Nesta semana continuaremos o nosso estudo do livro de 1 Reis no Velho Testamento.
Durante o longo reinado de Asa em Judá, Israel entrou num período bastante tumultuado, com o ascenso e derrubada de reis sucessivos. Leia os vv. 21-33 e compare esses sucessivos reis de Israel:
(1) Você se lembra de como Zinri chegou ao poder e da duração de seu reinado? (1 Reis 16:9-10)
(2) Como terminou seu curto reinado? (vv. 21-22)
(3) Qual a razão dada na Bíblia para sua morte? (vv. 18-19)
(4) O rei Onri foi melhor do que Zinri ? (vv. 25-26)
(5) Acabe foi melhor do que Onri ? (vv. 30-32)
(6) Qual desses três foi pior aos olhos de Jeová? Por quê?
(7) Em cada caso, parece que a Bíblia descreve a maldade do rei com uma frase parecido com este: "e fez pior do que todos quantos foram antes dele" (ARC). Que mensagem a Bíblia procura transmitir com isso?
(8) Leia Josué 6:26 sobre a maldição que Josué tinha profetizado contra Jericó:
a. Qual pode ter sido o propósito dessa maldição?
b. Parece que se passaram mais de 500 entre a época de Josué e a época de Acabe. Quais podem ter sido as razões de Hiel para reconstruir Jericó?
c. Por que ninguém em Israel tinha tentado reconstruir Jericó durante os 500 (ou mais) anos anteriores?
d. Que lição podemos aprender com esse incidente?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Durante o seu reinado, Hiel, de Betel, reconstruiu Jericó. Lançou os alicerces à custa da vida do seu filho mais velho, Abirão, e instalou as suas portas à custa da vida do seu filho mais novo, Segube, de acordo com a palavra que o Senhor tinha falado por meio de Josué, filho de Num." (NVI-PT) (1 Reis 16:34)
Jericó foi a primeira cidade fortificada que Israel atacou depois de atravessar o rio Jordão. Era a prova de que Deus estava cumprindo sua promessa de levar Israel à Terra Prometida. A destruição de Jericó comprovou que tudo era obra de Deus, mostrando aos cananeus que o Deus de Israel "é Deus em cima nos céus e embaixo na terra", o Deus a quem todas as nações e povos devem adorar (Josué 2). Portanto, a maldição pronunciada contra Jericó serviu para lembrar a todos que a vontade de Deus e Sua obra não podem ser frustradas.
Na época de Acabe, aproximadamente 500 anos já tinham se passado desde a
destruição de Jericó. É interessante notar que ninguém tinha ousado
reconstruí-la (ou seja, transformá-la novamente numa cidade fortificada).
No entanto, na época de Acabe, a cidade de Jericó de Benjamim,
localizada na fronteira da tribo de Efraim (Josué 16:7), havia entrado na posse do rei e, ao fortificá-la, ele aumentaria muito o poder de
Israel sobre Judá.
O propósito de reconstruir Jericó (de acordo com o uso dado ao termo em 1 Reis) era sem dúvida transformá-la de volta numa fortaleza, e Hiel teria feito isso por ordem de Acabe. Embora isso seja uma evidência de quão perverso era Acabe, a maldição afetou diretamente a família de Hiel, que pagou o preço por seu desrespeito descarado à Palavra de Deus.
No entanto, este antigo incidente serve para nos lembrar que não devemos menosprezar a Palavra de Deus, mesmo uma palavra pronunciada há muito tempo. Como diz o salmista: "A tua palavra, Senhor, para sempre está firmada nos céus" (NVI-PT) (Sl. 119:89).
Foi durante esta era perversa que apareceu um dos maiores profetas de todos os tempos—Elias.
17:1-6— O chamado de Elias
(1) O que Deus pediu que Elias fizesse? (Gileade provavelmente se refere à terra ao nordeste do rio Jordão, embora alguns estudiosos pensem que Tisbe pode ter sido uma cidade na Galiléia; a capital de Acabe era Samaria.)
(2) Se você fosse Elias, teria pensado dois vezes antes de ser o mensageiro de Deus? Por que ou por que não?
(3) O que o apóstolo Tiago pensou sobre o poder da oração de Elias? (Tiago 5:17-18)
(4) Embora a terra estivesse sendo afetada por uma grande seca, como (e por quanto tempo) Deus supriu as necessidades de Elias? (vv. 2-6)
(5) Na sua opinião, qual foi o aspecto mais milagroso desse evento?
