Nesta semana continuaremos o nosso estudo de I Crônicas no Antigo Testamento.
Este capítulo parece ser um resumo das vitórias de Davi sobre os inimigos ao redor de Israel em batalhas que provavelmente ocorreram ao longo de todo o seu reinado. O capítulo 19 é um relato de suas batalhas contra os amonitas e seus aliados sírios.
(1) Se você tiver acesso a um mapa do mundo bíblico como era durante o reinado de Davi, tente localizar o território dos filisteus e os de outras nações como Moabe, Zobá, Síria e Edom, bem como os territórios de outras inimigos de Davi, como os amalequitas e amonitas. Em que direções Davi obteve a vitória e subjugou as nações ao redor de Israel?
(2) Qual dos inimigos que Davi derrotou teve o maior número de baixas?
(3) Qual dos inimigos que Davi derrotou estava melhor equipado?
(4) Que estratégia Davi usou para manter o controle contínuo sobre alguns de seus inimigos? (vv. 6, 13)
(5) O que o autor bíblico procura enfatizar ao incluir fatos como a extensão geográfica das conquistas de Davi, o tamanho dos exércitos que ele capturou ou derrotou e os despojos que ele levou?
(6) Davi experimentou grande sucesso; no entanto, a que o autor bíblico atribui esse sucesso? (vv. 6, 13) Por que ele mencionou isso duas vezes neste breve capítulo?
(7) O que Davi fez com muitos dos itens de prata, ouro e bronze que capturou ou recebeu como presente das nações vizinhas? O que ele poderia ter feito com esses objetos de valor?
(8) O que suas ações (ao dedicar esses artigos a Jeová) nos mostram?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“O Senhor dava vitórias a Davi em todos os lugares aonde ia. Davi reinou sobre todo o Israel, administrando o direito e a justiça a todo o seu povo." (NVI-PT) (1 Crônicas 18:13-14)
Desde a libertação do povo da escravidão no Egito, o desejo de Deus foi que Israel fosse um reino de sacerdotes e uma nação santa (Êxodo 19:6). Depois de tolerar as transgressões e a idolatria do povo durante muitos anos, Jeová finalmente encontrou um rei segundo o Seu coração que governaria Seu povo com justiça e retidão para que pudesse cumprir Sua promessa de dar a Seu povo uma pátria pacífica e livre da opressão dos ímpios, e um descanso de todos os seus inimigos (1 Crônicas 17:9-10; 2 Sam. 7:10-11).
Apesar da brevidade desse período de reinado justo e reto sob Davi, deve ter sido um grande deleite para o Senhor, pois embora Israel ainda tivesse um sistema monárquico, em sua essência era um regime teocrático.
Enquanto “Davi reinou sobre todo o Israel, administrando o direito e a justiça a todo o seu povo” (18:14), “o Senhor dava vitórias a Davi em todos os lugares aonde ia” (18:13). O capítulo 18 de 1 Crônicas, com seus detalhes sobre as grandes vitórias de Davi, que basicamente derrotou e subjugou os inimigos ao sul, oeste, norte e leste, é um claro eco do Salmo 33: “Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para a sua herança” (ARC)” (Sl 33:12). Isso era verdade nos dias de Davi e ainda é verdade hoje!
(1) Quando Deus prometeu a Davi descanso de todos os seus inimigos (2 Sam. 7:11), Ele obviamente não quis dizer que Davi não teria inimigos, mas que prevaleceria sobre eles. Este capítulo nos mostra a realidade desta promessa de Deus. À luz disso, como você pode aplicar esta mesma verdade em sua vida e ser capaz de “descansar” no Senhor?
(2) Uma vez que os amonitas eram inimigos tradicionais de Israel (vide 1 Sam. 11), por que Davi decidiu ser bondoso com o filho de um antigo inimigo? Quão incomum era esse tipo de gesto para um rei?
(3) Como seu gesto bondoso foi recebido? Isso deve nos surpreender? Por que ou por que não?
(4) Em sua opinião, quais eram as intenções dos nobres amonitas ao dar esse conselho ao rei?
(5) Se os amonitas sabiam que não eram capazes derrotar o exército de Davi, por que decidiram insultar os mensageiros de Davi?
