Esta semana continuaremos o nosso estudo do livro de 1 Reis no Velho Testamento.
Depois de descrever como Salomão completou seus dois projetos mais importantes, a construção do templo do Senhor e do seu próprio palácio, a Bíblia nos dá uma visão geral das outras atividades militares e comerciais de Salomão:
9:10-19—A fortificação das cidades fronteiriças
(1) Quanto tempo durou o reinado de Salomão? (1 Reis 11:42) O que pode significar o fato de ele ter gastado a maior parte de sua energia durante a primeira metade de seu reinado nesses dois projetos de construção?
(2) Com base no relato de 2 Crônicas 8:1-2, parece que Hirão devolveu essas vinte cidades da Galiléia a Salomão, que por sua vez as reconstruiu. Que tipo de reputação tinha a Galiléia, uma reputação que persistiu até a época em que os Livros dos Reis foram escritos, e até mesmo até a época de Jesus? (Cabul provavelmente significa “inútil”; vide também João 7:3, 41, 52.)
(3) Em geral, as cidades que foram fortificadas por Salomão (nos vv. 15-17) eram cidades localizadas ao redor de Hazor (no extremo norte), Megido (no litoral noroeste), Gezer, Bete-Horom Baixa e Baalate (ao longo do litoral sudoeste) e Tadmor (no extremo sul, perto de Edom). De acordo com 2 Crônicas 8:4-6, essas cidades foram fortalecidas para fins de defesa, e Salomão colocou nelas carros e cavalos: que tipo de quadro esse relato nos pinta?
(4) Nesses projetos de reforço militar, somente os não-israelitas foram submetidos a trabalhos forçados. Quão importante é essa ênfase? (vide Deuteronômio 20:11; Levítico 25:39)
(5) Por que Salomão mudou sua esposa, a filha do faraó, da Cidade de Davi para o seu próprio palácio? (vide 2 Crônicas 8:11) Você admira as intenções de Salomão? Por que ou por que não?
(6) O texto inicialmente nos apresenta um Salomão que amava o Senhor, “mas oferecia sacrifícios e queimava incenso nos lugares sagrados” (1 Reis 3:3). À luz disso, que ação de Salomão teria sido o equivalente a "cumprir suas obrigações" ao completar o templo (vide o v. 25)?
(7) Qual é a função dos vv. 26-28 que encerram este relato sobre os vários projetos de Salomão? (você talvez queira consultar a Nota abaixo)
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
Israel nunca foi conhecido por sua superioridade naval; no entanto, nesta época Salomão aproveitou sua aliança com Hirão para construir uma frota respeitável, e assim obteve estabilidade em terra (com as cidades fortificadas) e no mar (com a frota). Isso também foi um reflexo da sabedoria de Salomão, que superava a de seus predecessores e sucessores. A mineração do ouro de Ofir (cuja localização exata é desconhecida até hoje) também foi um reflexo de sua riqueza: 16 toneladas de ouro era uma quantidade considerável!
"Depois de vinte anos, durante os quais construiu estes dois edifícios, o templo do Senhor e o palácio real." (NVI-PT) (1 Rei. 9:10)
Tanto 1 Reis 9:10 quanto 2 Crônicas 8:1 indicam que, no total, Salomão passou 20 anos construindo o templo e seu próprio palácio. Vinte anos é muito tempo, especialmente à luz do fato de Salomão ter reinado somente 40 anos (1 Reis 11:42). Ou seja, durante metade do seu reinado esteve ocupado com esses dois grandes projetos.
De acordo com a própria confissão de Salomão em Eclesiastes, ele não só encomendou esses grandes projetos, mas básicamente usou sua sabedoria para se envolver nos projetos, gastando seu tempo e energia para garantir que fossem concluídos (Ecl. 2:4 e ss.). Não seria exagero dizer que esses dois grandes projetos (que talvez tenham incluído outros projetos menores) ocuparam grande parte dos primeiros vinte anos de seu reinado.
É
somente após a conclusão desses projetos que lemos sobre sua queda no
pecado (sobre a qual refletiremos na segunda parte da semana) — ele ficou obcecado por mulheres e chegou a ter 700 esposas e 300 concubinas (1 Reis 11:3).