17:7-16—O primeiro milagre não durou
(6) Como Elias teria se sentido ao perceber que sua profecia também estava fazendo com que o riacho do qual ele dependia para obter água secasse? Você acha que ele reclamou a Deus? Você teria feito isso se fosse Elias?
(7) Qual foi a próxima instrução que Deus deu a Elias? Ele devia viajar do extremo leste de Israel para o extremo oeste — a uma terra gentia, Sidom, onde receberia provisões de uma viúva. Isso faz algum sentido?
(8) Como você teria reagido diante desse plano de Deus?
(9) Qual foi o primeiro pedido feito por Elias (v. 10)? Como a viúva respondeu?
(10) Qual foi o seu segundo pedido (v. 11)? Por ele ele dividiu seu pedido em duas partes? Como a viúva respondeu à segunda parte de seu pedido? (v. 12)
(11) Dado o caráter lamentável da situação da viúva, por que Deus enviou Elias à sua casa? Por que ele não usou uma família rica para sustentá-lo?
(12) Que resposta Elias deu à mulher?
(13) Como você acha que esse milagre funcionou?
a. Cada vez que a farinha e o azeite eram usados, a botija e a vasilha imediatamente ficavam cheias de farinha e azeite.
b. Sem serem reabastecidos, a botija e a vasilha continuavam com um punhado de farinha e um pouco de azeite, como antes.
(14) À luz disso, que tipo de fé foi exigida da mulher?
(15) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Pois a farinha na vasilha não se acabou e o azeite na botija não se secou, conforme a palavra do Senhor proferida por Elias." (NVI-PT) (1 Reis 17:16)
Embora Elias tenha aparecido subitamente e não saibamos a localização da cidade de Tisbe, isso não quer dizer necessariamente (como Schmidt e alguns outros estudiosos acham) que ele era um gentio que de repente foi empurrado para o serviço de Deus. Aliás, suas palavras a Acabe mostram que Elias sempre tinha servido ao Deus de Israel (17:1), e sua surpreendentemente ousada obediência à ordem de Jeová também mostra que ele O conhecia muito bem. No entanto, essa ordem foi talvez a maior prova de sua fé até então.
A jornada de Gileade, onde ficava sua cidade natal ficava ao leste do rio Jordão, até Samaria, a capital de Acabe localizada no noroeste de Israel, foi longa; no entanto, a viagem que ele fez mais tarde, do rio Jordão até Sidom (na costa do Mediterrâneo), onde estava a casa da viúva, foi ainda mais longa e difícil, sobretudo devido às condições da seca que tinha sido provocada pela sua própria profecia. Com frequência, obedecer ao mandamento de Deus exige sacrifícios que às vezes são enormes!
Mas muitas vezes a obediência também nos leva a experimentar em primeira mão a provisão milagrosa de Deus. É óbvio que Elias teve que se esconder no riacho de Querite (na margem oriental do rio Jordão) e mais tarde na terra gentia de Sidom para sua própria proteção. Durante essa época ele experimentou a grande fidelidade de Deus.
Enquanto todos os outros habitantes da terra tinham que sair em busca de água potável, Elias não precisava se preocupar com isso; todos os dias, ele bebia diretamente do riacho. E não só isso: os corvos também lhe traziam comida, e não qualquer tipo de comida, mas "lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à noite" (ARC) (17:6). A vida era boa, pelo menos até que o riacho secou.
Não tenho ideia se Elias reclamou a Deus quando percebeu que o riacho estava secando lentamente; mas quando Deus lhe pediu para deixar seu lugar sossegado que (duranto os últimos anos?) tinha servido como seu refúgio e viajar para Sidom e ser sustentado (contra qualquer tipo de lógica) por uma viúva gentia, Elias provavelmente ficou preocupado! O fato de ele não se atrever a pedir comida à mulher inicialmente, mas somente um pouco de água beber, talvez seja um indício de sua hesitação. Como ele podia ser tão insensível ao pedir tanto a uma viúva que estava em uma situação deplorável?
Mas Deus não só usou a fonte mais improvável para sustentar Seu servo; Ele também usou Seu servo como um meio de salvar a viúva de sua situação difícil!
Muitas vezes me pergunto qual dos dois teve que exercer mais fé — Elias por precisar depender dessa viúva que vivia num estado deplorável, ou a viúva por estar disposta a dar-lhe o último punhado de farinha e a última gota de azeite?
