Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Josué 7:16–26

Nesta semana continuaremos com o nosso estudo do Livro de Josué.

(1) Deus sabia exatamente quem havia cometido o crime. Por que ele deu instruções a Josué para seguir um procedimento que selecionava entre cada tribo, clã, família e homem?

(2) O que Acã deveria ter feito antes de finalmente ser escolhido?

(3) Imagine que você fosse Josué. O que você teria dito quando Acã foi escolhido?

(4) O que foi que ele disse?

(5) Por que Josué começou com as palávras "dá, peço-te, glória ao Senhor, Deus de Israel,"? Por que Josué diria a Acã, uma pessoa que tinha pecado de forma tão horrivel e estava prestes a enfrentar a pena de morte, para dar glória e louvor a Deus?

(6) Leia a confissão de Acã. Acã deu glória a Deus? Sua confissão foi um sinal de arrependimento?

(7) Os israelitas tinham passado 40 anos no deserto, o que significava que poucas vezes teriam visto, muito menos possuído, um manto babilônico. Juntamente com os 2,5 kg (5–6 libras) de prata e 0,5 kg (1¼ libras) de ouro, não há dúvida de que isso representava uma grande tentação. Como Acã pode ter justificado suas ações no momento em que cometeu o pecado?

(8) Apesar da gravidade do pecado de Acã, não foi severo demais castigar a família inteira? Tente fazer uma lista que inclui todas as consequências do seu pecado.

(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Jogar com
um conjunto diferente de regras (I)

A rigor, Acã não cometeu um roubo. Todas as suas ações foram muito normais no contexto da guerra, especialmente das guerras do Antigo Oriente. Aqueles que participavam da conquista dos inimigos tinham o direito de levar os despojos (que no caso de Acã eram uma túnica e um pouco de prata e ouro). Além disso, este pobre homem tinha passado a vida ineteira no deserto, onde nunca teria visto (muito menos possuído) um belo manto.

No entanto, Acã não era uma pessoa comum e a guerra não era uma guerra comum. Ele era um membro do Povo Escolhido de Deus. Ele, junto com seu povo, tinha sido libertado do Egito; e assim como seu povo, ele não pertencia a si mesmo, mas a Jeová. E embora a guerra fosse um caminho que conduzia à Terra Prometida para o desfrute da nação, não era a guerra da nação. Era a guerra de Jeová e estava sendo travada para a Sua glória! Portanto, o que era comum e aceitável para o mundo não necessariamente era comum e aceitável para eles. Eles precisavam viver e agir de acordo com as regras e padrões de Deus, não os do mundo.

A comparação com os cristãos não poderia ser mais clara. Nós não vivemos nem jogamos de acordo com as regras e regulamentos do mundo, somente as da Bíblia. Portanto, nunca poderemos defender a nossa desobediência dizendo: "Mas todo mundo faz isso!" É claro que nós não somos "todo o mundo"; nós pertencemos a Jeová. Nem mesmo Acã ousou dizer algo em sua própria defesa.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Josué 8:1–29

(1) Que exortação Jeová fez a Josué em 8:1?

(2) Após este segundo ataque a Ai, Jeová permitiu que o povo levasse o despojo. Por que Deus mudou sua ordem de repente?

(3) Como essa mudança revela a intenção de Deus em dar seu a ordem original (a primeira)? O que você pode aprender com isso?

(4) Quantos habitantes tinha a cidade de Ai? (8:25)

(5) Quantas pessoas Josué tinha usado no primeiro ataque (7:4)? Desta vez, quantos ele mobilizou? Como você definiria a "fé" neste contexto?

(6) Embora saibamos que não devemos mentir, nem fazer nada enganoso, na batalha de Ai, Josué falou para os israelitas fugirem, como se os habitantes da cidade os tivessem conseguido repelir, a fim de permitir que os outros 5.000 homens preparassem uma emboscada para o inimigo. À luz disso e da história de Corrie ten Boom, que escondeu judeus dos nazistas, como você entende as palavras de Jesus em Mateus 10:16: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.” (ARC) ?

(7) Qual foi a principal lição que os israelitas aprenderam naquele dia?

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Jogar com
um conjunto diferente de regras (II)

É interessante ler que na segunda tentativa de ataque à cidade de Ai, Jeová de repente mudou a regra com relação à batalha: "salvo que para vós saqueareis os seus despojos e o seu gado" (Josué 8:2).

Se eu fosse um dos israelitas, teria me perguntado se tinha ouvido corretamente o que Josué disse. E se eu fosse Josué, teria perguntado a Jeová por que ele decidiu alterar Sua regra ou diretriz que pouco antes tinha levado à morte de Acã. Por que permitir que Acã fosse tentado se a regra podia ser alterada?

