Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 5:22–33

Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Deuteronômio no Velho Testamento.

As palavras de Moisés (a Lei)O papel mediador de Moisés em Horebe:

(1) Moisés disse que Deus "nada mais acrescentou" às duas tábuas de pedra (ou seja, os Dez Mandamentos) (v. 22). Reflita sobre as seguintes perguntas a esse respeito:

a. O que ele quis dizer?

b. O que devemos pensar sobre o resto dos mandamentos que Deus continuou dando a Moisés (v. 31)?

c. O que são esses mandamentos senão "acréscimos" aos Dez Mandamentos?

(2) Uma vez que os líderes reconheceram que “Deus fala com o homem e que este ainda continua vivo” (v. 24), e uma vez que eles de fato sobreviveram nesta primeira ocasião, por que pensaram que morreriam se ficassem naquele lugar para ouvir a voz de Deus? (v. 26)

(3) Você acha que o medo desses líderes foi um medo saudável? Por que ou por que não?

(4) Qual foi a sugestão desses líderes? (v. 27)

(5) O que você acha que motivou esses homens a fazerem essa sugestão?

(6) Eles não tinham medo que Moisés morresse? Por que ou por que não? (vide Êxodo 32:1)

(7) Qual foi a resposta de Deus ao seu pedido? (v. 28)

(8) Que resultado Deus esperava do medo desses líderes? (v. 29)

(9) O resultado foi o que Deus esperava? Por que ou por que não?

(10) O que podemos aprender sobre o verdadeiro significado da expressão “temor do Senhor”?

(11) Qual foi a exortação de Moisés quando estava prestes a repetir para o povo "toda a lei, isto é, os decretos e as ordenançasuma última vez, e que razão ele deu? (vv. 32-33)

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Falar é fácil!

O Senhor ouviu quando vocês me falaram e me disse: ‘Ouvi o que este povo lhe disse, e eles têm razão em tudo o que disseram'." (NVI-PT) (Deuteronômio 5:28)

É muito estranho que o povo, ao escutar "a voz [de Deus] que vinha do meio da escuridão, estando o monte em chamas" (5:23), tenha pedido que somente Moisés ficasse para escutar a voz de Deus enquanto eles recuavam dessa cena espantosa.

Sua pergunta com certeza foi motivada pelo medo (5:25). No entanto, seu medo era saudável?

Sabemos que a Bíblia diz: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 9:10). No entanto, nem todas as formas de medo, incluindo quando seu objeto for o Senhor, levarão à sabedoria ou ao conhecimento (Pv 1:7). Os estudiosos têm identificado cinco tipos de medo mencionados na Bíblia: (1) medo emocional, (2) uma expectativa intelectual do mal, (3) uma espécie de reverência ou admiração, (4) um comportamento reto, piedade e (5) uma adoração religiosa formal; eles também salientam que o medo que o povo expressou em Horebe (Deut. 5:5) foi o primeiro tipo de medo, um medo emocional. (vide TWOT, 399)

No entanto, o Senhor fez o seguinte comentário a Moisés: “Ouvi o que este povo lhe disse, e eles têm razão em tudo o que disseram” (Dt. 5:28). Mas em seguida acrescentou: "Quem dera eles tivessem sempre no coração esta disposição para temer-me e para obedecer a todos os meus mandamentos. Assim tudo iria bem com eles e com seus descendentes para sempre!" (5:29).

Em outras palavras, esse "medo emocional" não é necessariamente ruim (embora não seja suficiente); aliás, é natural, mas só é positivo quando leva a um "comportamento justo". Nesse caso, é mais que um simples medo emocional; inclui um elemento de "reverência ou admiração".

