Nesta semana terminaremos o nosso estudo do livro de 2 Samuel no Velho Testamento e começaremos o estudo
do livro de 1 Timóteo no Novo Testamento.
(1) A expressão traduzida "as últimas palavras de Davi" em 23:1 é traduzida em algumas versões como "oráculo (uma declaração inspirada) de Davi" para enfatizar o caráter inspirado e profético do conteúdo.
a. Quais são os quatro diferentes "papéis" de Davi apresentados neste oráculo?
b. Parece que esses quatro papéis foram agrupados em dois pares (um exemplo de paralelismo hebraico) para formar um contraste: qual a mensagem que subjaz a cada par?
(2) O v. 2 confirma o caráter inspirado deste oráculo; por isso é apropriado tratar o que se segue como profecia.
(3) De todas as descrições de Deus que Davi usa com frequência nos salmos, aqui ele O destaca como "a Rocha de Israel":
a. O que ele procura enfatizar?
b. O que isso tem a ver com a declaração profética que se segue?
(4) Davi profetiza sobre um futuro governante:
a. Quem seria esse homem que governará não só sobre Israel, mas também sobre todos os "homens" (ou seja, seres humanos)?
b. Como será o governo desse governante?
(5) Davi compara esse futuro governante com o seguinte:
a. A luz numa manhã sem nuvens: Como a luz da manhã é diferente da luz em outras horas durante o dia? O que simboliza a manhã sem nuvens?
b. O brilho depois da chuva: o que essa analogia enfatiza?
c. Como nosso Messias/Cristo Jesus se encaixa nesta profecia?
(6) O v. 5 é expresso na forma de perguntas:
a. Quál a base da confiança de Davi no cumprimento da profecia?
b. Leia 2 Samuel 7:11-16 para ver a qual “aliança” Davi se refere.
c. Embora não tenhamos certeza se essas “últimas palavras” de Davi foram as últimas que ele proferiu ou seu último “oráculo” (ou seja, suas últimas “palavras inspiradas”), as últimas palavras de uma pessoa sempre são importantes. Que “desejo” Davi expressou com essas últimas palavras?
(7) O que o governo justo desse futuro governante representará para os homens iníquos e ímpios?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Estas são as últimas palavras de Davi... do cantor dos cânticos de Israel" (NVI-PT) (2 Sam. 23:1)
Não sabemos com certeza se estas foram as últimas palavras ditas por Davi ou suas últimas "palavras inspiradas". Seja qual for o caso, uma vez que são as "últimas" palavras, elas são importantes e expressam o último desejo de Davi.
Com base no conteúdo dessas palavras, a versão NIV (em inglês) traduz o v. 1 com a expressão "oráculo de Davi", uma vez que ele afirma expressamente que "O Espírito do Senhor falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca" (ARC) (2 Sm 23:2). No entanto, as palavras também expressam o último desejo desse rei piedoso: “[Deus] me fará prosperar em tudo e me concederá tudo quanto eu desejo” (NVI-PT) (23:5).
Com base no conteúdo deste cântico, podemos deduzir que o desejo de Davi era ver Deus cumprir a aliança que tinha prometido por meio de Natã (em 2 Sm 7:11-16), na qual prometeu estabelecer sua casa como um reino eterno na justiça e acabar com o mal. Ao expressar seu desejo, Davi entendeu que seria realizado após a sua morte por um governante futuro que que governaria os homens (não só Israel) com justiça e traria uma salvação que seria como a luz da manhã que penetra a escuridão da noite—como a claridade depois da chuva que faz brotar a vida. Este claramente é o mesmo desejo do Espírito do Senhor, e somos abençoados porque temos o privilégio de vê-lo cumprido na morte e ressurreição do Filho de Davi, nosso Senhor Jesus Cristo.
No entanto, eu me pergunto qual será o nosso último desejo quando chegar o dia em que nós, como Davi, enfrentaremos a morte. Quão diferente ou semelhante será o nosso desejo ao de Davi?
Motivos para reflexão!
Vv. 8-12: Os "Três"
(1) Quão especial era Josebe-Bassebete?
(2) Quão especial era Eleazar?
