Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 14:1–21

Esta semana continuaremos nosso estudo do Livro de Deuteronômio no Antigo Testamento.

Legislação EspecíficaPuro e Impuro

(1) O povo não devia lamentar os mortos como os pagãos (vv. 1-2)

a. Por que Moisés escolheu repetir essas leis que já tinham sido declaradas em Lev. 19:27-28 e 21:5?

b. Que razão ele dá para essas proibições?

c. Os cristãos, motivados por amor e respeito, tanto por seu ente querido defunto quanto por suas práticas culturais, devem imitar as práticas de luto pagãs? Por que ou por que não?

(2) Alimentos puros e impuros (vv. 3-21)—Nesta seção, Moisés repete as regras alimentares de Lev. 11:1-23, embora de forma resumida:

a. Que tipos de animais são incluídos na categoria de coisas "abomináveis"? (vv. 7-8)

b. Que tipos de animais são considerados limpos e comestíveis? (vv. 4-6)

c. Que tipos de criaturas aquáticas podiam ser comidas? (v. 9)

d. Que tipos de criaturas aquáticas eram proibidas? (v. 10)

e. Que tipos de pássaros eram considerados impuros e não deviam ser comidos? (vv. 12-18)

f. Que outros tipos de seres vivos não deviam ser comidos? (v. 19)

g. Qual é a razão dada para a proibição do consumo de um animal encontrado morto? (vide também Levítico 5:2)

h. Por que, então, era permitido dar esses animais para os estrangeiros comerem? (v. 21)

i. Depois de refletir sobre as diversas regras alimentares, você acha que foram dadas por razões de saúde/higiene? Por que ou por que não?

j. Nesse caso, por que o Novo Testamento diz que é permitido comer todo tipo de comida? (Marcos 7:14-20; Atos 10:9-16)

k. Essas regras alimentares tinham algo a ver com a necessidade de o povo de Israel ser diferente das nações pagãs ao seu redor? (vide o artigo meditativo de hoje)

(3) Qual pode ter sido a razão pela qual era proibido ao povo cozinhar um cabrito no leite de sua mãe (v. 21b)? (Trata-se de uma repetição de uma lei originalmente estabelecida em Êxodo 23:19.)

(4) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Uma santidade cotidiana

Não comam nada que seja proibido.” (NVI-PT) (Deuteronômio 14:3)

A razão pela qual Deus deu as regras alimentares em Levítico 11 e mais tarde as repetiu em Deuteronômio 14  têm sido objeto de muita especulação que começou mesmo antes da era cristã e tem continuado até os dias atuais, ainda sem existir um consenso acadêmico sobre as possíveis razões, nem mesmo entre os eruditos conservadores. No entanto, o que me incomoda muito é ler palavras como as seguintes, até mesmo nas obras de eruditos sopostamente evangélicos que buscam endossar ou rejeitar determinada interpretação em busca de possíveis razões: “de acordo com os autores humanos das Escrituras ...”. Tais expressões sugerem que as palavras foram produtos de uma inspiração humana, e não divina.

Apesar disso, deixe-me compartilhar brevemente com você algumas especulações que os estudiosos têm feito ao longo dos anos, para sua própria consideração e reflexão:

1. A especulação mais moderna considera que Deus deu estas regras por razões higiênicas, a fim de promover a boa saúde e prevenir doenças. Tenho que concordar que isso parece muito lógico. O porco é portador de triquinose e o coelho de tularemia. Alguns comentaristas mencionam que peixes sem barbatanas e escamas tendem a se enterrar na lama, tornando-se fontes de bactérias perigosas. Geralmente, os tipos de aves que não podiam ser comidos eram aves de rapina que se alimentam de carniça. Nem mesmo as carcaças de aves classificadas como limpas devem ser tocadas, devido ao risco de gripe aviária. No entanto, também é certo que os javalis raramente são portadores de triquinose, e que a carne de porco bem cozida não é prejudicial. Além disso, alguns animais ruminantes também "são hospedeiros de parasitas" (Hartley, 142). Para os cristãos, o Novo Testamento eliminou completamente essas distinções (Marcos 7:14-20; Atos 10:9-16).

2. De acordo com a especulação mais antiga (representada por Orígenes), esses regulamentos estavam relacionados ao culto: seu propósito era distinguir Israel de seus vizinhos idólatras, uma vez que muitos dos animais impuros eram usados no culto pagão. Esta especulação não parece ter uma base muito sólida, uma vez que muitos dos cananeus sacrificavam praticamente os mesmos tipos de animais que os israelitas. No entanto, essas regras alimentares teriam, de fato, separado os israelitas dos cananeus ao esenialmente eliminar qualquer oportunidade de confraternização durante uma refeição.

3. De acordo com outra especulação igualmente antiga, as leis teriam significados simbólicos. Fílon compara os animais ruminantes com alunos que permitem que os ensinamentos que ouvem passem para seus corações, para terem uma maior compreensão; ele também diz que as unhas fendidas simbolizam a necessidade de ter discernimento. Embora esse tipo de interpretação tenha méritos espirituais, sem dúvida abre as portas a uma multidão de especulações absurdas que não contam com nenhum tipo de apoio do texto.