Já sabemos que o medo do povo não foi mais que um simples "medo emocional"; não produziu nenhum comportamento justo, nem nenhum sentimento genuíno de "reverência ou admiração". Pouco depois desses eventos, essas mesmas pessoas incitaram Arão a fazer um bezerro de ouro para substituir Javé (Êxodo 32:1). Embora Deus tivesse dito sobre o povo que “eles têm razão em tudo o que disseram”, seu medo não foi do tipo que o Senhor procurava.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 6:1–9

Palavras de Moisés (A Lei)—O Grande Mandamento:

vv. 1-3Prefácio

(1) No seu prefácio à reiteração das leis, o que Moisés enfatizou como os propósitos de dar-lhes esses "decretos e mandamentos" (vv. 2-3)?

(2) E você? Quais são os seus propósitos ao ler essas leis do Senhor (e, além disso, ao ler a Bíblia)? (Você talvez queira ler Salmo 19:7-11 e 2 Timóteo 3:15-17)

vv. 4-9—O Shemá (vide a Nota abaixo)

(3) O v. 4 é considerado "a verdade fundamental da religião de Israel" (Craigie, citando Driver [NICOT, 168]): uma possível tradução literal seria "Javé nosso Deus, Javé (é) um". A frase exata é repetida em Zacarias 14:9. Os eruditos têm interpretado essa frase de duas maneiras diferentes:

- Ele é o único Deus (NICOT, 169).

- Ele é Javé (ou seja, "EU SOU O QUE SOU"), com quem "nenhum outro Elohim (ou seja, deus) pode ser comparado" (K&D, 884).

a. Em sua opinião, qual dos dois (ou talvez ambos) foi a intenção do autor no v. 4? Por quê?

b. Qual é a implicação de cada interpretação?

(4) O v. 5 é chamado o "dever fundamental" de Israel (e de toda a humanidade).

a. Você concorda? Por que ou por que não?

b. O que significa "amar"?

c. O que significa "coração"?

d. O que significa "alma"?

e. O que significa "forças"?

f. O que significa todo?

g. O que transmite a combinação das palavras coração, alma e forças?

h. Como você poderia guardar esse mandamento específico?

i. Em que contexto Jesus citou o mandamento? Por quê? (Mateus 22:37-40)

(5) Uma vez que Jesus se refere a este mandamento como o mais importante de todos, o povo devia guardar os mandamentos em seus corações e enfatizá-los aos seus filhos (vv. 6-9).

a. Quando e onde eles deviam falar sobre isso? (v. 7)

b. Onde eles deviam amarrá-los? (v. 8)

c. Onde devem escrevê-los? (v. 9)

d. Que ideia subjaz às instruções nos vv. 7-9?

e. Você acha que essas instruções foram dadas para serem seguidas literalmente? Por que ou por que não?

(6) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

"Shema Yisrael" (ou "Ouve, [ó] Israel") são as duas primeiras palavras de determinado trecho da Torá, e também o título (às vezes conhecido simplesmente por sua forma abreviada, Shema) de uma oração que serve como a peça central para os cultos de oração de manhã e de noite celebrados pelos judeus. Os judeus praticantes consideram o Shema a parte mais importante do culto de oração no judaísmo, recitando-o duas vezes por dia como mitsvá (mandamento religioso). É uma tradição entre os judeus que o Shemá sejam as últimas palavras, e que os pais o ensinem aos seus filhos antes de eles dormirem.

Reflexão meditativa
Shemá (
I)

"Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor." (NVI-PT) (Deuteronômio 6:4)

Os Mandamentos em Deuteronômio 6:4-9 têm sido considerados a "verdade fundamental" da religião de Israel e o "dever fundamental" da nação (ou melhor, de toda a humanidade). Alguns eruditos consideram que a ênfase do v. 4 não é tanto o fato de “o Senhor nosso Deus ser um (o único) Deus”, mas o fato de “o Senhor ser um (ou o único) Javé” (K&D, 884). Eu acho que essa declaração expressa ambas as ideias. Gostaria de compartilhar a reflexão de Peter Craigie a esse respeito:

“Estas palavras, as quais têm sido chamadas o dogma monoteísta fundamental do Velho Testamento, têm implicações práticas e teológicas. Os israelitas já tinham descoberto as implicações práticas quando celebraram o Êxodo com cânticos: 'Quem entre os deuses é semelhante a ti, Senhor?' (Êxodo 15:11), uma pergunta retórica cuja resposta esperada é negativa — não havia deuses como o Senhor! No Êxodo, os israelitas descobriram o caráter único de seu Deus e que os 'deuses' egípcios não podiam fazer nada para impedir que o povo do Senhor deixasse o Egito. Devido à presença viva de seu Deus na sua história, os israelitas puderam chamá-lo de o Senhor nosso Deus. Assim, para o povo, a unicidade e realidade do Senhor eram um conhecimento prático.

