Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 10:9–27

Nesta semana continuaremos o nosso estudo do livro inteiro de 1 Samuel no Velho Testamento.

(1) Antes de Deus mudar o coração de Saul, qual teria sido sua atitude diante desse súbito chamado e unção para ser o rei do povo de Deus?

(2) Por que foi necessário que o Espírito de Deus viesse sobre este futuro rei do povo de Deus, e que ele profetizasse? Quão importante era para o povo reconhecer que esse futuro rei estava entre os profetas? (v. 12)

(3) Por que Saul decidiu não mencionar a questão de sua unção real ao seu tio? Sua decisão foi motivada pela infidelidade ou pela prudência (ou seja, Saul entendia que o assunto era tão importante que seria mais apropriado que Deus o anunciasse publicamente por meio de Samuel)?

(4) Não havia dúvida quanto à nomeação de Saul como rei. Por que, então, Samuel decidiu repreender o povo antes de apresentar Saul a eles?

(5) Deus já tinha deixado clara a sua escolha para Samuel, e até o havia feito ungir Saul em privado. À luz disso, por que Samuel (provavelmente) usou o processo de lançar sortes para escolher Saul? O que poderia ter acontecido se ele tivesse anunciado diretamente que Deus tinha escolhido Saul? Qual teria sido a diferença?

(6) Por que Saul decidiu se esconder, apesar de Deus já ter mudado seu coração?

(7) Parece que até Samuel aprovou a escolha de Deus com base em critérios humanos. O que você acha? (v. 24)

(8) Embora a Bíblia não explique os regulamentos que regiriam este novo reinado, você consegue pensar em três regulamentos principais que teriam garantido que o cargo de rei estivesse sujeita à lei de Deus?

(9) Leia 8:10 e ss. sobre possíveis abusos do cargo de rei, e Deuteronômio 17:14-20 para ver o que Moisés já tinha estabelecido na lei a esse respeito.

(10) Como Deus afirmou sua escolha de Saul (v. 26)?

(11) Como Saul lidou com sua primeira experiência de oposição como rei? Por que ele fez isso?

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Deus é fiel aos Seus servos

Saul também foi para sua casa em Gibeá, acompanhado por guerreiros, cujo coração Deus tinha tocado." (NVI-PT) (1 Sam. 10:26)

Eu sei qual foi o destino final de Saul; mas apesar disso, admiro sua atitude com relação à realeza, pelo menos nesta etapa inicial.

Depois do choque de ouvir de Samuel que Deus o havia escolhido para ser o primeiro rei e de ser ungindo com óleo, Saul experimentou a realidade da promessa e eleição de Deus com o cumprimento das três profecias de confirmação de Samuel. Isso deveria ter dado a Saul plena confiança no chamado de Deus para ele poder anunciá-lo a todos os seus familiares e amigos. No entanto, notamos que ele escondeu seu chamado, e nem falou sobre ele ao responder às perguntas de seu tio (10:16).

Acredito que isso não foi necessariamente devido à infidelidade, mas ao fato de Saulo ser uma pessoa muito cautelosa e consciente da imensa tarefa que lhe fora confiada. Saul com certeza ainda se sentia bastante inadequado, e por isso se escondeu, embora sem se esforçar muito (10:22).

Também é interessante a maneira como Samuel escolheu apresentá-lo à nação como o novo rei, uma vez que dada a sua autoridade e credibilidade como porta-voz do Senhor, Samuel poderia simplesmente ter anunciado que Deus tinha escolhido Saul; no entanto, ele provavelmente usou o método de lançar sortes para mostrar ao povo que Saul realmente tinha sido escolhido pelo próprio Deus. Também era importante que Saul entendesse que Samuel não havia agido por conta própria, mas que tudo, do começo ao fim, havia sido a vontade de Deus.

No entanto, assim que ele se tornou rei, Saul imediatamente teve que lidar com a oposição (10:27); no entanto, Deus, em sua graça, moveu o coração de alguns homens valentes para acompanhá-lo. Esta foi, sem dúvida, outra confirmação para Saul de que Deus não o havia escolhido, mas também o capacitaria.

Ao refletir sobre meu próprio chamado de Deus para ser um ministro do evangelho em tempo integral, também reconheço que uma e outra vez Deus decidiu usar vários incidentes para confirmar Seu chamado, apesar da minha própria sensação de ser inadequado para ser Seu servo e de alguns obstáculos que enfrentei quando respondi ao Seu chamado.

