Nesta semana continuaremos o nosso estudo do livro de 2 Reis no Velho Testamento.
(1) Acazias possivelmente não teve filhos, ou seus filhos podem ter sido muito novos quando ele morreu; em qualquer caso, seu irmão Jorão o sucedeu:
a. Por que Jorão ousou acabar com a adoração de Baal, especialmente dado que sua mãe Jezabel ainda estava viva?
b. Por que ele não acabou com a adoração dos bezerros de ouro também? Qual foi o veredicto da Bíblia sobre ele?
(2) Com a morte de Acabe, Moabe começou uma rebelião que ainda continuava na época de Acazias (1:1):
a. O que este texto sugere sobre o motivo dessa rebelião?
b. Qual era o plano de Jorão?
(3) Foi correta a decisão de Josafá de se juntar a Jorão? Por que ou por que não? (1 Reis 22:2; 2 Crônicas 19:1-3)
(4) Você acha que Josafá consultou a Jeová? (vide 3:13; 2 Crônicas 20:3)
(5) Pode-se presumir que a fonte de água com a qual os reis contavam tinha-se secado inesperadamente:
a. Por que Jorão culpou Deus por sua situação?
b. Afinal, a reação de Jorão mostrou que ele acreditava em Jeová? Por que ou por que não?
(6) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Fez o que o Senhor reprova, mas não como seu pai e sua mãe, pois derrubou a coluna sagrada de Baal, que seu pai havia feito. No entanto, persistiu nos pecados que Jeroboão, filho de Nebate, levara Israel a cometer e deles não se afastou.” (NVI-PT) (2 Reis 3:2-3)
Jorão foi bastante único entre os reis de Israel. Por um lado, ele era filho de Acabe, um dos reis mais escandalosos e perversos da história de Israel, cuja flagrante apostasia tinha sido intensificada por sua esposa, Jezabel, que provavelmente desempenhou um papel fundamental na introdução da adoração de Baal em Israel (1 Reis 16:31). Apesar disso, Jorão ousou (enquanto sua mãe Jezabel ainda vivia) se livrar da pedra sagrada de Baal, a coluna que Acabe havia erguido em Samaria (2 Reis 9).
Qualquer um teria pensado que Jorão estabeleceria a adoração a Jeová novamente e seria um dos poucos reis de Israel que fez o que era certo aos olhos do Senhor. No entanto, a Bíblia diz que ele “fez o que o Senhor reprova, mas não como seu pai e sua mãe ... No entanto, persistiu nos pecados que Jeroboão, filho de Nebate, levara Israel a cometer e deles não se afastou" (2 Reis 3:2-3).
Se Jorão realmente estivesse tão determinado a voltar para Jeová e acabar com a adoração de Baal em Israel, ele não teria eliminado os bezerros de ouro que haviam sido estabelecidos por Jeroboão e eram tão abomináveis aos olhos de Jeová? Talvez Jorão tenha pensado que uma "meia conversão" era suficiente. No entanto, as "meias conversões" a Jeová realmente não existem. É obligatório renunciar a todos os tipos de ídolos, visíveis ou invisíveis, e crer em Jeová para ser salvo e aceito pelo Senhor. O jovem rico em Marcos 10 é um exemplo disso, pois ele saiu triste porque não podia deixar seu ídolo — a riqueza (Marcos 10:22).
Apenas uma ou duas semanas atrás, compartilhei o evangelho com uma mulher chinesa que escutava com alegria. No entanto, ao contemplar o convite para receber Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, ela fez a seguinte pergunta: "É certo que não posso acreditar em Cristo e adorar meus deuses chineses tradicionais?". Quando eu disse a ela que isso era certo, ela relutou em deixar seus ídolos. Em certo sentido, ela teve mais integridade do que Jorão, que pensou que era suficiente eliminar o ídolo "principal". Apesar disso, Joram continuou a fazer "o que o Senhor reprova", uma vez que todos os ídolos são abomináveis aos olhos do Senhor.
