Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 15:12–23

Nesta semana continuaremos o nosso estudo do livro inteiro de 1 Samuel no Velho Testamento.

(1) Você acha que Saul sabia que não tinha obedecido totalmente às instruções de Jeová?

(2) Você acha que sua consciência o estava acusando quando foi ao encontro do profeta?

(3) O que você acha da saudação que ele deu a Samuel no v. 13, e do fato de ele ter erguido um monumento em sua própria honra no Monte Carmelo?

(4) Quais foram as desculpas de Saul para sua própria desobediência?

(5) Reflita sobre as seguintes perguntas sobre as palavras de Jeová dirigidas a Saul:

a. Por que Jeová mencionou seu começo humilde?

b. Quem o tinha engrandecido?

c. Os amalequitas eram os únicos inimigos de Israel?

d. Como Jeová descreveu sua desobediência?

(6) Uma vez que Samuel já havia dito a Saul que as palavras eram de Jeová, o que sua defesa representa nos vv. 20-21?

(7) A famosa repreensão de Samuel merece uma meditação cuidadosa. Leia-o várias vezes antes de tentar responder às seguintes perguntas:

a. Você acha que a intenção do povo realmente era oferecer todos os despojos a Jeová?

b. Mesmo se tivessem feito isso, suas ofertas teriam sido um aroma agradável para Jeová?

c. Por que a rebeldia é como o pecado da adivinhação?

d. Por que a obstinação é como o mal da feitiçaria?

e. “A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros”: Como essa advertência se relaciona com a situação que você está enfrentando hoje?

(8) Essa foi a primeira vez que Jeová declarou sua rejeição de Saul como rei? (vide 13:14)

(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Rebelião é feitiçaria

"Pois a rebeldia é como o pecado da feitiçaria, e a arrogância como o mal da idolatria." (NVI-PT) (1 Sam. 15:23)

Acho que você provavelmente ficou alarmado, tanto pela flagrante desobediência de Saul à palavra de Jeová ao não destruir totalmente os amalequitas, quanto por sua posterior desculpa "piedosa" de que queria guardar o melhor como sacrifício para Jeová. Desobedecer ao mandamento de Jeová já era ruim. Dar desculpas piedosas era pura hipocrisia! No entanto, o foco da repreensão de Deus não era sua hipocrisia, mas a própria essência de sua desobediência como rei.

Para Saul, desobedecer à ordem de Jeová equivalia a usurpar a posição de Jeová como o verdadeiro rei de Israel. Jeová o lembrou de seu começo humilde (v. 17) e do fato de que foi Ele quem o tinha ungido como rei. Em outras palavras, Saul era um rei que havia sido nomeado pelo verdadeiro Rei. Como consequência, sua desobediência foi um ato de rebelião, uma tentativa de tomar o lugar de Jeová como Rei de Israel. Embora a NVI tenha traduzido o v. 23 com as palavras “é como”, o texto hebraico original diz simplesmenteé”. A rebeldia é feitiçaria. Em outras palavras, Saul não só tinha usurpado a realeza de Jeová; ele também tinha se aliado ao maligno.

Pode-se dizer o mesmo sobre suas ações arrogantes, pois ele pensava que Deus ficaria satisfeito com sua obediência parcial: afinal, embora a ordem de matar todos os amalequitas fosse compreensível, não era lógico matar todas as ovelhas e rebanhos. Aliás, era um desperdício. Em outras palavras, Saul achava que sua lógica sensata e prática deveria prevalecer sobre a ordem de Jeová. A arrogância de Saul ficou ainda mais óbvia quando ele insistiu que ele tinha razão, mesmo depois de ser confrontado por Samuel. Era pura arrogância pensar que o mandamento de Jeová era imprático e como consequência podia ser alterado; também é arrogante pensar que podemos fazer a nossa própria lei como bem entendermos. Portanto, “a arrogância [é] como o mal da idolatria”; quando fazemos isso, substituímos a Deus! Ele não é mais quem adoramos!

Essa repreensão de Samuel nos lembra que cada vez que pecamos, ficamos do lado de Satanás, usurpamos a realeza e o senhorio de Deus em nossas vidas e como consequência cometemos idolatria. Nós mesmos fabricamos o ídolo que adoramos!

