Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Crônicas 13:1–14

Nesta semana continuaremos o nosso estudo de 1 Crônicas no Antigo Testamento.

(1) Por que Davi se sentiu obrigado a conversar com seus líderes antes de devolver a arca de Jeová à cidade de Davi?

(2) Em que eles basearam sua decisão? (vv. 1-4)

(3) Por que a Arca era importante? (v. 6)

(4) Dado o amor de Davi por Deus, é óbvio que a volta da arca teria sido um momento muito alegre. No entanto, reflita sobre o seguinte:

a.De acordo com Números 4:4-6, 12, 15 e 20, como e por quem a arca devia ser transportada?

b. De quem foi a culpa de a arca não ter sido transportada de acordo com as instruções de Números 4?

c. Você acha que os bois tropeçaram por acidente?

d. Você acha que foi por acaso que Deus feriu Uzá (Abinadabe não era sacerdote nem levita; por conseguinte, seus filhos também não eram)? (vide a Nota abaixo)

e. Leia 2 Samuel 6:7—Como a Bíblia descreve a ação de Uzá?

f. Por que Davi ficou contrariado quando testemunhou a ira de Deus?

g. Que verdade importante Deus demonstrou, mesmo nessa ocasião supostamente alegre?

(5) Por que Davi mudou de ideia e mandou a arca para outro lugar?

(6) Como Jeová ajudou Davi a superar seu mal-entendido sobre a arca e a vontade de Deus? (v. 14)

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota :

Depois de os filisteus devolverem a arca a Israel, o povo decidiu deixá-la em Quiriate-Jearim, provavelmente porque "era a cidade grande mais próxima na estrada que ligava Bete-Semes (onde Deus feriu os homens irreverentes que olharam para dentro da arca) com Siló.” No entanto, Quiriate-Jearim "não era uma cidade sacerdotal nem levítica" (K&D, 408); portanto, é improvável que houvesse uma família de origem levita que morava na cidade. A Bíblia não diz que Abinadabe (pai de Uzá) era levita, e Abinadabe e sua família não estão incluídos em nenhum dos trechos genealógicos de I Crônicas onde há informações sobre os levitas. Portanto, é muito improvável que Abinadabe tenha sido sacerdote ou levita.


Reflexão meditativa
Não se deve menosprezar Deus, nem mesmo em tempos de alegria

Então, se acendeu a ira do Senhor contra Uzá e o feriu, por ter estendido a mão à arca; e morreu ali perante Deus." (ARC) (1 Crônicas 13:10)

Uma vez que a volta da arca a Jerusalém deveria ter sido uma ocasião de grande alegria, não se pode culpar David por estar chateado com a morte de Uzá, que basicamente acabou com toda a emoção desta ocasião alegre. No entanto, uma coisa é ficar com raiva e outra coisa é que essa raiva seja dirigida especificamente contra Deus. Davi precisava aprender uma lição importante, mesmo em meio ao seu zelo para devolver a arca de Deus, algo que sem dúvida foi motivado pelo seu amor ao Senhor.

O autor bíblico nos lembra claramente do a arca representava: "a arca de Deus, o Senhor que habita entre os querubins, sobre a qual é invocado o seu nome" (ARC) (13:6). Além de representar a presença de Deus, a arca também simbolizava a presença de Seu nome —
o SENHOR, Javé — e o fato de Ele estar entronizado entre os querubins na arca. A presença da arca representava a presença do único Deus que não é apenas o Deus Todo-Poderoso, mas também Aquele que governa os céus e a terra, que deve ser reverenciado com a máxima santidade.

Infelizmente, sem a orientação de Samuel, os sacerdotes ignoraram completamente a estipulação de Números 4: “a arca não só devia ser carregada exclusivamente pelos levitas, mas também devia ser levada nos seus ombros, e não numa carruagem… nem mesmo os levitas eram autorizados a tocá-la, sob pena de morte" (K&D, 591). Davi, seguindo o exemplo dos filisteus, simplesmente o colocou numa nova carruagem para transportá-la, e as pessoas que a transportaram nem mesmo eram levitas.

Acho que não foi por acaso que os bois tropeçaram, nem foi por acaso que Uzá (provavelmente motivado por boas intenções) tocou na arca. No entanto, a Bíblia deixa claro que o que ele fez foi um "ato irreverente"; isso quer dizer que o que causou sua morte provavelmente não foi o simples ato em si, mas o fato de ele ter tido uma atitude irreverente, uma atitude que foi manifestado ao longo do incidente.