(6) Quantos mercenários os amonitas contrataram? (Veja também sua própria estimativa do tamanho do exército de Davi em sua resposta à pergunta 12 da Reflexão sobre as Escrituras para 1 Crônicas 12:1-40, Ano 5, Semana 15, Dia 105.)
a. Diante disso, qual você acha que foi o fator decisivo para o resultado da batalha?
b. Que estratégia Joabe usou? (vv. 10-11)
c. Como a atitude de Joabe na batalha é uma definição de sua fé em Deus? (v. 13)
d. Os sírios se renderam diante da vitória de Joabe?
e. Qual foi o resultado final da segunda batalha?
(7) O que essa batalha representou para as nações vizinhas?
(8) O que essa batalha representou para Davi?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Seja forte e lutemos com bravura pelo nosso povo e pelas cidades do nosso Deus. E que o Senhor faça o que for de sua vontade." (NVI-PT) (1 Crônicas 19:13)
Não há dúvida de que não devemos considerar Joabe como um exemplo de piedade; aliás, com suas últimas palavras, Davi advertiu seu filho sobre a brutalidade de Joabe (1 Reis 2:5-6). No entanto, parece que o longo relacionamento que ele teve com Davi influenciou sua fé em Deus, que foi expressa lindamente em sua "estratégia" de batalha contra os amonitas e seus mercenários:
- Apesar do tamanho formidável do exército inimigo bem equipado (com pelo menos 32.000 carros e condutores, sem contar os soldados de infantaria), Joabe encorajou seu povo a ser forte e lutar corajosamente (v. 13).
- No entanto, ele também acrescentou que eles não estavam lutando somente pelo próprio povo, mas pelas “cidades do nosso Deus” (v. 13). Isso quer dizer que Joabe entendeu que o que estava em jogo nessa batalha era o nome de Deus.
- Embora seu exército estivesse cercado (a frente e por detrás), e embora ele tivesse arquitetado o melhor plano que lhe ocorreu (a saber, selecionar alguns “dos melhores soldados de Israel e os posicionou contra os arameus”, o mais forte dos dois exércitos inimigos), sua estratégia final era colocar suas vidas nas mãos de Deus: “o Senhor faça o que for de sua vontade” (v. 13).
Efetivamente, em todas as batalhas da vida, embora precisemos usar o melhor de nossa sabedoria, recursos e esforço, não dependemos de nada disso, somente de Deus, e nada mais.
20:1-3—Guerra com os amonitas
(1) Embora a batalha anterior tivesse contado com a participação ativa de Davi, por que a Bíblia enfatiza que Davi permaneceu em Jerusalém durante esta “época em que os reis saem à guerra” (20:1)?
(2) Leia o relato em 2 Samuel 11:1 e ss. para ver quais foram as consequência de Davi ter muito tempo livre.
(3) Embora o Cronista tenha incluído um resumo abreviado dos eventos da tomada de Rabá, é útil compará-lo com o relato mais detalhado de 2 Samuel 12:26-31, especialmente os vv. 26-28:
a. Por que Joabe enviou uma mensagem um tanto mal-educado a Davi sobre a batalha contra os amonitas?
b. Joabe deve ter descoberto sobre o caso de Davi com Bate-Seba, uma vez que foi ele quem recebeu a ordem de Davi de matar Urias (2 Sam. 11:14-15): O que Joabe pensava de seu rei Davi agora?
c. Quão grande foi essa vitória sobre os amonitas?
d. À luz dos pecados que Davi cometeu antes dessa batalha contra os amonitas, você acha que a grande vitória de Davi de repente pareceu um tanto vazia? Por que ou por que não?
e. Na sua opinião, por que o cronista decidiu omitir os pecados de Davi descritos em 2 Samuel 11? (É muito óbvio que seu público imediato sabia sobre o caso de Davi com Bate-Seba.)