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 15:24–35

(1) Com base na resposta imediata de Saul (podemos supor que era verdade) à repreensão de Samuel, o que você pode deduzir sobre o que era (e ainda é) um dos recursos mais importantes de um rei ou líder nacional?

(2) Imagine que você estivesse no lugar de Saul: Você sabe que cometeu um pecado, um pecado grave; você sabe que Jeová o havia rejeitado como rei. O que você deveria fazer? Você deveria se esforçar para encontrar uma maneira de continuar sendo rei, sem as bênçãos e a presença de Deus?

(3) Como Saul respondeu no v. 25? Por quê? (Nota: eles não podiam fazer os sacrifícios sozinhos em Gilgal!)

(4) Qual foi a mensagem para Saul sobre a rotura do manto de Samuel?

(5) De acordo com o v. 30, qual foi a verdadeira razão pela qual Saul implorou a Samuel que fosse com ele?

(6) Por que, então, Samuel lhe concedeu seu desejo? Você percebeu que Samuel tinha desenvolvido um relacionamento pessoal com Saul? (vide v. 11)

(7) Nessa conversa, Saul disse pelo menos duas vezes que havia pecado. Você acha que Saul realmente reconhecia seu pecado? Por que ou por que não?

(8) Quais foram as mensagens transmitidas por Samuel por meio da execução de Agague?

(9) Leia o v. 35 junto com o v. 11: por que o autor da Bíblia decidiu mencionar a dor de Jeová e a lamentação de Samuel mais uma vez? O que essa repetição lhe ensina?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O arrependimento insincero

"Pequei. Agora, honra-me perante as autoridades do meu povo e perante Israel; volta comigo, para que eu possa adorar o Senhor, o teu Deus." (NVI-PT) (1 Sam. 15:30)

Qualquer um esperaria que Saul se arrependesse de seu pecado de forma genuína e sincera. É verdade que em sua conversa com Samuel ele reconheceu duas vezes que havia pecado. No entanto, dada a recém-revelada gravidade de seu pecado, e o fato de Jeová ter declarado duas vezes que já o havia rejeitado como rei e designado outra pessoa para ocupar seu lugar (a primeira vez foi em 13:13-14), Saul teria feito o seguinte se seu arrependimento realmente fosse sincero:

- Ele teria se sentido tão pecador que era indigno de adorar a Jeová, ou teria pedido que Samuel oferecesse uma oferta pela culpa em seu nome.

- Ele teria perguntado a Samuel o que fazer, uma vez que seu destino já havia sido selado com a rotura do manto de Samuel. Ele deveria ter aceitado humildemente sua própria culpa e feito tudo o que era possível para entregar seu reinado ao próximo rei designado por Deus, “um homem segundo o seu coração” (13:14).

É lamentável que Saul não tenha desejado abrir mão de seu reinado sobre Israel, apesar de ter sido rejeitado por Deus, e agora teria que reinar sem Suas bênçãos e presença. Falando francamente, de que adianta ser o líder do povo de Deus sem contar com Suas bênçãos e presença? No entanto, a única coisa com a qual Saul se importava nesse momento era que Samuel continuasse a honrá-lo “perante as autoridades do meu povo e perante Israel” (15:30).

Nas últimas décadas, temos visto muitos ministros caírem em desgraça. Alguns têm expressado remorso e arrependimento genuínos, aceitando sua culpa e deixando suas posições de liderança discretamente depois de assumir total responsabilidade por seus pecados. No entanto, também tem havido alguns que (como Saul) ainda se apegam ao seu ministério. A consequência de suas ações é a criação de divisão dentro da igreja e (pior ainda) o descrédito do nome de Deus e de Sua igreja.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 16:1–13

(1) Apesar de sua decisão de não vê-lo, Samuel continuou a se entristecer por Saul, e como consequência Jeová o confrontou.

a. Quando é bom ficar triste?

b. Quando é errado ficar triste?

(2) Por que Samuel estava preocupado que Saul descobrisse sobre sua medida de ungir outra pessoa como rei? O que isso nos mostra sobre o tipo de pessoa que Saul tinha se tornado?

