Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 6:22–31

Nesta semana continuaremos o nosso estudo de 2 Crônicas no Antigo Testamento.

(1) 6:22-23O pecado contra o próximo (a justiça civil)

a. O que Salomão pediu a Deus que fizesse quando uma pessoa acusada de pecar contra o próximo (como o que é mencionado em Êxodo 22:6-12) o negasse e se apresentasse diante do templo?

b. Isso quer dizer que Deus necessariamente o condenaria ou justificaria instantâneamente? Por que ou por que não?

c. Quão importante foi essa parte da oração para Salomão e para o povo?

(2) 6:24-25—Uma derrota na qual alguns são capturados (como o que é mencionado em Levítico 26:17; Deuteronômio 28:25).

a. Você acha que todas as derrotas experimentadas pelo povo foram necessariamente consequências de seu pecado?

b. No v. 24, Salomão detalha os atos de arrependimento necessários. Qual desses atos de arrependimento é o mais difícil de realizar?

c. O que Salomão pediu a Deus que fizesse?

d. Quão importante foi esta parte da oração para Salomão e para o povo?

(3) 6:26-27—Uma seca (conforme mencionado em Levítico 26:19 e Deuteronômio 11:17; 28:23)

a. Você acha que ainda hoje as secas pode ser consequências do nosso pecado?

b. O que implicaria o arrependimento?

c. O que Salomão pediu a Deus que fizesse?

d. Quão importante é esta oração para nós hoje?

(4) 6:28-31—Pragas e desastres naturais (como aqueles mencionados em Levítico 26:19, 20, 26; Deut. 28:20-22)

a. Quantas pessoas seriam necessárias para interceder por toda a nação?

b. Que pré-requisito esse intercessor precisaria cumprir? (v. 29a; vide também 1 Reis 8:38)

c. O que Salomão pediu a Deus que fizesse?

d. Qual é o propósito do perdão de Deus? (v. 31)

e. Como e para quem você pode aplicar esta oração hoje?

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O sacrifício de louvor

"Quando se fechar o céu, e não houver chuva por haver o teu povo pecado contra ti, e o teu povo, voltado para este lugar, invocar o teu nome e afastar-se do seu pecado por o haveres castigado..." (NVI-PT) (2 Crônicas 6:26)

Embora gostemos de pensar que temos uma fé forte e amamos a Jeová, quando nos deparamos com adversidades (especialmente com algum grave revés) em nossas vidas, é muito difícil nos apresentar diante de Jeová e “honrar seu nome” com sinceridade. Mas é muito importante para o nosso relacionamento com o Senhor poder fazer isso, pelas seguintes razões:

- A melhor expressão de submissão é o louvor dado em meio às provações. Não se trata de simplesmente aceitar a nossa sorte de má vontade, mas de expressar a nossa confiança nas boas intenções de Deus para nós"planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro" (Jeremias 29:11), lembrando que Ele "age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito" (Romanos 8:28).

- O exemplo de Jó também nos lembra que quando louvamos mesmo quando sofremos prejuízos (Jó 1:21), mostramos claramente a Satanás, a Deus e a nós mesmos que nossa fé é uma fé "desinteressada"isto é, não depende de receber bênçãos, mas se baseia unicamente na Pessoa de Deus. Nas palavras de Paulo, Ele é o Deus "que me amou e se entregou por mim" (Gálatas 2:20).

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 6:32–42

(1) 6:32-33Os adoradores estrangeiros (como aqueles mencionados em Números 15:14-16)

a. Por que Salomão decidiu orar pelos adoradores estrangeiros nesta cerimônia de dedicação?

b. Que razão ele deu para Deus ouvir a oração dos estrangeiros? (v. 33)

c. Como isso concorda com Isaías 56:7 e Marcos 11:17?

d. Como isso reflete o desejo que Deus expressa em Sua aliança com Abraão? (Gênesis 22:18)

(2) 66:34-35Ir para a batalha

a. Que condição é especificada para a batalha? (v. 34)

b. Qual era a importância dessa condição?

c. O que Salomão pediu a Deus que fizesse?

