Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 4:32–44

Esta semana continuaremos o nosso estudo do Livro de Deuteronômio no Velho Testamento.

4:32-40—Prólogo histórico: Jeová é Deus no céu e na terra

(1) Moisés desafia o povo a fazer as seguintes perguntas: "Já aconteceu algo tão grandioso" ou "já se ouviu algo parecido?" (v. 32b):

a. Qual é o primeiro evento ao qual Moisés se refere? (v. 33)

b. A que evento histórico corresponde?

c. Qual é a segunda série de eventos à qual ele se refere? (v. 34)

(2) O que esses eventos deveriam ter significado para o povo? (v. 35)

(3) Por que Moisés acrescentou que o propósito de Deus ao fazê-los ouvir a voz e ver o fogo era “discipliná-los”? Em que sentido? (v. 36)

(4) O que Ele conseguiu fazer por meio de todos esses sinais e maravilhas? Por quê? (vv. 37-38)

(5) O que a resposta do povo deveria ter incluído? (vv. 39-40)

4:41-43—O prefácio à revisão das leis

(6) Embora Moisés tenha sido proibido de entrar na Terra Prometida propriamente dita, o que a designação de três cidades de refúgio na região da Transjordânia teria significado para cada um dos seguintes?

a. Israel como nação

b. A Lei de Moisés

c. O próprio Moisés

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la à em sua vida?

Reflexão meditativa
A realização de um sonho

Então Moisés separou três cidades a leste do Jordão.” (NVI-PT) ( Dt 4:41)

Embora Moisés tenha sido proibido de entrar na Terra Prometida propriamente dita, percebo a misericórdia de Deus no fato de ele ter permitido não só que Moisés contemplasse a Terra Prometida à distância, mas também experimentasse alguns dos frutos de seu trabalho, embora de forma limitada.

A designação das três cidades na região da Transjordânia antes de sua morte revela o seguinte:

- Embora no sentido mais estrito a terra a leste do Jordão não fizesse parte da terra de Canaã, ela fazia parte da promessa que Deus tinha feito a Abraão: “Aos seus descendentes dei esta terra, desde o ribeiro do Egito até o grande rio, o Eufrates: a terra dos queneus, dos quenezeus, dos cadmoneus, dos hititas, dos ferezeus, dos refains” (NVI-PT) (Gênesis 15:18-20).

- A designação das três cidades de refúgio aponta para o fato de Israel já ter se tornado uma nação soberana com sua própria terra.

- Também revela a permanência da Lei de Moisés — já tinha entrado em pleno vigor.

Tudo isso aconteceu como resultado do pedido das duas tribos e meia para se estabelecerem a leste do rio Jordão, um pedido que fora inicialmente recebido com uma forte objeção por parte de Moisés (Nm 32:6). Deus sem dúvida trabalha de formas misteriosas! (Eclesiastes 11:5)

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 4:44–5:21

4:44-49—O contexto de "Deuteronômio"

(1) Este prelúdio à revisão da lei detalha dois aspectos da proclamação que se segue:

a. Uma vez que a Lei já fora dada ao povo logo após o êxodo do Egito (no Monte Sinai), por que foi reiterada neste momento?

b. Onde foi proclamado? (Você pode consultar o mapa nas últimas páginas da sua Bíblia para ver o tamanho desta região da Transjordânia)

5:1-21—Os Dez Mandamentos

(2) Antes de Moisés reiterar os Dez Mandamentos (vv. 1-6):

a. O que ele exortou o povo a fazer com a Lei? (v. 1)

b. Por que ele disse que o pacto não tinha sido feito com seus pais, mas com eles? (v. 3) Que mensagem ele estava tentando transmitir?

c. Por que ele enfatiza a forma como a Lei tinha sido entregue? (vv. 4-5)

(3) Os Dez Mandamentos (vv. 6-21): Eu sugiro que você leia novamente os Dez Mandamentos como foram dados em Êxodo 20.2-17 junto com o que é reiterado aqui. Talvez você já esteja familiarizado com esses mandamentos. Refletiremos sobre cada um nos devocionais dos próximos dias, devido à importância desses mandamentos para o nosso relacionamento com Deus e com os outros:

Vv. 6-10: o primeiro e o segundo mandamento, sobre a pessoa que adoramos

Vv. 11-15: o terceiro e quarto mandamento, sobre como adoramos

Vv. 16-21: os mandamentos 5-10, sobre a maneira que tratamos uns aos outros

O primeiro mandamento (v. 7)

(4) Antes de ler a seguinte definição, tente formular sua própria definição da palavra "Deus".

