Nesta semana continuaremos nosso estudo do livro de 2 Samuel no Velho Testamento.
Já lemos que quando Davi fugiu de Absalão, o povo de Israel teve que tomar uma decisão: continuar sendo leais a Davi ou aproveitar a oportunidade para apoiar o (aparentemente mais poderoso) rebelde Absalão, filho do rei:
(1) Você se lembra quem era Ziba e que responsabilidade Davi tinha dado a ele? (9:9-11)
(2) Ziba era um ex-servo de Saul que tinha testemunhado a maneira como Davi tinha tratado o único sobrevivente da família de Saul. À luz disso, qual deveria ter sido sua atitude em relação à responsabilidade que Davi lhe deu?
(3) Pense bem sobre as coisas que ele trouxe a Davi e seus homens:
a. Foram escolhidas de forma espontânea ou tudo foi bem planejado?
b. Se você fosse Davi, como você teria se sentido ao receber essas coisas nesse momento tão difícil?
c. No entanto, quais você acha que foram as intenções de Ziba ?
(4) Por que Davi perguntou onde estava seu amo?
(5) Por que Davi teve uma reação emocional tão forte que ordenou que tudo o que pertencia a Mefibosete fosse dado a Ziba?
(6) Foi uma decisão correta? O que Davi deveria ter feito?
(7) Quem era Simei?
(8) Em sua opinião, por que ele aproveitou a oportunidade para amaldiçoar Davi?
a. O que ele ganharia com sua maldição?
b. Por que ele não temia ser morto pela guarda especial de David?
(9) Por que Davi supôs que Jeová tinha enviado Simei para amaldiçoá-lo?
(10) Apesar de Davi achar que merecia ser amaldiçoado (não porque as acusações de Simei fossem verdadeiras, mas por causa de seus pecados contra Urias), por que ele ainda considerava que algo de bom poderia resultar da maldição?
(11) Que tipo de mensagem ele transmitiu aos seus homens?
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Que amaldiçoe ... Talvez o Senhor considere a minha aflição e me retribua com o bem a maldição que hoje recebo." (NVI-PT) (2 Samuel 16:11-12)
Enquanto Davi fugia de seu filho Absalão, tornou-se bastante óbvio que ele considerava a rebelião de seu filho como parte do juízo de Deus por seus pecados contra Urias - seu adultério com sua esposa, e seu assassinato de Urias para encobrir sua culpa. Isso se manifesta claramente nas palavras que ele usou para impedir que seus homens ferissem Simei enquanto este o amaldiçoava ao deixar os arredores de Jerusalém: "Deixem-no em paz! Que amaldiçoe, pois foi o Senhor que mandou fazer isso" (16:11). Em outras palavras, Davi considerava tudo o que estava acontecendo naquele momento como um castigo da mão de Deus, não só a rebelião de Absalão, mas também ser amaldiçoado por um "zé ninguém" como Simei.
No entanto, enquanto Davi se submetia silenciosamente ao castigo de Jeová, ele também tinha a esperança, mesmo em meio ao sofrimento, de que "talvez o Senhor considere a minha aflição e me retribua com o bem a maldição que hoje recebo". Qualquer um se perguntaria por que Davi tinha tanta esperança. Keil e Delitszch nos transmitem seu profundo conhecimento sobre o assunto nas seguintes palavras:
“Mas essa consciência de culpa também despertou nele a certeza de que o Senhor consideraria seu pecado. Quando Deus olha para a culpa de um humilde pecador, Ele também evita o mal e transforma o sofrimento em bênção, porque é um Deus justo e misericordioso. Foi nisso que Davi encontrou a esperança de que o Senhor o recompensaria com o bem pela maldição com que Simei o estava perseguindo” (K&D, 653).
Efetivamente, embora Davi considerasse que sua situação atual era resultado de seu pecado, ele também acreditava firmemente na mensagem de Natã: "O Senhor perdoou o seu pecado" (12:13).
(1) Acabamos de ler que Ziba usou a crise para o seu próprio proveito ao trair seu amo, enquanto Simei a usou para desabafar sua própria frustração tribal tendenciosa (fechando os olhos para a vontade de Deus). O que Husai fez neste momento crítico da história de Israel?
(2) O que pode ter convencido Absalão da lealdade de Husai?