(3) 6:36-39No cativeiro (conforme mencionado em Levítico 26:33, 44; Deut. 28:45 e ss., 64 e ss.; 30:1-5)

a. A julgar por essas palavras de Salomão, você acha que ele previu seu exílio? (v. 36)

b. Uma vez que seriam exilados numa terra estrangeira, como poderiam orar no templo? (v. 38)

c. Onde Salomão esperava que Deus ouvisse suas orações? (v. 39)

d. O que ele pediu a Deus que fizesse?

e. Você consegue pensar em uma pessoa que orou exatamente de acordo com o pedido de Salomão enquanto Israel estava no exílio? (vide Dan. 9)

(4) 6:40-42A conclusão da oração de Salomão:

a. Na conclusão de sua oração de intercessão, com que fundamento Salomão confiava que Deus abriria Seus olhos para vê-los e Seus ouvidos para ouvir suas orações? (v. 42b)

b. Por que ele chamou o templo de "teu (ou seja, de Deus) lugar de descanso"? (v. 41)

c. Como Salomão expressou o que queria para os sacerdotes? (v. 41) O que isso significa?

d. Salomão pediu a Deus que não rejeitasse Seu ungido (ou seja, ele mesmo):

  1. Deus o rejeitaria?
  2. Por que ou por que não?

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
A abrangência de Salomão

Atende o pedido do estrangeiro, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome e te temam, como faz Israel, o teu povo, e saibam que este templo que construí traz o teu nome." (NVI-PT) (2 Crônicas 6:33)

O que me impressiona não é só a “abrangência de conhecimento de Salomão (1 Reis 4:29), mas também com a abrangência de sua intercessão.

Em sua oração de dedicação, eu já esperava ler sobre sua adoração e ação de graças, e também esperava ler sobre sua intercessão por seu povo; no entanto, o que mais me impressionou foi o seguinte:

- Sua preocupação com as gerações futuras, algo que é evidente em todas as suas orações, inclusive as orações pela aplicação da justiça social entre seu povo (6.22-23): Ele sabia que Deus lhe dera sabedoria para fazer precisamente isso, mas ele estava orando pelas gerações futuras, para que Deus, apesar da ausência de Salomão, continuasse a aplicar a justiça enquanto o povo continuava a levar seus casos perante os sacerdotes. Ele não só queria ficar satisfeito com o que aconteceria em seu tempo, mas também com o que aconteceria com as gerações futuras. Quão diferente ele foi de Ezequias! (Isaías 39:8)

- Ele sabia que Deus não é somente o Deus de Israel, mas também o Deus do mundo inteiro; ele também entendia o verdadeiro significado da Aliança Abraâmica, segundo a qual esse templo estava destinado a ser uma bênção para todas as nações (Gn 22:18), e que também devia ser uma casa de oração para todas as nações (Is 56:6-7; Mc 11:17).

- Ele entendia a depravação humana: Cada um dos sete pedidos específicos é baseado em sua profunda compreensão da depravação humanapois não há quem não peque (6:36). Ele sabia perfeitamente que as gerações depois dele pecariam, de modo que haveria secas, desastres naturais, derrotas e até o exílio. Foi devido a essa compreensão que ele entendeu a importância de se comprometer com Deus para levar Seu nome e revelar Sua presença por meio da construção do templo, para que o povo aprendesse a se arrepender e Jeová continuasse sendo seu Deus, e eles Sua “herança”— o fim último do Êxodo.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 7:1–10

7:1-3Deus aceita a oração de Salomão

(1) O que Salomão pediu no final de sua oração? (6:41)

(2) Como Jeová respondeu à sua oração em termos inequívocos? (7:1-2)

(3) Como o povo respondeu a essa epifania de Deus? (7:3)

(4) De que evento futuro isso o lembra? (vide, por exemplo, Filipenses 2:9-12)

7:4-10A dedicação do templo

(5) É importante lembrar que o sétimo mês era um mês repleto de festas importantes: o primeiro dia era a Festa das Trombetas, o décimo dia o Dia da Expiação e os dias 15 a 21 a Festa dos Tabernáculos. Parece que o povo celebrou a Festa da Dedicação do Templo por “sete dias” (isto é, nos dias 8-14 do mês) e a Festa (dos Tabernáculos) por mais sete dias (isto é, nos dias 15-22 do mês), sendo o oitavo dia (após o festival) o dia em que realizaram uma assembléia solene:

a. Quão generoso foi o sacrifício feito para a dedicação do templo? (v. 5, 7)

b. Pode-se presumir que Jeová não enviou fogo para consumir as vacas e ovelhas que foram sacrificadas. Isso quer dizer que esses sacrifícios foram menos significativos ou aceitáveis? Por que ou por que não?

c. É óbvio que o foco de atenção da celebração era o templo (e Deus mesmo), e num segundo plano o rei que tinha construído esse templo. Como a passagem como um todo termina no v. 10?

d. O que toda essa experiência da dedicação do templo representou para as seguintes pessoas?

