Guia devocional da Bíblia

Dia 1

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 33:14–25

Esta semana terminaremos o nosso estudo de 2 Crônicas no Antigo Testamento.

33:14-20Depois do arrependimento de Manassés

(1) Você se lembra qual foi a parte mais humilhante para Manassés da disciplina de Deus nas mãos dos assírios? (33:11)

(2) Após seu retorno a Jerusalém, o que ele fez para garantir a segurança da Cidade de Davi? (v. 14) Foi uma boa decisão de sua parte? Por que ou por que não?

(3) Como ele mostrou que agora reconhecia "que o Senhor é Deus"? (vv. 13, 15-16)

(4) Seu arrependimento teve algum efeito sobre seu povo? Por que ou por que não? (v. 17)

(5) Que lição (ou lições) você pode aprender com a vida de Manassés?

33:21-25O rei Amom de Judá

(6) O arrependimento de Manassés teve algum efeito sobre seu filho? Por que ou por que não?

(7) De acordo com a Bíblia, qual foi a diferença entre Amom e Manassés? (v. 23)

(8) O que essa observação sugere?

(9) Embora Amom tenha sido um rei muito perverso, seus oficiais fizeram a coisa certa ao matá-lo? (v. 24) Por que ou por que não?

(10) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Sempre uma segunda chance

Mas, ao contrário de seu pai Manassés, não se humilhou diante do Senhor, antes, aumentou a sua culpa." (NVI-PT) (2 Crônicas 33:23)

Já aprendemos que apesar da severidade dos pecados de Manassés, ele foi totalmente perdoado após sua humilhação e arrependimento. Seu arrependimento até teve um efeito profundo no povo, pois ele ordenou “a Judá que servisse o Senhor, o Deus de Israel” (33:16), e parece que o povo seguiu o exemplo de Manassés, rejeitando todos os seus ídolos. A única prática que não estava de acordo com a Lei de Moisés era a apresentação de sacrifícios nos altos, algo sobre o qual a Bíblia imediatamente acrescenta que era feito "somente ao Senhor, o seu Deus" (NVI-PT), o que significa que o povo realmente tinha voltado a Jeová como “seu Deus” (33:17).

Depois disso, Manassés foi sucedido por seu filho de 22 anos, que fez o mal, assim como seu pai Manassés tinha feito antes de seu arrependimento. O tamanho de seu pecado pode ser visto no seguinte comentário do cronista: "[Amom] aumentou a sua culpa" (33:23). No entanto, ao apontar os pecados de Amom, o Cronista acrescenta o seguinte: "Mas, ao contrário de seu pai Manassés, não se humilhou diante do Senhor"; isso revela plenamente o que o coração de Jeová deseja. Embora obviamente tenha sido doloroso para Jeová vê-lo seguir os passos malvados de seu pai (e pode-se presumir que ele fez muito pior do que o pai), Jeová ainda esperava seu arrependimento; se Amom tivesse se arrependido e se humilhado diante de Jeová como seu pai, ele também teria recebido um perdão total, assim como seu pai. É assim que nosso Deus é misericordioso e amorosoum Deus de "segundas chances".

Dia 2

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 34:1–13

(1) Josias tornou-se rei de Judá aos 8 anos após a morte de Amom aos 24 anos (vide 33:21):

a. Quantos anos tinha Amom quando Josias nasceu?

b. Quantos anos tinha seu avô Manassés? (Manassés morreu aos 67 anos; vide 33:1)

c. Responda antes de ler sobre a vida de Josias. Que tipo de rei ele provavelmente se tornaria? Por quê?

d. Que tipo de rei ele se tornou? (v. 2)

(2) No oitavo ano do reinado de Josias, quando ele tinha 16 anos (v. 3)

a. Não temos ideia de quem realmente governou a nação entre os anos 8 e 15 da vida de Josias. No entanto, o que fez deste ano (quando ele tinha 16 anos) o momento decisivo de sua vida e a da nação?

b. O que pode explicar esta reviravolta em sua vida?