Não culpo Davi por ficar com raiva, nem mesmo por ficar com raiva de Deus. Todos nós temos momentos assim em nossas vidas. No entanto, depois de ter tempo para se acalmar e refletir sobre o que tinha acontecido, ele precisava reconhecer o seguinte:
a. Por mais que amasse a Jeová e tivesse ficado entusiasmado com a volta da arca a Jerusalém, ele ainda precisava tratar o Senhor que amava com a maior reverência. Ele é o Senhor Todo-Poderoso!

b. Assim como Davi tinha consultado a Jeová antes de cada passo (ou pelo menos antes de cada passo importante), ele deveria tê-Lo consultado sobre a devolução da arca e como devia ser feita. Isso não aconteceu, pelo menos a julgar pelas informações que temos.

c. Além de ter ocorrido conforme o decreto estabelecido em Números, a morte surpreendente de Uzá foi como a rejeição do Senhor a Caim — Jeová não teria aceitado sua obra se tivesse sido feito corretamente? (Gênesis 4:7). Isso quer dier que o ato irreverente de Uzá foi apenas uma expressão de seu pecado de irreverência que já jazia  “à porta" (Gênesis 4:7), esperando uma oportunidade para se expressar.
Embora a raiva de Davi não fosse justificada, Deus, sendo paciente, o ajudou a se acalmar e superar seus sentimentos negativos; aliás, devido ao bênção evidente concedida a toda a família de Obede-Edom (um levita da família dos coraítas — 1Cr 13:14), Deus o ajudou a compreender que se ele tratasse a arca com uma atitude reverente, transportando-a de acordo com a Sua lei, Jeová não mudaria Sua promessa e continuaria a abençoá-lo, especialmente com as bênçãos de Sua própria presença em Jerusalém. Embora o mundo sempre transforme uma alegre celebração numa ocasião de libertinagem ímpia e desenfreada, os filhos de Deus nunca deveriam fazer isso!

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Crônicas 14:1–17

(1) Agora, com o povo unido em seu apoio, o que significou para Davi receber nesse momento tributo do rei de Tiro, uma nação costeira conhecida ao longo da história por ser forte e famosa? (v. 2)

(2) Imediatamente após mencionar a posição “muito exaltada” de Davi, a Bíblia também menciona que ele tomou mais esposas e teve mais filhos em Jerusalém (14:3-7). Que mensagem que a Bíblia provavelmente procura transmitir com isso?

(3) Como foi o longo relacionamento de Davi com os filisteus? (vide 1 Sm 27, 29)

(4) Como isso explica o fato de que todos os filisteus agora subiram em massa para prender Davi? (v. 8)

(5) Os filisteus se reuniram para atacar o reino recém-unido de Davi, obviamente com o objetivo de impedir que ele se consolidasse. Ao ler sobre as duas batalhas sucessivas, você consegue identificar seus aspectos únicos em relação ao seguinte?

a. As diferentes maneiras como Davi se preparou para a guerra em ambos os casos (vv. 10, 14)

b. As diferentes maneiras como Deus interveio em cada batalha, e por que Ele interveio

c. Os resultados:

  1. O que Davi e seu exército fizeram com os filisteus? (vv. 12, 16)
  2. Que impacto essas duas batalhas tiveram sobre Davi e seu reino? (v. 17)

(6) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O que realmente importa é a obediência

"Então Davi teve certeza de que o Senhor o confirmara como rei de Israel e que estava fazendo prosperar o seu reino por amor de Israel, seu povo." (NVI-PT) (1 Crônicas 14:2)

Esta parte da história de Davi nos lembra que ninguém é perfeito—nem mesmo Davi.

É muito útil ver o propósito do Cronista em sua forma de organizar os eventos da primeira parte da história do reino sob Davi, especialmente à luz do fato de que a sequência dos eventos conforme são registrados aqui é bem diferente do que vemos em 1 Samuel:

- Os alegres eventos  da devolução da Arca à Cidade de Davi foram interrompidos pela morte de Uzá, que irreverentemente tocou a Arca (13:10).

