Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 26:1–19

Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Deuteronômio no Velho Testamento.

26:1-15—Legislação específica—a reiteração das leis sobre as primícias

(1) Moisés já havia reiterado os regulamentos sobre a oferta das primícias em 18:4, a fim de lembrar o povo de sua obrigação de sustentar os sacerdotes e levitas. Vejamos quais são os elementos enfatizados nesta nova reiteração (vv. 11).

a. Onde o povo devia levar suas primícias como oferta? (v. 2)

b. O que eles deveiam dizer ao sacerdote oficiante? (v. 3) Por quê?

c. Quando a oferta era colocada diante do altar, o oferente devia fazer uma declaração adicional que alguns estudiosos até consideram (talvez) o "credo" mais antigo de Israel. Reflitamos sobre este "credo", que está cheio de contrastes (vv. 5-9):

  1. Quem era seu antepassado e em que circunstâncias ele tinha entrado no Egito? (v. 5; vide a Nota 1)
  2. O que seu povo tinha se tornado? (v. 5)
  3. O que seu teve que enfrentar no Egito? (v. 6)
  4. Como Deus os livrou de sua dificuldade? (v. 8)
  5. Por que Ele fez isso? (v. 7)
  6. Como o Senhor os abençoou como povo? (v. 9)
  7. O que representava a oferta das primícias? (v. 10)
  8. Que semelhanças esta declaração tem com os nossos credos cristãos?

d. Quem deveria participar e se alegrar na oferta dessas primícias ? Por quê? (v. 11)

(2) Os dízimos do terceiro ano: Os regulamentos relativos aos dízimos já tinham sido reiterados em 12:6, 11 (onde é enfatizado o local de adoração designado) e 14:28-29 (onde é enfatizado o dever de compartilhar com os levitas e necessitados). Reflitamos sobre os elementos enfatizados nos vv. 12-14 deste texto:

a. Por que o dízimo é chamado de "porção sagrada"? (v. 13)

b. Por que era necessário que o oferente declarasse que não tinha comido essa porção enquanto estava de luto ou impuro, e que não a tinha oferecido aos mortos? (v. 14)

(3) Depois de cumprir essas leis quanto ao dízimo, que oração o oferente é estimulado a fazer? (v. 15) Por quê?

26:16-19—A conclusão da reiteração das leis específicas (vide a Nota 2)

(4) O que o povo tinha declarado perante o Senhor enquanto Moisés reiterava essas leis? (v. 17)

(5) O que o Senhor tinha declarado ao povo nesse meio tempo? (v. 18)

(6) O que o povo foi ordenado a fazer com todas essas leis? (v. 16)

(7) Como resultado, que promessa o Senhor lhes tinha feito? (v. 19)

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota 1:

A palavra "arameu" se refere a Jacó, devido à sua longa permanência em Arã (Gênesis 29-31), e também seus casamentos com Lia e Raquel, duas arameias.

Nota 2:

Esta curta passagem (26:16-19) funciona como conclusão, não só da seção de legislação específica, mas também da cerimônia de renovação da aliança nas planícies de Moabe, a qual provavelmente tinha começado oficialmente com as palavras de 4:1.


Reflexão meditativa
A porção consagrada

E dirás perante o Senhor, teu Deus: 'Tirei o que é consagrado de minha casa e dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme todos os teus mandamentos que me tens ordenado;' " (NVI-PT) (Dt 26:13)

É óbvio que, ao repetir as leis que regiam a separação do dízimo do terceiro ano, Jeová queria que Moisés garantisse que os levitas de cada cidade local, junto com os estrangeiros, órfãos e viúvas, fossem bem cuidados. No entanto, o elemento enfatizado nesta reiteração parece ser o caráter sagrado do dízimo, uma vez que ele é chamado a "porção sagrada" e o oferente tinha que declarar que (1) não tinha comido da porção enquanto esteve de luto, (2) não a tinha tocado enquanto esteve impuro, e (3) não a tinha oferecido aos mortos (26:14). Qualquer um desses três atos teria tornado a oferta impura (na verdade, algo abominado pelo Senhor).