A história de Saul me lembra que sempre que Deus nos chama, Ele faz o que é necessário para nos confirmar e capacitar, mas cabe a nós permanecermos fiéis ao Seu chamado.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 11:1–15

(1) Por que os amonitas concordaram em dar tempo ao povo de Jabes-Gileade para procurar ajuda?

a. excesso de confiança

b. uma tentativa de evitar baixas em seu próprio exército

c. Como isso reflete a imagem deplorável de Israel aos olhos das nações vizinhas durante a época dos juízes?

(2) Fosse qual fosse o raciocínio dos amonitas, como Saul reagiu a essa notícia?

(3) A julgar pelo que ele fez, que "mudança" ele tinha experimentado? (10:6)

(4) Seu chamado para a batalha foi marcado pelas seguintes palavras: "Isto é o que acontecerá aos bois de quem não seguir Saul e Samuel" (v. 7):

a. Por que ele não ameaçou cortar em pedaços as pessoas que se recusassem a segui-lo,somente seus bois?

b. Por que ele incluiu o nome de Samuel neste chamado para a batalha?

(5) Qual foi o resultado da batalha?

(6) O que Saul, o povo de Israel e Samuel aprenderam (respectivamente) com o resultado da batalha?

(7) Como Saul lidou com aqueles que inicialmente tinham se posicionado contra a escolha dele como rei? O que isso nos mostra sobre o caráter do rei Saul?

(8) Por que Samuel decidiu confirmar o reinado de Saul imediatamente após esses eventos?

(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Concentr
ar-se em Jeová

"Hoje ninguém será morto, pois neste dia o Senhor trouxe libertação a Israel." (NVI-PT) (1 Sam. 11:13)

A primeira batalha liderada por Saul como rei de Israel foi muito significativa para ele mesmo, para o povo e também para Samuel:

- Para Saul, foi uma prova tanto de sua fé quanto de seu caráter, e devo admitir que ele passou com distinção. Os arrogantes amonitas estavam empenhados em usar seu ataque a Jabez Gileade para humilhar a nação de Israel como um todo; por isso, eles estiveram dispostos a esperar sete dias enquanto o povo de Jabes buscava ajuda. Quando o Espírito do Senhor veio sobre Saul, ele cortou os bois em pedaços para convocar todo o Israel para a batalha. No entanto, ele não ameaçou cortar em pedaços aqueles que não respondessem ao chamado para se juntar a ele na batalha, somente seus bois (11:7). Isso nos mostra que, apesar de Saul ter ficado com raiva, ele era uma pessoa moderada. Mais tarde, após sua grande vitória sobre os amonitas, Saul se recusou a punir aqueles que o haviam desprezado (10:27). Mesmo que ele não tenha sido um homem perdoador, nesta ocasião Saul entendeu plenamente que Deus tinha salvado Israel, e não ele (11:13). Em outras palavras, Saul se mostrou ser um rei que tinha a coragem, moderação e confiança em Deus necessárias para liderar Seu povo.

- Essa batalha também ajudou o povo a entender que embora tivessem provocado a ira e Jeová com sua rebelião, Deus os havia perdoado e desde que eles e seu rei confiassem nEle e O reconhecessem, Ele continuaria a lutar por eles como seu verdadeiro rei.

- A tristeza de Samuel também se transformou em alegria quando ele liderou o povo na confirmação do reinado de Saul, com oferta de sacrifícios de comunhão diante de Jeová. Eu acredito que a reafirmação de Samuel como rei teve mais a ver com a maneira como Saul lidou com a vitória e com seus opositores do que com a vitória em si. Com suas ofertas de comunhão, Samuel procurou ensinar o povo e Saul a centrar sua vitória em Deus e nada mais!

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 12:1–25

Após a confirmação final de Saul como rei de Israel após a derrota dos amonitas, Samuel fez um sincero discurso de despedida ao povo que encerrou oficialmente a era dos juízes:

(1) Vv. 1-5: Samuel começou seu discurso com um chamado ao povo para dar testemunho de sua integridade como juiz:

a. Por que ele precisou fazer isso? Foi para o seu próprio bem, ou para o bem do povo?

b. Usando a linguagem de 1 Timóteo 3, podemos dizer que a vida de Samuel foi irrepreensível (3:2). Essa continua sendo uma qualidade essencial para os líderes de hoje, especialmente os líderes da igreja? Por que ou por que não?