(3) Há um pouco mais de informação sobre Samá. Quão especial era ele?
(4) O que esses três têm em comum?
Vv. 13-17: Embora a Bíblia explique que os três homens poderosos nesta história faziam parte dos “Trinta” (vide a Nota abaixo), seria estranho se seus nomes não fossem mencionados. Uma vez que esta história segue imediatamente a apresentação dos "Três", é seguro supor que se trata de uma história sobre os três homens mais ilustres entre os 37. Com base no local mencionado no trecho, pode-se deduzir que esse feito ocorreu durante a guerra contra os filisteus descritos em 2 Samuel 5:17 e ss.:
(5) Uma vez que Davi acabou não bebendo a água que os três lhe trouxeram, você acha que ele não tinha nenhuma gota de água, ou ele simplesmente desejava beber água do poço que tinha sido ocupado pelos inimigos (que provavelmente só mais tarde foi conhecido como Poço de Davi)? Por quê?
(6) Por que os três homens arriscaram suas vidas em resposta às palavras de Davi?
(7) O que realmente distinguia esses Três dos outros homens poderosos de Davi?
Vv. 18-23: Os "Dois"
(8) Quão especial era Abisai?
(9) Quão especial foi Benaia?
Vv. 24-38: Os “Trinta”
(10) Embora tudo o que realmente sabemos sobre esses trinta homens sejam seus nomes, qual pode ter sido o propósito do autor ao incluí-los aqui?
(11) O que nos mostra o fato de Urias, o heteu, estar incluído aqui (v. 38)?
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
O termo "Trinta" parece ser uma expressão geral ou número redondo usado para se referir a este grupo especial de elite de homens poderosos, pois enquanto 2 Samuel 23 menciona os nomes de 31 homens nesta categoria dos "Trinta", 1 Crônicas menciona mais 16 nomes e diz que eles também faziam parte dos "Trinta" (1 Crônicas 11).
"Estes são os nomes dos principais guerreiros de Davi..." (NVI-PT) (2 Sam. 23:8)
A lista dos valentes de Davi aparece tanto em 2 Samuel 23:8-39 quanto em 1 Crônicas 11:10-47, onde a lista é mais abrangente e inclui mais 16 nomes (vv. 41-47). Ambas as listas têm certas variações que os comentaristas gostam de atribuir a erros de copistas ou corrupções textuais. No entanto, naquela época era comum (como continua sendo até hoje na cultura oriental) uma pessoa ter mais de um nome — tanto meu avô quanto meu pai tinham mais de um nome. Seja qual for o caso, não acredito que a Bíblia tenha imitado as tradições do Antigo Oriente ao registrar nomes de homens poderosos junto com lendas exageradas de seus feitos; antes, o fato de estas palavras serem inspiradas por Deus mostra o seguinte:
- Davi era muito abençoado por ter tantos homens corajosos que eram leais e dedicados a ele.
- O sucesso de Davi não era só dele, mas também o de todos os seus companheiros.
- Na verdade, esses homens só foram o meio pelo qual “o Senhor operou um grande livramento” (ARC) (23:10, 12)
Aliás, a forma como a lista foi compilada deixa claro que o que mais distinguia esses homens não era seu poder extraordinário, mas por sua habitual lealdade ao rei. Teria sido muito fácil para Abisai e Benaia superar a fama dos três homens mencionados primeiro. Abisai era o líder dos 37 valentes (v. 18). No entanto, os Três que foram mencionados primeiro não se destacaram mais do que todos os outros homens poderosos por suas proezas, mas principalmente devido à sua lealdade e amor pelo seu rei (às vezes, a expressão "Trinta Valentes" parece um termo vago que pode incluir todos os homens valentes de Davi). Não acho que David tenha ficado completamente sem água; ele simplesmente expressou seu desejo de poder beber do poço de Belém — sua cidade natal. Ele tinha saudades de sua cidade natal, e os três homens ouviram não apenas suas palavras, mas também o desejo de seu coração, e estiveram dispostos a arriscar suas vidas para confortar o coração de seu rei. Quão abençoado foi Davi! Na minha opinião, a palavra "lealdade" não faz jus à virtude exibida por esses três poderosos guerreiros!