20:4-8—Guerra contra os filisteus—Este trecho parece referir-se a uma série de batalhas travadas entre Davi e os quatro descendentes de Rafa (ou seja, os refains), todos eles provavelmente conhecidos por sua estatura gigantesca:
(4) Quem foi Sibecai? (vide 1 Crônicas 11:29) Qual foi o impacto da morte de Sipai às mãos de Sibecai? (v. 4)
(5) Quem foi Elanã? (vide 1 Crônicas 11:26) Por que foi tão especial o fato de ele ter matado Lami? (v. 5)
(6) Quem foi Jônatas? (v. 7; vide também 1 Sam. 16:9—Simea é uma variação do nome Samá)
(7) Qual é o tema comum dessas três histórias?
(8) O que o autor bíblico procurou nos mostrar?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Na primavera seguinte, na época em que os reis saem à guerra... Davi ainda estava em Jerusalém." (NVI-PT) (1 Crônicas 20:1)
Embora o cronista tenha optado por não destacar os pecados de Davi (seu adultério com Bate-Seba e o assassinato de seu marido Urias; vide 2 Sam. 11), ele escolheu salientar o fato de que enquanto a nação estava sendo ameaçada por ataques de reis vizinhos, Davi decidiu permanecer em Jerusalém (20:1). Isso com certeza destaca o fato de que Davi, apesar de todos os seus sucessos e de seu reconhecimento de que tudo tinha sido obra de Deus, havia perdido o seu sentido de missão e sentia que não era necessário liderar seu povo no combate. Os resultados foram muito trágicos: além de cair nos pecados de adultério e assassinato, ele também perdeu o respeito de seu general, Joabe, que zombou de sua complacência com as seguintes palavras: "Lutei contra Rabá e apoderei-me dos seus reservatórios de água. Agora, convoca o restante do exército, cerca a cidade e conquista-a. Se não, eu terei a fama de havê-la conquistado” (2 Samuel 12:27-28).
É evidente que o relacionamento entre Davi e Joabe nunca foi bom; entretanto, quando Joabe assassinou Abner (2 Sam. 3:22 e ss.), e mais tarde Amasa (2 Sam. 20:8 e ss.), a sangue frio, Davi foi incapaz de aplicar a justiça, em parte porque temia a influência que Joabe tinha sobre suas tropas (2 Sam. 3:39), e em parte porque ele mesmo planejou o assassinato de Urias por meio de Joabe. Efetivamente, seus próprios pecados de adultério e assassinato o desqualificaram do cargo real de aplicar a justiça na nação. Isso é um lembrete solene a todos os líderes cristãos de que existem pecados que não podemos cometer sem seremos desqualificados do nosso ofício de ministrar à igreja de Deus.
(1) O cronista diz que a razão pela qual Davi fez esse recenseamento foi porque "Satanás se levantou contra Israel e incitou Davi" a fazê-lo (21:1); no entanto, 2 Samuel 24:1 diz que quem levou Davi a fazê-lo foi Jeová, porque "irou-se o Senhor contra Israel".
a. Como conciliar essas duas versões aparentemente contraditórias? (Será que os eventos registrados em Jó 1 poderiam fornecer uma explicação?)
b. Qual pode ter sido a razão pela qual a ira de Jeová se acendera contra Israel antes destes eventos? À luz disso, com que propósito este recenseamento foi usado?
(2) É óbvio que Joabe percebeu as más motivações de Davi:
a. De acordo com as palavras de Joabe, o que motivou Davi a fazer o recenseamento?
b. Por que Joabe, um guerreiro implacável, reconheceu que era necessário confrontar Davi?
(3) Por que Davi, apesar do conselho de Joabe (e de acordo com 2 Sam. 24:4, do conselho dos comandantes do exército), insistiu que sua ordem fosse executada?
(4) Lemos em 2 Samuel 24:8 que todo o território incluído no recenseamento se estendia basicamente do extremo sul ao extremo norte do reino, e que o recenseamento durou 9 meses e 20 dias:
a. Quão grande era exército que Davi poderia mobilizar em caso de guerra? (v. 5)
b. Por que a consciência de Davi não o havia acusado ao ser confrontado por Joabe? Por que ela só o acusou agora?
(5) Por que Davi considerou suas ações um grave pecado?
(6) Ele tinha razão? Por que ou por que não?