Essa ênfase também transmitia uma mensagem muito importante ao povo: o "dízimo" era consagrado porque não pertencia mais a eles, mas a Jeová. É por isso que, mais tarde na história do povo, o profeta Malaquias os acusou de roubar a Deus por terem ignorado este mandamento de oferecer seu dízimo a Jeová: “Nos dízimos e nas ofertas. Vocês estão debaixo de grande maldição porque estão me roubando; a nação toda está me roubando” (Mal. 3:8-9).

O fato de não estarmos mais sob a lei, mas sob a graça, não anula a verdade de que nós, assim como os antigos israelitas, também devemos dar parte do que temos à casa do Senhor; além disso, se levarmos a sério o ensino de nosso Senhor de que nossa justiça deve superar a dos fariseus e os mestres da lei, não deveríamos dar pelo menos um décimo de nossa renda à casa do Senhor (Mateus 5:20) uma porção que continua sendo a “porção sagrada” que pertence ao Senhor e somente ao Senhor?

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 27:1–26

A designação do Monte Ebal como local de sacrifícioapós o que parece ser uma cerimônia de renovação da aliança, Moisés dá mais instruções sobre os montes Ebal e Gerizim (vide a Nota 1 abaixo).

(1) O altar no Monte Ebal (27:1-10)

a. Uma das primeiras coisas que o povo devia fazer depois de atravessar o rio Jordão era levantar grandes pedras no monte Ebal.

  1. O que deviam fazer com as pedras no Monte Ebal ? (v. 3)
  2. Qual você acha que foi o propósito disso?

b. Além das pedras branqueadas de cal, sobre as quais seria escrita a lei, o povo devia também erigir um altar de pedras.

  1. Por que não podiam usar ferramentas de ferro nas pedras do altar? (vide também Êxodo 20:25)
  2. Para que usariam o altar?

c. O que você acha que essas instruções significam?

d. Uma vez que Moisés acabava de encerrar a cerimônia de renovação da aliança, o que ele lembrou ao povo, e por que ele ordenou (duas vezes) que o povo ficasse em silêncio? (27:9-10)

(2) As maldições e bênçãos proclamadas dos montes Gerizim e Ebal, começando com as maldições proclamadas do Monte Ebal (27:11-26; vide a Nota 2 abaixo)

a. Maldição #1fazer ídolos secretamente: (v. 15)

  1. A qual dos Dez Mandamentos este versículo se refere?
  2. Por que ele menciona o detalhe de levantar o ídolo em segredo?

b. Maldição #2desonrar os pais (v. 16)

  1. A qual dos Dez Mandamentos este versículo se refere aqui?
  2. Por que esse mandamento recebe tanta ênfase?

c. Maldição #3—mudar o marco de divisa (v. 17)

  1. Para que tipo de pecado isto aponta?
  2. A qual dos Dez Mandamentos este versículo se refere?

d. Maldição #4—fazer o cego errar errar o caminho (v. 18)

  1. Para que tipo de pecado isto aponta?
  2. A qual dos Dez Mandamentos este versículo se refere?

e. Maldição # 5—negar a justiça (v. 19)

  1. Quem são as vítimas deste crime?
  2. Para que tipo de pecado isto aponta?
  3. A qual dos Dez Mandamentos este versículo se refere?

f. Maldição # 6—deitar com a mulher do pai (v. 20)

  1. Para que tipo de pecado isto aponta?
  2. A qual dos Dez Mandamentos este versículo se refere?

g. Maldição # 7—ter relações sexuais com animais (v. 21)

  1. Para que tipo de pecado isto aponta?
  2. A qual dos Dez Mandamentos este versículo se refere?

h. Maldição #8—deitar-se com a própria irmã (v. 22)

  1. Para que tipo de pecado isto aponta?
  2. A qual dos Dez Mandamentos este versículo se refere?

i. Maldição # 9—deitar-se com a sogra (v. 23)