(1) É óbvio que o texto deixa claro que Davi foi responsabilizado pelo censo:
a. O que o censo de Israel tem a ver com a ira de Jeová contra o povo?
b. A última vez que Jeová tinha ficado irado contra o povo é descrito no capítulo 21. Naquela ocasião, qual tinha sido o motivo de Sua ira (21:1)?
c. Qual pode ter sido o motivo aqui?
(2) É óbvio que Joabe percebeu as más intenções de Davi:
a. De acordo com as palavras de Joabe, o que tinha motivado Davi a fazer o censo?
b. Por que Joabe, um guerreiro endurecido, percebeu que era necessário enfrentar Davi?
(3) Apesar do conselho de Joabe e os comandantes do exército, por que Davi insistiu que sua ordem fosse cumprida?
(4) O vv. 5-8 nos descrevem todas as regiões que foram incluídas no censo, que abrangeu basicamente desde o extremo sul até ao extremo norte do reino:
a. Quanto tempo durou o censo inteiro?
b. Qual era o tamanho do exército que Davi podia mobilizar caso houvesse uma guerra?
(5) Por que a consciência de Davi não o acusou quando Joabe o confrontou? Por que sua consciência o acusava agora?
(6) Por que Davi considerou sua ação um pecado grave?
(7) Realmente foi um pecado grave? Por que ou por que não?
(8) É muito prudente para qualquer país fazer um censo do exército, especialmente em tempos de guerra. Por que o que Davi fez foi uma ofensa tão grave perante Jeová?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Mas a palavra do rei prevaleceu sobre a de Joabe e sobre a dos comandantes do exército; então eles saíram da presença do rei para contar o povo de Israel.” (NVI-PT) (2 Samuel 24:4)
Israel não tinha um grande exército em tempo integral sob o comando de Davi; os combatentes só eram chamados quando havia guerra. Portanto, Davi não tinha ideia do número exato de guerreiros que podia reunir caso houvesse uma guerra importante. Portanto, era naturalmente uma questão de prudência para Davi, como para qualquer outro governante ou governo, descobrir com antecedência o tamanho de seu exército e (como no caso de Davi) também onde estava a força de seu exército. Mas Davi não era um governante qualquer. Ele era um rei ungido por Deus para governar Seu povo; portanto, de acordo com as próprias palavras de Davi a Golias: “O Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra”(1 Sam. 17:47). O único motivo que Davi tinha para contar seus guerreiros era o orgulho, uma sinal de sua confiança no poder humano e não em Jeová.
Mas o orgulho de Davi ficou ainda mais evidente quando ele rejeitou o conselho de Joabe. Do ponto de vista espiritual, Joabe com certeza não era um santo; por isso, Davi não o respeitava, especialmente em questões espirituais. Talvez Davi tivesse escutado se Gade tivesse vindo repreendê-lo primeiro, mas seu orgulho o impediu de ouvir um homem como Joabe.
Aliás, é difícil para uma pessoa numa posição de autoridade aceitar uma repreensão. Felizmente, Davi tinha uma consciência que podia ser despertada, embora a calamidade que se seguiu — a perda de 70.000 vidas — tenha sido desastrosa, uma lição tanto para Davi quanto para o povo de Israel:
- Uma vez que Davi tinha procurado se orgulhar de seu número de combatentes, ele acabou com um pequeno exército — Não me surpreenderia se a maioria dos mortos tivesse sido soldados.
- O povo de Israel também foi castigado pelos seus próprios pecados. Embora o texto não mencione a razão pela qual a ira de Jeová se acendeu contra eles (24:1), é óbvio que o que aconteceu foi um castigo do pecado do povo, assim como a fome no capítulo 21. Alguns comentaristas acham que foi assim que Deus decidiu lidar com seus pecados de rebelião sob Absalão e Sabá (21:14; 24:25).
(1) Por que Jeová decidiu prosseguir com o castigo apesar do remorso e arrependimento mostrados por Davi?
(2) Deus deu três opções de castigo, entre as quais Davi devia escolher uma:
a. Por que Deus lhe deu essas opções?
b. Qual opção Davi escolheu? Por quê?
c. Qual opção você teria escolhido? Por quê?
