Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 9:22–29

Esta semana, continuaremos o nosso estudo do livro de Deuteronômio no Antigo Testamento.

Palavras de Moisés (a exortação)A história da rebelião do povo:

Quando os israelitas estavam prestes a entrar na Terra Prometida, Moisés os lembrou que tudo era graça e nada do que estava acontecendo tinha a ver com sua justiça; pelo contrário, o povo tinha sido rebelde e teimoso desde sua partida do Egito até esse momento nas planícies de Moabe (9:7). Mais precisamente, Moisés os lembrou de seu pecado em Horebe, quando lhes deu os Dez Mandamentos (9:1-21), citando também outras evidências de sua rebelião:

(1) Quais são os quatro incidentes citados por Moisés como evidência de sua rebelião? (vv. 22-23)

(2) O que aconteceu em Taberá (Taberá significa "incineração".)? (Números 11:1-3)

(3) Que aspecto de sua maldade é destacado nesse incidente?

(4) O que aconteceu em Massá (Massá significa "prova".)? (Êxodo 17:1-7)

(5) Que aspecto de sua maldade é destacado nesse incidente?

(6) O que aconteceu em Quibrote-Hataavá (uma expressão que significa "túmulos dos desejos fortes")? (Números 11:31-35)

(7) O que é destacado nesse incidente?

(8) Por que Moisés deciciu destacar esses três dos muitos incidentes de rebelião?

(9) Já consideramos a rebelião do povo em Cades-Barnéia, que lhes trouxe o castigo de andar errantes quarenta anos no deserto (Dt. 1:19-40).

a. Qual foi a conclusão que Moisés tirou de todos esses incidentes? (v. 24)

b. Devia haver alguma esperança para o povo de Deus? Moisés não teria razão em ficar desanimado?

(10) Em seu resumo de todos esses incidentes de rebelião, Moisés menciona novamente o incidente de Horebe, lembrando ao povo que ele tinha intercedido em seu favor. (vv. 25-29)

a. Quão desanimado ficou Jeová depois da rebelião do povo? (v. 25)

b. Em seguida, Moisés explicou como tinha intercedido pelo povo. Que expressão ele usou para se dirigir ao Senhor? Por quê? (v. 26)

c. Qual é o significado de Moisés ter salientado duas vezes que essas pessoas, por mais teimosas e perversas que fossem, eram o povo de Deus e a herança de Deus, e que Ele os tinha redimido com Seu grande poder e mão poderosa? (vv. 26, 29)

d. Por que ele pediu ao Senhor que se lembrasse de Abraão, Isaque e Jacó? (v. 27)

e. O que teria acontecido com a reputação de Jeová se Ele tivesse destruído o Seu povo naquele momento? (v. 28)

f. Que lição os israelitas precisavam aprender com essa intercessão?

g. O que nós podemos aprender com a intercessão de Moisés?

(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Um retrato da carnalidade

"Além disso, vocês tornaram a provocar a ira do Senhor em Taberá, em Massá e em Quibrote-Hataavá." (NVI-PT) (Deuteronômio 9:22 )

Moisés conhecia muito bem o Seu povo. Quando estavam prestes a tomar posse da Terra Prometida, Ele os lembrou de sua natureza maligna a fim de mostrar-lhes que tudo é graça. Ao fazer isso, Ele os lembrou do que talvez tenha sido o aspecto mais perversa de sua rebelião — fabricar um bezerro de ouro para substituir Jeová no mesmo momento em que Ele estava entregando os Dez Mandamentos a Moisés em Horebe.

Além de citar esse incidente específico, Moisés também cita os incidentes que tinham acontecido em Taberá, Mas e Quibrote-Hataavá (9:22) como mais evidência de que tinham sido um povo rebelde e teimoso desde que Ele primeiro os conheceu (9:24). Esses três incidentes nos dão um retrato muito exato da carnalidade, um problema sobre o qual os cristãos de hoje também precisam ser advertidos. A carnalidade inclui as seguintes características:

- Propensão para reclamar: Em Taberá, depois de uma marcha de apenas três dias, e apesar da orientação e presença inconfundíveis de Jeová por meio da subida e descida (pela primeira vez) da nuvem (Números 10:13), o povo se queixou imediatamente das dificuldades que tinha encontrado durante sua viagem no deserto (Números 11:1). Essa é uma atitude típica dos crentes carnais, os quais não têm uma mente missionária; são propensos a reclamar com a chegada do menor indício de dificuldade às suas vidas. Como já sabemos, essa atitude trouxe a ira (literalmente) ardente de Jeová.