  1. Para que tipo de pecado isto aponta?
  2. A qual dos Dez Mandamentos este versículo se refere?

j. Maldição #10—assassinar (v. 24)

  1. Para que tipo de pecado aponta? Por que ele menciona o detalhe de que o assassinato acontece "secretamente"?
  2. A qual dos Dez Mandamentos este versículo se refere?

k. Maldição # 11—aceitar subornos (v. 25)

  1. Para que tipo de pecado isto aponta?
  2. A qual dos Dez Mandamentos este versículo se refere?

i. Maldição #12—uma cláusula geral ou inclusiva (v. 26)

  1. O que significa "confirmar" (ARC) as palavras desta lei?
  2. A expressão "as palavras desta lei" se referem apenas aos 11 exemplos acima?

(3) Que tipo de sociedade Israel se tornaria se as práticas acima não fossem consideradas pecados contra o Senhor?

(4) O que significa o fato de o povo ter respondido com "amém" a cada uma das maldições acima?

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota 1:

Os montes Ebal e Gerizim estavam localizados a oeste do rio Jordão, aproximadamente 64 quilômetros ao norte de Jerusalém. "Uma importante rota comercial corria de leste a oeste entre as duas montanhas, e no extremo leste da passagem estava localizada a antiga cidade e santuário de Siquém." (NICOT, Deuteronômio, 328)

Nota 2:

“A bênção devia ser pronunciada pelas tribos de Simeão, Levi, Judá, Issacar, José e Benjamim, cada um dos quais descendia das duas esposas de Jacó, enquanto a maldição seria pronunciada por Ruben (que perdeu seu direito de primogenitura devido a ao incesto que cometeu [Gn 49:4]), pelos dois filhos da serva de Lia... e por Zebulom, junto com Dã e Naftali, filhos de Bila, serva de Raquel. Era natural que a bênção fosse pronunciada pelas tribos que descendiam das esposas plenas de Jacó, pois os filhos das esposas ocupavam uma posição mais elevada do que os filhos das servas, assim como a bênção ocupava uma posição mais proeminente do que a maldição."
(K&D, 961-2)

Reflexão meditativa
A Pronúncia d
as Maldições no Monte Ebal

Quando vocês tiverem atravessado o Jordão, as tribos que estarão no monte Gerizim para abençoar o povo serão: Simeão, Levi, Judá, Issacar, José e Benjamim. E as tribos que estarão no monte Ebal para declararem maldições serão: Rúben, Gade, Aser, Zebulom, Dã e Naftali. (NVI-PT) (Deuteronômio 27:12-13)

É interessante notar que as maldições deviam ser pronunciadas pelas tribos que estavam no monte Ebal e não pelas tribos no monte Gerizim, especialmente dado o fato de que o altar seria construído no primeiro, junto com as pedras caiadas sobre as quais seriam escritas "todas as palavras desta lei".

Keil e Delitzsch, ao citar as ideias de estudiosos anteriores, compartilham o seguinte:

“Como explica a Bíblia de Berleburger, 'para mostrar como a lei e a economia do Antigo Testamento denunciariam a maldição que está sobre a raça humana inteira devido ao pecado, e para despertar o desejo pelo Messias, que removeria a maldição e em seu lugar traria a verdadeira bênção'. Por mais remota que seja a alusão ao Messias aqui, a verdade para a qual essas instruções inegavelmente apontam é que a lei principalmente traz uma maldição sobre o homem, devido à pecaminosidade de sua natureza. O próprio Moisés anuncia isso ao povo nos vv. 16 e 17 do cap. 31. Por essa mesma razão, o livro da lei devia ser colocado ao lado da arca da aliança como 'testemunha contra Israel' (cap. 31:26).”
[K&D, 961]

Mas a lei e as maldições não são as últimas palavras, uma vez que o altar no monte Ebal aponta para a misericórdia de Jeová, a qual, apesar de o povo merecer as maldições, estava disposto a oferecer perdão, algo que finalmente seria feito através do sacrifício do Seu Filho Unigênito, que levaria a maldição dos pecados, não só os de Israel, mas os de toda a humanidade. (Gálatas 3:13)