“Mas também havia implicações teológicas, e o contexto deste versículo nos diz que sua fonte foi a revelação direta de Deus (v. 1). A palavra expressa não o caráter único de Deus, mas também sua unidade. Uma vez que Ele é um só Deus (ou o "Único"), não havia outro que pudesse contradizê-lo quando Ele falava; quando Ele fazia uma promessa, não havia outro que pudesse revogá-la; quando Ele dava uma advertência, não havia outro que pudesse dar refúgio dela. Ele não era somente o primeiro entre muitos deuses, como Baal no panteão cananeu, Amon-Ra no Egito ou Marduque na Babilônia, Ele era o único Deus; e como tal, Ele era onipotente. Foi este Único Deus Todo-Poderoso que impôs a Israel a responsabilidade de amá-Lo, revelando assim outro aspecto de Seu caráter."
(NICOT, 169)

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 6:10–25

As Palavras de MoisésA Importância de Guardar as Leis

(1) Uma advertência para não esquecer o Senhor (vv. 10-12)

a. O que Moisés lembrou ao povo para que não se esquecessem do Senhor?

b. O fato de que eles herdariam "casas, cisternas, vinhas e olivais" que eles não tinham construído os faria mais ou menos propensos a esquecer que tinham recebido todas essas bênçãos de Deus? Por que ou por que não?

c. Na sua opinião, qual é a chave para não esquecer o Senhor?

(2) Condições para reivindicar a Terra Prometida com sucesso (vv. 13-19)

a. Qual dos Dez Mandamentos Moisés os lembrou de guardar nos vv. 13-14?

b. O que aconteceria se o povo não guardasse esses mandamentos? (v. 15)

c. De que incidente Moisés os lembrou ao instá-los a não pôr o Senhor à prova? (Êxodo 17:1-7) Por que ele citou esse evento específico?

d. Que condição (ou condições) Moisés deu em relação ao cumprimento da promessa de Deus de lhes dar a Terra Prometida? (vv. 18-19)

(3) Ensinar as gerações futuras (vv. 20-25)

a. Na sua opinião, qual é o maior desafio para garantir que as gerações futuras sigam os nossos passos de fé?

b. Em essência, o que Moisés estava dizendo que o povo devia fazer? (vv. 21-23)

c. O que você pode aprender do o conselho de Moisés sobre a necessidade de ensinar a nova geração?

d. Com base na Lei, como podia uma pessoa obter a “justiça”? (v. 25)

  1. Isso é possível? (Romanos 3:20)
  2. Portanto, qual era para o povo a base fundamental de justiça? (Romanos 1:17)

(4) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Shemá (II)

Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças.” (NVI-PT) (Dt 6:5)