(3) Parece que Aitofel, ex-conselheiro de confiança de Davi, era o principal conselheiro de Absalão (16:23); Que conselho ele deu a Absalão?
(4) Por que Aitofel lhe deu um conselho tão perverso?
(5) Ele realmente precisou dar esse conselho?
(6) Por que Absalão obedeceu ao seu terrível conselho?
(7) Ao seguir esse conselho, Absalão deixou a porta aberta à possibilidade de que houvesse uma reconciliação com seu pai Davi? Por que ou por que não?
(8) Em que sentido essa transgressão foi o cumprimento do castigo que Deus tinha anunciado? (12:11-12)
(9) O castigo foi desproporcionalmente severo em comparação com o pecado de Davi? Por que ou por que não?
(10) Qual poderia ser a advertência para nós?
(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Aconselho que tenhas relações com as concubinas de teu pai, que ele deixou para tomar conta do palácio ..." (NVI-PT) (2 Sam. 16:21)
Depois do horrível crime de adultério e assassinato cometido por Davi, todos em Israel teriam ficado chocados, e talvez incrédulos, ao escutarem sobre a perversidade de seu amado rei. Portanto, quando Jeová anunciou seu castigo a Davi por meio de Natã, todos o teriam considerado um castigo justo: "Tomarei as suas mulheres diante dos seus próprios olhos e as darei a outro; e ele se deitará com elas em plena luz do dia. Você fez isso às escondidas, mas eu o farei diante de todo o Israel, em plena luz do dia” (12:11-12). Porém, é impossível não ficar horrorizado diante tamanho crime de incesto quando lemos que quem cumpriu essa profecia foi o próprio filho de Davi! Aitofel deve ter odiado Davi com todo o seu ser para dar um conselho tão perverso a Absalão, e Absalão deve ter perdido toda a sua decência para ser capaz de cometer tamanho pecado contra seu pai.
No entanto, tudo isso serve para nos lembrar a todos a verdade de que os pecados cometidos em segredo não existem. Chuck Swindoll teve razão quando disse que o que nós consideramos "assuntos privados na terra é um escândalo público no céu", mas ele simplesmente afirmou o que nosso Senhor Jesus já tinha deixado claro: "Porque não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à luz” (Lucas 8:17) Davi seria o primeiro a nos dizer que as coisas realmente são assim!
(1) Qual é a essência do plano recomendado por Aitofel nos vv. 1-4?
(2) Que aspecto do plano pode ter parecido "bom a Absalão e a todas as autoridades de Israel"?
(3) Por que Absalão odiava tanto seu pai que queria matá-lo (não se conformava com simplesmente exilá-lo)?
(4) Dada a confiança que Absalão tinha em Aitofel, por que ele procurou uma segunda opinião? Ele não entendia que isso poderia fazer Aitofel ficar mal?
(5) Qual é a essência do conselho de Husai?
(6) Do ponto de vista prático, qual dos dois planos faz mais sentido para você? Por quê?
(7) Qual foi a decisão de Absalão e seus homens?
(8) De acordo com a Bíblia, por que ele tomou essa decisão?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Pois o Senhor tinha decidido frustrar o eficiente conselho de Aitofel, a fim de trazer ruína sobre Absalão." (NVI-PT) (2 Sam. 17:14)
É verdade que a pessoa que Absalão tinha se tornado foi resultado das próprias ações de Davi: seus casamentos com muitas esposas, seu favoritismo descarado para com o seu primogênito Amnon, seu total indiferência diante da vergonha e humilhação de sua própria filha, sem mencionar seus horríveis pecados de adultério e assassinato. Talvez seja até justo dizer que o assassinato de Amnon por Absalão foi o cumprimento da justiça que Davi deveria ter aplicado desde o início, salvo que foi um homicídio em vez de ser um ato de justiça administrado de acordo com a Lei de Moisés mediante a observação do processo jurídico e execução adequados.
Mas neste trecho vemos que Absalão seguiu o conselho de Aitofel de dormir com as concubinas de seu pai, um ato que, além de ser uma prática odiada por Deus, também impossibilitaria qualquer reconciliação com seu pai.
