Nesta semana terminaremos o nosso estudo do livro de Juízes no Velho Testamento e iniciaremos o estudo
de I e II Tessalonicenses no Novo Testamento.
(1) Após duas grandes derrotas nas quais cerca de 40.000 homens armados perderam a vida, qual você acha que foi o argumento que convenceu esses israelitas a tentar atacar pela terceira vez em vez de aceitar a derrota e se dispersar?
(2) Que tática foi usada pelos israelitas em sua terceira tentativa de derrotar os benjamitas?
(3) Inicialmente, essa tática (de emboscada) deliberadamente custou a vida de mais 30 homens. Você teria estado disposto a ser um desses 30 homens? Por que ou por que não?
(4) O que teria acontecido se os benjamitas não tivessem perdido as duas primeiras batalhas? O que eles (os benjamitas) teriam feito?
(5) Em outras palavras, o que as duas primeiras vitórias tinham feito às mentes e corações desses benjamitas ímpios?
(6) Quantos Benjamins morreram nesta terceira batalha? Quantos tinham sobrevivido depois da batalha?
(7) Essa derrota contundente dos benjamitas nos dá
uma ideia do que realmente os levou a ser tão teimosos e optar por defender os culpados a qualquer custo em vez de
entregá-los, apesar do seguinte?
a. Sua culpa era indiscutível.
b. Seu crime tinha sido sumamente perverso.
c. Todo o Israel tinha se voltado contra eles.
d. O exército israelita tinha o apoio do Sumo Sacerdote, que agia em nome de Deus.
(8) Faça uma pausa para refletir sobre a mensagem principal para você hoje. Como você pode aplicá-la em sua vida?
“O Senhor respondeu: 'Vão, pois amanhã eu os entregarei nas suas mãos'.” (NVI-PT) (Juízes 20:28)
Quando leio as histórias sobre os primeiros anos do povo de Israel, com frequência fico com a impressão de que era um povo facilmente desanimado, principalmente durante a época no deserto sob a liderança de Moisés. Foram rápidos em reclamar ao serem perseguidos pelo exército de Faraó, apesar de terem testemunhado recentemente nove atos milagrosos de Jeová (Êxodo 14:11); reclamaram repetidamente sobre a falta de água (Êxodo 15:24, Números 20:5), e houve tantos outros incidentes que não podem ser citados aqui.
E embora encontremos um povo mais maduro durante o período da liderança de Josué, também vemos que após a derrota de Ai, o coração do povo imediatamente se derreteu e seu moral se dissipou (Josué 7:5).
Portanto, é muito reconfortante ler que apesar da perda de 22.000 e 18.000 homens nas duas primeiras tentativas de derrotar os benjamitas, não reclamaram contra Jeová, nem mostraram sinal algum de volta atrás, apenas choro. Bem, não só choraram; também apresentaram holocaustos e ofertas de comunhão (quer dizer, paz), junto com sua consulta contínua a Jeová (Juízes 20:26-27), precedida de jejum.
Não há dúvida de que algumas de suas ações posteriores foram muito questionáveis; no entanto, aqui o povo demonstrou um raro momento de maturidade espiritual. Não desistiram, nem reclamaram, mas realizaram atos de dependência de Jeová com uma atitude de contrição, conforme evidenciado por seu jejum e a apresentação de holocaustos (que representavam sua necessidade de redenção e perdão) e ofertas de comunhão (que expressavam seu desejo de reconciliação com Jeová).
Por que eles mostraram tanta maturidade espiritual numa época em que “cada um fazia o que lhe parecia certo”? Acho que foi porque, desta vez, o sono espiritual do povo tinha sido despertado por um mal sem precedentes que tinha surgido entre eles. Por causa disso (1) eles entenderam a necessidade urgente de erradicar essa iniqüidade de sua terra e (2) como resultado, tinham certeza de que seu proceder era correto aos olhos de Jeová.
Num raro momento de justiça piedosa, o povo nos deu uma lição importante sobre como manter o rumo. Enquanto tivermos certeza de que o que fazemos vem do Senhor e O agrada, não devemos ficar desanimados ou culpar a Deus por qualquer contratempo, se importar o resultado imediato. Em vez disso, devemos perseverar com uma atitude de contrição, autoavaliação e total dependência do Senhor.