(1) O que a viúva teria aprendido sobre (a) Elias e (b) o Deus de Israel através de sua experiência diária de ver o reabastecimento contínuo da farinha e do azeite?
(2) Ela sem dúvida estava grata pelo que tinha acontecido, pelo menos até a morte de seu filho:
a. Como ela reagiu diante da morte de seu filho? (v. 18)
b. O que sua resposta nos mostra sobre sua fé?
(3) Qual foi a reação imediata de Elias diante da morte do filho da viúva?
(4) Foi correto ele ter dito isso ao Senhor? Por que ou por que não?
(5) Como a viúva reagiu diante da ressurreição de seu filho? (v. 24)
(6) O que ela sabia sobre Elias e Jeová antes desses eventos?
(7) Por que foi necessário ela experimentar a morte e a ressurreição de seu filho para ela realmente poder dizer: "conheço"?
(8) O que esse incidente teria significado para Elias? (Veja o comentário de Jesus sobre estes eventos em Lucas 4:25-26.)
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Então a mulher disse a Elias: 'Agora sei que tu és um homem de Deus e que a palavra do Senhor, vinda da tua boca, é a verdade'." (NVI-PT) (1 Reis 17:24)
O relato sobre a permanência de Elias com a viúva em Sidom não é um simples interlúdio na história que culmina com a poderosa vitória de Deus sobre Baal e seus profetas (1 Reis 18). Baal era um simples agente de Satanás, e Deus revelou uma vitória ainda maior sobre Satanás ao ganhar o coração desta viúva de Sidom.
Através do milagroso reabastecimento diário de sua farinha e azeite, e da hospitalidade que ela ofereceu a Elias, dando-lhe comida e alojamento, a viúva teria aprendido que Elias tinha um poder milagroso; e os ensinamentos da Lei de Moisés que Elias com certeza teve a oportunidade de transmitir à viúva também lhe teriam dado certo conhecimento do Santo de Israel.
No entanto, ela possivelmente ainda pensava em Elias como um simples milagreiro, não muito diferente dos profetas de seus deuses pagãos; e quanto às palavras de Jeová, por melhores que parecessem, não teriam sido muito diferentes das normas e regras religiosas que eram comuns no Antigo Oriente. Ela sem dúvida ficou muito grata pelo que Elias tinha feito e contava suas bênçãos em meio àquela seca severa que assolava a terra, mas esse sentimento de felicidade durou pouco.
Parece que a morte de seu filho a convenceu de quem realmente eram Elias e seu Deus, pois nela Jeová lhe manifestou Sua santidade. No entanto, sua fé era uma fé de puro medo. Embora suas palavras no v. 18 podem parecer uma reclamação, na verdade são uma confissão de seu pecado.
No entanto, a ressurreição de seu filho mudou totalmente sua
perspectiva sobre Jeová, pois agora ela O conhecia como o
Deus que dá vida e perdoa. Também confirmou que Elias não era um simples milagreiro, mas um homem de Deus.
Enquanto Acabe e Israel tinham abandonado a Jeová para adorar ídolos, esta
mulher gentia acabou abandonando os ídolos para adorar a Jeová, e sua fé confirmou que Jeová não é o Deus dos judeus somente, mas também o
Deus dos gentios (Rm 3:29).
Na minha opinião, a conversão desta mulher de Sidom foi uma vitória muito maior sobre Satanás e seus ídolos do que aquela que Elias obteve sobre Baal e seus profetas no Monte Carmelo, pelo seguinte motivo: esta última vitória não ocasionou o arrependimento de Acabe e Israel!
Uma vez que Jesus nos diz que a seca durou três anos e meio (Lucas 4:25), a expressão “o terceiro ano” provavelmente se refere à época em que Elias estava em Sidom.
(1) O que o rei Acabe deveria ter feito durante aqueles três anos e meio?
(2) O que ele estava fazendo em vez disso? (v. 10)
(3) Depois de tantas gerações de reis perversos, como era possível que ainda existisse em Israel um homem como Obadias, "que temia muito o Senhor"?