(7) É prudente para qualquer país fazer um recenseamento, especialmente em tempos de guerra. Por que, então, o que Davi fez foi uma ofensa tão grave perante Jeová (veja em Êxodo 30:11-16 a lei que estabelecia as diretrizes para a realização de um recenseamento)?
(8) Uma vez que Davi expressou seu remorso e se arrependeu, por que Jeová prosseguiu com Seu plano de castigá-lo? Deus não o havia perdoado?
(9) Deus pediu que Davi escolhesse entre três opções de castigo:
a. Por que Deus lhe deu opções?
b. Qual opção Davi escolheu? Por quê?
c. Qual opção você teria escolhido? Por quê?
(10) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Porém a palavra do rei prevaleceu contra Joabe..." (ARC) (1 Crônicas 21:4)
Israel não tinha um grande exército permanente sob o comando de Davi; os combatentes só eram chamados quando havia guerra. Portanto, Davi não tinha ideia do número exato de guerreiros que poderia reunir caso houvesse uma guerra importante. É uma simples questão de prudência para qualquer governante ou governo saber com antecedência o tamanho de seu exército e (como no caso de Davi) também onde está a força de seu exército. No entanto, Davi não era um governante qualquer. Ele era um rei ungido por Deus para governar Seu povo; portanto, de acordo com as próprias palavras de Davi a Golias: “não é por espada ou por lança que o Senhor concede vitória; pois a batalha é do Senhor” (1 Sam. 17:47). A única motivação lógica da contagem que ele fez de seus guerreiros era seu orgulho, sinal de confiança no poder humano e não em Jeová.
O orgulho de Davi ficou ainda mais evidente quando ele rejeitou o conselho de Joabe. Do ponto de vista espiritual, Joabe sem dúvida não era um santo; é por isso que Davi não o respeitava, especialmente quando se tratava de assuntos espirituais. Talvez Davi tivesse escutado se o profeta Gade tivesse vindo repreendê-lo primeiro, mas seu orgulho o impediu de dar ouvidos a um homem como Joabe.
Aliás, é difícil para qualquer pessoa numa posição de autoridade aceitar uma repreensão. Felizmente, a consciência de Davi podia ser despertada, embora a calamidade que se seguiu — a perda de 70.000 vidas — tenha sido muito desastrosa. A advertência em Provérbios 16:18 é algo que todos nós precisamos levar a sério: "O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda".
(1) Quantos homens morreram em Israel? Qual foi o impacto disso sobre o exército de Davi?
(2) Por que Jeová impediu o anjo de prosseguir com a matança dos israelitas?
(3) O que isso nos ensina sobre Jeová? (Leia a opinião de Davi sobre o Senhor no v. 13.)
(4) Você acha que o anjo já havia terminado os três dias completos da matança? Por que ou por que não?
(5) O que Davi fez na tentativa de salvar seu povo da calamidade? Você teria dito o mesmo a Jeová? (v. 17)
(6) Por que Davi não tinha dito isso antes?
(7) Por que Jeová, em vez de simplesmente perdoar Davi e acabar com a praga, pediu que ele oferecesse um sacrifício?
(8) Por que Davi insistiu em pagar a Araúna o valor da eira e dos bois?
a. Jeová não teria aceitado seu sacrifício?
b. O que ele quis dizer com a expressão "Não darei ao Senhor ... nem oferecerei um holocausto [sacrifício] que não me custe nada”? Como isso define o que um "sacrifício" deveria ser?
(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Caia eu, pois, nas mãos do Senhor, porque são muitíssimas as suas misericórdias; mas que eu não caia nas mãos dos homens.” (ARC) ( 1 Crônicas 21:13)
Davi sabia que tinha cometido um pecado grave ao contar os guerreiros de seu país, porque ao fazê-lo estava imitando as práticas dos reis das nações vizinhas. Por um lado, era sem dúvida uma manifestação de orgulho, um desejo de encontrar satisfação na ostentação do tamanho de seu enorme exército, que contava com um total de 1,1 milhão de combatentes (v. 5). Por outro lado, foi um flagrante ato de rejeição de Jeová como o verdadeiro Rei de Israel. Se Davi confiava no tamanho de seu exército, não precisava confiar em Jeová. Para este rei piedoso, foram necessários nove meses e vinte dias para "o coração doe[r] a Davi" (2 Samuel 24:8, 10). Pelo menos ele se arrependeu antes de o profeta Gade ser enviado para pronunciar o castigo. Isso nos mostra que seu arrependimento não teve nada a ver com a severidade do castigo.