(3) Responda o seguinte sobre o décimo segundo ano do reinado de Josias (ou seja, quando ele tinha 20 anos) (vv. 4-7):

a. Há quanto tempo ele estava buscando a Deus?

b. Que impacto essa busca teve sobre ele?

c. Quão abrangente foi sua reforma?

d. Como ele profanou os altares idólatras? Por que ele fez isso? (v. 5)

e. Até onde chegou o impacto de sua reforma? (v. 6)

f. Ele simplesmente dava ordens para enviar funcionários àquelas cidades localizadas fora de Judá para derrubar e esmagar todos os ídolos que havia nelas? (v. 7)

g. O que isso nos diz sobre o coração de Josias?

(4) Responda às seguintes perguntas sobre o décimo oitavo ano do reinado de Josias (ou seja, quando ele tinha 26 anos) (vv. 8-13):

a. Quanto tempo se passou entre a remoção da idolatria da terra e a reforma do templo de Jeová? (v. 8)

b. O que isso revela sobre o que parece ter sido mais urgente para Josias?

c. Josias teve razão? Por que ou por que não?

d. Que efeitos a reforma de Josias teve sobre o financiamento do templo? (v. 9)

e. Em certo sentido, Josias poderia ter usado seu próprio dinheiro para ajudar com as reparações do templo. Depois de esperar cerca de 6 anos (durante os quais o povo parou de adorar os ídolos e voltou a Jeová), de quem foi o dinheiro que ele usou para consertar o templo? Quão significativo foi isso? (vv. 10-13)

(5) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Não p
erca tempo

“No décimo oitavo ano do seu reinado, a fim de purificar o país e o templo, ele enviou Safã, filho de Azalias, e Maaséias, governador da cidade, junto com Joá, filho do arquivista real Joacaz, para restaurarem o templo do Senhor, o seu Deus." (NVI-PT) (2 Crônicas 34:8)

O relato cronológico mais preciso da reforma de Josias em 2 Crônicas tem sido muito útil para mim porque, ao contrário do relato em 2 Reis, ele dá uma descrição dos vários passos da reforma. Em outras palavras, ele nos mostra que o avivamento espiritual foi um processo, não algo que aconteceu de um dia para o outro. O que me especialmente me impressinou foi a maneira como Josias decidiu prosseguir com seu projeto de se livrar de todos os ídolos na terra depois de conhecer o coração de Jeová após quatro anos de busca (entre os anos 16 e 20 de sua vida). Ele só consertou o templo de Jeová e procurou restaurar uma adoração digna e regular depois de ter destruído os ídolos e seus altares.

A princípio, achei bastante intrigante o fato de Josias não ter concentrado todos os seus esforços no início na restauração de uma adoração adequada e regular. Foi então que eu percebi por quê: Como Deus e os ídolos (e os pecados) podiam coexistir, lado a lado? Nesse caso, não poderia haver uma adoração genuína.

Isso me lembra um jovem pastor que me ligou pedindo conselho porque um dos líderes de sua igreja pediu que ele orasse por ele porque estava tendo um caso com sua secretária. Eu disse a esse pastor que não era hora de orar, mas de fazer a coisa certa e necessária, a saber, dizer ao homem que devia demitir sua secretária ou deixar a empresa ele mesmo. Ele não deveria usar a oração como desculpa para adiar o que já sabia que tinha que fazer.

Dia 3

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 34:14–33

(1) O que significa a frase "encontrou o Livro da Lei do Senhor...no templo do Senhor"? (v. 14)

a. Onde o livro tinha estado todo aquele tempo?

b. Como os líderes haviam adorado e ensinado o povo até então sem o Livro da Lei?

(2) Qual foi o impacto imediato sobre o rei das palavras de Deus na Lei? (v. 19) Por quê?

(3) Muitos cristãos não se esforçam muito para ler a própria Bíblia:

a. Como eles podem saber como devem seguir a Jeová e viver sua vida cristã?

b. Que risco eles estão correndo?

(4) O rei pediu aos sacerdotes que fossem "consultar o Senhor" (v. 21)

a. Que profetas famosos serviam na época de Josias? (vide Jer. 1:2; Sof. 1:1)

b. Por que eles não foram a nenhum desses profetas para consultar a Jeová?

(5) Quem era a profetisa Hulda? (vide o v. 22 e também 2 Reis 22:14)

a. Por que eles falaram com ela em vez de falar com Salum, seu marido?

b. O que isso pode nos ensinar sobre o papel das mulheres em assuntos espirituais?