É óbvio que Aitofel era um homem muito astuto e inteligente, e não é de se estranhar que "naquela época, tanto Davi como Absalão consideravam os conselhos de Aitofel como se fossem a palavra do próprio Deus" (16:23). Seu plano de atacar Davi e seus homens enquanto ainda estavam cansados e fracos fazia muito sentido, mas por alguma razão Absalão decidiu procurar e obedecer ao conselho de Husai. A Bíblia deixa muito clara a razão por trás da decisão de Absalão: "o Senhor tinha decidido frustrar o eficiente conselho de Aitofel, a fim de trazer ruína sobre Absalão" (NVI-PT) (17:14).
É verdade que, independentemente de quão perverso seja um governante, Deus ainda está no controle de tudo, pois “Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor; a tudo quanto quer o inclina” (ARC) (Pv 21:1).
(1) Uma vez que Absalão já tinha concordado com seu conselho, por que Husai precisou avisar Davi sobre o plano de Aitofel e aconselhá-lo a cruzar o rio Jordão em vez de ficar onde estava?
(2) Os filhos dos sacerdotes, Jônatas e Aimaás (15:27), estavam dispostos a entregar a mensagem ao rei Davi; no entanto, que riscos eles correram?
(3) Como o Senhor os protegeu?
(4) Já lemos em 17:14 que Deus obviamente estava no controle da situação; no entanto, o que nos mostram as reviravoltas inesperadas que ocorreram quando a mensagem foi enviada por Jônatas e Aimaás? (vv. 17-20)
(5) O que a travessia do Jordão por Davi e todos os seus homens representou para o conselho de Aitofel?
(6) Quais podem ter sido os motivos do suicídio de Aitofel?
a. Ele estava com raiva de Absalão, ou decepcionado com ele.
b. Ele sentiu que tinha ficado mal diante da nação inteira de Israel.
c. Ele reconheceu que era obra de Jeová.
d. Você consegue pensar em alguma outra possibilidade?
(7) O que isso nos mostra sobre esta pessoa que “pôs em ordem a sua casa” antes de se suicidar?
(8) Leia a oração de Davi em 15:31. O que você pode aprender com esse relato sobre Aitofel?
(9) Compare as ações de Maquir (9:4) com as de Ziba (16:1-4):
a. O que esses dois homens tinham em comum?
b. Quão diferentes eram?
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
Absalão deu a Amasa a posição de comandante do exército de Israel que outrora tinha sido ocupada por Joabe. A descrição dada nos vv. 24-26 diz que Jéter era casado com Abigail, irmã de Zeruia, em vez de dizer Abigail, irmã de Davi; por isso, "alguns dos primeiros comentaristas chegaram à conclusão (muito razoável) de que Abigail e Zeruia eram apenas meias-irmãs de Davi"; Jeter "era, portanto, primo ilegítimo de Joabe" (K&D , 658).
“Vendo Aitofel que o seu conselho não havia sido aceito, selou seu jumento e foi para casa, para a sua cidade natal; pôs seus negócios em ordem e depois se enforcou.” (NVI-PT) (2 Sam. 17:23)
Quando Absalão se rebelou contra seu pai Davi, muitas pessoas viram na crise uma oportunidade para agir em benefício próprio. Um exemplo é Ziba, e outro Aitofel. No entanto, a traição de Aitofel foi ainda mais perversa, pois ele retribuiu “o bem com o mal” (Provérbios 17:13).
A Bíblia diz que “naquela época, tanto Davi como Absalão consideravam os conselhos de Aitofel como se fossem a palavra do próprio Deus” (16:23). Em outras palavras, Davi tinha tanta confiança no conselho de Aitofel que, em vez de ir ao sacerdote para consultar o Senhor por meio do Urim e Tumim, ele considerava que o conselho de Aitofel como vindo de Jeová. Além de ser um homem muito sábio, Aitofel também deve ter tido a reputação de ser um homem muito piedoso, isto é, até mostrar a sua verdadeira cara quando Davi estava em problemas. Ela o abandonou no primeiro momento possível. É por isso que Davi, que até tinha conseguido suportar a maldição de Simei, ficou tão surpreso e magoado que proferiu a seguinte oração: "Ó Senhor, transforma em loucura os conselhos de Aitofel" (15:31).
No final, Jeová fez mais do que isso; além de frustrar o conselho de Aitofel, ele também o enviou à morte por suicídio (17:23).