- Prontidão para pôr Jeová a prova: À primeira vista, a queixa do povo em Massá parece ser uma reação à falta de água para beber; no entanto, a Bíblia salienta que, na realidade, eles "puseram o Senhor à prova, dizendo: 'O Senhor está entre nós, ou não?'" (Êxodo 17:7) Eles acabavam de testemunhar a tremenda libertação do Senhor por meio das dez pragas e a travessia do Mar Vermelho; como era possível eles questionarem se Jeová estava com eles? Talvez porque já estavam tão acostumados a ver milagros e intervenções de Deus que não conseguiam suportar nenhuma demora aparente. Queriam que suas orações fossem respondidas imediatamente, queriam que seus problemas fossem resolvidos ali mesmo; quando isso não acontecia, eles estavam dispostos não só a questionar se Deus estava entre eles, mas também se Ele realmente se importava com eles! Essa é outra característica típica dos cristãos carnais.

- Os desejos da carne: A carnalidade do povo atingiu seu auge em Quibrote-Hataavá (Nm. 11:31-35). O problema aqui não foi a falta de comida, mas o fato de eles não terem a comida que desejavam. E quando Deus enviou as codornizes ao povo em resposta às suas exigências, seu consumo desenfreado da carne fez com que Jeová o afligisse com uma severa praga “enquanto a carne ainda estava entre os seus dentes” (Nm 11:33). Esse é um retrato muito fiel de crentes carnais cuja suposta "fé" em Deus visa somente o seu bem-estar material. Aliás, essas mesmas pessoas se voltam para qualquer deus que satisfaça seus caprichos, e se voltam contra Jeová quando Ele não satisfaz esses caprichos. Isso foi exatamente o que aconteceu ao longo da história dos israelitas.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 10:1–22

Palavras de Moisés (a exortação)Lembranças de Horebe (continuação)

Moisés continua seu sermão, no qual ele exorta o povo a servir e amar a Deus de todo o coração. Neste capítulo, ele conclui sua lembrança da maldade do povo em Horebe e o perdão de Deus:

(1) Perdão e a continuidade da aliança (vv. 1-5)

a. Qual foi o valor simbólico do ato de escrever novamente os Dez Mandamentos nas novas tábuas de pedra?

b. O que representa o mandamento de fabricar a arca da aliança? (Êxodo 25:22; Números 17:4)

c. Qual foi a importância do ato de colocar as tábuas de pedra na arca? (2 Crônicas 6:11)

(2) Uma pequena inserção (vv. 6-9): A discussão do exemplo de Horebe é interrompido pela menção do seguinte:

a. Arão: Antes deste versículo, qual tinha sido a última vez que seu nome foi mencionado? (9:20)

b. Jeová o tinha destruído imediatamente?

c. Sua morte pôs fim ao (sumo) sacerdócio? (v. 6)

d. Este trecho estabelece que o sacerdócio devia receber ajuda da tribo escolhida dos levitas: Quais eram seus deveres? (v. 8)

e. O povo agora podia entrar na Terra Prometida: No entanto, os levitas não participariam da distribuição da terra isso foi uma bênção para eles, ou uma maldição? (v. 9) Por quê?

f. O que Moisés procurou enfatizar com esta inserção?

(3) A moral do exemplo de Horebe (vv. 10-13)

a.  Após a rebelião do povo, essa nova experiência de Moisés (que durou mais 40 dias e noites) diante do Senhor foi diferente da primeira? (v. 10)

b. O que significa isso? (vv. 10-11)

c. O que Israel devia fazer à luz da graça perdoadora de Deus? (vv. 12-13)

(4) O Deus poderoso e temível (vv. 14-22) — Além de afirmar a graça de Deus, Moisés também lembra o povo do caráter assombroso de seu Deus:

a. Como Moisés contrastou esses dois aspectos aparentemente contraditórios de Deus? (vv. 14-15)

b. Eles realmente são contraditórios? Por que ou por que não?

c. O que o povo devia fazer à luz disso? (v. 16)

d. O que quer dizer circuncisão "operada no coração"? (vide Romanos 2:25-29)

e. O caráter do Deus grande, poderoso e temível (vv. 17-19):

  1. Como Ele é em comparação com outros deuses e senhores? (v. 17)
  2. Em que sentido Ele é reto? (v. 17b) Qual é a implicação disso para Seu povo?
  3. Como Ele mostra Sua compaixão para com os órfãos, viúvas e estrangeiros? (v. 18)
  4. O que os órfãos, as viúvas e os estrangeiros têm em comum?
  5. Como podemos imitar o caráter de Deus hoje, especialmente Sua compaixão para com os estrangeiros (quer dizer, os imigrantes)?

f. A unica resposta apropriada do povo diante de tudo isso era adorá-Lo como seu único Deus (vv. 20-22); eles deviam expressar sua adoração das seguintes maneiras:

  1. Temer ao Senhor: Como os vv. 14 e 17 poderiam levá-los (ou nós) a temerem ao Senhor?
  2. Servir ao Senhor: O que mais o povo da época de Moisés teria relacionado com o serviço prestado ao Senhor? E você? O que realmente significa servir a Jeová?
  3. Apegar-se ao Senhor: A que outra pessoa ou coisa talvez nos apeguemos em vez de no apegar a Ele?
  4. Jurar somente no nome do Senhor: À luz do fato de que Jesus nos ensinou a não fazer nenhum juramento (Mt 5:34), qual é a implicação desse mandamento de Moisés?
  5.  Louvar ao Senhor (ou seja, não louvar mais ninguém):