(6) Responda com base nas palavras do profeta (vv. 23-28):

a. O que levou o rei a rasgar suas vestes e chorar na presença de Deus?

b. Deus traria as “maldições” pronunciadas no Livro da Lei? Por que ou por que não?

(7) Como o rei reagiu ao ouvir as palavras do profeta? (vv. 29-32)

(8) Quão importante era que todas as pessoas, e não somente ele, ouvissem “todas as palavras do Livro da Aliança”? (v. 30)

(9) Que lição podemos aprender disso?

(10) O que o rei pediu ao povo que fizesse em resposta às palavras de Deus que tinham ouvido? (vv. 31-32)

(11) O que isso nos ensina sobre a atitude que devemos ter ao ler e ouvir a Palavra de Deus hoje?

(12) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O verdadeiro Conhecimento da Palavra de Deus

Assim que o rei ouviu as palavras da Lei, rasgou suas vestes.” (NVI-PT) (2 Crônicas 34:19)

É interessante notar que o sumo sacerdote Hilquias, enquanto cumpria a ordem do rei de consertar o templo, encontrouo Livro da Lei do Senhor...no templo do Senhor” (34:14-15). Alguns comentaristas acreditam que o Sumo Sacerdote provavelmente tinha outras cópias da Lei em outras partes do templo, e que o que ele encontrou foi a cópia original.

Eu acho que não, pelas seguintes razões:

- A Bíblia não diz isso.

- É óbvio que após a descoberta, tanto o secretário Safã quanto o rei leram o Livro da Lei pela primeira vez, o que significa que a Lei não tinha sido lida no templo antes da descoberta dessa cópia, independentemente de ela ter sido a cópia original escrita por Moisés ou não.

O impacto da leitura do Livro da Lei foi grande: o rei imediatamente rasgou as vestes. O rei provavelmente tinha ouvido pela primeira vez as passagens de Deuteronômio 28 e Levítico 26, onde estão escritas as maldições por desobedecer aos mandamentos de Jeová. Em outras palavras, antes da leitura da própria Lei, o rei tinha uma noção geral do que Jeová exigia, mas se baseava principalmente em tradições orais e talvez em alguns outros documentos escritos, comoo livro dos registros históricos dos reis de Judá", mencionado com frequência (2 Reis 20:20). Tais fontes continham um registro honesto das boas e más ações de cada um dos reis, e as recompensas e os castigos de Jeová. Mas a rigor, elas não eram a Palavra de Deus, sem a qual o rei nunca teria adquirido um conhecimento verdadeiro dos mandamentos de Jeová. Como consequência, em tempos de crise e tentação ele não teria tido onde recorrer em busca de força e orientação, e muito menos teria sido possível adquirir um verdadeiro conhecimento pessoal de Jeová.

Houve uma época em minha vida em que, por alguma razãoeu tinha começado a ler principalmente materiais devocionais e orações de grandes escritores e pregadores cristãos. Achava muito conforto e paz em minha leitura; no entanto, havia um sentimento ardente dentro de mim de que eu precisava voltar à Palavra de Deus, a Bíblia. Quando fiz isso, percebi quão grande é o poder de ler a Bíblia. A Bíblia me deu certeza do que Deus realmente queria dizer, e experimentei o poder penetrante da Palavra (Hebreus 4:12), bem como uma sensação avassaladora de conforto e paz. Isso me lembra de que embora Deus use as obras e orações de Seus santos para me nutrir e confortar, essas coisas não devem tomar o lugar da minha própria leitura e compreensão de Sua Palavra.