É claro que não se deve depender do trabalho (como fazem aqueles que são viciados no trabalho) para evitar o fracasso moral; no entanto, é sempre prejudicial para a alma ter muito tempo disponível. Refiro-me especificamente ao perigo que podem representar as férias de verão para os jovens estudantes e os anos de aposentadoria para as pessoas idosas.
(1) Como a Rainha de Sabá (vide a Nota abaixo) sabia sobre o relacionamento que Salomão tinha com o Senhor? (v. 1)
(2) E você? Outras pessoas sabem sobre o seu relacionamento com o Senhor? Por que ou por que não?
(3) Por que ela veio fazer-lhe “perguntas difíceis? (v. 1)
a. Para provar que Salomão estava errado?
b. Para aprender com ele?
(4) As pessoas chegam a você fazendo “perguntas difíceis” sobre sua fé? Quais poderiam ser suas intenções?
(5) Que coisas deixaram a rainha “impressionada”? (v.5)
(6) Se você fosse a Rainha de Sabá, você teria reagido da mesma forma? Por quê?
(7) A rainha mencionou as realizações, a sabedoria e as riquezas de Salomão (vv. 6-7).
a. O que é a "sabedoria", tal como a Bíblia a define? (Provérbios 9:10)
b. Qual das três coisas mencionadas pela rainha teria sido a mais importante para as pessoas?
c. As riquezas e realizações são essenciais para uma pessoa poder fazer o seguinte?
- Dar glória a Deus com a própria vida; mostrar que agrada ao Senhor; transformar a sociedade. Por que ou por que não?
d. Como a rainha teria respondido às seguintes perguntas sobre o reino de Salomão?
- Por que o povo e os oficiais de Salomão eram abençoados? (v. 8)
- Qual era a fonte do sucesso e o propósito de Salomão? (v. 9)
(8) O que esta passagem nos mostra sobre a Rainha de Sabá?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
Josefo pensava que Sabá se refere à Etiópia. No entanto, muitos estudiosos pensam que se refere aos sabeus, uma tribo árabe que vivia no norte da Arábia.
"A rainha de Sabá soube da fama que Salomão tinha alcançado, graças ao nome do Senhor, e foi a Jerusalém para pô-lo à prova com perguntas difíceis." (NVI-PT) (1 Reis 10:1)
Embora a história da visita da Rainha de Sabá seja lendária, com certeza não é uma lenda, mas uma história verídica que aconteceu conforme registrada no Livro de 1 Reis. O propósito deste relato bíblico não é somente mostrar o sucesso e a fama de Salomão, mas também (através da boca da Rainha de Sabá) apontar a fonte do sucesso de Salomão, assim como o propósito de seu sucesso. Essas ênfases ficão evidentes nos seguintes versículos:
- O versículo 1 observa que a rainha de Sabá tinha ouvido falar não só sobre a fama de Salomão, mas também sobre "seu relacionamento com o Senhor". Ou seja, Salomão não teve vergonha de atribuir publicamente todo os seu sucesso ao Senhor, de tal modo que até mesmo estrangeiros como a rainha de Sabá foram atraídos para investigar e descobrir quem era esse Deus de Israel.
- O versículo 8 mostra que a bem-aventurança do povo e dos oficiais de Salomão estava baseada no privilégio que eles tinham de ouvir continuamente as palavras de sabedoria de Salomão. Este versículo vem depois dos versículos 6 e7, nos quais a sabedoria, as riquezas e as realizações de Salomão são elogiadas; no entanto, a rainha mencionou somente a sabedoria como base de sua felicidade. As implicações espirituais disso são muito claras: embora as riquezas e as realizações possam ser bênçãos de Deus, elas não são a fonte da bem-aventurança; mas sim a sabedoria. Como já sabemos, a verdadeira sabedoria provém do temor e conhecimento do Senhor (Pv 9:10), conforme exemplificado por Salomão.