(1) Por que Eliseu provocou o rei de Israel? (v. 13)
(2) Por que o rei de Israel insistiu que essa batalha era a vontade de Deus?
(3) Como Jorão deveria ter se sentido e agido diante da repreensão de Eliseu? (vv. 13-14)
(4) Com base em 1 Samuel 16:16, Keil & Delitzsch explicam que Eliseu pediu que um músico fosse trazido “a fim de separar sua mente das impressões do mundo exterior através dos tons suaves do instrumento e subjugar sua própria vida e a vida no mundo exterior para ser absorvido na intuição das coisas divinas” (K&D, 215). O que você acha desse comentário?
(5) Quão ruim era a situação na qual o exército desses três reis se encontrava? (v. 17)
(6) Quais são as duas promessas que o Senhor fez a eles?
(7) Por que uma é chamada "pouco" em comparação com a outra? (v. 18)
(8) Quão rapidamente a primeira promessa foi cumprida? Qual teria sido o valor simbólico do fato de isso ter acontecido "na hora do sacrifício da manhã" que se fazia no templo de Jerusalém?
(9) Como Deus cumpriu a segunda promessa? (vv. 24-25)
(10) Por que o rei de Moabe sacrificou seu filho primogênito?
(11) Por que houve grande ira contra os israelitas? De quem era a ira? (vide Levítico 18:21; 20:3)
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Então pegou seu filho mais velho, que devia sucedê-lo como rei, e o sacrificou sobre o muro da cidade. Isso trouxe grande ira contra Israel, de modo que eles se retiraram e voltaram para a sua própria terra." (NVI-PT) (2 Reis 3:27)
Parece que Eliseu confirmou a afirmação de Jorão de que a batalha dos três reis contra Moabe havia sido convocada por Jeová (3:13). Isso também pode significar que Josafá teria consultado a Jeová antes de concordar em ir à batalha com o rei de Israel, pois havia aprendido sua lição após ser repreendido pelo profeta Jeú (2 Crônicas 19:1-3) e depois disso estava determinado a "consultar o Senhor" (NVI-PT) em assuntos de guerra (2 Crônicas 20:3).
Porém, embora Jeová os tivesse convocado para a batalha, e até mesmo lhes tivesse prometido uma vitória esmagadora, parece que sua missão era simplesmente subjugar Moabe novamente a Israel, e não exterminar todos os moabitas, ou seja, Deus não queria que eles cometessem genocídio. No entanto, parece que foi essa a sua intenção, pois forçaram o rei de Moabe a sacrificar seu primogênito como último recurso para salvar a si mesmo e a seus homens.
De acordo com K&D, as palavras "grande ira" são usadas "para se referir à ira ou juízo divino"; assim, elas salientam o desagrado de Deus, não só com a ação do rei de Moabe, mas também com o desejo de Israel de exterminar os moabitas, desejo que tinha levado o rei a cometer esse ato hediondo que Jeová claramente abominava (Levítico 18:21; 20:3).
Embora muitos gostem de rotular Jeová do Velho Testamento como um Deus violento que deseja exterminar as pessoas, nada poderia estar mais longe da verdade. Este é somente um dos muitos exemplos que mostram que Ele é um Deus que realmente valoriza a vida dos seres humanos que criou à Sua própria imagem; Ele os valoriza tanto que até chegou a dar seu próprio Filho unigênito para morrer por seus pecados (João 3:16).
O autor do livro agora se concentra novamente no profeta Eliseu:
4:1-7—A difícil situação da viúva e dos órfãos de um profeta
(1) O que essa história nos mostra sobre como era a vida dos profetas nos dias de Eliseu? (vv. 1-2)
(2) Por que Deus permite que aqueles que o servem vivam na pobreza?
(3) Que instruções Eliseu deu à viúva?
(4) Como você teria reagido a tais palavras oriundas de Eliseu?
(5) O que a viúva fez? O que isso nos mostra sobre ela?
