Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Juízes 3:7–11

Nesta semana continuaremos o nosso estudo do livro de Juízes do Antigo Testamento.

Nesta passagem a Bíblia nos fornece mais detalhes sobre este círculo vicioso, começando com o primeiro juiz, Otoniel:

(1) Explique o que você já sabe sobre Otoniel (Juízes 1:12-15).

(2) Qual foi a sua impressão dele antes de ler que Deus o levantou como o primeiro juiz?

(3) Como esta passagem mudou sua opinião sobre ele?

(4) Como a Bíblia descreve os pecados dos israelitas que tinham provocado a ira de Deus?

(5) Por que a Bíblia diz que Jeová “os vendeu em mão de Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia”? O que significa "vendido"?

(6) Quanto tempo os israelitas viveram como súditos de Mesopotâmia?

(7) Por que oito anos se passaram antes de o povo clamar a Jeová?

(8) Que razões tinha Deus para ouvir seu clamor? Você teria respondido ao clamor do povo se fosse Deus?

(9) Por que Otoniel esperou oito anos antes de enfrentar Cusã-Risataim ?

(10) Quanto tempo durou o período de paz que se seguiu?

(11) O que você aprendeu sobre o Espírito de Jeová?

(12) Faça uma pausa para refletir sobre a mensagem principal para você hoje. Como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

Acredita-se que Arã Naaraim (vide a note na versão NVI-PT) tenha sido localizado na região norte da Mesopotâmia, bem distante de Israel.

Reflexão meditativa
Ot
oniel, o primeiro juiz: uma escolha improvável?

Mas, quando clamaram ao Senhor, ele lhes levantou um libertador, Otoniel, filho de Quenaz, o irmão mais novo de Calebe, que os libertou." (NVI-PT) (Juízes 3:9)

Otoniel foi o primeiro dos 15 juízes que Deus levantou para libertar os israelitas depois de eles caírem repetidamente no ciclo vicioso de rebelião, opressão, clamor e libertação por parte de Jeová por meio de um juiz. Embora esses juízes tenham sido principalmente líderes militares e não espirituais, tenho a impressão de que a maioria deles impactou a vida espiritual do povo, pelo menos o suficiente para conceder-lhes um tempo de paz até sua própria morte, após a qual o povo se rebelava descaradamente contra Jeová, praticando o mal, esquecendo-se dEle e servindo aos outros deuses da terra, conforme descrito em Juízes 3:7.

Quando Otoniel foi mencionado pela primeira vez em 1:12-15, tive a impressão de que ele, embora tenha sido um guerreiro forte o suficiente para capturar Quiriate-Sefer para Calebe, era uma pessoa mansa por dentro. Ao não permitir que sua esposa o manipulasse para exigir mais terras de seu sogro, ele mostrou contentamento ou falta de agressividade. Esse tipo de pessoa dificilmente estaria qualificada para ser um juiz libertador capaz de unificar os israelitas. Mas uma vez mais, vi que estava errado, e uma vez mais Deus escolheu uma pessoa que talvez tenha sido pouco provável aos olhos dos homens.

Oito anos de cativeiro se passaram antes de Otoniel se levantar e lutar contra Cusã-risataim. É óbvio que não foi por sua própria iniciativa ou decisão. Sem o chamado de Deus e a descida do Espírito do Senhor sobre ele, ele não teria ousado lutar contra um inimigo tão formidável, nem teria conseguido ser o juiz do povo e dar-lhe paz por quarenta anosum período de tempo relativamente longo.

Talvez também seja apropriado que Deus tenha escolhido um descendente de Judá para ser o primeiro juiz, já que mais tarde o Messiaso Supremo Juiz e Libertador, nosso Senhor Jesus Cristoviria da tribo de Judá.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Juízes 3:12–31

(1) Você se lembra de quanto tempo Israel desfrutou de paz até que “mais uma vez os israelitas fizeram o que o Senhor reprova”?