- O versículo 9 mostra que como resultado desta visita, ela, como rainha, entendeu não só que a fonte do sucesso de Salomão era o Senhor seu Deus que se deleitara nele e o colocara no trono, mas também que o sucesso de Salomão era um dom de Deus e tinha um propósito muito maior, a saber, "manter a justiça e a retidão".
Embora muitos estudiosos modernos se oponham à noção de que Saba corresponda à atual Etiópia, o fato de haver até hoje muitos etíopes de origem judaica que adoram a Jeová é consistente com a interpretação do famoso historiador Josefo do primeiro século (Ant. viii, 6, 5). De fato, também não seria irracional supor que a própria rainha teria levado a fé no Senhor de Israel de volta para seu país natal.
Esta passagem pinta um quadro do esplendor de Salomão:
(1) É óbvio que o ouro era o metal mais precioso, e esta passagem destaca o fato de Salomão ter usado o ouro de forma extravagante:
a. Sua renda anual era de aproximadamente 25 toneladas de ouro: qual seria o valor disso na economia atual? (1 tonelada é igual a 2.240 libras)
b. Quantos escudos ornamentais ele tinha, tanto grandes quanto pequenos? (Ele provavelmente os usava para desfiles ou ocasiões especiais)
c. Que outros objetos em sua casa real eram de ouro?
d. Sua riqueza era necessariamente um reflexo da glória de Deus?
(2) A grandiosidade do poder de Salomão foi refletida no seguinte:
a. Seu trono de desenho único no mundo:
b. Seu poder militar:
c. Como essa passagem reflete a supremacia do governo de Salomão sobre a região?
(3) A Sabedoria de Salomão:
a. Que evidência houve da sabedoria de Salomão? (vv. 23-24)
b. Como Salomão pode ter aproveitado essas oportunidades para glorificar a Deus?
(4) Considere o esplendor de Salomão quanto à sua riqueza, poder e sabedoria:
a. Que efeito as muitas riquezas podem ter sobre uma pessoa?
b. Que efeito o imenso poder pode ter sobre uma pessoa?
c. Que efeito a posse de grande sabedoria pode ter sobre uma pessoa?
d. Na sua opinião, qual dessas três coisas teria representado a maior tentação para Salomão?
(5) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"O rei Salomão era o mais rico e o mais sábio de todos os reis da terra." (NVI-PT) (1 Reis 10:23)
Ao descrever o esplendor de Salomão, a Bíblia emprega uma linguagem que tem levado alguns estudiosos (como G.H. Jones) a duvidar de sua autenticidade; ele até descreve essa descrição como "duvidoso". Como exemplo, tais estudiosos acreditam que a renda anual de Salomão em ouro, que era de 666 talentos (equivalente a 25 toneladas ou 56.000 libras) é excessiva, e dizem que a afirmação de que "O rei Salomão era o mais rico e o mais sábio de todos os reis da terra” (10:23) é um grande exagero.
No entanto, nos valores de hoje, não é excessivo que uma nação tenha uma reserva de ouro de US$48 milhões, e uma vez que esta história aconteceu há mais de 3.000 anos, esses estudiosos não têm nenhuma evidência sólida da história mundial para refutar sua autenticidade.
Mas a Bíblia nos deixou provas da prosperidade de Salomão ao citar vários exemplos de seu uso extravagante de ouro em vez de prata, uma vez que a prata “quase não tinha valor nos dias de Salomão” (1 Reis 10:21). Além da renda anual de 25 toneladas de ouro, a Bíblia menciona 500 escudos ornamentais (grandes e pequenos), taças reais e objetos da casa real, todos feitos de ouro, sem contar o imponente trono de marfim forrado de ouro fino (1 Reis 10:18-21).
Eu não tenho nenhum problema em aceitar esses relatos bíblicos como verdadeiros, uma vez que eles são a própria Palavra de Deus, registrada no gênero de narrativa histórica e não de poesia. Devemos lembrar que o objetivo do autor bíblico não é glorificar Salomão, mas sim Aquele que lhe deu todo esse esplendor, o Senhor.