(5) O Dicionário Webster dá a seguinte definição: "Um ser que é concebido como o autor perfeito, onipotente e onisciente do universo, o principal objeto da fé e adoração das religiões monoteístas." Como a definição que você formulou se compara à do dicionário do Webster?

(6) Em geral, por que as pessoas adoram "deuses"?

(7) Por que algumas pessoas não adoram nenhum "deus"?

(8) Por que Deus proíbe Seu povo, os israelitas, de adorar outros deuses além do Senhor?

(9) Por que Ele decidiu fazer dessa proibição o primeiro mandamento?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Uma
revisão dos Dez Mandamentos

"Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te tirei do Egito, da terra da escravidão." (NVI-PT) (Deuteronômio 5:6)

O Senhor, antes de pronunciar os Dez Mandamentos (cuja essência Jesus resume nos Mandamentos dos quais “dependem toda a lei e os profetas” - Mateus 22:40), começou com a seguinte introdução: “Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão” (Êxodo 20:2).

Os comentaristas geralmente consideram essas palavras de abertura como algo de suma importância, usando frases como "indispensável para tudo o que se segue", "o eixo central e foco de todo o Pentateuco (quer dizer, os Cinco Livros de Moisés)" e "o coração de todo o Velho Testamento." (vide Durham, WBC, Exodus, p. 284).

Este prefácio é importante pelo menos devido a dois aspectos:

(1) A identidade daquele que estabelece os mandamentos: Não é outro senão o próprio Deus, cujo nome é Jeová – o Grande EU SOU. Este é um lembrete de que Ele é o único Deus Verdadeiro, cuja existência (como Seu nome indica) está acima de todos os seres criados nos céus acima ou na terra abaixo. Ele define tudo o que existe, e Sua própria existência não é definida nem se refere a nenhum outro nome. Portanto, Ele não presta contas a ninguém, mas tudo e todos devem prestar contas a Ele.

(2) Jeová agora é "teu Deus": Isso significa que agora existe uma relação de aliança entre Jeová e Israel, e esses mandamentos são estabelecidos no contexto dessa relação de aliança. Antes eram escravos sem status (segundo a tradução de Durham), mas agora são o povo de Jeová, um"tesouro pessoal... um reino de sacerdotes e uma nação santa" (Êxodo 19:5-6). Esse novo status traz consigo o tremendo privilégio de serem amados (valorizados); é um status muito especial, distinto daquele de todas as outras nações (são um povo separado para o Senhor), uma missão sagrada (como sacerdotes, são intermediários entre Jeová e as nações). Esses mandamentos são imprescindíveis para eles poderem fazer jus ao seu novo status e cumprirem sua missão.

Por mais importantes que sejam esses Dez Mandamentos (eles revelam plenamente não só os requisitos de Deus para Seu povo, mas também Seus atributos), o apóstolo Paulo explicaria mais tarde que, em última análise, sua função era mostrar ao povo que, por si mesmos, não eram capazes de guardar os mandamentos, a fim de levá-los ao arrependimento e fé na obra expiatória de Deus através do derramamento de sangue nos sacrifícios, uma obra que finalmente encontra seu cumprimento no sacrifício de Jesus Cristo na cruz (Rm. 3:20-24).

À luz de tudo isso, eu me pergunto seriamente por que insistimos que os Dez Mandamentos sejam exibidos nos tribunais. Você não acha que seria mais apropriado exibir o símbolo do perdão, a cruz, uma vez que a solução para todos os pecados dos homens não é a Lei, mas o sacrifício de Cristo?

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 5:6–21 (II)

5:8-10—O segundo mandamento:

(1) Por que as pessoas sentem a necessidade de fazer algo visível para adorar, mesmo sabendo que aquilo que adoram foi feito pelas suas próprias mãos?

(2) A proibição de fazer ídolos abrange a pintura de ídolos ou deuses? Por que ou por que não?

(3) Por que tantos cristãos ou igrejas exibem pinturas da imagem de Cristo?

(4) À luz disso, o que há de errado em fazer imagens ou ícones de santos e orar para eles?

(5) Alguns argumentam que eles realmente não adoram os ícones ou as imagens de Cristo ou dos santos, mas os usam para ajudá-los a meditar. O que você acha desse argumento?