(6) Que lição (ou lições) você pode aprender com este incidente?
4:8-17—A hospitalidade de uma mulher piedosa
(7) A julgar pelo tratamento dado a Eliseu por esta mãe, como ela pensava sobre o que Deus lhe dera? Como isso faz eco do ensino de Efésios 4:28?
(8) Como essa mulher mostrou consideração ao atender às necessidades de Eliseu? (4:10)
(9) Por que Eliseu quis fazer algo por esta mulher? O que esta oferta de Eliseu à nos mostra sobre a influência que ele tinha?
(10) O que significa a resposta da mulher? (v. 13)
(11) O que Geazi quis dizer com as palavras que pronunciou em nome da mulher? (v. 14)
(12) Você notou como a conversa entre Eliseu e a mulher se desenvolveu? Qual você acha que foi o motivo?
(13) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Em vista disso, ela disse ao marido: 'Sei que esse homem que sempre vem aqui é um santo homem de Deus. Vamos construir lá em cima um quartinho de tijolos e colocar nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lamparina para ele. Assim, sempre que nos visitar ele poderá ocupá-lo'.” (NVI-PT) (2 Reis 4:9-10)
A hospitalidade é um dos dons do Espírito Santo (Romanos 12:13), e esta mulher em Suném nos deixou um grande exemplo:
- Ela esteve atenta às necessidades dos outros: Ela sabia que Eliseu, um servo de Jeová, precisava viajar com muita frequência, e muitas vezes em condições climáticas pouco ideais. Era importante para Eliseu poder ter uma noite tranquila e um lugar tranquilo para orar.
- Ela entendia que Deus lhe havia dado riqueza com um propósito: O apóstolo Paulo também nos ensina que parte da razão pela qual Deus nos dá riqueza é para ter "o que repartir com quem estiver em necessidade" (Efésios 4:28). Após a oferta de Eliseu de fazer algo por ela, sua resposta mostra que ela era uma pessoa que tinha muito contentamento e que entendia que a razão pela qual Deus havia lhe dado riquezas era poder ajudar os Seus servos.
- Ela respeitava o marido: Ela entendia qual era seu lugar na família, e antes de seguir em frente com seus planos compartilhou sua ideia com o marido. O que ela fez foi com o consentimento dele.
- Ela também mostrou um grande respeito pelo servo de Deus: Ela só se comunicava com Eliseu por meio de seu servo Geazi, mostrando uma decência e respeito que não davam pretexto algum para fofocas.
Que exemplo de hospitalidade e piedade!
Não temos ideia de qual foi a doença que levou à morte do menino (talvez tenha sido a insolação); só sabemos com certeza que foi uma morte repentina e inesperada:
(1) O que teria passado pela mente dessa mãe ao testemunhar a morte repentina de seu filho?
(2) Por que ela colocou o menino na cama de Eliseu e depois foi procurá-lo?
(3) Por que ela não contou nada ao seu marido?
(4) O que ela disse a Eliseu? (v. 28) O que ela quis dizer com isso?
(5) O que Eliseu pediu ao seu servo? (v. 29)
(6) Por que ele mesmo não foi?
(7) Seu cajado salvou o menino?
(8) O que Eliseu fez ao entrar na casa?
(9) Por que ele teve que orar e deitar-se sobre a criança duas vezes antes de o menino voltar à vida?
(10) O que essa experiência significou para o próprio Eliseu?
(11) O que ela significou para a mulher? (v. 37)
(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Eliseu levantou-se e começou a andar pelo quarto; depois subiu na cama e debruçou-se mais uma vez sobre ele. O menino espirrou sete vezes e abriu os olhos." (NVI-PT) (2 Reis 4:35)
Minha opinião pessoal é que a "porção dobrada" do espírito de Elias dada a Eliseu foi amplamente demonstrada nos milagres que ele realizou, os quais foram muito mais do que os milagres realizados por Elias (conforme registrado na Bíblia). Talvez seja por isso que Eliseu precisou ser lembrado de vez em quando de que o espírito que realizava os milagres realmente não era seu, mas o próprio Espírito de Deus. Os eventos relacionados à morte e ressurreição da criança são um bom exemplo disso.