(3) Por que os anciãos de Belém tremeram quando viram seu profeta Samuel? O isso sugere sobre o relacionamento que havia entre Saul e Samuel?

(4) Por que Samuel pensaria que Eliabe era a escolha de Deus? Que semelhança havia entre Eliabe e Saul? (10:23)

(5) Por mais que a Bíblia tenha deixado claro que "O Senhor não vê como o homem", de que maneiras continuamos a escolher líderes cristãos com base na aparência externa?

(6) Ao desconsiderar Eliabe, Jeová disse: "pois eu o rejeitei". O que isso sugere sobre o caráter de Eliabe?

(7) Com certeza era uma grande honra ser convidado para sentar-se com Samuel no sacrifício. Por que Jessé levou somente sete de seus filhos, e não Davi, o mais novo? (Ele poderia ter deixado o rebanho com outro pastor, como fez mais tarde em 17:20.) O que isso nos ensina sobre o que Jessé pensava desse filho?

(8) Que grandes lições podemos aprender nas seguintes áreas?

a. não desprezar ninguém

b. ser ignorado de maneira sutil; ser considerado insignificante

(9) É óbvio que Davi, assim como Saul, não estava preparado para essa repentina unção de Deus como rei de Israel. Com base no que você aprendeu com os erros de Saul, o que você acha que Davi precisava evitar para poder ser o rei segundo o coração de Deus? (13:14)

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Deus
exalta os humildes

Ainda tenho o caçula, mas ele está cuidando das ovelhas.” (NVI-PT) (1 Sam. 16:11)

A escolha de Davi entre seus sete irmãos mais velhos me lembra a canção de Ana no início do livro de 1 Samuel: “Levanta do pó o necessitado e do monte de cinzas ergue o pobre; ele os faz sentar-se com príncipes e lhes dá lugar de honra” (2:8). Isso foi exatamente o que aconteceu com Davi.

Essa talvez não tenha sido a primeira vez que a família de Jesse foi convidada para algum evento e Davi foi excluído. No entanto, esse não foi um evento qualquer; foi um convite do profeta Samuel para participar com ele de uma refeição sacrificial perante Jeová. Excluir Davi era privá-lo de uma bênção de Jeová. Isso nos mostra o quão insignificante Davi era aos olhos de seu pai.

Descobrimos mais tarde que os outros filhos provavelmente eram guerreiros fortes. Parece que à medida que a guerra se tornava cada vez mais importante sob um rei que agora contava com um exército mais organizado, os guerreiros eram cada vez mais admirados, enquanto os pastores (como sempre) eram considerados pouco respeitáveis. Assim, em comparação com seus irmãos, o belo Davi, com sua baixa estatura, e conhecido por sua habilidade de tocar harpa (16:18), ficou aquém das expectativas de seu pai.

Efetivamente, "o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração" (16:7). No entanto, a "aparência" e o que os pais consideram importante muda de uma geração para outra. Conheço pais que (abertamente ou em segredo) estão decepcionados com seus filhos por diversos motivos:

- Não têm corpos de atletas.

- Destacam-se mais nas artes do que nas ciências.

- Não conseguiram trabalhar na profissão que seus pais desejavam.

- Simplesmente não tiram boas notas na escola.

Uma coisa é se preocupar com o futuro dos nossos filhos, mas outra é valorizá-los com base em nossas expectativas, menosprezando-os abertamente. Felizmente, o nosso Pai Celestial nos valoriza pelo que somos e olha para o nosso coração, não para o nosso desempenho.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 16:14–23

(1) A julgar pelo fato de que, no Velho Testamento, o Espírito de Deus parece entrar e sair das pessoas, quais são as funções ou papéis o Espírito desempenhava no Velho Testamento (por exemplo, no caso de Saul ou de muitos dos juízes)? Que funções ou papéis o Espírito desempenha hoje? (vide Romanos 8:9, 14-16; Efésios 1:13-14)

(2) Mesmo os espíritos malignos em sua rebeldia tiveram que obedecer ao mandamento de Deus. O que isso nos diz sobre a soberania e o poder de Deus?

(3) Embora o assistente de Saul possa ter visto a música como uma espécie de feitiço, sabemos que ela realmente possui um efeito terapêutico. Apesar de Davi não ter sido valorizado pelo pai, como ele era visto pelo público? (v. 18) Como sua “habilidade insignificante” acabou sendo algo que pôde ser usado grandemente por Deus?