- Em seguida, o Cronista decidiu mencionar a inusitada homenagem do rei Hirão de Tiro, uma nação muito poderosa localizada ao longo da costa. Com isso, Davi reconheceu que Jeová não só tinha estabelecido seu reino, mas também o havia exaltado não por causa dele, mas por causa de Israel, o povo de Deus (14:2).

- No entanto, imediatamente após isso, o Cronista faz a observação de que Davi tomou muitas esposas e teve mais filhos em Jerusalém (14:3-7).

A mensagem para os ouvintes imediatos, aqueles que tinham voltado do exílio, é bastante óbvia: embora o rei Davi tenha sido um rei piedoso que agradou a Deus, ninguém pode menosprezar o Deus Todo-Poderoso; nem sequer é suficiente reconhecer a Deus abertamente. Em última análise, o que realmente importa é a obediência.

Nas palavras de JFB:

“Os reis recebem a honra real e a autoridade não tanto para seu próprio bem, mas para o bem de seu povo. Se essa verdade se aplica a todos os reis, aplica-se de maneira especial aos monarcas de Israel; até mesmo Davi precisava saber que toda a sua glória e grandeza lhe foram dadas com o único propósito de capacitá-lo como ministro de Deus para cumprir o propósito divino entre o povo escolhido” (JFB, 482).

No entanto, o simples reconhecimento intelectual (ou mesmo a convicção interna) não era suficiente; Davi precisava viver uma vida consistente com sua mente e coração. Mas a Bíblia é muito honesta ao mencionar o fracasso de Davi, ou seja, sua violação da lei estabelecida em Deuteronômio 17:17 que proibia os reis de tomarem muitas esposas. Davi foi seduzido pelo costume de seu tempo, uma vez que "desde tempos imemoriais um grande harém foi considerado uma característica indispensável da corte de um monarca oriental... e (em consequência disso) David mais tarde sofreu muito, sem mencionar sua terrível queda devido à sua paixão por Bate-Seba” (K&D, Commentary on the OT, vol. 2, 584).

Esta lição não é só para aqueles que retornaram do exílio; é para todos nós hoje.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Crônicas 15:1–29

(1) A que evento o cronista relaciona o momento do retorno da Arca a Sião? Por quê? (v. 1)

(2) Por que Davi teve que reunir um grupo tão grande e diverso de levitas em preparação para a transferência da Arca para Sião? (vv. 3-10)

(3) Que erros Davi admitiu sobre sua primeira tentativa de devolver a Arca à sua cidade? (vv. 11-15; vide Números 4:4-6)

(4) Desta vez, que preparação específica Davi pediu aos levitas que fizessem? (v. 12) Qual foi a importância simbólica dessa preparação?

(5) Davi planejou uma elaborada celebração musical (vv. 16-24).

a. O que isso nos mostra?

b. Isso realmente era necessário ?

c. Você acha que Jeová gostou dessa programação? Por que ou por que não? (vide v. 26)

(6) Desta fez, por que Davi e seu povo não tiveram medo? (v. 26 e 13:14)

(7) Que lição (ou lições) eles tinham aprendido?

(8) Como Davi se preparou pessoalmente para essa celebração? (vv. 27-28)

(9) A opinião geral dos eruditos é que o uso do éfode não era um direito exclusivo dos sacerdotes; no entanto, ao vestir um "roupão de linho fino" e "éfode de linho", Davi representou "uma figura sacerdotal" e "sinalizou que o rei era o chefe de um povo sacerdotal" (K&D, 510). Quão importante era a forma como Davi estava vestido neste evento específico?

(10) Por que, então, Mical desprezou seu marido, o rei Davi?

(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Mical - uma esposa que guard
ou rancor

“E sucedeu que, chegando a arca do concerto do Senhor à Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, olhou de uma janela e, vendo a Davi dançar e tocar, o desprezou no seu coração.” (NVI-PT) (1 Cr. 15:29)

Quando primeiro lemos sobre a Mical no texto, ela provavelmente ainda era jovem como Davi, talvez até uma adolescente. Ela estava romanticamente apaixonada por Davi. Quando ela pensava que tudo estava perdido, o noivado de sua irmã mais velha com David foi anulado e ela conseguiu o que queria. Embora se tratasse de um simples estratagema político, ou até mesmo uma conspiração maligna por parte de seu pai, ela acabou se casando com um homem pelo qual estava perdidamente apaixonada (1 Sam. 18:20).