4. Hartley cita a seguinte opinião de J. Milgrom, chamando-a de “intrigante”: Milgrom propõe que “o sistema de leis alimentares foi instituído para evitar que os humanos se degenerassem em assassinos arbitrários. Essas leis incutiram no povo da aliança uma profunda reverência pela vida ao reduzir o número de animais comestíveis a uns poucos, ao exigir que fossem abatidos com compaixão e ao proibir o consumo de sangue” (Hartley, 143, citando Milgram, SCTT, 104-18).

5. Os estudiosos evangélicos modernos parecem defender a perspectiva antropológica social de Mary Douglas de que os animais abatidos tinham que ser inteiros e sem falhas, uma vez que santidade denota integridade, perfeição e normalidade. Os sacerdotes tinham que estar livres de qualquer deficiência física (Levítico 21); o povo devia manter um estilo de vida caracterizado pela pureza, a integridade e (portanto) a santidade, fazendo distinção entre alimentos limpos e impuros. Essa distinção estava relacionada com a questão de saber se as criaturas "usam os meios de propulsão adequados ao âmbito onde vivem" (Douglas, Pureza, 55); "Cada âmbito tem uma forma específica de propulsão correspondente. Os pássaros têm dois asas para voar e dois pés para andar; os peixes têm barbatanas e escamas para nadar; os animais terrestres têm cascos para correr. Os animais limpos são aqueles que estão em conformidade com esses tipos padrão puros" (Wenham, 169).

6. Alguns rabinos são da opinião de que só Deus sabe a razão dessas leis, e que é inútil tentar entendê-lo. Tratava-se de um simples teste de total obediência que Deus exigiu de Seu povo. Embora em geral eu concorde com eles, também tendo a pensar que Deus também tinha tudo o resto em mente, para que Seu povo tivesse os seguintes benefícios.

a. Na antiguidade, essas regras alimentares teriam feito muito para melhorar a saúde e longevidade do povo de Israel, mesmo que o povo não as entendesse completamente. Sua obediência acabaria sendo muito proveitosa para eles mesmos. A mesma coisa acontece hoje: quando procuramos desafiar as leis morais de Deus, de diversas maneiras, acabamos prejudicando a nós mesmos.

b. Essas leis alimentares serviam de forma eficaz para evitar o contato social com a nações pagãs, algo que era fundamental para Israel manter sua lealdade a Javé e a Sua adoração.


c. Embora a tentativa de interpretar cada regra simbolicamente possa resultar em interpretações absurdas, a implicação espiritual central é inconfundível: o povo de Deus deve fazer todo o possível para preservar sua separação para Deus como Seu povo, não só durante sua adoração, mas também em sua vida diária. Esse é o significado básico da santidade, o qual infelizmente tem sido diluído, se não ignorado, pelos cristãos de hoje.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 14:22–15:11

14:22-29—Legislação específica—os dízimos

Nesta porção, Moisés reitera as leis que regiam o dízimo, as quais tinham sido estabelecidas originalmente em Levítico 27:30 e Números 18:21.

(1) Regras sobre o dízimo dos produtos da terra e os primogênitos dos animais (vv. 22-23)

a. Quais produtos específicos deviam ser separados? (vv. 22-23)

b. Por que foi sábia a instrução de separar um décimo para oferecer ao Senhor cada ano (em vez de outra taxa, como 5% ou 20%)?

c. Havia outra razão para a oferta dos primogênitos do gado e dos rebanhos. Qual era? (vide Êxodo 13:11-16)

d. Onde essas ofertas deviam ser apresentadas? (v. 23)

(2) Exceções (vv. 24-26)

a. Qual era a exceção à legislação mencionada acima?

b. Que princípios ainda aplicavam, apesar dessa exceção? (v. 26)

(3) O dízimo de cada três anos
(vv. 27-29)

a. O que o povo devia fazer com seus dízimos no final de cada três anos? (v. 28)

b. Em benefício de quem esta legislação foi estabelecida? (v. 29)

c. Por que os habitantes das cidades deviam fazer isso para seus levitas? (v. 27)

d. Portanto, em que momento esses benefícios deviam ser estendidos aos estrangeiros, órfãos e viúvas?

e. O que o Senhor prometeu fazer se eles se obedecessem a essa legislação?

(4) Que princípios importantes devemos aprender da legislação anterior?

15:1-9—Legislação específica—cancelamento de dívidas

(5) Com que frequência o povo cancelar as dívidas? (v. 1)

(6) Qual teria sido o impacto disso na comunidade do povo de Deus? (v. 4)

(7) Por que essa norma não se aplicava a estrangeiros? (v. 3)

(8) Se o povo “em tudo” obedecesse a Jeová, especialmente com respeito a essa legislação específica, que promessas generosas Ele faria a eles? (v. 6)

(9) Uma vez que isso não se tratava de uma simples sugestão, mas uma lei que devia ser seguida, o que teria dissuadido alguns de emprestar aos necessitados ao verem que se aproximava o sétimo ano? (v. 9)

(10) Que outras razões lógicas ou práticas os teriam dissuadido de emprestar dinheiro aos pobres?