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 28:1–14

Bênçãos a serem pronunciadas do Monte Gerizim—Embora as maldições devessem ser pronunciadas uma a uma pelos levitas enquanto o povo respondia com “amém”, os detalhes das maldições ainda não tinham sido estabelecidos. As bênçãos são mencionadas primeiro:

(1) Antes mesmo que os detalhes dessas bênçãos fossem pronunciadas, Deus expressou Seu desejo para a nação de Israel. Qual é esse desejo de Deus ao derramar todas essas bênçãos sobre eles? (v. 1)

(2) Que condições são repetidas aqui, e que aspectos são enfatizados? (vv. 1-2)

(3) Bênção #1—na cidade e no campo (v. 3)

a. Que aspecto dessa bênção é enfatizado?

(4) Bênção #2as colheitas e os filhos do ventre, tanto de humanos quanto de gado (v. 4)

a. O que essa bênção representa?

(5) Bênção #3—sua cesta e amassadeira (v. 5)

a. O que essa bênção representa?

(6) Bênção #4—sua entrada e saída (v. 6)

a. Como o Salmo 121:8 faz eco dessa bênção?

(7) Bênção #5—na batalha contra seus inimigos (v. 7)

a. O que essa bênção representa?

(8) Bênção #6—seus celeiros e seu esforço (v. 8)

a. O que essa bênção representa?

(9) Um resumo das bênçãos como "seu povo santo" (vv. 9-13)

a. O que você entende pela palavra “santo”?

b. Seu relacionamento com todos os povos da terra (v. 10):

  1. Como os povos os tratariam?
  2. Por quê?

c. Sua fecundidade (e relacionamento com a natureza produtiva) (v. 11)

  1. Que bênção é repetida aqui a fim de destacar sua abundante prosperidade?

d. Seu relacionamento com a natureza (v. 12)

  1. Como o Senhor abençoaria sua agricultura?

e. Seu status entre as nações (vv. 12-13)

  1. Em que sentido(s) eles seriam a cabeça e não a cauda, por cima e nunca por baixo?

(10) Uma repetição das condições das bênçãos (v. 14)

a. Que condição é declarada no início do pronunciamento das bênçãos? (v. 1)

b. Que condição é repetida como parte do resumo das bênçãos? (v. 13)

c. Que condição final encerra o pronunciamento das bênçãos? (v. 14)

d. Você acha que essas condições são difíceis de seguir? Por que ou por que não? (Você talvez queira ver qual será a resposta de Deus a esta pergunta em 30:11-14.)

(11) Se Israel guardar todas essas bênçãos do Senhor, seguindo e obedecendo rigorosa e plenamente todos os mandamentos de Deus, por que "todos os povos da terra verão que és chamado pelo nome do Senhor, e terão temor de ti" ? (v. 10)

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Não tome as bênçãos como garantidas

Todas estas bênçãos virão sobre vocês e os acompanharão, se vocês obedecerem ao Senhor, o seu Deus.” (NVI-PT) (Dt 28:2)

A lista de bênçãos que Deus prometeu conferir aos israelitas se eles guardassem e obedecessem plena, cuidadosa e rigorosamente todos os Seus mandamentos (28:1, 13, 14) é, na verdade, muito prática e rica; no entanto, ela também destaca os riscos e perigos da vida a que todos os povos que vivem nesta terra estão sujeitos. Aqui estão alguns exemplos da lista:

- Embora todos busquemos um refúgio ou um paraíso na terra, a verdade é que realmente não há garantia alguma de habitar seguro na terra, seja na cidade ou no campo (v. 3)—há menos de seis meses, certo homem comprou uma casa com vista para o mar em San Francisco por US $2 milhões, mas viu seu alicerce ser destruído por água devido a um rompimento no tubo principal da cidade, antes mesmo de ele poder se instalar na casa.

- A segurança no transporte é algo que ninguém deve dar como certo (v. 6): as estatísticas mostram que a maioria dos acidentes com veículos ocorre perto de casa.

