aparentemente divergentes?
  2. O que motivou o povo a querer espionar a terra antes de entrar?

b. Como Moisés assumiu a responsabilidade pela decisão? (v. 23)

c. Por que ele achava que espionar a terra era uma boa ideia?

d. No início, como ficou evidente que essa decisão foi correta? (v. 25)

(3) A rebelião do povo (vv. 26-40)

a. Talvez seja compreensível que as más notícias dos dez espias sobre o poder dos anaquitas tenha causado pavor no coração do povo (v. 28); no entanto, por que levaram o povo murmurar, e até mesmo dizer: "O Senhor nos odeia"? (v. 27)

b. Como você descreveria essa rebelião contra Jeová?

c. Que verdades Moisés usou nesse momento para encorajar o povo? (vv. 29-31; 33)

d. Essas verdades (experiências pessoais de milagres) deveriam ter sido suficientes para convencê-los? Por que ou por que não?

e. Como resultado, qual foi o castigo de Deus? (vv. 34-36)

F. O que essa recordação teria significado para esse povo mais tarde, depois de eles verem (i) todos os seus pais morrerem no deserto enquanto (ii) Calebe ainda vivia diante os olhos do povo?

g. Em que momento Deus proibiu Moisés de entrar na Terra Prometida? (Números 20:9-12)

h. Por que Moisés culpou o povo por isso, mencionando-o em conjunto com o incidente anterior? (vv. 37-38)

i. O que o fato de Moisés recontar e interpretar o incidente inteiro teria significado para o povo?

(4) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la à sua vida?

Reflexão meditativa
Assumir a responsabilidade pelas próprias ações

"A sugestão pareceu-me boa; por isso escolhi doze de vocês, um homem de cada tribo." (NVI-PT) (Deuteronômio 1:23)

Este relato que Moisés dá dos eventos relacionados com o envio de espiões para inspecionar a Terra Prometida parece divergir do relato anterior encontrado em Números.

Este último diz o seguinte: “E o Senhor disse a Moisés: 'Envie alguns homens em missão de reconhecimento à terra de Canaã, terra que dou aos israelitas. Envie um líder de cada tribo dos seus antepassados'.” (NVI-PT) (Números 13:1-2).

No entanto, quando Moisés recontou os mesmos eventos em Deuteronômio, parece que ele culpou o povo ao usou as seguintes palavras:  "Vocês todos vieram dizer-me: ‘Mandemos alguns homens à nossa frente em missão de reconhecimento da região, para que nos indiquem por qual caminho subiremos e a quais cidades iremos'." (Deut. 1:22). Mas ele também acrescentou imediatamente: “A sugestão pareceu-me boa” (1:23).

Deve-se entender que, em certo sentido, o livro de Deuteronômio é a reflexão de Moisés sobre os eventos passados que tinha levado o povo até àquele momento — sua entrada próxima na Terra Prometida, da qual ele não participaria. O relato que aparece em Números é mais parecido com um resumo do que aconteceu naquela ocasião, cujo foco é o evento central — a rebelião do povo que tinha levado aos 40 anos de peregrinação no deserto. No entanto, Moisés usa suas lembranças desses eventos para ajudar o povo (e a ele mesmo) a aprender dos erros do passado. Assim, ele achou necessário complementar o relato acima com mais detalhes que seriam mais relevantes para seu sermão.

De fato, ao comparar os dois relatos, pode-se formar uma imagem muito mais clara do que tinha levado ao envio dos espiões. Foi uma ação iniciada pelo povo, cuja intenção provavelmente era assegurar que, ao contrário do terrível deserto pelo qual tinham acabado de passar (v. 19), a Terra Prometida realmente fosse uma terra que manava “leite e mel”. Moisés concordou, pensando que o povo, depois de ver o fruto da terra que seria levado para o acampamento, apoiaria a causa. Mas Moisés entendia que ele não era o verdadeiro líder do povo; portanto, ele provavelmente consultou o Senhor e obteve Seu consentimento. Assim, Números 13:1 afirma corretamente que o Senhor o tinha mandado fazê-lo.