Na medida em que lemos o resto da história do reinado de Salomão, a seguinte lição torna-se bastante evidente: poucas pessoas conseguem lidar com riquezas e poder
excessivos sem serem moralmente corrompidos por eles — e isso inclui Salomão. Ele pensou que poderia usar sua riqueza e poder para buscar todas as "delícias dos homens", tornando-se o "mais famoso e poderoso do que todos os que viveram em Jerusalém antes" enquanto conservava a sabedoria que Deus lhe tinha dado (Ecl. 2:8-9). Mas a realidade é que ele não conseguiu.
(1) Por que a Bíblia faz uma distinção entre o ato de tomar uma esposa egípcia e de tomar uma esposa cananéia? (vide Deuteronômio 7:1-3; Êxodo 34:16)
(2) Isso significa que Salomão era autorizado a tomar tantas esposas quanto pudesse, desde que não fossem mulheres cananéias? (Deuteronômio 17:17; Mal. 2:14-15)
(3) Ao expressar a decepção de Deus com Salomão, como a Bíblia destaca o tratamento especial que Deus lhe dera? (v. 9)
(4) Na sua opinião, qual foi a causa principal da queda de Salomão?
(5) Salomão permitiu somente que suas esposas e concubinas adorassem ídolos, ou ele mesmo participou na adoração?
(6) Quais são os exemplos que a Bíblia dá de sua adoração de ídolos? (11:5-8)
(7) Como foi possível que este homem que uma vez foi um líder que seguia o Senhor, um homem a quem Deus aparecera duas vezes e que recebera promessas incríveis de Deus, começou a adorar ídolos?
(8) Sua queda foi repentina ou gradual? (vide Oséias 4:11, um versículo que explica o que pode levar uma pessoa a perder seu entendimento ou sabedoria.)
(9) A Bíblia culpa seu pai, Davi? (11:4, 6)
(10) Imagine que você não soubesse o que a Bíblia diz sobre as consequências do pecado de Salomão. O que você esperaria que Jeová fizesse com ele?
(11) Que castigos ele recebeu por seus pecados?
(12) Por que Deus não o castigou durante sua vida?
(13) Ao ler esta passagem, você percebeu o quanto Davi deve ter agradado ao Senhor?
(14) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Casou com setecentas princesas e trezentas concubinas, e as suas mulheres o levaram a desviar-se." (NVI-PT) (1 Reis 11:3)
Muitos eruditos atribuem a queda de Salomão à sua "família de origem". Certo pregador destacado disse o seguinte:
Como isso aconteceu? Como foi possível que um homem tão promissor se perdesse de maneira tão dramática? Pois bem, é muito difícil escapar da influência da nossa família...da maneira como fomos criados, especialmente se nossos pais foram muito permissivos. Mais tarde, chega um momento (com frequência quando desfrutamos da prosperidade da meia-idade) em que a vida perde seu desafio, tornando-se monótona. Acho que Salomão, no auge de sua carreira, ficou entediado. Uma vez que o destino da nação estava em jogo, é difícil imaginar como foi possível a queda de Salomão, apesar de ele ter experimentado a clara orientação de Deus, vinte anos no trono e o legado de Davi. No entanto, com as palavras de Deus ainda soando em seus ouvidos, 'Salomão amou muitas mulheres estrangeiras' (11:1) das nações com as quais Deus lhe disse para não se associar. Todas as suas esposas pagãs trouxeram consigo todos os deuses pagãos. Influenciado pelo passado idólatra e pouca moralidade de suas esposas, Salomão começou a participar nos mais inacreditáveis extremos de imoralidade que podemos imaginar." (Charles Swindoll)
Embora eu esteja de acordo com muito do que Swindoll diz aqui, a Bíblia nunca culpa Davi pelos pecados de Salomão. Pelo contrário, a Bíblia menciona repetidas vezes o seguinte sobre Salomão: "o seu coração já não era totalmente dedicado ao Senhor, o seu Deus, como fora o coração do seu pai Davi" (11:4); "[Ele] não seguiu completamente o Senhor, como o seu pai Davi" (11:6). Em outras palavras, uma vez que Salomão tinha nascido na família de Davi, ele deveria ter seguido o exemplo piedoso de seu pai.