É interessante notar que Jeová lhe deu três opções entre as quais devia escolher: três anos de fome, três meses de fuga diante dos inimigos ou três dias de peste. Bem, Davi já havia experimentado três anos de fome (2 Sam. 21). Embora não tenhamos ideia de quantas pessoas morreram durante esses três anos, o número deve ter sido significativo, e é natural supor que os primeiros a morrer de fome foram crianças e idosos. Davi passou boa parte de sua vida fugindo de seus inimigos; além de estar cansado de fugir, ele também conhecia em primeira mão a dor provocada por essa experiência e a vergonha que representava para a glória de Jeová. Embora uma praga fosse igualmente horrível, pelo menos duraria apenas três dias. Além disso, como o próprio Davi disse, é melhor cair nas mãos de Jeová—afinal, isso é o que significa sofrer um desastre natural!
E Davi teve razão. Embora a Bíblia diga que a praga durou desde aquela manhã até "o tempo determinado" (2 Sam. 24:15), muitos comentaristas são da opinião de que a ausência de um artigo antes da expressão "tempo determinado" (K&D, 709) significa que a expressão não se refere necessariamente aos três dias do “tempo determinado”, mas talvez ao tempo designado para o sacrifício da tarde, que teria coincidido com a posterior oferenda de Davi na eira de Araúna. Além disso, uma vez que Deus parou o anjo com as palavras: “Pare! Já basta!” (v. 15), é provável que a praga não tenha durado nem um dia inteiro, embora 70.000 pessoas já tivessem morrido.
Houve uma época em minha vida em que tive que tomar uma decisão muito difícil devido a uma ação tola que cometi. Certa manhã, enquanto lia esta passagem específica, sublinhei essas palavras no v. 14 e tomei uma decisão que me colocou à mercê de Deus. Em retrospectiva, percebi que embora eu, como Davi, tenha sofrido muito devido à minha própria tolice, a decisão que tomei me levou a experimentar apenas graça — na verdade, misericórdia sobre misericórdia. Portanto, quaisquer que sejam as decisões que tenhamos de tomar, "prefiro cair nas mãos do Senhor, pois é grande a sua misericórdia" (2 Sam. 24:13; 1 Cr. 21:13).
22:1—O local do futuro templo
(1) É melhor relacionar 22:1 com 21:29-30:
a. Que local Davi escolheu para a futura construção do templo?
b. Que razão é dada em 21:30?
22:2-4; 14-16—Os preparativos feitos por Davi
(2) Responda à luz do fato de Deus ter impedido ou proibido Davi de construir o templo ele mesmo (17:4):
a. Qual era a segunda melhor coisa que Davi podia fazer?
b. Como isso reflete seu coração para Jeová?
(3) Que preparativos ele fez para a construção do templo? (vv. 14-16)
22:5-13—Instruções para Salomão
(4) Quais foram as outras razões pelas quais Davi fez preparativos tão generosos para a construção do templo? (v. 5)
(5) Que razão ele deu a Salomão para o fato de Deus tê-lo proibido de construir o templo ele mesmo? (v. 8)
a. Uma vez que as batalhas de Davi, além de serem necessárias para a formação da nação conforme fora comissionada por Deus, também eram, em essência, batalhas que pertenciam a Jeová, necessárias para obter "paz e repouso" para a nação, por que Deus usou isso contra Davi?
b. O que isso revela sobre o coração e o caráter de Deus?
(6) Davi não estava qualificado para construir o templo; no entanto, por que Salomão estava qualificado? (vv. 9-10)
(7) Que oração específica Davi fez por seu filho? (v. 12)
(8) Quais eram as condições necessárias para o sucesso de Salomão?