(1) Qual foi o propósito ou intenção do juramento feito em Mizpá?
(2) Você acha seu choro diante de Deus um tanto desconcertante? Por que ou por que não?
(3) Quão justificadas tinham sido as ações dos israelitas em sua guerra contra os benjamitas?
(4) O castigo dos benjamitas implicava necessariamente que deviam ser exterminados?
(5) O que pode ter causado a quase extinção da tribo de Benjamim?
(6) O que o povo dizia enquanto chorava?
(7) Portanto, o que o choro em Betel representou?
(8) O que representaram os holocaustos e as ofertas de comunhão (quer dizer, de paz) depois do choro?
(9) O que suas ações nos ensinam sobre a reconciliação com nossos semelhantes e com Deus?
(10) Observe que o povo tinha feito dois juramentos diferentes a respeito do castigo dos benjamitas: (a) o juramento de não dar suas filhas em casamento aos benjamitas (21:1), e (b) o juramento de matar qualquer pessoa que não se reunisse em Mizpá (21:5). O que eles decidiram fazer para garantir a sobrevivência da tribo de Benjamim?
(11) Você concorda com o que eles fizeram? Essa foi a resposta de Deus ao choro do povo?
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica.” (NVI-PT) (2 Coríntios 3:6)
O castigo dado aos benjamitas por terem abrigado e protegido homens perversos foi marcada por dois juramentos:
(1) o juramento de não dar suas filhas em casamento aos benjamitas (21:1)
(2) o juramento de matar qualquer pessoa que não se reunisse em Mizpá (21:5)
No entanto, ambos os juramentos foram desnecessários e ambos foram feitos de forma precipitada.
É verdade que sua causa foi totalmente justificada; aliás, era o que a Lei de Moisés exigia para o povo se livrar de uma maldade tão escandalosa. Embora ambos ambos juramentos foram feitos para expressar a determinação do povo de se distanciar dos pecados dos benjamitas e cumprir sua responsabilidade de se livrar do mal, ambos foram errados, pelos seguintes motivos:
- Não era necessário fazer um juramento para expressar sua determinação, senão simplesmente agir.
- De acordo com um entendimento correto do coração do Senhor, o objetivo do castigo sempre é a restauração.
Devido a esse descuido e ao zelo do povo no calor da batalha, o castigo tinha tomado a forma de um extermínio. Também pode estar relacionado à perda de 40.000 homens, o que, nesse caso, teria de forma inadvertida transformado a última batalha num ato de vingança.
No entanto, devemos
reconhecer que o povo percebeu seu pecado quase instantaneamente. Seu
choro, seguido pelo holocausto e as ofertas de comunhão (Juízes
21:3-4), foi um sinal de remorso, se não de arrependimento. No entanto,
sua contrição só os levou a buscar soluções mais bizarras, implementadas por conta própria.
É verdade que violar os juramentos é contra a lei de Moisés (Levítico 19:12; Números 30:2); no entanto, Keil e Delitszch têm razão ao citar o seguinte trecho de Buddeus:
“Eles deveriam ter reconhecido abertamente sua imprudência e libertado a si mesmos e à nação daquele juramento que tinham feito com tanta pressa pecaminosa. Assim, eles teriam agido com muito mais justiça se tivessem confessado seriamente sua culpa, pedido perdão a Deus e autorizado os benjamitas a se casarem livremente. Dessa forma, não teria sido necessário exterminar os habitantes de Jabes com outro tipo de crueldade." (K&D, Juízes, 335)
(1) Os israelitas provavelmente queriam que houvesse virgens suficientes da cidade de Jabes-Gileade (provavelmente uma cidade da ½ tribo de Manassés, ao leste do rio Jordão) para os benjamitas restantes. Por curiosidade, quantas mulheres faltaram? (Juízes 20:47; 21:12)
(2) O que eles decidiram fazer para ajudar os 200 homens restantes de Benjamim?