Por mais maravilhoso que fosse, seu amor por David imediatamente foi posto à prova, uma prova que ela passou com distinção quando correu o risco de ser objeto da ira de seu pai (ou até mesmo de perder a vida) por ter ajudado seu marido a fugir para salvar a vida (1 Sam. 19:12). No entanto, o que foi que ela ganhou em troca de sua fidelidade ao marido? Saul a deu como esposa a outro homem (1 Sam. 25:44).

Embora essa circunstância fosse infeliz, lemos na Bíblia que pelo menos esse novo marido, Paltiel, a amava muito (2 Sam. 3:16). Em outras palavras, se ele precisava guardar rancor, esse rancor deveria ter sido contra seu pai e mais ninguém!

Porém, embora ela tenha conseguido se resignar ao seu destino, David não conseguiu. Usando sua influência, ele se aproveitou a traição de Abner para exigir a devolução de Mical. Suas ações teriam sido razoáveis se tivessem sido motivadas pelo amor. Mas a essa altura Davi já tinha outras (aliás, seis) esposas (2 Sam. 3:2-5), enquanto Paltiel provavelmente só tinha Mical. A essa altura, qualquer amor que Mical sentia por David pode ter se transformado em ódio e desprezo, e talvez não sem razão.

No entanto, Davi continuava sendo o rei ungido de Deus, e apesar de suas imperfeições, ele permanecia totalmente comprometido em reinar segundo o coração de Deus. Uma vez que ele era um rei que procurava consultar a Jeová a cada passo, sua intenção ao devolver a arca era garantir a dependência contínua de Deus, mesmo depois de seu reinado (1 Crônicas 13:3). A devolução da arca de Deus também representava Suas bênçãos sobre Seu povo e a restauração da centralidade da vida de adoração do povo de Deus. Não há dúvida que uma ocasião  tão importante merecia uma grande celebração. Infelizmente, ao dar mais importância ao seu rancor pessoal do que ao plano de Deus e às bênçãos sobre seu povo, Mical permitiu que sua própria infelicidade lhe roubasse até mesmo o seu relacionamento com Deus!

Eu também já encontrei muitos servos do Senhor que negligenciaram suas famílias, especialmente suas esposas, e algumas dessas esposas também adotaram a atitude de Mical. Uma delas, depois de muitos anos de casamento, disse ao marido: "Já estou farto de você e do seu Deus!"

Se você se sente como Mical, eu lhe suplico que deixe de lado o seu próprio rancor. Não deixe que isso lhe roube de seu relacionamento com Deus, deixando-o cego para o plano e a vontade de Deus para você e seu cônjuge. Não transforme a benção de Deus em maldição! (2 Sam. 6:23)

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Crônicas 16:1–13

16:1-6Os sacrifícios feitos diante da arca

(1) De acordo com 1 Crônicas 13:3, qual foi a razão principal para a devolução da arca a Jerusalém?

(2) Qual foi o significado mais profundo de sacrificar holocaustos e ofertas de comunhão neste momento com o retorno da arca?

(3) Quão significativo foi o fato de Davi ter abençoado o povo diante da arca em nome do Senhor Todo-Poderoso?

(4) O que representava o pequeno presente para cada pessoa da multidão para levar para casa (um pão, um bolo de tâmaras e um bolo de passas, provavelmente entregado após os sacrifícios no altar; vide Êxodo 29:23, Levítico 8:26)?

(5) Deveres específicos dos levitas (vv. 4-6): Quais eram os deveres importantes dos levitas? (v. 4)

16:7-36—O primeiro salmo que devia ser cantado diante da arca—Parece que parte do conteúdo deste salmo específico foi incorporado mais tarde nos Salmos 105, 96 e 106, respectivamente. Hoje refletiremos sobre a primeira parte do salmo, ou seja, os vv. 8-13:

(6) Um chamado à adoração (vv. 8-13): Uma das fraquezas da adoração contemporânea é a ausência de palavras e conceitos que evoquem em nós um sentimento de adoração ao Senhor. Faríamos bem em aprender com Davi e seu "chamado à adoração", lembrando que, uma vez que se trata de um salmo, cada dístico provavelmente expressa uma ideia paralela ou adiciona outro tom de significado à mesma ideia:

a.“Dêem graças ao Senhor” e “clamem pelo seu nome”: Embora seja importante dar graças, por que Davi usaria esse conceito em paralelo com clamar pelo nome de Deus?

