Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Reis 1:1–18

(1) Que tipo de rei era Acazias? (1 Reis 22:52-53)

(2) Por que ele consultou Baal-Zebube em vez de consultar Jeová? (Baal-Zebube era o deus das moscas de Ecrom, a cidade mais setentrional dos filisteus). O que essa decisão revelou sobre o rei?

a. Ele realmente acreditava no poder desse deus das moscas?

b. Eu tinha medo demais de Jeová?

c. Seu coração estava duro demais devido à sua rebelião contra Jeová?

(3) Por que Deus ficou tão zangado com Acazias que declarou que certamente morreria? (v. 4)

(4) Deus declarou que Acazias certamente morreria, mas não que sua morte seria imediata. À luz disso, como ele deveria ter respondido?

(5) Ao perceber que era o profeta Elias, por que Acazias enviou um contingente de 50 soldados (e não simples mensageiros) para vê-lo?

(6) Embora o capitão tenha se dirigido a Elias com o títulohomem de Deus”, suas palavras foram um convite ou uma ordem? (v. 9)

(7) Por que Elias decidiu fazer descer fogo do céu para consumi-los? (v. 10)

(8) O segundo capitão mostrou mais respeito por Elias do que o primeiro? (v. 11)

(9) O que Acazias deveria ter feito após a morte de seus dois capitães e soldados?

(10) Embora Acazias (aparentemente) não tivesse mudado de atitude, o terceiro capitão foi diferente dos dois primeiros? (vv. 13-14)

(11) Na sua opinião, por que Acazias não se arrependeu, nem mostrou sinais de remorso (como seu pai em 1 Reis 21:27)?

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Fora do alcance do arrependimento!

"Assim, pois, morreu, conforme a palavra do Senhor, que Elias falara;" (ARC) (2 Reis 1:17)

Qualquer um se perguntaria por que Acazias decidiu adorar Baal-Zebube, o "deus das moscas" dos filisteus, em vez de Jeová. Mesmo que Acazias tenha sido jovem demais para se lembrar da vitória de Deus sobre Baal no Monte Carmelo, ele sem dúvida já tinha ouvido falar do incidente, sem mencionar a vitória sobre a Síria que Deus concedeu a Israel com apenas 7.000 israelitas contra mais de 127.000 soldados arameus (1 Reis 19:29-30).

Embora Acabe nunca tenha se convertido totalmente a Jeová, parece que no final de sua vida ele deixou de adorar Baal (todos os profetas de Baal em Israel tinham sido mortos no Monte Carmelo), pois deu sinais de remorso ao ouvir a repreensão de Elias (1 Reis 21:27).

Após a morte de Acabe, Acazias sem dúvida seguiu o caminho de sua mãe e imediatamente restaurou a adoração de Baal durante seu curto reinado de dois anos (1 Reis 22:52). Isso mostra que foi um ato deliberado de escolher o mal ao invés do bem. A adoração a Javé era restritiva demais para ele, enquanto a adoração a outros deuses—Baal e Aserá—permitia que ele praticasse todo tipo de imoralidade. O que ele queria era a liberdade de Deus, sem saber que estar livre de Deus realmente significava ser escravizado, não tanto por esses falsos deuses, mas por Satanás!

Suas três tentativas de enviar soldados para ordenar (e capturar) Elias para vê-lo revelam toda a sua dureza de coração para com o Senhor. Quando Elias finalmente pronunciou em sua presença que sua morte era certa, ele já tinha caído tão profundamente em sua rebelião que estava além do alcance do arrependimento.

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Reis 2:1–14

(1) É óbvio que Elias sabia que Deus o levaria ao seu lar celestial, e de uma maneira especial. (v.10)

a. Por que ele não queria que Eliseu o acompanhasse?

b. Por que ele nem o explicou a Eliseu, mesmo sabendo que ele seria seu sucessor? (1 Reis 19:16)

c. Se ninguém o tivesse visto partir, o povo não teria continuado a procurá-lo? Além disso, ele não tinha a responsabilidade de deixar algumas palavras de despedida para o sucessor de seu importante ministério?

(2) Por que Eliseu pediu aos profetas de Betel e Jericó que ficassem quietos? Não era natural querer se despedir dele?

(3) Já lemos em outra passagem que Elias usou seu manto para cobrir a cabeça (1 Reis 19:13).

a. Para que ele o usa neste trecho?

b. O que esse manto simbolizava? Pense especialmente em como ela era parecida com a vara de Moisés. (Êxodo 14:16, 21)

(4) O que Elias pensou que poderia fazer por Eliseu antes de partir? Que tipo de pedido ele provavelmente esperou que Eliseu lhe fizesse?

(5) Por que Eliseu lhe pediu uma "porção dobrada” do espírito de Elias?

(6) Em que sentido seu pedido pode ser comparado com o pedido de Salomão? (1 Reis 3:9)

(7) Por que isso era uma "coisa dura" que Elias não era capaz de lhe dar por si mesmo?

(8) Por que Elias (como Enoque em Gênesis 5:24) não teve que experimentar a morte, mas foi levado de uma maneira tão extraordinária, a saber, num redemoinho, por uma carruagem de fogo com cavalos de fogo?

(9) Ao ver como Elias estava sendo transportado para o céu, Eliseu gritou: "Os carros de guerra e os cavaleiros de Israel". Como essa expressão pode ter apontado para o ministério de Elias?

(10) Eliseu rasgou suas próprias vestes e pegou o manto de Elias para usar no seu lugar:

a. O que suas ações simbolizam?

b. O que ele fez para comprovar se seu pedido havia sido atendido?