(3) Com base somente nesta última história nos capítulos 19-21, quão apropriado é o comentário feito pela Bíblia em 21:25?
(4) Faça uma lista de todos os "motivos corretos" de todos os personagens da história.
(5) Faça uma lista de todas as coisas ruins que eles fizeram pelos motivos certos.
(6) Em sua opinião, como o levita deveria ter lidado com o estupro e assassinato brutais dessa concubina?
(7) O que houve de errado com o juramento feito pelo povo (mencionado em 21:1)?
(8) Que mal eles podem ter cometido ao castigar os benjamitas ?
(9) O que eles deveriam ter feito para preservar a tribo de Benjamim?
(10) Quais outras de suas ações são descritas pelo comentário de que "cada um fazia o que lhe parecia certo"?
(11) A razão realmente foi porque "não havia rei"?
(12) Ao chegar ao final deste livro, reserve um momento para refletir (usando suas anotações) sobre as principais lições que você aprendeu deste livro.
(13) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
Aqui está um resumo dos juízes—1. Otoniel 2. Eúde 3. Sangar 4. Débora 5. Baraque 6. Gideão 7. Tolá 8. Jair 9. Jefté 10. Ibsã 11. Elom 12. Abdom 13. Sansão 14 Eli 15. Samuel. (Os dois últimos são mencionados em 1 Sam.)
“Naquela época não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo." (NVI-PT) (Juízes 21:25)
Ao chegarmos ao final do livro dos Juízes, gostaria de compartilhar as seguintes reflexões de Sidlow Baxter, que corretamente atribui esse período mais triste da história do povo de Deus ao "fracasso devido à transigência":
“Cada página do livro serve para enfatizar essa verdade central. É claro que as façanhas dos juízes ensinam a lição de que uma volta à verdadeira fé resulta em novas vitórias; no entanto, até mesmo isso serve somente para destacar a dura realidade de que todo fracasso é resultado de fazer concessões.
"Como tudo começou? Bem, o capítulo inicial nos diz que as nove tribos e meia que se estabeleceram em Canaã não destruíram, nem expulsaram as nações de Canaã como Deus havia mandado. Eles permitiram que eles permanecessem... Quando não dominamos totalmente um mal no início, sempre teremos problemas constantes com ele mais tarde, e muitas vezes seremos derrotados no final. Isso foi o que aconteceu com Israel e já tem acontecido com outros. Precisamos nos cuidar! É inútil agarrar uma urtiga com uma mão tenra. É uma tolice ruinosa tomar medidas irresolutas contra o pecado! O mandato divino para Israel era austero, mas necessário. Israel deu lugar ao inimigo e depois se arrependeu.
“A seguir, no segundo e terceiro capítulos, encontramos mais passos que levaram o povo a fazer mais concessões ao inimigo. Inicialmente, eles dominaram os cananeus de forma incompleta; logo, Israel fez alianças com eles (ii, 2) — algo que Deus havia proibido. Mais tarde, depois de fazer essas alianças, os israelitas contraíram casamentos com eles (iii, 6)— outra coisa que Deus havia proibido... (e) se curvaram a seus ídolos, abandonando Jeová e servindo a Baal e Astarote (ii, 13; iii, 6) ... Os juízes que Deus em Sua misericórdia levantou para despertar e libertar Israel conseguiram deter o avanço da podridão por um tempo, mas assim que a sepultura silenciava a voz do juiz, a podridão voltava, pior do que antes...
“Sim, essa é a trágica história deste livro de Juízes—o fracasso devido à transigência. Deixe essas palavras abrasarem sua mente como um fogo que consome qualquer tolerância daquilo que é ímpio ou questionável. Nunca poderemos desfrutar por muito tempo o descanso que Deus promete se permitirmos que os pecados que destruímos apenas parcialmente continuem conosco. Se fizermos concessões a coisas questionáveis porque parecem inofensivas, logo nos encontraremos mais uma vez ligados aos desejos da carne, e cairemos das alturas às quais Deus nos havia elevado."
(Sidlow Baxter, Explore the Book, pp. 13-14)