1. Qual é a razão dada aqui? (v. 21)

2. Que evidência o povo tinha disso diante de seus próprios olhos? (compare este trecho com Êxodo 1:1-5; Êxodo 12:37)

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Um medo amoroso

No entanto, o Senhor se afeiçoou aos seus antepassados e os amou, e a vocês, descendentes deles, escolheu entre todas as nações, como hoje se vê. (NVI-PT) (Deuteronômio 10:15)

Quando os israelitas estavam prestes a entrar na Terra Prometida, Moisés procurou impressionar o povo profundamente com o conhecimento da maravilha e benevolência de Jeová; por isso, ele concluiu o relato de sua experiência em Horebe com as seguintes palavras: “Ao Senhor, o seu Deus, pertencem os céus e até os mais altos céus, a terra e tudo o que nela existe. No entanto, o Senhor se afeiçoou aos seus antepassados e os amou, e a vocês, descendentes deles, escolheu entre todas as nações, como hoje se vê” (10:14-15).

É interessante notar que a versão NVI-PT usa a expressão "no entanto" para destacar a aparente contradição entre Seu caráter assombroso e Seu caráter amoroso. Mas esta aparente contradição expressa por Moisés só existe nas mentes daqueles que não conhecem a Jeová. Na mente do mundo, um Deus tão imponente e poderoso não é acessível. Mas a verdade é que nosso Deus é ao mesmo tempo imponente e acessível.

Aliás, isso nos ajuda a entender o verdadeiro significado da expressão "o temor do Senhor", algo que o Senhor requer de nós (10:12). Reflita sobre as seguintes verdades:

- À luz do grande e formidável poder de Deus, o “o Deus dos deuses e o Soberano dos soberanos” (10:17) a quem “pertencem os céus e até os mais altos céus, a terra e tudo o que nela existe” (10:14), devemos desenvolver um senso de admiração e temor que nos leve a nos prostrar em adoração diante dEle (como Josué e o apóstolo João fizeram—vide Js. 5:14 e Ap. 1:17).

- Por outro lado, a grande afeição e amor que Ele mostrou a Israel (10:15), e que também mostra a nós (por meio do sacrifício de Cristo na cruz — vide Gálatas 2:20) deve fazer com que nos aproximemos dEle sem medo (Heb. 4:16) e correspondamos ao Seu amor (10:12).

No entanto, Moisés nos lembra que esse "temor amoroso" do Senhor sempre se expressa por meio da obediência e observância dos Seus "mandamentos e decretos" (10:13), uma verdade que foi confirmada pelo nosso Senhor Jesus em Jo. 14:21-24.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 11:1–17

Palavras de Moisés (a exortação)uma continuação da exortação à obediência:

(1) A importância da experiência pessoal (vv. 1-7)

a.  Por que Moisés enfatizou que aqueles que estavam presentes, e não seus filhos, eram os que tinham visto e experimentado tanto a disciplina de Deus, quanto Sua obra poderosa? (vv. 2, 7)

b. Ao dizer isso, quais foram os exemplos específicos de "toda a grande obra que fez o Senhor" citados por Moisés? (vv. 3-4)

c. Que exemplos da disciplina de Deus ele cita? (vv. 5-6)

d. Portanto, o que o povo devia fazer uma vez que tinha visto essas coisas com os próprios olhos? (v. 7)

e. À luz disso, quão importante para a nossa obediência ao Senhor é nossa experiência pessoal de fé?

f. Nossas experiências pessoais garantem nossa obediência ao Senhor? Por que ou por que não?

(2) Condições para receber as bênçãos (vv. 8-15)

a.  Em que aspectos a terra de Canaã era diferente da terra do Egito, em termos de sua paisagem e dos métodos que o povo usaria para cultivá-la? (vv. 10-11)

b. Do ponto de vista humano, é melhor depender da irrigação feita por nós mesmos, ou no tempo?

c. Por que, então, Deus disse que essa dependência da natureza era uma bênção? (v. 12)

d. Como essa bênção estava ligada à obediência? (vv. 8, 13-15)

e. À luz disso, em qual desses dois contextos você preferiria viver? Por quê?

f. Que lições importantes podemos aprender dessa exortação de Moisés?

(3) O lado negativo das bênçãos (vv. 16-17)

a. O que aconteceria se o povo não obedecesse ao Senhor, mas em lugar disso se desviasse, servindo a outros deuses? (vv. 8, 16-17)

b. À luz das tremendas promessas de bênção e das ameaças de maldição, não seria lógico supor que o povo obedeceria a Jeová sem se desviar dEle? Por que ou por que não?