No entanto, nessa sua reflexão, Moisés também (e com razão) culpou o povo por ter pedido para ele enviar espiões diante deles, uma ação que mostrou sua falta de fé. Mas ao mesmo tempo, Moisés também assumiu total responsabilidade por suas ações, reconhecendo que foi feito com sua autorização.

Apesar de sua amargura por não poder entrar na Terra Prometida (1:37), Moisés não procurou fugir de sua responsabilidade; isso, para mim, é uma característica de uma pessoa piedosa.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 1:41–2:15

1:41-46—O desenlace dos eventos (do fracasso) em Cades-Barneia

(1) Após o horrível castigo do povo devido à sua rebelião em Cades-Barnéia (os 40 anos de andar errantes), os eventos que se seguiram mostraram um arrependimento genuíno? Por que ou por que não?

(2) Que tipo de pecado o povo cometeu?

(3) Ao recontar essa história, que lição Moisés esperava que a próxima geração aprendesse?

2:1-8—Uma recordação da partida do povo de Cades-Barneia pela terra de Edom

(4) Embora não tenhamos idéia de quanto tempo os israelitas permaneceram em Cades-Barneia (vide a Nota 1 abaixo), o que representou sua eventual partida?

(5) Que lições importantes estão relacionadas com o seu trato com Edom, referente à proibição de enfrentar os edomitas numa batalha? Considere o seguinte:

a. Os edomitas eram descendentes de seu parente Esaú. (v. 4)

b. O Senhor não lhes daria a terra de Edom, apesar de sua proximidade ao seu território. (v. 5)

(6) Considere as seguintes perguntas sobre o que Moisés disse antes de resumir a jornada do povo de Seir (vide a Nota 2 abaixo) até o lugar onde se encontravam atualmente, nas planícies de Moabe (1:1):

a. De que coisas específicas Moisés os recordou? (v.7)

b. Quão importante foi esse lembrete?

c. Quão importante ele é para você?

2:9-15—A necessidade de contornar o território de Moabe

(7) Por que eles não puderam incomodar os moabitas? (v. 9)

(8) Junto com os v. 5b e v. 12, como estes versículos revelam que Deus está envolvido nos assuntos das outras nações da terra, não só os dos israelitas? (vide a Nota 3 abaixo)

(9) Em seguida, Moisés os lembrou de sua travessia do ribeiro de Zerede (provavelmente localizado no extremo sudeste do Mar Morto):

a. Que significado histórico Moisés atribuiu a esse evento? (v. 14)

b. Que lição importante Moisés queria que seus ouvintes aprendessem?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la à sua vida?

Nota 1:

De acordo com a interpretação de muitos rabinos judeus, o povo ficou em Cades-Barneia durante "metade dos trinta e oito anos" (K&D, 861).

Nota 2:

Seir era "uma região extremamente acidentada e montanhosa com aproximadamente 160 km de comprimento que se estendia ao sul de Moabe e incluia ambos os lados do Arabá, a grande depressão que liga a parte sul do Mar Morto ao Golfo de Aqaba". (PCD, 766)

Nota 3:

“Este versículo (2:5) é uma das várias pistas no livro de Deuteronômio que nos ajudam a entender o conceito da natureza de Deus e o domínio de Seu poder sobre os outros povos e nações, além de Israel.” (NICOT, 108)

Reflexão meditativa
Deixar para trás o passado

Vocês já caminharam bastante tempo ao redor destas montanhas; agora vão para o nort.” (NIV-PT) (Deuteronômio 2:3)

Embora só tenhamos estudado pouco mais de um capítulo de Deuteronômio, já ficou óbvio que Moisés estava fazendo mais que simplesmente repetir sua história de 40 anos de peregrinação no deserto. No capítulo dois, ele omitiu muitos detalhes sobre seus encontros com os edomitas e moabitas, mas ao mesmo tempo nos deu sua perspectiva espiritual, não só sobre o que tinha acontecido, mas sobre o próprio coração do Senhor.