É muito provável que nem Davi nem Absalão jamais tivesse duvidado de seu conselho; assim, ele teria ficado frustrado quando Absalão procurou publicamente uma segunda opinião (de Husai), um homem que ele provavelmente considerava seu rival. Ele sabia que Husai era na verdade um espião de David, mas não tinha provas. Sua frustração, aliada à humilhação pública, o levou a fazer as malas e voltar para casa. No entanto, suspeito que ele também sabia no íntimo que a mão de Deus estava contra ele e tinha frustrado seu conselho devido ao mal que tinha retribuído a seu antigo amo, Davi, apesar da bondade que este lhe havia mostrado. O comentário de que ele "pôs em ordem a sua casa" antes de se suicidar é bastante inusitado, pois nos mostra que seu suicídio não foi um ato motivado pela emoção, mas uma decisão cuidadosamente calculada. Ele até reservou um tempo para colocar sua casa em ordem, o que provavelmente significa que ele escreveu e explicou seu testamento antes de tirar a própria vida.
Spurgeon comenta o seguinte: “Ao colocar sua casa em ordem, ele mostrou que era um homem prudente; ao se enforcar, provou ser um tolo” (Spurgeon's Sermon XI, 497). Talvez esse tolo finalmente tivesse percebido que "Quem retribui o bem com o mal, jamais deixará de ter mal no seu lar" (Provérbios 17:13).
(1) Parece que devido à rebelião de Absalão (que contava com o apoio de muitos dos soldados do exército de Davi), Davi teve que se reagrupar com aqueles que tinham ficado com ele, a maioria dos quais eram de sua própria tribo de Judá. Portanto, ele precisava nomear novos comandantes. Qual dos três comandantes-chefes era o único que realmente era novo? Por que ele foi escolhido? (15:19-22)
(2) Por que Davi não saiu junto com os homens para a batalha? O que isso nos diz sobre aqueles que tinham escolhido ficar com Davi? O que Davi tinha feito para ganhar a lealdade de seu povo?
(3) Que ordem específica Davi deu a seus três comandantes-chefes? Davi teve razão ao dar essa ordem? Por que ou por que não?
(4) Qual foi o resultado da batalha que se seguiu? Foi uma surpresa? Por que ou por que não?
(5) Quão trágica foi essa batalha?
(6) Que característica física de Absalão era conhecida por todo o Israel? (14:25-26)
(7) Agora, o que contribuiu diretamente para sua derrota? (v. 9)
(8) Que lição podemos aprender com sua derrota?
(9) Por que o homem que viu Absalão preso com os cabelos num carvalho decidiu não matá-lo?
(10) O que Joabe fez?
(11) Ele teve razão em fazer isso? Por que ou por que não?
(12) O que você acha sobre a coluna que Absalão tinha levantado como monumento a si mesmo? (v. 18)
(13) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Quando em vida, Absalão tinha levantado um monumento para si mesmo no vale do Rei... Chama-se ainda hoje Monumento de Absalão." (NVI-PT) (2 Sam. 18:18)
Absalão nasceu numa família real. Ele era (talvez) o mais bonito de todos os filhos de Davi, com um corpo que hoje seria admirado por fisiculturistas e cabelo que seria admirado por todos os homens e mulheres de Israel (14:25-26). Ele realmente pensava que seu destino era suceder Davi como rei de Israel.
Depois do nascimento de Salomão, a quem Deus mesmo deu o nome de Jedidias (amado por Jeová), Absalão talvez percebeu que Deus não o havia sido escolhido para suceder seu pai.
Em vez de se submeter à vontade de Deus, Absalão aproveitou a oportunidade dada pelo erro de seu pai (de não castigar Amnon por seu incesto contra sua própria irmã) para justificar sua futura rebelião. Era impossível que Absalão não tenha percebido no fundo que Deus não estava do seu lado, e que seu plano não tinha nenhuma chance de dar certo. Por isso, mesmo antes de sua morte, ele tentou assegurar que seu reinado (por mais breve que fosse) fosse lembrado para sempre e levantou um monumento para si mesmo que ele chamou Monumento de Absalão (18:18).