  1. o povo
  2. os sacerdotes
  3. o rei Salomão

(6) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Todo joelho se dobrará!

“Quando todos os israelitas viram o fogo descendo e a glória do Senhor sobre o templo, ajoelharam-se no pavimento, rosto em terra, adoraram e deram graças ao Senhor, dizendo: 'Ele é bom; o seu amor dura para sempre'.” (NVI-PT ) (2 Crônicas 7:3)

A morte de Davi sem dúvida foi um momento muito perturbador para a nação de Israel. Ele havia sido o rei segundo o coração de Deus (1 Sam. 13:14; Atos 13:22), e sob seu reinado a nação de Israel havia alcançado pela primeira vez uma supremacia militar sem precedentes sobre as nações vizinhas (1 Crônicas 14:17). No plano espiritual (especialmente na ausência de uma poderosa figura profética como Samuel), o povo considerava Davi não só como um rei, mas também como um líder espiritual—um verdadeiro servo de Jeová.

Após a morte de Davi e a unção de Salomão, um rei muito mais jovem (1 Crônicas 29:1), o povo naturalmente teria se perguntado se Salomão realmente era capaz de continuar a liderar a nação de maneira tão poderosa quanto Davi, e (ainda mais importante) se Deus permaneceria com eles. Deus respondeu a ambas perguntas prontamente e em termos inequívocos.

Quando Salomão finalmente começou a construir o templo de Deus no quarto ano de seu reinado (1 Reis 6:1) e colocou a Arca da Aliança no templo que ele construíra para Jeová, Jeová imediatamente encheu o templo com Sua glória, "de forma que os sacerdotes não podiam desempenhar o seu serviço" (5:14). Como se isso não bastasse para manifestar Seu deleite em Salomão, Ele enviou fogo do céu que “consumiu o holocausto e os sacrifícios” logo após a poderosa oração de Salomão (7:1-2).

Embora a glória de Jeová tenha enchido o Tabernáculo no dia de sua dedicação (Êxodo 40:34), o fogo do céu que consumia os sacrifícios teria lembrado o povo da aliança de Deus com Abraão (Gênesis 15:17). Que confirmação poderosa de Suas alianças com Abraão e com Davi!

O resultado foi igualmente poderoso, uma vez quequando todos os israelitas viram o fogo descendo e a glória do Senhor sobre o templo, ajoelharam-se no pavimento, rosto em terra, adoraram ..." (7:3). Isso nos faz pensar no dia em que Jesus voltará e reinará sobre toda a terra, para que “ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fp 2:10-11).

Que gloriosa esperança temos em Cristo Jesus!

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 7:11–22

(1) Quando e por que Jeová apareceu pela primeira vez a Salomão? (1:7 e 1 Reis 3)

(2) A resposta direta à oração de Salomão:

a. Vv. 12, 15-16: Deus escolheu este templo:

  1. O que significa “consagrar” o templo? (v. 16)
  2. O que significa "Meus olhos e meu coração nele sempre estarão"? (v. 16)
  3. Isso quer dizer que a oração de dedicação de Salomão foi uma ilusão de sua parte?

b. Como Jeová respondeu às sete intercessões de Salomão em 6:22-39? (vv. 13-14)

c. Com frequência usamos a resposta de Deus no v. 14 como nossa oração pelo nosso próprio país. Você acha que isso também se aplica ao nosso tempo? Por que ou por que não?

(3) Que bênção pessoal adicional Deus prometeu a Salomão? (v. 18) Em sua opinião, quanto significou essa promessa para Salomão?

(4) Que condições Deus estabeleceu para Salomão receber Suas bênçãos? (v. 17) Por quê?

(5) Que maldições cairiam sobre Salomão e seu povo se ele ou seus descendentes se afastassem de Jeová? (vv. 19-22)

(6) Por que Deus decidiu adverti-lo neste ponto de seu reinado?