Sempre falamos sobre a necessidade de não tentar colocar Deus em nossa caixa, e acho que este é um bom exemplo disso. Deus não estava interessado somente em derrotar os inimigos do povo e dar-lhes a Terra Prometida. Ele estava muito mais interessado em transformá-los em Seu povo, um povo que entendia Seu coração e refletia Seu caráter. Todo o processo do êxodo, do deserto e da posse da Terra Prometida foi planejado para transformá-los numa nação santa. Portanto, no início de sua campanha para tomar posse da terra dos cananeus, o povo precisava aprender uma obediência total e contentamento absoluto.

Acã falhou, mas isso não aconteceu com todos os israelitas. Além disso, o fracasso de Acã também serviu ao propósito de Deus, uma vez que agora a nação inteira compreendia a importância da obediência total e do contentamento absoluto. Nesta ocasião, a regra pôde ser alterada para permitir que o povo levasse os despojos. Não é diferente do que nós fazemos quando criamos os nossos filhos. Quando eles são adolescentes, precisamos impor certas regras (por exemplo, marcar um horário para eles chegarem a casa). Mas quando se tornaram adultos, essas regras não são mais necessárias. Isso não quer dizer que os pais mudaram suas normas, mas antes, que os filhos já estão mais maduros.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Josué 8:30–35

Esta passagem deve ser lida em conjunto com Deuteronômio 27, especialmente os vv. 1-8.

(1) Qual teria sido a principal diferença entre ouvir as palavras de Moisés no momento descrito na passagem de Deuteronômio e ouvir as palavras de Josué nos Montes Ebal e Gerizim (um ao norte e o outro ao sul de Siquém) descritas aqui?

(2) O que a construção de um altar a Jeová e a apresentação de holocaustos ofertas de comunhão teria representado nesse momento específico?

(3) Quão importante era o uso de pedras não lavradas, nas quais não foi usada ferramenta alguma (quer dizer, qual era sua implicação espiritual)?

(4) O autor enfatiza o fato de que aqueles que ouviram e participaram foram "todo" Israel: estrangeiros, cidadãos, anciãos, funcionários, juízes, mulheres e crianças. Quão importante foi o fato de todos terem participado desta cerimônia?

(5) Como as bênçãos e maldições se tornaram ainda mais reais quando foram pronunciadas naquele momento tão solene?

(6) Como você pode imitar os israelitas, “copiando” a palavra de Deus em seu coração e no coração de sua família (ou igreja)?

(7) Embora hoje vivamos sob a graça, quais seriam algumas “bênçãos” e “maldições” que você tem recebido devido à sua obediência ou desobediência a Jeová em sua vida?

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Do começo ao fim, tudo é graça

Josué e os israelitas agora se encontravam em Siquém, a cidade mencionada por Moisés que estava localizada entre os montes Ebal e Gerizim, mas agora eles podiam contemplá-la com os próprios olhos. As palavras de Moisés, repetidas agora por Josué, ficaram muito mais reais e relevantes. Agora, com os pés firmemente plantados na Terra Prometida, o povo reconhecia que as promessas de Deus, assim como as maldições sobre as quais estavam sendo advertidos, tinham se tornado reais de forma muito poderosa. E antes dessa cerimônia de pronunciamento de maldições e bênçãos, o povo ofereceu holocaustos e ofertas de comunhão a Jeová — um lembrete de que eles eram um povo especial que já tinha feito as pazes com o Deus Santo, a quem agora tinham acesso por meio de sacrifícios animais em sua própria terra. Moisés também tinha ordenado que essas ofertas fossem feitas num altar feito de pedras sem lavrar, nas quais nenhum instrumento de ferro tinha sido usada (Josué 8:31). Isso significa que nenhum esforço humano podia torná-los aceitáveis diante de Deus; tudo, do começo ao fim, era a graça de Deus.

Hoje, com certeza, a graça de Deus já se manifestou plenamente na pessoa de Jesus Cristo, Seu Filho unigênito, cuja morte nos deu acesso à presença de Deus. O que nos trouxe salvação como filhos de Deus foi a pura graça, e não o esforço humano. No entanto, o nosso Deus continua sendo um Deus Santo. Embora acreditemos que uma vez salvos pela graça por meio da fé o nosso status como Seus filhos não mudará, apesar de continuarmos a cometer transgressões, nossa desobediência constantemente prejudica o nosso comunhão com Ele. É por isso que o apóstolo João (dirigindo-se aos crentes) nos exorta a um arrependimento contínuo: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:9).