“Israel devia amar a Jeová, seu Deus, de todo o coração, de toda a alma e de todas as forças. A razão para isso é encontrada nas palavras 'teu Deus', no fato de Jeová ser o Deus de Israel, e de Ele ter se revelado ao povo como um só Deus. A exigência 'de todo o seu coração' exclui qualquer relutância, qualquer coração com um amor dividido. O coração é mencionado primeiro, a base das emoções em geral, e mais especificamente do amor; logo segue a alma (nephesh), o centro da personalidade do homem, a fim de representar o amor como algo que permeia toda autoconsciência; a isso ele acrescenta, 'de todas as suas forças', isto é, de corpo e alma. Amar o Senhor de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças é colocado em primeiro lugar por ser o princípio espiritual do qual a observância dos mandamentos deve emanar (vide também os capítulos 11:1; 30:6). O temor do Senhor (cap. 10:12), o ouvir Seus mandamentos (cap. 11:13) e o observar toda a lei (cap. 11:22) deviam ser manifestados no amor; mas o amor em si devia ser manifestado andando em todos os caminhos do Senhor (cap. 11:22; 19:9; 30:16). Foi por isso que Cristo chamou o mandamento de amar a Deus de todo o coração 'o primeiro e maior mandamento', equiparando-o ao mandamento encontrado em Lev. 19:18: "ame o seu próximo como a si mesmo". Em seguida, Ele comenta que "destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mat. 22:37-40; Mc. 12:29-31; Lc. 10:27). Nem mesmo o evangelho conhece um mandamento maior do que este. A distinção entre a nova aliança e a antiga consiste apenas nisto: que o amor de Deus que o evangelho exige daqueles que afirmam crer nEle é mais intenso e caloroso do que o amor que a lei de Moisés exigia dos israelitas; isso corresponde à revelação do amor do próprio Deus, que se manifestou de maneira muito maior e mais gloriosa no dom de seu Filho unigênito para nossa redenção do que na redenção de Israel da escravidão no Egito.”
(K&D, 884-5)

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 7:1–11

As Palavras de MoisésComo deviam lidar com as nações dentro da Terra Prometida (I)

(1) Quais nações deviam ser expulsas da Terra Prometida? (v. 1)

(2) Quantas eram?

(3) O que o povo deveria fazer com elas? (v. 2)

(4) Que proibição específica foi dada a respeito dos povos dessas nações? (v. 3)

(5) Quais razões são apresentadas? (v. 4)

(6) É óbvio que o propósito dessas instruções era impedir que o povo violasse a primeira parte dos Dez Mandamentos: (vv. 5-6)

a. O que eles deviam fazer para eliminar a tentação de adorar ídolos? (v. 5)

b. Quais razões são apresentadas? (v. 6)

c. Como isso também se aplica a nós, os crentes do Novo Testamento? (1 Pedro 2:9)

d. À luz disso, o que devemos fazer para eliminar as tentações que também poderiam nos desviar?

(7) Uma recordação da razão pela qual o povo foi escolhido (vv. 7-11)

a. Qual não foi a razão? (v. 7)

b. Qual foi a razão? (v. 8)

c. Como Deus cumpriu Sua promessa? (v. 8b)

d. Portanto, que ênfase há na Sua eleição?

e. Como tudo isso se aplica a você?

f. À luz de tudo isso, como o povo devia responder a tanto amor por parte de Deus? (v. 9)

g. À luz disso, como você deve responder a tanto amor por parte de Deus?

h. O que aconteceria se o povo não respondesse a esse amor de Deus com amor? (v. 10)

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Por que
Ele nos escolheu?

O Senhor não se afeiçoou a vocês nem os escolheu por serem mais numerosos do que os outros povos, pois vocês eram o menor de todos os povos. (NVI-PT) (Deuteronômio 7:7)

Você já parou para se perguntar por que, de todas as bilhões de pessoas que há na face da terra, você foi escolhido para se tornar um filho de Deus? Deus trouxe tantos eventos à sua vida para levá-lo a Ele; Ele lhe deu a oportunidade de ouvir o evangelho; Ele trouxe outros crentes para sua vida; Seu Espírito Santo o cutucou várias vezes; finalmente Ele lhe deu fé para responder ao Seu amor por você na cruz!

Você já se fez a pergunta: "por que eu"?

Você era mais inocente do que os demais?

Você era mais sábio ou mais inteligente do que os demais?

Você tinha mais talento do que os demais?

Você tinha mais potencial do que os demais?

Você ama ou amou a Deus mais do que os demais?

Você já sabe as respostas a essas perguntas.

À luz disso, como você deve responder a tão grandioso amor de Deus?