(11) Por um lado, Moisés diz: “não deverá haver pobre algum no meio de vocês” (v. 4), e por outro ele também reconhece que “Sempre haverá pobres na terra” (v. 11).

a. O que Moisés estava tentando dizer?

b. O que aconteceria se o povo não abrisse seu coração aos pobres e necessitados? (v. 9b)

c. Que princípio importante você pode aprender desta legislação?

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Um testemunho poderoso

Cuidado! Que nenhum de vocês alimente este pensamento ímpio: ‘O sétimo ano, o ano do cancelamento das dívidas, está se aproximando, e não quero ajudar o meu irmão pobre’.” (NVI-PT) (Dt 15:9)

Ao ler a reiteração de Moisés dos regulamentos sobre o cancelamento de dívidas, consigo entender o coração do Senhor: Ele queria que Seu povo se tornasse uma comunidade diferente de qualquer outra, uma comunidade na qual não houvesse pobres (v. 4).

De fato, se todos os israelitas tivessem "em tudo" obedecido à ordem do Senhor, emprestando generosamente ao seu próprio povo (e de acordo com 23:19, esses empréstimos deviam ser feitos sem juros), os devedores teriam podido pagar suas dívidas sem que isso fosse demasiado oneroso; além disso, se por qualquer razão não pudessem pagar o valor total do empréstimo, qualquer saldo teria sido cancelado integralmente no sétimo ano. Como resultado, todos teriam recebido um novo começo. Assim, Israel teria se tornado não só uma comunidade onde não havia pobreza extrema, mas também uma comunidade que daria testemunho tanto do amor de Deus vivido entre eles quanto da provisão abundante de seu Deus.

Essas características, além de serem entendidas pela igreja primitiva, cujos membros compartilhavam todas as coisas em comum, também eram uma das marcas que caracterizavam os primeiros cristãos (Atos 2:44). É evidente que os judeus do primeiro século já tinham deixado de observar esse mandamento do Senhor; por isso, o restabelecimento dessa prática entre os seguidores do novo “Caminho” (At 9:2) foi um testemunho tão poderoso que através dele “o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos” (At 2:47).

Embora seja compreensível que essa prática de compartilhar todas as coisas em comum não durou muito, a igreja primitiva continuou a procurar cuidar e prover os pobres e necessitados em seu meio (Atos 6:1-7; 2 Coríntios 8: 1 e ss.). Ela continua sendo uma das expressões mais práticas do amor que mostramos uns aos outros em Cristo, bem como uma das marcas mais importantes de que somos Seus discípulos (João 13:35).

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 15:12–23

15:12-18—Legislação específica—a libertação de escravos hebreus

(1) Leia o regulamento original em Êxodo 21:2-6 sobre a libertação dos escravos hebreus e identifique quais elementos desta reiteração do mesmo tema são novos.

(2) Qual, então, é a ênfase de Moisés neste trecho? (Nota: O sétimo ano mencionado aqui não se refere ao sétimo ano de cancelamento da dívida, o qual acontecia no ano sabático.)

(3) Qual é a base sobre a qual Moisés os exortou a fornecer alimentos e animais aos escravos libertos, e a fazer isso liberalmente? (v. 15)

(4) É evidente que alguns não queriam deixar esses servos em liberdade, e muito menos fornecer alimentos e animais:

a. Que argumento Moisés dá para o seu cumprimento desta lei? (v. 18)

b. Que promessa está anexada a esta lei? (v. 18b)

(5) Por que alguns escravos escolheriam ficar com seus senhores? (v. 16)

(6) Como isso descreve o relacionamento que temos com o nosso Senhor e Mestre, Jesus Cristo?

(7) Como este regulamento está relacionado com o cancelamento das dívidas (15:1-9) e o dízimo de três em três anos? (14:27-29)

15:19-23—Legislação específica—os primogênitos dos animais

(8) A oferta dos animais primogênitos já havia sido mencionada em 14:23. Leia Êxodo 13:11-16 para refrescar sua memória sobre a razão pela qual os primogênitos deviam ser dados ao Senhor.

(9) Neste trecho, Moisés acrescenta regulamentos sobre o que o povo não devia fazer antes de apresentar os primogênitos ao Senhor:

a. O que eles não deviam fazer com os primogênitos dos bois?

b. O que eles não deviam fazer com os primogênitos das ovelhas?

c. Qual é a razão óbvia para essas estipulações?

d. Qual é a implicação espiritual, tanto para eles como para nós?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
As coisas separadas para o Senhor

Separe para o Senhor, o seu Deus, todo primeiro macho de todos os seus rebanhos. Não use a primeira cria das suas vacas para trabalhar, nem tosquie a primeira cria das suas ovelhas." (NVI-PT) (Deuteronômio 15:19)

O Senhor ja tinha deixado bem claro em Êxodo 13:11-16 que os israelitas deviam consagrar cada primogênito de seu gado e manadas a Ele a fim de que eles servissem “como sinal em sua mão e símbolo em sua testa de que o Senhor nos tirou do Egito com mão poderosa” (Êxodo 13:16), pois “o Senhor matou todos os primogênitos do Egito, tanto os de homens como os de animais” (Êxodo 13:15).