Ao pensar sobre isso, você não acha que a graça de Deus é maravilhosa? Somos salvos pela graça (Efésios 2:8), e embora continuemos a pecar, continuamos a ser purificados dos nossos pecados! Assim é a graça, a graça maravilhosa. Mas também devemos prestar atenção ao apóstolo Paulo quando diz: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante?” (Romanos 6:1).

Aqueles que realmente entendem a maravilha da graça de Deus responderão enfáticamente junto com Paulo: "De modo nenhum!"

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Josué 9:1–15

(1) Se você tiver acesso algum mapa do mundo bíblico, note a imensidão da a região onde moravam os povos que se reuniram para guerrear contra Israel, conforme descrito nos vv. 1-2. Não era mais uma guerra entre duas nações, mas uma guerra de muitas nações contra uma. Isso parece ser um padrão consistente com o qual Israel teria que lidar (e com o qual continua lidando até hoje). Com relação a isso, o que pode ter mudado ao longo dos séculos? O que pode ter permanecido constante?

(2) Como a reação dos habitantes de Gibeom foi diferente da reação daqueles descritos nos vv. 1-2? Qual pode ter sido o principal motivo de sua decisão? Eles não poderiam ter se juntado aos outros? Eram homens covardes e fracos? (vide 10:2)

(3) Por que os israelitas não eram autorizados a fazerem uma aliança com os gibeonitas por serem seus vizinhos? (vide Deuteronômio 20:10-18)

(4) É verdade que os israelitas (os quais obviamente incluíam Josué) "não consultaram a Jeová". (v. 14). O que Jeová teria dito se o povo O tivesse consultado? (Ao longo desse relato, Jeová nunca repreendeu Josué ou os israelitas por suas ações.)

(5) Richard Hess, um acadêmico que se especializa no VT, comenta que "a confissão de fé no Deus israelita por parte dos gibeonitas está no centro da estrutura". Você concorda com esse comentário? Por quê?

(6) O que a disposição deste povo de ser servos de Israel (v. 9) nos ensina sobre o que foi dito acima?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Uma fé que transcende

Anos atrás, escrevi o seguinte na margem do livro de Josué em minha Bíblia, ao lado do capítulo 9: "Qual teria sido a resposta de Jeová se os líderes O tivessem consultado?"

À primeira vista, tudo o que aconteceu foi porque o povo e seus líderes (um dos quais obviamente era Josué) "não pediram conselho à boca do Senhor" foram enganados pelos gibeonitas e acreditaram que não eram seus vizinhos, mas um povo que morava além das fronteiras de Canaã (Josué 9:14). Como resultado, eles foram poupados mas se tornaram escravos de Israel.

Claro, minha pergunta continua sendo hipotética porque a Bíblia não nos dá uma resposta direta; no entanto, eu acredito que a história da mulher cananéia em Mateus 15 revela o coração de Deus, que é o mesmo “ontem, e hoje, e eternamente” (Hebreus 13:8).

Quando a mulher clamou para pedir ajuda para sua filha endemoninhada, Jesus a cumprimentou com um sarcasmo racial horrível, "Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.", o qual foi seguido por palavras ainda mais humilhantes: "Não é bom pegar o pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos”. No entanto, quando a mulher suplicou de forma persistente e humilde, Jesus a recompensou, não só com a cura de sua filha, mas com um elogio sincero: “Ó mulher, grande é a tua fé. Seja isso feito para contigo, como tu desejas” (Mateus 15:28).

Eu acho que essas palavras degradantes de Jesus, em vez de serem um reflexo de Seu próprio coração (uma vez que "Deus amou o mundo"), mostram a atitude de seus discípulos e dos judeus da época. Portanto, se Josué tivesse consultado a Jeová, e se os gibeonitas tivessem respondido como a cananeia em Mateus 15, o resultado teria sido o mesmo. Eles teriam sido poupados, como explica Richard Hess: "a confissão gibeonita de fé no Deus israelita está no centro da estrutura" (Hess, Joshua, COTC, 179).

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Josué 9:16–27

(1) A assembléia inteira teve razão em reclamar contra seus líderes?

(2) Que razão foi dada pelos líderes de Israel para poupar a vida dos gibeonitas? Você acha que tomaram a decisão certa, apesar da aparente violação da instrução de Deus para eliminar todos os cananeus (Dt 20:16-18)?