(4) Embora não tenhamos respostas conclusivas para as seguintes perguntas, vale a pena refletir sobre elas:

a. Como os outros podiam ver que Jeová estava com Davi?

b. Portanto, como os outros podem ver que Jeová está com você?

(5) Uma vez que ele tinha sido ungido pelo Espírito como o próximo rei, o que Davi pode ter pensado sobre sua posição humilde e aparentemente insignificante na corte?

(6) Saul sentia alívio quando Davi tocava a harpa;

a. Você acha que isso foi devido ao efeito terapêutico da música?

b. Você acha que se outra pessoa tivesse tocado a música (sem a presença do Espírito de Deus), ela teria conseguido afastar o espírito maligno?

c. O que esse relato sugere sobre o papel e o uso adequado da música na adoração?

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A música do Espírito

"Sempre que o espírito mandado por Deus se apoderava de Saul, Davi apanhava sua harpa e tocava. Então Saul sentia alívio e melhorava, e o espírito maligno o deixava." (NVI-PT) (1 Sam 16:23)

Sabemos que a música tem um efeito terapêutico, e a musicoterapia tem-se tornado uma profissão reconhecida no campo das ciências da saúde. No entanto, sua função era vista antigamente mais como produzir um efeito de feitiço, especialmente quando se tratava de lidar com espíritos malignos.

A Bíblia deixa claro que, no caso de Saulo, o problema não era uma doença psicológica ou física, mas o efeito do espírito maligno que Deus tinha enviado para atormentá-lo (16:14). Portanto, acreditamos que não foi o simples fato de tocar a harpa que expulsou o espírito maligno, mas o fato de ela ter sido tocada por Davi, que estava cheio do Espírito; portanto, foi Deus quem o usou para trazer alívio a Saul.

Acho que tem algumas lições para nós nessa história:

- Temos que admitir que a música é um dos grandes dons de Deus. Faz bem até para a alma. Fui levado ao arrependimento quando ouvi um hino tocado no meu piano. Claro, que o que me levou ao arrependimento foi a letra, mas a música amoleceu um pouco meu coração.

- A música em si tem certas limitações, mesmo na terapia. Por exemplo, há somente 24 horas eu estava me sentindo muito mal, mas durante as primeiras quatro horas fiquei muito mais tranquilo enquanto escutava continuamente a minha estação de música clássica favorita (KDFC você pode escutar também). No entanto, à medida que a minha doença piorava, até as minhas amadas peças musicais foram se tornando insuportáveis, e finalmente tive que desligar o rádio.

- Claro, a música sacra tem sido uma parte importante do culto na igreja. No entanto, eu acho que para ela ser usado grandemente para enriquecer a nossa adoração e levar os nossos corações para o céu, ela deve ser tocada por pessoas que estão cheias do Espírito de Deus, pessoas como Davi.

Conheço um certo jovem que trocou sua igreja por outra porque em suas próprias palavras “a música está morta”. No entanto, depois de um tempo, quando tive a oportunidade de vê-lo de novo, percebi que por mais que ele tenha gostado da música de sua nova igreja, eu não percebia nenhuma mudança em sua vida. Seus colegas também o consideravam um impostor! No seu caso, o problema provavelmente não eram os intérpretes, mas o ouvinte. Era óbvio que para ele a boa música sacra tinha se tornado entretenimento, e nada mais!

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 17:1–31

Podemos supor que Davi já era um adolescente quando foi ungido e mais tarde chamado por Saul para tocar a harpa. É provável que a ameaça de guerra tenha preocupado Saul. Deus já tinha lhe dado a primeira porta aberta para que Davi se tornasse conhecido entre os homens de Saul, e assim ele foi enviado para cá e para lá para cuidar das ovelhas de seu pai.