Apesar de o Senhor (por meio de Moisés) ter descrito aos israelitas as horríveis consequências de desobedecê-Lo (7:10), Seu desejo nunca foi usar ameaças para forçá-los a amá-Lo (algo que, de qualquer forma, é impossível). O que Ele queria era conquistá-los com o Seu amor. Por isso ele decidiu explicar-lhes a razão pela qual ele os tinha escolhido, a qual é, aliás, a mesma razão pela qual ele nos escolheuo amor! O apóstolo Paulo teve somente uma resposta diante de um amor tão imerecido: "Se alguém não ama o Senhor, seja amaldiçoado!" (1 Coríntios 16:22).

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 7:12–26

As Palavras de MoisésComo deviam Lidar com as nações dentro da Terra Prometida (II)

(1) A promessa de bênçãos (vv. 12-16)

a. Quais bênçãos foram prometidas pelo Senhor? Faça uma lista delas, uma a uma. (vv. 13-15)

b. Qual era a condição para receber essas bênçãos? (v. 12)

c. Ao pedir ao povo que prestasse atenção e obedecesse, por que Deus escolheu enfatizar a destruição total de “todos os povos que o Senhor, o seu Deus, lhes entregar”? (v. 16)

(2) O encorajamento (vv. 17-21)

a. Do que o povo tinha medo? (v. 17) Era um medo bem fundamentado? (v. 1)

b. Por que, então, não deveria ter medo? (vv. 18-21; note que a palavra "vespões" (ARC) pode ser uma metáfora que significa "pânico" (NVI-PT); vide Êxodo 23:27-28; Josué 24:12)

c. Você acha que essas palavras de encorajamento tranquilizaram o povo? E você? Elas o tranquilizam?

(3) A promessa de possuir a terra (vv. 22-26)

a. Por que Deus não expulsaria todas aquelas nações de uma vez? (v. 22)

b. Além da razão prática mencionada no texto, quais seriam, na sua opinião, outros benefícios de precisar expulsar os inimigos “pouco a pouco”?

c. Que lições espirituais você pode aprender daquilo que foi dito acima?

d. Pondere as seguintes perguntas sobre o mandamento para destruir essas nações:

  1. O que o povo devia fazer com as imagens dos ídolos?
  2. Por que era proibido levá-los para suas casas devido ao seu valor (eram feitos de ouro e prata)? (vv. 25-26)
  3. Portanto, devemos exibir imagens de ídolos em nossas casas, embora não seja para fins de adoração, mas como ornamentos, devido ao seu valor (sejam feitos de ouro, prata ou jade)?

(4) Quais eram as nações que o povo devia destruir completamente? (v. 1)

(5) Quantas eram? (vide também Atos 13:19) Por que o Senhor as menciona por nome?

(6) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A destruição completa de todos os inimigos?

Quando o Senhor, o seu Deus, os fizer entrar na terra, para a qual vocês estão indo para dela tomarem posse, ele expulsará de diante de vocês muitas nações: os hititas, os girgaseus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. São sete nações maiores e mais fortes do que vocês; e quando o Senhor, o seu Deus, as tiver dado a vocês, e vocês as tiverem derrotado, então vocês as destruirão totalmente. Não façam com elas tratado algum, e não tenham piedade delas." (NVI-PT) (Deuteronômio 7:1-2)

Muitos ficam perplexos quando lêem o mandamento que o Senhor deu aos israelitas de expulsar as nações da Terra Prometida:totalmente as destruirás” (7:2). No entanto, devemos prestar atenção aos seguintes detalhes:

(1) O Senhor não deu essas instruções para que fossem uma regra geral de guerra, mas algo a ser aplicado apenas às nações que deviam ser expulsas da Terra Prometida. É por isso que Ele as menciona especificamente, uma a umaos hititas, os girgaseus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus; Ele deixou claro que essas instruções se aplicavam somente a essas “sete nações” (vide Atos 13:19).