b. “fazei conhecidos”: A quem devemos fazê-Lo conhecido? O que devemos dizer sobre Ele?

c. “Cantai-lhe, salmodiai-lhe”: Qual é o objetivo deste salmo de louvor?

d. “Gloriai-vos no seu santo nome”: O que isso significa?

e. “Alegre-se o coração”: Os corações de quem devem se alegrar? Por quê?

f. “Buscai o Senhor ...  buscai a sua face”:

  1. O que significa buscar a Jeová?
  2. Por que Davi pede a seu povo que olhe para o Senhor?
  3. Quão diferente é “buscar a sua face” e “buscar a Jehová”?
  4. Por que Davi nos pede que sempre busquemos Sua face?

g. Lembre-se do que Deus tem feito:

  1. Que coisa específica Davi pediu que seu povo lembrasse a esse respeito?
  2. Quão importante era isso para o povo como nação?

h. Quem somos: Ao chamar seu povo para adorar a Deus, Davi também os lembrou de quem eles eram diante de Deus:

  1. Quem eram diante de Deus?
  2. Quão importante era essa verdade?
  3. E você? Quem é você diante de Deus?

i. Escreva o seu próprio "chamado à adoração":

  1. Imagine que você fosse um líder de louvor.
  2. Faça isso pensando em sua adoração e louvor particular hoje.
  3. Pense em como esse chamado à adoração pode transformar o seu tempo de adoração ou oração.

(7) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Um Culto Centrado em Deus

"Dêem graças ao Senhor, clamem pelo seu nome, divulguem entre as nações o que ele tem feito." (NVI-PT) (1 Crônicas 16:8)

Sejamos honestos: a maioria das nossas orações são muito egocêntricas. Mesmo a nossa suposta adoração costuma ser muito egocêntrica.

Por exemplo, pense na oração que você fez hoje de manhã e faça a seguinte pergunta: "Comecei com louvor e adoração?" Provavelmente começamos e terminamos com um pedido, e a maior parte do conteúdo era sobre as nossas necessidades, os nossos desejos e a nossa situação. Mesmo quando buscamos a vontade de Deus, essa vontade provavelmente tem algo a ver com nós mesmos.

E como foi o nosso culto de domingo? Provavelmente cantamos muitas canções de louvor e coros que falam sobre como Deus supre as nossas necessidades; e mesmo que essas necessidades sejam espirituais, e não materiais, isso não muda o fato de que o conteúdo gira em torno de nós mesmos.

É precisamente por estarmos tão focados em nós mesmos e em nossas próprias necessidades que não nos aproximamos de Deus para ouvir e aprender o que Ele realmente quer nos dizer.

Aqui, no que provavelmente foi a primeira música ou salmo escrito por Davi a ser cantado diante da arca, aprendemos uma lição importante sobre a adoração centrada em Deus.

Davi começa o salmo com um "chamado à adoração" que se concentra exclusivamente em Deus. Se você ler com muita atenção, perceberá que quando Davi nos chama para dar graças, dar a conhecer, cantar, falar, gloriar, buscar, alegrar-se e lembrar, seu foco é sempre Deus. Não há nenhuma palavra sobre ele mesmo ou sobre Israel. É tudo sobre Deus!

Podemos perguntar: "Por que isso é tão importante?"

Gostaria de compartilhar com vocês uma experiência que tive um certo domingo à noite, quando participei de uma sessão de “Louvor e Oração” liderada por um dos meus colegas que por 45 minutos nos guiou em canções semelhantes a este “Chamado à Adoração” inicial escrito por Davidcanções cujo único foco era a pessoa de Deus e Suas obras poderosas. Essas canções eram intercaladas com leituras das escrituras e orações que tinham o mesmo foco. Após esse tempo de louvor e adoração, eu fiquei tão cheio de pensamentos sobre a grandeza, bondade e benevolência de Deus que num só instante todos os pedidos, preocupações e necessidades que eu tinha levado comigo naquela noite se tornaram tão triviais que nem mesmo senti a necessidade de mencioná-los publicamente. (Será que Ele não os conhecia, que não se importava com eles, que precisava ouvir minhas súplicas antes de responder?) Aliás, depois de minha mente ficar tão focada em Deus, minha atitude em relação aos pedidos mudou: não queria mais fazer alguns dos pedidos que antes pensava que precisava mencionar diante dEle. Meu único desejo era continuar a adorá-Lo e louvá-Lo.