(2) Vv. 6-11: Samuel deu um resumo dos problemas e fracassos do povo no passado, bem como a fidelidade que Deus lhes mostrara desde seu tempo no Egito até a época dos juízes:

a. De acordo com este breve resumo, que características marcavam o seu passado?

b. Por que Samuel precisou mencioná-las naquele momento?

(3) Vv. 12-15: O princípio imutável

a. De acordo com Samuel, o que os havia levado a pedir um rei?

b. Portanto, qual havia sido o desejo do povo ao apresentar seu pedido?

c. A nomeação de um rei sobre eles necessariamente garantiria vitórias? Por que ou por que não?

d. Qual era, então, a realidade que nunca mudaria com relação ao destino de sua nação?

(4) Vv. 16-19: O envio de trovões e chuva durante a colheita do trigo (vide a Nota abaixo) sem dúvida foi um milagre e uma advertência severa. Por que Samuel não realizou esse tipo de milagre desde o início para impedir que o povo pedisse um rei? Por que ele esperou até agora?

(5) Vv. 20-25: Um verdadeiro pastor do rebanho

a. De acordo com Samuel, qual era o propósito daquela advertência estrondosa?

b. Por que Jeová não tinha desistido do povo, apesar de todo o mal que eles haviam feito?

c. Como Samuel entendia seu papel, mesmo neste último capítulo de sua vida?

d. O que você deve aprender com ele?

e. Qual foi sua última advertência? Israel e seu rei prestaram atenção? (vide 2 Crônicas 36:15)

(6) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

"Na Palestina, a colheita do trigo ocorre entre meados de maio e meados de junho... E quase nunca chove nessa estação." (K&D, 444)

Reflexão meditativa
O ministério é oração

"E longe de mim esteja pecar contra o Senhor, deixando de orar por vocês.” (NVI-PT) (1 Sam. 12:23 )

Ninguém é perfeito, e Samuel também não foi perfeito. No entanto, sua vida foi um exemplo do que significa ser um verdadeiro servo do Senhor.

A primeira vez que lemos sobre ele na Bíblia, ele é descrito como um menininho que foi colocado num "internato" em um dos piores momentos da história quando Israel estava mergulhado numa sociedade ímpia na qual todos faziam o que bem lhes parecia (Jz 21:25). Infelizmente, Samuel recebeu sua educação de Eli, um dos piores juízes e sacerdotes, e teve que viver com dois jovens sacerdotes perversos que estavam totalmente fora de controle. No entanto, Samuel não foi nem um pouco afetado pelas circunstâncias ao seu redor e exibiu um caráter que só pode ser atribuído à graça de Deus e (sem dúvida) à intercessão de sua mãe, Ana. Além das orações de sua mãe, é impossível pensar em qualquer outra razão ou influência positiva que possa explicar a reverência, fidelidade e integridade de Samuel.

Portanto, não devemos nos surpreender ao ler que Samuel, no final de sua vida, reafirmou seu compromisso de orar pelo povo: “E longe de mim esteja pecar contra o Senhor, deixando de orar por vocês” (1 Sam. 12:23). Ele conhecia em primeira mão a importância e o poder das orações em sua própria vida.

Com essas palavras, Samuel não procurava expressar um novo compromisso devido ao ato mais recente de rebelião do povo ao pedir um rei; ele simplesmente afirmou o que ele já considerava ser seu ministério mais importante como profeta e juiz orar pelo seu povo!

Quando eu servia numa organização paraeclesiástica, tive o privilégio de caminhar ao lado de outros servos do Senhor e fazer uma avaliação anual de seus ministérios. Em uma dessas avaliações, ficou claro que um de nossos colegas estava negligenciando seriamente sua vida de oração, especialmente no que dizia respeito à intercessão pelo seu povo. Usei o compromisso de Samuel de orar pelo seu povo para lembrá-lo de que o verdadeiro ministério se baseia na intercessão. Para dizer a verdade, eu não era (e ainda não souu) digno de lhe fazer essa crítica. Eu o fiz como um lembrete mútuo, assim como estou fazendo agora com você.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 13:1–23

(1) Você se lembra de todas as boas qualidades que Saul já exibiu até este momento de seu reinado?

(2) Parece que a situação política na Palestina se inverteu: parece que sob o reinado de Saul e a liderança de seu filho, Israel tomou a iniciativa de atacar os filisteus. Nesse caso, por que eles tremiam de medo? (13:7)

(3) De uma perspectiva humana, as ações de Saul descritas no v. 9 são compreensíveis. Você concorda? Por que ou por que não?