(9) Embora Davi tenha orado para que Deus desse a Salomão “prudência e entendimento” (em outras palavras, “sabedoria”), como a verdadeira sabedoria é definida nesta exortação de Davi? (vv. 11-13)
22:17-19—Instruções para os líderes
(10) Davi instruiu os líderes a ajudarem Salomão. No entanto, de que formas lógicas eles podiam ajudá-lo? (vide 29:6 e ss.)
(11) O que Davi lhes lembrou sobre o que Deus já havia feito por eles? (v. 18)
(12) O que eles deviam fazer à luz disso? (v. 19)
(13) O que a construção do templo tinha a ver com ter o coração voltado a Deus e buscá-lo com a alma?
(14) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
“Mas veio a mim esta palavra do Senhor: ‘Você matou muita gente e empreendeu muitas guerras. Por isso não construirá um templo em honra ao meu nome, pois derramou muito sangue na terra, diante de mim'." (NVI-PT) (1 Crônicas 22:8)
O relato anterior da resposta de Jeová a Davi por meio de Natã não dá nenhuma explicação do fato de Deus não ter permitido que Davi construísse uma casa para Ele (1 Crônicas 17:4). No entanto, em sua instrução a Salomão sobre a construção da casa para Jeová, Davi mencionou que Deus lhe havia dado a seguinte razão: “Tu derramaste sangue em abundância e fizeste grandes guerras” (22:8).
À primeira vista, essa razão não faz muito sentido. Pense nisto:
- Jeová havia escolhido Davi para ser rei de Israel; Davi não escolheu Jeová, mas Jeová escolheu Davi (17:7).
- Como rei de Israel num ambiente muito hostil, sua única opção era defender a nação, o que às vezes significava combater contra os vizinhos hostis (vide o resumo das guerras de Davi nos capítulos 18-19).
- Em todas as batalhas que travou, Jeová foi quem sempre lhe deu a vitória (18:6). Em outras palavras, ele havia recebido bênçãos de Jeová e, em essência, as batalhas eram as batalhas de Jeová.
- As batalhas travadas por Davi contribuíram diretamente para o estabelecimento da paz na terra.
À luz de tudo isso, por que Deus proibiu Davi de construir o templo, simplesmente por ter cumprido a missão que Ele mesmo tinha-lhe dado?
A explicação não é relevante somente para Davi, mas também para toda a humanidade criada por Deus à Sua imagem:
- Como Keil salienta,
“No entanto, a guerra e o derramamento de sangue são inevitáveis e necessários nesta terra para o estabelecimento do reino de Deus em oposição a seus inimigos, mas não são compatíveis com sua natureza, pois isso receberia uma encarnação e expressão visíveis no templo. Porque, em sua essência, o reino de Deus é um reino de paz; e as batalhas, guerras ou lutas são simples meios de restaurar a paz, a reconciliação do homem com Deus após a vitória sobre o pecado e tudo neste mundo que é hostil a Deus” (K&D, 536).
- Em última análise, nosso Deus Criador é quem dá a vida; portanto, Ele também é o único que pode tirá-la. Portanto, embora fosse legítimo que Davi matasse enquanto lutava pelo Senhor (assim como outras autoridades terrenas estabelecidas por Deus podem "porta[r] a espada" para aplicar um castigo justo [Rm 13:1-4]), só era permitido como último recurso, com cautela e medo, a fim de restaurar a paz na terra que, juntamente com toda a vida humana, pertence a Deus.
Os capítulos 23-26 contêm relatos detalhados de como Davi procurou estabelecer um culto permanente no templo mediante a organização e atribuição de deveres aos levitas, começando com a contagem e nomeação dos chefes das famílias dos descendentes de Levi (cap. 23), as divisões sacerdotais ( cap. 24), os músicos (cap. 25) e os porteiros (cap. 26):
23:1-6—Introdução
(1) Quantos anos Davi reinou, e quantos anos ele tinha quando morreu? (vide 2 Sam. 3:45; 1 Reis 2:10-11)
(2) Qual foi a importância da organização permanente de adoração no templo estabelecida por Davi antes de passar o trono para Salomão?
(3) Quantos levitas com trinta anos ou mais foram contados por Davi naquela época? Em que grupos gerais foram divididos?