- Mesmo no século XXI, a humanidade é incapaz de evitar a seca e a fome (v. 12). Na Califórnia (sem falar em muitas das regiões da África), já passamos por quatro anos consecutivos de seca (2012-5).

Portanto, a promessa de Jeová de abençoar Seu povo santo em todas as regiões (na cidade e no campo) e em todas as suas jornadas (entrada e saída), bem como enviar chuva na estação devida (v. 12), sem mencionar tudo o que foi dito no mesmo capítulo, é sem dúvida uma evidência tanto do amor de Deus quanto de Seu grande poder. Não é à toa que “todos os povos da terra verão que vocês pertencem ao Senhor e terão medo de vocês” (28:10). No entanto, o simples fato de eles “obedecerem fielmente ao Senhor, o seu Deus, e seguirem cuidadosamente todos os seus mandamentos” (v. 1) por si só teria feito com que os povos os temessem, e também buscassem ao Senhor, seu Deus, uma vez que essa abundância se manifestaria para além de sua prosperidade material; também se refletiria em sua paz interior, felicidade e contentamento.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 28:15–35

Maldições Específicas (I)— O Capítulo 27 menciona apenas os pecados que trariam sobre o povo as maldições; neste trecho, as maldições são especificadas em termos inequívocostudo isso aconteceria dentro da terra que Deus tinha prometido dar ao povo:

(1) Vv.16-19—Quais são algumas das bênçãos prometidas que seriam transformadas em maldições?

(2) Vv. 20-24—Em vez de prosperidade abundante, haveria ruína e destruição:

a. Quais são as bênçãos prometidas em relação a “tudo que puseres a tua mão para fazer” (ARC) (v. 28:8)

b. O que essas bênçãos se tornariam? (v. 20)

c. Além disso, que outras calamidades os perseguiriam “até que te consuma da terra”? (vv. 21-22)

d. O que as bênção das chuvas se tornaria (v. 12)? (v. 24)

(3) Vv. 25-29—derrota e opressão

a. Como o Senhor contrasta a maldição da derrota com a bênção de vitória mencionada anteriormente (v. 25 vs. o v. 7)?

b. Que tipo de maldição é descrita no v. 26?

c. O v. 27 parece ser uma referência àquilo que Deus tinha infligido aos egípcios antes do êxodo de Seu povo. Que tipo de maldição agora cairia sobre eles?

d. Além das doenças físicas, com que tipo de doença mental Deus lhes infligiria? (v. 28)

e. A que tipo de vida estariam sujeitos, devido a todas essas calamidades? (v. 29)

(4) Vv. 30-35—as graves consequências da derrota

a. Deus pretendia que Seu povo usufruísse da terra que Ele lhes estava dando; no entanto, devido à derrota às mãos de seus inimigos, o que lhes seria tirado antes de eles poderem desfrutá-lo? (vv. 30-31)

b. O que aconteceria com seus filhos? (v. 32)

c. O que aconteceria com seu trabalho duro no campo? (v. 33)

d. Quão opressivas seriam essas maldições para eles? (v. 34)

e. A que levariam todas essas feridas dolorosas e doenças de pele? (v. 35, Lev.13:3)

(5) Compare esta lista de maldições com a lista de bênçãos nos primeiros 14 versículos e reflita sobre as seguintes perguntas:

a. O tamanho desta lista de maldições o surpreende?

b. Quais poderiam ser as razões pelas quais essa lista de maldições é tão aterrorizante?

(6) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Um
a adevertência para nós também

"Aquilo que os seus olhos virem os levará à loucura." (NVI-PT) (Dt 28:34)

Ainda não chegamos à metade da lista de maldições que o Senhor pronunciou contra Seu povo se eles “não obedecerem ao Senhor, o seu Deus, e não seguirem cuidadosamente todos os seus mandamentos e decretos” (28:15), e já sentimos o horror das maldições; além disso, ao comparar as duas listas, vemos que a lista de maldições quase ofusca a das bênçãos (em 28:1-14).