Dia 4

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 35:1–19

(1) Quando Josias começou a consertar o templo, e quando encontrou o Livro da Lei? (34:8)

(2) A leitura da Lei de Moisés levou Josias a rasgar seu manto e fazer o povo renovar a aliança com Jeová (34:31). Quando ele obedeceu (pela primeira vez em muitos anos) à exigência na Lei de observar a Páscoa? (35:1, 19)

(3) Ao restabelecer a adoração no templo (e especialmente a celebração da Páscoa), Josias deu as seguintes ordens aos sacerdotes e levitas (vv. 2-6):

a. Quem eram os levitas específicos com quem ele falou ? (v. 3)

b. Onde estivera a arca sagrada todos esses anos?

c. Por que eles tiveram que devolvê-la ao templo antes de poderem começar qualquer adoração?

d. Que instruções específicas ele deu sobre como carregar a arca? Por quê? (v. 3 e 1 Crônicas 13:9; 15:15)

e. O que eles deviam fazer antes de preparar os cordeiros para o sacrifício? (v. 6)

(4) O rei dá o exemplo (35:8-9)

a. Por que era importante dar o primeiro exemplo ao entregar os animais sacrificiais para a celebração da Páscoa?

b. Que impacto o exemplo do rei teve sobre os líderes?

(5) A celebração (vv. 10-19)

a. O que implicava o ato de apresentar um sacrifício?

b. O que teria acontecido se o povo não tivesse descoberto o Livro da Lei?

c. Quão bem organizada foi esta celebração? (vv. 15-16)

d. Quão significativa foi esta celebração? (v. 18)

(6) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
Lembr
ar-se da salvação de Jeová

"Josias celebrou a Páscoa do Senhor em Jerusalém, e o cordeiro da Páscoa foi abatido no décimo quarto dia do primeiro mês." (NVI-PT) (2 Crônicas 35:1)

Eu acho que a reforma de Josias, além de ter sido radical e exaustiva, foi realizada com uma velocidade impressionante.

A Bíblia menciona que foi no ano 18 do reinado de Josias que ele enviou seu oficial para estimular o sacerdote a progredir no conserto e restauração da casa de Jeová (2 Reis 22:3; 2 Crônicas 34:8), e foi durante esse projeto que o Livro da Lei foi descoberto, provavelmente logo após o início do projeto (2 Crônicas 34:14).

Em seguida, o livro foi lido diante do rei, que respondeu com pesar e tristeza e pediu ao sacerdote e seus oficiais que consultassem a Jeová (2 Crônicas 34:19 e ss.).

As palavras da profetisa o animaram a reunir todo o povo para ouvir a leitura da Lei e a liderar o povo no compromisso de observá-la (2 Crônicas 34:29).

É nesse momento que a Bíblia diz que o rei deu ordem para celebrar a Páscoa, também no ano 18 de seu reinado (2 Cr 35:19); Sabemos que a Páscoa é celebrada no dia 14 do primeiro mês (2 Cr 35:1). Uma interpretação literal da história bíblica (e não vejo razão alguma para não interpretá-la assim) nos mostra que todos os eventos descritos acima aconteceram antes da Páscoa; isso quer dizer que aconteceram durante as primeiras duas semanas do ano 18, e a Páscoa era a primeira festa obligatória do ano conforme às exigências da Lei. Uma vez que o povo acabava de assumir o compromisso de obedecer à Lei, é lógico supor que começaram a cumprir sua promessa imediatamente com a celebração da Páscoa.

De acordo com os cronistas, "a Páscoa não havia sido celebrada dessa maneira em Israel desde os dias do profeta Samuel; e nenhum dos reis de Israel havia celebrado uma Páscoa como esta, como o fez Josias, com os sacerdotes, os levitas e todo o Judá e Israel que estavam ali com o povo de Jerusalém” (NVI-PT) (2 Cr 35:18). Estas palavras destacam o fato de que desde a época de Samuel (ou seja, o estabelecimento da monarquia), esta foi a maior celebração: o rei doou 30.000 cordeiros e cabras e 3.000 vacas (em comparação com 1.000 touros e 7.000 cordeiros de Ezequias mencionados em 2 Cr 30:24). Mais importante ainda foi o fato de ela ter marcado a retomada da adoração no templo de Jeová e contado com a participação de algumas das tribos do norte.

A unidade e universalidade da celebração da Páscoa foi uma forma muito apropriada de confirmar a aliança do povo com Jeová em arrependimento, pois eles se lembraram da salvação de Jeová, se comprometeram novamente a ser o povo de Deus e reconheceram Jeová como seu Deus!

Hoje, nossa observância da Santa Ceia também é o momento muito apropriado para nos arrependermos e reafirmarmos nosso compromisso como um corpo unido de Cristo, e também para reconhecermos o senhorio de Jesus Cristo em nossas vidas.