(2) Embora os juízes não necessariamente tenham sido líderes espirituais, como é possível explicar a “demora” do povo em se rebelar novamente contra Jeová?

(3) Quem foram os inimigos que Deus levantou para discipliná-los? (Se sua Bíblia tiver mapas no final, consulte-os para ver de onde vieram.) Você concorda que foi Jeová quem levantou Eglom para disciplinar Israel? Por que ou por que não?

(4) Quanto tempo eles viveram como súditos do rei de Moabe? Dessa vez, quanto tempo os israelitas esperaram antes de clamar a Jeová?

(5) Com base neste relato detalhado, quanto você sabe sobre Eúde com relação ao seguinte?

a. quem era

b. de onde era

c. como ele se preparou

d. o risco que ele correu

e. a forma como assumiu a liderança do seu povo

(6) Quão grande foi a sua vitória?

(7) Quanto tempo durou o período de paz que se seguiu?

(8) Parece que foi durante esse mesmo período de 80 anos que Sangar também foi levantado por Deus para salvar Israel. O que os israelitas deveriam ter aprendido com essas experiências?

(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:
A expressão "Cidade das Palmeiras" provavelmente é uma referência à cidade de Jericó.

Reflexão meditativa
E
úde, o segundo juiz: um guerreiro automotivado?

Novamente os israelitas clamaram ao Senhor, que lhes deu um libertador chamado Eúde, homem canhoto...” (NVI-PT) (Juízes 3:15)

O segundo juiz que Deus levantou foi um benjaminita chamado Eúde. É interessante notar que a Bíblia menciona especificamente que ele era canhoto. Talvez de acordo com a mentalidade da época, as pessoas deviam lutar com a mão direita; por isso, o rei de Moabe estava completamente desprevenido quando Eúde estendeu a mão esquerda e pegou a espada amarrada na coxa direita (3:21).

Mesmo assim, parece que Eúde foi um guerreiro muito diferente de Otoniel, o primeiro juiz. Ele tinha sido enviado pelo povo para levar o tributo ao rei de Moabe, o que naturalmente sugere que ele era um líder reconhecido entre seu povo.

É óbvio que Eúde era um homem astuto e que planejou o assassinato com bastante antecedência—ele fez uma espada curta o suficiente para esconder em sua coxa, despediu os homens que o acompanhavam para não levantar suspeitas e desenvolveu um bom relacionamento com o rei para ganhar sua confiança. Embora a Bíblia não mencione a importantíssima frase "o Espírito do Senhor apossou-se [ele]", isso não quer dizer que Eúde não tenha sido enviado por Jeová como libertador de Israel. Portanto, embora pareça que Eúde foi um guerreiro com uma motivação interna que assumiu a responsabilidade de salvar seu povo, isso não quer dizer que ele não tenha dependido de Jeová. Quando chamou os israelitas para segui-lo, ele disse: "pois o Senhor entregou Moabe, o inimigo de vocês, em suas mãos" (3:28).

Acho que a lição que podemos aprender com isso é que não devemos tentar encaixar Deus e Seus caminhos em nossa "caixinha". Ele pode usar todos os tipos de pessoas para realizar Seus planos e propósitos.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Juízes 4:1–10

(1) Você se lembra de quanto tempo Israel teve paz até que eles “mais uma vez ... fizeram o que o Senhor reprova”?

(2) Quão forte era esse novo inimigo de Israel, e por quanto tempo ele os oprimiu?

(3) Com base na descrição de Débora, o que sabemos sobre os "juízes"?

(4) Quão especial foi Débora como juíza?

(5) Que mensagem Jeová deu a Débora?

(6) Por que Baraque não esteve disposto a ouvir? Podemos culpá-lo por isso?

(7) Que razão Débora deu para sua relutância inicial em ir com Baraque?

(8) O que tinha de errado em Deus usar uma mulher para libertar Israel?