Primeiro, Eliseu nem sabia da morte do menino; foi por isso que ele disse a seu servo Geazi: “O Senhor nada me revelou e escondeu de mim a razão de sua angústia” (4:27). Isso parece sugerir que Eliseu esperava que Deus sempre lhe contasse com antecedência sobre assuntos tão importantes como esse.
Em seguida, independentemente de ter sido seu instinto ou o próprio Espírito de Deus que o levou a pedir a Geazi que colocasse o cajado no rosto do menino, Eliseu descobriu, para a sua decepção, que não funcionou.
Vemos mais tarde que Eliseu teve que fechar a porta e orar primeiro. Em outras palavras, ele sentiu a necessidade de buscar claramente a direção de Deus antes de fazer qualquer outra coisa. Esta foi, sem dúvida, uma experiência humilhante para ele, uma vez que pode ter começado a tomar como certa sua “porção dobrada” do espírito.
Tenho certeza de que em seguida o Senhor ordenou claramente a Eliseu que se deitasse sobre a criança; no entanto, ele teve que fazer isso duas vezes antes de o menino voltar à vida.
Portanto, creio que
embora um dos propósitos desse milagre tenha sido fortalecer a fé da mulher,
outro foi lembrar a Eliseu que embora ele tivesse recebido a prometida porção dobrada do espírito de Elias, o poder não era dele, mas de Deus!
Acho que isso também é um bom lembrete para nós hoje: A única coisa que podemos fazer ao compartilhar o evangelho é a nossa parte: orar e compartilhar com responsabilidade o evangelho completo da salvação por meio de Jesus Cristo. O arrependimento e a fé são frutos exclusivos da obra do Espírito Santo, não das nossas palavras persuasivas.
Embora o foco do autor bíblico continue sendo Eliseu, este registro de vários eventos ligados às escolas dos profetas parece mostrar que esses profetas viviam em relativa pobreza:
4:38-41—Amargura na comida
(1) Gilgal era um centro importante de uma das escolas dos profetas (2:1), e Eliseu provavelmente "voltou" para morar lá por um tempo: Que situação específica os profetas dessa época enfrentavam?
(2) O que Eliseu decidiu fazer por eles?
(3) "Morte na panela" provavelmente é uma expressão que significava que a comida era muito amarga; Qual era a fonte dessa amargura?
(4) O que os profetas normalmente teriam comido, se não houvesse fome e eles não fossem pobres?
(5) Como Eliseu resolveu o problema?
(6) Esse milagre teve algum significado para eles? E para nós?
4:42-44—A alimentação de cem homens (Nota: Baal-Salisa estava localizada ao oeste de Gilgal.)
(7) O que esta passagem nos mostra novamente sobre a situação dos profetas?
(8) O que representava a oferta deste homem do que tinha sido assado com o primeiro grão maduro de sua colheita? (Prov. 3:9-10; Lev. 23:17)
(9) Ao dar as instruções ao seu servo, Eliseu não sabia que os 20 pães não seriam suficientes para alimentar seus companheiros profetas?
(10) O que Jeová tinha dito a Eliseu de antemão?
(11) Como você compararia este milagre aos milagres de Jesus em João 6:1-13?
(12) A multidão que Jesus alimentou obviamente tinha ouvido falar desse milagre de Eliseu no Velho Testamento. O que eles poderiam ter pensado sobre Jesus devido ao Seu milagre? (João 6:14)
(13) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Nós deixamos tudo para seguir-te." (NVI-PT) (Marcos 10:28)
Depois de Elias ser levado para o céu, Eliseu se tornou o ponto central do ministério profético no reino do norte de Israel. No entanto, ao contrário dos relatos sobre Elias, os relatos do ministério de Eliseu com frequência são contados no contexto de um grupo ou escola de profetas, e com base nesses relatos entendemos que esses profetas viviam rm condições que beiravam a pobreza extrema.