(2) A razão dessa destruição total é muito clara: foi para que os israelitas não fossem influenciados por seus maus caminhos, especialmente sua adoração de ídolos. Parece que a maldade dessas sete nações era tão grande que o Senhor as abominava de forma especial, como vemos nas seguintes passagens:

Não se contaminem com nenhuma dessas coisas, porque assim se contaminaram as nações que vou expulsar da presença de vocês... Não sigam os costumes dos povos que vou expulsar de diante de vocês. Por terem feito todas essas coisas, causam-me repugnância.” (Lv 18:24, 20:23)

"Não é por causa de sua justiça ou de sua retidão que você conquistará a terra delas. Mas é por causa da maldade destas nações que o Senhor, o seu Deus, as expulsará de diante de você..." (NVI-PT) (Dt. 9:5)

(3) Portanto, o que tornou necessária a erradicação total dessas nações más e idólatras foi o perigo que representava sua coexistência com os israelitas (Dt 20:16 e ss.). Portanto, este mandamento não foi dirigido contra as nações que não estavam da terra que o povo de Israel devia possuir; outras políticas foram dadas sobre como lidar com "cidades distantes". Com elas, a prioridade era buscar a paz (Deuteronômio 20:10-15).

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 8:1–20

As palavras de MoisésA exortação para terem “o cuidado de obedecer a toda a lei”:

(1) Por que era importante para o povo obedecer cada mandamento? (v. 1)

(2) Para ajudá-los a seguir os mandamentos de Deus, Moisés os exortou a "se lembrarem" (vv. 2-5).

a. De que experiências eles deviam se lembrar?

b. O que tinha marcado sua experiência no deserto? (v. 2)

c. Qual das muitas provações que o povo tinha experimentado no deserto é mencionada por Moisés? (v. 3)

d. Como o povo tinha sido humilhado por aquela experiência? (v. 3a)

e. No entanto, o que eles tinham aprendido daquela experiência específica? (v. 3b)

f. Além das provações humilhantes, que outra coisa tinha marcado seus quarenta anos no deserto? (v. 4)

g. O que o povo deveria ter aprendido dessa outra marca de sua experiência no deserto?

h. Qual foi o objetivo final de Deus ao fazê-los passar pelo deserto durante quarenta anos? (v. 5)

i. Faça uma pausa para refletir: Qual desses elementos também tem marcado sua própria jornada de fé?

(3) A linda Terra Prometida (vv. 6-9): A Terra Prometida é descrita várias vezes coma a expressão "terra onde manam leite e mel, a mais linda de todas as terras" (por exemplo, Ezequiel 20:15).

a. Que tipo de terra é descrita no v. 7?

b. Que tipo de terra é descrita no v. 8?

c. Que tipo de terra é descrita no v. 9a?

d. Que tipo de terra é descrita no v. 9b?

e. Compare:

  1. Onde o povo tinha morado antes dos quarenta anos no deserto, e que tipo de pessoas tinham sido?
  2. Quem eram antes de José levá-los para o Egito? (Êxodo 1:1-5)

f. Portanto, o que eles deviam fazer à luz da tremenda graça de Deus? (v. 6)

g. Quem era você e onde você estava antes de conhecer a Cristo?

h. Onde você estaria hoje se Deus não o tivesse escolhido como Seu filho?

(4) A necessidade de se proteger contra a tentação da prosperidade na Terra Prometida (vv. 10-20)

a. De acordo com a previsão de Moisés, que tipos de prosperidade o povo experimentaria na Terra Prometida? (vv. 12-13)

b. Que tentações podem chegar junto com a prosperidade? (vv. 14 e 17)

c. Que elemento específico Moisés procurou salientar novamente sobre a experiência do povo no deserto, a fim de lembrá-los sobre a importância de recordar o Senhor seu Deus? (vv. 14a-16)

d. O que o v. 18 diz àqueles que pensam que são bem-sucedidos na vida devido aos seus próprios esforços?

(5) Que advertência solene Moisés lhes dá, apesar de todas as bênçãos que receberiam de Deus? (vv. 19-20) Por quê?