(9) Com base nisso, o que mais podemos aprender sobre Débora?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Bara
que: uma oportunidade perdida de exercer a

Baraque disse a ela: 'Se você for comigo, irei; mas, se não for, não irei'." (NVI-PT) (Juízes 4:8)

Débora foi a terceira juíza levantada por Deus para libertar os israelitas. É óbvio que ela entendia a cultura de seu tempo (e a ordem da criação de Deus); por isso, ela procurou dar a Baraque a honra e a tarefa de libertar Israel. Em essência, de acordo com a linguagem jurídica atual diríamos que ela deu a Baraque o direito de primeira recusa.

A Bíblia diz claramente que Débora era uma profetisa, e que ela se sentava para julgar debaixo da tamareira de Débora. Em outras palavras, ela não só julgava Israel; ela também era a mensageira de Deus. Em termos inequívocos, ela disse a Baraque: "O Senhor, o Deus de Israel, lhe ordena..." (4:6). Portanto, a recusa de Baraque em cumprir sua missão foi nada menos que uma desobediência direta à ordem de Jeová.

A relutância de Baraque em ir sozinho é compreensível: o inimigo tinha 900 carros, que naquela época representavam um exército que do ponto de vista humano os israelitas não podiam igualar.

Talvez, como muitos cristãos hoje, Baraque não tinha uma fé de primeira mão em Jeová. Ele não colocou sua fé no Deus invisível, mas no líder humano visível, isto é, em Débora. O resultado não foi tanto que a honra da vitória foi dada a uma mulher, nem que Baraque perdeu a oportunidade de ser juiz, mas que ele perdeu a oportunidade de desenvolver um relacionamento de fé de primeira mão em Jeová.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Juízes 4:11–24

(1) O relato sobre este conflito menciona os queneus, um grupo que não fazia parte de Israel. Israel tinha cometido um erro ao permitir que os gentios permanecessem entre eles? (Juízes 1:16) Por que ou por que não?

(2) Quão formidável era o exército de Sísera ?

(3) Por que Baraque esteve disposto a enfrentar Sísera?

(4) Qual foi o resultado de suas ações?

(5) Com base nas informações do relato bíblico sobre Jael, como você a descreveria com relação ao seguinte?

a. a razão pela qual ela decidiu trair sua amizade

b. sua coragem

c. seu relacionamento com Israel e o Deus de Israel

(6) Você acha que a "mulher" mencionada em 4:9 é Débora ou Jael? Que papel cada um desempenhou na libertação de Israel?

(7) Qual pode ter sido a maior "perda" para Baraque? Realmente foi a perda da "honra"? (4:9)

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A honra pertence a...

"A honra não será sua; porque o Senhor entregará Sísera nas mãos de uma mulher." (NVI-PT) (Juízes 4:9)

Sem dúvida, Jael foi uma mulher muito especial que merecia ser chamada de bendita por Débora (5:24).

Eu a admiro pelas seguintes razões:

(1) Na verdade, ela não era israelita; era um queneu de descendência midianita. É verdade que os israelitas, em vez de expulsá-los como fizeram com outros cananeus que moravam na região, permitiram que continuassem morando entre eles, muito provavelmente devido ao seu parentesco com Moisés (4:11). No entanto, sua família tinha deixado Judá, mudando-se para o norte. Em outras palavras, ela não tinha nenhuma obrigação para com o povo de Israel. Pelo contrário, seu clã tinha algum tipo de relação com Jabim, rei de Hazor (4:17). Portanto, teria sido mais natural para ela tomar o partido deste último.

(2) É possível que sua decisão de ficar do lado de Israel tenha sido (como muitos comentaristas acreditam) um sinal de que ela realmente tinha decidido ficar do lado de Javé. Através de suas ações, ela mostrou que já havia feito de Javé seu Deus.