Dia 5

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 35:20–27

A morte de Josias

(1) À luz da reforma de Israel realizada pelo piedoso Josias, como esperaríamos que seu reinado terminasse? Por quê?

(2) O evento mencionado neste trecho é a famosa Batalha de Carquemis entre os egípcios e os assírios, que foi provocada pelos primeiros, cujo exército precisava passar pela terra da Palestina (vv. 20-24):

a. Por que Josias achou que era seu dever interceptar o poderoso exército egípcio?

b. A Bíblia diz que Josias consultou Jeová ou seus profetas?

c. O poderoso rei egípcio queria lutar contra Josias?

d. De quem foi o nome que o rei egípcio invocou para justificar suas ações ? (v. 21)

e. Na sua opinião, por que Josias não deu ouvidos ao rei do Egito? (v. 22)

f. Por que Josias decidiu ir disfarçado à batalha? (v. 22, leia outro exemplo disso em 2 Crônicas 18:28-31)

g. Funcionou?

h. Por que não?

i. Que lição podemos aprender com esse incidente?

(3) Qual foi a reação do profeta diante da morte de Josias? Por quê? (v. 25)

(4) Qual foi a reação do povo de Israel?

(5) Embora não tenhamos mais os lamentos que foram compostos especificamente para Josias, o que você teria escrito como epitáfio para Josias?

(6) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Reflexão meditativa
O orgulho espiritual

Josias, contudo, não quis voltar atrás, e disfarçou-se para enfrentá-lo em combate. Ele não quis ouvir o que Neco lhe dissera por ordem de Deus, e foi combatê-lo na planície de Megido.” (NVI-PT) (2 Crônicas 35:22)

A julgar pelo comentário do autor bíblico de que "Nem antes nem depois de Josias houve um rei como ele, que se voltasse para o Senhor de todo o coração, de toda a alma e de todas as suas forças" (NVI-PT) (2 Reis 23:25), Josias provavelmente foi o rei de Israel mais piedoso depois de Davi, e de acordo com a mentalidade da nossa época, esperaríamos que tivesse uma “boa morte”. No entanto, isso não foi o que aconteceu. Josias morreu numa batalha.

Não temos ideia de por que Josias se sentiu obrigado a interceptar o faraó Neco enquanto este procurava sairao encontro do rei da Assíria” (2 Reis 23:29), aliando-se aos assírios para lutar contra o crescente poder da Babilônia. No entanto, é claro que Neco sentiu a presença de Deus, e o que ele fez foi resultado de algo que ele sentiu que era a ordem de Deus. O faraó explicou isso claramente para Josias, e a Bíblia afirma que “Neco lhe dissera [isso] por ordem de Deus” (2 Crônicas 35:22). A pergunta desconcertante é: por que Josias não o ouviu?

Com base no que a Bíblia nos diz sobre a piedade de Josias, pode-se supor com segurança que se Josias tivesse entendido que Deus realmente tinha dado instruções a Neco para que "se apressasse", e que sua intervenção equivalia a "opor-se a Deus" (2 Crônicas 35:21), com certeza não teria interferido nos planos do Faraó. Portanto, é melhor perguntar: "Por que Josias não acreditou nas palavras de Neco?"

Aqueles de nós que se consideram espirituais devem saber a resposta. Neco era um homem pagão que não temia a Deus, enquanto Josias era muito mais que um homem temente a Deus; ele era uma pessoa que amava a Jeová. Portanto, esta é a pergunta natural que Josias teria feito ao ouvir as palavras de Neco: "Por que Deus falaria com você e não comigo?" ou "Por que Deus usaria você para falar comigo quando você nem mesmo O conhece?"

A realidade é esta: Deus pode usar qualquer pessoa ou qualquer coisa para falar ao Seu povo; eu mesmo experimentei isso.

No primeiro verão depois de obedecer ao chamado de Deus para entrar no ministério em tempo integral, após o meu primeiro ano de seminário, procurei um emprego de verão para complementar a minha renda. Como tinha contato com alguns executivos da sede de uma montadora de automóveis, esperava conseguir um emprego de verão lá. Por acaso, mencionei esse desejo a um ex-colega de faculdade que não era conhecido por ser uma pessoa religiosa, e ele me disse com firmeza: "Paul, não olhe para trás!"