(4) Responda às seguintes perguntas à luz do fato de Obadias ter sido "homem que temia muito o Senhor", e da maldade do rei que ele tinha que servir:
a. Por que em vez de se opor ao rei, ele continuou servindo sob sua autoridade?
b. Por que ele não tinha ido para Judá, como muitos sacerdotes e levitas tinham feito? (2 Crônicas 11:13-14)
c. Por que ele tinha decidido ficar e servir ao rei Acabe? (v. 13)
(5) Você acha que Acabe sabia que Obadias era um homem temente a Deus?
(6) Por que ele continuou a usar e confiar em Obadias?
(7) De acordo com o raciocínio de Obadias, por que o rei Acabe não tinha conseguido achar Elias? (v. 12)
(8) O que o rei Acabe decidiu fazer diante da severidade da fome em Samaria? Por quê? (v. 5)
(9) Você consegue perceber o que mais interessava Acabe?
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Obadias temia muito ao Senhor, porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do Senhor, Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água.” (ARC) (1 Reis 18:3-4)
No meio de toda a maldade e adoração de ídolos que houve em Israel sob Jeroboão, Nadabe, Baasa, Elá, Zinri, Onri e agora Acabe, qualquer um pensaria que não haveria mais profetas piedosos em Israel, e muito menos um líder piedoso na corte real. Mas não era assim. Mas tarde aprendemos que além dos 100 profetas que tinham sido escondidos por Obadias, o administrador do palácio do rei, Deus também tinha reservado “sete mil em Israel, todos aqueles cujos joelhos não se inclinaram diante de Baal e todos aqueles cujas bocas não o beijaram" (1 Reis 19:18). Isso deve nos encorajar a não desanimar “embora o mal muitas vezes pareça tão forte” (do hino inglês This is My Father's World); Deus ainda está no controle, e há muito mais pessoas que permanecem fiéis a Ele do que pensamos.
No entanto, eu acho que Obadias é um bom exemplo de uma pessoa que está muito ciente do papel que Deus lhe tem dado num momento tão perverso.
Embora a Bíblia não explique como Obadias se tornou um crente "que temia muito o Senhor", sabemos que ao ser promovido ao cargo de administrador do palácio, ele não foi influenciado pela fortuna ou pelo poder, nem sentiu o impulso de desertar para Judá como muitos dos sacerdotes e levitas tinham feito e foram seguidos por aqueles que "deram o seu coração a buscarem ao Senhor, Deus de Israel" (ARC) (2 Crônicas 11:16). Ele decidiu ficar lá apesar do risco que isso representava para sua vida, pois sabia que Deus tinha um propósito em lhe dar esse cargo, e o usou para abrigar 100 profetas durante a perseguição de Jezabel (1 Reis 18:4).
Eu acho que Acabe sabia o que ele tinha feito, ou pelo menos tinha percebido o caráter piedoso de Obadias. Se não fosse assim, por que ele teria continuado a usá-lo? Acredito que sempre há algo atraente em cada pessoa piedosa que é admirada e apreciada, até mesmo pelos governantes mais vis. Daniel é um dos exemplos mais notáveis disso, enquanto Obadias é menos conhecido; no entanto, ambos estiveram dispostos a servir sob governantes maus porque entendiam que Deus os havia colocado no reino “para tal tempo como este” (Ester 4:14).
Em outras palavras, eles sabiam que tinham sido recrutados por Deus para serem Seus agentes secretos!
(1) Como Acabe teve a ousadia de acusar Elias de ser o perturbador?
a. Ele não sabia que tudo tinha sido obra de Deus?
b. O que ele esperava conseguir intimidando o servo de Deus?
c. Ele conseguiu o que queria?
(2) A julgar pela contra-acusação de Elias contra Acabe, quão difundido era o pecado da idolatria? (Observe que Baal, cujo culto tinha a sua sede em Tiro, era o deus principal dos fenícios e cananeus, enquanto Aserá era sua divindade feminina.)
(3) Por que Acabe aceitou a ordem de Elias?
(4) Como Elias desafiou o povo, e por que o povo não respondeu? (v. 21)
(5) Por que Elias enfatizou ao povo (provavelmente uma audiência composta pelos líderes ou representantes das dez tribos) que ele era "o único que restou dos profetas do Senhor"? (v. 22)
(6) Do ponto de vista humano, quem com certeza perderia neste confronto?
(7) Uma vez que foi Deus quem chamou Elias para confrontar Acabe (18:1), seu plano foi obviamente tinha sido inspirado por Deus:
a. Como Elias provaria que Jeová é Deus?
b. Podemos duplicar o seu milagre hoje?
c. Como, então, podemos provar ao mundo que Jesus é Deus?