O relato acima sobre a morte de um profeta que deixou sua esposa e dois filhos (os quais a viúva quase foi forçada a vender como escravos, 2 Reis 4:1) parece não ter sido um incidente isolado. As histórias sobre a panela de ensopado amargo e a alimentação de uma centena de profetas que aparentemente estavam morrendo de fome também são indícios de sua relativa pobreza. Mais tarde (cap. 6), a história do pânico de um dos profetas ao perder um machado emprestado mostra que esse profeta não tinha recursos suficientes para pagar o valor daquela ferramenta (6:5). Qualquer um se perguntaria por que Deus permitiu que aqueles que tinham "deixa[do] tudo para segui[-lo]" passassem necessidade o tempo todo. (Marcos 10:28).
Além do fato óbvio de que todos aqueles que têm deixado tudo para segui-lo também já tomaram a decisão de viver pela fé, uma vida de fé de vez em quando exige que a pessoa passe necessidade. No entanto, seja qual for o caso — o milagre do óleo, a transformação do ensopado amargo em comida comestível, a alimentação de cem profetas, a recuperação milagrosa do machado perdido (2 Reis 4:7, 41, 44; 6:7) — sempre é uma prova da fidelidade do Senhor. É por isso que o salmista chega à seguinte conclusão: "Já fui jovem e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado, nem seus filhos mendigando o pão" (Salmos 37:25).
(1) Dado os conflitos contínuos que havia entre Israel e Síria, o que o povo de Israel (incluindo seus profetas) teria pensado sobre uma pessoa como Naamã?
(2) Por que a menina tinha tanta certeza de que Eliseu era capaz curar seu mestre?
(3) Qual foi a reação do rei de Israel (Jorão) ao ler a carta do rei da Síria?
(4) Por que a reação do rei foi tão diferente da reação da serva israelita?
(5) O que Naamã esperava que Eliseu fizesse para curá-lo? Sua expectativa era lógica? Por que ou por que não?
(6) Por que Eliseu não fez o que normalmente se esperava?
(7) Que lição podemos aprender sobre os meios que o Senhor usa para realizar Suas obras milagrosas?
(8) Qual foi o conselho do servo de Naamã?
(9) Em que consiste a sabedoria de seu conselho?
(10) O que aconteceu quando Naamã realizou o ato pouco espetacular de simplesmente mergulhar no rio Jordão sete vezes?
(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Meu pai, se o profeta lhe tivesse pedido alguma coisa difícil, o senhor não faria? Quanto mais quando ele apenas lhe diz que se lave, e será purificado!” (NVI-PT) (2 Reis 5:13)
De maneira imperceptível, sempre associamos a obra de Deus ao espetacular; caso contrário, não o atribuímos a obra a Deus, nem o chamamos de milagre. Esse erro com certeza é muito comum, inclusive entre os cristãos. Naamã não foi exceção.
Por um lado, devemos admirar sua fé em Jeová, o Deus de Israel. Ele agiu de acordo com as palavras de uma serva israelita, e sem dúvida fez também uma investigação sobre o histórico de Eliseu. Tudo o que teria ouvido teria lhe dado confiança de que o Deus de Eliseu era capaz de curar sua lepra. O fato de ele ter obtido autorização de seu rei e enviado presentes importantes junto com uma carta do rei aponta para sua fé no Deus de Eliseu.
No entanto, por alguma razão, ele pensou que um ato de cura tão milagroso deveria ser acompanhado de muita pompa e esplendor, ou em suas palavras: “que ele sairia para receber-me, invocaria em pé o nome do Senhor, o seu Deus, moveria a mão sobre o lugar afetado e me curaria da lepra” (2 Reis 5:11). Como resultado, ele ficou ofendido, tanto pela recusa de Eliseu em cumprimentá-lo pessoalmente quanto pelo método pouco espetacular que receitou para curá-lo. Felizmente, seu sábio servo entendia os caminhos de Jeová e lhe explicou a essência da obra de Deus — o que realmente importa nunca será o meio, mas a nossa fé e obediência nEle e em Seu poder!