Mesmo assim, o assassinato de Sísera por suas próprias mãos foi um ato muito incomum, especialmente para uma mulher. Além de mostrar sua coragem, ela também seu desejo de que que os israelitas soubessem de que lado ela estava. Ele poderia ter deixado Baraque lidar com a situação convidando-o para entrar na tenda e acabar facilmente com o esgotado Sísera. Ela decidiu tomar a questão nas próprias mãos, não porque fosse uma pessoa violenta, mas porque tinha feito do inimigo de Deus o seu próprio inimigo. Na minha opinião, foi isso que a tornou uma mulher especial, merecedora dos elogios de Débora: “Que Jael seja a mais bendita das mulheres, Jael, mulher de Héber, o queneu! Seja ela bendita entre as mulheres que habitam em tendas!” (5:24).

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Juízes 5:1–12

Introdução: v. 1

Em essência, a Canção de Débora é um relato poético da derrota do exército de Moabe que fornece outra perspectiva do evento histórico mencionado no capítulo 4.

Convocação para o louvor: vv. 23

(1) Que razão é dada para louvar a Deus?

(2) Quão especial é o fato de que esse chamado a louvar a Deus não ser baseado na vitória?

(3) A quem Débora dirige como ouvintes? Por quê?

O incrível poder de Deus: vv. 4-5

(4) Parece que Débora cita Deuteronômio 33:2 para descrever o incrível poder de Deus sobre a natureza. Não lemos nada sobre o tremor da terra ou do céu no relato da derrota do exército de Moabe que aparece no capítulo 4. Que Débora procurou evocar em seu poema?

Uma lembrança da situação difícil de Israel l: vv. 6-8

(5) De acordo com os vv. 7-8, em que condição estava Israel antes de Deus levantar Débora para ser seu libertador? Como tinha sido a vida do povo durante esses vinte anos? (4:3)

(6) De acordo com o poema, qual tinha sido a causa dessa situação?

(7) Em particular, que quadro é descrito no v. 8b?

O ponto de inflexão: vv. 9-12

(8) Como Débora se refere a si mesma no v. 7?

(9) De que maneira o v. 9 revela o coração de Débora?

(10) Quem são as pessoas que Débora desafia no v. 10?

(11) De que maneira(s) você pode ser como essas pessoas?

(12) Embora não saibamos com certeza quem eram os cantores, sobre o que eles estavam cantando?

(13) Como o povo respondeu ao desafio? Por quê?

(14) Quão importante foi sua resposta?

(15) Quem chama a atenção no v. 12, Débora ou o povo? Que diferença isso faz?

(16) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Será que alguém se importa?

Consagrem-se para a guerra os chefes de Israel. Voluntariamente o povo se apresenta. Louvem o Senhor!” (NVI-PT) (Juízes 5:2)

Quando lemos os salmos de Davi, percebemos que não era incomum que Davi ou o salmista convocasse ao louvor ou à adoração. No entanto, a razão apresentada por Débora para louvar a Deus é única: o que a levou a convocar o povo para louvar a Deus não foi a vitória em si, mas o próprio fato de o povo (especialmente os príncipes de Israel, os quais tomaram a iniciativa) ter-se oferecido de bom grado para lutar por Jeová.

Se lêssemos somente o registro do evento histórico que aparece no capítulo 4, pensaríamos automaticamente que esta grande vitória contra o exército de Moabe (que contava com 900 carros de ferro) foi alcançada porque a nação inteira de Israel se levantou contra seu inimigo como um só homem. Mas de acordo com o Cântico de Débora, isso não foi o que aconteceu.

Desde o início o cântico (assim como o relato no capítulo 4) nos explica que até mesmo o principal campeão, Barak, vacilou. E ao lermos o restante do cântico de Débora no capítulo 5, percebemos que os líderes, as elites e as pessoas comuns evitaram participar dessa batalha que claramente tinha sido convocada por Jeová (5:10). Embora algumas das tribos tivessem respondido à convocação, elas são descritas como "o restante " (5:13). Pior ainda, algumas das tribos, como Dã, Aser e Gileade (provavelmente uma referência à metade da tribo de Manassés que morava ao oeste do rio Jordão), não participaram (5:17).