(11) Qual poderia ser o significado da expressãoporção dobrada” do espírito de Elias?

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Nunca
se trata de nós!

Depois de atravessar, Elias disse a Eliseu: 'O que posso fazer em seu favor antes que eu seja levado para longe de você'.” (NVI-PT) (2 Reis 2:9)

Não temos ideia de por que Elias tentou se livrar de Eliseu quando soube que sua hora havia chegado. Alguns pensam que se trata de uma manifestação de humildade por parte de Elias, uma vez que ele sabia que sua partida para o céu seria muito espetacular (algo implícito em suas palavras a Eliseu no v. 10).

Seja qual for o seu motivo, o seguinte teria acontecido se Elias tivesse permanecido inflexível, sem deixar que Eliseu estivesse presente em sua partida:

- Ninguém teria sabido o que tinha acontecido com ele e a busca por ele teria continuado.

- Esses profetas, pressupondo que Elias havia morrido, teriam lamentado sua morte.

- Acima de tudo, Eliseu não teria tido a oportunidade de receber uma porção dobrada do espírito de Elias, e os profetas não teriam ficado com a certeza de que Deus o havia escolhido para sucedê-lo.

Em outras palavras, embora Elias tivesse sido usado grandemente por Deus (como quando as carruagens e os cavaleiros de Israel protegeram a nação, não tanto da destruição causada por outras nações, mas da autodestruição que resulta quando alguém se afasta demais de Deus), o ministério precisava continuar, e Deus havia escolhido Eliseu para sucedê-lo. Portanto, por mais espetacular que tenha sido a maneira como Elias foi transportado para o céu, o que aconteceu não foi apenas para ele, mas também para Eliseu e os outros profetas.

Se Elias tivesse conseguido livrar-se de Eliseu, Eliseu não teria tido a oportunidade de pedir uma porção dobrada de seu espírito, pedido que ele não fez para o seu próprio bem, mas para cumprir o chamado que Deus lhe dera. É interessante notar que todos os estudiosos concordam (embora tenham opiniões diferentes sobre o que significa a "porção dobrada") que "Eliseu realizou um número maior de milagres do que Elias" (K&D, 208).

Quando leio sobre a vida de Elias, não consigo deixar de sentir que depois de sua vitória no Monte Carmelo ele esqueceu que embora Deus ainda precisasse dele e o usaria, seu ministério nunca se tratava de si mesmo, mas de Deus e Seus propósitos.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Reis 2:15–25

(1) Embora não tenhamos ideia de quão longe os dois caminharam depois de atravessar o rio Jordão, nem se o grupo de profetas de Jericó viu Elias ser transportado para o céu, o que sabemos que eles testemunharam?

(2) O que teria acontecido se Elias tivesse privado Eliseu da oportunidade de vê-lo ser levado por Deus?

(3) Por que os profetas insistiram em fazer uma busca por Elias? Eles o encontraram? Por que não?

(4) Além do milagre da divisão das águas do Jordão testemunhada pelos profetas, a Bíblia nos dá duas demonstrações públicas do poder do Espírito que operou por meio de Eliseu:

a. Sabemos que a cidade de Jericó tinha sido amaldiçoada no sentido de que nunca devia ser reconstruída para ser uma cidade fortificada (Josué 6:26; 1 Reis 16:34):

  1. De que outra forma ela era amaldiçoada?
  2. Como Eliseu reverteu a maldição?
  3. Que mensagens esse milagre pode ter transmitido?

b. O milagre realizado em Betel foi bastante estranho:

  1. Uma vez que havia uma escola de profetas em Betel, você acha que eles e a cidade já teriam ouvido falar que Eliseu era o sucessor de Elias?
  2. Quantos meninos estavam zombando de Eliseu?
  3. Que tipo de maldade eles manifestaram?
  4. Em que sentido seu comportamento era um reflexo da condição da cidade?
  5. Por que Eliseu lançou uma maldição “em nome de Jeová”?
  6. Apesar da dureza desse castigo, que mensagens ele transmitiu aos habitantes da cidade?

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Tal adulto, tal criança

De Jericó Eliseu foi para Betel. No caminho, alguns meninos que vinham da cidade começaram a caçoar dele, gritando: 'Suma daqui, careca!'.” (NVI-PT) (2 Reis 2:23)

À primeira vista, parece que Eliseu era um profeta impiedoso: como ele pôde amaldiçoar e matar 42 meninos?

No entanto, após uma análise mais profunda do contexto, percebemos que esses meninos eram, na verdade, um reflexo da condição espiritualmente pervertida da cidade.

Sabemos que havia uma escola de profetas em Betel, e que todos sabiam da partida iminente de Elias. Assim, eles teriam ouvido falar que Eliseu era seu sucessor e teriam esperado sua chegada. Eliseu de fato chegou, e é lógico supor que toda a cidade teria ficado sabendo de sua chegada.

Esses jovens estavam conscientes de que os dois eram profetas e, mais especificamente, de quem era Eliseu; apesar disso, ele foi o alvo de sua intimidação não o receberam porque obviamente tinham sido criados para não temer a Deus, nem respeitar os profetas. Não devemos subestimar o que esse bando de mais de 42 meninos poderia ter feito a Eliseu. Porém, é ainda mais importante reconhecer que eles eram um reflexo da condição espiritual dos adultos, que talvez até tivessem ficado contentes com a partida de Elias, esperando poder continuar sua adoração habitual a Baal e outros deuses.

Portanto, esse castigo não foi dirigido apenas contra os meninos, mas contra toda a cidade! Talvez não seja exagero dizer que a condição espiritual das crianças é um reflexo bastante preciso da dos adultos!