(7) O que acabaria acontecendo com Salomão? (1 Reis 11:4)

(8) O que aconteceria com a cidade e o templo? (2 Crônicas 36:15-20)

(9) É óbvio que a frase “E todos os que passarem” (v. 21) é uma referência aos gentios. O que eles diriam? Como eles poderiam saber (e como você pode saber)?

(10) Uma vez que Deus já havia manifestado Seu deleite para com Salomão e sua construção do templo, ao enchê-lo com Sua glória e enviar fogo do céu para consumir o sacrifício (7:1-3), a julgar pelas palavras de Jeová, por que você acha que ele decidiu aparecer para Salomão e falar com ele novamente?

(11) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Deus responde
às orações

"Ouvi sua oração, e escolhi este lugar para mim, como um templo para sacrifícios." (NVI-PT) (2 Crônicas 7:12)

Embora Salomão tenha passado sete anos construindo o templo de Jeová e treze anos construindo seu próprio palácio, eu não acho que isso seja um reflexo de que no seu coração ele se importasse mais com seu próprio palácio do que com o templo.

O fato de a Bíblia mencionar que os dois projetos foram realizados um após o outro e levaram um total de vinte anos (2 Crônicas 8:1; 1 Reis 9:10) significa que não foram executados simultaneamente. Pelo contrário, foi somente após a conclusão do templo que Salomão começou a trabalhar em seu palácio. Isso revela quais eram suas prioridades e onde estava seu coração. Isso nos mostra que Salomão tinha colocado Deus em primeiro lugar em seu coração, pelo menos durante aquela etapa de seu reinado.

Além disso, foi após a conclusão de ambos os projetos que Deus decidiu aparecer a Salomão pela segunda vez (7:11-12). Isso mostra que Deus ainda estava muito satisfeito com Salomão.

Além do fato de Deus ter ficado genuinamente satisfeito com Salomão, Sua segunda aparição (uma aparição que Ele realmente não precisava a fazer) foi importante pelas seguintes razões:

- Deus queria que Salomão soubesse que suas orações haviam sido respondidas. Quando lemos atentamente os sete pedidos que Salomão fez na cerimônia de dedicação (6:22-39), vemos que todos foram intercessões para as gerações futuras. Enquanto Salomão intercedia com fé, o Senhor estava desejoso para mostrá-lo que realmente havia ouvido todas as suas orações. O nosso Deus é tão bom assim; Ele está desejoso para nos mostrar que Ele ouve e responde às orações.

- Deus também queria que Salomão soubesse que Ele é um Deus fiel, e que cumpriria a promessa que havia feito a seu pai Davi: "nunca deixará de ter um descendente para governar Israel" (7:18);

- Deus, de acordo com a Sua presciência, também conhecia a fraqueza de Salomão, aliás, a fraqueza de todos os seus descendentes; portanto, Ele esperava que com essa aparição especial e Suas palavras de encorajamento, Salomão valorizasse o privilégio de Deus ter "consagrado" o templo e Sua promessa de que Seus "olhos e ... coração nele sempre estarão", para que ele andasse diante dEle fielmente como Davi tinha feito (7:16-17).

Como o incenso no templo de Jeová, nossas orações de fato chegam ao céu. Deus ouve e responde às orações e é o nosso Deus fiel; podemos contar com isso. Ao mesmo tempo, precisamos estar cientes não só do nosso próprio desejo de receber respostas às nossas orações, mas também do desejo de Deus para as nossas vidas — que andemos fielmente diante dEle (7:17). Nosso relacionamento de amor com Deus é sempre uma via de mão dupla!

Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 8:1–18

Depois de descrever como Salomão completou seus projetos mais importantes (a construção do templo de Jeová e do seu palácio), a Bíblia nos dá uma descrição geral de suas outras atividades militares e comerciais:

8:1-6—A fortificação das cidades fronteiriças

(1) Quanto tempo durou o reinado de Salomão? (9:30) Que importância pode haver no fato de ele ter gastado a maior parte de sua energia durante a primeira metade de seu reinado nesses dois projetos de construção?

(2) Inicialmente, Salomão deu a Hirão as 20 cidades da Galiléia, mas Hirão logo zombou delas, chamando-as de “terra de Cabul”, uma palavra que significa “inútil” (1 Reis 9:11-13). Parece que Hirão as devolveu a Salomão, que por sua vez as reconstruiu. Que reputação tinha a Galiléia, reputação que persistiu além da época em que os livros de Reis foram escritos e ainda existia na época de Jesus? (vide João 7:3, 41, 52)?