(4) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O valor da experiência pessoal

"Lembrem-se hoje de que não foram os seus filhos que experimentaram e viram a disciplina do Senhor, o seu Deus, a sua majestade, a sua mão poderosa, o seu braço forte ... Vocês mesmos viram com os seus próprios olhos todas essas coisas grandiosas que o Senhor fez.” (NVI-PT) (Dt 11:2, 7)

Quando compartilhamos as boas novas de Jesus Cristo, gostamos de dizer que a razão pela qual a nossa mensagem é poderosa é que está baseada na verdade objetiva da Bíblia e apoiada pela nossa experiência pessoal de conversão e transformação. Mais precisamente, reconhecemos que uma das razões pelas quais o nosso testemunho pessoal é muito poderosa é que ele fornece uma maneira muito concreta (e não abstrata) de mostrar aos ouvintes como  eles podem colocar sua fé em Jesus Cristo, sem mencionar o fato de ela ser uma experiência em primeira mão de graça e transformação que os ouvintes não podem contestar.

Nesta passagem, Moisés nos mostra que nossa experiência pessoal, além de ser uma ferramenta muito poderosa para a evangelização, é importante para preservar o nosso relacionamento com Deus, uma vez que funciona como um lembrete poderoso de "sua grandeza, sua mão poderosa, seu braço estendido, seus sinais e suas obras que ele fezquando (no nosso caso) Ele nos tirou dos caminhos de vida pecaminosos nas quais antes andávamos e nos deu uma nova vida em Cristo. Isso inclui a poderosa convicção que o Espírito Santo nos dá dos nossos pecados, a profunda emoção que sentimos diante do amor de Cristo na cruz e o sentimento avassalador de paz que recebemos no momento da nossa conversão. Em tempos de crise, sempre podemos lembrar a nossa experiência pessoal para saber que Deus ainda está presente conosco!

Podemos dizer o mesmo sobre a disciplina do Senhor que experimentamos em tempos de fracasso. Isso não só significa que as horríveis consequências de nossos pecados servirão de advertência, mas também que a graça e as segundas chances que Deus nos dá servirão “para que vos esforceis” (11:8) para recuperar a herança espiritual que é nossa, a saber, a perdão e o abraço que o Deus Pai dá a Seus filhos e filhas pródigos.

Portanto, sempre será de grande utilidade reservar um tempo para "nos lembrar" da fidelidade de Deus que já experimentamos pessoalmente (11:2), quer pela manifestação de Seu grande poder, quer pela Sua disciplina amorosa.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 11:18–32

Palavras de MoisésEsta passagem encerra seção de exortação antes da exposição dos decretos e ordenanças específicos (que começa no capítulo 12).

(1) Os vv. 18-21 funcionam como um recurso literário conhecido como "inclusão", pois repetem as palavras da mensagem de exortação que já foram ditas em 6:6-8 e 6:2.

a. O que essas duas passagens quase idênticas procuram enfatizar?

b. Por que Moisés escolheu repetir isso para encerrar sua exortação a obedecer aos mandamentos de Jeová?

c. Qual é a promessa dada no capítulo 6 para aqueles que obedecem a esta mensagem? (6:2)

d. Como essa promessa (reiterada em 11:21) reflete o desejo que Deus tinha para com o povo?

(2) Mais estímulos para obedecer a Deus e Seus mandamentos (vv. 22-25)

a. Qual é a primeira promessa dada? (v. 23)

b. Como ela aborda a maior preocupação original do povo? (Números 13:31-33)

c. Qual é a segunda promessa? (v. 24)

d. Compare esta reiteração sobre o território com a versão original em 1:7-8. Que ênfase é acrescentada na versão mais recente?

e. Qual é a terceira promessa? (v. 25)

f. Compare esta reiteração com as palavras em 2:25 e 7:23-24. Qual é a ênfase adicional?

(3) Bênçãos e maldições para serem proclamadas nos montes Gerizim e Ebal num momento futuro (vv. 26-32): Moisés pronuciaria os detalhes dessas bênçãos e maldições de forma exaustiva nos capítulos 27-28, e mais tarde seriam proclamadas por Josué nas duas montanhas estipuladas (Josué 8:30-35).

a. Por que Moisés encerrou esta seção de exortação com uma menção da existência de bênçãos e maldições?

b. Quais são os fundamentos respectivos das bênçãos e maldições? (vv. 27-28)

c. Por que era importante que fossem proclamados de novo mais tarde nos montes Gerizim e Ebal?

d. A promessa das bênçãos e a ameaça das maldições deveriam ser a base da obediência do povo a "todos os decretos e ordenanças" (v. 32)?

e. Nesse caso, por que Deus (através de Moisés) pronunciou essas bênçãos e maldições?

f. Portanto, qual deveria ser a base da nossa obediência às palavras de Deus? (João 14:21-24; 2 Coríntios 5:14a)

(4) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
As bênçãos supremas

"Prestem atenção! Hoje estou pondo diante de vocês a bênção e a maldição." (NVI-PT) (Dt. 11:26)

Mais adiante, nos capítulos 27-28, veremos que Moisés anunciou os detalhes sobre as bênçãos que Deus concederia ao povo se eles obedecessem aos Seus mandamentos, assim como as maldições que cairiam sobre eles se decidissem desobedecê-los. Aparentemente, essas bênçãos e maldições deviam ser reiteradas numa cerimônia formal após a entrada do povo na Terra Prometida, e logo gravadas nas rochas dos montes Gerizim e Ebal, respectivamente (Josué obedeceu essas instruções mais tarde) (Josué 8:30-35).