(6) Qual é o propósito dos vv. 5-6? Este trecho os inclui somente com referência ao segundo mandamento, ou também ao primeiro mandamento? Por quê?

(7) Por que o ato de adorar qualquer outro deus ou reduzir o Senhor a uma imagem ou ídolo é o equivalente a “desprezá-Lo”?

(8) Qual é a relação entre amar a Deus e guardar Seus mandamentos? (vide também João 14:21)

(9) Em que sentido Deus é zeloso?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
De quem era proibido fazer uma imagem?

Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra ou nas águas debaixo da terra. (NVI-PT) (Dt 5:8)

Deixe-me citar os seguintes trechos dos comentários de Durham e Calvino sobre o segundo mandamento:

“A questão é esta: de quem é proibido ao povo de Israel fazer uma imagem – de Javé ou dos deuses rivais de Javé… O primeiro mandamento estabelece de forma contundente que ninguém que quer entrar na aliança com Javé pode ter outros deuses. Somente uma pessoa que estivesse desobedecendo a este primeiro mandamento usaria imagens de deuses estrangeiros... qualquer adorador que tenha feito um compromisso para adorar somente Javé não deverá facilitar tal adorção, isto é, não deve adotar para si mesmo o uso de imagens esculpidas a fim de ter um centro concreto de culto, conforme a prática corrente em todos os países vizinhos de Israel... Poderíamos até parafrasear este mandamento assim: 'Nenhum de vocês deverá ter uma imagem esculpida para o culto de Yahweh'."
(Durham, WBC, Êxodo, p. 285/6)

“Agora devemos salientar que este Mandamento tem duas partes—a primeira proíbe a ereção de uma imagem esculpida ou de qualquer tipo de representação; a segunda proíbe a transferência do culto que Deus reivindica para Si mesmo a qualquer um desses fantasmas ou espetáculos enganosos. Portanto, o ato em si de moldar uma imagem de Deus é ímpio, pois por meio dessa corrupção Sua Majestade é adulterada, e Ele é concebido como algo diferente do que realmente é. Não há necessidade de refutar a tola fantasia de alguns de que com estas palavras Moisés condena qualquer tipo de escultura e imagem, uma vez que o único objetivo do mandamento é salvaguardar a glória de Deus de todas as imaginações que tendem a corrompê-la. E, com certeza, é um ato extremamente indecente transformar Deus num pedaço de madeira ou numa pedra. Alguns interpretam as palavras... de modo a afirmar que Deus permite a fabricação de uma imagem, desde que não seja adorada; porém as exposições... refutarão facilmente seu erro... E já mencionamos que este trecho proíbe qualquer rito que não condiz com o culto espiritual de Deus: isso basta (aliás, é mais do que suficiente) para dissipar tudo essas noções nebulosas…”
(Comentários de Calvino, Vol. II, 108-110)

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 5:6–21 (III)

5:11—O terceiro mandamento

(1) Em geral, o que significa a expressão "fazer mau uso"?

(2) Por que o "nome" de uma pessoa é tão importante, especialmente o nome de Deus?

(3) Como podemos fazer mau uso do nome de Deus?

(4) O que nos impulsaria a fazer isso?

(5) Leia Mateus 5:33-37. Como este exemplo de Jesus é uma ilustração do mau uso do nome de Deus?

(6) Existe alguma outra maneira que as pessoas (incluindo você) poderiam "fazer uso" de Deus ou de Seu nome?

(7) Uma vez que o nosso relacionamento com Deus não deve ser caracterizado pela prática de "fazer uso dEle", o que deve caracterizá-lo?

(8) Que advertência está anexada a este mandamento? Por quê?

5:12-15—O quarto mandamento

(9) Em vez de "usá-Lo", o que Deus deseja para o nosso relacionamento com Ele?

(10) No livro de Êxodo, os israelitas são instruídos a "se lembrarem" do sábado (20:8); mas aqui, Moisés os exorta a "observá-lo" (5:12): Existe alguma diferença entre essas duas palavras? Por quê?

(11) O que significa a expressão "lembra-te"?

(12) O que significa a expressão “santificá-lo”?

(13) Também há diferenças entre as duas passagens quanto às razões dadas:

a. Qual é a razão dada em Êxodo 20:11?

b. Qual é a razão dada neste texto? (5:15)

c. Por que Moisés escolheu dar uma razão diferente?

d. Qual é a implicação deste mandamento para a sociedade em geral?

e. Como essas duas razões se complementam?