(1) Esse tipo de provocação antes da batalha não era incomum na antiguidade; no entanto, o que não era tão comum era o tamanho formidável desse campeão filisteu: 2,7m (9 pés) de altura, com uma armadura de 57kg (125libras) e carregando uma lança cuja ponta de ferro pesava 7kg (15libras):

a. Que tipo de quadro o autor bíblico procura descrever?

b. Que tipo de situação os israelitas enfrentavam?

c. O que tinha acontecido em sua batalha mais recente?

d. Como os israelitas reagiram diante dessa situação? (v. 11)

e. Qual é a implicação espiritual deste texto?

(2) Você acha que a opinião desses três irmãos mais velhos de Davi (os quais tinham se juntado ao exército de Saul para lutar contra os filisteus) sobre ele tinha mudado? Por que ou por que não?

(3) Como esses três irmãos cumprimentaram Davi?

a. com amor fraternal

b. com um bom acolhimento, uma vez que ele trazia suprimentos de casa

c. com a lembrança de sua unção (que eles tinham visto com seus próprios olhos) por Samuel

(4) Como o tratamento de Eliabe para com Davi serve para confirmar sua rejeição por Deus? (16:7)

(5) Por que Davi continuou fazendo a mesma pergunta?

a. Ele realmente cobiçava a recompensa do rei?

b. Ele realmente achava que podia matar Golias?

(6) A que levou sua repetição da pergunta? (v. 31)

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A
s ameaças são ameaças

"Chegou ao acampamento na hora em que, com o grito de batalha, o exército estava saindo para suas posições de combate." (NVI-PT) (1 Sam. 17:20)

Inicialmente nos perguntamos se a descrição de Golias é um exagero por parte do autor bíblico  um filisteu de 2,7 m (9 pés) de altura, com uma armadura de 57 kg (125 libras), que carregava uma lança cuja ponta era de 7 kg (15 libras).

De acordo com o historiador romano Plínio no primeiro século, tanto o gigante Pusto quanto o gigante Secundilla, que viveram na época de Augusto César, eram ainda mais altos a altura de cada um era de 3m (10 pés) (h.n. vii. 16 ); o historiador judeu Josefo menciona outro homem que tinha pelo menos 2,9m (9,5 pés) de altura (Ant. xviii, 4, 5).

A couraça de Augusto o Forte (cuja altura era de 1,75m, 5,75 pés) pesa 25 kg (55 libras). Uma vez que a armadura de Golias provavelmente cobria o corpo inteiro, e à luz de sua altura de 2,7 m (9 pés), sua armadura facilmente podia pesar mais que 45kg (100 libras). (Fonte: K&D, 480, 1)

É claro que uma batalha não podia ser decidida simplesmente com base em qual dos campeões matava o outro; no entanto, o moral e o ímpeto de uma batalha costumavam ser o resultado de um duelo entre os campeões. O mesmo acontecia com os gritos de guerra (17:20); embora fossem simples gritos, serviam para derrotar o moral do inimigo. No caso desta batalha entre o exército de Saul e as tropas dos filisteus, é óbvio que o moral e o ímpeto estavam a favor dos inimigos de Israel, já que “Saul e todos os israelitas ficaram atônitos e apavorados” (17:11).

Claro, todos nós sabemos o resultado desta batalha; no entanto, não devemos rir de Saul e dos israelitas. Somos todos como eles.

Quando enfrentamos as provações e dificuldades na vida e nos concentramos na impossibilidade da tarefa, nos muitos obstáculos a serem superados e em nossas próprias deficiências, os problemas de repente se tornam um Golias e nós, um Davi. Para dizer a verdade, mesmo que Davi tivesse perdido para Golias, o que ele teria perdido teria sido o duelo, não a batalha. A verdadeira batalha ainda não tinha começado! E "se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8:31).

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 17:32–58

(1) Dada a disparidade de tamanho e idade, como você teria reagido às palavras de encorajamento de Davi no v. 32?

(2) Se você fosse a Saul, o que teria respondido a Davi?

(3) Você percebeu o foco principal de Davi em sua resposta a Saul ? (vv. 34-37)

(4) Que risco Saul correu ao permitir que Davi fosse o campeão de Israel para lutar contra Golias? O que teria acontecido se ele tivesse matado Davi? Por que Saul permitiu que Davi fizesse isso?

(5) Que tipo de situação é descrita no vv. 38-40?

(6) Os filisteus pensavam que havia alguma chance de Davi vencer?