(8) Por que Elias permitiu que os profetas de Baal escolhessem primeiro qual touro usar para o sacrifício?
(9) O que os profetas de Baal estavam pensando enquanto oravam, gritavam e dançavam em vão?
a. Eles realmente esperavam que Baal respondesse?
b. O que eles teriam pensado que aconteceria no pior dos casos?
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Então vocês invocarão o nome do seu deus, e eu invocarei o nome do Senhor. O deus que responder por meio do fogo, esse é Deus.” (NVI-PT ) (1 Reis 18:24)
É óbvio que o confronto entre Elias e os profetas de Baal no Monte Carmelo foi inspirado por Deus; caso contrário, Elias não teria ousado tentar a Jeová, pois sabia que ele era somente uma pessoa contra 450 (18:22); se não fosse por Deus, teria sido uma morte segura. Mas Elias tinha certeza de que Deus enviaria fogo para consumir o touro que ele mataria no altar. Ele tinha tanta certeza da ser vindicado por Deus que deixou os profetas de Baal escolherem qual touro usar e pediu ao povo que encharcasse a oferta e a lenha três vezes (18:34). Todos sabemos qual foi o resultado. No entanto, também sabemos que Deus raramente repete esse tipo de milagre hoje; portanto, ainda ficamos com a pergunta: "Como podemos mostrar ao mundo hoje que Jesus é Deus?".
Acho que é importante reconhecer que nem mesmo esse impressionante milagre conseguiu convencer o rei Acabe ou o povo a voltar para Deus. Aliás, a rainha Jezabel permaneceu completamente insensível à sua derrota (19:1-2). Em outras palavras, embora Deus tenha sido vindicado através desse maravilhoso milagre, os próprios milagres não são a chave para o arrependimento e a fé em Deus, mas sim a convicção do Espírito Santo no interior do homem. Jesus disse o seguinte sobre o Espírito Santo: “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (João 16:8).
Quase 2.000 anos já se passaram desde a era dos apóstolos. Embora milagres do tipo descrito nos Atos dos Apóstolos pareçam ser raros, a poderosa obra do Espírito Santo para convencer as pessoas do pecado e vindicar a verdade do Senhorio de Jesus Cristo não cessou. A propagação do evangelho até os confins do mundo e os bilhões de pessoas que já colocaram sua fé em Cristo nesta era pós-apostólica são evidências do poder milagroso do Espírito Santo.
Hoje temos o encargo de assumir a tarefa da Grande Comissão; desde que sejamos fiéis ao nosso encargo de fazer discípulos de todas as nações, a promessa da poderosa presença de Deus por meio da obra do Espírito Santo continuará a ser a nossa vindicação, provando ao mundo que Jesus é Deus! (Mateus 28:18-20)
18:26-29—A Oração dos Pagãos
(1) Descreva como foi a oração dos profetas de Baal.
(2) Por que eles oraram assim?
(3) Apesar das provocações que Elias lhes fazia, que suposições erradas sobre Deus teriam formado a base de sua oração pagã?
(4) Os profetas de Baal realmente esperavam que seu deus ouvisse suas orações? Por quê?
18:30-37— A oração de Elias
(5) O que o mal estado de conservação do altar “destruído” nos mostra sobre a condição espiritual de Israel?
(6) Como Elias reconstruiu o altar que estava em ruínas? (vv. 31-32)
(7) Por que Elias encharcou a lenha e a oferta de propósito?
(8) Estude as palavras da oração de Elias, dividindo-a em seções significativas.
(9) Em que aspectos a oração de Elias foi diferente da oração dos profetas de Baal?
18:38-46—Deus responde à oração
(10) Qual foi a reação do povo quando viu o fogo que caiu do céu? O que pode estar ausente de sua resposta?
(11) Elias não deveria ter ordenado ao povo que matasse o rei Acabe também? Por que ou por que não?
(12) Os vv. 41-46 nos mostram que Elias monstrou sua fé em Deus:
a. Como Elias mostrou sua grande fé em Deus?
b. Como Elias mostrou que estava lutando com sua fé, assim como você e eu lutamos?
(13) Que lição o rei Acabe deveria ter aprendido com esse incidente?