(6) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Não se esqueça de recordar

"Lembrem-se de como o Senhor, o seu Deus, os conduziu por todo o caminho no deserto, durante estes quarenta anos, para humilhá-los e pô-los à prova, a fim de conhecer suas intenções, se iriam obedecer aos seus mandamentos ou não." (NVI-PT) (Deuteronômio 8:2)

Moisés conhecia muito bem o seu povo. Quando estavam prestes a entrar na Terra Prometida, Moisés previu não a prosperidade que Deus tinha prometido que eles desfrutariam na terra que muitas vezes é chamada de terra onde manam leite e mel, a mais linda de todas as terras (por exemplo, em Ezequiel 20:15), mas também o fato de que, devido a essas tremendas bênçãos, o povo logo se esqueceria do Senhor depois de ter "construído boas casas e nelas morado" e depois de terem aumentado "os seus rebanhos, a sua prata e o seu ouro, e todos os seus bens" (8:12-13).

Por isso ele os exortou a "lembrem-se" de quem eles tinham sido escravos no Egito (8:14) e também das provações tinham suportado no deserto durante quarenta anos juízos cujo propósito tinha sido humilhá-los, "a fim de que tudo fosse bem com vocês" (8:16).

Além de exortá-los a se lembrarem de suas provações no deserto, Moisés também os exorta a se lembrarem das provisões milagrosas que Deus lhes tinham dado ao enviar-lhes o maná — algo “que os seus antepassados não conheciam” (8:16), e o fato surpreendente de que durante os mais de quarenta anos nas duras condições do deserto, as suas roupas "não se gastaram e os seus pés não incharam" (8:4).

Por mais amargas que tivessem sido algumas de suas experiências, e por mais surpreendentes que tivessem sido todas as provisões milagrosas, o povo ainda precisava "se lembrar", a fim de não esquecer e obedecer "aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, andando em seus caminhos e dele tendo temor" (8:6). Como já sabemos, o povo não fez isso; eles não se lembraram dessas experiências.

Portanto, como nós também temos experimentado não só a abundância de Deus, mas também a graça mais sublimeo sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo na cruz para nos redimir do pecado e da morte, o Senhor instituiu a Ceia do Senhor para nos ajudar a lembrar de nossa experiência no deserto — nossa vida escravizada pelo pecado e nosso Êxodo, a libertação do pecado pela morte de Cristo. Portanto, além de observar a Ceia do Senhor regularmente na igreja (na maioria dos casos cada mês), também devemos passar muito tempo sozinhos em casa lembrando o amor do nosso Senhor que morreu.

Eu sugiro duas coisas que você pode fazer a esse respeito:

- Antes de cada domingo em que será celebrada a Ceia do Senhor, prepare o seu coração em casa com a leitura de passagens sobre a morte de Cristo (geralmente se encontram nos últimos capítulos de cada Evangelho) ou sobre a instituição da Ceia do Senhor (Mt. 26:26-29; Marcos 14:22-25; Lucas 22:19-20; 1 Coríntios 11:23-34).

- Compre livros como “Ele Escolheu os Cravos” de Max Lucado ou “Death on a Friday Afternoon(morte numa tarde de sexta-feira) de Richard Neuhaus, e leia um trecho para ajudá-lo a nos lembrar do amor sacrificial que Cristo nos mostra regularmente.

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 9:1–21

As palavras de MoisésA verdadeira identidade dos israelitas:

(1) Os inimigos formidáveis (vv. 1-3)

a. Moisés não estava fomentando o medo do povo ao lembrá-lo do incrível poder de seus inimigos?

b. Então porque ele fez isso?

c. Para o que Moisés chamou a atenção do povo a isso, apesar de seus inimigos formidáveis?

d. Ele não tinha dito que Deus os expulsaria "pouco a pouco" (7:22)? Por que, então, ele disse aqui que eles aniquilariam seus inimigos “cedo” (ARC)? (v. 3)

(2) Qual é a razão pela qual Deus escolheu expulsar as outras nações e dar-lhes suas terras? (v. 5)

(3) Qual era a verdadeira identidade dos israelitas? (vv. 6-7) Por que foi importante o fato de Moisés ter chamado sua atenção a isso?