(7) Coloque-se no lugar de um dos soldados israelitas, até mesmo um os irmãos de Davi. Eles pensavam que havia alguma chance de David vencer?

(8) Com base nas palavras de Davi nos vv. 45-47, explique o que significam as palavraspois a batalha é do Senhor? O que essas palavras sugerem?

(9) A morte de Golias às mãos de Davi foi um verdadeiro milagre. Você teve a impressão de que, de todos, David foi o menos surpreso? Por quê? Faça uma pausa para pensar sobre toda a história até este ponto. Quais foram os principais fatores do sucesso de David?

(10) Como Davi e suas ações definem o que é fé ?

(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Uma fé inocente

"Você vem contra mim com espada, com lança e com dardos, mas eu vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos ..." (NVI-PT) (1 Sam. 17:45)

Embora eu não tenha ideia de quão jovem Davi era quando matou Golias, em muitos sentidos ele me lembrou de José.

Ambos foram desprezados por seus irmãos devido à sua inveja: enquanto os irmãos de José invejavam sua posição como a menina dos olhos de seu pai, os irmãos de Davi invejavam o fato de Deus tê-lo escolhido em vez de um deles.

Ambos eram alheios ao ciúme de seus irmãos: José continuou a informar seu pai sobre os crimes de seus irmãos, enquanto Davi ignorou a acusação cruel e perversa de seu irmão e continuou procurando uma oportunidade para matar o campeão dos inimigos de Israel.

No entanto, a comparação entre Davi e José termina aqui, porque enquanto Davi tinha recebido a oportunidade de conhecer seu destino, José precisou esperar pacientemente por anos para que o grande propósito de Deus se revelasse nele. No entanto, talvez valha a pena compará-los também com respeito a isso, pois embora Davi tivesse sido ungido rei e soubesse muito bem qual seria seu destino, o que aconteceu após seu duelo com Golias foi apenas o começo de uma longa jornada rumo à realeza que provavelmente durou cerca de 13 anos (2 Sm 5:4), se supomos que ele tinha a mesma idade de José na época (Gn 37:2).

Mas o que Davi fez com Golias definiu a fé para as gerações futuras:

1. Seguir os mandamentos de Deus: Embora a Bíblia nunca mencione que Deus tenha dado instruções a Davi para lutar contra Golias, suas ações mostram que foi o resultado da obra do Espírito dentro dele (16:13, 18).

2. Discernir as oportunidades dadas por Deus: O fato de Saul ter enviado Davi de volta para seu pai poderia tê-lo privado de qualquer oportunidade de participar da batalha; nem mesmo o fato de ele ser enviado pelo pai para levar suprimentos a seus irmãos teria lhe dado a oportunidade de se alistar no exército: seus irmãos não o teriam permitido. No entanto, essa decisão de seu pai abriu uma porta muito improvável para representar Israel como campeão.

3. Persistência: Davi sabia que se tratava de uma oportunidade dada por Deus; por isso ele ignorou a repreensão de seu irmão e insistiu em fazer suas perguntas para que Saulo soubesse de seu desejo de enfrentar Golias.

4. Preparação Total: Talvez você ria neste ponto, uma vez que Davi não chegou totalmente preparado ele não tinha nem espada, nem armadura, nem capacete apenas um cajado de pastor, uma funda e um saco de pedras. Esta é a parte mais significativa para mim. Davi, mesmo depois de ser ungido rei, foi "marginalizado" e enviado de volta para as ovelhas. No entanto, ele se preparou para a batalha da melhor maneira possível, lutando contra ursos e leões, e aperfeiçoando a habilidade que melhor conhecia: o uso de uma funda! Se ele tivesse desconfiado de Deus e de Seu plano e usado todo o seu tempo para tocar a harpa, Deus não poderia tê-lo usado para matar o gigante.

5. Confiança total em Deus: Não importa o quão bem preparado alguém esteja; quando chega a hora de enfrentar um inimigo como Golias, o medo de alguma forma toma conta. Mas Davi, em seu discurso a Golias, mostrou que entendia e acreditava claramente no que significaa batalha é do Senhor”: nosso inimigo é inimigo de Deus; não lutamos em nosso nome, mas no nome de Deus; as armas para a vitória não são armas humanas; Deus nos entregará o inimigo, e nós o mataremos; Deus, e não nós, receberá Sua honra e reconhecimento! Portanto, qualquer Golias que ouse desafiar o nome de Deus já está morto!