Em outras palavras, cada vez que separassem um dos primogênitos de seus rebanhos e manadas, eles se lembrariam que a razão pela qual eles eram tão preciosos e honrados aos olhos de Deus, e pela qual Ele os amava tanto, era que ele tinha dado "Egito como resgate" (Isa. 43:3-4)—o povo do Egito em troca de suas vidas.

No entanto, o verdadeiro significado de ser consagrado a Jeová é representada de maneira ainda mais gráfica na forma como esses animais primogênitos deviam ser tratados antes de serem sacrificados no altar: os bois não deviam ser usados para o trabalho como outros animais, e as ovelhas não deviam ser tosquiadas. Isso é um lembrete muito poderoso para nós de que não devemos esperar até que Deus nos chame ou nos põe a trabalhar para nos entregarmos completamente ao Seu serviço. Nós nos consagramos aqui e agora para viver para Ele!

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 16:1–17

16:1-8—Legislação Específica—A Páscoa

(1) É óbvio que nesta seção Moisés, de forma resumida, reitera os regulamentos que governavam a celebração da Páscoa; portanto, refletiremos sobre cada um dos elementos que Moisés enfatizou nesta reiteração:

a. Observem o mês de abibe (mais tarde chamado Nisan). Por quê? (v. 1)

b. Ofereçam como sacrifício  ... [somente] no local que o Senhor escolher para habitação do seu Nome. Por quê? (vv. 2, 5, 6, 7)

c. Não o comam com pão fermentado...Durante sete dias não permitam que seja encontrado fermento com vocês em toda a sua terra. Por quê? (vv. 3, 4)

d. Tampouco permitam que alguma carne sacrificada ... permaneça até a manhã seguinte: Por quê? (v. 4; pense também sobre o clima quente do Oriente Médio)

e. Você sacrificará a Páscoa ao pôr do sol. Por quê? (vv. 1b, 6b)

f. No sétimo dia façam uma assembléia em honra ao Senhor, o seu Deus; não façam trabalho algum (isso devia acontecer depois de seis dias de comer pães ázimos). Por quê?

(2) De um modo geral, qual teria sido o principal propósito de Moisés ao reiterar essa lei?

(3) O que você aprendeu pessoalmente da reflexão acima?

16:9-12—Legislação específica—a Festa das Semanas (vide a Nota 1 abaixo):

(4) Uma vez que Moisés reitera este regulamento (uma vez mais, de forma resumida), refletiremos sobre cada um dos elementos enfatizados:

a. Quando essa festa começava? Por quê? (v. 9)

b. O ato central era a oferta voluntária: o que isso simbolizava? (v. 10)

c. Imagine que certo ano não houvesse uma grande colheita. Nesse caso, mesmo assim teria sido um tempo de regozijo? Por quê? (v. 11)

d. Devia ser celebrado no lugar designado para a morada de Deus. Por quê? (v. 11)

e. Quem devia comemorar? Por que Moisés enfatizou isso? (v. 11)

f. Durante a celebração, o povo devia lembrar que haviam sido escravos no Egito. Por quê? (v. 12)

(5) Qual foi o principal objetivo de Moisés ao reiterar esta lei?

(6) O que você aprendeu da reflexão acima?

16:13-17 —Legislação específica—a Festa dos Tabernáculos (vide a Nota 2 abaixo):

(7) Moisés repete a informação sobre esta festa de forma resumida:

a. Quando começava? Por quê? (v. 13; para a data exata, vide também Lev.23:34)

b. Quem devia comemorá-la? (v. 14)

c. Por que devia ser celebrada no lugar designado para a morada de Deus? (v. 15)

d. Quanto tempo durava? Onde devia ser realizada? (v. 15)

e. Que razão é dada para esta celebração? (v. 15b)

(8) Qual foi o principal objetivo de Moisés ao reiterar esta lei?

(9) O que você aprendeu da reflexão acima?

(10) De todas as festividades, por que Moisés escolheu estas três para serem aquelas nas quais “todos os seus homens” deviam comparecer perante Jeová no local designado de adoração? (v. 16)

(11) Por que Moisés os lembrou que não deviam aparecer de mãos vazias a essas três festas? (v. 17)

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota 1 :

A Festa das Semanas também é chamada a "Festa da Colheita" (Êx. 23:16) e o "Dia da Colheita dos Primeiros Frutos" (Nm. 28:26). O título "Pentecostes" começou a ser usado mais tarde, sendo baseado na tradução grega (LXX) da expressão “cinquenta dias” que aparece em Levítico 23:16. Os "cinquenta dias" se refere ao período de sete semanas (49 dias) mais o dia 50, o dia da assembléia solene.