(4) No entanto, o que Saul tinha feito foi um pecado extremamente grave:

a. Que pecado flagrante ele cometeu ao oferecer um sacrifício na qualidade de rei, e não como sacerdote? (vide Números 18:7)

b. Que outros pecados e fraquezas ele mostrou com suas ações?

(5) Qual foi a conseqüência de seu pecado? Você acha que o castigo foi severo demais? Por que ou por que não?

(6) Que lições importantes podemos aprender com o erro de Saul?

(7) Antes de ler o próximo capítulo, reflita sobre o seguinte à luz do pecado cometido por Saul (que aparentemente não aceitou a repreensão de Samuel) e a disparidade de armas e força militar.

a. Qual seria o resultado provável da batalha?

b. O que Saul deveria ter feito naquele momento?

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Manipular a Deus

“Quando vi que os soldados estavam se dispersando e que não tinhas chegado no prazo estabelecido, e que os filisteus estavam reunidos em Micmás ... Por isso senti-me obrigado a oferecer o holocausto.” (NVI-PT) (1 Sam. 13:11b-12)

A ação de Saul ao oferecer o sacrifício não foi tanto uma expressão de confiança em Deus, mas uma tentativa de manipulá-Lo e confiar nos homens.

De uma perspectiva humana, o que Saul fez parece ser muito lógico:

- Os filisteus, além de terem um exército maior, eram muito melhor armados.

- Os soldados ficaram com tanto medo que muitos tinham se escondido em cavernas, e os que tiveram suficiente coragem para seguir Saul tremiam de medo (13:7).

- Por alguma razão, Samuel não apareceu na hora marcada e os homens começaram a se dispersar.

- O "exército" de Saul foi reduzido a uma força de seiscentos homens (v. 15) que precisariam enfrentar uma força filisteia que era uma "multidão como a areia que está à borda do mar" (v. 5).

O que mais Samuel podia esperar que Saul fizesse nessas circunstâncias? Você não teria entrado em pânico também? À primeira vista, embora Saul tenha sido presunçoso demais ao usurpar o papel do sacerdote e oferecer sacrifícios, ele o fez para buscar “o favor do Senhor” (13:12). Será que foi assim mesmo?

É óbvio que seu único objetivo era impedir que o povo se dispersasse, e que ele usou o sacrifício para conseguir isso. Em outras palavras, sua confiança não estava em Deus; se ele tivesse confiado em Deus, teria simplesmente aguardado a chegada de Samuel, apesar de a maioria dos homens já ter se dispersado, pois no final das contas não era uma questão de quantos soldados ele tinha, mas do fato de que Deus estava do seu lado!

Seu ato de oferecer um sacrifício a Deus como medida para evitar que o povo se dispersasse foi uma tentativa flagrante de manipulação. Eu me pergunto qual dos dois foi pior confiar nos homens ou tentar manipular a Deus?

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 14:1–23

(1) No contexto do fracasso de Saul no texto que acabamos de ler, a apresentação de seu filho Jônatas nos dá um raio de esperança:

a. As ações de Jônatas são descritas como presunçosas?

b. Você diria que suas ações foram um ato de fé? Por que ou por que não?

c. Como você descreveria seu escudeiro?

(2) Como o resultado mencionado no v. 15, junto com a matança de 20 homens, validou tanto suas ações quanto (especialmente) o que tinha dito no v. 6?

(3) No final da reflexão de ontem refletimos sobre a seguinte pergunta: "O que Saul deveria ter feito naquele momento?"

a. De acordo com o v. 18, o que Saul pretendia fazer?

b. O que isso nos mostra sobre ele?

c. O que foi que o impediu de cometer o mesmo erro que os israelitas tinham cometido no final do reinado do juiz Eli? (4:11)

(4) Qual foi o resultado da batalha?

(5) Por que Deus escolheu lutar por eles, apesar da crescente degradação do espírito de Saul e seu relacionamento com o Senhor?

(6) Como você explicaria essa rápida degradação do caráter de Saul como rei?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A oração em ação

"Pois nada pode impedir o Senhor de salvar, seja com muitos ou com poucos." (NVI-PT) (1 Samuel 14:6)

Gostamos de dizer "tal pai, tal filho" para salientar que algumas características familiares são inevitavelmente transmitidas de uma geração para outra. No entanto, sempre há exceções, especialmente nas mãos de Deus.