(3) A maioria das cidades que foram fortificadas por Salomão (nos vv. 3-6, uma passagem que é complementada por 1 Reis 9:15-19) estavam localizadas nas redondezas de Hazor (no extremo norte), Megido (no litoral noroeste) e Gezer, até Bete-Horom de baixo e Baalate (ao longo do litoral sudoeste) e Tamar (no extremo sul, perto de Edom). De acordo com 1 Crônicas 8:4-6, essas cidades foram reforçadas com carros e cavalos para fins de defesa: que tipo de quadro esse relato descreve?

8:7-10O uso de trabalhadores estrangeiros

(4) Por que é importante o fato de o Cronista ter salientado que somente pessoas não-israelitas foram usadas como trabalho forçado nesses projetos de fortificação? (vide Deuteronômio 20:11 e Levítico 25:39)

8:11A transferência de residência da filha de Faraó

(5) Por que Salomão mudou a residência de sua esposa, a filha de Faraó, da Cidade de Davi para seu próprio palácio? Você admira as intenções de Salomão? Por que ou por que não?

8:12-16O caráter obrigatório do culto público no templo

(6) Quão importante era para a nação que Salomão aplicasse todos os regulamentos relativos à oferta de sacrifícios?

(7) Isso foi necessariamente uma garantia de que o povo permaneceria fiel a Jeová? Por que ou por que não?

8:17-18Outras atividades de Salomão

(8) Na conclusão deste relato sobre os diversos projetos de Salomão, o que é enfatizado nos vv. 17-18? (vide a Nota abaixo)

(9) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

Apesar de Israel nunca ter sido conhecido por sua superioridade naval, Salomão soube aproveitar sua aliança com Hirão para construir uma frota respeitável, alcançando estabilidade em terra firme (com suas cidades fortificadas) e no mar (com a frota). Isso também é um reflexo da sabedoria de Salomão, que era maior do que a de seus predecessores e sucessores. Sua mineração de ouro em Ofir (cuja localização não se sabe ao certo hoje, mas que provavelmente estava localizada no sul da Arábia) é outra evidência de sua riqueza: o valor de 16 ou 17 toneladas de ouro era considerável!


Reflexão meditativa
Não é necessariamente ruim estar ocupado!

"Depois de vinte anos, durante os quais Salomão construiu o templo do Senhor e o seu próprio palácio..." (NVI-PT) (2 Crônicas 8:1)

Tanto 2 Crônicas 8:1 quanto 1 Reis 9:10 afirmam que Salomão levou um total de 20 anos para construir o templo e seu palácio. Vinte anos é muito tempo, sobretudo se se considerar que Salomão reinou por apenas 40 anos (9:30). Em outras palavras, metade de seu reinado foi dedicado a esses dois grandes projetos.

De acordo com a própria declaração de Salomão em Eclesiastes, ele fez mais do que simplesmente comissionar esses grandes projetos; ele basicamente usou sua sabedoria e se engajou neles, gastando seu tempo e energia para garantir que fossem concluídos (Eclesiastes 2:4 e ss.). Não seria exagero dizer que boa parte de seu tempo durante os primeiros vinte anos de seu reinado foi dedicado a esses dois grandes projetos (que talvez tenham incluído outros menores).

Lemos que ele caiu no pecado somente após a conclusão desses projetos (refletiremos sobre essa queda mais tarde). Salomão desenvolveu uma obsessão pelas mulheres, e acabou tendo 700 esposas e 300 concubinas (1 Reis 11:3).

Claro, não devemos depender do trabalho para evitar um fracasso moral, como se estivéssemos viciados no trabalho. No entanto, não há dúvida de que sempre é ruim para a alma ter muito tempo livre. Penso especificamente no perigo que as férias de verão podem representar para os estudantes e os anos de aposentadoria para os idosos.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 9:1–12

9:1-9, 12—A visita da Rainha de Sabá

(1) O que levou a Rainha de Sabá a visitar Salomão? (v. 1; veja também as informações adicionais em 1 Reis 10:1)

(2) Como a Rainha de Sabá (vide a Nota abaixo) soube do "relacionamento de Salomão com Jeová", de acordo com as palavras de 1 Reis 10:1?

(3) Os demais sabem sobre o relacionamento que você tem com Jeová? Por que ou por que não?