(14) Após a ressurreição de nosso Senhor, os apóstolos começaram a observar o descanso sabático no dia do Senhor (ou seja, no domingo). À luz disso, como você deve "se lembrar" do seu sábado semanal a fim de cumprir a essência deste mandamento?

(15) De que maneira o sábado distinguia os israelitas das outras nações?

(16) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O descanso é sagrado

Guardarás o dia de sábado a fim de santificá-lo, conforme o Senhor, o teu Deus, te ordenou. (NVI-PT) ( Dt 5:12)

É interessante notar que Moisés deu duas razões diferentes para guardar o sábado.

No livro de Êxodo, quando Moisés entrega os Dez Mandamentos pela primeira vez no Monte Sinai, ele apresenta o quarto mandamento com estas palavras:

Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou.” (NVI-PT) (Êxodo 20:11)

Em Deuteronômio, ao repetir o quarto mandamento, Moisés dá a seguinte razão para observá-lo:

Lembra-te de que foste escravo no Egito e que o Senhor, o teu Deus, te tirou de lá com mão poderosa e com braço forte. Por isso o Senhor, o teu Deus, te ordenou que guardes o dia de sábado.” (NVI-PT) (Deuteronômio 5:15)

Parte da diferença se deve ao fato de que Israel já estava prestes a possuir sua própria terra e administrar seus próprios negócios. Aliás, as duas tribos e meia da Transjordânia tinham tomado posse de suas terras e já estavam começando uma nova vida. Parece que com a repetição do quarto mandamento, Moisés considerou necessário mencionar a outra razão para observar o sábado que não tinha sido aparente na proclamação original, a saber, que o descanso que Deus tinha mandado também era para os servos e servas do povo. Esse detalhe com certeza acarretava grandes consequências para a comunidade inteira, e o mundo de hoje ainda está colhendo seus benefícios, uma vez que quase todos recebem pelo menos um dia de folga durante a semana.

No entanto, o mundo ainda precisa entender o significado do sábado conforme ele explicado em sua proclamação original: nosso descanso não se trata de uma simples cessação do trabalho, mas também de um tempo para nos aproximarmos do Criador um descanso espiritual.

Mas há mais uma dimensão espiritual que devemos entender: embora Deus continue trabalhando hoje (João 5:17), Ele de fato descansou após os seis dias da criação. Por conseguinte, nós também devemos aprender a descansar quando nossa tarefa dada por Deus estiver concluída, e esse descanso for sagrado. Por outro lado, se nos recusarmos a interromper o que estamos fazendo para continuar trabalhando em algo que aos olhos de Deus já deveria ter terminado, também estaremos violando o mandamento do sábado. Motivos de reflexão!

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 5:6–21 (IV)

5:16O quinto mandamento

(1) Ao abordar o assunto de como devemos tratar os outros, por que Deus menciona primeiro a nossa forma de tratar os nossos pais? Você consegue pensar em pelo menos três razões?

(2) Qual é o significado geral da palavra "honra"?

(3) À luz disso, o que significa honrar os nossos pais?

(4) O que devemos fazer quando achamos que nossos pais não são dignos de honra?

(5) Você consegue pensar em algum exemplo na Bíblia de um pai ou mãe que talvez consideremos indigno de respeito? Talvez Isaque e Rebeca? Como seus filhos os tratavam? (vide Gênesis 31:35; 35:27-29)

(6) Como é possível conciliar este mandamento com o ensinamento de Gênesis 2:24?

(7) O que o Senhor Jesus pensa sobre este mandamento? (vide Marcos 7:9-13)

(8) Por que este mandamento inclui uma bênção especial?

(9) O que o apóstolo Paulo pensa sobre essa bênção?
(Efésios 6:1-3)

5:17O sexto mandamento

(10) Quão importante é este mandamento?

(11) Existe alguma diferença entre os significados das palavras “matar” e “assassinar”?

(12) O que devemos pensar sobre os homicídios involuntários? (vide Deuteronômio 19:3, 4, 6 e Josué 20:3)

(13) O que devemos pensar sobre as execuções legais de assassinos condenados (Números 35:30)?

(14) Nesses casos, por que Deus também tira a vida?

(15) De acordo com Jesus, qual é a essência deste mandamento? (Mateus 5:21-26)

(16) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Honrar os nossos pais

"Honra teu pai e tua mãe, como te ordenou o Senhor, o teu Deus, para que tenhas longa vida e tudo te vá bem na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá." (NVI-PT) (Deuteronômio 5:16)

De fato, assim como o primeiro mandamento é a base para os seguintes três, os quais regem a maneira como como o povo deve viver seu relacionamento de aliança com o Senhor que o escolheu, o quinto mandamento também serve como base para os próximos cinco mandamentos, os quais abordam o assunto de como o povo deve viver os relacionamentos dentro da comunidade da aliança e além.