(4) Que evento específico Moisés usou como prova? (vv. 8-21)

a. De todas as rebeliões do povo, por que Moisés escolheu destacar esta? (v. 8)

b. Qual foi a rebelião? (vv. 9-11)

c. Quão importante foi o impacto dessa rebelião no o povo e na nação de Israel? (Observe como Moisés chamou as duas tábuas nos vv. 9, 11 e, por exemplo, em Êxodo 32:15.)

d. Qual poderia ser a importância do fato de as duas tábuas terem sido "escritas com o dedo de Deus" (9:10)?

e. Já é mau fazer ídolos. O que nos ensina o contexto no qual o bezerro de ouro foi feito sobre o caráter "obstinado" do povo? (v. 13)

f. O que o Senhor queria fazer naquele momento? (v. 14)

g. Em vez de aproveitar essa oportunidade para se exaltar (v. 14b), o que Moisés fez? Por quê? (vv.  18-19)

h. Você consegue se lembrar da parte comovente da intercessão de Moisés que por alguma razão foi omitida deste relato (vide Êxodo 32:31-32)? Por que Moisés fez isso?

i. Qual foi o resultado da intercessão de Moisés? (v. 19b)

(5) Em sua opinião, que lições esses israelitas deveriam ter aprendido desse incidente?

(6) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A auto-retidão

"Não é por causa de sua justiça ou de sua retidão que você conquistará a terra delas. Mas é por causa da maldade destas nações que o Senhor, o seu Deus, as expulsará de diante de você ..." (NVI-PT) (Deuteronômio 9:5)

Talvez nos pareça ridículo que esses israelitas ousaram pensar que sua própria retidãos lhes tinha trazido as bênçãos da Terra Prometida (9:4), e que Moisés teve que lembrá-los de que, na verdade, eles eram um povo “obstinado". Sua rebelião em Horebe, bem no momento da entrega dos Dez Mandamentos "escritas com o dedo de Deus" (9:10), cujo propósito era estabelecer uma aliança permanente com eles para reivindicá-los como povo de Deus, foi a prova mais contundente de seus caminhos rebeldes, os quais (como Moisés salienta) tinham começado "desde o dia em que saíram do Egito até chegarem aqui (isto é, as planícies de Moabe)" (9:7).

Mas a realidade é esta: nós não somos melhores do que os israelitas; somos tão propensos como eles a confiar em nossa própria retidão, como nos lembra João Cassiano (ca. 360 - 435 d.C.), um pai da igreja primitiva:

Eu lhes pergunto, o que poderia ser dito com mais clareza diante dessa nossa opinião e presunção perniciosa, pela qual queremos atribuir tudo o que fazemos ao nosso livre arbítrio e ao nosso próprio esforço? 'Depois que o Senhor, o seu Deus, os tiver expulsado da presença de você, não diga a si mesmo: ‘O Senhor me trouxe aqui para tomar posse desta terra por causa da minha justiça;' (Deuteronômio 9:4). Será que Ele não se expressou claramente àqueles cujas almas têm os olhos abertos e ouvidos que ouvem? Ou seja, quando você tiver desfrutado de um sucesso considerável na guerra contra os vícios carnais e percebe que tem sido libertado de sua imundície e do estilo de vida deste mundo, você não deve se envaidecer com o sucesso da luta e a vitória, atribuindo-a às sua própria forças e sabedoria, e acreditando que você conseguiu derrotar os espíritos malignos e vícios carnais por meio dos seus próprios esforços e o exercício do livre arbítrio. Não há dúvida alguma de que você nunca poderia ter obtido a vitória sobre essas coisas se a ajuda do Senhor não o tivesse fortalecido e protegido."
(ACNS III, 290)