No entanto, sabemos que a intenção de Deus nunca foi usar bênçãos a fim de atrair as pessoas para que obedecessem a Ele e Seus mandamentos, nem usar a ameaça de maldições para dissuadi-los de se afastarem dEle. O desejo supremo de Jeová era que Seu povo O amasse de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças (6:5). Nenhuma quantidade de bênçãos ou maldições seria capaz de gerar um amor genuíno. Deus estava plenamente ciente disso. Portanto, por que Ele mesmo assim proclamou bênçãos e maldições ao povo antes de eles tomarem posse da Terra Prometida, e por que Ele os obrigou a repetir essas bençãos e maldições depois de sua entrada na Terra Prometida? A triste razão disso é que Deus já sabia que eles desobedeceriam, e queria que essas bênçãos e maldições não só fossem proclamadas verbalmente, mas também gravadas nas rochas, para que Israel não tivesse desculpa alguma para sua destruição futura.

Felizmente, a Terra Prometida terrena é apenas uma sombra da grande cidade que foi prometida a Abraão e seu povo (uma cidade que é celestial, Hebreus 11:16); além disso, as maldições (que são mais que uma simples sombra das maldições finais que virão sobre toda a humanidade devido à sua incredulidade) apontavam para a vinda de um Redentor, o Cordeiro de Deus, que tiraria o pecado do mundo (Jo 1:29 ), transformando todas as maldições em bênçãos. Estas últimas não podem ser comparadas com aquelas que foram proclamados por Moisés; são as bênçãos da morada eterna de Deus entre Seu povo entre aqueles que crêem no nome de Seu Filho Jesus Cristo (Apocalipse 21:1-5).

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 12:1–14

Legislação específica—Um lugar único é designado para o culto (I):

(1) Onde os israelitas adoravam a Jeová antes de entrar na Terra Prometida? (Êxodo 33:7-11; Levítico 1:3; 8:4; 17:4-5)

(2) Qual foi o primeiro mandamento dado por Moisés na repetição de algumas das leis específicas? (vv. 1-3)

(3) Qual foi intenção dessa lei? (v. 3b)

(4) Qual mandamento vem depois d o mandamento de eliminar totalmente os nomes dos outros deuses que havia na terra? (v. 4)

(5) Reflita sobre as seguintes perguntas à luz da proibição dada ao povo de adorar a Jeová “como eles adoram os seus deuses” (v. 4):

a. Qual é a instrução específica dada nos vv. 5-7?

b. Qual pode ter sido a importância dessa medida que garantia que todo o povo adorasse somente a Jeová, apresentando sacrifícios em um só lugar, mesmo (ou melhor, especialmente) depois de estarem espalhados pela terra? (Observe o primeiro mandamento mencionado anteriormente.)

c. Como esse mandamento impediria o povo de adorar como os pagãos adoravam?

d. Como podemos aplicar esse ensinamento ao nosso contexto hoje?

(6) O que as palavras de Moisés sugerem no v. 8, dado o contexto do estabelecimento de um local específico para o culto após a entrada do povo na Terra Prometida?

(7) Portanto, por que é importante o fato de eles terem chegado “ao lugar de descanso e à herança que o Senhor, o seu Deus, lhes está dando", no que diz respeito ao mandamento de não fazer “cada um ... o que bem entende;”? (v. 9). Que diferença isso deve fazer?

(8) Ao reiterar o mandamento sobre a obrigação de ir somente ao local designado para apresentar ofertas e sacrifícios (vv. 10-12), este trecho acrescenta mais um elemento que afeta os levitas:

a. Quem eram os levitas?

b. Do que eles dependiam para seu sustento, uma vez que dedicavam suas vidas exclusivamente ao serviço no Tabernáculo?

c. Quais teriam sido as consequências para os levitas se o povo tivesse escolhido apresentar suas ofertas onde cada indivíduo quisesse?

d. Qual poderia ser a mensagem hoje para aqueles crentes que frequentemente mudam de igreja?