Fiquei incomodado pelo fato de a pessoa que me repreendeu ser alguém que eu considerava incapaz de conhecer a vontade de Deus; no entanto, eu sabia em meu coração que Deus o havia enviado para me repreender. Num momento de humildade, lembrei-me instantaneamente do incidente de Neco, deixei de lado o meu orgulho e aceitei a repreensão.

Dia 6

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 36:1–10

O Começo do Fim: Josias foi o último dos reis piedosos de Judá, e sua morte marcou o começo do fim da nação de Israel:

(1) Jeoacaz (vv. 1-4)

a. Quantos anos Jeoacaz tinha quando começou a reinar? (v. 2)

b. Quantos anos tinha Josias quando Jeoacaz nasceu? (Lembre-se de que Josias reinou por 31 anos, começando aos 8 anos de idade.)

c. O que aconteceu no oitavo ano do reinado de Josias? (ou seja, quando ele tinha 16 anos; 34:3)

d. Em todos os seus 23 anos, o que Jeoacaz tinha testemunhado na vida de seu pai e da nação?

e. Que tipo de rei ele se tornou?

f. Quanto tempo durou como rei, e como seu reino terminou?

(2) Jeoiaquim (vv. 5-8)

a. Quem foi Jeoaquim? (v. 4)

b. Quantos anos ele tinha quando se tornou rei? (v. 5)

c. Em que sentido sua vida foi semelhante à de seu irmão Jeoacaz ? (v. 5)

d. Leia Jeremias 36 para ter uma ideia do que ele fez com as advertências de Jeová.

e. Como terminou seu reinado? (vv. 6-7; vide também Dan.1:1 e a Nota abaixo)

(3) Joaquim (v. 9)

a. Após sucessivos reis ímpios, a nação de Judá estava chegando ao seu fim. Leia a advertência que Deus deu a Joaquim por meio de Jeremias (vide Jeremias 22:24-30).

b. Como esse aviso foi cumprido? (v. 10)

(4) Qual é a mensagem principal para você hoje e como você pode aplicá-la em sua vida?

Nota:

O terceiro ano de seu reinado foi marcado pela primeira deportação do povo para a Babilônia (604 a.C.); a segunda ocorreu no ano 597 a.C., durante o reinado de Joaquim, e a última no ano 586 a.C., durante o reinado de Zedequias.

Reflexão meditativa
Os filhos de Josias

Jeoaquim tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém. Ele fez o que o Senhor, o seu Deus, reprova.” (NVI-PT) (2 Crônicas 36:5)

No final, a reforma radical de Josias foi um esforço vão, uma vez que seus sucessivos filhos parecem ter sido totalmente alheios ao piedoso exemplo e influência de seu pai. Devido à brevidade dos relatos que aparecem em 2 Crônicas sobre, gostaria de fazer um resumo mais detalhado baseado no livro de Jeremias das obras de um de seus filhos, Jeoaquim, o rei que depois de Manassés foi considerado "o rei mais perverso de Judá":

(1) Construiu um palácio luxuoso, com quartos enormes e muitas janelas, forrado com cedro perfumado e pintado de um belo vermelho. Ele fez isso com escravos e trabalhos forçados enquanto seu próprio povo sofria (Jr 22:13, 14).

(2) Ele estava cheio de lucro desonesto, opressão e extorsão (Jr 22:17).

(3) Assassinava pessoas inocentes, oprimia os pobres e governava com crueldade (Jr 22:17).

(4) Matou à espada um profeta piedoso e intrépido chamado Urias depois de enviar homens ao Egito para encontrá-lo e levá-lo de volta a Jerusalém (Jr 26:23).

(5) Com frequência tentou silenciar o profeta Jeremias (Jr 26:24; 36:19, 26).

(6) Em certa ocasião, ele queimou um pergaminho com os escritos inspirados e profecias de Jeremias. O tiro saiu pela culatra, pois o profeta escreveu novamente tudo o que o rei Jeoaquim havia queimado e acrescentou uma profecia assustadora contra ele (Jr 36:22, 23, 27-32). (Fonte: Wilmington’s Guide to the Bible, 162-3)

Vale a pena notar que Jeremias fez a seguinte profecia sobre a morte de Jeoiaquim: sua família imediata e servos não se lamentariam, e "ele terá o enterro de um jumento: arrastado e lançado fora das portas de Jerusalém!" (Jr 22:18-19).