Cabe salientar que Moisés, depois de mencionar o evento determinante em Cades-Barneia (a rebelião do povo que resultou no castigo de andar errantes durante 40 anos), o que Jeová lhe dissera: "Vocês já caminharam bastante tempo ao redor destas montanhas; agora vão para o norte” (2:3).

Embora não tenhamos idéia de quanto tempo o povo tinha permanecido na "região do monte Seir" (2:1), muitos rabinos judeus são da opinião de que eles passaram "metade dos trinta e oito anos" (K&D, 861) nessa região.  A duração da sua estadia em Cades-Barneia realmente não é tão importante; o que é importante é o fato de o Senhor ter dado uma ordem a Moisés para levar o povo para o norte e retomar formalmente sua jornada para a Terra Prometida.

Assim como a morte de "toda aquela geração dos homens de guerra" (v. 14) foi um sinal da certeza da palavra de Deus e do alto preço da desobediência, esta ordem para marchar foi sinal do perdão de Deus; com o perdão de Deus, o povo já podia esquecer os seus fracassos, "deixando para trás o passado".

Meus irmãos e irmãs, os anos em que o povo de Israel andou errante são, de fato, uma representação muito viva da nossa vida em Cristo, pois fomos escolhidos para pertencer a Ele mediante a nossa fé. Somos Seus filhos; temos a vida eterna. No entanto, enquanto permanecermos em nossa carne, continuaremos a lutar contra o pecado, e às vezes teremos que pagar o alto preço da desobediência. No entanto, "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (ARC) (1 João 1:9).

O Deus de Israel também é o nosso Deus, e com o Seu perdão, nós também podemos esquecer os nossos fracassos e "deixar para trás o passado". Deus sempre será um Deus de "segundas chances" para aqueles que pertencem a Ele.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 2:16–37

2:16-23—A jornada para o território dos amonitas—a derrota do rei Seom.

(1) Por que o povo não foi autorizado a atacar os amonitas? (v. 19)

(2) Que relação existia entre os amonitas e moabitas? (vide Gênesis 19:36-38)

(3) Os vv. 20-23 contém informação adicional sobre as origens históricas dos povos que tinham ocupado aquelas terras antes dos amonitas, edomitas e caftoritas. Qual é a importância espiritual deste trecho?

(4) Quão diferente foi a forma em que Israel tratou o rei Seom, um amorreu que não era parente dos israelitas? (v. 24)

(5) Que tipo de início foi anunciado por esse tratamento diferenciado dos amorreus? (v. 25)

(6) Você acha que a promessa no versículo 25 realmente foi cumprida? (vide Josué 2:8-11)

(7) Uma vez que Deus parecia determinado a causar pavor entre as nações, começando com a forma em que Ele tratou o rei Seom, por que ele primeiro pediu que Moisés lhe propusesse a paz? (v. 26)

(8) Moisés disse que Jeová endureceu o coração do rei Seom (v. 30) da mesma forma como Ele endureceu o coração de Faraó (Êxodo 7:3). Por quê?

(9) Que mensagem Moisés tentou transmitir aos seus ouvintes ao falar sobre a destruição completa do rei Seom? (vv. 32-37; vide a Nota abaixo no v. 37)

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la à sua vida?