É muito precioso ler sobre “uma criança” com tamanha fé (17:42) . Talvez somente "uma criança" possa ter uma fé tão inocente e genuína!

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Samuel 18:1–16

(1) Antes de continuarmos, você se lembra de algumas das experiências de Jônatas sob o reinado de seu pai? Mais especificamente, como ele agora via seu pai como rei?

(2) Não me surpreenderia se Saul tivesse observado Samuel para ver quem ele ungiria (ou poderia ter ungido) em seu lugar como o próximo rei. Talvez isso explique por que ele continuou perguntando o nome do pai de Davi após a morte de Golias (17:55-58). Talvez ele tivesse ouvido que Samuel tinha ungido um dos filhos de Jessé:

a. Como a Bíblia descreve esse amor incrível que Jônatas tinha por Davi?

b. Como Jônatas desenvolveu um amor tão profundo por Davi? Qual poderia ser a explicação?

c. Jônatas não deveria ter desconfiado de Davi? Ele seria o sucessor de Saul como rei.

d. Como, então, podemos descrever o coração deste homem?

(3) Quão diferente era Saul de Jônatas?

(4) Você não teria sentido a mesma inveja que Saul sentiu quando ouviu a canção das mulheres? Por que ou por que não?

(5) Saul não precisava mais adivinhar quem tinha sido ungido em seu lugar. Por quê? (v. 12)

(6) Ainda assim, como ele deveria ter tratado Davi?

(7) Como ele tratou Davi? Por quê?

(8) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Escravizado pelo pecado

"Saul tinha medo de Davi porque o Senhor o havia abandonado e agora estava com Davi." (NVI-PT) (1 Sam. 18:12)

Acredito que desde o momento da rejeição de Saul por parte do Senhor, quando este lhe disse que levantaria outro homem segundo seu coração para liderar Israel, ele começou a observar os movimentos de Samuel para descobrir quem ele ungiria ou já tinha ungido. Essa foi a razão pela qual Samuel ao início hesitou em ir a Belém para visitar a casa de Jessé. Independentemente de como Samuel disfarçasse sua viagem, era impossível que a notícia da unção de um dos filhos de Jessé não chegasse aos ouvidos de Saul. Talvez isso explique por que Saul continuou perguntando de quem Davi era filho depois de ele matar Golias (17:55-58).

Quando Davi começou a morar em sua corte todos os dias, Saul percebeu claramente não que o Espírito do Senhor o tinha deixado, mas também que agora morava em Davi. Em outras palavras, seu maior medo tinha sido confirmado, e a Bíblia diz duas vezes que Saul ficou com medo de Davi (18:12, 15). Embora não tivesse sido uma experiência muito agradável perder seu reino, a pior experiência para qualquer pessoa é quando ela uma vez experimenta a presença de Deus e depois a perde. Essa sensação horrível piorava quando o espírito maligno vinha sobre Saul. O resto da história de Saul é um quadro trágico de uma pessoa que vive como um escravo do pecado, consciente e intencionalmente!

É claro que não é uma experiência agradável ser substituído como rei, e para um homem como Saul, também teria sido humilhante. No entanto, como é possível ter um dia de paz ao liderar o povo de Deus sem Deus? Como é possível viver um dia sem medo sem saber quando Deus agirá para removê-lo? Como é possível ter alegria ao se apegar a um papel do qual você sabe que Deus o destituiu? Esse é o quadro trágico de uma pessoa que vive como escravo do pecado, consciente e intencionalmente!

Tenho certeza de que se Saul tivesse se arrependido de forma genuína naquele momento, Deus não teria desistido de Sua decisão de depô-lo (15:29); no entanto, isso não quer dizer que Ele não o teria perdoado. Aliás, se ele tivesse ido a Samuel naquele momento para pedir perdão a Deus, disposto a transferir o reino para Davi, Davi provavelmente nem teria subido ao trono até depois de sua morte!

Infelizmente, no caso de Saul, não se trata do que poderia ter acontecido, mas do que nunca aconteceria!