(3) Parece que os líderes entenderam que era muito mais grave violar um juramento feito perante Jeová do que violar as instruções que Deus tinha dado em Deuteronômio. Você concordaria comigo se eu dissesse que esse incidente mostra que os líderes realmente conseguiram entender o espírito da Lei (ou o coração de Deus)? Por que ou por que não?

(4) Que maldição Josué lhes infligiu?

(5) Eles eram simples lenhadores e carregadores de água? Isso realmente era uma maldição?

(6) Como as ações de Josué descritas no v. 26 o tornam um tipo de Cristo?

(7) De que maneira nós, os cristãos do NT, somos como os gibeonitas?

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Perto de
Ti

Acho muito engraçado que Josué tenha dito aos gibeonitas: "Agora, pois, sois malditos; e, dentre vós, não deixará de haver servos, nem rachadores de lenha, nem tiradores de água, para a casa do meu Deus" (Josué 9:23). Realmente é uma maldição servir na casa de Jeová, mesmo como lenhador ou carregador de água? As seguintes palavras de um dos salmistas me vieram à mente: “Porque vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Preferiria estar à porta da Casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade” (ARC) (Sl. 84:10).

Eu o convido a refletir sobre as palavras deste maravilhoso hino; que o nosso maior desejo seja estar mais perto de Deus:

(versão em espanhol)

Cerca de Ti

1
Cerca de Ti, Señor, quiero morar;
tu grande y tierno amor quiero gozar.
Llena mi pobre ser, limpia mi corazón,
hazme tu rostro ver en la aflicción. 

2
Mi pobre corazón inquieto está;
por esta vida voy buscando paz.
Mas sólo Tú, Señor, la paz me puedes dar;
cerca de Ti, Señor, yo quiero estar.

3
Pasos inciertos doy, el sol se va;
mas si contigo estoy no temo ya.
Himnos de gratitud ferviente cantaré
y fiel a Ti, Jesús, siempre seré.

4
Día feliz veré, creyendo en Ti,
en que yo habitaré cerca de Ti.
Mi voz alabará tu dulce nombre allí
y mi alma gozará cerca de Ti.

(Fanny Crosby, 1820-1915)
https://www.himnos-cristianos.com/himno/cerca-de-ti-senor/

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Josué 10:1–14

(1) Os gibeonitas esperavam que seu tratado de paz com Israel provocasse um ataque de seus poderosos vizinhos?

(2) Os gibeonitas mostraram algum remorso por suas ações? Por que ou por que não?

(3) O objetivo original desses reis vizinhos era derrotar Israel (9:1-2). Por que eles mudaram de objetivo e decidiram atacar os gibeonitas? O que eles estavam tentando fazer?

(4) Por que eles não seguiram o exemplo dos gibeonitas?

(5) Que mensagem Deus deu a Josué? Por que foi necessário dar-lhe essa mensagem?

(6) Qual foi a manobra inesperada de Josué? A estratégia militar que ele usou era considerada prudente? Por que funcionou?

(7) Por que Deus decidiu intervir com pedras de granizo quando o povo de Israel já estava vencendo a batalha?

(8) O que levou Josué a pedir que o sol parasse? O que ele conseguiu com isso? Quão grande foi esse milagre?

(9) Por que Deus respondeu à oração de Josué? Podemos orar por algo parecido? Por que ou por que não? (Mateus 17:20)

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O dia em que o sol parou

Um certo cristão com excesso de zelo decidiu inventar histórias mentirosas sobre supostas evidências produzidas pela NASA que supostamente comprovavam a veracidade do relato bíblico em Josué 10 (onde Deus fez o sol parar), histórias que mais tarde foram refutadas publicamente pela NASA. Na minha opinião, os seguintes comentários são muito sensatos, uma vez que a nossa fé realmente não depende de supostas evidências científicas:

"Principalmente isto: foi um milagre. Josué orou por ajuda divina e a recebeu. Um Deus onipotente poderia ter ajudado o povo de qulquer outra maneira que quisesse. Antes que alguém possa rejeitar a Bíblia por ela falar sobre milagres como eventos que realmente aconteceram, ele precisa fazer dois coisas. Primeiro, ele precisa mostrar que não há nenhum Deus capaz de realizar esse tipo de obras. Agora, se há um Deus que é capaz de fazer o Universo inteiro existir (Sl 33:9) por meio de Sua palavra, deve-se admitir que o mesmo Deus tem o poder de fazer o que Ele quer com o universo. Quem é o homem tão insignificante para dizer que o Deus do Universo não é capaz de parar a Terra, a Lua e o Sol, e ao mesmo tempo manter toda a aparência de ordem? Por definição, Deus está fora do alcance desse tipo de crítica.