Nota 2 :

A Festa dos Tabernáculos (ou das Cabanas) também é chamada a Festa da Colheita (Êxodo 23:16; 34:22), uma vez que também celebrava a colheita; a diferença é que esta festa era celebrada no outono, quando todos os produtos da terra já tinham sido recolhidos.

Reflexão meditativa
N
ão devia haver adoração de mãos vazias

Três vezes por ano todos os seus homens se apresentarão ao Senhor, o seu Deus, no local que ele escolher, por ocasião da festa dos pães sem fermento, da festa das semanas e da festa das cabanas. Nenhum deles deverá apresentar-se ao Senhor de mãos vazias:” (NVI-PT) (Dt 16:16)

A Lei de Moisés já tinha estabelecido os regulamentos que governavam as ofertas que os sacerdotes deviam apresentar em nome do povo (por exemplo, as ofertas diárias, as ofertas do sábado [Nm 28:1-15], e as ofertas que se faziam no Dia da Expiação [Levítico 16]). Esses sacrifícios provavelmente provinham dos suprimentos dados por algumas pessoas do povo como parte de seus dízimos regulares e ofertas voluntárias; no entanto, nas três festas mencionadas em Deuteronômio 16 (a saber, a Festa dos Pães Asmos, a Festa das Semanas e a Festa dos Tabernáculos), o povo era obrigado a apresentar seus próprios sacrifícios, os quais deviam ser oferecidos e comidos diante de Jeová na forma de uma festa comunitária. A celebração desta festa careceria de sentido se o povo chegasse de mãos vazias:

- Se uma família não trouxesse sua própria Páscoa (cordeiro), não poderia sequer celebrar a Páscoa; portanto, a assembléia solene no sétimo dia (16:8) seria totalmente sem sentido e hipócrita.

- Se uma família não trouxesse suas ofertas voluntárias para a Festa das Semanas e a Festa dos Tabernáculos, estaria mostrando que não tinha um coração sincero de agradecimento pelas bênçãos que Deus tinha concedido à sua colheita (16:15); portanto, qualquer banquete no qual eles participassem seria sumamente hipócrita.

No entanto, por que Moisés decidiu que era necessário lembrar ao povo que não deviam comparecer a essas festas de mãos vazias? A resposta é óbvia—haveria alguns que se juntariam às festas e festividades sem ter um coração genuíno de gratidão. Quando olhamos para o quadro financeiro na maioria das igrejas, é óbvio que muitos vão para adorar de mãos vazias ou, na melhor das hipóteses, fazem uma oferta meramente “simbólica”. Tais pessoas não têm um genuíno coração de gratidão, muito menos um espírito genuíno de adoração!

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 16:18–17:20

16:18-20; 17:8-13—Legislação específica—os deveres dos juízes

(1) Nesta porção, Moisés repete o que já foi estabelecido em 1:13-18, mas desta vez visando o futuro:

a. Qual é a qualidade mais importante para um juiz? (16:20)

b. Que coisas poderiam impedir um juiz de julgar com justiça? (16:19)

c. O que o juiz devia fazer quando o caso estivesse além de sua capacidade ou de caráter muito séria? (17:8)

d. Por que o veredicto devia ser considerado definitivo por ter vindo do lugar que o Senhor escolheria (ou seja, Seu Santuário)? (17:10-11)

e. O que aconteceria se o veredicto do Tribunal do Santuário não fosse aceito nem obedecido? (17:12)

f. Por que esse tipo de desobediência era considerado um mal que devia ser expurgado?

g. Qual era resultado esperado de um castigo tão severo? (17:13)

Legislação Específica—A Adoração de Outros Deuses (16:21–17:7)

(2) Moisés já havia abordado a proibição de erigir (e a ordem de derrubar) as colunas para Aserá e outros altares (7:5 e 12:3). Aqui ele enfatiza que nenhuma coluna para Aserá devia ser colocada "junto ao altar do Senhor, teu Deus, que fizeres para ti" (16:21)

a. A que isso se refere?

b. Por que Moisés enfatiza que essas são coisas que “o Senhor, teu Deus, aborrece”? (16:22)

(3) Moisés resume em um único versículo (17:1) os regulamentos que aparecem em Levítico 22:17-25 (sobre o sacrifício de animais defeituosos).

a. Por que era considerado "abominável" o sacrifício de animais defeituosos a Jeová?

b. Por que essa instrução foi incluída numa seção que aborda a adoração de outros deuses?

(4) O castigo dos idólatras que havia entre o povo (17:2-7)—Moisés já tinha abordado este assunto amplamente em 4:15-24 e 13:1-18:

a. Por que era necessário ser tão severo com os idólatras que havia entre o povo? (v. 7)

b. Por que Moisés teve que enfatizar a necessidade de realizar uma investigação e, especialmente, a exigência de que houvesse duas ou três testemunhas, e não apenas uma?

c. Por que as mãos das testemunhas deviam ser as primeiras a proceder à execução da pessoa?