Para Débora, no entanto, o fato de outros se terem voluntariado, e de alguns dos príncipes de Israel terem tomado a iniciativa, era motivo de louvor e ação de graças. No final das contas, a batalha pertence a Jeová, e Jeová é quem sai vitorioso. Não se trata do número de pessoas que ouvem o chamado do Senhor; é uma questão de o Senhor fazer a convocação. Na realidade, aqueles que saem perdendo são os que optam por não responder e obedecer, não o Senhor.

Portanto, seja encorajado. Mesmo que não estejamos cercados por uma multidão de cristãos com as mesmas convicções e zelosos pelo Senhor, com Deus do nosso lado já somos a maioria.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Juízes 5:13–23

Essa parte da música nos surpreende porque revela que nem todas as tribos de Israel eram de um só coração:

O exame de consciência: vv. 13-18

(1) De acordo com o v. 13, quem foram os que decidiram responder à convocação de Débora?

(2) Débora menciona os nomes de muitas das tribos que participaram da batalha. Tente fazer uma lista de todas aquelas que responderam.

(3) Qual delas parecem ter respondido de bom grado e sem hesitação?

(4) O que aconteceu com a tribo de Rúben? Por que eles parecem ter hesitado?

(5) Como Débora descreve as tribos de Gileade, Dã e Aser? Qual foi o problema dessas tribos?

(6) Como Débora os envergonha no v. 18?

(7) Junto com Gileade, Dã e Aser, as tribos de Judá e Simeão nem são mencionados na canção. O que você aprendeu com o exemplo dessa grande vitória?

A derrota dos inimigos: vv. 19-23

(8) Como o v. 19 descreve a futilidade dos reis cananeus?

(9) O que animou a alma de Débora? Na opinião de Débora, quem foi o responsável pela derrota dos inimigos?

(10) Como ela descreve o poder do exército cananeu, que contava com muitas carruagens e cavalos?

(11) Embora não se saiba com certeza quem eram os Meroz (provavelmente uma nação com a qual Israel contava como aliado), por que eles foram amaldiçoados? Uma vez que essa maldição foi pronunciada pelo “anjo de Jeová, que papel ele pode ter desempenhado nesses eventos?

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

Maquir (v. 14) provavelmente é uma representação poética da tribo inteira de Manassés, uma vez que Maquir foi o único filho de Manassés, de quem todos os de Manassés descendiam. Gileade se refere à tribo de Gade e metade da tribo de Manassés (K&D, 230-1).

Reflexão meditativa
Perder o sentido de missão

"O povo de Zebulom arriscou a vida, como o fez Naftali nas altas regiões do campo." (NVI-PT) (Juízes 5:18)

Qualquer um se perguntaria por que nem toda a nação de Israel respondeu à convocação de Débora e Baraque para lutar contra seus inimigos; afinal, a nação havia sido "oprimido cruelmente" durante vinte anos.

A razão pode ser justamente porque durante esses vinte anos eles tinham vivido na opressão e na rebelião contra o Senhor — já estavam acostumados com esse tipo de vida. Mas a Canção de Deborah nos conta mais sobre as razões pelas quais nem todos responderam à sua convocação.

Conforto e complacência:

Apesar da cruel opressão por parte dos moabitas, muitos ainda conseguiam viver vidas de relativo conforto — “Vocês, que cavalgam em brancos jumentos, que se assentam em ricos tapetes” (5:10). Essa descrição é um indício de luxo e conforto. Embora o povo corresse o risco de perder sua nação, não se importava com isso, desde que pudesse continuar desfrutando de seus privilégios.

No entanto, esse sentimento de complacência era contagioso e podia atingir até mesmo aqueles que não viviam tão bem, como aqueles que caminham pela estrada" (5:10b), ou seja, aqueles que, mesmo sem desfrutar do mesmo luxo, tinham sido infectados pelo mesmo espírito de complacência. É evidente que o povo, ao se rebelar contra o Senhor e servir a outros deuses, tinha perdido seu senso de missão como povo de Deus.