O que é ainda mais triste é reconhecer que esta lista de maldições (e mais) de fato caiu sobre Israel. Após esses eventos, a nação foi completamente destruída e o povo pereceu (28:22). Essas maldições não se limitaram à destruição de Jerusalém pelos caldeus (586 a.C.), à profanação por Antíoco Epifânio (168 a.C.) e à destruição de Jerusalém pelos romanos (70 d.C.). A história continua a dar testemunho (até hoje) do cumprimento de todas essas maldições e calamidades na vida do povo do Povo Eleito de Deus.

Embora a leitura dessas maldições por si só seja suficiente para nos aterrorizar, e embora os eventos históricos que acabo de mencionar tenham atormentado não só o Povo Eleito, mas também o mundo civilizado, nosso Senhor Jesus predisse uma época ainda mais terrível que ainda está por vir: “Se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém sobreviveria; mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados” (Mateus 24:22).

Portanto, é importante que oremos pelo arrependimento de Israel, e que tudo isto sirva também de advertência para nós, como nos lembra o apóstolo Paulo: “Não se orgulhe, mas tema. Pois, se Deus não poupou os ramos naturais, também não poupará você. Portanto, considere a bondade e a severidade de Deus: severidade para com aqueles que caíram, mas bondade para com você, desde que permaneça na bondade dele. De outra forma, você também será cortado" (Romanos 11:20-22).

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 28:36–48

Maldições Específicas (II)—O Futuro Exílio—Muito além de ser derrotados pelos seus inimigos, a maldição final é o exílio:

(1) Vv. 36-37—a maldição do exílio

a. O que isso significa em relação ao seguinte?

  1. A promessa de Deus de lhes dar a terra
  2. Sua promessa de ser seu Deus, e eles o Seu povo?

b. Quais seriam seus deuses?

c. O que eles se tornariam diante das nações?

(2) Vv. 38-44—Dentro da Terra Prometida

a. O que aconteceria com sua colheita? (v. 38)

b. O que aconteceria com suas uvas? (v. 39)

c. O que aconteceria com suas oliveiras? (v. 40)

d. O que aconteceria com seus filhos? (v. 41)

e. Como seria a Terra Prometida? (v. 42)

f. Quem tomaria o controle de suas terras? (vv. 43-44)

(3) Vv. 45-48—A razão da devastação

a. Por que essa mudança de sorte é chamada de "um sinal e um prodígio" para eles e seus descendentes para sempre? (v. 46)

b. Qual é a razão dada para a severidade do castigo? (vv. 47-48)

(4) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Sinais e prodígios

"Essas maldições serão um sinal e um prodígio para vocês e para os seus descendentes para sempre." (NVI-PT) (Deuteronômio 28:46)

Quando os sinais e prodígios são mencionados ao povo de Deus, normalmente se trata de uma referência aos grandes milagres que o Senhor realizou por eles no Egito a fim de libertá-los de sua escravidão (Êxodo 7:3; Deuteronômio 4:43; 6:22; 7:19 ; 26:8, etc.). No entanto, no contexto desta advertência sobre as futuras consequências terríveis para o povo de terem desobedecido a Deus e Seus mandamentos enquanto ainda estavam na Terra Prometida, o termo "sinais e prodígios" é usado para se referir às maldições que cairiam sobre eles (28:46).

Isso significa que os castigos que lhes sobreviriam não seriam “juízos comuns e ordinários” (Calvino), uma vez que se esses castigos fossem os mesmos que são sofridos por todas as nações, Israel não despertaria para a realidade de sua séria rebelião contra Deus. Somente calamidades tão grandes quanto os “sinais e prodígios” que Deus tinha infligido ao Egito seriam suficientes para chamar a atenção de Israel a fim de que lembrasse durante as gerações vindouras.