Nota:

“A declaração em Jos. 13:25 de que metade do território dos amonitas foi dada à tribo de Gad não contradiz esta afirmação, uma vez que esse texto faz alusão à porção da terra dos amonitas que anterormente ficava entre os rios Arnom e Jaboque, a qual já havia sido tomado pelos amorreus sob Seom [cf. Jdg. 11:13 e ss.]."
(K&D, 865)

Reflexão meditativa
Deus tem o controle total sobre a história humana

O Senhor os exterminou, e os amonitas os expulsaram e se estabeleceram em seu lugar." (NIV-PT) (Deuteronômio 2:21)

É interessante notar que quando Moisés recordou muitas das batalhas nas quais o Senhor tinha dado poder ao povo para derrotar os que bloqueavam o seu avanço em direção à Terra Prometida, ele deu uma pequena aula de história sobre os povos que esta segunda geração de israelitas que tinha saído do Egito com seus pais enfrentaria na jornada. Entre esses povos estavam aqueles que os edomitas e os moabitas já tinham expulsado e substituído nas terras onde viviam atualmente.

No entanto, como Moisés salientou repetidamente, não eram simplesmente lições sobre a história, mas lições espirituais:

O Senhor os exterminou [os refaitas], e os amonitas os expulsaram e se estabeleceram em seu lugar.” (2:21)

O Senhor fez o mesmo em favor dos descendentes de Esaú que vivem em Seir, quando exterminou os horeus diante deles. Os descendentes de Esaú os expulsaram e se estabeleceram em seu lugar até hoje." (2:22)

Não perturbem os moabitas nem os provoquem à guerra, pois não darei a vocês parte alguma da terra deles, pois já entreguei a região de Ar aos descendentes de Ló.” (2:9)

Esses versículos revelam uma verdade espiritual maravilhosa: Deus não está interessado apenas nos assuntos de Seu Povo Escolhido, mas nos assuntos de todos os povos da terra. Isso significa que a história de cada nação e de cada grupo étnico não é acidental; está sob o controle soberano do Senhor, cujo propósito foi afirmado pelas seguintes palavras do apóstolo Paulo:

De um só fez ele todos os povos, para que povoassem toda a terra, tendo determinado os tempos anteriormente estabelecidos e os lugares exatos em que deveriam habitar. Deus fez isso para que os homens o buscassem e talvez, tateando, pudessem encontrá-lo, embora não esteja longe de cada um de nós.” (Atos 17:26-27)

Acredito que até mesmo a proposta de paz feita ao rei Seom foi um convite para que ele conhecesse o Deus de Israel. Infelizmente, seu coração foi endurecido pelo Senhor (2:30), como o mesmo sol que endurece o barro derrete a cera.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 3:1–29

3:1-11—A jornada para o território dos amonitas—a derrota do rei Ogue

(1) Quão completa foi a vitória sobre o rei Ogue ? (vv. 3-7)

(2) O que a derrota dos dois poderosos reis dos amorreus significou para esses israelitas da segunda geração que estavam prestes a entrar na Terra Prometida? (vv. 8-11)

3:12-22—A divisão da terra capturada

(3) Os v. 12-17 são basicamente um resumo do "reino de Seom, rei dos amorreus, e o reino de Ogue, rei de Basã, toda a terra com as suas cidades e o território ao redor delas.(Núm. 32:33). A quais tribos foram dadas essas terras a leste do Jordão?

(4) Por que essas duas tribos e meia pediram que lhes fossem dadas essas? (vide Números 32:1-5)

(5) Quando Moisés finalmente concordou com o seu pedido, qual foi sua condição? (vv. 18-20)

(6) É óbvio que, na época, essas tribos não tinham ideia de quanto tempo levaria para que as outras 9 1/2 tribos tomassem posse da "terra que o Senhor, o Deus de vocês, está dando a eles do outro lado do Jordão" (NVI-PT) (v. 20).

a. Por que essa condição foi repetida para as duas tribos e meia naquele momento?

b. Eles cumpriram a promessa? (vide Jos. 22:1-4)

c. De que maneira(s) você pode ver que essas tribos cresceram em sua maturidade espiritual?

3:21-29—Moisés é proibido de entrar na Terra Prometida

(7) Em que momento o Senhor disse a Moisés que não permitiria que conduzisse a comunidade “para a terra que lhes dou” (Números 20:10-13)?