O mesmo de sempre:

Para aqueles que moram no litoral, além do conforto e facilidade ligados ao estilo de vida da “Costa Oeste”, aquilo que os convence a deixar atrás suas dificuldades e opressão são as oportunidades comerciais proporcionados pelas cidades portuárias. "Gileade permaneceu do outro lado do Jordão. E Dã, por que se deteve junto aos navios? Aser permaneceu no litoral e em suas enseadas ficou."

Isso descreve, acertadamente, o estilo de vida do litoral da América do Norte. De Vancouver a Los Angeles, a vida na Costa Oeste produz uma sensação de tranqüilidade e lazer que tem infestado os filhos de Deus até o ponto de o cristianismo se tornar tão confortável que não há mais sentido de missão. Pode até parecer que muitos ainda conservam esse sentido de missão, mas o luxo os tem levado a optar por substituir ações concretas para cumprir essa missão pela contribuição financeira.

A Costa Leste não é melhor. De Toronto a Nova York, a atração da fama, fortuna e poder tem ofuscado o sentido de missão exigido pela Grande Comissão.

Realmente não devemos rir dos israelitas. Nós não somos melhores.

O mínimo que devemos fazer é o que os rubenitas fizeram: "houve muita inquietação" (5:15-16).

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
Juízes 5:24–31

Jael é abençoada vv. 24-27

(1) Você consegue se lembrar de alguma outra mulher que as Escrituras chamam de abençoada?

(2) Quão especial foi Jael na libertação de Israel em relação ao seguinte?

a. sua nacionalidade (4:11, 17)

b. seu encontro incomum com Sísera

  1. um guerreiro conhecido
  2. aquele que estava sendo perseguido
  3. uma pessoa que por acaso chegou à sua tenda
  4. as alternativas (e desculpas) que ela tinha

c. Como ele matou Sísera ?

(3) Como você a compararia com Raabe de Jericó (Josué 2)?

A mãe amaldiçoada de Sísera vv. 28-31

(4) Com suas palavras poéticas, como Débora descreve a mãe de Sísera como uma mulher que lamenta ou que está cheia de confiança?

(5) Que desfecho ela esperava para a batalha?

(6) Ao ler estas palavras que Débora põe na boca da mãe de Sísera, é impossível não nos sentir um pouco tristes; afinal, que mãe não lamentaria a perda de um filho. No entanto, no v. 31 Deborah cita a justificativa para o resultado da batalha. Qual é?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A
decisão é nossa

"Pela janela olhava a mãe de Sísera; atrás da grade ela exclamava ..." (NVI-PT) (Juízes 5:28)

À primeira vista, parece que Débora foi bastante fria e desumana ao usar a mãe de Sísera para zombar de sua derrota. Que mãe não ficaria comovida com a perda de um filho?

No entanto, ao fazer isso, Débora conseguiu descrever a confiança que os moabitas tinham em relação ao seu domínio sobre os israelitas e a sensação de segurança que seu exército, suas carruagens e seus deuses lhes inspiravam: “Por que o seu carro se demora tanto? Por que custa a chegar o ruído de seus carros?" (5:28).

Ao mesmo tempo, destaca a crueldade e a insensibilidade dos cananeus, pois seu estilo de vida pode ser resumido nas seguintes palavras do Cântico de Débora: “Estarão achando e repartindo os despojos? Uma ou duas moças para cada homem, roupas coloridas como despojo para Sísera, roupas coloridas e bordadas, tecidos bordados para o meu pescoço, tudo isso como despojo?” (5:30).

Assim, em vez de ver o choro das mães de Israel, que ao longo dos 20 anos anteriores teriam lamentado a perda de seus próprios filhos, vemos que ahora a situação se inverteu.

Mas Débora explica a razão final desse resultado: “Assim pereçam todos os teus inimigos, ó Senhor! Mas os que te amam sejam como o sol quando se levanta na sua força” (5:31).

Isso é uma advertência, não só para os cananeus, mas também para Israel e para todos os povos da terra!