Talvez alguns comentaristas exagerem quando dizem que a razão pela qual o Senhor estabeleceu o relacionamento com os pais como o relacionamento humano fundamental para todos os outros é porque os pais são os representantes do Senhor na terra. No entanto, é verdade que o Doador da Vida escolheu os nossos pais para serem a fonte humana que nos dá vida. Como tal, é a eles que devemos a nossa existência. Se nem mesmo honramos e respeitamos a fonte humana de nossa vida, como poderemos honrar e respeitar outro ser humano nesta terra? Esta é a maldição da era moderna: devido ao colapso da família tradicional e ao avanço da engenharia genética, cada vez mais pessoas estão cortando todos os laços com os seus pais biológicos ao formar uma unidade familiar básica. Não é de se admirar que o mundo esteja seguindo o caminho da destruição predito pelo apóstolo Paulo:

Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder ..." (NVI-PT) (2 Timóteo 3:1-5)

Eu sei que isso é uma marca dos nossos tempos, os últimos dias, mas é precisamente por esta razão que nós, os cristãos, devemos nos comportar de maneira tão diferente do mundo, começando pela verdade fundamental de amar, honrar e respeitar os nossos pais. Alguns poderiam perguntar se devemos mostrar essa atitude para com aqueles pais que consideramos indignos de nossa honra, mas não encontramos esse tipo de exceção nas Escrituras, nem nos exemplos que elas dão, nem nos ensinamentos.


Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 5:6–21 (
V)

5:18O sétimo mandamento

(1) Como você definiria o adultério?

(2) O Dicionário Webster o define como "uma relação sexual voluntária entre uma pessoa casada e uma pessoa que não seja seu esposo ou sua esposa legal". Quão ruim e destrutivo é o pecado do adultério?

(3) O que o mundo de hoje pensa sobre o adultério?

(4) Como Jesus interpreta este Mandamento? (vide Mateus 5:27-32)

(5) Que perspectiva o apóstolo Paulo contribui a respeito desse mandamento? (1 Cor. 6:18-20)

(6) Qual é a melhor maneira de evitar cometer este pecado? (Salmos 119:9 e 2 Timóteo 2:22)

5:19-21—O oitavo e o décimo mandamento

(7) Como você definiria a palavra roubar ?

(8) Qual é a causa subjacente do pecado de roubar?

(9) A pobreza é uma desculpa válida para roubar?

(10) Que relação existe entre o décimo mandamento e o oitavo?

(11) Você acha que o décimo mandamento está relacionado ao contentamento? (vide 1 Timóteo 6:6-8)

(12) Como você definiria a palavra "contentamento"?

(13) A oração de Provérbios 30:7-9 é eficaz para nos ajudar a guardar o décimo mandamento? Por que ou por que não?

(14) Você consegue pensar em outras coisas que poderiam nos ajudar a guardar este mandamento?

(15) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Tudo começa com o coração

"Não cobiçarás a mulher do teu próximo. Não desejarás a casa do teu próximo, nem sua propriedade, nem seu servo ou serva, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença." (NVI-PT) ( Deut.5:21)

Dos últimos seis mandamentos, que abordam como os israelitas deviam tratar o próximo dentro da comunidade da aliança, o último deixa claro que tudo começa com o coração.

Embora se possa argumentar que honrar o pai e a mãe também é uma questão do coração, isso é algo que se pode medir facilmente: basta observar como o filho cuida dos pais na velhice. Quanto aos pecados de homicídio, adultério e roubo, esses crimes precisam ser comprovados com base na evidência das ações do infrator. Mas o último mandamento é realmente uma questão do coração. Uma interpretação literal nos mostra que o desejo ou cobiça do indivíduo, embora seja difícil de julgar no contexto da comunidade da aliança, será julgado pelo Senhor.

O que este último mandamento realmente nos mostra é que todos os outros mandamentos devem ser regidos pelo mesmo padrão. Para Deus, o que sempre conta são as intenções. Portanto, quando Jesus aponta que a raiva ou o ódio é a raiz do pecado de assassinato, e que uma pessoa que tem pensamentos adúlteros já violou o sétimo mandamento, Ele na verdade não está dizendo nada novo.