Sugiro que olhemos ao nosso redor hoje e observemos as obras milagrosas de Deus — o nascer do sol, o nascimento de uma criança, o florescimento das plantas no nosso quintal, a nossa recuperação de uma gripe e até mesmo o fôlego que ainda temos hoje — cada ums delas é um ato milagroso de Deus.
(1) O que essa cura nada espetacular significou para Naamã e todos os seus acompanhantes?
(2) Em retrospectiva, a doença de Naamã foi uma bênção ou uma maldição? Por quê?
(3) Que presentes Naamã tinha levado? (5:5)
(4) Por que Eliseu não aceitou os presentes de Naamã?
(5) Você não acha que ele deveria tê-los aceitado, pelo menos para ajudar os outros profetas, já que eram tão pobres?
(6) O que teria acontecido se Eliseu tivesse aceitado aqueles presentes? Que impacto isso teria tido sobre Naamã ou seus acompanhantes?
(7) O que Naamã queria levar para casa? Por quê? (v. 17)
(8) Que dilema Naamã enfrentava agora que sabia que "em toda a terra não há Deus, senão em Israel"? Como ele se propôs a resolvê-lo?
(9) Qual foi a resposta de Eliseu à sua proposta?
(10) Que lição importante aprendemos da resposta de Eliseu?
(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“'Juro pelo nome do Senhor, a quem sirvo, que nada aceitarei'. Embora Naamã insistisse, ele recusou." (NVI-PT) (2 Reis 5:16)
Como presente para Eliseu, Naamã tinha levado consigo uma grande quantidade de ouro e prata, assim como dez mudas de roupa, presentes dignos da posição extraordinária de Naamã como comandante do exército da Síria (5:5). É compreensível que Eliseu tenha se recusado a aceitar esses presentes — ele era um homem íntegro que não servia a Jeová por dinheiro ou riquezas. No entanto, à luz da extrema pobreza dos profetas ao seu redor, você não acha que ele deveria ter aceitado esses presentes com base na suposição de que Deus teria enviado Naamã para aliviar de maneira significativa a pobreza desses profetas? Usando como exemplo as práticas econômicas de hoje, ele poderia ter usado o dinheiro para abrir um fideicomisso e sustentar os profetas e suas famílias durante muito tempo!
No entanto, a recusa de Eliseu foi categórica — não porque não se importasse com a situação dos outros profetas, mas por uma razão importantíssima. Naamã e seus acompanhantes eram gentios que costumavam adorar outros deuses. Agora, por meio da cura milagrosa, eles haviam apenas começado uma jornada de fé ao reconhecer que "em toda a terra não há Deus, senão em Israel" (5:15). No entanto, se Eliseu tivesse aceitado esses presentes luxuosos, Naamã (ou seus acompanhantes) teria pensado que Eliseu e seus outros profetas não eram diferentes dos sacerdotes de seus deuses — que eles faziam isso pelo dinheiro! Estas pessoas que haviam acabado de reconhecer que Javé é o único Deus verdadeiro teriam pensado que Ele não era diferente de seus próprios deuses — tal Deus, tal servo!
Certa vez, um dos homens mais ricos de Hong Kong me ofereceu uma grande quantia em dinheiro para oficiar o funeral de sua esposa, porque embora ele não fosse crente, ele "sentia" que o Deus do cristianismo provavelmente era o Deus verdadeiro. Eu conduzi o funeral minuciosamente de acordo com a tradição cristã e aproveitei a oportunidade para compartilhar o evangelho para que todos ouvissem; no entanto, não aceitei nenhum centavo (principalmente porque havia aprendido com o exemplo de Eliseu), para esse senhor não pensar que os servos de Deus são iguais aos sacerdotes ou monges das religiões pagãs!