(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota :

Após a conquista da Terra Prometida, o Tabernáculo foi erguido em Siló (Josué 18:1; Jeremias 7:12), onde permaneceu até que Davi armou uma tenda para a Arca da Aliança em Sião, na cidade de Jerusalém, erigindo ali também um altar para fazer sacrifícios (2Sm 6:17; 1Cr 16:1). Finalmente, o Tabernáculo foi substituído pelo templo, que foi construído na eira de Araúna em Jerusalém, segundo as instruções do profeta Gad (2 Sm 24:18; 1 Cr 21:18, 29-31).

Reflexão meditativa
Re
ndição de contas com a comunidade de fé

Vocês, porém, não adorarão o Senhor, o seu Deus, como eles adoram os seus deuses. 5 Mas procurarão o local que o Senhor, o seu Deus, escolher dentre todas as tribos para ali pôr o seu Nome e sua habitação.” (NVI-PT) (Deuteronômio 12:4-5)

Além de parecer restritiva demais, a instrução na qual o Senhor exige que todos os sacrifícios e ofertas sejam apresentados somente no local designado também pode parecer pouco prático, dada a extensão territorial da Terra Prometida. No entanto, a história de Israel acabou mostrando a sabedoria do Senhor ao lhes dar este mandamento.

O objetivo dessa exigência rigorosa sobre o local do sacrifício (e portanto da adoração ao Senhor) não era somente proteger os israelitas da possibilidade de que eles começassem a adorar os deuses dos cananeus (12:1-3); também visava impedi-los de realizar à sua maneira os rituais de adoração que Deus tinha prescrito a fim de que houvesse uma distinção entre a adoração de Javé e qualquer tipo de adoração pagã.

Aconteceu que, após a divisão do reino de Israel nos reinos norte e sul, Jeroboão violou descaradamente essa instrução, pois temia que seu povo voltasse ao reino do sul para oferecer sacrifícios no templo de Jeová em Jerusalém e transferisse sua lealdade para esse reino. Por isso, ele estabeleceu dois bezerros de ouro, um em Betel e outro em Dã, mergulhando o povo no pecado (1 Reis 12).

Essa flagrante violação da obrigação de adorar ao Senhor no local de adoração designado tornou-se tão comum em ambos os reinos (do sul e do norte) que o povo costumava adorar ao Senhor nos “altos”, assim como faziam os cananeus na adoração de seus deuses. Vemos repetidamente que mesmo quando alguns dos reis mais piedosos de Judá (como Joás) voltaram ao Senhor, "os altares idólatras não foram derrubados; o povo continuava a oferecer sacrifícios e a queimar incenso neles" (2 Reis. 12:3).

Em sua tentativa de preservar a adoração de Yahweh, os samaritanos também fizeram sua própria versão editada do Pentateuco (os Cinco Livros de Moisés). "De acordo com a sua versão, o Monte Gerizim foi escolhido como o lugar do santuário" (Archaeological Study Bible, 1727), uma flagrante violação do mandamento posterior do Senhor (em Deuteronômio 27:4-8) de construir um altar sobre o Monte Ebal. Na verdade, isso é só um exemplo de aproximadamente 6.000 alterações que tentaram fazer em sua versão do Pentateuco (conhecido como o Pentateuco Samaritano).

Em nossa era neotestamentária, todos os crentes são o templo do Espírito Santo, e vivemos sob a graça, não sob a lei. Mesmo assim, continua sendo importante adorar juntos como uma comunidade de fé, a fim de preservar a ortodoxia da nossa fé bíblica. Quando uma pessoa deixa sua comunidade de fé, não pode ser ignorado o perigo de não ter ninguém a quem render contas, pois muitas vezes isso propicia a formação de seitas e o desenvolvimento de heresias. Um bom exemplo disso é Joseph Smith, o fundador do mormonismo.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 12:15–32

Legislação Específica—Um lugar único é designado para o culto (II)

Depois de estabelecer leis estritas que proibiam a adoração em qualquer lugar que não fosse o local designado (ou seja, o Tabernáculo), Moisés procurou esclarecer suas palavras com os seguintes mandamentos a serem observados pelo povo após sua entrada na Terra Prometida:

(1) O consumo de carne que não destinada a ser oferecida ao Senhor (vv. 15-16)

a.  A pureza cerimonial era uma questão irrelevante no contexto do consumo de carne de animais não designados como ofertas? (Quer dizer, realmente importava?) (v. 15)

b. Qual regra permanecia aplicável, mesmo para o consumo de animais comuns? (v. 16)

(2) Por que era obrigatório que o povo não comesse nada em suas próprias cidades (fosse carne ou grãos) que estivesse destinado como oferta ao Senhor? (vv. 17-19)

(3) Por que Moisés sentiu a necessidade de reiterar esse mandamento, especialmente na forma em que ele é resumido novamente nos vv. 20-21?

a. Por que o sangue não devia ser consumido em circunstância alguma? (v. 23)

b. Como essa proibição revela a atitude de Deus com relação a todas as formas de vida, não só a vida humana?