(14) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje fique conhecido que tu és Deus em Israel e que sou o teu servo e que fiz todas estas coisas por ordem tua." (NVI-PT) (1 Reis 18:36 )
A batalha épica no Monte Carmelo não foi tanto um confronto entre Elias e os profetas de Baal, mas uma batalha entre o Deus de Israel e Baal. Embora o resultado não tenha deixado dúvidas sobre quem é o Deus Verdadeiro, ele também revela que ainda temos muito a aprender sobre como devemos ou não devemos orar.
Os profetas pagãos tiveram que gritar, dançar e até mesmo se cortar com espadas e lanças até sangrarem; tudo isso reflete sua compreensão de quem era Baal:
- Eles tiveram que gritar, como se Baal não pudesse ouvi-los ou estivesse muito longe para ouvi-los.
- Sua dança talvez talvez tenha sido uma tradição festiva para agradar aos deuses ou uma forma de invocar a participação desses deuses.
- Eles se cortaram para mostrar sua sinceridade e seriedade.
Elias resumiu bem suas pressuposições, pois os profetas acreditavam que seu deus era como eles — um ser humano imerso em pensamentos que não podia ser perturbado, ocupado demais com outros assuntos para prestar atenção às suas orações, longe demais para voltar imediatamente ou cansado, com a necesidade de acordá-lo. Em outras palavras, Baal não era onisciente, nem onipresente e com certeza não era onipotente.
Por outro lado, a oração de Elias não só mostrou que o seu Deus era onisciente, onipresente e onipotente, mas também um Deus fundamentado na fidelidade e na história:
- Elias invocou Jeová, o Deus de Abraão, Isaque e Israel — o Deus que tinha se comprometido com a aliança que feita com seus antepassados — um Deus que sempre é fiel.
- Jeová é o Deus de Israel — o Deus que também tinha decidido ligar-se à história, à história de Israel.
- Elias era o servo de Deus — tudo o que ele fez foi obedecer ao mandamento de Deus.
- Sua súplica foi para que Deus manifestasse Sua glória — para que o povo soubesse que Jeová é Deus.
- Sua súplica também foi para o bem do povo — que eles se arrependessem e voltassem para Jeová!
A oração de Elias é um exemplo para nós, no sentido de que nós, quando oramos, não devemos esquecer que nosso Deus não é um Deus que existe somente em nossa imaginação, mas um Deus que tem confirmado Sua veracidade e fidelidade ao longo dos milhares de anos da história humana.
(1) O que o rei Acabe deveria ter feito depois de testemunhar o poder milagrosode Deus no Monte Carmelo?
(2) Jezabel ouviu a mesma história e soube do assassinato de todos os profetas de Baal.
a. Como ela deveria ter se sentido?
b. O que eu ela deveria ter feito?
c. O que foi que ela fez? (v. 2)
d. Que tipo de pessoa era Jezabel?
(3) Qual foi a reação imediata de Elias diante de sua ameaça?
a. Por que Jezabel ameaçou matar Elias?
b. Não teria sido mais lógico enviar assassinos em vez de avisá-lo?
c. Por que, então, Elias ficou com tanto medo que fugiu para salvar a vida, mesmo depois de sua vitória tão tremenda?
d. Portanto, o que essa vitória tinha significado para Elias?
e. Qual era o seu problema?
(4) A viagem de Jezreel no norte até Berseba no extremo sul teria levado muito tempo, e depois de viajar um dia pelo deserto Elias teria tido bastante tempo para refletir:
a. Uma vez que Deus tinha respondido às suas poderosas orações, fazendo com que a chuva parasse e caísse novamente, que tipo de Deus Ele se mostrou ser para Elias?
b. À luz da provisão milagrosa que Deus tinha lhe dado no riacho de Querite por meio de corvos (17:5-6), e em Sidom por meio de uma pobre viúva gentia (17:15-16), que tipo de Deus Ele se mostrou ser para Elias?
c. O que tinha acontecido no Monte Carmelo apenas alguns dias ou semanas antes? Que tipo de Deus Ele tinha se mostrado ser a Elias?
(5) Em que sentido Elias se considerava "não ... melhor do que os [s]eus antepassados"?
(6) Esse foi o verdadeiro motivo pelo qual Elias pediu para morrer? Por que ou por que não?
(7) Ele realmente queria morrer?
(8) Como Deus respondeu ao seu pedido? (vv. 5, 7) Por quê?
(9) Como você descreveria a condição física, emocional e espiritual de Elias naquele momento?