(8) Qual foi a explicação que o Senhor lhe deu? (Números 20:12)

(9) Por que ele implorou ao Senhor que mudasse de ideia? (v. 23)

(10) Como ele tentou persuadir ao Senhor? (vv. 24-25)

(11) Você realmente pode culpar Moisés por tentar convencê-Lo?

(12) Qual foi a resposta de Deus? (v.26)

(13) Por que Moisés disse que a razão pela qual Deus tinha rejeitado seu pedido era que "por causa de vocês, o Senhor irou-se contra mim e não quis me atender"? Moisés estava tentando culpar o povo pelo pecado que ele mesmo cometeu? Por que ou por que não?

(14) O que o Senhor pediu que ele fizesse em vez disso? (v. 27)

(15) Isso o consolou? Por que ou por que não?

(16) Como ele passou o bastão para Josué? (vv. 21-22)

(17) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la à sua vida?

Reflexão meditativa
Perseverar até o fim

"Deixa-me atravessar, eu te suplico, e ver a boa terra do outro lado do Jordão, a bela região montanhosa e o Líbano!". (NIV-PT) (Deuteronômio 3:25)

Foi nas planícies de Moabe, quando os israelitas finalmente estavam prontos para entrar na Terra Prometida após 40 anos de andar errantes, que Moisés sentiu pela primeira vez a dor de ser proibido de entrar na terra e experimentar o fruto de seu trabalho.

O incidente que levou a essa proibição tinha acontecido muito antes, quando os israelitas finalmente partiram de Cades-Barneia em direção ao norte através do território de Edom e Moabe. Antes dessa última etapa de sua jornada, o povo brigou com Moisés por causa da falta de água no deserto de Zim, levando ele a bater duas vezes na rocha, um ato presunçoso que o Senhor interpretou como um sinal de falta de fé nEle por parte de Moisés, e um exemplo de não lhe atribuir honra como santo (Nm. 20:12).

É óbvio que isso perturbou muito a Moisés; de acordo com seu próprio relato em Deuteronômio, ele provavelmente o mencionava de vez em quando diante do Senhor; quando Moisés estava prestes a passar o bastão para Josué, ele provavelmente pediu mais uma vez, com muito mais urgência do que antes, o que levou o Senhor a dar uma resposta definitiva: "Basta! ... Não me fale mais sobre isso" (3:26). Isso com certeza doeu, e foi uma dor profunda!

Parece que Moisés ficou tão magoado que tentou culpar o povo, dizendo: “todavia, por causa de vocês, o Senhor irou-se contra mim e não quis me atender” (3:26). No entanto, até certo ponto ele tinha razão, uma vez que, se o povo não tivesse sido tão rebelde e propenso a pecar com tanta facilidade e rapidez, Moisés não teria agido com tanta presunção, movido pela raiva.

Por outro lado, o objetivo de Moisés ao relatar este evento ao povo de forma tão honesta não era culpá-los, mas adverti-los a não tratar Josué da mesma maneira. Calvino também salienta que a razão pela qual Moisés escolheu aquele momento para compartilhar com o povo que a razão pela qual ele precisava passar o bastão para Josué era o fato de Deus ter recusado a mudar de ideia, não porque ele estivesse tão desanimado com o povo que preferiu desistir. Não foi escolha dele, mas de Deus. Moisés definitivamente não era o tipo de pessoa que desistia; ele perseverou até o fim!

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 4:1–8

A passagem 4:1-40 é um prólogo histórico cujo propósito é chamar o povo à obediência.—Uma vez que Moisés estava prestes a repetir uma porção importante da Lei (nos capítulos 5-27), ele usou este momento para enfatizar a grande importância da Lei:

4:1-8—Um Deus sem igual, uma lei sem igual

(1) Quão importante seria a Lei para o povo quando estivessem em posse da Terra Prometida? (v. 1)

(2) A advertência contra alterar a lei (v. 2)

a. O que quer dizer acrescentar à Lei ou retirar da Lei?

b. O que poderia levar o povo a acrescentar à Lei?

c. O que poderia levar o povo a retirar da Lei?

d. Qual seria a consequência de alterar a Lei? (Apocalipse 22:18-19) Por quê?