É verdade que Davi falhou miseravelmente quando ele cometeu adultério com Bate-Seba; no entanto, depois de se arrepender, ele continuou a andar com Deus. No lar, Salomão testemunhou esta vida de Davi após seu arrependimento.
Embora Davi não tenha sido o marido e pai perfeito, esta "família de origem" só teve o poder de influenciar a vida de seus filhos, não determinar seu caráter, algo que cada filho escolhia. Abraão cometeu um grande erro quando ele tomou Agar como esposa (Gn 16:4), e sabemos que ele também tomou outra esposa chamada Quetura, e que teve outras concubinas (Gn 25:1, 6). Mas apesar do exemplo de Abraão, Isaque teve somente uma esposa, Rebeca. Em outras palavras, apesar de Isaque ter crescido num lar onde se praticava a poligamia, ele acabou sendo um "marido de uma só mulher". Afinal, isso foi a sua própria escolha.
Conheço muitos crentes que, apesar de terem crescido em famílias não muito diferentes da de Isaque, não seguiram os passos dos pais, uma vez que “se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” (2 Coríntios 5:17).
Embora o Senhor tenha prometido adiar a destruição do reino de Salomão para depois de sua morte, Salomão teve que enfrentar um castigo imediato, embora em menor grau do que se poderia esperar:
11:14-25—Ameaças externas
(1) A primeira ameaça mencionada aqui veio de Edom:
a. Que esforço adicional Joabe fez para garantir a exterminação total dos edomitas (essa expressão provavelmente se refere a toda a casa real)? (vide também 1 Crônicas 18:12-13)
b. Com base nessa passagem, você acha que o fato de Hadad ter fugido foi um acidente? (11:14)
c. Que tipo de jogada Faraó fez ao dar uma de suas filhas a Salomão e depois dar a Hadad a irmã da própria esposa de Salomão?
(2) A ameaça proveniente da Síria:
a. Leia sobre a vitória completa de Davi sobre o rei da Síria (ou seja, Damasco) em 2 Samuel 8:3-8. Embora o rei Hadadezer tivesse sido completamente derrotado, o que essa passagem nos diz sobre a revolta oportunista de Rezom?
b. O que Salomão deveria ter feito diante da exortação e advertência do Senhor e do surgimento dessas potências contrárias?
11:25-40—Conflitos internos
(3) Você acha que a intenção de Jeroboão era de se rebelar contra Salomão?
(4) Ao nomear Jeroboão como governador das dez tribos de Israel, o que o Senhor lhe disse por meio do profeta Aías?
a. o motivo da divisão do reino (v. 33)
b. a razão pela qual uma tribo seria reservada para os descendentes de Davi (vv. 32, 36, vide também a Nota abaixo)
c. a razão pela qual o reino não seria dividido durante a vida de Salomão (v. 34)
d. a promessa de Deus a Jeroboão (vv. 37-38)
e. as condições que Deus impôs ao seu governo (v. 38)
f. o caráter provisório desse castigo da casa de Davi (v. 39)
(5) Imagine que você fosse Jeroboão. O que você teria feito se você tivesse as seguintes qualidades?
a. um coração como o de Moisés (Êxodo 32:10 e ss.; Num. 14:12 e ss.)
b. a consciência de que sua ascensão ao poder é o resultado do pecado de Salomão
(6) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
Nota:
Embora somente uma tribo foi prometida à casa de Davi, o v. 12:21 nos diz que em realidade duas tribos, Judá e Benjamim permaneceram leais a ela.
"Estarei com você. Edificarei para você uma dinastia tão permanente quanto a que edifiquei para Davi, e darei Israel a você." (NVI-PT) (1 Reis 11:38)
Não admiro Jeroboão. Embora Deus o tenha nomeado diretamente como rei das dez tribos de Israel, em certo sentido ele estragou a promessa que Deus tinha feito a Davi. Como ele deveria ter reagido a esta nomeação?
Bem, se ele tivesse tido o coração de Moisés, ele não teria aspirado a ser grande à custa da casa de Davi, a casa que Deus tinha escolhido para ser uma dinastia eterna. Ele teria intercedido em favor de Salomão e lembrado a Deus de Sua promessa a Davi e do dano que isso poderia causar ao Seu nome (Êxodo 32:10 e ss.; Nm 14:12 e ss.). No entanto, somente um homem de Deus pode sentir o que está no coração de Deus, e Jeroboão não era nenhum homem de Deus.