(4) Quem eram os três filhos de Levi? (v. 6)
23:7-11—Os gersonitas—Talvez seja necessário mencionar que a lista de chefes de família que aparece aqui é bem diferente da lista dada anteriormente em 6:16, 20-21; enquanto a lista aqui reflete a situação nos dias de Davi, a lista no capítulo 6 contém os nomes dos chefes de família que escolheram retornar do exílio. Sugiro que você leia as duas listas lado a lado, só para ter uma noção dessas diferenças.
23:12-20—Os coatitas—Um relato muito mais detalhado aparece em 6:2-15; 50-53.
(5) Os descendentes de Arão são essencialmente sacerdotes, um grupo destacado dos outros levitas, e "Arão e seus filhos mais velhos" (JFB, 298; isto é, os descendentes do filho mais velho) assumiam o cargo de sumo sacerdote em sucessão:
a. Quais eram os deveres sagrados atribuídos a esses sacerdotes? (v. 13)
b. O que nos ensina o fato de que os descendentes de Moisés não foram contados entre os sacerdotes, mas foram tratados como os outros levitas comuns? (v. 14)
23:21-23—Os meraritas— Mais uma vez, sugiro que você leia esta lista junto com a de 6:29-30, notando as diferenças.
23:24-27—A mudança na idade mínima feita por Davi
(6) Qual era a idade mínima estabelecida por Moisés (vide Números 4:3, 23, 30, 39 e ss.)
(7) Para qual idade fora alterado posteriormente? (Números 8:23-26)
(8) Por que Davi decidiu reduzir ainda mais a idade mínima de serviço? (vv. 25-26)
23:28-32—Os deveres dos levitas—O propósito de seus deveres era auxiliar os “descendentes de Arão”, isto é, os sacerdotes:
(9) Seria útil fazer uma lista de cada um desses deveres.
(10) Compare sua lista com a dos deveres dos sacerdotes (v. 13): qual é a principal diferença entre os deveres dos levitas e os dos sacerdotes?
(11) Em que espaços físicos eles deviam realizar seus ministérios? (v. 32)
(12) Qual era o único lugar dentro do templo no qual não podiam entrar?
(13) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?
"Os filhos de Moisés, homem de Deus, foram contados como parte da tribo de Levi" (NVI-PT) (1 Crônicas 23:14)
É interessante ler que o Cronista, ao explicar os deveres dos levitas, observa especificamente que apenas Arão e seus descendentes foram separados para sempre para servir como sacerdotes, enquanto todos os outros descendentes de Levi só podiam servir como levitas para ajudar os levitas sacerdotes com seu serviço no templo de Jeová.
Por que, então, ele achou necessário salientar que "Moisés, homem de Deus, seus filhos foram contados entre a tribo de Levi"? (23:14)
Devido à estatura espiritual de Moisés, o homem de Deus, qualquer um imaginaria que o santíssimo papel dos sacerdotes deveria ser responsabilidade de seus descendentes. No entanto, não foi assim. Deus havia determinado que esse papel sacerdotal seria responsabilidade dos descendentes de Aarão.
Para mim, isso destaca pelo menos as seguintes verdades espirituais:
- O ministério no reino de Deus é um ministério compartilhado. Apesar de Moisés ter sido um grande homem de Deus, ele sentia que não falava bem o suficiente; foi por isso que Deus providenciou seu irmão Aarão, que "falava bem" (Êxodo 4:14).
- Embora Arão tivesse se mostrado um homem bastante imperfeito, isso não quer dizer necessariamente que os descendentes de Moisés foram melhores que os de Arão. Em última análise, Deus não tem "netos"; todos são responsáveis perante Ele por suas próprias obras, independentemente de sua família de origem.
- Deus é soberano; Somente Ele decide quem usar, e quem não usar, como o Apóstolo Paulo declarou: "Há diversidade de dons... diversidade de ministérios... diversidade de operações... e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer" (ARC) (1 Coríntios 12:4-11).
Portanto, os descendentes de Moisés não podiam reivindicar nenhum privilégio especial sobre os outros levitas, nem exigir um tratamento diferenciado nos dias de Esdras. Eles tinham que se submeter ao papel que Jeová lhes designara por meio de Moisés — nem mais, nem menos!