Acabamos de refletir sobre o início da queda de Saul, quando ele agiu presunçosamente ao oferecer sacrifícios a Jeová algo que segundo a lei de Moisés somente o sacerdote podia fazer. No entanto, seu pecado foi além da desobediência à lei: revelou que sua confiança estava no número de soldados no seu exército, e também que estava disposto a tentar manipular a Deus.

Não há dúvida de que todos esses atos foram vistos por seu filho, Jônatas. Como seu filho, ele teve o privilégio de testemunhar todo o processo do chamado de seu pai sua humildade inicial diante de Deus, e também a benevolência que mostrou a seus opositores. Infelizmente, sua admiração por seu pai provavelmente se transformou em preocupação e consternação quando observou que seu pai manipulou o sacrifício e ofendeu a Jeová. Ele sabia que não podia mais contar com o pai para tirá-los da crise.

Embora a Bíblia não mencione que ele tivesse orado a Deus antes de arriscar sua vida para testar a força dos filisteus em sua guarnição, sua atitude pode ser resumida em duas palavras: fé e coragem.

- Fé: Jônatas sabia nitidamente que a batalha era de Jeová, por isso sua salvação das mãos dos inimigos não dependia de “muitos ou ... poucos”. Com Deus, eles já eram maioria!

- Coragem: Jônatas não ficou preocupado demais com a segurança de sua própria vida. Ele sabia que, dadas as circunstâncias, alguém precisava dar o primeiro passo corajoso, mesmo que isso significasse arriscar a própria vida. Embora eu não tenha ideia se Jonathan era tão alto quanto seu pai, ele com certeza era um guerreiro muito capaz. Junto com seu escudeiro, ele matou vinte filisteus.

Claro, foi Deus quem o induziu a fazer isso, e quem usou o terremoto para completar a obra de libertação para ele.

Para mim, o contraste entre Saul e Jônatas é bastante significativo, pelas seguintes razões:

- Saul confiava no número de homens de guerra; Jônatas ignorou esse número e olhou somente para Jeová.

- Saul orou a Deus, disfarçando sua falta de fé com seu ato de oferecer sacrifícios; Jônatas não fez nenhuma oração extravagante, mas agiu com base na sua confiança total em Deus.

Não estou tentando minimizar a importância da oração, mas simplesmente enfatizar que uma ação feita com um espírito de oração fala muito mais alto do que uma exibição ostensiva de oração.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 14:24–52

(1) Que decreto insensato Saul emitiu (v. 24)?

(2) Com base nesse decreto, que tipo de rei você acha que Saul se tornou?

a. Ele emitiu o decreto motivado por vingança?

b. Ele emitiu o decreto pensando em "meus" inimigos?

c. Ele emitiu o decreto quando já era muito óbvio que somente Deus tinha feito os inimigos fugirem?

d. Ele impôs dificuldades indevidas aos israelitas para eles desmaiarem (v. 28)?

e. Por que, então, ele fez isso?

(3) Qual foi o veredicto de Jônatas com relação ao decreto de seu pai? (vv. 29-30)

(4) Quão diferente era Jônatas de seu pai?

(5) Que consequência grave teve decreto de Saul (v. 32)?

(6) Em vez de acusar o povo dizendo: “Vocês foram infiéis” (v. 33), o que Saul deveria ter dito?

(7) Por que Deus não respondeu a Saul quando ele perguntou se deveria perseguir os filisteus? (v. 37) Ele não tinha construído um altar para adorá-Lo? (v. 35)

(8) Saul teve a coragem de culpar os outros quando era muito óbvio que ele era o verdadeiro culpado. Como você descreveria seu coração naquele momento?

(9) Embora a sorte tenha caído sobre Jônatas, quem realmente tinha feito Israel pecar, de acordo com a interpretação do povo (v. 45)?

(10) Na atual conjuntura da história da nação, o que o povo tinha aprendido sobre o que significava ter um rei nomeado sobre eles?

(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Quem pecou contra Jeová?

"A sorte caiu em Jônatas e Saul, e os soldados saíram livres ...  E Jônatas foi indicado." (NVI-PT) (1 Sam. 14:41-42)

Quando Saul quis perseguir os filisteus, foram os sacerdotes que o lembraram de que primeiro ele precisava consultar a Jeová. Saul deve ter ficado muito envergonhado:

- Primeiro, ele tinha sido repreendido por Samuel por ter agido presunçosamente ao oferecer sacrifícios a Deus.