No entanto, uma vez que ele estava bem ciente do motivo pelo qual receberia parte do reino e Deus e foi avisado a seguir os passos de Davi, obedecendo ao mandamento de Deus, ele pelo menos deveria ter assumido seu papel com temor e tremor. Em vez disso, ele se esforçou para fortalecer seu próprio reinado e impedir a vontade de Deus de que o reino voltasse para a casa de Davi (1 Reis 11:39), entregando-se à adoração de ídolos e arrastando todo o reino do norte junto com ele para o pecado (1 Reis 12:26 e ss.).
Jeroboão é um exemplo clássico de "ingratidão", uma vez que ele foi ingrato com Salomão, que o tinha adotado quando era filho de uma viúva e criado até que ele se tornasse um importante funcionário de sua corte, encarregado de toda a mão de obra da casa. (11:26-28); além disso, ele foi ingrato para com o Senhor que lhe dera seu reinado para que fosse um castigo provisório pelos pecados de Salomão, mas também uma ferramenta ou agente para restaurar a promessa de Deus a Davi.
11:41-43—A morte de Salomão
(1) Considere as seguintes perguntas enquanto você lê sobre o fim da vida e do reinado de Salomão:
a. O que você mais lembra sobre Salomão? Por quê?
b. Tente escrever uma breve elegia para Salomão.
c. Que palavra você usaria para resumir sua vida?
Os Dois Reinos: veja a seguir a tabela compilada por Keil e
Delitzsch que contém dois listas lado a lado, uma dos reis do Reino do Sul (Judá e Benjamim) e a outra dos reis do
Reino do Norte (as outras dez tribos). Também estão incluídos eventos mundiais importantes que ocorreram na região.
12:1-15—A tolice de Roboão
(2) De acordo com o texto, por que Roboão teve que ir a Siquém de Efraim para ser coroado rei sucessor de seu pai Salomão, o falecido rei de Israel? (12:1)
(3) Será que o povo não deveria ter ido a Jerusalém para coroá-lo rei? Como isso reflete a situação política que houve após a morte de Salomão?
(4) Por que as dez tribos enviaram uma mensagem ao fugitivo Jeroboão, convidando-o a estar presente neste importante evento? (Observe que Jeroboão era um efraimita.)
(5) Qual foi o pedido (que na verdade foi uma condição) que o povo fez antes de estar disposto a coroar Roboão rei? (12:4) Você acha que esse pedido foi sincero, ou só um pretexto para eles se rebelarem contra a casa de Davi, algo que eles já tinham resolvido fazer? (Leia 9:20-22 e pense sobre a extraordinária riqueza do país, uma riqueza que provavelmente era compartilhada pelo povo.)
(6) Embora Davi tivesse deixado muitas instruções a Salomão (2:1-9), não lemos que Salomão tenha deixado conselhos a Roboão antes de sua morte. Isso o deixou sem preparação alguma para o desafio de liderar o povo.
a. Qual foi a essência do conselho que lhe deram os anciãos? (12:7)
b. Qual foi a essência do conselho que lhe deram os que tinham crescido com ele? (12:10-11)
c. A diferença entre os dois grupos era necessariamente uma de idade? Por que ou por que não?
d. Por que Roboão escolheu seguir o conselho dos conselheiros mais jovens?
(7) Este foi o momento decisivo na história do Reino Unido: devemos culpar Salomão, Roboão ou as dez tribos? Ou trata-se simplesmente de um evento que tinha que acontecer “para que se cumprisse a palavra que o Senhor havia falado”? (12:15) Por quê?
(8) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Salomão reinou quarenta anos em Jerusalém sobre todo o Israel. Então descansou com os seus antepassados e foi sepultado na Cidade de Davi, seu pai;" (NVI-PT) (1Rs 11:42-43)
Ao lermos sobre o fim da vida de Salomão, é impossível não refletir sobre sua vida; a única palavra que me vem à mente para descrevê-la é "lamentável".