(4) Por que ela foi a Jerusalém para prová-lo com “perguntas difíceis”? (v. 1)

a. Ela fez isso para provar que Salomão estava errado?

b. Ela fez isso para aprender com ele?

(5) As pessoas se aproximam de você para fazer “perguntas difíceis” sobre sua fé? Quais poderiam ser suas intenções?

(6) Que coisas fizeram a rainha ficar "impressionada" (v. 4)?

(7) Imagine que você fosse a rainha de Sabá. Você também teria ficado impressionado? Por quê?

(8) A rainha mencionou as realizações e a sabedoria de Salomão (vv. 5-6).

a. De acordo com a definição dada pela Bíblia, o que é a "sabedoria"? (Provérbios 9:10)

b. Entre as duas coisas mencionadas pela rainha, qual poderia ser a mais importante para uma pessoa?

c. As conquistas são essenciais para uma pessoa poder fazer o seguinte?

  1. dar glória a Deus com sua vida; mostrar que agrada a Jeová; mudar a sociedade
  2. Por que ou por que não?

d. De acordo com as palavras da rainha:

  1. Por que o povo e os oficiais de Salomão eram felizes? (v. 7)
  2. Qual era a fonte do sucesso e propósito de Salomão? (v. 8)

(9) O que esta passagem nos mostra sobre a rainha de Sabá?

9:10-11—O acordo comercial com o rei Hirão

(10) Qual é o tema deste trecho "entre colchetes" sobre o rei Hirão? (vide vv. 10-11)

(11) Por que o Cronista o inseriu na narrativa sobre a visita da rainha de Sabá? (Observe a última frase do v. 11)

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

Embora Josefo tenha opinado que "Sabá" se refere à Etiópia, muitos eruditos pensam que se refere aos sabeus, uma tribo árabe que morava no norte da Arábia.

Reflexão meditativa
A verdadeira fama de Salomão

"A rainha de Sabá soube da fama de Salomão e foi a Jerusalém para pô-lo à prova com perguntas difíceis." (NVI-PT) (1 Reis 10:1, 2 Crônicas 9:1)

Embora a história da visita da Rainha de Sabá seja lendária, com certeza não é uma lenda, mas sim um fato histórico que ocorreu conforme registrado em 2 Crônicas e 1 Reis. O propósito deste relato bíblico, além de mostrar o sucesso e a fama de Salomão, é usar as próprias palavras da Rainha de Sabá para apontar a fonte e o propósito do sucesso de Salomão. Essas ênfases aparecem nos seguintes versículos:

- Em 1 Reis 10:1 a Bíblia salienta que a rainha de Sabá descobriu não só sobre a fama de Salomão, mas também sobre "sua relação com Jeová". Em outras palavras, Salomão não tinha vergonha de atribuir publicamente todas as suas conquistas a Jeová, de modo que até mesmo estrangeiros como a Rainha de Sabá foram estimulados a investigar para descobrir quem era esse Deus de Israel.

- 2 Crônicas 9:7 salienta que a felicidade do povo e dos oficiais de Salomão baseava-se no privilégio que eles tinham de ouvir continuamente as palavras de sabedoria de Salomão. Este versículo segue os versos anteriores (5-6), onde são elogiadas a sabedoria, riqueza e conquistas de Salomão; no entanto, a rainha mencionou somente a sabedoria como formando a base de sua felicidade. A implicação espiritual disso é muito clara: embora a riqueza e as conquistas possam ser bênçãos de Deus, elas não são a fonte da felicidade; a sabedoria é a fonte da felicidade. Como sabemos, a verdadeira sabedoria vem do temor e conhecimento de Jeová (Pv 9:10), conforme exemplificado por Salomão.

- O v. 9 mostra que esta visita a fez entender não só que a fonte do sucesso de Salomão era Jeová, seu Deus, que se agradava dele e o havia colocado no trono; como rainha, ela também entendia que as conquistas de Salomão eram uma dom de Deus e tinha um propósito muito maior, a saber"fazer o bem e a justiça".

Embora muitos estudiosos modernos se oponham à noção de que Sabá corresponda à atual Etiópia, o fato de que até hoje há muitos etíopes de origem judaica que adoram a Jeová é consistente com a opinião do famoso historiador Josefo do primeiro século (Ant. viii, 6, 5). Aliás, é razoável supor que a rainha tivesse levado a fé em Jeová de Israel de volta para seu país de origem.