(3) Uma vez que "o Senhor arrependeu-se de trazer essa catástrofe", ele falou para o anjo da aflição parar:
a. O que isso nos ensina sobre Jeová? (leia a opinião de Davi sobre Jeová no v. 14)
b. Você acha que "até a hora que tinha determinado" se refere necessariamente ao fim do terceiro dia? Por que ou por que não?
(4) Num esforço para salvar o seu povo da calamidade, o que Davi fez? Você teria dito o mesmo a Jeová? (v. 17)
(5) Em vez de simplesmente perdoar Davi e acabar com a praga, por que Jeová pediu que ele oferecesse um sacrifício?
(6) Por que Davi insistiu em pagar Araúna pela eira e pelos bois?
a. Caso contrário, Jeová não teria aceitado seu sacrifício?
b. O que ele quis dizer com a afirmação: "Não oferecerei ao Senhor, o meu Deus, holocaustos que não me custem nada"?
(7) O que significa a afirmação “o Senhor aceitou as súplicas em favor da terra”? (24:25 e 21:14)
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Prefiro cair nas mãos do Senhor, pois grande é a sua misericórdia ..." (NVI-PT) (2 Sam. 24:14)
Davi sabia que tinha cometido um pecado grave ao contar os guerreiros de seu país, porque ao fazê-lo estava imitando as práticas dos reis das nações vizinhas. Por um lado, sua ação foi sem dúvida uma manifestação de orgulho, da vontade de se sentir satisfeito por ostentar o seu enorme exército de 1,3 milhões de combatentes (24:9). Por outro lado, foi uma rejeição descarada de Jeová, o verdadeiro Rei de Israel. Se Davi podia confiar no tamanho de seu exército, ele não precisava confiar em Jeová. Para este rei, que normalmente era piedoso, foram necessários nove meses e vinte dias até que ele "sentiu remorso" (24:8, 10). Pelo menos ele já tinha se arrependeu antes da chegada do profeta Gade, enviado para pronunciar o castigo. Isso nos mostra que seu arrependimento não teve nada a ver com a severidade do castigo.
É interessante notar que Jeová lhe deu três opções: três anos de fome, três meses de fuga dos inimigos ou três dias de peste. Pois bem, Davi já tinha experimentado três anos de fome (capítulo 21). Embora não tenhamos ideia de quantas pessoas morreram durante esses três anos, o número deve ter sido importante, e é lógico supor que os que morreram de fome primeiro foram as crianças e os idosos. Davi tinha passado boa parte de sua vida fugindo de seus inimigos; ele não só estava cansado de fugir, mas também conhecia em primeira mão a dor que essa experiência produzia e a vergonha que representava para a glória de Jeová. Embora uma praga também fosse horrível, pelo menos duraria apenas três dias. Além disso, nas palávras do próprio Davi, é melhor cair nas mãos de Jeová — o que equivale a passar por um desastre natural!
E Davi tinha razão. A Bíblia nos conta que a praga durou desde aquela manhã até a "hora que tinha determinado", mas muitos comentaristas acham que devido à ausência do artigo antes da expressão "tinha determinado" (K&D, 709), ela não necessariamente se refere aos três dias do tempo "determinado", mas talvez ao tempo designado para o sacrifício da tarde, que teria coincidido com a oferta que Davi fez mais tarde na eira de Araúna. Além disso, uma vez que Deus parou o anjo dizendo: “Basta, agora retira a tua mão!" (24:16), é provável que a praga não tenha durado nem um dia inteiro, embora ao longo desse dia 70.000 pessoas já teriam morrido.
Houve uma época em minha vida em que tive que tomar uma decisão muito difícil devido a uma ação tola que eu tinha cometido. Certa manhã, enquanto lia esta passagem específica, sublinhei estas palavras em 24:14 e tomei uma decisão que me colocou à mercê de Deus. Em retrospectiva, percebo que embora eu (como Davi) tenha sofrido muito devido à minha própria tolice, a decisão que tomei me levou a experimentar pura graça — aliás, misericórdia sobre misericórdia. Portanto, sejam quais forem as decisões que tivermos de tomar, "caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as suas misericórdias".