- Em seguida, não foram suas próprias ações corajosas que levaram à derrota dos inimigos, mas as de seu filho.

- Devido ao seu orgulho e vergonha, ele obrigou todos os homens a fazerem um juramento de não comer nada até acabarem com os inimigos uma decisão muito imprudente, egoísta e desnecessária.

- Sua ação irracional foi a causa direta do pecado do povo de comer carne com sangue.

- Agora, numa demonstração de justiça própria, Saul construiu um altar para Jeová, mas Deus não lhe respondeu.

Não tenho ideia de onde ele tirou a ideia de que algum pecado tinha impedido Jeová de lhe responder, mas ele recorreu à prática de lançar sortes para descobrir quem tinha cometido o pecado. É interessante notar que a sorte caiu sobre Saul e Jônatas. Não havia necessidade de continuar, porque todos já sabiam que Saul era quem havia pecado — todos menos ele!

Não, a sorte final não mostrou quem havia pecado contra Jeová, pois ela caiu sobre Jônatas; quem apontou claramente quem não era o pecador foi o povo: "Será que Jônatas, que trouxe esta grande libertação para Israel, deve morrer? ...  pois o que ele fez hoje foi com o auxílio de Deus" (NVI-PT) (14:45).

Já é ruim pecar, mas culpar outra pessoa pelo próprio pecado é pura perversidade!

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 15:1–11

(1) Imagine o que teria acontecido com a nação sob Saul se não tivesse tido um profeta como Samuel.

(2) Leia Êxodo 17:8-14 para ver o decreto que Deus fez contra os amalequitas durante a jornada de Seu povo pelo deserto.

(3) Agora, Deus queria usar Saul para realizar Suas obras. À luz disso, que atitude Saul devia ter com relação a esta campanha específica?

(4) Como a maneira como Saul tratou os queneus (descendentes do sogro de Moisés) mostra seu conhecimento e respeito pela história de Israel?

(5) Por que Saul e seu povo pouparam o rei dos amalequitas, junto com seus melhores animais, apesar da clara instrução de Samuel?

(6) Eles não deveriam ter sido elogiados por seu tratamento humano?

(7) Por que Deus usou a palavra "arrependimento" em vez de "ira" para descrever o que estava sentindo? Que tipo de Deus Jeová se mostrou ser por meio de seus tratos com Saul?

(8) Como Samuel respondeu às palavras de Deus?

(9) O que podemos aprender com Samuel sobre o tipo de servo que Jeová quer para Seu povo?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Entristecer a
Jeová

"Arrependo-me de ter posto Saul como rei, pois ele me abandonou e não seguiu as minhas instruções." (NVI-PT) (1 Sam. 15:11)

Hoje temos o privilégio de saber como começou e terminou a vida de Saul e seu reinado. É impossível não suspirar quando vemos como Saul, uma pessoa tão humilde e de coração manso, se tornou uma pessoa cada vez mais egoísta e duro de coração para com Deus. Porém, ao mesmo tempo aprendemos que Deus foi entristecido grandemente, e Samuel ficou irado não só devido à rebelião de Saul, mas também ao fato de ela ter entristecido a Deus por isso ele clamou a Jeová toda aquela noite (15:11).

Não posso deixar de me perguntar: "Eu também entristeci a Jeová?" Por trás do arrependimento estão as expectativas, as grandes esperanças, um sentimento de decepção e de dor!

Deus se arrependeu de ter posto Saul como rei: Ele tinha depositado sua confiança nele, concedendo-lhe muita honra e delegando-lhe a sagrada tarefa de fazer de seu povo um reino de sacerdotes, um povo santo, separado para Ele; sim, um povo escolhido que pertencente a Ele. Portanto, Deus esperou que Saul cumprisse Seu plano; Ele tinha grandes expectativas de que Saul seria um exemplo para o povo; mas agora se sentia arrependido, porque Saul não havia obedecido à Suas instruções; se sentia magoado porque Saul tinha se afastado dEle.

Eu sugiro que nós também reservemos um momento de reflexão para determinar se entristecemos a Jeová:

1. Quais são Suas expectativas de você?

2. Quais são as grandes esperanças que Ele tem para você?

3. Você já O decepcionou?

4. Você já O magoou e entristeceu?