(10) Se ele estava tão cansado que nem conseguia nem pensar depois de ser reanimado pelo anjo, o que pode ter passado pela sua cabeça durante os seguintes quarenta dias, e qual teria sido o seu propósito ao caminhar até chegar a Horebe, "o monte de Deus” (Êxodo 3:1)?
(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Elias teve medo e fugiu para salvar a vida." (NVI-PT) (1 Reis 19:3)
A inesperada reviravolta nos acontecimentos que aconteceram entre a grande vitória de Elias no Monte Carmelo até sua fuga para o extremo sul de Judá sem dúvida pega de surpresa leitores de todas as idades. Ao mesmo tempo, servem para enfatizar que somos todos humanos; efetivamente, não há super-heróis entre nós, como afirma o apóstolo Tiago: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós” (ARC) (Sant. 5:17).
Algumas Bíblias (como a NIV-PT ) traduzem o v. 3 com a expressão "Elias teve medo e fugiu para salvar a vida", mas essa tradução é um tanto interpretativa, já que a palavra original que os tradutores traduziram como "teve medo" é realmente "vendo" (ARC). Portanto, o que Elias viu?
Bem, Elias viu suas orações serem respondidas de forma maravilhosa — sua oração pela seca que durou três anos e meio e sua oração pela volta da chuva.
Ele também tinha visto a maravilhosa provisão que Deus tinha lhe dado, primeiro por meio dos corvos no riacho de Querite, e depois em Sidon por meio da pobre viúva.
Ele acabara de testemunhar a demonstração incomparável do poder de Deus, quem enviou fogo do céu para consumir sua oferta. Em outras palavras, "o Senhor o disse!".
Ele também tinha visto o povo que ficou do seu lado na matança de todos os profetas de Baal!
Em outras palavras, a situação não era mais a mesma; Deus tinha conquistado a
vitória e realizado Sua obra — não havia mais necessidade de correr e
temer por sua vida! Pelo menos isso foi o que Elias pensou.
Sem dúvida Acabe se arrependeria! Sem dúvida a rainha Jezebel desistiria de sua arrogância! Sem dúvida o povo voltaria para Jeová?
No entanto, quando Elias pensava ter cumprido sua missão, ouviu as palavras da ameaça de Jezebel. Precisamos pensar um pouco sobre Jezabel: se ela realmente quisesse matar Elias, ela o teria avisado antes? Não teria mandado um assassino para matá-lo imediatamente? O fato de ele ter feito uma ameaça tão aberta mostra que não sabia o que fazer com Elias. Na verdade, depois do que tinha acontecido no Monte Carmelo, era ela quem estava com medo, e não Elias! Como era possível ela não ter ficado com medo?
À luz de todos os milagres que Elias tinha testemunhado ao longo dos três anos e meio anteriores, ele só precisava orar a Deus e perguntar qual deveria ser o próximo passo. Ele deveria ter aproveitado a grande vitória no Monte Carmelo para convocar o povo a se levantar contra Jezabel!
Mas Elias já estava cansado e exausto fisicamente, especialmente depois de ter corrido à frente de Acabe quando voltou para Jezreel.
Depois de três anos e meio escondido, ele também estava emocionalmente esgotado. Os anos no riacho de Querite não foram exatamente um tempo de férias, e morar em Sidon, a sede do poder de Jezebel, também teria exigido muita fé. A grande vitória no Monte Carmelo também não foi fácil; foi um fardo emocional porque Elias pensava que era "o único que restou dos profetas do Senhor" (NVI-PT) (18:22).
E quando ele pensou ter conquistado a vitória decisiva, ele "viu" o espírito implacável de Jezebel. Estava cansado de todas as batalhas espirituais; ansiava por descansar e correu. Joguou a toalha!
É lamentável que durante aquela longa viagem de Jezreel a Berseba sua mente não estivesse focada nos maravilhosos sucessos dos 3 anos e meio anteriores, mas somente em fugir. Ele sabia que não deveria ter fugido; por isso ele disse: "não sou melhor do que os meus antepassados"!
Bem, eu perguntaria a Elias: "Por que você está se comparando aos seus antepassados?" Todos somos humanos. Sem a graça de Deus, todos fugiríamos, e você também! Mas olhe o que Deus fez: Ele nos entende! Ele não nos dirige palavra alguma de repreensão, somente palavras de compreensão e compaixão, mesmo quando falhamos: "Levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho" (19:7).