O interessante é que a Bíblia nos diz que ele fez isso porque pensou: “Não tenho nenhum filho para preservar a minha memória” (18:18), apesar de ele já ter três filhos (14:27), cujos nomes não são mencionados na Bíblia. Eu acho que o que ele realmente quis dizer não foi que não havia nenhum filho para perpetuar seu nome, mas que ele reconhecia que nem ele nem nenhum de seus filhos se sentariam no trono de Davi. Não era suficiente para o ego desse homem reinar por um breve período de tempo; ele pensou que conseguiria perpetuar seu nome como rei para sempre com a construção de um monumento. Matthew Henry tem razão: “A coluna levaria seu nome, mas não como testemunha de seus méritos; embora Absalão o tivesse projetado para ser um memorial de sua glória, na verdade acabou sendo uma prova de sua tolice” (Comentário de Matthew Henry, 468).
Em última análise, qualquer esforço humano para fazer um nome para si mesmo será lembrado como um exemplo de sua tolice!
(1) Por que Aimaás, filho do sacerdote Zadoque, estava tão ansioso para contar ao rei sobre a morte de Absalão?
(2) Por que Joabe tentou dissuadi-lo e enviou um etíope para entregar as notícias que Aimaás considerava ser boas?
(3) Davi pensou duas vezes que as notícias dos mensageiros seriam boas. Para Davi, o que teria sido uma boa notícia?
(4) Aimaás sem dúvida trouxe boas notícias ao informar o rei sobre a derrota de seus inimigos; no entanto, qual era a preocupação do rei? Por quê? Você consegue se identificar com o coração de Davi naquele momento?
(5) Como Aimaás aproveitou o fato de ele ter chegado antes do etíope para responder à pergunta do rei? (v. 29)
(6) Agora o etíope se tornou o portador das más notícias:
a. Por que Davi ficou tão abalado com as notícias sobre a morte de Absalão, o mesmo Absalão que o tinha perseguido, tentado matá-lo e cometido incesto com suas esposas?
b. Seu desejo de capturar Absalom vivo tinha sido uma ilusão? Por que ou por que não?
c. Davi teria preferido perder a batalha?
d. O que o luto profundo de Davi revela sobre ele e sua agitação interior?
e. Que tipo de mensagem Davi transmitiu ao seu povo ao se lamentar profundamente enquanto o eles se regozijavam com a vitória?
(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Então Aimaás, filho de Zadoque, disse: 'Deixa-me correr e levar ao rei a notícia de que o Senhor lhe fez justiça, livrando-o de seus inimigos'.” (NVI-PT) (2 Sam. 18:19)
Eu realmente acredito que Davi foi um líder muito abençoado. Apesar de ele ter cometido um crime horrível que o envolveu numa briga familiar que o atormentava sem dar trégua, Davi estava cercado por pessoas que o amavam.
Embora Joabe fosse uma pessoa cruel, ele não só era leal a Davi, mas também o amava. A morte de Absalão foi o melhor desfecho para o bem de seu reinado e a unidade de Israel, sem mencionar que a lei de Moisés exigia que Absalão fosse julgado severamente devido ao seu pecado de incesto (Levítico 20:11).
Além disso, o jovem Aimaás, filho do sacerdote Zadoque, tinha arriscado a própria vida ao enviar a importante mensagem sobre um possível ataque de Absalão ao rei Davi (17:1 e ss.). Mais tarde, após a morte de Absalão, ele se ofereceu para levar a notícia a Davi. Com base no que ele disse mais tarde ao rei, eu acho que Joabe tinha interpretado mal suas intenções.
Joabe sabia como Davi reagiria às notícias sobre a morte de seu filho; por isso ele preferiu enviar um escravo estrangeiro, o etíope, para levar as notícias a Davi, caso ele culpasse e matasse o mensageiro como tinha feito com aqueles que tinham levado as notícias sobre as mortes de Saul e Is-Bosete (1:15; 4:12). Na verdade, Aimaás sabia que sua decisão de obedecer às instruções de Davi e permanecer em Jerusalém, arriscando sua vida para levar a mensagem como espião, teria conquistado a confiança e o afeto de Davi, de modo que não o culparia. Embora Joabe tenha escolhido mesmo assim usar o etíope, Aimaás decidiu chegar primeiro para preparar o coração do rei para receber as “más notícias” e assim salvar a vida do etíope.
Quão abençoado foi Davi! Ele estava cercado por pessoas que o amavam e realmente se importavam com ele!