Quando li sobre o esplendor de sua vida e as óbvias bênçãos “dadas por Deus” que ele desfrutou, foi impossível não me perguntar se na verdade foram bênçãos ou maldições. Os relatos bíblicos destacam três coisas pelas quais ele foi conhecido: riqueza, poder e sabedoria. Eu me pergunto qual desses fatores foi o responsável pela sua eventual queda!
A riqueza (especialmente a riqueza excessiva como a de Salomão) facilmente pode se tornar o deus daquele que a possui, de tal modo que ele nunca fique satisfeito com aquilo que tem. Porém, parece que não foi essa a tentação que derrubou Salomão. Parece até que sua riqueza aumentava sem que ele a procurasse.
Sabemos muito bem que o poder corrompe, especialmente o poder absoluto. No entanto, nada na Bíblia sugere que isso tenha acontecido com Salomão. Parece que ele conseguiu salvaguardar a justiça e a retidão durante seu reinado.
É óbvio que a sabedoria tende a nos tornar orgulhosos. Mas basta uma leitura de Eclesiastes para entender que Salomão era uma pessoa humilde. Considere as seguintes palavras de Salomão, o homem mais sábio de seu tempo: "Eu disse: 'Estou decidido a ser sábio'; mas isso estava fora do meu alcance. A realidade está bem distante e é muito profunda; quem pode descobri-la?" (NVI-PT) ( Ecl. 7:23-24) Em outras palavras, embora pudesse resolver todos os tipos de enigmas e responder a todas as perguntas difíceis que lhe eram feitas, Salomão sabia que havia muito mais mistérios na vida e no universo que ele não conhecia. Isso é humildade, não orgulho!
Talvez tenha sido a combinação de todos os itens acima—riqueza, poder e sabedoria—que lhe fez baixar a guarda diante da maior tentação de sua vida e lhe deu a oportunidade para praticá-la: a luxúria.
É claro que a riqueza lhe permitiu desfrutar de todos os tipos de experiências agradáveis, incluindo (como ele mesmo admitiu) a busca de prazeres de todo tipo, especialmente o das mulheres, as quais ele chamou de "as delícias dos homens" (Ecl. 2:1, 8).
Seu poder obviamente o levou a fazer alianças voluntárias com muitas das nações vizinhas que tinham sido inimigas de Israel, uma vez que naquela época as melhores alianças eram feitas por meio de casamentos. É por isso que lemos que Salomão teve 700 esposas de sangue real, o que significa que todos esses casamentos tiveram fins políticos (1 Reis 11:3).
Ainda mais triste é que enquanto Salomão cedia à tentação da luxúria, ele pensava que ainda conservava “minha sabedoria” (Ecl. 2:9). Isso foi o seu grande erro, uma vez que ele não entendia o poder da luxúria, salientado tão claramente por Oséias: "a incontinência, o vinho, e o mosto tiram a inteligência” (Oséias 4:11).
Como é o caso da maioria das falhas morais, a queda de Salomão não aconteceu da noite para o dia. Salomão deixou-se afogar em adultério, mas não esperava afundar na idolatria!
(1) À luz das suas palavras de rejeição no versículo 16, qual foi o verdadeiro motivo da rebelião do povo?
(2) Em última análise, contra quem eles estavam se rebelando?
(3) Nesse caso, por que o povo de Judá permaneceu leal a Roboão? Será que eles não tiveram que carregar o mesmo "jugo pesado"? (12:4)
(4) O que Roboão planejou fazer depois de escapar das mãos dos rebeldes?
(5) Quantos soldados ele conseguiu reunir? Isso lhe explica por que ele aparentemente não se sentira intimidado pela rebelião das Dez Tribos?
(6) Como foi evitado esse derramamento de sangue?
(7) Porém, quando Roboão e seu povo "obedeceram à palavra do Senhor" (12:24), suas ações deram a Jeroboão a oportunidade de fortalecer suas cidades e traçar seu plano maligno para mergulhar Israel no pecado:
a. Qual foi o plano que Jeroboão concebeu? (12:28)
b. Quais foram suas intenções? (12:26-27)
c. Como ele "vendeu" a ideia ao povo? (12:28-29)
d. Quão perversas foram suas ações? (vide Êxodo 20:4; Deuteronômio 12:5 e ss.)