Dia 7

Leia a passagem pelo menos duas vezes, refletindo sobre ela com cuidado. Em seguida, considere as perguntas abaixo:

Reflexão sobre as Escrituras
2 Crônicas 36:11–23

A queda de Jerusalém

(1) Quem foi Zedequias? (v. 10)

(2) Quantos anos ele tinha quando se tornou rei? (v. 11)

(3) O que ele havia testemunhado antes de Nabucodonosor colocá-lo no trono?

(4) Como ele tratava Jeremias e suas mensagens? (vide especialmente o v. 12 e Jeremias 37)

(5) Responda à luz do fato de que Zedequias não confiava em Deus e havia se tornado um rei vassalo sob Nabucodonosor:

a. Por que ele decidiu se rebelar contra Nabucodonosor?

b. Que influência ele exercia sobre o povo, incluindo os sacerdotes? (v. 14)

(6) Por que Deus continuava enviando profetas aos reis e ao povo de Judá, mesmo nesta etapa tardia? (v. 15)

(7) Como o povo tinha reagido consistentemente às palavras de Jeová? (v. 16)

(8) O destino do povo de Deus era inevitável?

(9) Qual foi o resultado final de sua persistente rebelião contra seu Deus? (vv. 17-20)

(10) Por que a Bíblia diz que depois de sua derrota e exílio, "A terra desfrutou os seus descansos sabáticos"? (v. 21)

(11) Deus os abandonou completamente? (vv. 21-22; vide Jeremias 25:9-12; 27:6-8; 29:10)

(12) Quão milagroso foi seu retorno do exílio sob outra potência estrangeira? (v. 23)

(13) Que lições importantes você pode aprender com a história do povo de Deus?

(14) Como você pode aplicá-los em sua vida?

Reflexão meditativa
Lutar contra deus

Também se revoltou contra o rei Nabucodonosor, que o havia obrigado a fazer um juramento em nome de Deus. Tornou-se muito obstinado e não quis se voltar para o Senhor, o Deus de Israel.” (NVI-PT) (2 Crônicas 36:13)

Jeremias nos dá mais detalhes sobre a rebelião de Zedequias contra Nabucodonosor. Em Jeremias 21, lemos que enquanto Nabucodonosor sitiava a cidade de Jerusalém, o rei Zedequias consultou a Jeová por meio de Jeremias. A resposta que Jeová lhe deu a foi uma resposta tríplice:

(1) Nabucodonosor era o instrumento que Deus estava usando para lutar contra o povo; se o povo decidisse resistir e defender a cidade, seria derrotado por uma praga, e o rei, seus oficiais e os sobreviventes da praga seriam entregues a Nabucodonosor.

(2) Por outro lado, se eles se rendessem, suas vidas seriam preservadas.

(3) A casa real de Davi (ou seja, o rei e os príncipes) devia parar de oprimir o povo e administrar a justiça.

Acho que Jeová esperava que o rei se arrependesse ao ouvir essa mensagem, algo que ele (aparentemente) fez quando ordenou ao povo que proclamasse a liberdade para seus escravos. No entanto, eles infelizmente voltaram atrás pouco depois de fazer a proclamação (Jr 34:8 e ss.).

Por fim, o rei decidiu resistir a “todo o seu exército [o de Nabucodonosor]”. É impossível não admirar sua determinação, uma vez que conseguiu segurar o poderoso exército da Babilônia por mais de um ano e meio, até que a fome ficou tão severa que a única opção foi romper as muralhas da cidade e fugir. Zedequias foi capturado, teve seus olhos arrancados (2 Reis 25:4-7) e morreu na prisão (Jeremias 52:11).

É uma pena que Zedequias teve coragem suficiente para lutar contra o poderoso Nabucodonosor, mas não teve a mesma coragem para se submeter à vontade de Deus. Pior ainda, ao lutar contra Nabucodonosor, o que ele realmente fez foi lutar contra Deus. Ninguém pode lutar contra Deus e vencer!