(3) O incidente citado por Moisés nos vv. 3-4 está registrado em Números 25:

a. O que tinha acontecido em Sitim?

b. O que o Senhor tinha feito com o povo? (Números 25:9)

c. Por que Moisés mencionou esse incidente específico como advertência? (v. 4)

(4) O que o v. 5 nos ensina sobre a nossa atitude ao estudar a Palavra de Deus?

(5) Moisés pediu ao povo que observasse cuidadosamente os decretos e leis de Deus (vv. 6-8).

a. Como sua observância da Lei mostraria às nações sua sabedoria e inteligência? (v. 6)

b. E nós? Quando observamos o que a Palavra de Deus manda, mostramos aos incrédulos que somos “um povo sábio e inteligente”? Como?

c. Quão próximo está Deus de Seu povo? (v.7)

d. Isso descreve você?

e. Como o código legal de Deus é diferente dos códigos de todas as outras nações? (v.8)

(6) Você consegue fazer uma lista das características da Bíblia que a tornam única e superior a qualquer um dos "livros sagrados" das religiões do mundo? Tente pensar em pelo menos cinco.

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la à sua vida?

Reflexão meditativa
Um Deus sem igual, uma lei sem igual

"Pois, que grande nação tem um Deus tão próximo como o Senhor, o nosso Deus, sempre que o invocamos?" (NVI-PT) (Deuteronômio 4:7)

É muito apropriado e poderoso que Moisés tenha dito estas palavras de Deuteronômio 4:6-8, especialmente o que ele disse sobre a grandeza e proximidade de Deus (v. 7), uma vez que ele não só era testemunha do grande poder do Senhor (os dez pragas no Egito, a divisão do Mar Vermelho, a coluna de nuvem de dia e a coluna de fogo à noite, sem mencionar muitos milagres que o Senhor tinha realizado por meio dele); também tinha experimentado em primeira mão a "proximidade" do Senhor. Embora muitas pessoas mencionadas no Antigo Testamento tiveram suas orações respondidas, e até mesmo de forma milagrosa, poucos podiam afirmar que "o Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com seu amigo" (Êxodo 33:11). Tal era a proximidade que Moisés tinha com o Senhor.

No entanto, o que ele disse sobre a sabedoria e o entendimento transmitidos na Lei não é menos verdadeiro.

“A história tem confirmado isso. Além de a sabedoria do homem Salomão ter surpreendido a rainha de Sabá (1 Reis 10:4 e ss.), a verdade divina que Israel possuía na lei de Moisés atraiu as mentes mais sérias do mundo pagão, que buscavam satisfazer as necessidades mais íntimas de seus corações e a obter a salvação de suas almas por meio do conhecimento do Deus de Israel, até que após um breve período de florescimento, a auto-dissolução interior das religiões pagãs tiverem efeito; finalmente, no cristianismo, tem levado uma nação pagã após a outra ao conhecimento do Deus verdadeiro e à salvação eterna, embora a verdade divina ainda fosse (e ainda é) considerada loucura pelos orgulhosos filósofos e farisaicos epicuristas e estóicos de todos os tempos, tanto da antiguidade quando da modernidade."
(K&D, 875)

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 4:9–31

4:9-31—Prólogo Histórico—Um Chamado à Obediência: Não Adore Ídolos

(1) Lembrar-se do que aconteceu em Horebe (vv. 9-14) — uma vez que o povo tem um Deus sem igual e uma Lei sem igual.

a. Para que suas almas fossem cuidadas e guardadas, o povo não devia esquecer o que seus olhos tinham visto, nem deixar sua memória desvanecer (v. 9):

  1. A que incidente Moisés se refere? (v. 10)
  2. Que coisas que o povo tinha visto eram tão inesquecíveis?
  3. Que coisas que o povo tinha ouvido eles não deviam deixar desvanecer?
  4. Qual foi o propósito desta epifania? (v. 14)

b. Para não esquecer, o povo precisava "ensinar" e "lembrar".