Ao refletirmos sobre este salmo de Davi hoje, eu o encorajo a escrever seu próprio “Chamado à Adoração”, tomando como exemplo este que Davi nos deixou. Em seguida, ore este chamado em voz alta ao Senhor antes de fazer qualquer pedido ou intercessão. Experimente e veja se isso muda sua vida de oração.

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Crônicas 16:14–36

Após o "Chamado à Adoração" de Davi, que conclui com um lembrete para si mesmo e seu povo de quem eles são (servos de Deus e Seus escolhidos) Davi continua seu salmo de louvor:

16:14-18Seu Deus fiel

(1) Jeová era o Deus somente de Israel? (v. 14)

(2) Que promessa ou aliança Deus tinha feito com eles? (v. 18)

(3) Com quem Ele fez essa aliança inicialmente? (v. 16)

(4) Como eles podiam saber que Deus não esqueceria Sua aliança e realmente a guardaria para sempre? (vv. 15-17)

16:19-22Como Deus guardou Sua aliança

(5) À luz da menção de seu pequeno número, a que etapa da história de Israel Davi se refere aqui? (Na época do Êxodo, seu número havia aumentado tanto que foi um dos fatores que levou aos maus tratos que sofreram às mãos dos egípcios; vide Êxodo 1:9.)

(6) Que circunstâncias marcaram sua difícil situação durante esta etapa de sua história? (vv. 19-20)

(7) Como Deus cumpriu Sua promessa? (vv. 21-22)

(8) Que palavra Deus usou para se referir a esses patriarcas de Israel? (v. 22)

16:23-34—Um Cântico de Louvor (continuação)—Esta porção é reproduzida quase na sua íntegra no Salmo 96:1-13.

(9) A salvação (ou libertação) de Deus: À luz do fato de Israel ter experimentado a fidelidade de Deus à Sua promessa com a preservação de seus patriarcas (e também do próprio povo), o que Davi considerou ser uma resposta apropriada? (vv. 23-24)

(10) Como Deus é comparado com outros deuses? (vv. 25-27)

a.Quão apropriado era para eles cantar esse louvor diante da Arca, que agora repousava na Cidade de Davi?

b. Qual tinha sido o encontro mais recente de David com os ídolos? (14:12)

(11) Um chamado a todas as nações para adorar a Deus (vv. 28-30)

a.O que as nações devem dar a Jeová?

b. Por que eles devem fazer isso? (v. 29c e v. 30)

(12) Um chamado aos céus e à terra para darem testemunho (vv. 31-33)

a. O que os céus e a terra devem proclamar às nações? (v. 31)

b. Que coisas na terra Davi convoca para cantar e louvar a Deus?

c. Que razão ele dá para isso? (v. 33c)

(13) Como termina esta porção de seu salmo? Por quê? (v. 34)

16:35-36Um pedido (vide Salmos 106:1, 47-48)

(14) Que pedido Davi faz perante Deus, convidando o povo a se juntar a ele? (v. 35)

(15) O que Davi considera como o propósito final da libertação de Deus? Por quê? (v. 35)

(16) Como termina o salmo como um todo? (v. 36)

(17) Você pode dizer "Amém" a este Salmo? Por que ou por que não?

(18) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A insondável grandeza de Deus

Anunciem a sua glória entre as nações, seus feitos maravilhosos entre todos os povos! Pois o Senhor é grande e muitíssimo digno de louvor; ele deve ser mais temido que todos os deuses. (NVI-PT) (1 Crônicas 16:24-25)

Ao ler esta segunda parte do Salmo de louvor de Davi, não consegui deixar de sentir que Davi tentou esgotar todas as palavras de seu vocabulário para descrever a insondável grandeza de Deus. O que é igualmente surpreendente é que essas palavras de louvor não saíram da boca de um clero profissional como Esdras, mas de um leigo, um guerreiro endurecido, um político e um rei.

Recentemente, encontrei um poema de outro leigo que, assim como Davi, tentou esgotar seu vocabulário para expressar a inefável grandeza de Deus. Seu nome era Abraham Cowley, um burocrata do século 17 (secretário de Henrietta Maria, rainha consorte da Inglaterra), espião (do partido monarquista), político e botânico que ajudou a estabelecer a Royal Society. Com muita habilidade, ele usou ideias contrastantes para sondar as profundezas e alturas do amor de Cristo na cruz. Gostaria de compartilhar com vocês a primeira parte de seu poema, A Paixão de Cristo.