17:14-20—Legislação específica—a nomeação de reis

(5) Deus queria que Israel estabelecesse seu próprio rei? (vide 1 Sam. 8:6-9)

(6) Por quê?

(7) Será que esta instrução de Moisés não teria animado o povo a fazer isso? Por que ou por que não?

(8) As proibições (vv. 15-17) incluem o seguinte:

a. Nenhum estrangeiro podia ser rei de Israel (v. 15). Por quê?

b. O rei não devia acumular um grande número de cavalos. Por que não? (vide Sal. 20:7; 33:17; 147:10)

c. O rei não devia fazer o povo voltar ao Egito. Por que não? (v. 16)

d. O rei não devia ter muitas esposas. Por que não? (v. 17; vide 1 Reis 11:3-4)

e. O rei não devia acumular grandes riquezas. Por que não? (v. 17)

(9) As diretrizes para um rei justo (vv. 18-20):

a. O rei devia escrever para si mesmo uma cópia da lei (v. 18). Por quê?

b. Além de fazer su própria cópia da lei de Deus, o que o rei devia fazer com a lei que tinha copiado? Por quê? (vv. 19, 20)

c. O que quer dizer que ele não devia se considerar superior aos seus irmãos? Quão importante é essa característica para um rei? (v. 20)

d. O que Deus prometeu para um rei justo? (v. 20)

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Um líder piedoso

"Quando subir ao trono do seu reino, mandará fazer num rolo, para o seu uso pessoal, uma cópia da lei que está aos cuidados dos sacerdotes levitas." (NVI-PT) (Deuteronômio 17:18 )

É interessante ler que o Senhor deu instruções e orientações para Israel escolher seus futuros reis. Por um lado, sabemos que Deus não queria que Israel fosse uma monarquia como as nações ao seu redor, ume vez que Ele era seu único Rei verdadeiro (1 Samuel 8:7). Por outro lado, ele sabia que, na realidade, dada o caráter teimoso de Seu povo, era apenas uma questão de tempo até que eles seguissem os passos das nações vizinhas, exigindo um rei para si. Foi por isso que falou para Moisés dar instruções ao povo sobre como escolher um rei e como os reis deviam se comportar para que sua monarquia não seguisse o modelo secular, mas que pudesse continuar governando a nação de Israel sob a teocracia.

Mesmo que as instruções dadas nesta seção sejam pouco relevantes em nossa sociedade democrática, elas nos ensinam sobre como deve ser um líder piedoso, seja num ambiente secular ou dentro da igreja de Jesus Cristo. Por falta de tempo, aplicaremos somente os princípios negativos (salvo o primeiro) expostos aqui por Moisés aos líderes no contexto da igreja:

- Um líder deve ser escolhido por Deus (17:15): É triste notar que a maioria das igrejas depende do voto para escolher os seus líderes. Embora seja quase impossível na época atual evitar esse tipo de política, ela revela a necessidade e urgência que temos de guiar toda a igreja num processo de oração, espera e discernimento, buscando a orientação e afirmação do Espírito Santo.

- Um líder não deve confiar no povo, nem pedir seu apoio (17:16): Assim como um rei piedoso não devia confiar na força de cavalos para ganhar suas batalhas (Sl. 20:7; 23:17; 147:10), um líder piedoso na igreja não deve solicitar o apoio dos homens, mas confiar unicamente no poder do Espírito Santo.

- Um líder não deve seguir os exemplos do mundo (17:16b): Até mesmo Ezequias foi culpado de solicitar o apoio do Egito (Is 30:7), uma ação que, na verdade, equivalia a voltar "por este caminho". Um líder piedoso não conduzirá sua congregação pelo caminho do mundo. Ele ou ela não procurará conseguir o que quer por meio de artimanhas, manipulações ou qualquer esquema próprio.

- Um líder deve ser sexualmente puro (17:17): Os padrões de algumas igrejas hoje em dia nem são melhores que os das sociedades seculares, especialmente em questões de pureza sexual entre seus líderes. Vivemos numa época em que as igrejas realmente precisam se arrepender; se não, além de eles se tornarem um motivo de piada para mundo, seu candelabro de ouro será tirado (Apocalipse 2:5).

- Um líder não deve amar o dinheiro (17:17): Esse princípio foi repetido pelo apóstolo Paulo quando ele estabeleceu que uma das qualificações fundamentais para um líder de igreja é estar acima de reprovação (1 Timóteo 3:3).