(1) Como os soldados normalmente entravam numa cidade após uma vitória?
(2) Como os soldados de Davi entraram na cidade após a vitória sobre Absalão e seus homens? Por quê?
(3) Davi tinha razão em transformar o desfile da vitória em algo mais parecido com uma procissão fúnebre? Por que ou por que não?
(4) De acordo com Joabe, como o luto de Davi estava prejudicando a ele mesmo e sua nação?
(5) O que o povo de Israel queria fazer agora com a morte de Absalão?
(6) Como você descreveria esse povo que trocava sua lealdade tão facilmente? Você gostaria de ser o seu rei?
(7) Por que Davi queria que o povo de Judá fosse os primeiros em recebê-lo?
(8) Como ele "usou" Amasa (17:25) para conseguir isso? Funcionou?
(9) Além dos da tribo de Judá, a Bíblia registra outros que também "prontamente pasaram" em receber o rei após seu retorno a Jerusalém. Quem eram essas pessoas?
(10) Você teria perdoado Simei como Davi fez? Por que ou por que não?
(11) Você acha que isso foi um reflexo da fraqueza ou da força de Davi? Por quê?
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“E prontamente passaram o Jordão adiante do rei.” (ARC) (2 Sam. 19:17)
Se eu fosse Davi, realmente não teria gostado de governar um povo tão caprichoso que trocava sua lealdade como se fosse uma muda de roupa. Ora o povo de Israel apoiava o filho rebelde, ajudando com a perseguição de Davi cuja intenção era matá-lo, ora tinham a ousadia (quando Absalão já estava morto) de esquecer o que acabavam de fazer a Davi, procurando recebê-lo como rei. O exemplo mais claro desse tipo de comportamento ousado e sem vergonha é Simei.
Quando viu que Davi estava fugindo de Jerusalém, Simei provavelmente pensou que Absalão o derrotaria e nunca mais voltaria. Assim, ele o atacou com insultos e maldições, acusando-o de pecados que ele não tinha cometido (16:7-8). Ele fez isso porque não gostava do fato de a nação ser governada por um rei da tribo de Judá e não de Benjamim, sua própria tribo.
Depois de testemunhar a mudança de sorte de Davi, Simei não hesitou em salvar a própria pele: foi o primeiro a recebê-lo e fazer uma confissão pública de seu pecado (19:18-20).
Obviamente, Abisai ficou furioso. Ele tinha desejado matar Simei quando ainda estavam fugindo (16:9), e agora pediu autorização ao rei para dar-lhe a morte que merecia. No entanto, Davi, além de recusar seu pedido, também lhe deu o que parece ser uma repreensão.
A questão é esta: "Davi realmente perdoou Simei e aceitou sua confissão como genuína?"
Não devemos pensar que Davi era um tolo. Ele enxergou as verdadeiras intenções de Simei que subjaziam à sua nconstância e sabia que sua confissão estava longe de ser sincera. O que ele disse naquele momento foi: "Morreria alguém hoje em Israel?" (ARC) (19:22). Se as maldições e confissões insinceras de Simei não tivessem sido dirigidas contra ele, talvez Davi tivesse agido de forma diferente. Mas com suas ações ele mostrou que ele era grande o suficiente para suportar os insultos pessoais. Ao mesmo tempo, ele sabia que pessoas como Simei poderiam prejudicar o reino de seu filho; portanto, estas foram as últimas palavras que ele deixou para Salomão:
“E eis que também contigo está Simei, filho de Gera, filho de Benjamim, de Baurim, que me maldisse com maldição atroz, no dia em que ia a Maanaim; porém ele saiu a encontrar-se comigo junto ao Jordão, e eu, pelo Senhor, lhe jurei, dizendo que o não mataria à espada. Mas, agora, o não tenhas por inculpável, pois és homem sábio e bem saberás o que lhe hás de fazer para que faças com que as suas cãs desçam à sepultura com sangue.” (ARC) (1 Reis 2:8-9).
Embora haja alguns que digam que "o favor mostrado (a Simei) aqui foi um reflexo da fraqueza de Davi" (K&D, 668), eu o admiro porque foi capaz de distinguir entre um insulto pessoal (algo que ele não levou a sério) e um possível perigo para os outros (algo que levou a sério).