Isso nos lembra que devemos cultivar uma maior sensibilidade ao pecado, para que não obriguemos a Deus a usar “sinais e prodígios” para despertar a nossa atenção e nos levar de volta ao caminho da obediência.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 28:49–68

Maldições específicas (III)—invasão por uma grande nação

(1) Vv. 49-52—a maldição de ser invadido por uma grande nação

a. De onde viria essa nação? (v. 49)

b. Quão poderosa seria essa nação? (v. 50)

c. Que tipo de destruição essa nação traria? (v. 51)

d. As cidades fortificadas de Israel seriam capazes de resistir a essa invasão? (v. 52)

e. Como a maldição profetizada neste trecho foi cumprida? (2 Reis 25)

(2) Vv. 53-57—a terrível condição de viver em estado de sítio

a. Quão terríveis seriam as condições que o povo enfrentaria?

b. O que a referência ao "homem mais gentil e educado" procura destacar?

(3) Vv. 58-61destruição total

a. Tente fazer uma lista de todos os desastres detalhados nos vv. 59-61.

b. Qual seria o propósito de todos esses desastres? (v. 61b)

c. Qual razão foi dada para adverti-los sobre estes castigos tão severos? (v. 58)

(4) Vv. 62-68uma mudança de sorte

a. Que promessas que Deus tinha prometido cumprir parecem ser violadas por essas maldições que viriam sobre Israel? (v. 62; Gênesis 15:5; 18-20)

b. Onde o povo de Israel seria espalhado? (v. 64)

c. Qual seria sua condição espiritual? (v. 64)

d. Qual seria sua condição interior? (vv. 65-66)

e. Como você descreveria esse tipo de vida?

f. Como o v. 67 descreve que não haveria descanso para suas almas?

g. Como sua última condição se compara à sua vida anterior de escravidão no Egito?

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Qualquer coisa
pode acontecer quando nos afastamos de Deus

"Até mesmo o homem mais gentil e educado entre vocês não terá compaixão do seu irmão, da mulher que ama e dos filhos que sobreviverem." (NVI-PT) (Deuteronômio 28:54 )

A terrível advertência ao povo de Deus contra a desobediência de Seus mandamentos atinge seu ponto culminante em 28:53-57, onde Moisés profetiza o resultado da fome extrema que experimentariam quando suas cidades fossem sitiadas: até mesmo o homem ou a mulher mais "gentil e educado" comeria seus próprios filhos. Esse é um retrato não só da fome extrema, mas também de um povo que tem sido impulsionado à loucura e à perda total de sua humanidade. Ele me fez pensar em uma entrevista que vi na televisão, realizada vários anos após o genocídio cometido pelo Khmer Vermelho (no Camboja entre os anos 1975 e 1979) com um dos soldados que tinha participado do assassinato de bebês inocentes (alguns dos quais foram mortos ao serem batidos contra árvores). De acordo com as palavras desse ex-soldado, ele não conseguia explicar o que realmente tinha acontecido, exceto que ao olhar para trás ele sentia que aquele que tinha feito isso não era ele mesmo, e que ele tinha perdido sua humanidade.

Estou convencido de que há um poder satânico por trás desse tipo de incidentes; no entanto, tudo começa quando as pessoas tomam uma decisão consciente de rejeitar o Deus Criador e se associar a outros espíritos, adorando-os. Essa foi a terrível advertência que Moisés deu ao povo de Deus.

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Deuteronômio 29:1–29

A aliança que foi feita além daquela que já havia sido feita em Horebe

(1) O povo é prepardo para esse momento (vv. 1-8)

a. Quando os Dez Mandamentos foram dados em Horebe, os israelitas já tinham visto todos os “sinais e grandes maravilhas” que Jeová tinha realizado no Egito (v. 3). Por que, então, Moisés disse que o povo ainda não tinha um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir? (v. 4)

b. Que diferença deveria ter feito a experiência dos quarenta anos no deserto? Por quê? (vv. 5-6)

c. Além da experiência dos quarenta anos no deserto, o que deveria ter significado para o povo as vitórias sobre os reis Siom e Ogue (que derrotaram antes de chegar às planícies de Moabe)? (vv. 7-8)

d. Isso significa que o povo finalmente tinha uma mente que entendia, olhos que viam e ouvidos que ouviam, e que por isso já estava pronto para fazer um pacto com o Senhor? Por que ou por que não?