Embora a maioria dessas instruções seja negativa, ao serem tomadas como um conjunto, elas invariavelmente apontam para uma pessoa cuja vida está tão fundamentada nas palavras de Deus (17:18-20) que é evidente que ela conhece o Senhor intimamente.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 18:1–22

18:1-8—Legislação específica—os direitos dos sacerdotes levíticos (vide a Nota abaixo)

(1) Vv. 1-2: Regulamentos que se aplicavam a todos os levitas:

a. Quando o povo estava prestes a entrar na Terra Prometida, por que Moisés decidiu lembrá-los de que “todo o restante da tribo de Levi” não teria posse nem herança em Israel?

b. Como a tribo sobreviveria?

c. Quais eram as implicações do fato de que “o Senhor é a sua herança”?

(2) Vv. 3-5: Regulamentos que se aplicavam aos levitas que também eram sacerdotes:

a. Que provisões o Senhor lhes daria por meio do povo?

b. Como você teria considerado essas provisões?

  1. como uma experiência humilhante, uma vez que seu sustento teria dependido da fidelidade do povo ao mandamento de Deus
  2. como uma vida de fé
  3. como um grande privilégio, uma vez que teria a oportunidade de se dedicar exclusivamente ao serviço de Deus sem precisar se preocupar com o seu sustento

(3) Vv. 6-8: Regulamentos para um levita itinerante que saía de sua cidade

a. O que teria levado um levita a se mudar para servir no santuário?

b. Embora os levitas não pudessem receber lotes de terra, pode-se presumir que podiam construir e possuir casas em pastagens que ficavam fora das cidades (vide K&D, 932-3). Uma vez que se pode presumir que a venda de sua casa lhes teria dado uma melhor situação econômica, por que mesmo assim deviam receber porções iguais às dos levitas locais na casa do Senhor?

18:9-13—Legislação específica—o ocultismo

(4) É compreensível que Moisés tenha escolhido lembrá-los de que não deviam aprender “a fazer conforme as abominações daquelas nações” (v. 9).

a. Que elemento específico Moisés enfatiza com respeito a isso?

b. Por que ele escolheu esse assunto para enfatizar que perfeito serás, como o Senhor, teu Deus”? (v. 13)

18:14-22—Legislação específica—um profeta levantado por Deus—Moisés os proibiu de seguir as práticas abomináveis das nações, entre as quais estavam a feitiçaria e adivinhação; no entanto, Ele também salientou que o Senhor lhes forneceria Seus próprios profetas:

(5) O profeta—Moisés parece se referir a um profeta específico que seria levantado no futuro (vv. 16-19)

a. O que poderia significar a frase "como eu"?

b. De onde viria esse Profeta?

c. Por que Moisés usou o incidente de Horebe como contexto para predizer que Deus levantaria esse profeta? (Êxodo 20:19)

d. De acordo com a interpretação do apóstolo Pedro, quem é esse profeta? (Atos 3:22-24)

(6) Profetas verdadeiros e falsos (vv. 20-22)

a. Como o povo devia lidar com os falsos profetas? (v. 20)

b. Tomando os versículos 20 e 22 como um todo, como era possível saber se um profeta era verdadeiro ou falso? (vide também 13:1-5)

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

Parece que “alguns levitas eram sacerdotes e outros não; nesse caso, seria necessário fazer uma distinção entre os ...vv. 1-2… (que se referem a todos os levitas), os vv. 3-5 (que se referem aos sacerdotes levíticos) e  os vv. 6-8 (que se referem aos levitas que normalmente não serviriam como sacerdotes)” (NICOT, 258). Outras leis referentes aos levitas já foram abordadas em Deuteronômio 10:8-9; 12:12, 18, 19; 14:27, 29; 16:11, 14; 17:9, 18.

Reflexão meditativa
Deus é justo?

"Ele receberá uma porção de alimento igual à dos outros levitas; além disso, ficará com o que receber com a venda dos bens da sua família." (NVI-PT) (Deuteronômio 18:8)

Moisés previu que alguns levitas serviriam perto de onde estaria localizado o santuário (em Siló ou mais tarde em Jerusalém), enquanto outros seriam espalhados por toda a Terra Prometida, servindo as comunidades individuais espalhadas pelo território de Israel. Sabemos que estes, assim como os outros levitas, não teriam parte nem herança em Israel” (18:1), mas receberiam pastagens fora das cidades (Nm 35:2-3). Embora não fossem os proprietários dessas terras, provavelmente eram autorizados a construir e possuir as casas nelas.

No entanto, Moisés também previu que Deus colocaria no coração de alguns desses levitas o desejo (ou fervor) de se mudar para servir no santuário de Jeová. Embora os levitas locais pudessem considerá-los "forasteiros", Moisés enfatiza que eles eram seus "irmãos"; portanto, eles deviam receber "igual porção" (18:7-8). No entanto, aqueles levitas migrantes que tinham recebido dinheiro com a venda de suas casas provavelmente teriam uma melhor situação financeira que os levitas locais. No entanto, o que Moisés essencialmente quis dizer é que não importava se um deles tinha mais riquezas do que outro, uma vez que todos eles ministravam “em nome do Senhor, o seu Deus”; portanto, todos deviam receber igual remuneração.