"Em segundo lugar, o cético precisa mostrar que a Bíblia é um livro de origem inteiramente humana. No entanto, a própria existência da Bíblia é um dos exemplos mais conhecidos de um milagre. Ao se considerar todos os fatos, torna-se evidente que sem Deus é impossível explicar a existência da Bíblia. O ônus da prova recai sobre o cético; até ele provar que Deus não existe e que a Bíblia é um simples produto humano, ele não tem fundamento algum para negar um milagre registrado na Bíblia. É um absurdo descartar a Bíblia por ela conter relatos de eventos 'impossíveis'. Para Deus nada é impossível, salvo (é claro) aquelas coisas que são contrárias à Sua natureza (por exemplo, Ele não pode mentir Tit. 1:2). Como sempre acontece no caso de milagres, o texto não dá nenhuma explicação sobre como o que aconteceu em Josué 10 foi realizado. Como a cabeça de um machado flutuou (2 Reis 6)? Como cinco pães e dois peixes alimentaram mais de cinco mil pessoas (Mt 14)? Como Jesus deu vista aos cegos (João 9)? O simples fato de essas coisas terem acontecido é suficiente para aqueles que aceitam a onipotência de Deus.

"Portanto, duas das soluções acima parecem estar em sintonia com os dados. Primeiro, Deus poderia ter feito com que os raios do sol permanecessem sobre a Palestina pelo tempo especificado. Se Deus fez o Sol aparecer (da perspectiva de Josué) no céu sobre Gibeão, seria correto relatar o evento com os termos usados no texto. Mas Ele também pode ter feito o Sol (e, na verdade, todo o sistema solar) parar milagrosamente por um dia inteiro. O texto não afirma especificamente se o milagre foi local ou universal. Mas seja qual for o caso, 'não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele' (Josué 10:14)."

(Um trecho de Did the Sun Stand Still, www.apologeticspress.org, por Brad Bromling)

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Josué 10:15–27

(1) Com base nesta passagem, você consegue fazer uma lista das palavras ditas por Josué que Deus já tinha falado a ele? Parece que esta foi a primeira vez que Josué repetiu ao seu povo estas palavras que originalmente tinham sido dadas a ele. Nesse caso, o que isso nos ensina sobre a jornada de fé de Josué?

(2) O v. 21 é interessante. Por que o autor disse: "ninguém que movesse a sua língua contra os filhos de Israel."? O que esse versículo ensina sobre a situação na qual você se encontra hoje?

(3) Por que Josué pediu aos comandantes do exército que colocassem os pés no pescoço dos reis? Esses comandantes esperavam uma vitória tão grande contra esse poderoso bloco de inimigos?

(4) O que essa batalha (e a maneira como ela foi vencida) representou para os israelitas?

(5) Qual foi o significado dessa batalha para os gibeonitas que tinham tomado a difícil decisão de serem servos dos israelitas?

(6) O que essa batalha representou para Josué nesta etapa (ainda) inicial de sua campanha?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A transformação de um líder

Quando Deus escolheu Josué como sucessor de Moisés para levar os israelitas à Terra Prometida, Ele sabia que Josué enfrentaria enormes desafios nessa tarefa que era, do ponto de vista humano, impossível. Foi por isso que Ele lhe disse repetidamente por meio de Moisés (em Deuteronômio 31), pela boca das 2 tribos e meia (Josué 1:18) e por meio de uma aparição direta a Josué (Josué 1, 8 e 10), para não ter medo e para ser forte e corajoso. Deus sabia que Josué precisava aprender a confiar nEle.

Através da seca do rio Jordão, do colapso inesperado das muralhas de Jericó, da vitória completa sobre Ai, e agora da intervenção celestial com granizo e a parada do sol, Josué realmente se tornou forte e corajoso. Como sabemos? Porque pela primeira vez lemos (em 10:25) que ele pôde repetir as mesmas palavras ao povo: “Não temais, nem vos espanteis; esforçai-vos e animai-vo".

Eu acho que Josué era uma pessoa muito honesta, uma pessoa que não podia pedir ao povo que fizesse o que ele mesmo não podia fazer. Isso não quer dizer que ele não tivesse confiado nas palavras de Deus antes da vitória em Maquedá, mas que ele ainda estava tentando superar seu próprio medo. A fé total em Deus é um processo. No final, ele chegou ao ponto de poder confiar plenamente em Deus; assim, ele pôde dizer ao povo com toda a sinceridade o que Deus lhe vinha dizendo o tempo todo. Em outras palavras, agora o seu sermão era sua própria vida.