Não é de se estranhar que Jesus, ao citar diretamente os Mandamentos em Mateus 5, usa a fórmula "Vocês ouviram" (5:21, 27, 33, etc.) para mostrar que eles tinham ouvido os Mandamentos o tempo todo serm compreendê-los (13:13-14).

Ainda ouço cristãos se orgulharem de usar os Dez Mandamentos como suas regras de ouro para a vida, mas o que espero que eles entendam é que a função desses mandamentos, até mesmo para os cristãos, continua sendo a mesma de um espelho: eles lhes mostram sua incapacidade de guardá-los a fim de levá-los de volta ao arrependimento para eles encontrarem o perdão em Cristo (1 Jo 1:8-9).

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 5:6–21 (VI)

5:20O nono mandamento

(1) Este é o primeiro mandamento que menciona o “próximo”. Uma vez que sabemos que todos os pecados são pecados, o que o texto quer dizer quando salienta que certo pecado ou crime específico é cometido contra o próximo, especialmente no contexto desta nova comunidade da aliança?

(2) O que levaria uma pessoa a dar falso testemunho contra o seu próximo?

(3) Por que o castigo desse tipo de crime é tão severo? (vide Deuteronômio 19:16-21)

(4) Como este mandamento específico serve para preservar a integridade do processo legal ou sistema judicial da comunidade da aliança?

(5) A palavra “falso” também pode significar mentiroso, enganoso ou fraudulento; quando este mandamento é repetido em Deuteronômio 5:20, outra palavra é usada para transmitir a ideia de “falso”, uma palavra que também pode significar nada, vazio, inutilidade ou uma coisa vã (Durham, 296). Como já vimos nas reflexões meditativas dos dias anteriores, o verdadeiro foco dos Dez Mandamentos é o coração. Que tipo de caráter este nono mandamento exige do povo da aliança, e por que é importante?

Os Dez Mandamentos

(6) Um mandamento devia ser maior ou mais importante que outro? Por quê?

(7) Como Jesus resume os Dez Mandamentos quando cita Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18? (vide Mateus 22:37-40)

(8) Quando Jesus disse "E o segundo, semelhante a este", o que Ele quis dizer com a palavra "semelhante"?

(9) Quando Jesus diz que "toda a lei e os profetas" dependem desses "dois mandamentos", que relação Ele reconhece entre os dois, apesar de se referir a um deles como o maior e o outro como o segundo?

(10) À luz disso, como os cristãos de hoje devem usar os Dez Mandamentos?

(11) Que razão adicional Moisés poderia ter tido para reiterar os Dez Mandamentos ao povo neste momento preciso?

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Pecar
contra o nosso próximo

"Não darás falso testemunho contra o teu próximo." (NVI-PT) (Deuteronômio 5:20)

Muitos comentaristas nos lembram com perspicácia que, enquanto tentamos interpretar os Dez Mandamentos e aplicá-los aos nossos dias, devemos entender que eles foram dados principalmente à nova comunidade da aliança dos israelitas, não só para lhes revelar o caráter e as exigências de Deus mediante um conjunto de leis que regiam sua conduta de vida civil, religiosa e social, mas também para diferenciá-los como uma comunidade que pertencia ao Senhor, diferente de todas as outras nações. Esse grande privilégio implicava uma grande responsabilidade—a responsabilidade de permanecerem fiéis, não só ao seu Deus Único, mas também uns aos outros no contexto desta comunidade da aliança. Portanto, ao violar qualquer um desses mandamentos estariam violando o relacionamento da aliança, não só em relação a Deus, mas também uns para com outros.

Um exemplo claro disso é o pecado de Acã na época de Josué (Josué 7), uma vez que o pecado cometido contra o Senhor por uma única pessoa acarretou problemas para toda a comunidade. Qualquer infidelidade para com o Senhor também é infidelidade para com a sua comunidade, na qual cada um de nós é o próximo do outro, sem importar se vivemos ou não perto dele.

A importância do nono mandamento, o qual é seguido pelo décimo, onde o mesmo tema é repetido ao longo do mandamento inteiro, encontra-se precisamente no relacionamento que existe entre as pessoas. Embora o texto enfatize os temas da falsidade e da mentira, a mensagem subjacente é a relação de aliança que existe entre o povo. Isso vai muito além do patriotismo; trata-se de uma verdade espiritual baseada na promessa ou aliança que Deus fez com Abraão.