Isso me lembra da pergunta que Pedro fez a Jesus em João 21. Parece que Jesus estava prevendo que Pedro enfrentaria perseguição ou até prisão (João 21:18), e Pedro sentiu que era injusto que João não tivesse o mesmo destino. Por isso ele perguntou: "Senhor, e quanto a ele?" (João 21:21). Em essência, a resposta de Jesus foi que realmente não era da sua conta (João 21:22).

Tanto a resposta que Jesus deu a Pedro quanto a legislação que Moisés estabeleceu sobre a distribuição igualitária de lucros entre todos os levita têm como objetivo nos ensinar que não devemos ter inveja de outros crentes ou servos de Jeová, seja devido à sua situação financeira ou à alguma outra circunstância. O único que devemos fazer é nos concentrar em nosso chamado—o privilégio de servi-Lo e segui-Lo. Ele cuidará do resto!

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 19:1–21

19:1-13—Legislação específica—o estabelecimento de cidades de refúgio no oeste da Jordânia

(1) É útil ler também 4:41-43: quantas cidades já tinham sido estabelecidas antes da reiteração desta legislação sobre as cidades de refúgio? Qual era o propósito dessas cidades?

(2) Neste trecho, Moisés fala sobre o estabelecimento de cidades de refúgio a oeste do Jordão. Leia Números 35:6-34 para ver a declaração original desta legislação.

(3) Qual era o objetivo da legislação? (vv. 3-5)

(4) Por que era importante a distância entre as três cidades? (vv. 6-7)

(5) Onde Josué estabeleceu as três cidades de refúgio mais tarde? (vide Josué 20:7)

(6) Consulte o mapa em sua Bíblia (ou algum outro mapa deste território): As três cidades cumprem com os critérios estabelecidos por Moisés quanto à distância que devia haver entre elas?

(7) Por que Moisés lhes dá instruções para o estabelecimento de três cidades de refúgio adicionais no futuro? (vv. 8-10—Nota: De acordo com a história posterior de Israel, parece que essas três cidades adicionais de refúgio nunca foram estabelecidas.)

(8) O que o estabelecimento dessas cidades de refúgio nos ensina sobre o caráter de Deus?

(9) Como essa legislação podia ser abusada? (v. 11)

(10) Como o povo devia lidar com esse tipo de abuso? (vv. 12-13)

19:15-21—Legislação específica—testemunhos e testemunhas

(11) Como o povo poderia determinar, por exemplo, se um assassinato foi intencional ou premeditado? (v. 15)

(12) Quais seriam os juízes em tais casos? (vv. 16-17)

(13) Como o tribunal julgaria seus casos? (v. 18)

(14) Que princípio o tribunal devia aplicar ao sentenciar uma pessoa? (v. 21)

(15) Que impacto esse tipo de veredicto teria no bem-estar da comunidade? (v. 20)

19:14—Legislação específica—mudança dos marcos de divisa

(16) Qual teria sido o motivo mais provável para uma pessoa mudar os marcos de divisa com um vizinho?

(17) De acordo com 27:17, qual seria o resultado dessa ação?

(18) Qual é a principal mensagem para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Olho por olho?

Não tenham piedade. Exijam vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.” (NVI-PT) (Deut. 19:21)

mencionei este tema em nossa leitura do Livro do Êxodo, onde Moisés primeiro declarou essa legislação (Êxodo 21:24). Gostaria de reproduzir o trecho que menciona a legislação que regia as cidades de refúgio e a necessidade de ter duas ou mais testemunhas:

Muitos leitores da Lei de Moisés ficam com a impressão de que nosso Deus é apenas um Deus de vingança, e que aqueles que acreditam na Bíblia são pessoas belicistas e odiosas. Sempre que falo com pessoas que pensam assim, menciono o que Jesus diz em Mateus sobre a ignorância da verdadeira intenção da Lei de Moisés (e, por conseguinte, da intenção do próprio Deus), mostrando-lhes que o que eles pensam são meros “boatos”, e não o que a Lei realmente diz.

Tomemos, por exemplo, o mandamento que encabeça esta reflexão (Deuteronômio 19:21). É muito evidente que a instrução dada aqui foi dirigida ao tribunal de juízes, entre os quais estavam "os sacerdotes e juízes que estiverem exercendo o cargo naquela ocasião" (19:17) a fim de evitar qualquer abuso da legislação sobre as cidades de refúgio de verdadeiros assassinos; a intenção nunca foi que isso fosse aplicada a execuções privadas ou de vingança. O objetivo desses versículos era garantir que os juízes aplicassem um castigo proporcional à gravidade do crime, e que o restante do povo soubesse disso e tivesse medo para que nunca mais se fizesse uma coisa dessas entre o povo (19:20).

No entanto, outro objetivo desse mandamento era evitar a imposição de um castigo mais grave do que o criminoso merecia (por exemplo, a perda de um dente não podia ser compensada com a perda de um olho). Assim, nas palavras de Santo Agostinho, “estas palavras ensinam a moderação, para que a pena não seja maior que o prejuízo” (Sobre o Sermão da Montanha do Senhor, 19.1.56).