(Consulte a versão bilíngue desta lição.)

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Crônicas 16:37–17:15

16:37-43O estabelecimento de uma equipe permanente no tabernáculo

(1) A reunião diante da Arca marcou o início da restauração da adoração permanente de Jeová, embora tenha ocorrido em dois lugares diferentes:

a. Faça uma lista dos principais deveres designados por Davi para o ministério diante da Arca em Jerusalém e no Tabernáculo em Gibeão (vide a Nota abaixo)

b. Quando “todo o povo partiu, cada um para a sua casa” para continuar com suas vidas, que papel importante esses sacerdotes e levitas desempenharam?

17:1-15—Davi fez planos para construir um templo para Jeová

(2) O que levou Davi a pensar em construir um templo para Jeová?

(3) Quão certo e admirável era seu desejo de construir um templo para Jeová?

(4) Você teria feito o mesmo se fosse Davi? Por que ou por que não?

(5) Qual foi a reação imediata de Natã ao pedido ou ideia de David?

(6) Em que pressuposição se fundamentava a resposta de Natã?

(7) Que erro Natã cometeu?

(8) Por que Deus continuou falando por meio de Natã e não diretamente a Davi?

(9) Deus disse: "Não é você que vai construir uma casa para eu morar". Em essência, Deus lembrou a Davi que, embora ele quisesse construir uma casa para Deus, Deus não necessariamente o havia escolhido para essa tarefa. Qual poderia ser a mensagem nisso para nós hoje?

(10) A resposta de Deus a Davi pode ser dividida em quatro partes:

a.Vv. 5-6: Por que não era prático construir uma casa permanente para Deus enquanto o povo ainda andava errante pelo deserto? O que isso nos ensina sobre o desejo e o compromisso de Deus de estar onde quer que estejamos?

b. Vv. 7-8: O Senhor usa a expressão “de detrás das ovelhas” para descrever a primeira etapa da vida de Davi — Ele não deveria ter dito que as ovelhas estavam "detrás de Davi"? O que Jeová quis dizer com isso? Isso também descreve a vida de você? Que mudança significativa Deus fez na vida de Davi? Isso também aconteceu em sua vida?

c. Vv. 9-10: Embora Deus tivesse exaltado e protegido Davi, qual era o Seu maior desejo?

d. Os vv. 11-14 contêm o que é conhecido como "a aliança davídica":

  1. Com base nas palavras usadas para descrever essa aliança, você acha que ela aponta para o Messias ou Salomão?
  2. Como essa aliança foi cumprido?

(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

Parece que a intenção do cronista não era listar todas as diversas atribuições dos levitas e sacerdotes descritas de forma detalhada no capítulo 6; simplesmente procurava destacar o fato de que a partir daquele momento os deveres permanentes dos levitas e dos sacerdotes haviam sido retomados, pois eles tinham a importante responsabilidade de fazer expiação por Israel (6:49) e oferecer louvor a Jeová em seu nome. Observe que o texto provavelmente menciona duas pessoas diferentes chamadas Obede-Edom: a primeira, descendente de Coate, era o giteu em cuja casa a Arca foi deixada por um tempo (26:4); o outro, filho de Jedutum, era merarita.


Reflexão meditativa
S
ervir a Deus à Sua maneira!

"Não é você que vai construir uma casa para eu morar." (NVI-PT) (1 Crônicas 17:4)

Não há dúvida de que o desejo de Davi de construir uma casa para Jeová era admirável. Sua consternação ao pensar que enquanto ele vivia num grande palácio Jeová ainda estava numa tenda improvisada foi um reflexo do amor de Davi por Jeová. No entanto, do ponto de vista teológico, Deus não habita em estruturas terrestres, como bem observou Salomão: “Eis que os céus e até o céu dos céus te não poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado” (1 Reis 8:27).

Não obstante, tenho certeza de que Jeová ficou muito satisfeito com o desejo de Davi. No entanto, apesar do admirável que foi o desejo de Davi, o Senhor lhe disse: "Não é você que vai construir uma casa para eu morar." (17:4) Como já sabemos, descobriu-se mais tarde que o plano de Deus era que seu filho, Salomão, construísse Seu templo.