(4) Os vv. 26-28 reiteram como o povo devia tratar o sangue dos animais abatidos:

a. Por que somente os animais e pássaros limpos podiam ser consagrados como sacrificios ao Senhor? (Gênesis 8:20)

b. Como o sangue desses animais devia ser tratado? Por quê?

c. Por que era tão importante que o povo observasse rigorosamente as regras que regiam esse tratamento?

(5) Israel devia ser diferente das nações pagãs (vv. 29-31)

a. Quão perversas eram as nações que o povo iria expulsar? (v. 31)

b. Por que Moisés usa a palavra "odeia" para descrever a atitude de Deus para com as práticas detestáveis dessas nações?

c. Qual de suas práticas detestáveis é citada neste trecho? (v. 31b)

d. Por que o povo é proibido até mesmo de indagar sobre como essas nações serviam os seus deuses? (v. 30)

e. Qual pode ter sido a razão para a repetição neste trecho da ênfase sobre a proibição de comer sangue de animais?

(6) Por que Moisés encerra esta porção da lei com a ordem de que nada devia ser acrescentado nem eliminado desta provisão? (v. 32)

(7) Qual teria sido a razão ou motivação daqueles que talvez quisessem acrescentar ou eliminar alguma porção da lei?

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota :

Cabe ressaltar que “os dois atos (abater e sacrifícar) eram inseparáveis na religião antiga. No entanto, com a abolição do sacrifício nos santuários locais, era necessário estabelecer algum mecanismo que permitisse aos israelitas comer carne, mesmo quando não pudessem ir ao local central de culto. O que se segue são regulamentos inovadores para esta prática que os rabinos chamavam de shehitat hulin, 'o abate secular'” (The Five Books of Moses, 943).

Reflexão meditativa
O caráter sagrado
da vida

Mas não comam o sangue, porque o sangue é a vida, e vocês não poderão comer a vida com o sangue.” (NVI-PT) (Deuteronômio 12:23)

Aquilo que vem antes eu incluí em seu devido lugar, a saber, que não lhes era permitido matar os sacrifícios em qualquer lugar que não fosse santuário, do qual havia apenas um na Judéia. Neste trecho, eles recebem permissão para comer carne, desde que os animais não sejam oferecidos a Deus, mas sejam comidos como qualquer animal selvagem. Como exemplos são mencionadas duas espécies (o corço e o veado) que nunca eram apresentados como ofertas. Portanto, o povo podia comer carne livremente onde quisesse, com a única exceção de que não lhes era permitido provar o sangue; porque, embora essa regra tivesse sido observada por seus antepassados antes da promulgação da Lei, Deus a ratificou novamente quando decidiu reunir um povo especial para Si. Sabemos que imediatamente após o dilúvio Noé e sua posteridade foram ordenados a se abster de comer sangue; no entanto, como a maioria da humanidade logo degenerou, é provável que todas as nações tivessem descumprido esse mandamento de Deus, permitindo-se licença universal com respeito a isso; é até duvidoso que essa observância, que em todos os lugares caiu em desuso, tenha prevalecido entre a família de Sem. Com base na nova promulgação da lei, pode-se supor que certamente já estava completamente obsoleta; em qualquer caso, Deus queria que Seu povo escolhido fosse distinguido das nações pagãs por meio dessa marca de separação.

“A razão da proibição agora mencionada já havia sido declarada, a saber, o sangue é a fonte da vida. Embora era permitido matar e comer um animal, a proibição de tocar o sangue funcionou como uma útil coibição para evitar a desumanidade; se o povo devia se abster do sangue dos animais, era muito mais necessário poupar o sangue humano. Portanto, depois que Deus proibiu o consumo de sangue, Ele imediatamente disse o seguinte sobre os próprios homens: 'Quem derramar sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado; porque à imagem de Deus foi o homem criado' (Gênesis ix.4-6). Por isso, eu considerei apropriado juntar com o Sexto Mandamento todas as passagens nas quais Deus manda povo se abster do sangue. O ato em si de comer sangue não era um assunto de grande importância: portanto, uma vez que Deus insiste com tanta frequência num ponto de tão pouca importância, pode-se deduzir que a lei tem algum objetivo além disso. A essa observação podemos acrescentar também a da severidade do castigo; certamente não era um crime digno de morte provar o sangue de um passarinho; portanto, também fica claro que a proibição tinha algum outro significado, a saber, que a crueldade devia ser abominada. E as palavras de Moisés mostram que a razão da proibição do consumo de sangue não era que ele infectaria o homem com sua imundície, mas para que a vida humana fosse considerada preciosa; diz-se, portanto, que 'o sangue é a vida', o que, segundo a opinião de Agostinho, é o equivalente a dizer 'o sinal da vida'; mas o que Moisés quis dizer foi que a vida animal está contida no sangue. Portanto, a proibição do sangue, que representa a vida, não foi dada sem razão, e o consumo de sangue não era pecaminoso somente quando era consumido sozinho, mas também quando era consumido junto com carne, como é declarado expressamente em Deuteronômio e na última passagem de Levítico (quer dizer, o capítulo 19).”
(Comentários de Calvin
o III, 29-30)