  1. Que ligação poderia haver entre ensinar, lembrar e não esquecer?
  2. Como você pode aplicar isso à sua própria vida?

(2) Uma importante lição a ser aprendida da experiência em Horebe (vv. 15-20)

a. Que aspecto de sua experiência no Horebe Moisés procurava enfatizar? (v. 15)

b. Qual é, então, a implicação disso? (vv. 16-19)

c. Por que os homens fazem ídolos com suas próprias mãos e os adoram?

d. Por que os homens adorariam o sol, a lua e/ou as estrelas?

e. Nesta era moderna, por que tantas pessoas no Ocidente ainda adoram a natureza?

f. Moisés dá duas razões para exortar Israel a ser diferente desses pagãos idólatras. Quais são? (v.20)

(3) Uma repetição da mensagem contra a adoração de ídolos (vv. 21-31)

a. Por que Moisés usa sua própria morte para exortá-los a não esquecer a aliança que Deus tinha feito com eles?

b. Por que ele dá um lugar de destaque ao perigo de adorar ídolos nessa exortação? (v. 23)

c. Que advertência ele lhes dá sobre a adoração de ídolos? (v. 24)

  1. O que poderia ter levado Moisés a prever que o povo adoraria ídolos depois de entrar em Canaã? (v. 25)
  2. Qual seria o castigo? (vv. 26-28)
  3. O que eles deviam fazer à luz disso? (vv. 29-30)
  4. Por que Deus ainda seria misericordioso com eles? (v. 31)

(4) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la à sua vida?

Reflexão meditativa
Não se esqueça

Apenas tenham cuidado! Tenham muito cuidado para que vocês nunca se esqueçam das coisas que os seus olhos viram; conservem-nas por toda a sua vida na memória. Contem-nas a seus filhos e a seus netos.” (NVI-PT) (Deuteronômio 4:9)

Moisés estava prestes a lembrar ao povo os decretos e leis mais importantes (dos capítulos 5 a 26), mas primeiro ele queria que o povo sentisse o impacto, não só da letra da lei, mas também do seu encontro genuíno com o Senhor em Horebe. Ele salienta especificamente que o povo tinha visto esses eventos com os próprios olhos (4:9) e ouvido com os próprios ouvidos (4:12). A implicação disso é que, mesmo na hora mais sombria de suas vidas, e mesmo quando Deus parecia guardar silêncio, essa memória viva da incrível aspecto do Senhor, que tinha aparecido no fogo, nuvens e escuridão, junto com Sua voz incrível, devia lembrá-los tanto do poder de Deus quanto de Seus mandamentos gravados em pedra.

No entanto, é interesante notar que Moisés previu que até mesmo essa memória tão incrível podia desvanecer, e o povo a esqueceria (4:9); por isso, ele os exortou a ensiná-lo "a seus filhos e a seus netos" (4:9).

Aqueles que já participarem de algum ministério de ensino, seja no púlpito, na escola dominical ou na liderança de um pequeno grupo de estudo bíblicos, entenderão que o nosso crescimento no conhecimento bíblico é aprimorado quando ensinamos aos outros. Quando preparamos, somos sempre os primeiros a quem o Espírito Santo fala.

Isso também descreve a minha própria experiência. Acabei de escrever em meu diário hoje que a preparação deste “Plano Devocional de Cinco Anos” tem aprofundado a minha compreensão da Palavra muito mais do que os meus anos de formação no seminário. É claro que meu treinamento no seminário me deu uma boa base, especialmente na exegese, assim como as ferramentas de que precisava para pesquisar de forma significativa.

Eu me pergunto como você pode aplicar o conselho de Moisés à sua própria vida.