(2) A celebração da aliança solene (vv. 9-15)

a. Qual é o conteúdo principal desta aliança? (v. 13)

b. Com quem o Senhor estava fazendo a aliança? (vv. 14-15)

c. Como Deus dá fé desta aliança? (vv. 12b, 14)

d. Por que Deus precisou usar um juramento para estabelecer esta aliança?

e. Como o povo devia cumprir esta aliança? (v. 9)

(3) Uma advertência contra as práticas idólatras das nações (vv. 16-28)

a. Quais são as cidades nas quais Israel tinha testemunhado a adoração de ídolos? (vv. 16-17)

b. Como Moisés descreve o pecado da adoração de ídolos? (v. 18) Por quê?

c. De acordo com sua advertência nos vv. 19-21, o que poderia levar o povo se tornar teimoso em seus pecados? (v. 19)

d. Quão severa seria a punição para essas pessoas? (vv. 19-21)

e. Como Jeová trataria a nação como um todo depois de sua apostasia? (vv. 22-23; observe que "Adma e Zeboim estavam localizados perto de Sodoma e Gomorra, provavelmente perto do extremo sul do Mar Morto" [ NICOT, 359])

f. O que significa o diálogo hipotético nos vv. 24-28?

(4) Por que Moisés concluiu esta aliança formal com o v. 29?

a. O que isto significa?

b. Qual é a sua relevância para a aliança?

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
As coisas
encobertas pertencem ao Senhor

As coisas encobertas pertencem ao Senhor, o nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei.” (NVI-PT) (Dt 29:29)

As coisas encobertas pertencem ao Senhor, o nosso Deus — O significado imediato deste versículo é determinado pelo contexto dado na reflexão sobre o futuro que encontramos nos versículos anteriores. A imagem descrita em termos tão gráficos nos vv. 21-27 não é uma profecia sobre um evento inevitável. No entanto, se os israelitas persistissem em sua desobediência e deixassem de cumprir suas obrigações, um destino como aquele descrito nesses versículos se tornaria inevitável; em outras palavras, o destino dependeria de sua preservação (quer fosse adequada ou inadequada) do relacionamento da aliança. No entanto, o objetivo da impactante descrição do que poderia acontecer com o povo no futuro não era encorajar a apatia e o desespero entre o povo. Se esse futuro fosse inevitável, o povo provavelmente teria feito a pergunta "Então por que devemos obedecer?". Longe disso, o propósito dessa imagem sombria do futuro era produzir o efeito oposto: as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei. Ou seja, havia pelo menos uma coisa certa e revelada, a saber, as palavras da lei. A lei colocou sobre o povo a responsabilidade de obedecer, e o resultado de sua obediência seria a bênção de Deus sobre a terra da qual eles estavam prestes a tomar posse. Esse princípio geral tinha sido revelado claramente; a obediência levaria à bênção contínua de Deus, mas a desobediência traria a maldição de Deus. Não era prerrogativa do homem pensar além disso e especular sobre os eventos futuros (as coisas encobertas).

"O versículo tem outras implicações teológicas mais amplas. Seria presunção da parte do homem supor que através da revelação ele já obteve um pleno conhecimento de Deus. A revelação é dada numa forma que tem sido adaptada ao homem para que cumpramos todas as palavras desta lei. Esta última cláusula não reduz a religião ao domínio da lei e da ética, como diria Spinoza, mas aponta para os meios pelos quais é possível cultivar um relacionamento vivo com Deus. Provavelmente nunca poderemos conhecer todas as coisas, as coisas cobertas, uma vez que a mente do homem é limitada pelas restrições impostas pela sua finitude; embora a natureza da revelação de Deus não seja tal que conceda ao homem um conhecimento total do universo e seus mistérios, ela sem dúvida lhe concede a possibilidade de conhecer a Deus. E por Sua graça, é possível conhecê-Lo viva e profundamente, sem jamais apreender ou compreender as coisas encobertas.”
(NICOT, 360-1)