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 9:13–31

9:13-28O esplendor de Salomão

(1) É óbvio que o ouro era o metal mais precioso, e esta passagem destaca o uso extravagante de ouro por Salomão:

a. Sua renda anual de ouro era de aproximadamente 22.680 kg (25 toneladas): Quanto valeria essa quantidade de ouro na economia atual? (1 tonelada é equivalente a 1016 kg ou 2240 libras)

b. Quantos escudos ornamentais (grandes e pequenos) ele tinha? (Provavelmente eram usados para desfiles ou outras ocasiões especiais.)

c. Que outros objetos em sua casa real eram feitos de ouro?

d. Sua riqueza era necessariamente um reflexo da glória de Deus?

(2) A maravilha do poder de Salomão foi refletida no seguinte:

a. Seu trono, o único com esse desenho:

  1. Do que era feito?
  2. O que você acha que representavam os dois leões próximos aos braços e os doze leões nos degraus?

b. Seu poder militar:

  1. Quantas carruagens e cavalos ele teve?
  2. De onde ele os havia importado?
  3. Como essa passagem é um reflexo do domínio de Salomão sobre a região?

(3) A sabedoria de Salomão:

a. Qual era a evidência da sabedoria de Salomão? (vv. 22-23)

b. Como Salomão poderia aproveitar essas oportunidades para glorificar a Deus?

9:29-31A morte de Salomão

(4) Embora o relato do Cronista não destaque os fracassos de Salomão, todos já sabiam de seus pecados (1 Reis 11). Reflita sobre o seguinte à luz do esplendor da riqueza, poder e sabedoria de Salomão:

a. Que efeito muita riqueza pode ter sobre uma pessoa?

b. Que efeito muito poder pode ter sobre uma pessoa?

c. Que efeito a posse de grande sabedoria pode ter sobre uma pessoa?

d. Na sua opinião, qual dessas três coisas representava a maior tentação para Salomão?

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O esplendor de Salomão

"O rei Salomão era o mais rico e o mais sábio de todos os reis da terra." (NVI-PT) (2 Crônicas 9:22)

Ao descrever o esplendor de Salomão, a Bíblia usa uma linguagem que tem levado alguns estudiosos, como G.H. Jones, a duvidar de sua autenticidade; ele até o descreve como "duvidoso". Por exemplo, esses estudiosos são de opinião que os números da renda anual de Salomão em ouro, que chegavam a 666 talentos (25 toneladas) (equivalente a 22.680 kg ou 56.000 libras) são excessivos, e dizem que a afirmação de que "O rei Salomão era o mais rico e o mais sábio de todos os reis da terra" é um enorme exagero.

Bem, usando os valores de hoje, não é tão exagerada a noção de que uma nação tenha uma reserva de $48 milhões; além disso, como esta história aconteceu há mais de 3.000 anos, esses estudiosos realmente não têm nenhuma evidência sólida da história mundial para refutar sua autenticidade.

Por outro lado, a Bíblia nos deixou evidências da prosperidade de Salomão, citando um exemplo após outro de seu uso extravagante de ouro em vez de prata, já que "a prata quase não tinha valor nos dias de Salomão" (9:20). Além da renda anual de 25 toneladas (22.680kg) de ouro, a Bíblia menciona 500 escudos ornamentais (grandes e pequenos), taças reais e utensílios domésticos reais, todos feitos de ouro, para não mencionar o imponente trono de marfim que foi revestido com ouro fino (9:17-19).

E não vejo nenhum problema em aceitar esses relatos bíblicos como verdadeiros, porque são a própria Palavra de Deus, registrada em forma de narrativa, e não em forma de poesia. Deve-se lembrar que o autor bíblico não procura glorificar Salomão, mas Jeová, o Doador de todo esse esplendor.

Todos nós sabemos o que aconteceu nos últimos anos do reinado de Salomão, e a seguinte mensagem se torna bem clara: Poucas pessoas conseguem lidar com o excesso de riqueza e poder sem serem corrompidas moralmente por elenem mesmo Salomão conseguiu lidar com isso. Ele pensou que podia usar sua riqueza e poder para perseguir todas as "delícias dos filhos dos homens", tornando-se maior "do que todos os que houve antes de mim, em Jerusalém" e ao mesmo tempo manter a sabedoria que Deus lhe dera (Eclesiastes 2:8-9), mas a realidade foi outra.