(8) Quão astuto foi seu plano de nomear “sacerdotes dentre o povo, apesar de não serem levitas” (12:31)?
(9) Parece que Jeroboão concebeu sua própria festa no oitavo mês para substituir a grande Festa dos Tabernáculos que, de acordo com a ordem de Jeová, devia ser celebrada no sétimo mês; assim, Jeroboão certificou-se de que não houvesse necessidade de o povo ir a Jerusalém para adorar ao Senhor. A Bíblia menciona esses pecados de Jeroboão pelo menos 25 vezes (1 Reis 13:34, 16:2, 19, 26, 31 e 2 Reis 13:2, 6, 11; 23:15; esta lista é representativa, não exaustiva), mais do que os pecados de qualquer outro rei de Israel (ou mesmo por qualquer indivíduo):
a. Por que seus pecados foram tão hediondos aos olhos do Senhor?
b. Você consegue pensar em algum pecado na história do cristianismo (incluindo a época atual) que seja comparável a esses de Jeroboão?
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje, e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Ao comparar uma coisa com outra para descobrir a sua razão de ser, sim, durante essa minha busca que ainda não terminou, entre mil homens descobri apenas um que julgo digno.” (NVI-PT) (Ecl.7:27-28)
Pode-se perguntar por que Deus escolheu Jeroboão para ser o agente que castigaria Salomão por seu pecado, dividindo em dois o reino unido de Israel após a morte de Salomão. O resultado foi que Jeroboão fez "mais mal do que todos os que viveram antes" dele (1 Reis 14:9).
Seus pecados foram tais que a Bíblia repetidamente o culpa pela maldade de todos os reis das dez tribos (o Reino do Norte) que o seguiram, salvo o rei Salum, que reinou por apenas um mês. Os "pecados que Jeroboão cometeu" são mencionados vinte e cinco vezes como os atos mais hediondos de todos os pecados cometidos pelos sucessivos reis do Reino do Norte.
Acredito que a natureza hedionda dos pecados de Jeroboão está relacionada ao fato de ele ter mergulhado toda a sua nação na adoração de ídolos com sua ação de construir os bezerros em Betel e Dã para impedir que seu povo fosse ao templo de Deus em Jerusalém para adorar. Ele pensou que se pudesse cortar o vínculo entre o povo e o templo de Deus, ele conseguiria impedir qualquer possibilidade de reunificação com a casa de Davi (12:27).
Isso mostrou que ele tinha aprendido com o exemplo de Arão, embora soubesse muito bem que Arão havia despertado tanto a imensa ira de Jeová que não desejava mais liderá-los pessoalmente (Êxodo 33:3). Ao construir os bezerros, ele ousou repetir as palavras de Arão quase textualmente: “Aqui estão os seus deuses, ó Israel, que tirara[m] vocês do Egito” (1 Reis 12:28; Êxodo 32:4). Em essência, ele estava enganando seu povo, dizendo-lhes: “Não estou apresentando uma nova religião; é a forma de adoração que os nossos pais usaram no deserto quando o próprio Aarão lhes mostrou o caminho” (Schmidt, citado por K&D, 139).
Ao fazer seus centros de adoração em Dã, o ponto mais setentrional da terra, e Betel, na fronteira sul com Judá, Jeroboão procurou fazer a adoração de "Deus" conveniente para o povo. É óbvio que este último local já tinha um significado espiritual para o povo, pois foi onde Deus se revelou ao seu antepassado Jacó, que ali construiu um altar a Jeová (Gn 28:10 e ss.). A mensagem implícita era clara: Deus se revelaria a eles, os descendentes de Jacó, em Betel, assim como Ele tinha se revelado a Jacó.
Ao
longo do resto da história do Reino do Norte, vemos que a maldade disfarçada
de Jeroboão tornou possível a adoração de ídolos na terra, e que a terra
finalmente foi julgada por Jeová através da destruição do Reino do Norte (2
Reis 17).