Até mesmo Natã cometeu o erro de pensar que Davi, devido ao seu desejo tão bom, podia fazer o que quisesse, uma vez que Jeová estava com ele (17:2).

Esta é uma lição muito importante que nós precisamos aprender ao buscarmos servir ao Senhor. Nem tudo o que queremos é necessariamente o que Deus quer, mesmo quando nossas intenções são nobresplantar uma igreja, fazer uma viagem missionária de curto prazo ou iniciar um novo ministério. Precisamos consultar a Jeová e obedecer à Sua vontade e ao Seu tempo. Caso contrário, o que realmente estamos fazendo é pedir ao Senhor que Ele nos siga!

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
1 Crônicas 17:16–27

A resposta de Davi às palavras que Jeová lhe transmitiu por meio do profeta Natã:

Vv. 16-19"Quem sou eu?"

(2) Que opinião Davi tinha sobre si mesmo e sua família? (v. 16)

(3) Por que Davi ficou tão impressionado com a resposta que Jeová lhe deu por meio de Natã? (v. 17)

(4) Como você acha que Davi teria reagido se tivesse sabido que Deus estava falando sobre o Messias/Salvador que mais tarde viria de sua linhagem?

(5) O seu próprio coração ressoa com essas palavras de Davi? Por que ou por que não?

Vv. 20-22—Deus é real

(6) O que pode ter feito com que Davi experimentasse a realidade de Deus além do que “ouvimos com os nossos ouvidos”?

(7) Quão especial era o povo de Israel (como Davi agora percebia)?

(8) O seu próprio coração ressoa com essas palavras de Davi? Por que ou por que não?

Vv. 23-24—As razões pelas quais Deus cumpre Sua promessa

(9) Quais são as três razões citadas por Davi para Deus cumprir Sua promessa?

(10) Você acha que a última razão foi um tanto egocêntrica? Por que ou por que não?

Vv. 25-27—A promessa de Deus de construir a casa de Davi em vez de Davi construir a casa de Deus

(11) Com que fundamento ele pôde ter a audácia de fazer esse pedido? (v. 25)

(12) De acordo com a afirmação de Davi, qual era a única base para que sua casa fosse abençoada?

(13) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Especial aos olhos de Deus

"Tens me tratado como um homem de grande importância, ó Senhor Deus." (NVI-PT) (1 Crônicas 17:17b)

Davi ficou profundamente impressionado com a resposta que Jeová lhe deu por meio de Natã. Ele pretendia construir uma casa para Deus, mas em vez disso, Deus fez uma aliança com ele na qual Ele prometeu construir e casa de Davi para sempre.

Tenho certeza de que Davi, assim como seu filho, sabia que Deus realmente não habitava em casas feitas pelo homem. Sua verdadeira intenção foi expressar seu amor e gratidão a Deus por tê-lo abençoado (ele e seu povo) ao derrotar todos os seus inimigos e engrandecer seu nome entre as nações. Suspeito que na mente de Davi construir uma morada permanente para o Senhor era uma forma de convidá-Lo a habitar entre eles, a estar com eles para sempre, ao contrário do que tinha acontecido na época dos juízes e durante o reinado de Saul.

Em troca, Davi finalmente recebeu o que pediu, embora não fosse ele quem construiria o templo de Jeová, privilégio que foi dado a seu filho, Salomão. Mas a promessa que recebeu em troca o surpreendeu: em vez de ele construir uma casa para o Senhor, o Senhor prometeu construir para ele uma casa eterna! Isso o levou a exclamar: “É assim que procedes com os homens, ó Soberano Senhor? Que mais Davi poderá dizer-te?” (NVI -PT) (2 Sam. 7:19-20).

É óbvio que nós não somos Davi; no entanto, é assim que o Senhor Soberano também nos tratou! Nós, que não fazíamos parte de Israel, a Raça Eleita, e que nunca nos importamos com Deus, muito menos com Sua casa, fomos acolhidos naquela casa eterna que Ele prometeu a Davi, o Reino estabelecido pelo Filho de Davi, o Messias, nosso Senhor Jesus Cristo. Isso foi possível por meio do sacrifício do nosso Senhor Jesus na cruz na nova aliança de Seu sangue (1 Coríntios 11:25). Na verdade, aos olhos de Deus somos tão especiais quanto Davi.