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 13:1–18

Legislação Específica — Como o povo devia lidar com pessoas que procuravam incitá-los a adorar outros deuses:

(1) Como lidar com profetas que procuravam incitá-los a adorar outros deuses (vv. 1-5):

a.  A capacidade de realizar sinais e maravilhas devia ser a base para determinar se algum profeta era de Deus? Por que ou por que não? (v. 1; Êxodo 7:11-12; Mat. 24:24)

b. O cumprimento de suas profecias devia ser evidência suficiente? Por que ou por que não? (v. 2)

c. Portanto, em última instância, qual era a base para discernir se um profeta era de Deus ou não? (v. 4)

d. Como podemos aplicar esses princípios hoje?

e. O que o povo devia fazer com os falsos profetas? Por quê? (v. 5)

(2) Como deviam lidar com entes queridos que procuravam incitá-los a adorar outros deuses (vv. 6-11):

a. O que teria levado uma pessoa a seguir seus entes queridos na adoração de outros deuses além de Jeová?

b. O que a lei exigia que o povo fizesse, mesmo que a pessoa fosse um de seus entes queridos? (v. 9)

c. Qual teria sido o impacto do fato de que “sua mão será a primeira contra ele a matá-lo”? (v. 9)

d. Se você fosse um dos israelitas, poderia ter obedecido a este mandamento? Por que ou por que não?

(3) Como deviam lidar com uma cidade apóstata inteira em Israel (vv. 12-18)

a. O que deviam fazer ao ouvir que uma das cidades de Israel havia apostatado? (v. 14)

b. O que deviam fazer com a cidade no caso de que o relato fosse verdadeiro? (v. 15)

c. O que deviam fazer com os despojos daquela cidade? (vv. 16-17) O que isso simboliza?

(4) Por que Jeová impôs um castigo tão duro e severo a qualquer pessoa que induzisse Seu povo a servir a outros deuses?

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Como lidar com a apostasia

"Apedreje-o até a morte, porque tentou desviá-lo do Senhor, o seu Deus, que o tirou do Egito, da terra da escravidão." (NVI-PT) (Deut. 13:10)

Quando o povo estava prestes a entrar na Terra Prometida (e, portanto, corria o risco de seguir os deuses das nações que deviam expulsar), Moisés impôs leis muito rígidas e rigorosas que tratavam duramente qualquer pessoa que incitasse o povo de Deus a seguir os deuses dessas nações, fosse um profeta (13:1-5), ente querido (13:6-11) ou até mesmo uma cidade inteira (13:12-18).

Certamente entendemos a razão por trás dessas leis severas e rígidas: se o povo não erradicasse todas as tentações possíveis de adorar outros deuses, o povo inteiro (não só aqueles que procuravam seduzi-lo) cairia sob o juízo de Jeová. No entanto, é impossível não pensar nos muçulmanos extremistas da nossa época que atualmente impõem o mesmo castigo a todos aqueles que são considerados por eles como "infiéis". Afinal, eles não estão seguindo as mesmas instruções dadas aqui por Moisés? Nos séculos passados, a igreja não queimava os hereges na fogueira?

Claro, os muçulmanos não podem e não devem seguir as instruções dadas aqui por Moisés porque eles não adoram o Único e Verdadeiro Deus dos Israelitas. É totalmente errado dizer que os muçulmanos adoram o mesmo Deus que nós. Assim como o povo ordenou a Arão que lhe fizesse um bezerro de ouro para substituir Jeová como o deus que os tirou do Egito (Êxodo 32:4), Maomé criou o Alcorão para fazer outro deus que os muçulmanos pudessem seguir.

No entanto, embora aqueles que queimavam hereges pensassem que estavam seguindo as instruções de Moisés, não entendiam que depois da redenção realizada por nosso Senhor Jesus Cristo na cruz, não vivemos mais sob a lei, mas sob a graça. Aqueles que crucificaram o nosso Senhor na cruz cometeram um pecado muito mais hediondo do que aqueles que podem ter tentado o povo de Deus a adorar outros deuses, uma vez que mataram o próprio Filho de Deus. Mas sabemos que, apesar disso, o nosso Senhor orou pedindo a Deus que os perdoasse, dizendo: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo" (Lucas 23:34).

Portanto, devemos orar pelos muçulmanos, uma vez que eles também “não sabem o que estão fazendo”. E no que diz respeito a qualquer herege que possa haver dentro da cristandade, devemos seguir o exemplo do apóstolo Paulo e admoestá-lo ao arrependimento; se não se arrepender, nossa única outra opção é entregá-lo a Satanás (1Tm 1:20) — isto é, deixá-lo nas mãos de Deus, porque o juízo certamente começará pela casa de Deus. (1 Pedro 4:17)